A Liga Esportiva Municipal Campograndense(LEMC) realizou, no domingo do dia 9 de junho de 1957, o Torneio Início do Campeonato oficial de Futebol de 1957, da Primeira Divisão. O simpático clube da cidade, o Operário Futebol Clube sagrou-se campeão da Primeira Divisão.
Participaram do presente campeonato seis clubes:
1º de Maio Esporte Clube;
Associação Atlética Alfaiates;
Comercial Esporte Clube;
Mamoré Esporte Clube;
NoroesteFutebol Clube;
Operário Futebol Clube.
Ferroviário campeão do Torneio Início da 2ª Divisão de 1957
Quatro dias depois, a Liga Esportiva Municipal Campograndense(LEMC) realizou, na quinta-feira, do dia 13 de junho de 1957, o Torneio Início do Campeonato oficial de Futebol de 1957, da Segunda Divisão.
O Clube Atlético Ferroviário, sagrou-se campeão do Torneio Início da Segunda Divisão, conquistando o magnifico troféu oferecido pelo “mais completo” a LEMC. Participam do campeonato da Segundonasete equipes:
Automóvel Clube;
Clube Atlético Bandeirantes;
Clube Atlético Ferroviário;
Cruzeiro Futebol Clube;
Dois de Maio;
Esporte Clube Vasquinho;
Santa Cruz Futebol Clube.
Os campeonatos foram animadíssimos devido à boa organização que a atual diretoria da Liga Esportiva Municipal Campograndense vem desenvolvendo e, consequentemente, causando boa impressão ante os simpatizantes dos clubes participantes, com os melhoramentos introduzidos no Estádio Municipal Belmar Fidalgo.
O Operário Futebol Clubeé uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). A suaSede socialfica localizado na Rua Dr. Eduardo Olímpio Machado, nº 300, no bairro de Monte Castelo, em Campo Grande (MS).
O “Galo” foi Fundado no domingo, do dia 21 de agosto de 1938, por representantes da construção civil liderados pelo pintor Plínio Bittencourt. O time foi criado por cidadãos comuns que buscavam espaço na sociedade brasileira regida pelo Estado Novo.
Operário do Povo
Operários criavam um clube de origem popular, combatendo o preconceito para disseminar o esporte bretão que na época era praticado apenas pela elite. A instituição do povo, mostraria o seu valor durante o período do futebol amador da cidade com as conquistas da Liga Campo-Grandense em 1942 e 1945 e mais tarde, dando fim ao enorme jejum de 21 anos, levantando a taça de 1966 a última da era amadora.
Uma “seca” de títulos, que o Operário voltaria a enfrentar mais de 30 anos depois desse feito. Após o Bicampeonato Sul-Mato-Grossense (em 1996 e 1997) o Operário ficou 21 anos sem levantar o título do campeonato estadual e só voltou a soltar o grito de campão “entalado na garganta” em 2018, justamente no ano das comemorações dos 80 anos de existência do clube.
O atual Presidente do Conselho Deliberativo do Operário, Estevão Petrallas se lembra de uma história envolvendo a torcedora símbolo do Operário que esteve presente durante todo esse jejum.
“Eu me lembro do último episódio na cidade de Rio Brilhante, quando nós recebemos o Operário com uma dívida de 12 mil reais perante a justiça desportiva e a perda de mando de seis jogos. Estávamos jogando a Série B e eu assisti ao jogo, atrás do gol juntamente com Dona Maria Preta. E ela dizia, ‘seu Petrallas, eu vou morrer e não vou ver esse operário campeão’ e eu disse, Dona Maria não morre não, que nós vamos ser campeão”, se lembra Estevão.
A comemoração realizada no Rádio Clube Cidade, foi um verdadeiro marco para o Operário Futebol Clube, que enfim, pode reescrever a sua própria história apagando as injustiças cometidas com aqueles operários da construção civil que fundaram o clube e que foram impedidos de jogar futebol naquele mesmo lugar ainda no período do amadorismo.
O Operário nasceu de um clube social chamado Clube dos 30, que era visto como o clube para o povão bailar. Já que o Rádio Clube pertencente a elite, acabou sendo fechado por perseguição política e por conta disso, muitos dos seus integrantes, mais tarde, ajudariam a fundar o Operário Futebol Clube. Estevão se recordou desse fato inusitado durante a comemoração dos 80 anos do Galo.
“O clube surgiu na Mato Grosso onde hoje é o Sinduscon, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e a festa foi no Rádio Clube porque era onde os operarianos não tinham espaço para que pudesse adentrar, porque era o clube da elite e o Operário era o clube do povão, então não tinha como ter acesso. E lembramos desse fato rapidamente durante a comemoração, claro sem causar nenhum constrangimento, porque não era o foco”, lembra Estevão.
Seu eterno rival, o Esporte Clube Comercial foi fundado por comerciantes e estudantes do Colégio Dom Bosco juntamente com o esportista Etheócles Ferreira tempos depois, em 15 de março de 1943.
O escritor Reginaldo Alves Araújo que escreveu o livro: Futebol Uma Fantástica Paixão, a história do futebol campo-grandense tomo 1, cita a definição da Liga Municipal de Campo Grande de 1951.
Na ocasião, o Operário perdeu o título para o Comercial e a torcida operariana atribuiu a derrota, as cores do uniforme que foram modificadas pelo então Presidente do Operário, Silvio Andrade, justamente no embate decisivo. Após o apito final, o lado “preto e branco” das arquibancadas ficou tão irritado que arrancou o conjunto vestido pelos jogadores para atear fogo, numa demonstração de enorme insatisfação com o resultado, o que de modo geral, mostra um pouco do tamanho da dimensão da rivalidade que envolve o clássico Comerário.
Na década de 70, o Colorado se profissionalizou para a disputa da Seletiva para o Campeonato Brasileiro, se tornando o primeiro clube do estado do Mato Grosso a disputar a elite do futebol brasileiro em 1973. No mesmo ano em que seu arquirrival disputou a primeira divisão do nacional, o Galo da Bandeirantes conquistou o seu primeiro torneio internacional. Operário campeão da Taça Seleção União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Foi nessa época que o Operário uniu forças para poder competir no ano seguinte.
“O clube de trabalhadores que talvez não tivesse condições nem de fazer o seu documento. E a gente tem histórias de um diretor da época em que sua mulher estava gravida, e ele aguardando o nascimento do filho, ele investiu todo esse dinheiro na Federação Mato-Grossense de Futebol”, relembra Estevão.
Em 2023 o clássico Comerário completou 50 anos de rivalidade profissional. Foi no dia 20 de janeiro de 1973 pela tradicional Taça Campo Grande, que o estádio Morenão foi palco da partida histórica entre o Operário Futebol Clube e Esporte Clube Comercial, segundo registros do jornalista Marcelo Nunes.
“Esse jogo foi num sábado à noite, começou às 21h30 e teve 6 mil e 71 pagantes para uma renda de 51 mil e 35 cruzeiros. Esse jogo foi 1 a 0 para o Operário e gol foi marcado pelo Pinho, aos 30 minutos do segundo tempo em um chute de fora da área. O árbitro foi o Mário Vinhas e os assistentes foram o Ladislau de Oliveira e Agnaldo de Barros, o trio do Rio de Janeiro”, relata Marcelo.
Marcelo Nunes é jornalista e tem mãos o maior acervo de registros da história do clássico Comerário com mais de 20 anos de pesquisa intensas computados, incluindo os jogos da era do amadorismo e partidas amistosas entre os dois clubes. Pesquisa que segundo ele próprio teve o apoio dos companheiros, Ricardo Paredes, Edna de Souza, Artur Mário, Elson Pinheiro e Marquinhos. Marcelo ainda tem o desejo de publicar o livro: “História dos Comerários”, obra na qual começou a escrever, mas que ainda não foi finalizada.
Ao todo o Operário conta com 10 participações na 1ª Divisão nacional, tendo como marcante a campanha de 1977, quando o Galo derrubou gigantes dos gramados e terminou com um honroso e inesquecível 3 º lugar.
Criação de Mato Grosso do Sul
A Lei Complementar 31, que previa a divisão do estado do Mato Grosso foi oficializada em 11 de outubro de 1977. Porém, a lei sancionada pelo então Presidente da República Ernesto Geisel, só entraria em vigor em 1979. Com isso, o Operário foi impedido de ser hexacampeão estadual, justamente por conta da criação do estado de Mato Grosso do Sul. O Operário conquistou 6 títulos consecutivos em 76,77,78 (Mato-grossense) e 79,80,81 (Sul-mato-grossense).
No polêmico ano de 1987, o Alvinegro fez história e se tornou o primeiro time do MS a vencer uma competição nacional. O Módulo Branco do Brasileiro daquele ano, ainda não é reconhecido pela CBF, mas, segue sendo motivo de orgulho para os operarianos. Até hoje, o Operário Futebol Clube é o maior do estado de Mato Grosso do Sul com 12 títulos estaduais.
FOTOS: Página no Facebook “Anos Dourados Campo Grande-MS”
FONTES: site e página do clube – Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul
O Esporte Clube Comercial é uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). A sua Sede administrativa fica localizada na Rua Dr. Euler de Azevedo, nº 4.880, no Parque dos Laranjais, em Campo Grande/MS.
O “Colorado” foi Fundado na segunda-feira, do dia 15 de março de 1943, pelo esportista Etheócles Ferreira, em conjunto com comerciantes locais e estudantes do Colégio Dom Bosco.
No começo, os primeiros jogadores eram estudantes do Colégio Dom Bosco. Durante quase três décadas o clube permaneceu no amadorismo, onde faturou nove títulos do Campeonato Citadino de Campo Grande, organizado pela Liga Municipal Campo-Grandense (LMC) e depois pela Liga Esportiva Municipal Campo-grandense (LEMC).
Primeiro clube a disputar a elite do futebol brasileiro
Em 1972, o Comercial se profissionalizou para disputar, naquele ano, o Torneio Seletivo para definir quem seria o representante do estado no Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão de 1973. Foi campeão, sendo então o 1º time a disputar um Campeonato Brasileiro pelo estado do Mato Grosso.
Campeão em dois estados
No âmbito estadual, foi campeão do Campeonato Matogrossense da 1ª Divisão de 1975. Após o estado ter sido dividido em dois (MT e MS), em 1979, o Comercial se sagrou campeão nove vezes no Campeonato Sul-Matogrosso da 1ª Divisão: 1982, 1985, 1987, 1993, 1994, 2000, 2001, 2010 e 2015. Com isso, o clube detém a proeza de ter dois títulos em dois estados diferentes.
Quarto lugar na Taça de Prata de 1981
Em 1981, foi realizada a segunda edição da Taça de Prata(Campeonato Brasileiro Série B), que foi disputado por 48 equipes. O Comercial ficou em 4º lugar, também ficou na 3ª colocação na última edição da Copa Centro-Oeste e em 1994 ficou em 7º lugar na Copa do Brasil.
Em 2015, o Colorado sagrou-se campeão estadual, conquistando o seu 9º TítuloSul-Mato-Grossense, se tornado o segundo maior vencedor no estado do Mato Grosso do Sul.
Abaixo a lista de títulos:
Campeonato Sul-Mato-Grossense (9 Títulos): 1982, 1985, 1987, 1993, 1994, 2000, 2001, 2010 e 2015;
Campeonato Mato-Grossense (1 Título): 1975;
Seletiva do Campeonato Brasileiro(1 Título): 1972;
Liga Campo-grandense de Futebol (9 Títulos): 1948, 1951, 1956, 1957, 1959, 1964, 1965, 1967 e 1971.
ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello
FOTOS: Página no Facebook “Anos Dourados Campo Grande-MS”
FONTES: site e página do clube – Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul
OFRIMA Futebol Clubefoi uma agremiação da cidade de Campo Grande, quando ainda pertencia ao estado de Mato Grosso. Até a segunda-feira, do dia 1º de janeiro de 1979. A partir daí a cidade passou a ser a capital do novo estado do Mato Grosso do Sul.
Fundado no começo de década de 60, por funcionários da FRIMA (Frigorifico Matogrossense S.A.), com Sede na Estrada Mário Dutra, s/n, na Vila Bordon, em Campo Grande/MS. As cores escolhidas foi uma homenagem a bandeira do estado do Mato Grosso: azul marinho, branco e verde.
Quem foi a empresa FRIMA
Em 1947, fundado pelo Sr. Laucídio Coelho foi o 1º frigorífico e a primeira grande indústria da cidade de Campo Grande – FRIMA, Frigorífico Matogrossense S.A. – iniciando os abates em 1947 e 1948.
A implantação do frigorífico possibilitou a engorda e o abate de bois dentro do próprio Estado, já que até aquele momento, toda a produção era abatida em São Paulo.
Antes do FRIMA eram engordados 20 mil cabeças de gado e em 1951, eram mais de 50 mil cabeças em engorda. Em 1963, o Frigorifico Bordon S.A., de São Paulo adquiriu o controle de 80% das ações do FRIMA.
FRIMA ficou com o vice do Torneio Início de 1964
No Domingo, do dia 03 de maio de 1964, foi aberto oficialmente a temporada do futebol em Campo Grande com o Torneio Início, organizado pela Liga Municipal Campograndense (LMC).
Na grande final, FRIMA Futebol Clube e Operário empataram em 2 a 2, no tempo normal, no Estádio Belmar Fidalgo. Com isso, o jogo foi para a prorrogação e o Operário marcou o terceiro gol, que deu o título. A Renda da partida foi de Cr$ 176.400,00.
O tempo regulamentar esgotou com marcador igualdade, ficando a decisão para o marcador do primeiro gol no prazo da prorrogação. O Operário ao assinalar um a zero para suas cores automaticamente sagrou-se campeão do Torneio em questão.
A propósito a representação do FRIMA neste Torneio fazia estreia no futebol Campograndense em partida oficial e a despeito de sua melhor apresentação merecia a vitória, frente ao esquadrão do Operário.
FRIMA enfrentou o Santos em 1966
Exibindo-se na noite da terça-feira, do dia 07 de junho de 1966, no Estádio Belmar Fidalgo, Campo Grande/MT. A equipe do Santos impôs-se ao Frima Futebol Clube, pelo escore de 5 a 2, com vantagem de 4 a 1 na etapa inicial.
Na etapa inicial, Del Vecchio inaugurou o marcador, seguindo-se o 2.º gol de autoria de Toninho. Carlos Alberto marcou para os locais aos 15 minutos, mas Toninho obteve mais dois tentos, aos 41 e 43 minutos.
Na fase final, Fumaça fez o 2.º gol do Frima e Toninho, “artilheiro” da noitada, completou a série: 5 a 2. O juiz foi o paulista Carmelito Voi. Renda: Cr$ 8.600.000.
FRIMA F.C. (MT) 2 X 5 SANTOS F.C. (SP)
LOCAL
Estádio Belmar Fidalgo, em Campo Grande/MT.
CARÁTER
Amistoso Nacional
DATA
Terça-feira, do dia 07 de junho de 1966
HORÁRIO
21 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 8.600.000,00
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
Carmelito Voi (FPF/SP)
FRIMA
Amarília (Valdir); Adilson, Eduardo e Liberado; Filinto e Julião; Joel, Pilita, Carlos Alberto, Jadir e Fumaça.
SANTOS
Laércio (Cláudio); Zé Carlos, Mauro (Modesto) e Geraldino (Turcão); Joel Camargo (Clodoaldo) e Oberdã; Amauri, Salomão, Toninho (Wilson), Del Vecchio e Abel. Técnico: Antoninho
GOLS
Del Vecchio (Santos); Toninho aos 12, 41 e 43 minutos (SP), Carlos Alberto aos 15 minutos (FRIMA); no 1º Tempo. Fumaça (FRIMA); Toninho (Santos), no 2º Tempo.
Curiosidade: essa foi a 2ª partida que Clodoaldo jogou pelo Santos como profissional. O 1º jogo aconteceu 48 horas antes, no domingo, do dia 5 de junho de 1966, em amistoso, na vitória do Peixe em cima do Esporte Clube Olímpico por 2 a 0(gols deCoutinho aos 24 minutos e Amauriaos 39 minutos do 1º tempo), em Blumenau/SC.
FRIMA caiu na rodada inaugural do Torneio Início de 1967
Na segunda-feira, do dia 1º de maio de 1967, em presença de um público jamais visto no Estádio Belmar Fidalgo num festival de Torneio Início, a LEMC (Liga Esportiva Municipal Campo-grandense) abriu o seu calendário esportivo de 67, com o Prefeito Plinio Barbosa Martins misturado com os desportistas para fazer entrega de troféu.
Como a festa estava bonita, o Esporte Clube Comercial ressurgiu das próprias cinzas e sagrou se campeão, do Torneio Início, depois de bater o FRIMA, o Operário e o ASAS, que se apresenta com maiores chances de ser o campeão de 67.
Na batalha final, Comercial e Asas “brigaram” no tempo regulamentar, na prorrogação e foram à decisão – por pênalti, quando Airton fechou o gol comercialino e Tachine marcou o tento da vitória.
Estádio Belmar Fidalgo
Terreno doado por João Pestorine Júnior, em 1930, recebeu a instalação de um campo de futebol, conhecido na época como Campo de Marte, em razão de sua localização ser no fim da rua Marte, hoje Arthur Jorge.
Ao adquirir o espaço, a prefeitura o entregou à Liga Esportiva Campo-Grandense, em 1938. Já com o nome de Estádio Belmar Fidalgo, o local tornou-se praça esportiva somente em 1987 – foi remodelada em 1994, com uma reforma.
O espaço teve sua 1ª estrutura construída em 1933 como estádio de futebol e sendo alterada em 1987 tornando-se uma praça esportiva, estrutura que se mantém até os dias atuais.
No período de 1933 até 1970, o Estádio Belmar Fidalgo foi o mais importante do município, recebendo as principais competições, equipes e jogadores de futebol da época, os quais fizeram história no futebol brasileiro.
ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello
FOTOS: Acervo da Biblioteca do IBGE – Página no Facebook “Anos Dourados Campo Grande-MS”
FONTES: O Estado do Mato Grosso (MT) – Jornal dos Sports (RJ) – A Tribuna (SP) – Realidade (SP) – Cidade de Santos (SP) – Brasil-Oeste (SP)
O ASAS Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). Fundado em 1955, a sua Sede ficava na Avenida Duque de Caxias, nº 2.905, no Bairro de Amambaí, em Campo Grande. A 1ª Diretoria foi composta da seguinte maneira:
Presidente de Honra – Cel. Ari Saião Caldeira;
Presidente – Luiz Gonzaga Del Nero;
Vice-presidente – João Batista de Campos;
Tesoureiro – Alan Chaves Rachel;
Secretário – Mair Vieira;
Técnico – Maurício Peludo.
HISTÓRIA
Na década de 40 as unidades militares implantadas no sul de Mato Grosso, em diversas cidades, disputam entre si, torneios alusivos as datas cívicas e comemorativas da pátria. Essas festas esportivas (em várias modalidades) representam um verdadeiro congraçamento das instituições militares da região, especialmente da cidade de Campo Grande/MS.
No início da década de 50 as disputas militares nas unidades cresceram e numa viagem da equipe da Base Aérea de Campo Grande, para mais uma jornada esportiva, na cidade de Jardim, aflorou no meio da rapaziada que compunha a equipe, a feliz teria um quadro para representá-lo nos campeonatos de futebol da cidade.
Decorria o ano de 1955, quando o comandante da Base Aérea de Campo Grande, Coronel Ari Saião Caldeira recebeu em seu gabinete uma comissão composta dos atletas da instituição:
cabo Alan Chaves Rachel, tenente Luiz Gonzaga Del Nero, sargento Elizeu Ferreira Anunciação, sargento José de Castro Barros, sargento Mair Vieira Almeida, sargento Maurício Peludo e o civil Nilton Castro que, não somente apoiou a luminosa ideia, como determinou providências para a formação do quadro de futebol.
Assim surgiu o ASAS Esporte Clube, nome que homenageia o símbolo maior da Aeronáutica brasileira, o avião.
Campeão Invicto do Campeonato Varzeano de 1956
O ASAS Esporte Clube, formado pelos militares do Destacamento da Base Área de Campo Grande, sagrou-se campeão invicto de 1956 do certame varzeano daquela cidade de Mato Grosso.
Na foto (acima), times dos Primeiros e Segundos Quadros do ASAS e mais os dirigentes que vemos juntamente com as suas vitoriosas equipes: o tenente Del Nero, presidente; sargento Bizzi, diretor técnico; sargento Bulhões; diretor social e sargento Mauricio Peludo, treinador.
O quadro principal do ASAS totalizou 32 vitorias e três empates e o secundário somou 33 vitorias e dois empates, realizando, portanto, excepcional campanha no ano que findou.
Campeão Citadino de 1963
O ASAS Esporte Clube foi dono de campanhas memoráveis, todavia, nenhuma foi comparada a de 1963 quando levantou o título de campeão do Campeonato Citadinode Campo Grande/MS, organizado pela LEMC (Liga Esportiva Municipal Campo-grandense), invicto, transformando-se num time imbatível naqueles idos.
Outros títulos vieram somente com a chegada do profissionalismo no Estado, em 1972. O ASAS Esporte clube deixou de existir, porém enquanto durou, honrou de sobremaneira, o símbolo, os emblemas e as cores da Base Aérea de Campo Grande.
As Cores do escudo e Uniformes
As cores do ASAS Esporte Clube eram camiseta laranjada, golas brancas, calções brancos e meias brancas até 1958, porém com a mudança das cores da aeronáutica brasileira, o quadro da Base Aérea ganhou uma padronagem azul na jaqueta, escudo branco no formato de duas asas, calções brancos e meias brancas.
O ASAS sempre vencendo, ganhou fama e logo foi convidado para ingressar no bloco de elite dos clubes de futebol da cidade, isto é, disputar o famoso campeonato da LEMC(Liga Esportiva Municipal Campo-grandense).
FONTES E FOTOS: Livro ‘A História do Futebol Campo-grandense’, de autoria Reinaldo Alves de Araújo – A Gazeta Esportiva (SP)
O Operário Futebol Clubeé uma agremiação da cidade de Campo Grande (MS). A suaSede socialfica localizado na Rua Dr. Eduardo Olímpio Machado, nº 300, no bairro de Monte Castelo, em Campo Grande (MS).
O “Galo” foi Fundado no domingo, do dia 21 de agosto de 1938, por representantes da construção civil liderados pelo pintor Plínio Bittencourt. O time foi criado por cidadãos comuns que buscavam espaço na sociedade brasileira regida pelo Estado Novo.
Operário do Povo
Operários criavam um clube de origem popular, combatendo o preconceito para disseminar o esporte bretão que na época era praticado apenas pela elite. A instituição do povo, mostraria o seu valor durante o período do futebol amador da cidade com as conquistas da Liga Campo-Grandense em 1942 e 1945 e mais tarde, dando fim ao enorme jejum de 21 anos, levantando a taça de 1966 a última da era amadora.
Uma “seca” de títulos, que o Operário voltaria a enfrentar mais de 30 anos depois desse feito. Após o Bicampeonato Sul-Mato-Grossense (em 1996 e 1997) o Operário ficou 21 anos sem levantar o título do campeonato estadual e só voltou a soltar o grito de campão “entalado na garganta” em 2018, justamente no ano das comemorações dos 80 anos de existência do clube.
O atual Presidente do Conselho Deliberativo do Operário, Estevão Petrallas se lembra de uma história envolvendo a torcedora símbolo do Operário que esteve presente durante todo esse jejum.
“Eu me lembro do último episódio na cidade de Rio Brilhante, quando nós recebemos o Operário com uma dívida de 12 mil reais perante a justiça desportiva e a perda de mando de seis jogos. Estávamos jogando a Série B e eu assisti ao jogo, atrás do gol juntamente com Dona Maria Preta. E ela dizia, ‘seu Petrallas, eu vou morrer e não vou ver esse operário campeão’ e eu disse, Dona Maria não morre não, que nós vamos ser campeão”, se lembra Estevão.
A comemoração realizada no Rádio Clube Cidade, foi um verdadeiro marco para o Operário Futebol Clube, que enfim, pode reescrever a sua própria história apagando as injustiças cometidas com aqueles operários da construção civil que fundaram o clube e que foram impedidos de jogar futebol naquele mesmo lugar ainda no período do amadorismo.
O Operário nasceu de um clube social chamado Clube dos 30, que era visto como o clube para o povão bailar. Já que o Rádio Clube pertencente a elite, acabou sendo fechado por perseguição política e por conta disso, muitos dos seus integrantes, mais tarde, ajudariam a fundar o Operário Futebol Clube. Estevão se recordou desse fato inusitado durante a comemoração dos 80 anos do Galo.
“O clube surgiu na Mato Grosso onde hoje é o Sinduscon, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e a festa foi no Rádio Clube porque era onde os operarianos não tinham espaço para que pudesse adentrar, porque era o clube da elite e o Operário era o clube do povão, então não tinha como ter acesso. E lembramos desse fato rapidamente durante a comemoração, claro sem causar nenhum constrangimento, porque não era o foco”, lembra Estevão.
Seu eterno rival, o Esporte Clube Comercial foi fundado por comerciantes e estudantes do Colégio Dom Bosco juntamente com o esportista Etheócles Ferreira tempos depois, em 15 de março de 1943.
O escritor Reginaldo Alves Araújo que escreveu o livro: Futebol Uma Fantástica Paixão, a história do futebol campo-grandense tomo 1, cita a definição da Liga Municipal de Campo Grande de 1951.
Na ocasião, o Operário perdeu o título para o Comercial e a torcida operariana atribuiu a derrota, as cores do uniforme que foram modificadas pelo então Presidente do Operário, Silvio Andrade, justamente no embate decisivo. Após o apito final, o lado “preto e branco” das arquibancadas ficou tão irritado que arrancou o conjunto vestido pelos jogadores para atear fogo, numa demonstração de enorme insatisfação com o resultado, o que de modo geral, mostra um pouco do tamanho da dimensão da rivalidade que envolve o clássico Comerário.
Na década de 70, o Colorado se profissionalizou para a disputa da Seletiva para o Campeonato Brasileiro, se tornando o primeiro clube do estado do Mato Grosso a disputar a elite do futebol brasileiro em 1973. No mesmo ano em que seu arquirrival disputou a primeira divisão do nacional, o Galo da Bandeirantes conquistou o seu primeiro torneio internacional. Operário campeão da Taça Seleção União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Foi nessa época que o Operário uniu forças para poder competir no ano seguinte.
“O clube de trabalhadores que talvez não tivesse condições nem de fazer o seu documento. E a gente tem histórias de um diretor da época em que sua mulher estava gravida, e ele aguardando o nascimento do filho, ele investiu todo esse dinheiro na Federação Mato-Grossense de Futebol”, relembra Estevão.
Em 2023 o clássico Comerário completou 50 anos de rivalidade profissional. Foi no dia 20 de janeiro de 1973 pela tradicional Taça Campo Grande, que o estádio Morenão foi palco da partida histórica entre o Operário Futebol Clube e Esporte Clube Comercial, segundo registros do jornalista Marcelo Nunes.
“Esse jogo foi num sábado à noite, começou às 21h30 e teve 6 mil e 71 pagantes para uma renda de 51 mil e 35 cruzeiros. Esse jogo foi 1 a 0 para o Operário e gol foi marcado pelo Pinho, aos 30 minutos do segundo tempo em um chute de fora da área. O árbitro foi o Mário Vinhas e os assistentes foram o Ladislau de Oliveira e Agnaldo de Barros, o trio do Rio de Janeiro”, relata Marcelo.
Marcelo Nunes é jornalista e tem mãos o maior acervo de registros da história do clássico Comerário com mais de 20 anos de pesquisa intensas computados, incluindo os jogos da era do amadorismo e partidas amistosas entre os dois clubes. Pesquisa que segundo ele próprio teve o apoio dos companheiros, Ricardo Paredes, Edna de Souza, Artur Mário, Elson Pinheiro e Marquinhos. Marcelo ainda tem o desejo de publicar o livro: “História dos Comerários”, obra na qual começou a escrever, mas que ainda não foi finalizada.
Ao todo o Operário conta com 10 participações na 1ª Divisão nacional, tendo como marcante a campanha de 1977, quando o Galo derrubou gigantes dos gramados e terminou com um honroso e inesquecível 3 º lugar.
Criação de Mato Grosso do Sul
A Lei Complementar 31, que previa a divisão do estado do Mato Grosso foi oficializada em 11 de outubro de 1977. Porém, a lei sancionada pelo então Presidente da República Ernesto Geisel, só entraria em vigor em 1979. Com isso, o Operário foi impedido de ser hexacampeão estadual, justamente por conta da criação do estado de Mato Grosso do Sul. O Operário conquistou 6 títulos consecutivos em 76,77,78 (Mato-grossense) e 79,80,81 (Sul-mato-grossense).
No polêmico ano de 1987, o Alvinegro fez história e se tornou o primeiro time do MS a vencer uma competição nacional. O Módulo Branco do Brasileiro daquele ano, ainda não é reconhecido pela CBF, mas, segue sendo motivo de orgulho para os operarianos. Até hoje, o Operário Futebol Clube é o maior do estado de Mato Grosso do Sul com 12 títulos estaduais.
Após a separação do estado de Mato Grosso, no dia 1º de janeiro de 1979(quando passou a ter dois estados: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), aconteceu o 1º Campeonato Matogrossense da Primeira Divisão daquele ano.
Nessa divisão a Federação Matogrossense de Futebol (FMF), perdeu duas agremiações importantes: Operário Futebol Clube e o Esporte Clube Comercial, ambos da cidade de Campo Grande (agora capital do novo estado de MS). A partir de agora vamos contar como aconteceu esse Estadual de 1979, que foi o “divisor de águas”, no futebol Matogrossense.
Na segunda-feira, do dia 23 de abril de 1979, ficou decidido, na Federação Matogrossense de Futebol (FMF), que o certame começaria dia 13 de maio, pois o União não aceitou enfrentar o Mixtono dia 5 de maio, data do aniversário de Rondonópolis.
O presidente da FMF, Carlos Orione informou que o Comercial de Poconé não disputaria nenhuma competição na temporada, pois se encontrava sem nenhuma condição (financeira) de retornar ao profissionalismo.
A única novidade no primeiro certame, a ser promovido pela entidade FMF foi o representante do município de Cáceres. Portanto, a FMF confirmou que o Campeonato Estadual da 1ª Divisão seria composto por sete equipes:
Barra do Garças Futebol Clube (Barra do Garças);
Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (Várzea Grande);
Clube Esportivo Dom Bosco (Cuiabá);
Estrela D’Oeste Futebol Clube (Cáceres);
Mixto Esporte Clube (Cuiabá);
Palmeiras Esporte Clube (Cuiabá);
União Esporte Clube (Rondonópolis).
O representante de Cáceres foi o Estrela D’Oeste F.C.
Importante fazer um esclarecimento: pesquisando o jornal “O Estado de Mato Grosso (MT)” ficou claro que o representante da cidade de Cáceres no Estadual não foi o Cáceres Esporte Clube, mas sim o Estrela D’Oeste Futebol Clube.
As pistas surgiram antes e depois da participação do time. Cerca de um mês antes da estreia no Campeonato Matogrossense, na matéria acima, o presidente do Cáceres Esporte Clube, Silvio Pinheiro da Silva estava empenhado em mudar o nome do clube para Estrela D’Oeste Futebol Clube.
No decorrer da competição, o jornal “O Estado de Matogrosso” colocava repetidas vezes o nome de Cáceres Esporte Clube, criando a ideia para quem lê que o clube não conseguiu alterar o nome. Mas da matéria sobre a campanha do Mixto (15/09/1979), os dois jogos diante do representante da cidade de Cáceres foi Estrela D’Oeste Futebol Clube(possivelmente os dados foram repassado pelo MIxto).
Tabela definida
O Conselho Arbitralda FMF se reuniu na noite da sexta-feira, do dia 27 de abril de 1979, às 20 horas, com as agremiações, onde foi definido a tabela e regulamento do Campeonato Matogrossense da 1ª Divisão de 1979. A primeira rodada foi definida para começar no domingo, do dia 13 de maio. O campeão do certame regional receberá o Troféu “Frederico Carlos Soares de Campos”, então governador do estado de Mato Grosso.
Uma inovação no Regulamento do certame: “O clube que atuar irregular (jogador com três cartões amarelos ou sem contrato), poderá ser multado em 5 mil cruzeiros, desde que o Tribunal de Justiça Desportiva da FMF venha comprovar a irregularidade”. Alguns jogos foram transmitidos pela TV Centro América.
O Primeiro Turno transcorreu entre o dia 13 de maio a 17 de junho. Foram 38 gols em 21 jogos, o que deu uma média de 1,8 gol por partida. No final, melhor para o União Esporte Clube de Rondonópolis, que terminou na liderança isolada, garantindo o Troféu “Archimedes Pereira Lima” e também um ponto de bonificação para a Fase Final do Estadual. Abaixo, os resultados dos 21 jogos do turno. O atacante do União de Rondonópolis, Gilson Lira foi o artilheiro do turno com 5 gols em seis jogos.
Primeiro Turno
1ª Rodada
Domingo, 13 de maio
16 horas
Palmeiras
1
X
0
Operário-VG
Cuiabá
Domingo, 13 de maio
15h30min.
União
1
X
0
Mixto
Rondonópolis
Domingo, 13 de maio
15h30min.
Barra do Garças
0
X
1
Dom Bosco
Barra do Garças
2ª Rodada
4ª-feira, 16 de maio
21 horas
Dom Bosco
1
X
1
União
Cuiabá
3ª Rodada
Domingo, 20 de maio
15h30min.
Estrela D’Oeste
0
X
0
Palmeiras
Cáceres
Domingo, 20 de maio
15h30min.
Barra do Garças
1
X
1
União
Barra do Garças
4ª Rodada
4ª-feira, 23 de maio
21 horas
Operário-VG
2
X
1
Barra do Garças
Vargem Grande
5ª Rodada
Domingo, 27 de maio
16 horas
Mixto
0
X
0
Palmeiras
Cuiabá
Domingo, 27 de maio
15h30min.
Estrela D’Oeste
2
X
2
Barra do Garças
Cáceres
Domingo, 27 de maio
15h30min.
União
2
X
1
Operário-VG
Rondonópolis
6ª Rodada
4ª-feira, 30 de maio
21 horas
Dom Bosco
0
X
0
Palmeiras
Cuiabá
7ª Rodada
Domingo, 03 de junho
16 horas
Dom Bosco
0
X
0
Operário-VG
Cuiabá
Domingo, 03 de junho
15h30min.
Estrela D’Oeste
1
X
2
União
Cáceres
Domingo, 03 de junho
15h30min.
Barra do Garças
3
X
1
Palmeiras
Barra do Garças
8ª Rodada
4ª-feira, 06 de junho
21 horas
Mixto
3
X
0
Estrela D’Oeste
Cuiabá
9ª Rodada
Domingo, 10 de junho
16 horas
Operário-VG
0
X
0
Estrela D’Oeste
Vargem Grande
Domingo, 10 de junho
15h30min.
Barra do Garças
2
X
1
Mixto
Barra do Garças
Domingo, 10 de junho
15h30min.
União
2
X
0
Palmeiras
Rondonópolis
10ª Rodada
5ª-feira, 14 de junho
16 horas
Mixto
0
X
0
Operário-VG
Cuiabá
5ª-feira, 14 de junho
15h30min.
Estrela D’Oeste
0
X
2
Dom Bosco
Cáceres
11ª Rodada
Domingo, 17 de junho
16 horas
Dom Bosco
2
X
2
Mixto
Cuiabá
Classificação final do Primeiro Turno
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
União
10
6
4
2
–
9
4
5
2º
Dom Bosco
8
6
2
4
–
6
3
3
3º
Barra do Garças
6
6
2
2
2
9
8
1
4º
Mixto
5
6
1
3
2
6
5
1
5º
Operário-VG
5
6
1
3
2
3
4
-1
5º
Palmeiras
5
6
1
3
2
2
5
-3
7º
Estrela D’Oeste
3
6
–
3
3
3
9
-6
Tabela do Returno definido
Na sexta-feira, dia 08 de junho de 1979, às 20 horas, ocorreu a reunião do Conselho Arbitralda FMF juntamente com os representantes dos clubes para definir a tabela do Segundo Turno.
Contudo, a tabela não foi aprovada, pois optaram em aguardar do presidente da FMF, Carlos Orione à Cuiabá, sobretudo no aspecto financeiro. Em razão disso, foi transferido para a sexta-feira, dia 15 de junho de 1979. Com todas as questões pendentes equacionadas foi divulgada a tabela do returno.
Segundo Turno
1ª Rodada
Domingo, 24 de junho
15h30min.
Estrela D’Oeste
1
X
0
Operário-VG *
Cáceres
Domingo, 24 de junho
15h30min.
União
1
X
1
Barra do Garças
Rondonópolis
Domingo, 24 de junho
16 horas
Palmeiras
0
X
5
Mixto
Cuiabá
* Na noite da quinta-feira, do dia 19 de julho de 1979, o Operário-VG ganhou os pontos no Tapetão. Por 5 votos a zero, O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), deu os pontos da partida para o Operário-VG, por considerar que o Cáceres ter cometido irregularidades de dois atletas (Fernando e Marco Antonio) e mais o fato de ter participado com apenas 10 jogadores (registrados na Federação).
2ª Rodada
4ª-feira, 27 de junho
19 horas
Dom Bosco
0
X
0
Barra do Garças
Cuiabá
4ª-feira, 27 de junho
21 horas
Operário-VG
1
X
1
União
Cuiabá
3ª Rodada
Domingo, 1º de julho
15h30min.
Barra do Garças
1
X
1
Estrela D’Oeste
Barra do Garças
Domingo, 1º de julho
15h30min.
União
0
X
0
Dom Bosco
Rondonópolis
Domingo, 1º de julho
15h30min.
Operário-VG
1
X
0
Palmeiras
Cuiabá
4ª Rodada
Domingo, 08 de julho
15h30min.
Barra do Garças
1
X
1
Operário-VG
Barra do Garças
Domingo, 08 de julho
15h30min.
União
2
X
0
Estrela D’Oeste
Rondonópolis
Domingo, 08 de julho
16 horas
Dom Bosco
0
X
1
Mixto
Cuiabá
5ª Rodada
4ª-feira, 11 de julho
19 horas
Palmeiras
2
X
3
Estrela D’Oeste
Cuiabá
4ª-feira, 11 de julho
21 horas
Mixto
4
X
1
Barra do Garças
Cuiabá
6ª Rodada
Domingo, 15 de julho
15 horas
Palmeiras
1
X
4
Barra do Garças
Cuiabá
Domingo, 15 de julho
17 horas
Dom Bosco
2
X
2
Operário-VG
Cuiabá
Domingo, 15 de julho
15 horas
Estrela D’Oeste
1
X
1
Mixto
Cáceres
7ª Rodada
4ª-feira, 18 de julho
21 horas
Palmeiras
0
X
4
Dom Bosco
Cuiabá
8ª Rodada
Domingo, 22 de julho
15 horas
Palmeiras
2
X
2
União
Cuiabá
Domingo, 22 de julho
17 horas
Operário-VG
0
X
1
Mixto
Cuiabá
9ª Rodada
4ª-feira, 25 de julho
19 horas
Dom Bosco
2
X
0
Estrela D’Oeste
Cuiabá
4ª-feira, 25 de julho
21 horas
Mixto
4
X
0
União
Cuiabá
Classificação final do Segundo Turno
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto
11
6
5
1
–
16
2
14
2º
Dom Bosco
7
6
2
3
1
8
3
5
3º
Operário-VG
7
6
2
3
1
6
5
1
4º
Barra do Garças
6
6
1
4
1
8
8
0
5º
União
6
6
1
4
1
6
8
-2
5º
Estrela D’Oeste
4
6
1
2
3
5
9
-4
7º
Palmeiras
1
6
–
1
5
5
19
-14
No final do returno, o Mixto Esporte Clube de Cuiabá, foi o campeão, assegurando um ponto de bonificação para a Fase Final do Estadual. A rodada dupla (na preliminar o Dom Bosco bateu o Cáceres por 2 a 0), o Mixto goleou o União de Rondonópolis pelo placar de 4 a 0, no Estádio Verdão.
O público foi de 4.152 pagantes e uma Renda de Cr$ 112.870,00. O árbitro foi Antônio Ângelo, auxiliado por Armindo Antunes e Oséias Leme Vieira. Os gols foram de Bife, três vezes, e Miro completaram para o Alvinegro da Vargas.
Mixto: Ernane; Luiz Carlos (Jorge Aguiar), Miro, Jorge e Remo; Fabinho, Márcio e Pastoril; Gonçalves, Bife (Hideraldo) e Adilson. Técnico:Milton Buzetto.
União: Rubio; Pindu, Jurandir, Mauro e Nélson; Di Deus, Pintinho e Chundi;Alencar, Gilson Lira (Carlos Eduardo) e Joãozinho. Técnico: China.
Classificação final dos dois Turnos
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto
16
12
6
4
2
22
7
15
2º
União
16
12
5
6
1
15
12
3
3º
Dom Bosco
15
12
4
7
1
14
6
8
4º
Barra do Garças
12
12
3
6
3
17
16
1
4º
Operário-VG
12
12
3
6
3
9
9
0
6º
Estrela D’Oeste
7
12
1
5
6
8
18
-10
7º
Palmeiras
6
12
1
4
7
7
24
-17
Quarta e última Vaga
Como Barra do Garças e Operário-VG terminaram eempatados, no somatório dos dois turnos, foi necessário a realização de um jogo-extra para definir a quarta vaga. No domingo, às 16 horas, do dia 29 de julho de 1979, foi definido em jogo único a última da Quadrangular Final do Campeonato Matogrossense. E, quem ficou com a vaga foi o Operário de Varge Grande que venceu o Barra do Garças, por 1 a 0, no Estádio Verdão, em Cuiabá. O gol da classificação foi assinalado por Marco Aurélio, na primeira etapa.
Quadrangular Final (1º Turno)
1ª Rodada
4ª-feira, 1º de agosto
21 horas
Mixto
1
X
0
União
Cuiabá
2ª Rodada
domingo, 5 de agosto
16 horas
Dom Bosco
2
X
2
Mixto
Cuiabá
domingo, 5 de agosto
16 horas
União
0
X
0
Operário-VG
Rondonópolis
3ª Rodada
4ª-feira, 8 de agosto
21 horas
Dom Bosco
1
X
1
Operário-VG
Cuiabá
4ª Rodada
domingo, 12 de agosto
16 horas
Mixto
1
X
2
Operário-VG
Cuiabá
domingo, 12 de agosto
16 horas
União
2
X
0
Dom Bosco
Rondonópolis
Classificação do Quadrangular final do 1º Turno
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Operário-VG
4
3
1
2
–
3
2
1
2º
União
4
3
1
1
1
2
1
1
3º
Mixto
4
3
1
1
1
4
4
0
4º
Dom Bosco
2
3
–
2
1
3
5
-2
Com os resultados, o Operário de Vargem Grande assegurou o seu lugar na decisão do Estadual de 1979, com o título da Fase Final do Primeiro Turno.
Quadrangular Final (2º Turno)
1ª Rodada
domingo, 19 de agosto
15h30min.
União
0
X
0
Mixto
Rondonópolis
domingo, 19 de agosto
17 horas
Operário-VG
1
X
1
Dom Bosco
Cuiabá
2ª Rodada
4ª-feira, 22 de agosto
21 horas
Operário-VG
3
X
1
União
Cuiabá
3ª Rodada
domingo, 26 de agosto
17 horas
Mixto
3
X
1
Dom Bosco
Cuiabá
4ª Rodada
domingo, 2 de setembro
15 horas
Dom Bosco
5
X
1
União
Cuiabá
domingo, 2 de setembro
17 horas
Operário-VG
1
X
2
Mixto *
Cuiabá
* O árbitro da partida, Olandir Rondon marcou um pênalti (segundo a reportagem do jornal “O Estado de Mato Grosso” foi inexistente) a favor do Operário-VG. A decisão revoltou os jogadores do Mixto que abandonaram o campo. O TJD de FMF após 2 meses definiu multa ao Mixto, sem a perda de pontos.
Classificação do Quadrangular final do 2º Turno
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto
5
3
2
1
–
5
2
3
2º
Dom Bosco
3
3
1
1
1
7
5
2
3º
Operário-VG
3
3
1
1
1
5
4
1
4º
União
1
3
–
1
2
2
8
-6
Após muitas idas e vindas, o TJD da FMF deu ganho de causa para o Operário-VG, porém a punição foi uma multa ao Mixto e não a perda dos pontos. Com isso, foi definido que as duas equipes teriam que jogar para definir o campeão Estadual de 1979. Ficou decidido que a decisão seria numa melhor de 4 pontos, nas datas de 5, 9, 12 e 16 de dezembro.
Classificação do Quadrangular final (dois turnos)
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto
9
6
3
2
1
9
6
3
2º
Operário-VG
7
6
2
3
1
8
6
2
3º
Dom Bosco
5
6
1
3
2
10
10
0
4º
União
5
6
1
2
3
4
9
-5
Empate no primeiro jogo
O 1º jogo da decisão, na quarta-feira, às 21 horas, do dia 5 de dezembro de 1979, teve o árbitro carioca José Aldo Pereira, auxiliado por Benedito Pio dos Santos (MT), na bandeira vermelha, e Airton de Sousa Franco (MT), na bandeira amarela, no Estádio Verdão, em Cuiabá.
No final, Mixto e Operário-VG ficaram no empate em 1 a 1. Os gols saíram na segunda etapa: Bife abriu o placar aos 28 minutos para o Mixto. E no “apagar das luzes”, Cacá deixou tudo igual aos 46 minutos para o “Chicote”.
O jogo foi muito faltoso, com oito cartões amarelos: Arildo, Ernani e Marcinho (Mixto) e Gaguinho, Ernane, Cacá, Joílson e Edval (Operário-VG). E, dois cartões vermelhos: Ernane (Operário-VG) e Marcinho (Mixto). O público foi de 12.019 pagantes, com uma Renda Cr$ 481.790,00. Na Preliminar o Dom Bosco goleou por 6 a 2 a Seleção Matogrossense Juvenil.
Mixto: Ernane; Arildo, Jorge Aguiar, Miro e Remo; Fabinho, Márcio e Udelson; Gonçalves, Bife e Toninho Campos (Adavilson). Técnico: Milton Buzetto.
Operário-VG: Veludo; Gilmar, Edval, Paulino e Joílson; Gaguinho, Tim e Ruiter; Cacá, Ramon e Ernane. Técnico: Zé Maria.
Operário-VG vence e fica a um ponto do título
Infelizmente, o 2º jogo da decisão, no domingo, às 16 horas, do dia 9 de dezembro de 1979, vencida pelo Operário-VG por 2 a 0, diante do Mixto, no Estádio Verdão, em Cuiabá, não foi possível encontrar a ficha-técnica do jogo, uma vez que a página do dia não está disponibilizada no jornal “O Estado de Mato Grosso (MT)”. Com o resultado o Operário-VG chegou aos três pontos e só precisaria de mais um ponto para ficar com o título.
Mixto vence o terceiro jogo e a decisão fica para o último encontro
Na 3ª partida, na quarta-feira, às 21 horas, do dia 12 de dezembro de 1979, o Mixto devolveu a derrota pelo mesmo placar e bateu o Operário-VG por 2 a 0, no Estádio Verdão, em Cuiabá.
O público foi de 14.140 pagantes e uma Renda de Cr$ 579.545,00. O árbitro foi paulista Dulcídio Wanderley Boschilla, auxiliado por Airton de Sousa Franco (MT) e Aramando Camarinha (MT). Os gols foram assinalados por Bife e Adavilson, no segundo tempo. Foram três cartões amarelos: Odenir (Operário-VG) e Luiz Carlos e Udelson (Mixto).
Mixto: Ernane; Luiz Carlos, Jorge Aguiar, Miro e Remo; Fabinho, Márcio e Udelson; Gonçalves, Bife e Adavilson (Toninho Campos). Técnico: Milton Buzetto.
Operário-VG: Veludo; Gilmar, Edval, Paulino e Justino; Joel Diamantino, Tim e Ruiter (Luizinho); Cacá, Ernane (Marco Aurélio) e Odenir. Técnico: Zé Maria.
Como ficou a decisão?
Com esse resultado, as duas equipes estão rigorosamente empatados com três pontos. Com isso, na última partida, quem vencesse ficaria com o título. Em caso de empate, prorrogação de 30 minutos (15 minutos cada tempo) e se persistir a igualdade o campeão será definido na disputa de pênaltis.
Mixto bate o Operário-VG é fica com o título Estadual de 1979
No 4º e último jogo da decisão, no domingo, às 17 horas, do dia 16 de dezembro de 1979, o Mixto derrotou o Operário-VG por 1 a 0, no Estádio Verdão, em Cuiabá. Com esse resultado, o Mixto se sagrou campeão do Campeonato Matogrossense da 1ª Divisão de 1979.
O gol que deu o título saiu aos 32 minutos do segundo tempo, por intermédio do atacante Bife, que terminou o Campeonato Matogrossense como artilheiro isolado com 12 gols. O presidente do Mixto, Lino Miranda pagou o prêmio de 20 mil pela conquista do título.
O jogo foi dos mais nervosos e muitas oportunidades de gols foram perdidas, notadamente por parte do clube varzeagrandense que teve a oportunidade de mostrar novamente a ausência de finalizadores em sua equipe.
O resultado foi justo, já que o alvinegro teve melhor participação que o seu adversário no decorrer do tumultuado Campeonato Matogrossense, competição de alto valor histórico, já que foi o primeiro certame disputado pós-divisão de Mato Grosso (em 11 de outubro de 1977, o então Presidente-General Ernesto Geisel assinou o documento decretando a emancipação político-administrativa do até então Estado de Mato Grosso. Data lembrada por ambos Estados, o feriado de divisão de MT e MS é um marco de independência principalmente da Região Sul em relação a Cuiabá. Em 1º de Janeiro de 1979, a separação foi oficializada).
Após o gol de Bife, a torcida alvinegra iniciou um verdadeiro carnaval nas dependências da praça esportiva e que se prolongou fora do Verdão até às primeiras horas da madrugada da segunda-feira.
Jogos das Finais
4ª-feira, 5 de dezembro
21 horas
Mixto
1
X
1
Operário-VG
Cuiabá
domingo, 9 de dezembro
16 horas
Operário-VG
2
X
0
Mixto
Cuiabá
4ª-feira, 12 de dezembro
21 horas
Mixto
2
X
0
Operário-VG
Cuiabá
domingo, 16 de dezembro
17 horas
Operário-VG
0
X
1
Mixto
Cuiabá
Curiosidades do Estadual de 1979
Os Times base
Barra do Garças: Agnaldo; Cabral (Marrom), Paulo Alves, Nelson e Wilson Soares; Ayres, Almir (Bomba) e Alisson; Ary Paghetti (Careca), Edivan (Polaco ou Deucy) e Carlos (Ricardo). Técnico: Joel Santos
Estrela D’Oeste: Jony (Aguimar); Bota (Décio), Bill, Bideu e Dito (Fernando ou Décio); João Carlos, Hélio e Batista (Marco Antonio); Baianinho (Té ou Canhento), Gérson Lopes (Helinho) e Neca (Claudeci). Técnico: Nivaldo Santana
Dom Bosco: Mão de Onça (Lula); Tuca (Lenine), Altivo (Eden), Walter e Serginho (Amaury); Fidélis, Ismael (Nene) e Lopes (Adilson); Babá, Barga (Bosco) e Juju. Técnico: Décio Leal (Depois Álvaro Scolfaro)
Mixto: Ernani; Luiz Carlos (Arildo), Miro, Jorge Aguiar e Remo (Bauer); Fabinho, Márcio (Osvaldo ou Udelson) e Pastoril (Jonas); Gonçalves (Deucy), Bife (Hideraldo ou Adavilson) e Toninho Campos. Técnico: Hélio Machado (Depois Milton Buzetto)
Operário-VG: Veludo; Zé Maria (Jota Alves), Zé Augusto (Edval), Gaguinho (Joílson) e Justino (Zé Mario); Tim (Mosca), Mario (Joel Diamantino) e China (Marquinhos); Ernane (Polula), Marco Aurélio (Luizinho ou Davi) e Odenir (Bernardo). Técnico: Aristeu Rezende (Depois Alceu Provatti e em seguida Totinha e por fim Zé Maria)
Palmeiras: Washington; Nide (Maurício), Pereira (Avanil), Tadeu e Herivelton; Nunes, Tupã (Leandro) e Pelego; Careca, Jair e Vieira (Wilson). Técnico: Damasceno (depois Ademir Moreira)
União: Almeida (Rubio); Silva (Pindu), Jurandir (Nando), Mauro (Aguiar) e Nélson (Índio); Di Deus (Durcelino), Chundi e Pintinho;Alencar (China), Gilson Lira (Carlos Eduardo) e Luisinho (Joãozinho). Técnico: China
Estádios utilizados
Estádio Engenheiro Lutero Lopes (Rondonópolis)
Estádio José Fragelli, o “Verdão” (Cuiabá)
Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra (Cuiabá)
Estádio Luiz Geraldo da Silva, o “Geraldão” (Cáceres)
Estádio José Valeriano da Costa (Barra do Garças)
Artilheiro, título inédito, premiação e séria lesão
O atacante do Mixto, Bife, foi o artilheiro do Campeonato Matogrossense com 12 gols. O presidente do Mixto, Lino Miranda pagou o prêmio de 20 mil pela conquista do título.
O técnico do Mixto, Milton Buzetto, então com 42 anos, após passagens pelo Juventus/SP (1971-75), Corinthians/SP (1975-76), Guarani/SP (1976-77) e Goiás/GO (1978-79), conquistou o seu 1º título Estadual.
A nota triste da partida foi o ponteiro esquerdo do Mixto, Toninho Campos, que entrou no lugar de Gonçalves, no segundo tempo. Com menos de cinco minutos em campo, teve a infelicidade em um lance casual contra o zagueiro Edval.
Ele avançou pela esquerda, tentou fintar o zagueiro operariano, quando este, na tentativa de lhe tirar a bola, entrou de carrinho e acertou as pernas de Toninho Campos.
Na euforia da vitória, o médico Waldemir Olavarria de Pinho não percebeu a gravidade da contusão do mineiro e o levou para o vestiário onde enfaixou o local atingido.
Como as dores eram insuportáveis, o jogador foi melhor examinado quando se constatou fratura na perna esquerda. A previsão foi de 60 dias (cerca de dois meses) de inatividade.
Classificação Geral do Matogrossense de 1979
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
Mixto*
30
22
11
7
4
35
16
19
2º
Operário-VG
22
22
6
10
6
20
19
1
3º
União
21
18
6
8
4
19
21
-2
4º
Dom Bosco
20
18
5
10
3
24
16
8
5º
Barra do Garças
12
12
3
6
3
17
16
1
6º
Estrela D’Oeste
7
12
1
5
6
8
18
-10
7º
Palmeiras
6
12
1
4
7
7
24
-17
*Mixto Esporte Clube Campeão Matogrossense da 1ª Divisão de 1979
FOTO: Acervo de Sérgio Santos
FONTES: O Estado de Mato Grosso (MT) – Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Pernambuco (PE)
A Associação Athletica Typographica(A.A. TYP.) foi uma agremiação da cidade de Cuiabá (MT). Fundado na segunda-feira, do dia 16 de Julho de 1934, pela classe dos typographos de Cuiabá, por iniciativa da primeira entidade esportiva da cidade: Liga Sportiva Cuyabana (LSC). A sua Sede social localizada na Rua Candido Mariano, nº 19, no bairro Bosque, em Cuiabá/MT.
No dia seguinte, foi eleita a 1ª Diretoria para o Biênio de 1934-35, a qual ficou assim constituída:
Presidente de honra – Major José Joaquim Graciano de Pina Filho;
Presidente – Raymundo Ernesto de Figueiredo;
Vice-presidente – J. Hovah de Pinho Maciel Epaminondas;
1º Secretário – Felix Lopes de Almeida;
2º Secretário – Acelino de Paula Carneiro;
Thesoureiro – João Gervasio Viegas;
Diretor-Sportivo – Savio Amarante;
Captain-geral – Jorge Thedim Costa;
Orador Official – Bel. Ezequiel P. R. Siqueira;
Conselho Fiscal – Jacintho Anastacio M. Mendonça; Antonio Evangelista e Manoel Francisco de Miranda;
Conselho Deliberativo – Carmindo Germano de Campos; João Plínio de Oliveira e Ismael Baptista Sigarini.
Cerca de dois meses antes, tinha sido fundado o Mixto Esporte Clube (20/05/1934), o maior campeão do estado de Mato Grosso e de Cuiabá até então: com 24 títulos estaduais, 12 a mais que o Operário-VG, segundo maior campeão do estado.
Na quinta-feira, do dia 30 de maio de 1935, na casa do Sr. Luiz Antonio de Figueiredo, à Praça General Mallet, no bairro do Quilombo, em Cuiabá, a festa da entrega da bandeira da Associação Athletica Typographica.
Nesse ano (1935), o clube fazia parte da Liga Sportiva Cuyabana (LSC), juntamente com outras quatro equipes: Americano Sport Club(rubro-negro); Club Esportivo Dom Bosco(alvianil); Paulistano Football Club(azul, vermelho e branco); Sport Club Destemido(Auri-verde).
A Associação Athletica Typographica, teve um período efêmero no futebol. Apesar da escassez de informações sabe que jogou o Campeonato Cuiabano de 1936 (7º e último lugar) e 1937 (7º e último lugar), organizado pela Liga Sportiva Cuyabana (LSC).
Colaborou: Sérgio Santos
FONTES: Wikipédia – Rsssf Brasil – site Primeira Página – A Violeta (MT) – A Cruz (MT) – O Matto Grosso (MT) – Jornal do Commercio (MT)