Arquivo da categoria: História dos Clubes Nacionais

Escudo raro de 1956: Clube Atlético Operário – Mafra (SC)

Por Sérgio Mello

Clube Atlético Operário é uma agremiação da cidade de Mafra (SC). Fundado 12 de Maio de 1897, como clube social (Clube Zeppelin) , ou seja, Sociedade Esportiva e Recreativa dos Operários Mafrenses (SEROM). Vinte e três anos depois mudou o nome: Em 12 de outubro de 1920, passou a se chamar: Clube Atlético Operário.

A sua Sede ficava Largo Lauro Müller (atual: Praça Lauro Müller), entre as ruas Felipe Schmidt, Ten. Ary Rauen, Comerciante Jamal Matar e Av. Pref. Frederico Heyse – Centro – Mafra (SC).

O Largo Lauro Müller de Mafra, em Santa Catarina, foi transformado em Praça Lauro Müller pela Lei Ordinária nº 54, de 5 de dezembro de 1949. A sua Praça de Esportes ficava situado na Rua Pedra Amarela, s/n, no Jardim Moinho, em Mafra (SC).

Nestes anos de glória, este clube tem muito, o que comemorar no futebol catarinense e no planalto norte, onde sempre foi uma força e até hoje é muito respeitado, quantos jogadores, que marcaram época neste clube, desfilaram seu futebol no estádio Alfredo Herbst, o popular Pedra Amarela.

Há de destacar o centroavante Chiquinho, entrou para a história do Operário, como principal artilheiro do Campeonato Catarinense de 1978, depois foi contratado pelo Figueirense de Florianópolis.

Nos áureos tempos dos anos 60, envergavam a camisa operariana com muito brilho, o zagueiro Tutão, fez tanto pelo futebol mafrense, que tem ginásio, que leva seu nome no alto de Mafra, além de Nego Tião, centroavante DilceuRexGuimarãesFubáLisandro o xerife e Mano, entre outros.

Nos anos 70, há de enaltecer, Tutinho, Nelinho, Airton Torto, Camiseta, Geada, Nereu Tatara, Nereu Baum, os laterais João Stock e Mario Bartnack, no meio de campo XepaBrandeburgo, o zagueiro Henrique a maioria deles citados, já faleceram, mas marcaram seu nome no glorioso Operário.

Nos anos 90 o Operário disputou a 2ª divisão de profissionais, época que o clube começou a ser administrado pela Sociedade Esportiva e Recreativa Operários Mafrenses (Zeppelin). A maioria dos jogadores eram prata da casa, Tarcísio, Hilário, Abel, Partala, Partalinha, Silvio Lanski, Mineiro, Odir, Edson Eckel, Dejair, Loriel, Miguelzinho e Marcelo.

Escudo raro da década de 60

Hoje o Operário continua no auge do profissionalismo, devido à paixão de Edmar Heiler por este clube, onde depois de vários anos, voltamos ao cenário catarinense. No ano de 1999 ressurgiu na Série C, fazendo uma ótima campanha, ficando entre os semifinalistas, fez jogos memoráveis contra Guarani de Palhoça e XV de Outubro de Indaial. No ano de 2015 o Operário comprou a vaga do Canoinhas Atlético Clube e ressurgiu na Série B do Catarinense.

ESTÁDIO

estádio Alfredo Herbst o popular Pedra Amarela, terreno doado pela família Herbst, recebeu jogos memoráveis, os famosos Peri-Ope, o clássico das multidões, onde até hoje é lembrado, por quem teve o privilégio de assistir estes confrontos, parava a cidade de Mafra aos domingos a certeza de jogos emocionantes, muitas vezes acabava em pancadaria.

HISTÓRIA DESTE CLÁSSICO

Tantas histórias marcaram este clássico Peri-Ope, em campo jogadores que marcaram seus nomes no futebol mafrense, muitos deles já não estão mais em nossos meios. Em 1961 neste clássico houve até trocas de tiros entre um policial e um jogador do Peri. Estava 1 a 0 no primeiro tempo para o Peri, quando o juiz marcou um pênalti. Aí o Jogador Kid do Peri, chamou o juiz de ladrão e foi expulso. Até a polícia precisou ser chamada para que o jogador deixasse o campo pelo lado da torcida do Operário.

O estádio estava cheio. Na sequência o jogador ainda agrediu um policial que disparou dois tiros, que por sorte não acertou ninguém. O jogador saiu correndo em ziguezague. Em seguida dois policiais pegaram o jogador que ainda acertou um soco em um deles. A partida virou uma confusão. Na época não existia cartão amarelo nem vermelho. O Juiz acabou tendo que chamar o Exército para terminar com a pancadaria e a partida terminou ali mesmo.

Equipe Juvenil do C.A. Operário de 1975

PROFISSIONAL

Clube Atlético Operário foi profissionalizado em 1977, sendo incluído no Campeonato Catarinense de profissional, recebendo equipes de ponta de Santa Catarina, Figueirense, Avaí, Joinville, Comerciário (hoje Criciúma)Chapecoense, entre outras, apresentando uma boa campanha.

Em 1978 passou a disputar as finais do campeonato catarinense, após sagrar-se campeão de sua chave e encerrou sua participação dentre os primeiros colocados.

TÍTULOS

Tem quatro títulos da Liga Esportiva Catarinense do Campeonato Regional da Zona Norte, em 1947/48/56 e 1962.

ILUMINAÇÃO

Uma das maiores aspirações do torcedor mafrense, foi realizado em maio de 1980, com a inauguração do sistema de inauguração do estádio Alfredo Herbst, foi uma festa que ficou marcada no esporte, com a participação de várias autoridades políticas.

Dentre as autoridades destacamos o governador do estado, Jorge Konder Bornhauser o prefeito mafrense Plácido Gaissler, que muito lutou para realizar este sonho da iluminação no estádio.

Time posado da década de 60.

MAIOR PÚBLICO

Foi o maior público registrado até hoje no estádio Alfredo Herbst, estava totalmente tomado, faltava lugares para acomodar a fanática torcida operariana, mais de 3 mil torcedores fizeram parte desta festa de inauguração da iluminação.

Na ocasião o Mafra Atlético Clube, que passou a denominar-se, esta agremiação em 21 de setembro de 1979, enfrentou o Joinville Esporte Clube, pelo Campeonato Catarinense da divisão especial, naquela época não existia segunda divisão.

Com nomes consagrados na equipe do MAC, o goleiro Roberto, o meio campista Luiz Everton, os atacantes Chiquinho e Mauricio, apontou o empate em 00 a 00, contra a consagrada equipe do JEC, comandado pelo técnico Velha, o goleiro Borrachinha o meio campista Nardela e o atacante Zé Carlos Paulista.

FAMÍLIAS MARCANTES

Quantas famílias marcaram seu nome na história do Operário, onde destacamos, Herbst, Pigatto, Mann, Oscar Scholze, Abelardo Luiz de Oliveira, Weinschutz, Álvaro Weber, Cavalheiro, Arthur Sallai, Tadeu Munhoz, Boetcher e Heiler, entre tantas outras que de alguma forma, contribuíram e estão contribuindo, para com esta agremiação, que é a paixão do torcedor mafrense.

ARTE: Desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

COLABOROU: Cícero Alves Urbanski

FONTES & FOTOS: Página do Facebook “C.A. Operário Mafrense” – Blog Camisa 10 – Click Rio Mafra – Página do clube no Facebook – Página do Instagram “Torcida Fanáticos do Glorioso

Humaytá Futebol Clube – Mossoró (RN): Fundado em 1919

Por Sérgio Mello

O Humaytá Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Mossoró (conta com uma população de 264.577 habitantes, segundo o censo demográfico do IBGE de 2022), localizado a 281 km da capital (Natal) do estado do Rio Grande do Norte.

Fundado na terça-feira, do dia 14 de outubro de 1919, o Humaytá Futebol Clube foi 1º grêmio esportivo da cidade de Mossoró/RN. O clube participou de diversas edições do Campeonato Citadino de Mossoró, onde travou grandes jogos com os seus adversários da época, como o Centro Esportivo Mossoroense, o Palmeiras Futebol Clube e o Ipiranga Esporte Clube.

Humaytá e o bando de Lampião

O episódio, ocorrido às 13 horas, da segunda-feira, do dia 13 de junho de 1927, mostrou a coragem, a determinação e a união dos mossoroenses. A população, liderada pelo então prefeito Rodolfo Fernandes, reuniu-se, armou-se como pôde e conseguiu defender a cidade do ataque de Lampião e seu bando. A resistência inesperada de Mossoró é hoje um marco histórico e motivo de orgulho para os seus cidadãos.

O famoso cangaceiro e seu grupo planejavam saquear a próspera cidade, que na época já se destacava por sua produção de sal e petróleo. No entanto, ao contrário de outras localidades, Mossoró reagiu: montou barricadas, distribuiu armas entre seus moradores e aguardou o bando de cangaceiros. Quando o combate começou, a coragem dos mossoroenses prevaleceu, resultando na retirada do bando e marcando a resistência como um triunfo da cidade sobre o temível Lampião.

Como tudo aconteceu

No entanto, o clima festivo foi abruptamente interrompido com a notícia que começou a circular: Virgulino Ferreira, o temido cangaceiro conhecido como Lampião, estava se aproximando da cidade.

A sociedade de Mossoró estava fervilhando de animação na noite de domingo, do dia 12 de junho de 1927, graças a uma grande celebração organizada pelo Humaytá Futebol Clube. A festa, repleta de glamour, acontecia na véspera do dia de Santo Antônio.

Poucas horas antes, Lampião e seu bando haviam atacado a vila vizinha de São Sebastião (hoje conhecida como município de Governador Dix-Sept Rosado). Em questão de instantes, o rigoroso código de vestimenta da festa – branco para os cavalheiros e azul e branco para as damas – perdeu o seu charme. O acontecimento desfez o clima de elegância que prevalecia, abalando a elite do sertão que, até então, desfrutava de um momento de pura ostentação.

O coronel Rodolfo Fernandes, o prefeito, já havia alertado, nos últimos dias, sobre o perigo do ataque do rei do cangaço ao município. Contudo, a maioria dos residentes parecia desacreditada.

A tranquilidade era tamanha que, naquele mesmo dia, 12 de junho, Mossoró parecia mais absorvida pelo aguardado jogo de futebol entre Ipiranga e Humaytá do que pela possibilidade de uma invasão por Lampião. O jogo de futebol ocorreu sem maiores ocorrências. Porém, a atmosfera do baile mudou drasticamente.

Apesar dos esforços de alguns participantes e dos diretores do Humaytá para minimizar as notícias que chegavam de São Sebastião, a festa foi dominada por uma onda de inquietação e medo. O som agudo do apito da locomotiva ferroviária ecoava sobre o pânico dos mossoroenses, conforme descrito pelo jornalista Lauro da Escóssia, que testemunhou os eventos, em seu livro “Memórias de um Jornalista de Província”. Os trens começavam a se movimentar, conduzindo famílias e quantos quisessem fugir de Mossoró. Segundo ele, durante toda a noite e na manhã seguinte, a ferrovia permaneceu ininterruptamente agitada.

Nas primeiras horas da manhã de 13 de junho, muitos moradores de Mossoró, que naquela época contava com cerca de 20 mil habitantes, já haviam abandonado suas casas.

No entanto, o êxodo não era apenas um resultado do medo. A estratégia traçada pela prefeitura, que conseguiu assistência oficial em termos de armas e munições, porém não em efetivos para combate, era manter na cidade somente os cidadãos que pudessem estar armados.

Na avaliação do coronel Rodolfo Fernandes, um ambiente mais vazio aumentaria a chance de resistir à invasão do bando de cangaceiros. Havia algum tempo que Lampião cogitava a audaciosa tarefa de invadir Mossoró.

Essa seria a mais grandiosa tentativa de saque do seu bando, conforme relata o historiador Frederico Pernambucano de Mello em seu livro “Guerreiros do Sol”, onde argumenta que o cangaço era um modo de vida.

Pouco antes de alcançar a cidade, Lampião enviou um bilhete à prefeitura, numa clara tentativa de extorsão. No bilhete, Lampião exigia um pagamento de 400 contos de réis para poupar a cidade de um ataque.

Esse montante era ao menos dez vezes maior do que o que ele costumava solicitar em situações similares. Na tarde do feriado de Santo Antônio, 13 de junho, ele e seu bando já se posicionavam nas imediações do município potiguar.

Lampião, ao centro, e o seu bando

Sangue e areia mancharam a reputação do Rei do Cangaço

Lampião liderava um bando de 53 cangaceiros. No entanto, ele não esperava encontrar uma resistência composta por pelo menos 150 homens armados defendendo a cidade. O jornalista Lauro da Escóssia estava no local, testemunhando tudo de perto.

Durante toda a noite, disparos de armas podiam ser ouvidos. “Parecia uma noite de São João bem comemorada”, escreveu em O Mossoroense. Enquanto isso, as mulheres oravam a outro santo junino, Santo Antônio, homenageado naquele dia.

Durante o ataque, Lampião sofreu perdas significativas em seu bando. Colchete teve parte do crânio destruída por balas. Jararaca, após ser capturado, foi praticamente enterrado vivo.

Em menos de uma hora depois do início do confronto, o capitão do sertão – um dos muitos apelidos do famoso cangaceiro – percebeu que conquistar a cidade seria praticamente inalcançável.

Então, ele ordenou a retirada do seu bando, na tentativa de evitar mais baixas e proteger ainda mais sua reputação. “A partir desse momento, a estrela do bando começaria a brilhar cada vez menos”, escreveu o historiador Pernambucano de Mello.

Comemorada todos os anos, a data de 13 de junho é uma ocasião em que a cidade reverencia a sua resistência contra o bando de Lampião, a qual se tornou um símbolo da valentia e da unidade do povo de Mossoró.

O acontecimento é lembrado no Museu do Sertão, que reúne uma rica coleção de itens históricos e uma exposição permanente sobre o cangaço. Além disso, a cidade realiza uma encenação ao ar livre da resistência, chamada “Auto da Liberdade”, que atrai milhares de visitantes todos os anos. O espetáculo conta com a participação de atores locais e narra, de maneira dramática, os eventos daquele dia de 1927.

A data é sempre um lembrete do espírito de união, força e coragem da população mossoroense, que fez história ao ser a primeira cidade a resistir ao bando de cangaceiros de Lampião.

A resistência de Mossoró não só marcou a história da cidade como também sinalizou o início do declínio do cangaço no Nordeste brasileiro. A partir daí, a invencibilidade de Lampião foi questionada e outras localidades foram encorajadas a se opor à ameaça do cangaço. A corajosa cidade de Mossoró é uma prova viva de que, com união e determinação, é possível enfrentar e superar qualquer desafio.

ARTE: desenho do escudo e uniformes – Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Walter Wanderley

FONTES: jornalista e escritor, Lauro da Escóssia – O Melhor de Natal

Escudo e uniforme de 1910: Sport Club Rio Grande – Rio Grande (RS)

Por Sérgio Mello

O Sport Club Rio Grande é uma agremiação do município do Rio Grande, situado no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul. A localidade, segundo a estimativa do censo do IBGE de 2021, conta com uma população de 191.900 habitantes. Fica a 317 km da capital de Porto Alegre.

O “Vovô” foi Fundado na quinta-feira, do dia 19 de julho de 1900, por Alfredo Kladt, Amadeu Schmidt, Arthur Cecil Lawson, Boje Schmidt, Carlos Bornhorst Filho, Gustavo Poock Júnior, Henrique Buhle, J. Minnemann, Manoel E. Castro, Max Bornhorst, Oscar Schmidt e R. Kladt. As suas cores são o verde, vermelho e amarelo, em referência à bandeira do estado do Rio Grande do Sul.

O 1º Presidente foi o Sr. Rodolpho Dieticker, que governou por quatro mandatos (1900, 1901, 1903 e 1903). A sua Sede fica localizada na Rua General Bacelar, nº 197, no Centro do Rio Grande/RS. Já o Centro Esportivo Denis Lawson (Estádio Arthur Lawson) fica na Avenida Itália, nº 1.815, na Vila Trevo, no Rio Grande/RS

S.C. Rio Grande: O clube mais antigo do Brasil!

O clube foi registrado na Confederação Brasileira de Desportos (CBD), o clube de futebol mais antigo do Brasil, em 22 de julho de 1975, o Almirante Heleno Nunes enviou o Ofício nº PRE(SAD) 7111, confirmado pelo Ofício PRE(SAD) 7281, com o seguinte teor:

Em adiantamento ao nosso Ofício 7111 de 22 do corrente, informamos V.S. ter sido anotado, nos registros da Confederação Brasileira de Desportos, que o Sport Club Rio Grande é o clube de futebol mais antigo do Brasil. Por outro lado, comunicamos que foram arquivados todos os documentos enviados por V.S. comprovando o fato.”

Em 28 de Julho de 1975, a Extinta Confederação Brasileira de Desportos (CBD), sucedida pela atual CBF, envia Oficio Pré (SAD) nº 7281, informando que o clube foi anotado como clube de futebol MAIS ANTIGO DO BRASIL, assinado pelo Pres. Heleno de Barros Nunes e Pres. Do S. C. Rio Grande Jorge Numa.

Outra marca importante: o clube foi considerado de Utilidade Pública Municipal pela Lei nº 1.979, de 25/11/1968 e considerado Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul pela Lei 12.225, de 05/01/2005.

Estádio das Oliveiras e Arthur Lawson

No domingo, do dia 20 de Novembro de 1904 o Sport Club Rio Grande adquire da Intendência Municipal, por concorrência pública, no valor de Cr$ 1.200,00 (mil e duzentos), um terreno para construir a Praça de Esportes localizada na Av. Buarque de Macedo.

Presidido por Arthur C. Lawson, no domingo, do dia 03 de Julho de 1910, foi construído o 1º Pavilhão Social do futuro Estádio, na ocasião foi disputado um jogo inaugural, onde o S. C. Rio Grande venceu o Sport Club Pelotas pelo placar de 3 a 2.

Em 1911, foi concluída a construção do Estádio das Oliveiras. As instalações originais do 1º Pavilhão Social do Estádio foram destruídas num grande incêndio, sinistro datado na quinta-feira, do dia 13 de setembro de 1934.

O 2º Pavilhão foi então erguido, e teve inauguração na segunda-feira, do dia 19 de julho de 1948, em ato cerimonial comemorativo alusivo aos 48 anos de existência do Clube, que na ocasião era presidido pelo Sr. Ernani R. Lages.

O ​Estádio Arthur Lawson, com Capacidade para 4.661 pessoas, foi inaugurado no sábado, do dia 31 de Agosto de 1985, na derrota para o Grêmio Santanense por 5 a 2. O técnico foi o ex-atacante Nandinho. O árbitro da FGF foi o riograndino Aimoré Silva.

Primeiro gol do estádio, jogador do Grêmio Santanense João Pedro. O 1º gol do S.C.R.G., foi assinalado por Baltazar. Era presidente Nelton V.P. Feijó. Jogo válido pelo Campeonato Gaúcho da 3ª Divisão de 1985.

História da fundação do S.C. Rio Grande

Os primeiros movimentos que redundaram na fundação do clube, começam no final do século retrasado e alvorecer do século passado, eis os fatos: A humanidade vivia em clima de paz e de otimismo na velha Europa, uma espécie de coexistência pacifica entre as três potências econômicas da época: Alemanha, Inglaterra e França.

Havia muita euforia no mundo, com a expansão acelerada da economia e com novas descobertas. Germinavam novas ideias e novos ideais, no campo do direito, na economia e na sociologia.

Os três gigantes dividiam um mercado próspero e ávido em todos os continentes. O Brasil tinha 11 anos de república e seus portos se agitavam em comércio intenso com o exterior. A cidade de Rio Grande, berço da civilização Rio Grandense, estrategicamente situada no extremo meridional do Estado do Rio Grande do Sul era inebriada por intensa atividade portuária e fabril.

Falava-se em pé de igualdade, o Alemão, o Francês e o Inglês com a Língua Portuguesa. A Sociedade local, era cosmopolita e isto influência as artes, as letras e a cultura em modo geral. As maiores companhias teatrais da época, tinham passagem obrigatória em Rio Grande, oriundas do velho continente. Os clubes fechados, reuniam os nacionais de cada país.

Surgiram clubes Alemães, Ingleses, como os tradicionais Clube do Comércio e Clube de Regatas Rio Grande. O “Sport” na Europa surgiria numa modalidade viril que vinha se tornando o encanto da juventude. Era o “Foot Ball”, disputa que exigia muita coragem dos competidores. A notícia chegou rápida, e nesse ambiente, um grupo de jovens de 20 a 25 anos, resolveram se reunir para organizar um Clube esportivo que viesse a difundir no solo Pátrio, a atraente modalidade.

Foi quando o jovem alemão JOHANNES CHRISTIAN MORITZ MINNEMANN nascido em Hamburgo em 17 de julho de 1875, reuniu alemães, ingleses, portugueses e brasileiros, com o fito de fundar um Clube, nos escritórios da extinta firma THONSEN & Cia., JOHANES MINNEMANN, além de fundador, foi orador, secretário, guarda esportes e atleta, e conseguiu projetar e realizar a fundação do Sport Club Rio Grande.

Ele estava a pouco tempo no Brasil e ainda dominava muito mal o vernáculo. Como secretário do grupo fundador, ajudou a redigir os documentos iniciais no mais puro alemão. Razão pela qual os registros da fundação do Clube estão escritos neste idioma, em caracteres góticos.

O entusiasmo de Minnemman era contagiante. Assim programada a reunião inicial marcada para o sábado, do dia 14 de Julho de 1900, com início às 20h30min., sendo escolhido o local da “Casa dos Atiradores” também conhecido pelo nome germânico de “Tiro Alemão“.

A convocação era também para um “match”, que seria realizada na mesma manhã, entre às 9 e 10h30min., com a participação das equipes A e B. Prova-se assim, com este documento oficial, que já se praticava o esporte bretão, nos campos da cidade do Rio Grande.

Entretanto não foi ainda no dia 14 de Julho de 1900, a lavratura da ata de fundação. Foi marcada então nova data. Seria uma terça-feira, dia 17 de julho, na sede do Clube Germânia, no prédio situado a rua Benjamim Constant esquina Conde de Porto Alegre, atualmente mais recentemente conhecida como ‘Sociedade Cruzeiro do Sul’, alteração sofrida em 1952, ao reabrir suas portas, fechadas com a eclosão da II Guerra Mundial em 1943.

O Clube Germânia, fundado em 1863, era á época, uma sociedade chamada fechada, privada a alta sociedade Alemã e aos seus familiares. Assim na noite de 17 de Julho de 1900, houve um protesto de um dos associados, que não concordava com a concessão da Sede para realização de uma reunião que também congregava elementos de outras raças.

Foi preciso um esforço intenso dos interessados de nacionalidade alemã para a realização da reunião no sentido de contornar o impasse, sendo finalmente a mesma sido realizada na quinta-feira, do dia 19 de julho de 1900, no referido Clube Germânia, quando foi fundado o Sport Club Rio Grande.

Dessa reunião existe até hoje o texto do discurso pronunciado por Johannes Minnemann, em língua alemã. Estavam presentes à reunião, os cidadãos de diversas nacionalidades, que assinaram a Ata de Fundação:

R. Schwamerkurg     –     R. Kladt     –     R. Dietiker     –     S. W. Robinson     –     M. E. Castro     –     R. BernittO. Bernitt     –     N. Benz     –     E. Kunz     –     C. Nieckels     –     F. Reimar     –     H. Volkers     –     G. KladtM. Bornhorst     –     E. Lohmann     –     J.C.M. Minnermann     –     Walter Gerdau     –     Boje SchmidtArthur Cecil Lawson     –     William R. Ashlin     –     Henrique Buhle     –     O. Bernitt.

Cores do clube

Na sexta-feira, do dia 12 de julho de 1901, foi realizado uma Assembleia Geral, ficando na ocasião estabelecido, que as cores do clube seriam as mesmas da Bandeira Rio-grandense: verde, vermelho e amarelo.

Diga-se de passagem, que a história do futebol está intimamente a pessoa de Charles Miller, nascido em São Paulo, em 24 de Outubro de 1874. Estudou no Reino Unido, retornando ao Brasil em 18 de Fevereiro de 1894. Foi neste ano que introduziu a prática do futebol no seu clube, São Paulo Athletic Club, que tinha como principal atração o “Cricket“.


Os pioneiros do futebol nacional

1894São Paulo Athletic Club – São Paulo (Clube de “cricket” onde CHARLES MILLER, um de seus sócios, introduziu o futebol no Estado de São Paulo. O Clube fechou o futebol no início do século, voltando às atividades sociais e esportivas, para as quais foi fundado).
1898A.A. Mackenzie College – São Paulo (departamento de futebol extinto).
1899Sport Club Internacional – São Paulo (extinto).
1899S.C. Germânia – São Paulo (departamento de futebol extinto).
1900Sport Club Rio Grande – Rio Grande/RS (Clube de Futebol Mais Antigo em Atividade inimterrupta, fundado em 19/07/1900).
1900Associação Atlética Ponte Preta – Campinas/SP (fundado em 11/08/1900).
190214 de Julho – Santana do Livramento/RS (fundado em 14/07/1902).
1902Fluminense Foot Ball Club – Rio Janeiro/RJ (fundado em 21/07/1900).
1903Esporte Clube Vitória – Salvador/BA (fundado em 13/09/1903).
1903Grêmio Foot Ball Porto Alegrense – Porto Alegre/RS (fundado em 15/09/1903).

Curiosamente dos Precursores, restaram como Mais Antigo, o nosso Sport Club Rio Grande de 19/07/1900 e como segundo mais antigo a Ponte Preta, fundada em Agosto do mesmo ano. Os demais foram tragados pelo tempo ou retornaram a suas atividades esportivas iniciais, embora tenham sido fundados anteriormente.

1º jogo do Sport Club Rio Grande

​A primeira partida contra equipes externas, foi no ano da fundação, contra os marinheiros do navio inglês “NYMPH” que visitava a cidade. Terminou em empate de 2 a 2 . Na época, o Sport Club Rio Grande, possuía duas equipes, “A” e “B“.

TIME “A”: Artur Lawson, Barthgen, A. Kladt, Schimidt, Bonhorst, Buhle, Poock, Trail, Robinson, Minnemmann e Legeren

TIME “B”: G. Kladt, R. Bernitt, Stewart, Benz, Dietiker, R. Kladt, Gerdau, Darlsy, Volckers, Ernst e Castro.

​Primeiros jogos internacionais

A partir daí, passou a fazer diversas apresentações pelo estado do Rio Grande do Sul. Em 1901 lançou o futebol em Pelotas/RS, 1903 em Porto Alegre, em festividade memorável para os porto-alegrenses. Em 1906 foi fazer a sua demonstração na cidade de Bagé/RS.

Foi ainda o primeiro clube brasileiro, a realizar uma partida internacional, em 1910 contra o Clube Atlético Estudiantes, da Argentina e em 1911 contra a Seleção Uruguaia. Em 1912 contra o “scratch” Paulista. Em 1919, contra a Seleção Argentina.

Títulos em todas as divisões

​Em 2014, O Sport Club Rio Grande garantiu uma marca histórica no futebol gaúcho, com o título da Série B do Gauchão e é, juntamente com o Guarany Futebol Clube, da cidade de Bagé/RS, um dos únicos clubes do Rio Grande do Sul a conquistar o título de todas as Divisões estaduais, triunfando na Primeira Divisão em 1936, a Segunda Divisão em 1962 e a Terceira Divisão em 2014.

Atletas Riograndinos destaques que passaram pelo Clube:

Fruto – Atleta símbolo do Clube.

Scala e Neca – Ambos integrantes da Seleção Brasileira.

Alcindo Martha de Freitas (O Alcindo)Seleção Brasileira de 1966.

Toquinho, oriundo das categorias inferiores, brilhou no futebol paulista, Portuguesa de Desportos.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Moisés H G Cunha

FOTOS: Revista Trip (julho de 2003)

FONTES: Site do Sport Club Rio Grande – RAMOS, Miguel Glaser. SC Rio Grande – Centenário do futebol brasileiro. Rio Grande: Editora da FURG, 2000, 211 p. – Memorial JOHANNES CHRISTIAN MORITZ MINNEMAN – DACOSTA , LAMARTINE (ORG ). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. RIO DE JANEIRO: CONFEF  2006 , Artgo: Futebol em Rio Grande-RS, por: Leonardo Trápaga Abib – Revista GOOOL nº 77 ano 2000/edição histórica; S.C. Rio Grande

CIP campeão catarinense de 1938

por Fernando Alécio

Em maio de 1931, instalava-se na Rua Blumenau, em Itajaí, a Companhia Itajahyense de Phosphoros. Mais conhecida pela sigla CIP, a empresa foi idealizada pelo industrial Antônio da Silva Ramos e formada com capital de investidores de Itajaí e Blumenau.

No período de 1932 a 1939, produziu 148.300 caixas, cada uma contendo 120 pacotes e cada pacote 10 caixinhas com 55 palitos em média. Os fósforos eram comercializados com as marcas “Triumpho”, “Faísca”, “Libertador” e “Corsário”. Irineu Bornhausen, um dos principais acionistas, ocupou o cargo de diretor-presidente por vários anos.

Ofício timbrado do CIP em 1937. Acervo Adalberto Klüser/OsniMeira

A fábrica abrigava cerca de 150 operários em 1940 e era uma das principais fontes de arrecadação do município, possuindo também uma fecularia em Tubarão. Além de contribuir com o progresso econômico de Itajaí, a Companhia Itajahyense de Phosphoros, liquidada na década de 1950, deixou um importante legado na área esportiva: deu origem ao glorioso CIP Foot-Ball Club, agremiação que entrou para a história do futebol catarinense.

Conforme registram os estatutos, o CIP F.C. foi fundado em 27 de outubro de 1936, por iniciativa de Francisco Medeiros, Alfredo Medeiros e Eugenio Cypriano Abelino, tendo por finalidade a prática dos esportes em geral, em particular o futebol. O clube adotou as cores vermelha e preta, teve Antônio da Silva Ramos como primeiro presidente e passou a mandar seus jogos num campo próximo à fábrica, na Rua Blumenau.

Prédio da fábrica de fósforos na Rua Blumenau. Reprodução Jornal do Povo

Campeão do Vale do Itajaí

Em maio de 1938 teve início o certame regional da Associação Sportiva do Vale do Itajaí (ASVI), entidade fundada no ano anterior e da qual o CIP foi um dos idealizadores. Tratava-se de um autêntico campeonato do Vale do Itajaí, contando com equipes de Itajaí, Brusque e Blumenau.

Com uma campanha impressionante, o CIP faturou o título com 13 vitórias e apenas uma derrota. A conquista do time da Rua Blumenau foi festivamente comemorada num animado piquenique organizado pela diretoria do clube na então praia de Piçarras.

Campeão Catarinense

A conquista do campeonato regional da ASVI deu ao CIP o direito de disputar o Campeonato Catarinense de 1938, que foi realizado somente no ano seguinte. Na época, apenas os campeões regionais participavam do certame estadual. O adversário do time itajaiense nas semifinais foi o tradicional Avaí, campeão de Florianópolis, que já havia sido campeão catarinense cinco vezes (1924, 1926, 1927, 1928 e 1930). A última conquista estadual do Avaí havia sido obtida ao vencer na final outro time de Itajaí, o Marcílio Dias.

O primeiro embate entre CIP e Avaí foi designado para o dia 5 de fevereiro de 1939. No campo da Rua Blumenau, os jogadores itajaienses não se intimidaram ante a maior tradição do time da Capital e aplicaram uma goleada de 4 a 0. A pressão dos locais sobre os visitantes foi tamanha que os quatros gols saíram logo no primeiro tempo. Couceiro (duas vezes), Villa e Nanga foram os autores dos tentos.

No segundo tempo, o panorama se inverteu com o Avaí indo para cima, mas o goleiro Geninho fez grandes defesas e manteve inalterado o placar do primeiro tempo. O goleiro cipiano foi considerado o melhor homem em campo.

Diploma conferido ao jogador Alberto Correia. Acervo FGML

O jogo de volta foi marcado para 5 de março de 1939. Mesmo debaixo de uma chuva torrencial que caía sobre o antigo Estádio Adolpho Konder, em Florianópolis, o CIP apresentava uma boa atuação e chegou a estar vencendo por 2 a 0 (gols de Vitório e Pavan), mas o Avaí conseguiu empatar, aos nove minutos do segundo tempo.

Logo após o empate do time da casa, o árbitro Leovegildo Amaral Alves suspendeu a partida por falta de visibilidade e alagamento do gramado devido ao temporal. Enquanto a bola rolou, a partida foi marcada por lances duros, jogadas violentas e pouca disciplina. Com a suspensão do jogo, a Federação Catarinense de Desportos (FCD)agendou para 11 de março a continuação dos 36 minutos faltantes, ocasião em que o Avaí fez o terceiro gol e venceu o jogo por 3 a 2.

Armando, Humaytá e Victorio, jogadores do CIP

A vitória do Avaí forçou a realização de uma terceira partida para decidir a vaga na final, pois na época não era levado em consideração o saldo de gols. A FCD marcou a partida logo para o dia seguinte, 12 de março, em Florianópolis. Num jogo muito movimentado, o CIP saiu na frente com Vitório, mas o Avaí virou com Saul e Sapo ainda no primeiro tempo.

O Rubro-Negro voltou para a segunda etapa determinado a remontar o placar e alcançou o objetivo com gols de Pavan e Couceiro aos seis e oito minutos. “Justa e merecida vitória do CIP”, reconheceu em letras garrafais a página esportiva do jornal O Estado, de Florianópolis, na edição que circulou em 14 de março de 1939.

Pavan, Alberto e Lico, jogadores do CIP

O título de campeão catarinense de 1938 seria decidido em jogo único entre CIP e Atlético de São Francisco Sul, que na outra semifinal eliminou o Caxias de Joinville também em três jogos (6×1, 1×2 e 3×0). Assim como o CIP, o time francisquense, fundado em 1931, disputava pela primeira vez a final do certame estadual. A grande decisão foi marcada pela FCD para 2 de abril, em Florianópolis, mas devido às chuvas a data foi alterada para 16 de abril.

Manchete do Jornal do Povo, de Itajaí

O CIP abriu o placar logo nos primeiros minutos de jogo através de Couceiro e ampliou na segunda etapa com Nanga. O adversário tentou pressionar para buscar o empate, mas esbarrou na heroica resistência cipiana, que tinha como principal guardião o veterano zagueiro Luiz Avellar Pereira (ex-Marcílio Dias), o Lico, cuja atuação foi muito elogiada tanto pela crônica esportiva de Itajaí quanto pela imprensa de Florianópolis.

Devido ao jogo excessivamente violento praticado pelo time de São Francisco do Sul, dois de seus jogadores foram expulsos. O livro Almanaque do Futebol Catarinense comenta que “o rubro-negro itajaiense triunfou na bola e no pau. Seus atletas receberam elogios ‘pela exuberância e energia com que souberam batalhar ante a agressividade brutal’ dos francisquenses”.

Manchete do jornal O Estado, de Florianópolis

O time que subiu ao gramado do Estádio Adolpho Konder e derrotou o Atlético de São Francisco por 2 a 0 formou com Geninho; Lico e Humaytá (Villa); Soto e Alberto; Fatéco, Victorio, Couceiro, Pavan, Nanga e Armando. Há fontes que propagam equivocadamente a informação de que o campeonato catarinense de 1938 teria sido decidido em três jogos. Trata-se de erro, pois a competição teve jogo único na fase final em 16 de abril de 1939.

Soto, jogador do CIP. Acervo FGML

Além do título estadual de 1938, outro legado deixado pelo CIP foi ter revelado ao futebol catarinense o craque Nildo Teixeira de Mello, o Teixeirinha, considerado um dos melhores jogadores do Estado em todos os tempos. Embora tenha atuado por pouco tempo com a camisa rubro-negra, em 1942, coube ao CIP a honra de ter sido o seu primeiro clube.

O CIP continuou disputando as competições da ASVI até 1943. Em 1944, desapareceria para sempre do cenário das competições oficiais do futebol catarinense. O destino dos troféus e demais artigos e documentos históricos do CIP é desconhecido.

Hino do CIP

Companheiros sempre firme

Para o inimigo vencer

Nosso CIP glorioso

Muitas glórias há de ter

Venceremos com bravura

E com toda lealdade

Aos vencidos respeitamos

Dando prova de amizade

Se vencidos, saberemos

A derrota festejar

Também é uma vitória

A derrota suportar

É dever do nosso team

Para todos ser gentil

Lutar sempre com heroísmo

Para glória do Brasil

Fonte

Artigo “Memórias do Futebol: CIP Foot Ball Club”, de Fernando Alécio, Adalberto Klüser e Gustavo Melim. Publicado no Anuário de Itajaí — 2017. Editora da Fundação Genésio Miranda Lins, 2017.

Clube Esportivo Operário Várzea-grandense – 70 anos de história

Tudo começou com um grupo de jovens de Várzea Grande, liderados por Rubens dos Santos, com apoio do Bispo Dom Antônio Campello de Aragão, no dia 1º de maio de 1949, fundava o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense.
Quanto ao nome, por ser a data em que se comemorava o Dia do Trabalhador, Rubens dos Santos achou por bem homenagear a classe, motivo do nome Operário.
O Bispo Dom Campello doou as primeiras camisas, e por ser torcedor do Fluminense do Rio Janeiro, as cores foram idênticas às do clube carioca, permanecendo até hoje.

 

O primeiro jogo

 

A primeira partida aconteceu na do dia 1º de maio à tarde no Círculo Operário, na Rua Independência, centro de Várzea Grande, e Boava fez o primeiro gol da história do clube na vitória de 1 a 0, diante do Palmeiras do Porto.
 
Da esq. p/ a dir.: Zé Simeão, Ciro, Lindolfo, Boava, Benedito Sapateiro, Assis, Nonô Sapateiro, Caetano, Gonçalo Gongon, Alito e Jorge Mussa.
A primeira diretoria

 

O time dava o pontapé inicial em campo, e Rubens dos Santos convocava torcedores e simpatizantes do clube para a formação da 1ª diretoria. A reunião aconteceu no dia 15 de maio na casa de Joaquim Santana Rodrigues, com Luiz Vitor da Silva sendo escolhido como 1º presidente na história do Operário Várzea-grandense. A diretoria era composta ainda por Lamartine Pompeu de Campos, Joaquim Santana Rodrigues, Oldemar Pereira, Mestre Dario, Manoel Mendes de Oliveira, e Manoel Santana.

 

                                   Da esq. p/ a dir.: Joaquim Santana, Rubens dos Santos, Luís Vitor da Silva, Oldemar Pereira, Mestre Dário e Manoel Santana.

Filiou-se na FMD

 

O Campeonato Amador Várzea-grandense ficava pequeno pela grandeza do futebol que o Operário apresentava e o presidente Rubens dos Santos atravessou a ponte, filiando o clube em 1958 na Federação Mato-grossense de Desportos.
Nesta época o tricolor contava com grandes jogadores, a saber: Nassarden, Beraldo Correa, Iunes Huntar, Ali Huntar, Jafa Huntar, Mussa, Mauro, Tião Macalé, Caboclo, Botelho, João Garrucha, Acimar, Berlindes Pacu e outros. Em 1961, Rubens dos Santos deixou a presidência do clube, assumindo Ari Leite de Campos.
No ano de 1963, Rubens dos Santos é eleito novamente presidente, renovando por completo o plantel, senão vejamos: Saldanha (Palmeiras), Poxoréo (Mixto), Lício Amorim e Vital (Atlético), Ide “Nhara” e Bem, (XV de Novembro). O time titular era formado por Saldanha, Vital, Martinho, Formiga e Maneco; Poxoréo, Aélio e Tatu; Ide “Nhara”, Gildo (Bem) e Lício Amorim (Didi).
Com Rubens dos Santos como treinador surgia o “Rolo Compressor”, ganhando todos os títulos disputados naquele ano de 1964.

 

O Rolo Compressor
 
Em 1964, com Atair Monteiro, como presidente, e Rubens dos Santos na direção técnica, o Operário foi campeão Cuiabano pela primeira vez, com uma campanha, onde em 12 jogos venceu 9, não tomando conhecimento de seus adversários, com goleadas de 9 x 2 e 8 x 2 sobre o XV de Novembro; 6 x 0 sobre o Dom Bosco; 5 x 1 sobre o Palmeiras e 5 x 0 sobre o Riachuelo. Damasceno foi o artilheiro com 24 gols.
O poeta Silva Freire criou o slogan “A Alma Alegre do Povo” após a conquista.
Conquistou também o Torneio dos Campeões, competição disputada pelos campeões das Ligas de Campo Grande, Corumbá e outras, e a decisão aconteceu entre Operário e Ubiratan de Dourados, com o Estádio Presidente Dutra lotado, após um empate em 0 x 0 no tempo normal, o tricolor venceu na prorrogação, com um gol de Ide “Nhara” aos 13 minutos do segundo tempo.

 

 

Em pé da esq. p/ a dir.: JK, Musse, Martinho, Formiga, Maneco, Ciro, Pádua, Saldanha e Vital; Agachados da esq. p/ a dir.: Souza, Ide, Damasceno, Fião, Franklin e Lício Amorim.
Primeiro Campeão Profissional

 

Em 1967, Rubens dos Santos, ao lado de dirigentes como Ranulfo Paes de Barros, Joaquim de Assis, Macário Zanagape e Agripino Bonilha, implantavam o futebol profissional em Mato Grosso.
E coube ao Operário vencer o primeiro campeonato de profissionais em Mato Grosso.
A decisão do campeonato, aconteceu diante do Mixto, seu maior rival, com duas vitórias, 1 x 0 e 3 x 1 respectivamente.
Em 1968 o time conquistaria o bicampeonato, novamente diante do Mixto.

 

Em 1969, apesar dos esforços do presidente Ditinho de Zaine, foi decepcionante a campanha tricolor, inclusive, com o clube pela 1ª vez na história, solicitando licença na FMD, ficando fora do campeonato de 1970.
Em 1971 Rubens dos Santos retorna ao clube, trazendo com ele um jovem radialista, Roberto França que assumia como treinador. Várias contratações foram feitas no futebol carioca e mineiro, quando chegaram Gaguinho (Botafogo), Jorge Cruz (Bonsucesso), Veludo (Madureira), Fagundes (Araxá e Araguari), e a maior de todas, o artilheiro Bife, contratado junto ao LS de Campo Grande, a pedido de Roberto França, que deixou o cargo no final do primeiro turno, assumindo João Batista Jaudy. O Operário foi vice-campeão, perdendo o título para o Dom Bosco em uma final emocionante, pelo placar de 3 x 1.
 
Primeiro Representante de Mato Grosso em uma Competição Nacional
 
O Operário foi o primeiro clube de Mato Grosso a participar de uma competição a nível nacional.
Em 1968 o chicote da fronteira disputou a Taça Brasil, direito adquirido por ser o campeão Cuiabano de 1967.
A estreia foi contra o Atlético Goianiense, no dia 04 de agosto, no Estádio Presidente Dutra e vitória de 2 a 0 com gols de Odenir e Jaburu.

 

Em pé da esq. p/ a dir.: Darcy Avelino, JK, Gonçalo, Walter, Boquinha e Glauco. Agachados da esq. p/ a dir.: Ide, Jaburu, Gebara, Beto e Odenir.
 
Primeiro Campeão Estadual de Profissionais
Era do Operário as façanhas nas conquistas do título de Campeão dos Campeões em 1964, implantação do futebol profissional em 1967, onde foi campeão, e no ano de 1973, conquistou o título de 1º Campeão Estadual de Futebol Profissional (Mato Grosso ainda não tinha sido dividido). O time foi reforçado com as contratações de Paulinho, Zé Pulula, Arlindo, Ruiter, Márcio, Dirceu Batista (Cruzeiro), Jeferson Lira, Gilson Lira e o treinador Totinha Gomes.
Neste ano o campeonato passou a contar com participantes de todo estado: Operário, Dom Bosco, Palmeiras, Mixto, Comercial (Campo Grande), Operário (Campo Grande) e União (Rondonópolis). A competição foi disputada em três turnos, com o Operário ganhando dois, e assim foi para a decisão, diante do Dom Bosco, em uma melhor de quatro pontos com a vantagem de 1 ponto. Após empatar a primeira partida em 0 x 0, o Operário goleou o azulão na segunda partida, por 4 x 0, com gols de Bife (2), Ruiter e César. Na terceira e última da decisão empatou em 0 x 0, assegurando a histórica conquista.

Em pé da esq. p/ a dir.: Jeferson Lira, Carlos Pedras, Nelson Paô, Joel Diamantino, Paulo Fernandes e Gaguinho. Agachados da esq. p/ a dir.: Zé Pulula, Gilson Lira, Bife, Bife e Odenir.

 

O Operário viria conquistar o Campeonato Mato-grossense 10 anos depois, em 1983, jogando a final contra seu velho rival, o Mixto e vencendo por 1 x 0, gol de falta de Panzariello.

 

Em pé da esq. p/ a dir.: Caruzo, Mão de Onça, Laércio, Juarez e Panzariello; Agachados da esq. p/ a dir.: Manfrini, Adalberto, Bife, Udelson, Mosca e Ivanildo.

 

Tricampeonato 1985/86/87

 

Começava o ano de 1985, e o Operário tinha como presidente Edvaldo Ribeiro. Com ele ideias novas, contratações de peso, e a formação de um super time. Na decisão diante do Mixto, uma goleada por 5 x 0, com dois gols de Dito Siqueira, Vanderlei, Alencar e Lúcio Bala.
No ano seguinte, Edvaldo Ribeiro reformulou o elenco, conquistando o bicampeonato após uma eletrizante final com o Mixto.
Em 1987, o inédito tricampeonato aconteceu com Osmar Rodovalho, na direção técnica, com José Roberto Pará como supervisor.

 

Em pé da esq. p/ a dir.: Marião, Alencar, Vandeir, Gilvã, Laércio, Nei Dias e Careca (massagista); Agachados da esq. p/ a dir.: Sérgio Luís, Dito Siqueira, Vanderlei, Vander e Ivanildo.

Em pé da esq. p/ a dir.: Nei Dias, Panzariello, Genilson, Alencar, Ailton Lima, Vandeir e Laércio; Agachados da esq. p/ a dir.: Guerreiro, Jota Maria, Calango e Ivanildo.

 

 Em pé da esq. p/ a dir.: Cabral (massagista), Caruzo, Júlio César, Jorginho, Vagner, Panzariello e Oséias; Agachados da esq. p/ a dir.: Nasser, Edmilson, Pelego, Esquerdinha e Ivanildo.

 

Apesar de passar por mãos de pessoas inteligentes e capacitadas na administração, após a conquista do tri, o Operário só foi conquistar novamente o campeonato em 1994, quando venceu o Dom Bosco, na final, por 3 a 2. O detalhe deste jogo é que o jovem Wender marcou os três gols do chicote e se tornou o único jogador na história do futebol mato-grossense a marcar três vezes em uma única final de campeonato e se tornou também o artilheiro com 17 gols.

Em pé da esq. p/ a dir.: Adrisson, Jailson, Edson Luiz, Ado, Ernandes, Aguinaldo, Ricardo Arandu e Vitor; Agachados da esq. p/ a dir.: Josenilson, Andrade, Didi, Iuca, Rogério Uberaba, Marcelo Papagaio, Renatinho e Wender.

 

Em 1995 veio o bicampeonato conquistado diante do time do União de Rondonópolis. O plantel era formado por Ernandes, Aguinaldo, Sálvio, Marquinhos, Iuca, Zé Valdo, Bujica, Adrisson, Ferreirinha, Márcio, Jailson, Ado, Edson Luiz, Gersinho, Victor, Índio, Josenilson, Jonas, Wender e Abílio. Bujica foi artilheiro da competição 23 gols.

 

Voltou a repetir o feito em 2002, após passar sete anos de jejum.

Após alguns anos afastado, o Operário está voltando aos poucos e este ano conquistou o vice campeonato Mato-grossense e garantiu vagas na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro da Série D em 2020.
Aos poucos o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense vai reescrevendo a sua história nas páginas do futebol de Mato Grosso. História que hoje completa 70 anos, escrita com letras maiúsculas.
 
Os Campeões
 
1964 – Saldanha, JK (Vital), Martinho, Formiga, Maneco, Franklin, Damasceno, Poxoréo, Ide, Fião e Lício Amorim.
1967 – Saldanha, JK, Gonçalo, Glauco, Darcy Avelino, Carlinhos, Beto, Ide, Fião, Gebara e Odenir.
1968 – Walter, JK, Gonçalo, Glauco, Darcy Avelino, Adalberto, Poxoréo, Gebara, Ide, Fião e Jaburu.
1972 – Carlos Pedras, JK, Malaquias, Gaguinho, Darcy Avelino, Joel Diamantino, Joel Silva, César, Cecílio, Bife e Odenir. Técnico: Totinha
1973 – Carlos Pedras, Paulinho, Malaquias, Jéferson Lira, Joel Diamantino, Gaguinho, Dirceu Batista, Ruiter, Gilson Lira (Zé Pulula), Bife e Odenir.
1983 – Mão de Onça, Caruzo, Laércio, Panzariello, Juarez, Udelson, Adalberto, Mosca, Manfrini, Bife e Ivanildo.
1985 – Vandeir, Nei Dias, Marião, Gilvan, Laércio, Alencar, Dito Siqueira (Sérgio Luiz), Vander, Lúcio Bala (Nasser), Vanderlei e Ivanildo.
1986 – Vandeir, Genilson, Ailton Lima, Panzariello, Laércio, Sérgio Luiz, Ailton Calango, Mosca, Jota Maria, Luizinho e Ivanildo.
1987 – Júlio César, Caruzo, Laércio, Panzariello, Oseias, Edmilson, Ailton Calango, Esquerdinha, Nasser, Jorginho e Ivanildo.
1994 – Aguinaldo, Josenilson, Edson Luís, Jailson, Ricardo Arandú, Ado, Andrade, Iuca, Renatinho, Vitor e Wender.
1995 – Aguinaldo, Josenilson, Edson Luís, Índio, Zé Valdo, Ado, Vitor, Gersinho, Iuca, Bujica e Wender.
2002 – Alexandre Junior, Odair, Índio, Gonçalves, Marcelo, Renatinho, Elias, Jonas, Toni, Ronaldo e Bibiu.

 

 
 
Fonte: Acervo Pulula da Silva/Jornal O Estado de Mato Grosso/Diário de Cuiabá

“A história do Byron de Valentim até Ibê”

Segue abaixo transcrição de um interessante artigo publicado no jornal “O Fluminense” de Niterói – RJ do dia 21 de outubro de 1980. Nele existem mais curiosidades sobre esta extinta equipe niteroiense, inclusive sobre suas cores:

 

“O Byron, campeão de Niterói em 1922, 1924, 1925 e 1928 nasceu com o nome de Tupy e sua fundação data de 21 de outubro de 1913, Os cruzmaltinos da velha guarda lembram hoje da passagem do 67º aniversário de um clube que começou com Valentim Velasco, auxiliado por Domingos Guerra, Cândido Gomes e Miguel Alonso. A primeira providência foi organizar um grupo que pagasse 4 mil réis mensais e na zona norte, sem lugar qualquer, fizeram um campo com balizas de taquaruçu com Domingos Guerra, que viera do Andarahy AC, funcionando como diretor de futebol.

O clube era chamado Tupy e as cores eram verde e amarela. Com a chegada de alguns ingleses da Europa para a Fábrica de tecidos da rua Dr. March, Miguel Alonso conseguiu logo a cooperação deles e o clube passou a ser chamado Byron em homenagem a Lord Byron. Suas cores passaram a ser verde e branco. Após vários jogos sem compromisso, o Byron fez seu primeiro amistoso contra o Combinado Parrocos, organizado pelo Capitão Vitorino e integrado por Cordovil, Negrinho e os irmãos Couto. O resultado foi 1×1, gols de Henrique para o Byron e Negrinho para o Combinado.

As cores atuais foram em homenagem à direção da Fábrica Manufatura e sua primeira diretoria era presidida pelo Capitão Vitorino Schlusktler e integrada por Valentim Velasco, Nercino de Sousa, Cândido Gomes, Miguel Alonso e Domingos Guerra. O seu atual presidente é Ibê Cabreira Salmada. O campo com arquibancada foi idéia de Valentim Velasco, e para esse trabalho foi organizada a seguinte comissão: Roberto Santos, Mário Tinoco e Cândido Martins Gomes Em 21 de outubro de 1918 era inauguradas as arquibancadas com o jogo Botafogo 4×2 Byron.

O seu 1º título na 1ª Divisão foi em 1922 com Gonzaga, Coelho, Tesoura, João, Tesourão, Marcelino, Vabo, Carango, Gorró, Antenor Neto, Jorge, Laurinho e Albertinho. Já então, o Byron tinha até ode, feita com a melodia da canção do soldado paulista. A letra começava assim: O Byron, na luta ingente / É denodado, forte, valente / Não teme ao adversário / Qualquer surpresa que o desalenta / Nos prélios que toma parte / Leva a vitória sem desempate / Ainda mesmo que necessário / Se torne as vezes, vigor e arte. E a ode segue mais com duas estrofes publicadas em junho de 1919 quando seu 3º time foi campeão da cidade com Thomas, Coelho, Lucio, Hermogenio, Jeronimo, Sergio, Miguel, Gorró, Pedro, Lauro e Jorge. Depois dos títulos de 24 e 25, foi campeão em 28 com China, Lauro, Gudão, Djalma, Guarani, Luizinho, Vabo, Carango, Russo, Zacarias e China II. No 2º time foi campeão em 24, 23 e 27 e no 3º time de 19, 22 e 24.

Vários craques vestiram a camisa do Byron os longo dos 67 anos de sua existência.No início até 30 os destaques foram os que citamos acima e levantaram todos os títulos do clube. De 30 em diante, apesar de não ter sido campeão os destaques maiores foram o centro-médio Dequinha e os meias Didi e Zizinho, sendo que Zizinho saiu das fileiras cruzmaltinas para o Flamengo em novembro de 39, em noite chuvosa, veio a Niterói com Yustrich, Nilton, Caxambu e outros e venceu o Byron por 2×1 para pagar o passe do Mestre. O médio Doca não quis ficar no Rio e Didi estava no Flu quando foi para o Flamengo.”

Diretoria do Americano Esporte Clube (Cuiabá) – 1946/47

Diretoria do Americano Esporte Clube de Cuiabá que tomou posse no dia 20 de maio de 1946:
 
Presidente de Honra: Lúcio de Almeida
Presidente: Togo da Silva Pereira
Vice-Presidente: Afonso Roman
Secretário Geral: Emanuel Ribeiro Daubian
1° Secretário: Pedro Canavarros
2° Secretário: Romualdo Pedroso de Jesus
1° Tesoureiro: Fernando Marques Fontes
2° Tesoureiro: Hilário de Sousa Campos Filho
Diretor Social: Ciriaco Pires de Miranda Sobrinho
Diretor Esportivo: Gabriel de Campos
Diretor de Propaganda: Lázaro Papazian
Guarda Esportes: Luiz Bastos Cuiabano
Conselho Fiscal: Frederico Vaz de Figueiredo, Manoel Pereira Cuiabano e Zeferino Pereira Borges.
 
Fonte: Jornal O Estado de Mato Grosso

Exposição Blumenau Esporte Clube – 98 anos

Troféus, camisas e fotos são alguns dos artigos que compõem a exposição “Brasil, Palmeiras, Blumenau 98 anos! Nossa história continua”, aberta ao público de 19 de julho a 14 de agosto de 2017 no Shopping Neumarkt, em Blumenau.

A exposição celebra os 98 anos do BEC, fundado em 19 de julho de 1919 como Brazil Sport Club. Em 1936, mudou para Recreativo Brasil Esporte Clube e durante a Segunda Guerra Mundial alterou a denominação para Palmeiras Esporte Clube. A partir de 1980, a agremiação passou a adotar o nome da cidade: Blumenau Esporte Clube. Também neste ano adicionou a cor grená às tradicionais branca e verde.

Entre os títulos conquistados pelo clube tricolor  estão o Campeonato Catarinense da Segunda Divisão de 1987 e o Campeonato Catarinense da Série C de 2017. Também foi campeão catarinense de juniores em 1982. A exposição é organizada pela Associação dos Amigos do BEC, entidade criada em 2008 com o objetivo de manter viva a história do Blumenau Esporte Clube.