OPERÁRIO 2 X 0 MIXTO |
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LOCAL |
Estádio Governador José Fragelli, o “Verdão”, em Cuiabá (MT) |
CARÁTER |
Taça Cuiabá de 1980 |
DATA |
Quarta-feira, do dia 25 de Junho de 1980 |
PÚBLICO |
16.646 pagantes |
RENDA |
Cr$ 965.300,00 |
ÁRBITRO |
Walquir Pimentel (RJ) |
OPERÁRIO |
Brasília; Beleza, Gaguinho, Paulinho e Justino (Caruso); Marco Antônio, Osmar e Dirceu Batista; Ari (Merica), Gerson Lopes (Gilberto Gil depois Genival) e Ivanildo. |
MIXTO |
Augusto; Gilmar (Silvinho), Miro, Fabinho, e Jairo (Remo); Ademar, Udelson e Tostão; Ideraldo, Bife e Toninho Campos (Elmo). |
GOLS |
Gerson Lopes aos seis e 13 minutos (Operário), no 1º Tempo. |
Esporte Clube Cerâmica Henrique Lage – Imbituba (SC): Fundado em 1948
O Esporte Clube Cerâmica Henrique Lage foi uma agremiação do município de Henrique Lage (atualmente chamado de Imbituba), situado no litoral sul do estado de Santa Catarina.
A localidade, que fica a 90 km da capital, em outubro de 1949, a Assembléia Legislativa do Estado mudou o nome “Imbituba” para “Henrique Lage“, sendo que em 6 de outubro de 1959, através de Projeto de Lei de autoria do então Deputado Ruy Hülse, que transformou-se na Lei nº 446/59, “Henrique Lage” passou a denominar-se novamente “Imbituba“.
Ganhou status de município no sábado, do dia 21 de Junho de 1958, pela Lei Estadual nº 348/58, ocorreu a segunda emancipação de Imbituba, então denominada Henrique Lage. O município foi instalado em 5 de agosto de 1958, tendo como Prefeito Provisório o sr. Walter Amadei Silva.
Breve História
Fundado na sexta-feira, do dia 27 de Agosto de 1948, pelo engenheiro João Rimsa, diretor gerente da fábrica Cerâmica Henrique Lage. As suas cores eram vermelha e branca.
A sua Sede e o Estádio João Rimsa – que foi inaugurado no domingo, do dia 18 de maio de 1952 – ficavam localizados no Bairro Vila Nova, e tinha um túnel que ligava o vestiário ao gramado. Atualmente o local pertence ao Vila Nova Atlético Clube, uma agremiação amadora do município.
O Cerâmica Henrique Lage disputava as fases regionais da Liga Lagunense de Futebol e da Liga Tubaronense de Desportos (atual: Liga Tubaronense de Futebol), que davam vagas ao Campeonato Catarinense da Primeira Divisão. Lembrando que as ligas municipais eram subordinadas pela Federação Catarinense de Futebol (FCF). A grande rivalidade girava entre Cerâmica Henrique Lage com o Imbituba Atlético Clube.
Mas o time, na década de 50, obteve alguns resultados impressivos, como o empate em 3 a 3 com o Avaí (vice-campeão Estadual daquele ano), no sábado, do dia 23 de junho de 1951.
Depois a sonora goleada imposta ao Hercílio Luz Futebol Clube, de Tubarão, no domingo, do dia 28 de Dezembro de 1952, pelo placar de 6 a 0. Entre os craques, se destacavam Tonico, João, Lauro Avelar, Lando, Gaya, Itamar, Lanterna, Evandro, entre outros.
Em junho de 1952, o Cerâmica Henrique Lage se sagrou campeão do Torneio Início, organizado pela Liga Tubaronense de Desportos (LTD), realizado no seu Estádio João Rimsa, no distrito de Vila Nova, em Imbituba.
O Cerâmica Henrique Lage jogou pela 1ª vez na capital catarinense, na noite de quinta-feira, do dia 25 de Março de 1954. O amistoso estadual, terminou com vitória para Bocaiúva Esporte Clube pelo placar de 3 a 1, no Estádio Adolfo Konder, na Praia de Fora, em Florianópolis (SC), na Rua Bocaiúva, s/n, no bairro Praia de Fora.
Após um bom primeiro tempo, quando foi para o vestiário com um empate em um gol, na etapa final, o Cerâmica não resistiu e acabou derrotado. Apesar do revés, no geral, a equipe alvirrubra fez uma boa apresentação.
BOCAIÚVA E.C. (SC) 3 X 1 CERÂMICA HENRIQUE LAGE (SC) | |
LOCAL | Estádio Adolfo Konder, na Praia de Fora, em Florianópolis (SC) |
CARÁTER | Amistoso Estadual |
DATA | Quinta-feira, do dia 25 de Março de 1954 |
HORÁRIO | 21 horas e 40 minutos |
RENDA | Não divulgado (Bom público) |
ÁRBITRO | Gerson Demaria (FCF) |
BOCAIÚVA | Tatú; Walter e Aldo; Romeu, Jair I e Adão; Carriço, Oscar, Jair II (Rodrigues), Crina e Zacky (Jair II). Técnico: Paraná |
CERÂMICA | Tonico; Paulo (Rubens) e Luiz; Chico, Percy e Adir; Olavo (Rosalvo), Itamar, Branco, Mauro e Suíço (Nivaldo). |
GOLS | Oscar aos 21 minutos (Bocaiúva); Olavo aos 36 minutos (Cerâmica), no 1º Tempo; Oscar aos 21 minutos (Bocaiúva); Crina aos 42 minutos (Bocaiúva), no 2º Tempo. |
PRELIMINAR | Nos Aspirantes, o Bocaiúva venceu o time misto do Guarani por 3 a 2. |
Após esse confronto, o Cerâmica Henrique Lage engatou mais cinco confrontos contra os times da capital e fez bonito! Na tarde de domingo, do dia 23 de Maio de 1954, goleou o Paula Ramos, do técnico Barão por 3 a 0.
Empatou em 2 a 2 com o Atlético. Depois voltou a enfrentar o Atlético e acabou derrotado por 2 a 1. Os dois últimos jogos foram marcantes. Após o golear o Atlético por 5 a 1, o Avaí realizou dois amistosos diante do Cerâmica.
Na noite de terça-feira, 07 de dezembro de 1954, no Estádio João Rimsa, no Bairro Vila Nova, em Imbituba, o Cerâmica Henrique Lage bateu o Avaí por 2 a 1.
A revanche aconteceu 48 horas depois, na noite de quinta-feira, 09 de dezembro de 1954, no Estádio Adolfo Konder, na Praia de Fora, em Florianópolis. E, novamente, o Cerâmica Henrique Lage voltou a vencer o Avaí e pelo mesmo placar: 2 a 1.
Os gols saíram na etapa complementar. Branco abriu o placar aos oito; Rodrigues empatou aos 12 para o azurra; e, novamente, Branco marcou o tento da vitória nos últimos minutos de jogo para o time imbitubense.
AVAÍ F.C. (SC) 1 X 2 CERÂMICA HENRIQUE LAGE (SC) | |
LOCAL | Estádio Adolfo Konder, na Praia de Fora, em Florianópolis (SC) |
CARÁTER | Amistoso Estadual |
DATA | Quinta-feira, do dia 09 de Dezembro de 1954 |
RENDA | Não divulgado (Bom público) |
ÁRBITRO | João Sebastião da Silva (FCF) |
AVAÍ | Tatú; Waldir e Danda; Fausto, Manara e Jaci; Fernando, Wallace (Moraci), Bolão, Rodrigues e Jacó. |
CERÂMICA | João; Paulo e Paulo Sá; Adir, Adão e Léo; Neri, Itamar, Branco, Nascimento e Olavo. |
GOLS | Branco aos oito minutos (Cerâmica); Rodrigues aos 12 minutos (Avaí); Branco aos 43 minutos (Cerâmica), no 2º Tempo. |
PRELIMINAR | Bangu (campeão amador de 1954) 2 x 3 Figueirense (aspirantes, reforçado de cinco titulares do time principal). |
Assim, o Cerâmica Henrique Lage saiu desses confrontos com os times da capital com vantagem. Foram seis jogos, com três vitórias, um empate e duas derrotas; marcando 11 gols, sofrendo nove e um saldo positivo de dois.
FONTES: Município de Imbituba/SC – Página no Facebook “Memórias de Imbituba” – O Estado de Florianópolis (SC)
FOTOS: Acervo de João Batista Inácio
ESCUDO E UNIFORME REDESENHADO: Sérgio Mello
PESQUISAS: Sérgio Mello e Cícero Urbanski
História passo a passo: última estreia, no Maracanã, e Didi marcou o gol da vitória em cima do Bonsucesso
TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello
Enfim, estreia de Didi diante da sua torcida foi contra o Bonsucesso F.C.
Após o craque Didi estrear pela 1ª vez com a camisa do Botafogo (2 a 1, no Americano de Campos), no estado do Rio de Janeiro; outras estréias simbólicas: contra o América Mineiro (fora do estado do Rio), Córdoba (ESP), em território estrangeiro, restava a última: jogar na cidade do Rio, diante da sua apaixonada torcida.
Então, Didi “estreou” na cidade do Rio de Janeiro, pela 1ª rodada do Campeonato Carioca de 1956, no domingo, do dia 22 de Julho, contra o Bonsucesso Futebol Clube, no Estádio Mario Filho, o Maracanã.
O Bonsuça que também realizou uma excursão pelas Américas do Sul, Central, Norte e Caribe, vinha do vice-campeão do Torneio Início Carioca de 1956 (perdendo na final para o Fluminense por 1 a 0), prometendo ser uma ‘pedra na chuteira’ foi Glorioso.
Porém, como foram as outras três estreias, Didi debutou diante do seu torcedor com vitória. Na vitória do Botafogo por 1 a 0 contra o Bonsucesso, Didi não só teve uma grande atuação como foi o autor único da partida.
BOTAFOGO F.R. (RJ) 1 X 0 BONSUCESSO F.C. (RJ) | |
LOCAL | Estádio Mario Filho, o ‘Maracanã’ |
CARÁTER | 1ª rodada, do Campeonato Carioca de 1956 |
DATA | Domingo, do dia 22 de Julho de 1956 |
HORÁRIO | 15 horas e 15 minutos |
RENDA | Cr$ 168.864,70 |
ÁRBITRO | Eunápio de Queiroz – Atuação fraca |
BOTAFOGO | Amauri; Orlando Maia, Tomé e Nilton Santos; Bob e Pampolini;Garrincha, Didi, Alarcon, Mário e Rodrigues. Técnico: Zezé Moreira |
BONSUCESSO | Jorge; Mauro e Gonçalo; Haroldo, Pacheco e Gilberto; Pedro Bala, Jandir, Valter Prado, Valdemar e Nilo. Técnico: Gentil Cardoso. |
GOLS | Didi aos 28 minutos (Botafogo), no 2º Tempo. |
PRELIMINAR | Início às 13h15min., jogo de Aspirantes de Botafogo x Bonsucesso. Empate em 3 a 3. |
A partir de quatro estreias e quatro vitórias, Didi mostrou que além do talento, também tinha “estrela“. O craque jogou até 1959 pelo alvinegro, quando se transferiu para o Real Madrid (ESP), onde jogou na temporada de 1959/60.
Retornou ao Glorioso, atuando até 1962, quando atuou no Sporting Cristal, do Peru, em 1963. Outra vez, voltou para General Severiano, onde ficou até 1965. Aos 37 anos, foi para o futebol mexicano atuar no Veracruz (1965/66) e de volta ao Brasil, jogou quatro jogos no São Paulo Futebol Clube, em 1966, encerrando a sua brilhante carreira, como um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro e mundial.
FONTES: Diversos jornais cariocas
FOTO (colorizada): Blog George Joaquim
IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello
História passo a passo: Didi estreando com vitória em solo europeu: 4 a 3, no Córdoba C.F. (ESP)
TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello
Estreia de Didi em solo europeu com vitória
Depois o Botafogo e o craque Didi e Nilton Santos seguiram para a Europa. Enquanto o Glorioso realizava uma série de jogos amistosos, o ‘Folha Seca’ e a ‘Enciclopédia’ defendiam as cores da Seleção Brasileira.
Sem Didi e Nilton Santos, o Glorioso estreou, em 1º de abril, vencendo o UDA (1 a 0), em Boussel; em 02 de abril, encarou o Norkopping (2 a 0 – Neilvado e Alarcon), em Antuérpia, ambos na Bélgica. Em solo inglês, enfrentou, em 09 de abril, o Fulham (2 a 2 – Alarcon e Garrincha), em Londres; em 11 de abril, Plymouth (3 a 2 – Alarcon, duas vezes), em Plymouth; em 17 de abril, Burnely (2 a 1 – Wilson e Neivado), em Burnely; e, em 19 de abril, Brentford (3 a 2 – Quarentinha e Rodrigues, duas vezes), Brentford.
A delegação alvinegra seguiu para a Hungria, onde sofreu uma goleada de 6 a 2 (gols de João Carlos e Mario), em 26 de abril, para um Combinado Húngaro, na capital deBudapeste.
Após a partida, seguiram para a Espanha, onde jogou, em 29 de abril, com o Espanhol (2 a 2 – Mario e Wilson), em Barcelona; em 03 de maio, Valencia (0 a 1), em Valencia; em 08 de maio, Real Oviedo (1 a 0 – Rodrigues), em Oviedo; em 10 de maio, Celta de Vigo (3 a 0 – Quarentinha, Wilson e João Carlos), em Vigo.
Então, o reencontro aconteceu no domingo, do dia 13 de Maio de 1956, na cidade espanhola de Córdova. Em gramados europeus, debaixo de um calor quase carioca, Didi estreou com a camisa do Botafogo, Didi ajudou na vitória sobre o Córdoba Club de Fútbal por 4 a 3.
Todos os sete gols foram assinalados na primeira etapa. No final, Didi ergueu o seu 1º troféu: “Taça Cidade de Córdova“, oferecida por uma firma comercial da cidade. Os jogadores saíram de campo sob demorados aplausos dos torcedores cordobenses.
CÓRDOBA C.F. (ESP) 3 X 4 BOTAFOGO F.R. (RJ) | |||||
LOCAL | Estádio El Arcangel, em Córdova (ESP). | ||||
CARÁTER | Amistoso Internacional | ||||
DATA | Domingo, do dia 13 de Maio de 1956 | ||||
RENDA | Não divulgado (Bom público presente) | ||||
ÁRBITRO | Sr. Selles (ESP) | ||||
CÓRDOBA | Sanches Rojas; Navarro e José Luiz; Mujica, Sanchez e Santos; Joaquim, Luisito, Araujo, Hermida e Fustero. Técnico: José Juncosa | ||||
BOTAFOGO | Amauri; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini;Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos e Rodrigues. Técnico: Zezé Moreira | ||||
GOLS | Joaquim aos três minutos (Córdoba); Alarcon aos 15, 29 e 30 minutos (Botafogo); Santos aos 23 minutos (Córdoba); Rodrigues aos 35 minutos (Botafogo); Luisito, olímpico, aos 39 minutos (Córdoba), no 1º Tempo. | ||||
Depois o Alvinegro foi até a Alemanha. Diante de 15 mil pessoas, na quarta-feira, do dia 23 de Maio de 1956, onde venceu o Rot-Weiss Essen e.V., campeão nacional da temporada 1954-55, pelo placar de 4 a 3.
João Carlos a um minuto, Pampolini aos 19 minutos abriram 2 a 0. Vordenhaeumen diminuiu aos 25, mas Garrincha ampliou aos 34, na etapa inicial. No segundo tempo, Roehrig aos 21 minutos, e Koll aos 31 minutos, deixou tudo igual. Porém, Wilson Moreira decretou o triunfo alvinegro aos 38 minutos.
Depois seguiu para a França. Lá enfrentou o Racing de Paris (3 a 0) e Le Havre (2 a 0). Depois retornou à Alemanha, onde encarou o Nürnberg (3 a 0). Voltou para a França, contra o Troyes (5 a 1).
Diante do Reims, no sábado, do dia 09 de junho de 1956, Didi saiu de campo sem vitória, pois a partida terminou empatada em 1 a 1. Mas no jogo seguinte, diante do Saint Étienne, na quarta-feira, do dia 13 de junho de 1956, Didi viu pela 1ª vez o Botafogo ser derrotado: 3 a 2, em Roterdam (HOL).
Os três jogos seguintes, foram três vitórias, em cima do Racing de Lens (França) por 2 a 0 (Didi não jogou); Sedan (França)
por 4 a 0; Barcelona (Espanha) por 2 a 0 (Didi contundido não esteve em campo), no sábado, do dia 23 de junho de 1956, encerrou a sua participação em solo europeu.
FONTES: Diversos jornais cariocas
IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello
História passo a passo: Didi, ‘Folha Seca’, estreia fora do Rio, com vitória: 2 a 1, no América Mineiro
TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello
Estreia, fora do Rio, também com vitória
Naquela época, o espaçamento de um jogo para o outro, poderia ocorrer em 24 horas, algo inimaginável para os dias atuais. Entre a sua estreia diante do Americano para a outra “estréia” fora do Rio, não durou nem 72 horas.
Porém, o craque não se queixava e voltou a campo. Dessa vez, para encarar o América Mineiro. E, Didi teve grande atuação na vitória do Botafogo em cima do Coelho pelo placar de 2 a 1, na noite de quarta-feira, do dia 14 de Março de 1956, no Estádio Otacílio Negrão, em Belo Horizonte (MG).
O Glorioso abriu o placar aos 31 minutos, quando Garrincha passou pelo marcador e chutou forte, vencendo o goleiro Tonho. O América chegou ao empate ainda no 1º tempo, após Domício marcar contra o próprio patrimônio aos 41 minutos.
O tento da vitória saiu aos 12 minutos da etapa final. Alarcon centrou na área, a defesa americana falhou e João Carlos aproveitou para colocar a bola no fundo das redes. Decretando a vitória do Botafogo em território mineiro.
AMÉRICA MINEIRO (MG) 1 X 2 BOTAFOGO F.R. (RJ) | |
LOCAL | Estádio Otacílio Negrão, em Belo Horizonte (MG). |
CARÁTER | Amistoso Nacional |
DATA | quarta-feira, do dia 14 de Março de 1956 |
RENDA | Cr$ 129.330,00 |
ÁRBITRO | João Aguiar (RJ) – Boa atuação |
AMERICA | Tonho; Gaia e Gilson; Cazuza, Wilson Santos e Leônidas (Barbatana); Ernani, Hugo, Osvaldo, Gunga (Miltinho) e Alemão (Wilson). |
BOTAFOGO | Amauri; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini;Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos (Neivaldo) e Quarentinha. Técnico: Zezé Moreira |
GOLS | Garrincha aos 31 minutos (Botafogo); Domícilio, contra aos 41 minutos (América) ), no 1º Tempo; João Carlos aos 12 minutos (Botafogo); no 2º Tempo. |
Em Uberaba (MG), na quinta-feira, do dia 15 de Março de 1956, com Didi em campo, o Botafogo goleou o Uberaba por 5 a 1. Gols de Alarcon, Gato, Garrincha e Neivaldo, duas vezes, para o Botafogo; enquanto Paulinho fez o de honra para os donos da casa! Dois dias depois, venceu o Uberlândia por 3 a 2, na cidade homônima.
Em Araguari (MG), na tarde de domingo, do dia 19 de Março de 1956, novo triunfo, ao vencer a Seleção de Araguari por 2 a 1. Os locais foram para o intervalo em vantagem, com gol de Valdo. Na etapa final, Didi empatou (seu 2º gol pelo Botafogo), e Quarentinha fez o gol da virada alvinegra.
De volta a capital mineira, na segunda-feira, do dia 20 de Março de 1956, o Botafogo venceu mais uma: 2 a 0 no Atlético Mineiro, no Estádio Independência. Garrincha marcou um gol logo no início da segunda etapa e aos 41 minutos marcou de novo, dando números finais a peleja.
Assim, com Didi em campo, o Botafogo encerrou a sua excursão em Minas Gerais, com quatro jogos, quatro vitórias, 12 gols marcados e cinco sofridos, com saldo pomposo de sete tentos.
FONTES: Diversos jornais cariocas
IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello
História passo a passo: pela 1ª vez, Didi, o ‘Folha Seca’ jogou pelo Botafogo (RJ)
TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello
Após o acerto entre o Fluminense Football e o Botafogo Futebol e Regatas, Waldir Pereira, o Didi procurou se adaptar ao seu no clube. E o craque ‘tirou de letra‘. Além de ter recebido o apoio incondicional da torcida alvinegra, o jogador também foi recebido de ‘braços abertos‘ pela diretoria e o elenco do Glorioso.
Primeiros treinos no Glorioso
Sob o comando do O técnico Zezé Moreira, na quinta-feira, do dia 08 de Março de 1956, Didi realizou o seu 1º coletivo como titular, no Estádio de General Severiano, no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ).
O treino durou 40 minutos, com vitória dos titulares por 3 a 0, sobre os suplentes. Os gols foram marcados por Neivaldo, Alarcon e Pampolini. Os titulares foram com: Edgard; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini; Garrincha (Neivaldo), João Carlos, Alarcon, Didi e Rodrigues.
No mesmo dia, após o noticiário cogitar que Didi vestiria pela 1ª vez a camisa do clube, nos jogos dois jogos em Itabuna/BA (5 a 0, no Janozaros e 2 a 1, em cima da Seleção de Itabuna), porém a informação não se confirmou.
Modesto, utilizava o transporte público
Apesar de ter sido a maior contratação do futebol brasileiro naquela época, Didi matinha uma rotina simples. Após os treinos, o craque ia para o vestiário, tomava banho, se arrumava e pega o ônibus para retornar para casa, mesmo com dinheiro para comprar um carro 0km, Didi parecia mais um na multidão, mesmo que não fosse o caso.
Estreia do ‘Folha Seca’ foi em Campos (RJ)
Finalmente a data foi marcada: domingo à tarde, do dia 11 de Março de 1956. O jogo amistoso diante do Americano (onde jogou em 1946), na cidade de Campos dos Goytacazes, local onde nasceu Waldir Pereira, o Didi, na segunda-feira, do dia 08 de Outubro de 1928. Foi uma forma de prestar uma homenagem ao jogador e também a sua cidade natal.
Na sexta-feira, do dia 09 de Março de 1956, novo coletivo, e novamente vitória dos titulares pelo mesmo placar (3 a 0). Dessa vez, Didi marcou um dos gols. Os outros foram assinalados por Alarcon e João Carlos.
Na tarde de sábado, do dia 10 de Março de 1956, a delegação do Botafogo, chefiada por João Saldanha, saíram de General Severiano, em direção ao Aeroporto Santos Dumont, onde embarcaram, às 16h30min, no avião “Real-Aerovias“, rumo à Campos dos Goytacazes.
A delegação do Glorioso estava assim constituída: João Saldanha (Chefe da delegação); Zezé Moreira (técnico); Reinaldo Serra (árbitro); Jorge Coutinho (massagista); e o elenco (18 jogadores) – Pereyra Natero, Amauri, Orlando Maia, Domício, Nilton Santos, Rubens, Bob, Pampolini, Juvenal, Garrincha, Neivaldo, João Carlos, Alarcon, Didi, Mario, Rodrigues, Quarentinha e Gato.
A estreia não poderia ter sido melhor. Justificando o prestigio, o craque correspondeu inteiramente, jogando como se fosse um dos seus velhos integrantes, marcando gol espetacular, que acabou sendo o da vitória e a expectativa de que Didi iria brilhar (e brilhou!), no Botafogo.
O Americano se exibiu bem, exigindo muito do poderoso rival, mas teve de se curvar. Aos 33 minutos do 1º tempo, João Carlos abriu o placar para o Glorioso. Na etapa final, logo aos sete minutos, Didi marcou o seu 1º gol pelo Botafogo, ampliando o placar. Aos 35 minutos, Fubá fez o tento de honra para o Alvinegro Campista.
AMERICANO F.C. (RJ) 1 X 2 BOTAFOGO F.R. (RJ) | |
LOCAL | Estádio Godofredo Cruz, em Campos (RJ) |
CARÁTER | Amistoso estadual |
DATA | Domingo, do dia 11 de Março de 1956 |
RENDA | Cr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzeiros) |
ÁRBITRO | Reinaldo Senra (RJ) – Atuação Regular |
AMERICANO | Luís Fernando; Jorge Ramos e Naime; Marreca, Cicinho e Nilton; Fubá, Chiquinho, China, Zuza e Arturzinho. |
BOTAFOGO | Pereyra Natero; Orlando Maia, Domício e Nilton Santos; Bob e Pampolini; Garrincha, Didi, Alarcon, João Carlos e Rodrigues. Técnico: Zezé Moreira |
GOLS | João Carlos aos 33 minutos (Botafogo), no 1º Tempo; Didi aos sete minutos (Botafogo); Fubá aos 35 minutos (Americano); no 2º Tempo. |
FONTES: Diversos jornais cariocas
IMAGENS VETORIZADAS: Sérgio Mello
História passo a passo: saída, contratação e as estreias de Didi, o ‘Folha Seca’, no Botafogo
TEXTO e PESQUISA: Sérgio Mello
A partir de agora, em cinco postagens, vamos contar de como o meia Didi saiu do Fluminense, se transferindo para o Botafogo. Depois as suas estreias pelo Glorioso em quatro partes: 1ª vez vestindo a camisa do Botafogo, no estado do Rio de Janeiro; depois jogando fora do RJ; em território estrangeiro e finalizando, atuando diante do seu torcedor, no Maracanã!
Você sabia contra quem Didi estreou nessas partidas? Não? Então venha conhecer cada história, todas as quatro partidas com ficha-técnica e outras curiosidades! Vamos viajar no tempo e relembrar cada história!
O início de 1956, o Fluminense e o craque Didi, demonstraram que a relação estava desgastada e o fim estava próximo. Desde que Benício Ferreira Filho (ex-vice-presidente do Fluminense), a pedido de Didi, atuou como mediador para a renovação de contrato, uma série de versões circulou.
No entanto, as negociações com o presidente do clube, Jorge Amaro de Freitas não avançaram e a diretoria decretou que o jogador não jogaria mais pelo Fluminense. Então, na terça-feira, do dia 28 de Fevereiro de 1956, o então vice-presidente do Fluminense, Adolfo Marques, em entrevista para o Jornal dos Sports, afirmou, categoricamente, que o meia Didi estava fora dos planos do clube.
“Ficou assentado que Didi assinará com o Fluminense pelos 18 mil cruzeiros mensais. Logo após, entretanto, o passe dele será colocado à venda. Porque já havíamos decidido, em definitivo, que Didi não mais vestirá a camisa tricolor”, revelou Adolfo Marques.
Em menos de 24 horas, o Botafogo entrou na disputa
No dia seguinte, na quarta-feira, do dia 29 de Fevereiro de 1956, membros da diretoria do Botafogo, Roberto Estelita e João Saldanha, já tinham entrado em contato com o Fluminense, abrindo as negociações para contratar o meia Didi.
A diretoria do Fluminense pediu 2 milhões de cruzeiros, para vender o craque. Já o Botafogo fez uma contra-proposta de 1 milhão e meio. Alguns veículos informaram que a proposta ainda incluíam dois jogadores: Ruarinho e João Carlos. Informação essa negada de forma peremptória pelo alvinegro.
Didi reforça o Botafogo pela “bagatela” de Cr$ 1.757.000,00
Sem perder tempo, na madrugada de sexta-feira, do dia 02 de Março de 1956, as duas diretorias chegaram a um acordo e o craque Didi trocou as Laranjeiras pelo bairro vizinho: Botafogo. Na reunião que decidiu o futuro do craque, estiveram presentes: Roberto Estelita e João Saldanha, pelo Botafogo, enquanto o vice Adolfo Marques e o presidente Jorge Amaro de Freitas representaram o Fluminense.
Na noite de quinta-feira, do dia 1º de Março de 1956, começou agitado. Por volta das 20 horas, Waldir Pereira, o ‘Didi’, então aos 27 anos e cinco meses, esteve na Sede de General Severiano, para acertar as bases salariais: 20 mil cruzeiros mensais. Mas ainda recebeu por fora, a título de luvas, esse valor não foi revelado.
Às 22h10min, Roberto Estelita e João Saldanha, chegaram para uma reunião nas Laranjeiras, onde foram recebidos pelo vice tricolor, Adolfo Marques. Em seguida seguiram para a sala da presidência, e lá foi iniciado a reunião com Jorge Amaro de Freitas. A reunião durou cerca de duas horas até que houve o desfecho final.
Assim, ficou o valor das cifras: 1 milhão e 757 mil cruzeiros. Essa importância refere-se respectivamente a 1 milhão e 600 mil cruzeiros pelo passe e 157 mil cruzeiros para liquidar a dívida que o jogador havia contraído com os tricolores.
FONTES: Diversos jornais cariocas
IMAGEM VETORIZADA: Sérgio Mello
Aparecida Esporte Clube – Aparecida (SP): Fundado em 1965
O Aparecida Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Aparecida (SP). O “Furacão do Vale” foi Fundado no domingo, do dia 31 de Janeiro de 1965. A Sede do clube Alviceleste ficava na Rua Professor José Borges, s/n, no Centro de Aparecida.
Breve História
Em 1955, surgia o Esporte Clube Aparecida, que disputou o Campeonato Paulista de Futebol a partir de 1956 e encerrou sua participação em 1959, na Divisão de Acesso (Segunda Divisão, atual A2). Atualmente é um clube extinto, e na época veio a ceder seu lugar ao Aparecida Esporte Clube, que o ocupou seis anos após.
O AEC iniciou sua jornada pela Quarta Divisão (atual Série B), subindo para a Terceira Divisão (atual A3), em 1967. Sua permanência na disputa dos campeonatos profissionais é instável e permanece assim até 1981, quando se firma. Em 1982, sobe para a Segunda Divisão e permanece até 1987, caindo para a divisão inferior em 1988.
Ainda tenta por mais duas vezes, em 1995 e 1996, mas pára, não mais retornando. No total, o clube teve 15 participações no futebol profissional. Márcio Heleno foi o principal jogador da curta história do Aparecida Esporte Clube.
O “Furacão do Vale” mandava os seus jogos no no Estádio Municipal 17 de Dezembro (com capacidade para 2.500 mil pessoas), situado na Rua Benedito Macedo, nº 163, no município de Aparecida (SP). Atualmente o campo mudou de nome (Vicente de Paula Penido, o “Penidão”) e teve a sua capacidade aumenta para 5 mil pessoas.
Curiosidades
O escudo e uniforme desta postagem foi utilizado pela Aparecida Esporte Clube, no amistoso estadual, diante do São Paulo Futebol Clube, no sábado, do dia 16 de Junho de 1984, no Estádio Municipal 17 de Dezembro, no município de Aparecida (SP).
Apesar do placar ter terminado em 0 a 0, a partida teve outro fato: Otacílio Pires de Camargo, ou simplesmente Cilinho (falecido em 28/11/2019), estreou como técnico do São Paulo Futebol Clube, diante do Aparecida.
FONTES: Wikipédia – Revista Placar – Blog Aparecida Antiga