Arquivo da categoria: 36. Marcos Galves Moreira

PALMITAL ATLÉTICO CLUBE – CAMPEÃO PAULISTA – 3ª DIVISÃO – 1987

Atendendo a um pedido do amigo Vitório Botega Deziró, publico a campanha do PALMITAL ATLÉTICO CLUBE de Palmital/SP para a conquista do título do Campeonato Paulista da 3ª divisão de 1987. Abaixo os resultados:

DATA

 

  LOCAL

24.05.1987

PALMITAL

1

x

0

RANCHARIENSE RANCHARIA

31.05.1987

PALMITAL

1

x

0

BEIRA RIO PALMITAL

03.06.1987

PALMITAL

0

X

1

CORINTHIANS PRESIDENTE WENCESLAU

07.06.1987

PALMITAL

3

X

0

SÃO BENTO PALMITAL

11.06.1987

PALMITAL

0

X

1

PARAGUAÇUENSE PARAGUAÇU PAULISTA

18.06.1987

PALMITAL

2

X

0

PIRAJÚ PALMITAL

21.06.1987

PALMITAL

1

X

0

RANCHARIENSE PALMITAL

28.06.1987

PALMITAL

2

X

2

BEIRA RIO PRESIDENTE EPITÁCIO

02.07.1987

PALMITAL

1

X

1

CORINTHIANS PALMITAL

04.07.1987

PALMITAL

1

X

0

SÃO BENTO MARÍLIA

09.07.1987

PALMITAL

2

X

0

PARAGUAÇUENSE PALMITAL

19.07.1987

PALMITAL

1

X

0

PIRAJÚ PIRAJÚ

26.07.1987

PALMITAL

0

X

0

MATONENSE MATÃO

29.07.1987

PALMITAL

1

X

0

TUPÃ PALMITAL

02.08.1987

PALMITAL

0

X

1

JOSÉ BONIFÁCIO JOSÉ BONIFÁCIO

05.08.1987

PALMITAL

2

X

1

JOSÉ BONIFÁCIO PALMITAL

09.08.1987

PALMITAL

1

X

1

MATONENSE PALMITAL

12.08.1987

PALMITAL

1

X

1

TUPÃ TUPÃ

A.A. Portuguesa da Vila Assis – Sorocaba (SP): Fundado em 1950

O Associação Atlética Portuguesa de Esportes Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Sorocaba (SP). A “Portuguesinha da Vila Assis” foi Fundado na quinta-feira, do dia 07 de Setembro de 1950. A sua Sede social está afastado do Centro, localizado no bairro Vila de Assis, em Sorocaba (SP).

A “ Portuguesinha da Vila Assis ” passou por altos e baixos. Dentro das quatro linhas, batia de frente com as grandes forças de Sorocaba. Porém, com a perda de alguns dirigentes, somado a falta de estrutura, o então presidente do clube, Sr. Heitor chegou ao ponto de emprestar o seu estatuto para que a equipe da Baltazar Fernandes pudesse jogar a competição.

No entanto, a Portuguesinha da Vila Assis foi rebaixada em 2018, para a recém criada Taça Manchester (equivalente a Quarta Divisão Sorocabana). Então, em 2019, um antigo e ilustre torcedor – que lembrava da Lusa quando era pequeno e que viveu na Vila Assis e vivenciou diversas vezes as comemorações, no Bar do Guánico – assumiu o comando técnico do time.

FONTES E FOTO: Página do clube no Facebook – Weverton Silva

História do Campeonato de Acesso Paulista – Cap. XV

1961: Não tem pra ninguém – Prudentina campeã!

O Campeonato da 1ª Divisão desse ano teve como campeã a equipe da Prudentina, agremiação já extinta do cenário futebolista paulista. No ano anterior já havia conquistado o titulo da 2ª Divisão, mas de nada valeu esse esforço do ponto de vista de classificação, pois a FPF inexplicavelmente acabou “inchando” o campeonato para 22 equipes. Foram incluídas 11 agremiações a mais das que disputaram no ano anterior. Pela primeira vez seria permitido substituição (mas de apenas um jogador).

Além daquelas que disputaram o certame em 60, exceção ao Comercial (SP) que extinguiu o futebol profissional, reapareceram o América, Corinthians Prudentino e Ponte Preta que perderam o lugar na divisão de elite. Outras agremiações foram beneficiadas com entrada pela porta dos fundos como Paulista, Barretos, Francana e Tupã.

No campeonato as equipes foram divididas em duas séries de onze, os jogos seriam realizados em turno e returno apenas dentro das séries. As equipes campeãs de cada série disputariam a finalíssima e a vencedora ascenderia à divisão de elite.

Nesse ano disputou-se o famigerado “Torneio da Morte” ou popularmente “Rebolo” que teria as duas últimas equipes de cada série.

Classificação – 1ª fase

Série “Paulo Machado de Carvalho”

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
PONTE PRETA 33 7 20 15 3 2 59 18 41
BATATAIS 26 14 20 12 2 6 56 29 27
BRAGANTINO 26 14 20 11 4 5 36 28 8
SÃO BENTO (SOR) 22 18 20 10 2 8 49 33 16
FERROVIÁRIA (BOT) 20 20 20 8 4 8 28 37 -9
NACIONAL 20 20 20 8 4 8 38 34 4
PAULISTA 19 21 20 7 5 8 38 53 -15
IRMÃOS ROMANO 17 23 20 7 3 10 27 32 -5
XV DE JAÚ 16 24 20 6 4 10 27 50 -23
10º ELVIRA 14 26 20 6 2 12 35 47 -12
11º ESTRELA DA SAÚDE 7 33 20 1 5 14 21 53 -32
JOGOS REALIZADOS 110
GOLS ASSINALADOS 414
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,8

Campeã: Ponte Preta, para o rebolo: Estrela da Saúde.

Série “João Mendonça Falcão”

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
PRUDENTINA 23 17 20 9 5 6 46 36 10
CORINTHIANS (PP) 22 18 20 8 6 6 37 32 5
AMÉRICA 21 19 20 8 5 7 42 41 1
BARRETOS 21 19 20 8 5 7 45 28 17
JABOTICABAL 21 19 20 8 5 7 35 22 13
VOTUPORANGUENSE 20 20 20 8 4 8 27 41 -14
FRANCANA 19 21 20 8 3 9 41 35 6
CATANDUVA 19 21 20 7 5 8 35 45 -10
OSWALDO CRUZ 19 21 20 8 3 9 36 43 -7
10º SÃO BENTO (MAR) 18 22 20 8 2 10 29 37 -8
11º TUPÃ 17 23 20 6 5 9 29 42 -13
JOGOS REALIZADOS 110
GOLS ASSINALADOS 402
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,7

Campeã: Prudentina, para o rebolo: Tupã.

Jogo que decidiu o campeonato:

Ponte Preta 3 x 2 Prudentina

(prorrogação: Ponte Preta 0 x 2 Prudentina)

Data: 5/11/1961

Local: “Estádio Municipal do Pacaembu”, em São Paulo.

Árbitro: Olten Ayres de Abreu

Renda: Cr$ 951.050,00

Gols: Paulo (2), Ismar.

Cláudio Garcia, Vicente, Ademar Pantera e Reginaldo.

Ponte Preta: Nino; Mário Ferreira, Florindo e Ilzo; Esnel e Ascendino; Nivaldo, Paulo, Ari, Bibe e Ismar (Evanir). Técnico: Francisco Sarno (1924-).

Prudentina: Glauco; Vicente, Roberto e Celso; Fernandinho e Mauri; Reginaldo, Cláudio Garcia, Ademar, Valter e Tomáz (Mendonça). Técnico: Sidnei Cotrim Malmegrim.

Observação: Terminado o tempo regulamentar com a vitória da Ponte Preta, foi necessária a realização de uma prorrogação de 30 minutos (15 x 15), já que a equipe campineira igualou-se à Prudentina em três pontos. Com a vitória na prorrogação por 2 x 0, a Prudentina sagra-se a campeã.

Campanha do Campeão

1ª fase – Série João Mendonça Falcão

1º turno 2º turno

7/05/61: Prudentina 2 x 0 Barretos                   30/07/61: Corinthians (PP) 1 x 1 Prudentina

14/05/61: Catanduva 3 x 3 Prudentina                   6/08/61: Barretos 4 x 1 Prudentina

21/05/61: Prudentina 2 x 2 Corinthians (PP)        13/08/61: Prudentina 2 x 1 Francana

28/05/61: Prudentina 2 x 1 S. Bento (Mar)          20/08/61: Tupã 2 x 1 Prudentina

4/06/61: Oswaldo Cruz 4 x 2 Prudentina           27/08/61: Prudentina 3 x 1 Oswaldo Cruz

11/06/61: Prudentina 2 x 0 Tupã               3/09/61: América 4 x 1 Prudentina

25/06/61: Votuporanguense 1 x 1 Prudentina      10/09/61: Prudentina 3 x 1 Jaboticabal

2/07/61: Prudentina 4 x 1 América                     24/09/61: Prudentina 6 x 1 Votuporanguense

9/07/61: Francana 4 x 0 Prudentina                    1/10/61: Prudentina 8 x 2 Catanduva

16/07/61: Jaboticabal 1 x 1 Prudentina                 8/10/61: S. Bento (Mar) 2 x 1 Prudentina

Finais

21/10/61: Ponte Preta 2 x 2 Prudentina

29/10/61: Prudentina 3 x 2 Ponte Preta

5/11/61: Ponte Preta 3 x 2 Ponte Preta

(prorrogação: Ponte Preta 0 x 2 Prudentina)

Balanço geral: Jogos: 23; Vitórias: 10;             Empates: 6; Derrotas: 7; Gols marcados: 55; Gols sofridos: 43; Saldo: 12

 

Equipe base do campeão

Glauco; Vicente, Baú e Celso; Fernandinho e Mauri; Tomás, Ademar Pantera, Cláudio Garcia, Rubens e Walter. Também jogaram: Ademar, Martins, Roberto, Betão, Ramon, João Carlos, Mendonça, Reginaldo.  Técnico: Sidnei Cotrim Malmegrim.

Destaques:

Glauco José do Nascimento (1940-): guardião seguro foi o grande responsável pela conquista do título. Fernandinho: jogador eficiente tanto no apoio como na defesa. Ademar Miranda Júnior (1941-2001), o Ademar Pantera foi o artilheiro da equipe. Fez sucesso defendendo o Palmeiras, Flamengo e Fluminense. Sua maior inimiga foi a balança. Cláudio Galbo Garcia (1943-), avante que se entendia muito bem com Ademar Pantera. Jogou mais tarde com sucesso no Fluminense e se tornou técnico. Rubens Josué da Costa (1928-1987): O “Doutor Rúbis” depois de fazer sucesso no Flamengo e Vasco da Gama foi peça fundamental na conquista do acesso pela Prudentina.

Curiosidades

  • Artilheiro do máximo do campeonato: Paulo (Ponte Preta): 19 gols;
  • Outros goleadores: Paulo Bim (Oswaldo Cruz) e Cido (Batatais): 15 gols, Milton (Francana) e Prado (Bragantino): 14 gols, Ademar Pantera (Prudentina) e Picolé (São Bento – Sor): 12 gols;
  • Goleiros mais vazados: Garcia (Paulista): 44 gols, Raimundinho (Votuporanguense): 41 gols, Celso (São Bento – Mar): 38 gols, Marcelo (Ferroviária – Bot): 34 gols;
  • Goleiros menos vazados: Floriano (Bragantino): 17 gols, Bonelli (Jaboticabal): 22; Carlos (Batatais): 25;
  • Maior goleada do campeonato: Barretos 8 x 0 São Bento (Mar), em 1/10/1961;
  • Equipes que se destacaram:

Ponte Preta: Valter (Nino); Mário Ferreira, Florindo (Marcos) e Ilzo (Carlinhos); Esnel (Ivan) e Ascendino (Joel); Nivaldo (Severo), Ari (Jair), Paulo (Luiz), Bibe e Evanir (Ismar). Técnico: Francisco Sarno;

Batatais: Carlos (Roberto) (Boareto); Julião, Veríssimo (Valtinho) e Camilo; Salton (Dirceu) e Oscar; Nilo (Piolim), Washington (Bacurau), Cido (Nélson Curitiba), Lizotti (Bazaninho) (Tito) e Canhotinho (Zé Mauro). Técnicos: Tininho e depois Demétrio Soares.

Bragantino: Floriano (Nenê) (Levy); Osmar, Servilio e Mindo (Cassiano); Wálter (Waldemar Fiume) e Dom Pedro (Lúcio); Prado (Liminha), Raluy (Augusto), Mairiporã, Dema e Wilsinho (Alcino);

Corinthians: Acosta (Ari); Bianchini, Bertamin e Luisinho (Sabiru); Joãozinho e Cotia (Roberto); Robertinho (Jonas), Milton (Castilho), Ipojucan (Paulinho), Zé Amaro (Valter) e Plínio (Oiama);

  • Paulo Pisaneschi (1930-1980) veio para a Ponte Preta em 1960 após boa passagem pelo Corinthians. Não conseguiu ajudar a Ponte a evitar o descenso, mas com ele a Ponte quase conquistou o acesso. Antes de ser atleta trabalhava numa carvoaria daí ser conhecido também como Paulo Carvoeiro;
  • O São Paulo emprestou três jogadores ao Batatais: Aparecido Martins Moreira (1939-) o Cido, Bazaninho e Bacurau;
  • Eurípedes Fernandes Piter (1941-) (América) foi um dos melhores marcador de Pelé;
  • Enério Martinelli (1934-1994), disputou nesse ano o último campeonato pelo Paulista. Era um defensor atarracado, pesava 100 quilos e media 1,75 metros. Chamado de “O Canhão do Interior” pela potência de seu chute onde marcava muitos gols principalmente de longa distância. Jogou na equipe jundiaense desde 1952. Encerrou sua longa carreira no Promeca, disputando a antiga 2ª Divisão em 1963;
  • Olimpio Gabriel (1925-?), o Bibe (Ponte Preta) foi um dos jogadores com maior longevidade no futebol. Havia atuado pelo São Paulo anteriormente;
  • O Bragantino fez campanha razoável nesse ano. A equipe contava com grandes nomes do passado: Servílio (campeão pelo XV de Jaú em 51), Mindo (ex Paulista), Mairiporã (campeão pelo Comercial em 58). Mas quem fez mais sucesso foi Antonio Francisco de Prado (1940-), que faria sucesso no S. Paulo mais tarde;
  • O Estrela da Saúde contou com 37 jogadores em seu elenco para a disputa do campeonato. Com tantos jogadores não deu outra: a equipe foi rebaixada para a 2ª Divisão;
  • A dupla de boêmios do América: Walter Vasconcelos Fernandes (1930-1983) tinha um passado futebolístico respeitável onde foi bicampeão paulista pelo Santos (55/56) e passagem pela Seleção Brasileira e Paulista. Moysés Ferreira Alves (1930-1980), o Zezinho, havia passado pelo Botafogo (RJ), São Paulo, Portuguesa (SP), Corinthians, Santos e Seleção Brasileira. Ambos já no ocaso de suas carreiras tinham uma coisa em comum: as farras, as bebidas e a boêmia. No América fizeram meia dúzia de partidas e partiram para outras plagas, onde a vigilância pela vida noturna não eram tão intensa.
  • Revelações do campeonato: José Geraldo Camargo (1938-2007), o Picolé (São Bento – Sor), Prado (Bragantino) e Cleiton Paulo Bim Netto (1941-) (Oswaldo Cruz).

Prudentina 61 (1)

Em pé da esq. p/ direita: Mauri, Fernandinho, Celso, Roberto, Vicente e Glauco.

Agachados na mesma ordem: Reginaldo, Ademar Pantera, Cláudio Garcia, Walter e Tomáz.

Trabalho inédito do autor que contou com a colaboração do Júlio Diogo

Recordar é Viver! Uberlândia (MG) 1969

Esta semana estive em Uberlândia, e resolvi postar a foto de um jogo da tradicional agremiação do triângulo mineiro, contando com Vavá. aparentemente se trata de um jogo amistoso pois a foto é de domingo, do dia 13 de Julho de 1969, e o Campeonato Mineiro já havia terminado.

Na ocasião, o Corinthians venceu o Uberlândia por 2 a 0. Os gols corintianos na partida foram marcados por Tales e Luís Carlos Feijão, um gol em cada tempo. O duelo foi realizado no Estádio Juca Ribeiro, em Uberlândia/MG. O público foi de 19.845 pagantes e a Renda de 52.450,00 cruzeiros novos.

Vavá havia deixado o futebol norte-americano, onde atuou por 11 meses, defendendo a equipe do Touros de San Diego. Vavá contou que nos Estados Unidos o futebol era muito deficitário e que ao final da temporada cada uma das 17 equipes perderam ao redor de 500 mil dólares. Ainda aconselhava os brasileiros a não investir no futebol de lá, pois ele só conseguiu trazer 250 dólares.

Mas voltando à foto, essa equipe foi base que disputou o Campeonato Mineiro de 1969, onde o Cruzeiro acabou conquistando o Estadual com três rodadas de antecedência.

Participaram as seguintes equipes: Cruzeiro (BH), América (BH), Atlético (BH), Valério (Itabira), Democrata (Sete Lagoas), Democrata (Gov. Valadares), Tupi (Juiz de Fora), Formiga (Formiga), Uberlândia, Uberaba, Araxá, Usipa (Ipatinga), Independente (Uberaba), Sete de Setembro (BH), Villa Nova (Nova Lima) e Vila do Carmo (Barbacena).

Sobre essa participação do Vavá, pedirei ao amigo Ângelo Pedrosa, morador da cidade, ajuda para elucidar o adversário e demais dados dessa partida histórica. Abaixo, a placa que o atacante Vavá recebeu após a partida diante do Corinthians Paulista

Os dizeres na Placa diz:
Esportes Imperial e a Rádio Cultura
Homenagem Vavá
Bi-campeão Mundial,
Jogando pelo Uberlândia E.C.
13-7-69
Na foto, os centroavantes do Uberlândia E.C.: Ferreira e Vavá

UBERLÂNDIA E.C. (MG)  0          X         2          S.C. CORINTHIANS (SP)

LOCALEstádio Juca Ribeiro, Uberlândia/MG
CARÁTERAmistoso Nacional de 1969
DATADomingo, do dia 13 de julho de 1969
HORÁRIO16 horas (de Brasília)
RENDANCr$ 52.450,00 (cinquenta e dois mil e quatrocentos e cinquenta cruzeiros novos) 
PÚBLICO19.845 pagantes
ÁRBITROPaulo César
CARTÃO VERMELHOAdnan aos 15 minutos do 2º tempo (Corinthians)
UBERLÂNDIALourenço; Wellington (Paulo), Dunga, Neriberto, Carlinhos e Alemão; Hamílton e Arcanjo; Vavá (Edgar Maia), Ferreira e Fazendeiro.
CORINTHIANSAlexandre; Maciel, Mendes, Luís Carlos e Pedro Rodrigues; Dirceu Alves e Suingue; Marcos (Serginho), Tales, Benê (Luís Carlos Feijão) e Adnan.
GOLSTales aos 40 minutos (Corinthians), no 1º Tempo. Luís Carlos Feijão aos 35 minutos (Corinthians), no 2º Tempo.

FONTES: Arquivo pessoal da coleção “Revista do Esporte” – Meu Timão – Diário da Noite (RJ)

História do Campeonato de Acesso Paulista – Cap. XIV

1960: Deu Esportiva de Guará!

Em 1960 a FPF fez uma profunda reformulação em seus campeonatos. Mudaram-se as denominações dos certames: Especial, que antes era a 1ª Divisão; a antiga 2ª Divisão passou a se chamar de 1ª Divisão; a antiga 3ª Divisão era agora a 2ª Divisão. Para terminar, o 4º nível era a 3ª Divisão.

Deste modo, estabeleceu-se quatro divisões com números diferentes de participantes para cada campeonato organizado. Para a Especial, instituiu-se o famigerado “Torneio da Morte” que também seria adotado para o acesso, que entraria em ação em 1961. O Nacional, XV de Jaú e Comercial (SP), que foram rebaixados no ano anterior, iriam figurar na divisão de acesso em 1960. Aliás, esse foi a última incursão do Comercial em certames profissionais. O simpático “benjamim” equipe fundada em 1939 encerrou definitivamente as atividades ao término desse campeonato. Os Irmãos Romano, que venceu o campeonato da 3ª Divisão em 1959 foi o caçula do certame.

Nessa nova fase, a 1ª Divisão começaria bem “enxuta” com apenas 11 agremiações, as oito que se classificaram para o Torneio dos Finalistas em 1959 (exceto o Corinthians-PP) e as quatro citadas acima. Equipes tradicionais como a Prudentina, Barretos, Jaboticabal, Paulista e Tupã, que sistematicamente vinham disputando o acesso para a divisão de elite tiveram que amargar o campeonato da nova 2ª Divisão, que a rigor era o certame do 3º escalão.

A Esportiva de Guaratinguetá, equipe já extinta, foi a grande campeã e laureou-se para fazer parte da Divisão Especial no ano seguinte. Foi um campeonato relativamente curto, durou quase cinco meses, mas foi muito disputado entre a Guaratinguetá, Catanduva (equipe também já extinta) e Batatais, o velho “Fantasma da Mogiana”. Pela primeira vez adotou-se a forma clássica e mais justa, que é a de pontos corridos, com jogos em turno e returno.

Porém a definição pela conquista do título só veio na última rodada onde o Catanduva só empatou com a fraca equipe dos Irmãos Romano e a Guaratinguetá goleou o XV de Jaú. A vitória da equipe de Catanduva lhe daria o acesso.

Classificação

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
GUARATINGUETÁ 28 12 20 13 2 5 47 23 24
BATATAIS 27 13 20 11 5 4 48 20 28
CATANDUVA 27 13 20 12 3 5 36 24 12
NACIONAL 26 14 20 11 4 5 44 27 17
SÃO BENTO (MAR) 25 15 20 11 3 6 46 31 15
BRAGANTINO 23 17 20 8 7 5 29 27 2
IRMÃOS ROMANO 16 24 20 5 6 9 24 27 -3
SÃO BENTO (SOR) 16 24 20 5 6 9 30 37 -7
XV DE JAÚ 14 26 20 5 4 11 28 47 -19
10º ESTRELA DA SAÚDE 10 30 20 3 4 13 20 58 -38
11º COMERCIAL (SP) 8 32 20 2 4 14 17 48 -31
JOGOS REALIZADOS 110
GOLS ASSINALADOS 369
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,4

Jogo que decidiu o campeonato:

Guaratinguetá 5 x 0 XV de Jaú

Data: 30/10/1960

Local: “Estádio Benedito Meireles” em Guaratinguetá

Árbitro: Wálter Galera

Renda: Não divulgada

Gols: Tupi, Alcino, Lucas (2) e Marucci.

Guaratinguetá: Raul Costa; Canindé, Bolar e Tupi; Carlito e Daíco; Marucci, Ditinho, Matias, Lucas e Alcino. Técnico: Adelmo Pelegrino Begliomini

XV de Jaú: Cláudio; Edmundo, Dino e Osny; Valter Marinho e Moretto; Valtinho, Valdir, Zuringue, Adãozinho e David. Técnico: nd

 

Campanha do Campeão

1º turno2º turno

5/06/60: Guaratinguetá 4 x 1 Bragantino21/08/60: Guaratinguetá 2 x 0 Irmãos Romano

19/06/60: Irmãos Romano 1 x 2 Guaratinguetá28/08/60: Catanduva 1 x 0 Guaratinguetá

26/06/60: Guaratinguetá 2 x 1 São Bento (Sor)3/09/60: Guaratinguetá 2 x 1 São Bento (Mar)

2/07/60: Nacional 1 x 1 Guaratinguetá17/09/60: São Bento (Sor) 3 x 1 Guaratinguetá

10/07/60: Guaratinguetá 5 x 1 Estrela da Saúde25/09/60: Guaratinguetá 4 x 1 Nacional

17/07/60: São Bento (Mar) 2 x 1 Guaratinguetá1/10/60: Comercial (SP) 1 x 2 Guaratinguetá

24/07/60: Guaratinguetá 3 x 1 Catanduva9/10/60: Bragantino 2 x 1 Guaratinguetá

31/07/60: Batatais 3 x 1 Guaratinguetá16/10/60: Guaratinguetá 2 x 0 Batatais

7/08/60: Guaratinguetá 5 x 1 Comercial (SP)23/10/60: Estrela da Saúde 0 x 3 Guaratinguetá

14/08/60: XV de Novembro 2 x 2 Guaratinguetá30/10/60: Guaratinguetá 5 x 0 XV de Novembro

Balanço Geral: Jogos: 20; Vitórias: 13; Empates: 5; Derrotas: 2; Gols marcados: 47; Gols sofridos: 23,

Saldo: 24.

Esportiva 60 (1)

Em pé da esq. p/ direita: Canindé, Raul Costa, Bolar, Carlito, Tupi e Daíco.

Agachados na mesma ordem: Marucci, Ditinho, Berto, Alcino e Benedito

Trabalho inédito que contou com a colaboração do Júlio Diogo

História do Campeonato de Acesso Paulista – Cap. XIII

1959: O Coringuinha é campeão!

O Corinthians de Presidente Prudente equipe já extinta, foi a grande campeã do ano. A equipe chegou a ser ameaçada na 1ª fase pelo Tupã e pela rival Prudentina, mas no final acabou como campeã do seu grupo. No “Torneio dos Finalistas”, a disputa foi acirrada sofrendo pressão direta do Bragantino e do Batatais. A consagração do título veio com uma rodada de antecedência na vitória sobre o mesmo Bragantino, seu rival direto pela conquista do campeonato. O Campeonato foi o último antes da grande reforma que a FPF introduziria nas divisões do futebol.

O Campeonato da 2ª Divisão foi disputado por 40 equipes com a presença de equipes debutantes como o Estrada, Saltense, Hepacaré, Estrela (Piquete), Oswaldo Cruz e o Nevense (como campeão da 3ª Divisão). Foi um campeonato longo, começou no final de maio e encerrou em meados de março do ano seguinte. As equipes foram divididas em quatro grupos de dez participantes na primeira fase, As duas melhores de cada grupo se classificavam para a segunda fase ou “Torneio dos Finalistas”,  As oito melhores equipes do campeonato disputariam jogos em turno e returno. O campeão seria automaticamente promovido à divisão de elite.

Classificação – 1ª fase

Série “Vicente Ítalo Feola”

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
BRAGANTINO 25 7 16 10 5 1 50 17 33
SÃO BENTO (SOR) 21 11 16 9 3 4 37 18 19
PAULISTA 21 11 16 10 1 5 36 21 15
ESTRADA 17 15 16 7 3 6 35 29 6
BANDEIRANTES 16 16 16 7 2 7 25 49 -24
ITUANO 14 18 16 6 2 8 37 34 3
INTERNACIONAL (LIM) 13 19 16 5 3 8 23 30 -7
SALTENSE 13 19 16 5 3 8 27 42 -15
MOGIANA 4 30 16 1 2 14 10 40 -30
JOGOS REALIZADOS 72
GOLS ASSINALADOS 280
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,9

Classificados: Bragantino e S. Bento, após este eliminar o Paulista.

A Avenida desistiu da competição e seus jogos foram cancelados.

Série “Paulo Machado de Carvalho”

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
CORINTHIANS (PP) 25 11 18 11 3 4 47 26 21
SÃO BENTO (MAR) 23 13 18 9 5 4 42 26 16
PRUDENTINA 22 14 18 9 4 5 32 21 11
TUPÃ 20 16 18 9 2 7 30 23 7
OSWALDO CRUZ 19 17 18 6 7 5 21 27 -6
RIO PRETO 17 19 18 6 5 7 26 28 -2
GARÇA 17 19 18 7 3 8 22 28 -6
BOTUCATUENSE 17 19 18 7 3 8 29 34 -5
FERROVIÁRIA(BOT) 12 24 18 4 4 10 22 31 -9
10º FERROVIÁRIA (ASS) 8 28 18 2 4 12 16 43 -27
JOGOS REALIZADOS 90
GOLS ASSINALADOS 287
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,2

Classificados: Corinthians (PP) e São Bento (Mar)

Série “Geraldo Starling Soares”

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
BATATAIS 26 10 18 11 4 3 37 16 21
CATANDUVA 23 13 18 11 1 6 43 30 13
BARRETOS 23 13 18 10 3 5 38 37 1
FRANCANA 17 19 18 7 3 8 26 28 -2
INTERNACIONAL (BEB) 17 19 18 8 1 9 26 33 -7
TAQUARITINGA 15 21 18 7 1 10 26 31 -5
FORTALEZA 15 21 18 6 3 9 19 27 -8
JABOTICABAL 15 21 18 7 1 10 26 31 -5
NEVENSE 15 21 18 6 3 9 19 27 -8
10º PINDORAMA 5 31 18 2 1 15 11 42 -31
JOGOS REALIZADOS 90
GOLS ASSINALADOS 271
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,0

Classificados: Batatais e Catanduva, após este eliminar o Barretos.

Série “João Havelange”

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
GUARATINGUETÁ 30 6 18 14 2 2 50 12 38
ESTRELA DA SAÚDE 24 12 18 9 6 3 34 19 15
APARECIDA 24 12 18 10 4 4 37 20 17
VILA SANTISTA 21 15 18 8 5 5 35 29 6
UNIÃO MOGI 18 18 18 6 6 6 24 27 -3
SÃO CAETANO 17 19 18 7 3 8 22 30 -8
HEPACARÉ 17 19 18 6 5 7 26 30 -4
FERROVIÁRIA (PIN) 13 23 18 5 3 10 22 34 -12
ESTRELA (PIQ) 10 26 18 4 2 12 22 41 -19
10º ELVIRA 6 30 18 1 4 13 22 49 -27
JOGOS REALIZADOS 90
GOLS ASSINALADOS 294
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,3

Classificados: Esportiva e Estrela da Saúde, após este eliminar a Aparecida.

O “Torneio dos Finalistas” apresentou a seguinte classificação:

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
CORINTHIANS (PP) 19 9 14 9 1 4 28 20 8
BRAGANTINO 17 11 14 7 3 4 26 24 2
BATATAIS 16 12 14 7 2 5 37 29 8
CATANDUVA 15 13 14 7 1 6 38 28 10
SÃO BENTO (SOR) 14 14 14 6 2 6 19 20 -1
ESTRELA DA SAÚDE 11 17 14 5 1 8 22 29 -7
SÃO BENTO (MAR) 10 18 14 5 0 9 26 32 -6
GUARATINGUETÁ 10 18 14 4 2 8 20 34 -14
JOGOS REALIZADOS 56
GOLS ASSINALADOS 216
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,9

Jogo que decidiu o campeonato:

Corinthians (PP) 4 x 1 Bragantino

Data: 6/2/1960

Local: “Estádio Parque São Jorge” em Presidente Prudente

Árbitro: Anacleto Pietrobon

Renda: Cr$ 963.560,00

Gols: Robertinho, Barras (2) e Joãozinho.

Alvair

Corinthians (PP): Acosta; Tó, Bertamin e Luizinho; Joãozinho e Cotia; Barras, Nélson Luques, Robertinho, Zé Amaro e Plínio. Técnico: Martin Carvalho

Bragantino: Floriano; Washington, Milton e Pinduca; Waldemar Fiume e Nélson; Alvair, Tito, Augusto, Jocimar e Ney.

 

Campanha do Campeão

1ª fase – Série “Paulo Machado de Carvalho”

1º turno 2º turno

24/05/59: Corinthians 2 x 1 Tupã                        16/08/59: Corinthians 2 x 1 Prudentina

31/05/59: Prudentina 2 x 2 Corinthians               23/08/59: Corinthians 2 x 0 Rio Preto

7/06/59: São Bento (Mar) 2 x 6 Corinthians       30/08/59: Oswaldo Cruz 1 x 1 Corinthians

14/06/59: Corinthians 2 x 0 Ferroviária (Bot)          6/09/59:Corinthians 5 x 1 Ferroviária (Ass)

21/06/59: Corinthians 3 x 0 Botucatuense           13/09/59: Tupã 2 x 3 Corinthians

28/06/59: Ferroviária (Ass) 3 x 1 Corinthians       20/09/59: Garça 0 x 1 Corinthians

5/07/59: Corinthians 2 x 0swaldo Cruz              27/09/59: Corinthians 2 x 4 São Bento (Mar)

12/07/59: Corinthians 6 x 1 Garça                      11/10/59: Botucatuense 3 x 5 Corinthians

19/07/59: Rio Preto 0 x 0 Corinthians                 18/10/59: Ferroviária (Bot) 5 x 2 Corinthians

Torneio dos Finalistas

1º turno                                                            2º turno

29/11/59: Batatais 4 x 1 Corinthians                   24/01/60: Corinthians 4 x 1 Batatais

6/12/59: Corinthians 5 x 1 Estrela da Saúde       31/01/60: Estrela da Saúde 0 x 1 Corinthians

13/12/59: São Bento (Mar.) 1 x 2 Corinthians        7/02/60: Corinthians 3 x 1 São Bento (Mar)

20/12/59: Corinthians 2 x 1 São Bento (Sor)       14/02/60: São Bento (Sor) 2 x 0 Corinthians

27/12/59: Catanduva 3 x 0 Corinthians                21/02/60: Corinthians 2 x 0 Catanduva

3/01/60: Bragantino 1 x 1 Corinthians                 6/03/60: Corinthians 4 x 1 Bragantino

10/01/60: Corinthians 2 x 1 Guaratinguetá          13/03/60: Guaratinguetá 3 x 1 Corinthians

Balanço geral: Jogos: 32; Vitórias: 21;             Empates: 4; Derrotas: 7; Gols marcados: 75; Gols sofridos: 46; Saldo: 29.

Equipe base do campeão

Acosta; Tó, Bertamin e Luisinho; Joãozinho e Cotia; Barras, Robertinho, Nelson Luques, Zé Amaro e Plínio. Também jogaram: Diorai, Arlindo, Walter Raposo, Miltinho, Marcos, Sabirú, Benedito e Walter Virgílio. Técnico: Martin Carvalho

Destaques: Romualdo Negri (1934-?), o Acosta, goleiro que participou de quase todos os jogos e teve presença fundamental para a conquista do título. Barras, foi o artilheiro da equipe na 2ª fase com 8 gols. Zé Amaro, avante já veterano era o organizador das jogadas de ataque. Havia atuado pela Ferroviária de Araraquara e Portuguesa de Desportos. Plínio, extrema esquerda de rara habilidade que foi o artilheiro da equipe com 15 gols. e Bertamin: eficientes zagueiros que praticamente disputaram todos os jogos da campanha vitoriosa.

Curiosidades

  • Artilheiro máximo do campeonato: Washington (Catanduva): 27 gols;
  • Outros goleadores: Augusto (Bragantino): 25 gols, Ponce (Batatais): 24 gols, Dozinho (Catanduva): 21 gols, Rubini (São Bento – Sor) e Marucci (Guaratinguetá): 19 gols, Tito (Bragantino): 17 gols;
  • Goleiros mais vazados na primeira fase: Vavá (Saltense): 42 gols, Nivaldo (Mogiana): 40 gols; Ivan (Ferroviária – Pinda): 34 gols, Edson (Fortaleza) e Badê (Pindorama): 33 gols;
  • Goleiros menos vazados na primeira fase: Raul Costa (Guaratinguetá) com 9 gols, Barrela (Batatais): 16 gols e Floriano (Bragantino): 17 gols;
  • Maior goleada do campeonato: São Bento 8 x 0 Bandeirantes, em 6/09/1959;
  • Equipes que se destacaram:

Bragantino: Floriano (Fininho); Washington (Paulo), Milton e Pinduca (Cassiano); Alvair e Waldemar Fiume (Nélson Gaeta); Ubaldo, Tito, Augusto (Jocimar), Dema (Liminha) e Ney (Wilson);

Batatais: Barrela (Adauto); Julião (Sula), Adilson e Camilo (Cláudio); Esnel (Geraldo) e Veríssimo; Zé Mauro (Moscatel), Ponce (Edgar), Pádua, Lizotti (Canhotinho) e Agenor;

Catanduva: Basílio (Devito); Diney (Braido), Can-Can (Pádua) e Luís Valente; Cássio (Olavo) e Cativeiro; Paulinho (Destro), Washington, Dozinho, Gaúcho e Alípio (Santiago);

  • A equipe do S. Bento (Marília), equipe já extinta, contou com o grande craque Thomas Soares da Silva (1922-2002), o Zizinho em algumas partidas. Mestre Ziza havia jogado no Flamengo, Bangu, São Paulo e Seleção Brasileira. Em compensação, Manoel Pereira (1927-1985), o Leônidas que tinha o alcunha de “da Selva” para diferenciar do “da Silva” ( o grande “Diamante Negro”), jogou o campeonato inteiro. Leônidas da Selva era a antítese do craque, apesar de ter defendido a Seleção Brasileira em 1956. Diz lenda que Leônidas pedia para Zizinho lançar a bola “mais para o beque”, ou seja para “dividir”. Zizinho assinalou apenas 2 gols e logo abandonou a equipe. Poderíamos dizer que o São Bento (Marília) contou com a dupla “Água e Vinho” e o resultado final não foi muito bom, tendo a equipe terminada na penúltima colocação do Torneio dos Finalistas;
  • O Catanduva teve o ataque mais eficiente do campeonato com 82 gols. O ataque era formado por Paulinho (16), Washington (27), Dozinho (21), Gaúcho (6) e Alípio (9);
  • O Bragantino armou um verdadeiro esquadrão para subir, o grande nome da equipe era Waldemar Fiume (1922-1996), o “Pai da Bola”. Antigo jogador do Palmeiras que tem um busto em sua homenagem no “Palestra Itália”. Oswaldo Lima Moreira (1930-), o Canhotinho outro ex palestrino, jogou pouco. Alvair fazia parte da equipe do Paulista vice-campeã em 1956 e era o capitão da equipe;
  • O Paulista tinha alguns “velhinhos” que não tiveram muita força para classificar o time: Rodolpho Carbone (1927-2008), grande nome da história do Corinthians, fez apenas 3 partidas, Geraldo dos Santos (1925 – ?) o Lero, estava na equipe há pelo menos 3 anos. Havia defendido o Flamengo, Corinthians (PP), Araçatuba e América (RP). Moacyr Amaral (1927-?), que havia defendido o Palmeiras e Pé de Valsa;
  • Agenor Eugênio Rodrigues (1938) (Batatais) jogaria no ano seguinte no São Paulo. Entrava sempre que Ribamar José de Oliveira (1932-1974), o Canhoteiro, estava impossibilitado;
  • No seu “debut” em jogos da divisão de acesso, o Estrada armou uma boa equipe mesclada com jogadores amadores e profissionais. Pedro Banietti (1939-), o Esquerdinha, Joel de Souza Martins (1930-), Lanzudo e Wilson de Souza (1926-1990), o Fortaleza, eram os grandes nomes da equipe;
  • Olinto Sampaio Rubine (1934-) (São Bento) começou no CA Ituano e seria campeão paulista com o São Paulo em 1957. Seria um dos primeiros jogadores a fazer carreira no Canadá;
  • Revelações do campeonato: Nestor Trevisan (1937-1988) (São Bento) e Ariston Garcia Filho (1940-?) (São Bento).

Corinthians 59 (3)

Em pé da esq. p/ direita: Acosta, Joãozinho, Cotia, Tó, Luisinho e Bertamin

Agachados na mesma ordem: Barras, Nelson Luques, Robertinho, Zé Amaro e Plínio

Trabalho inédito que contou com a colaboração do Júlio Diogo.

História do Campeonato de Acesso Paulista – Cap. XI

1957: O Diabo rubro é campeão!

O campeonato da 2ª Divisão do ano contou com o mesmo número de participantes do ano anterior (32), porém com a presença de novas agremiações que substituíram outras:

O Tanabi entrou no lugar do Botafogo, Avenida e Botucatuense substituíram Corinthians (Santo André) e Velo Clube, respectivamente.

A forma de disputa foi similar ao dos anos anteriores: A primeira fase com as equipes sendo divididas em 3 grupos, passando para a 2ª fase as duas melhores. Na 1ª fase os times jogavam entre si dentro dos grupos em turno e returno.

Foi um campeonato longo, durando exatamente oito meses. No transcorrer do campeonato a AD Araraquara desistiu da competição e seus jogos foram cancelados.

Classificação – 1ª fase

Série A

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
SÃO BENTO (SOR) 30 10 20 14 2 4 60 23 37
PAULISTA (JUN) 29 11 20 13 3 4 45 25 20
ITUANO 25 15 20 10 5 5 36 22 14
ESTRELA DA SAUDE 24 16 20 9 6 5 36 29 7
GUARATINGUETÁ 22 18 20 10 2 8 48 32 16
INTERNACIONAL (LIM) 19 21 20 7 5 8 37 42 -5
BRAGANTINO 17 23 20 7 3 10 34 33 1
UNIÃO (MOG) 17 23 20 8 1 11 35 47 -12
FERROVIÁRIA (BOT) 16 24 20 6 4 10 27 53 -26
10º AVENIDA 12 28 20 3 6 11 32 48 -16
11º BOTUCATUENSE 9 31 20 3 3 14 24 60 -36
JOGOS REALIZADOS 110
GOLS ASSINALADOS 414
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,8

Classificados: São Bento e Paulista

Série B

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
AMÉRICA 28 0 14 14 0 0 43 7 36
CORINTHIANS (PP) 17 11 14 7 3 4 26 21 5
PRUDENTINA 14 14 14 6 2 6 23 27 -4
RIO PRETO 13 15 14 6 1 7 20 19 1
GARÇA 13 15 14 6 1 7 25 25 0
TUPÃ 10 18 14 4 2 8 17 27 -10
TANABI 9 19 14 4 1 9 14 29 -15
MARÍLIA 8 20 14 3 2 9 10 24 -14
JOGOS REALIZADOS 56
GOLS ASSINALADOS 178
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,2

Classificados: América e Corinthians (PP)

Série C

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
TAQUARITINGA 36 8 22 16 4 2 55 22 33
CATANDUVA 31 13 22 13 5 4 45 23 22
BARRETOS 26 18 22 11 4 7 49 39 10
BANDEIRANTES 24 20 22 10 4 8 42 39 3
JABOTICABAL 22 22 22 8 6 8 32 35 -3
COMERCIAL (RP) 21 23 22 8 5 9 35 37 -2
INTERNACIONAL (BEB) 20 24 22 7 6 9 32 36 -4
FRANCANA 20 24 22 8 4 10 39 35 4
SANJOANENSE 19 25 22 7 5 10 33 50 -17
JOGOS REALIZADOS 72
GOLS ASSINALADOS 362
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 5,0

A AD Araraquara fez parte desse grupo e acabou desistindo da competição na 2ª rodada do returno.

Classificados: Taquaritinga e Catanduva

O “Torneio dos Finalistas” apresentou a seguinte classificação:

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
AMÉRICA 14 6 10 6 2 2 23 9 14
SÃO BENTO (SOR) 12 8 10 6 0 4 20 16 4
CATANDUVA 11 9 10 5 1 4 14 11 3
TAQUARITINGA 11 11 10 5 1 5 15 15 0
CORINTHIANS (PP) 8 12 10 4 0 6 18 23 -5
PAULISTA (JUN) 4 16 10 2 0 8 9 25 -16
JOGOS REALIZADOS 30
GOLS ASSINALADOS 99
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,3

Jogo que decidiu o título:

América 6 x 1 São Bento

Este jogo foi pela penúltima rodada do “Torneio dos Finalistas” e foi marcado por muita expectativa. O jogo da ida foi muito tumultuado, onde a torcida sorocabana hostilizou o tempo todo o árbitro da partida e o então presidente da FPF, João Mendonça Falcão que veio para assistir o jogo e tentar acalmar os sorocabanos que se julgavam perseguidos. Os americanos prometeram revide no jogo da volta.

Data: 22/12/1957

Local: Estádio “Mário Alves de Mendonça” em São José do Rio Preto

Árbitro: Stefan Walter Glanz

Renda: Cr$ 280.000,00 (aproximadamente)

Gols: Oscar (2), Dozinho (2), Leal (2) para o América.

Periquito para o São Bento.

América: Vilera; Xatara e Fogosa; Adésio, Bertolino e Ambrósio; Cuca, Leal, Dozinho, Vidal e Urias. Técnico: João Avelino Gomes.

São Bento: Ceci; Julião e Arnaldo; Zezinho, Cornélio e Escurinho; Joel, Raimundinho, Benedito, Periquito e Nelsinho. Técnico: Rui Alves de Souza (1922-?).

Ocorrência: a partida ficou paralisada durante 50 minutos devido ao temporal que desabou sobre o estádio.

Campanha do Campeão

1ª fase – Série B

1º turno 2º turno

28/04/57: América 2 x 1 Rio Preto                     14/07/57: Rio Preto 0 x 1 América

12/05/57: Prudentina 1 x 2 América                   28/07/57: América 3 x 0 Prudentina

19/05/57: América 4 x 1 Garça                            4/08/57: Garça 1 x 3 América

16/06/57: Marília 0 x 2 América                            1/09/57: América 5 x 0 Marília

23/06/57: Tupã 0 x 2 América                              8/09/57: América 3 x 0 Tupã

30/06/57: América 8 x 1 Tanabi                          15/09/57: Tanabi 0 x 2 América

07/07/57: América 3 x 1 Corinthians (PP)           29/09/57: Corinthians (PP)1 x 3 América

Torneio dos Finalistas

1º turno                                                              2º turno

27/10/57: Catanduva 2 x 2 América                      1/12/57: América 1 x 0 Catanduva

3/11/57: América 1 x 0 Taquaritinga                   8/12/57: Taquaritinga 2 x 1 América

10/11/57: Paulista 1 x 3 América                       15/12/57: América 4 x 0 Paulista

17/11/57: São Bento 1 x 0 América                    22/12/57: América 6 x 1 São Bento

24/11/57: América 2 x 0 Corinthians                   29/12/57: Corinthians 2 x 3 América

Balanço Geral: Jogos: 24; Vitórias: 21; Derrotas: 2; Empates: 1; Gols marcados: 66; Gols sofridos: 16; Saldo: 50.

Equipe base do campeão

Vilera; Xatara e Fogosa; Adésio, Bertolino e Ambrósio; Cuca, Leal, Dozinho, Vidal e Urias. Também jogaram: Paulo, Walter, Paquetá, Hudson, Aldo, Colada e Oscar. Técnico: João Avelino Gomes (1928-2006).

Destaques: Vilera com grandes atuações foi considerado o melhor goleiro do campeonato; Adhemar da Silva Xatara (1930-1998), Osvaldo Bertolino (1935), Fogosa (? – 1981) e Benedito Ambrósio (1937-) formavam uma linha de zagueiros mais do que eficientes. João Leal Neto (1937-), meio campista clássico transferiu-se mais tarde para o São Paulo; Luís Rocha Ribeiro (1934-), o Cuca, rápido e habilidoso. Dozinho, o goleador da equipe. Urias, o Orias Alves de Souza (1932-1998), ponteiro esquerdo habilidoso, mais tarde se transferiria para o Palmeiras.

Curiosidades

  • Artilheiro máximo do campeonato: Raimundinho (São Bento) com 28 gols;
  • Outros goleadores: Laerte (Taquaritinga): 24 gols, Dozinho (América): 23, e Osmar (Taquaritinga): 22; Pim (Radium): 17 gols;
  • Goleiros mais vazados na primeira fase:

Paulo (Fortaleza): 50 gols, Santão (Comercial): 43 gols, Dudizio (Radium): 39 gols, Bianco (Ferroviária – Botucatu): 37 gols, Miguel (União – Mogi): 35 gols;

  • Goleiros menos vazados na primeira fase: Vilera (América): 7 gols; Toninho (Rio Preto): 14; Walter Jorge (São Bento): 15 gols; Mão de Onça (Ituano): 22;
  • Maior goleada do campeonato: Guaratinguetá 8 x 0 Botucatuense, em 7/7/1957;
  • Equipes que se destacaram:

São Bento: Walter Jorge (Ceci); Julião e Domingos (Arnaldo); Zezinho (Bauer), Cornélio e Escurinho (Botequia); Reis (Sampaio), Raimundinho, Rodriguinho (Benedito), Periquito (Joel) (Osvaldinho) e Nelsinho. Técnico: Moacir Alves dos Santos e depois Rui Alves de Souza;

Catanduva: Badê; Can-Can (Loca) e Barros; Wilse, Cativeiro (Barcelona) e Luís Valente; Paulinho, Graciano (Luisinho), Nininho (Zé Carlos), Gaúcho (Camilo) e Alípio (Tijolinho);

Taquaritinga: Acosta (Odace) (Darci); Jamil e Atílio (Ditinho); Gioconda, Eraldo (Mário) e Nascimento (Monte); Paraguaio (Eduardinho), Laerte (Carlito), Brotério (Ceci), Osmar e Liquinho;

  • O Paulista armou uma boa equipe e no início da competição era favorita ao acesso. Na primeira até que foi bem, sendo o vice-campeão de seu grupo e na fase final faltou “gás”, o time base era esse: Sérgio (Sidnei); Mindo (Jaú) e Martinelli (Negro); Alvair, Pé de Valsa e  Bonfiglio (Alcides) (Dirceu), Castelo (Chiquinho), Tito, Juarez, Lero (Chico) e Moacyr (Paulistinha);
  • José Carlos Bauer (1925-2007), consagrado jogador do S. Paulo, cognominado de “Monstro do Maracanã”, sendo considerado um dos melhores jogadores do Mundial de 50, jogou algumas partidas pelo São Bento nesse ano;
  • Antonio Machado de Oliveira (1924-?), o Pé de Valsa, jogou com relativo sucesso no Fluminense e São Paulo. Praticamente encerraria a carreira no Paulista;
  • O ataque do S. Bento foi o mais efetivo do campeonato totalizando 80 gols. Vale a pena relembrar a linha de ataque e os respectivos gols: Reis (9), Raimundinho (28), Rodriguinho (11), Periquito (4) e Nelsinho (5);
  • Nélson Nunes (1926-?) o Nelsinho (São Bento), era sobrinho de Manuel Nunes (1895-1977) o Neco, maior jogador da história do Corinthians. Como o tio, atuou vários anos pela equipe mosqueteira;
  • O goleiro Mão de Onça (Ituano), aliás Durval de Moraes (1931-), ficaria famoso defendendo o Juventus naquele que foi o jogo em que Pelé marcou, segundo ele, o gol mais bonito de sua carreira. O jogo aconteceu no dia 2/8/1959 e valia pelo campeonato da primeira divisão;
  • A invencibilidade do América de 17 partidas foi quebrada pelo São Bento, que por sinal, foi a mesma equipe que também interrompeu a série invicta do Botafogo no ano anterior;
  • 22/12/57 – o Jogo do Capeta

Essa data sempre será lembrada pela equipe do América, pois nesse dia ao vencer o São Bento, o América se sagraria campeão do Acesso. Raimundo Pereira dos Santos (1938-2007), o Raimundinho começou a jogar no Santos, atuou também pela Ferroviária (1966), Paulista (1968) e Saad (1971) e nos deu o seguinte depoimento:

“Era uma partida decisiva para nós, pois estávamos a um ponto do América e era a penúltima rodada. O pessoal do América estava conosco entalado na garganta e com certeza iriam nos dar muito trabalho.

No jogo do turno em Sorocaba nós acabamos vencendo num jogo tumultuado. O João Mendonça Falcão, na época presidente da FPF, veio para “prestigiar” o América e acabou sendo agredido por um diretor nosso. A nossa torcida reagiu muito mau devido a presença dele no estádio. Logicamente que não receberíamos flores em Rio Preto.

Chegamos num vôo da VASP, especialmente fretado e percebemos que a “barra” não ia ser fácil na recepção do aeroporto – nenhum carro de praça quis nos levar até o hotel.

Conseguimos nos dirigir até o hotel onde não nos deixaram descansar.

Fazia uma tarde ensolarada, de repente, poucos minutos antes do início do jogo o que se viu foi a formação de uma grande nuvem escura prenunciando a chegada de uma tempestade..

Iniciada a partida, um verdadeiro dilúvio desabou. O vento era muito forte e presenciei telhas sendo arremessadas contra os torcedores. Com 30 minutos o jogo foi interrompido. Houve inundação do estádio, a geral foi abaixo e parte da arquibancada ruiu. Foram socorridas mais de 50 pessoas que apresentavam diversos ferimentos, depois de 50 minutos de paralisação o cotejo foi reiniciado.

Psicologicamente estávamos arrasados e o América…, bem eles jogaram e nos é que não entramos em campo e o resultado foi uma sonora goleada por 6 x 1″;

  • Revelação do campeonato: Raimundinho (São Bento).

America 57

Em pé da esquerda p/ direita: Ambrósio, Bertolino, Aldo, Fogosa, Vilera, Xatara e Gregório Santos.

Agachados na mesma ordem: Cuca, Leal, Dozinho, Oscar e Urias.

Trabalho inédito que contou com a colaboração do Júlio Diogo.

História do Campeonato de Acesso Paulista – Cap. X

1956: Deu Pantera!

O Botafogo FC, também carinhosamente chamado de “Pantera da Mogiana”, foi o grande campeão da 2ª Divisão. O número de participantes “saltou” para 32 equipes, o CA Ituano foi alçado à 2ª Divisão, pois venceu o campeonato da 3ª Divisão no ano anterior e houve uma mudança nos critérios para a classificação das cidades. Ficariam aptas aquelas que tivessem 40.000 habitantes. Infelizmente o velho “marechal” teve que disputar novamente a terceirona e com méritos, alcançou o acesso.

Os times foram divididos em quatro séries, onde as equipes jogavam dentro de seus grupos. Classificavam-se para a 2ª fase as duas melhores equipes de cada grupo. O Campeonato iniciou-se em Agosto e se estendeu até Fevereiro de 1957.

A 1ª Fase teve a seguinte classificação:

Série Cafeeira

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
BOTAFOGO 26 2 14 12 2 0 42 13 29
FRANCANA 17 11 14 6 5 3 19 17 2
RADIUM 14 14 14 5 4 5 33 28 5
BANDEIRANTES 14 14 14 5 4 5 24 27 -3
BATATAIS 11 17 14 4 3 7 20 23 -3
INTERNACIONAL (LIM) 11 17 14 4 3 7 23 36 -13
SANJOANENSE 10 18 14 3 4 7 18 22 -4
FORTALEZA 9 19 14 4 1 9 20 31 -11
JOGOS REALIZADOS 56
GOLS ASSINALADOS 176
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,1

Classificados: Botafogo e Francana

Série Algodoeira

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
CATANDUVA 21 7 14 9 3 2 33 13 20
AMÉRICA 20 8 14 9 2 3 33 24 9
TAQUARITINGA 19 9 14 9 1 4 29 20 9
MARÍLIA 16 12 14 7 2 5 30 20 10
GARÇA 15 13 14 5 5 4 26 19 7
TUPÃ 9 19 14 3 3 8 21 33 -12
PRUDENTINA 8 20 14 3 2 9 22 35 -13
FERROVIÁRIA (BOT) 4 24 14 1 2 11 8 37 -29
JOGOS REALIZADOS 56
GOLS ASSINALADOS 181
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,2

Classificados: Catanduva e América

Série Pecuária

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
INTERNACIONAL (BEB) 21 7 14 10 1 3 38 11 27
COMERCIAL (RP) 20 8 14 9 2 3 31 17 14
CORINTHIANS (PP) 15 13 14 7 1 6 27 26 1
RIO PRETO 14 14 14 5 4 5 24 23 1
BARRETOS 13 15 14 4 5 5 28 28 0
ARARAQUARA 13 15 14 5 3 6 22 29 -7
JABOTICABAL 9 19 14 3 3 8 20 33 -13
VELO CLUBE 5 23 14 2 1 11 19 42 -23
JOGOS REALIZADOS 56
GOLS ASSINALADOS 187
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 3,3

Classificados: Internacional e Comercial

Série Industrial

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
PAULISTA 20 8 14 9 2 3 30 15 15
SÃO BENTO 20 8 14 8 4 2 30 14 16
ESPORTIVA 16 12 14 6 4 4 26 19 7
ESTRELA DA SAUDE 15 13 14 6 3 5 22 22 0
BRAGANTINO 14 14 14 5 4 5 24 25 -1
ITUANO 10 18 14 4 2 8 18 21 -3
UNIÃO 9 19 14 3 3 8 18 36 -18
CORINTHIANS (SA) 8 20 14 1 6 7 12 29 -17
JOGOS REALIZADOS 56
GOLS ASSINALADOS 162
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 2,9

Classificados: Paulista e São Bento

O “Torneio dos Finalistas” apresentou a seguinte classificação:

Grupo A

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
BOTAFOGO 9 3 6 4 1 1 14 7 7
SÃO BENTO 8 4 6 3 2 1 17 5 12
CATANDUVA 4 8 6 1 2 3 8 18 -10
FRANCANA 3 9 6 1 1 4 6 15 -9
JOGOS REALIZADOS 20
GOLS ASSINALADOS 45
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 2,3

Grupo B

Colocação CLUBES PG PP J V E D GP GC S
PAULISTA 7 5 6 3 1 2 14 10 4
AMÉRICA 7 5 6 3 1 2 11 11 0
COMERCIAL (RP) 5 7 6 2 1 3 11 11 0
INTERNACIONAL (BEB) 5 7 6 1 3 2 7 11 -4
JOGOS REALIZADOS 20
GOLS ASSINALADOS 43
MÉDIA DE GOLS POR JOGO 2,2

Campeão: Paulista, após eliminar o América.

A final foi decidida em três jogos e o Botafogo sagrou-se campeão.

Jogo que decidiu o título

Botafogo 1 x 0 Paulista

Data: 10/02/1957

Local: Parque Antártica em São Paulo

Árbitro: Ariovaldo Pereira dos Santos

Gol: Dicão

Botafogo: Machado; Fonseca e Benedito Julião; Mário, Dicão e Gil; Noca, Moreno, Ponce, Neco e Guina. Técnico: José Guillermo Agnelli

Paulista: Nicanor; Peter e Nego; Alvair, Barizon e Pando; Dorival, Bazão, Osvaldinho, Benê e Paulistinha. Técnico: Artur Zomignani, o Arturzinho,

Campanha do Campeão

1ª fase – Série Cafeeira

1º turno 2º turno

12/08/56: Botafogo 3 x 0 Internacional (L)           07/10/56: Internacional (L) 1 x 3 Botafogo

19/08/56: Sanjoanense 2 x 4 Botafogo                14/10/56: Botafogo 5 x 1 Radium

26/08/56: Botafogo 2 x 1 Francana                     21/10/56: Batatais 1 x 4 Botafogo

02/09/56: Botafogo 5 x 1 Fortaleza                     01/11/56: Botafogo 2 x 1 Sanjoanense

09/09/56: Radium 2 x 2 Botafogo                       04/11/56: Botafogo 5 x 1 Bandeirantes

16/09/56: Botafogo 2 x 0 Batatais                      11/11/56: Francana 1 x 1 Botafogo

23/09/56: Bandeirantes 0 x 1 Botafogo               15/11/56: Fortaleza 1 x 3 Botafogo

2ª fase – Torneio dos Finalistas

1º turno 2ª fase

02/12/56: Botafogo 2 x 0 São Bento                   23/12/56: Botafogo 4 x 2 Catanduva

09/12/56: Catanduva 2 x 2 Botafogo                   06/01/57: São Bento 2 x 0 Botafogo

16/12/56: Francana 1 x 2 Botafogo                     13/01/57: Botafogo 4 x 0 Francana

Finais

27/01/57: Botafogo 1 x 0 Paulista

03/02/57: Paulista 3 x 1 Botafogo

10/02/57: Botafogo 1 x 0 Paulista

 

Balanço Geral: Jogos: 23; Vitórias: 18; Derrotas: 2; Empates: 3; Gols marcados: 59; Gols sofridos: 23; Saldo: 36.

Equipe base do campeão

Machado; Sula e Benedito Julião; Wilsinho, Dicão e Gil; Noca, Moreno, Neco, Amorim e Guina.

Também atuaram: Garito, Fonseca, Gonçalves, Mário, Oscar, Ponce, Paulinho, Fernando e Bernardi. Técnico: José Guillermo Agnelli.

Destaques: Galdino Machado (1934-), o melhor goleiro do campeonato, foi muito útil ao Botafogo.

Benedito Julião (1932-?) formou uma “muralha” junto com Gederval Bastos (1925-?), o Sula, antigo defensor do Corinthians. Osvaldo Yembo (1931-?), o Dicão, não só pelo gol histórico, mas também pela sua garra e disposição. Seria campeão paulista pelo Palmeiras em 1959. Neco, organizador e articulador das jogadas do ataque. Jogaria no São Paulo em 1959. José Ponciano Amorim (ex Palmeiras) e Augusto Henrique Miguel (1928-?), o Moreno (ex Corinthians), juntos fizeram 26 gols dos 59 assinalados.

Curiosidades

  • Artilheiro máximo do campeonato: Joel (São Bento) com 24 gols, sendo 11 no Torneio dos Finalistas;
  • Outros goleadores: Amorim (Botafogo), Dozinho e Lero (América) e Osvaldinho (Paulista): 14 gols, Mairiporã (Comercial): 13 gols, Osvaldo (Bragantino) e Alemão (Barretos): 12 gols;
  • Goleiros mais vazados na primeira fase:

Galvani (Ferroviária – Botucatu): 28 gols; Antoninho (Corinthians – SA): 27 gols, Ubaldo (Prudentina): 24, Veludo (Araraquara): 23, Oscar (Bandeirantes): 22 gols;

  • Goleiros menos vazados na primeira fase:

Brazão (Internacional – Bebedouro): 9 gols, Badê (Catanduva) e Veneno (Taquaritinga): 13 gols, Mão de Onça (Ituano): 14 gols;

  • Joel (São Bento) igualou ao recorde de gols em jogos do Acesso. Foram 7 gols, assinalados na maior goleada do campeonato, São Bento 8 x 0 Catanduva em 13/01/57;
  • Equipes que se destacaram:

Paulista: Nicanor (Celso); Piter (Jaú) e Negro (Martinelli); Barizon, Belmiro (Godê) e Pando (Petronilho); Dorival, Alvair (Bazão) (Larry), Oswaldinho (Maravilha), Benê (Arturzinho) e Paulistinha. Técnico: Artur Machado Zomignani;

América: Loirinho (Hugo) (Edson) (Paulo); Cinzeiro e Fogosa; Aldo, Bertolino e Xatara (Ambrósio); Colada (Cuca), Dozinho, Nilsinho (Tam), Lero e Urias. Técnico: João Avelino;

São Bento: Walter Jorge (Ceci); Julião e Domingos (Cidoca); Otávio, Lanzudo e Escurinho (Sergio); Reis, Joel, Rodriguinho (Benedito), Periquito (Ubirajara) e Mickey (Cilno). Técnico: Moacir dos Santos (1923-?);

  • Seleção do Campeonato da primeira fase, segundo o semanário “O Mundo Esportivo”:

Brazão (Internacional – Bebedouro); Julião (São Bento) e Wander (Internacional – Bebedouro); Wilse (Catanduva), Barison (Paulista) e Bié (Comercial); Noca (Botafogo), Mairiporã (Comercial), Lero (América) e Urias (América);

  • O Botafogo permaneceu 18 jogos sem perder e ganhou por isso a “Taça dos Invictos”, ofertada pela “A Gazeta Esportiva”;
  • Antonio Francisco (1920-1997), o Nininho (Catanduva) é o terceiro artilheiro da história da Portuguesa de Desportos. Nininho também defendeu a Seleção Brasileira;
  • Renato Violani (1922-2000) (Estrela da Saúde) havia jogado no Juventus, Palmeiras e fez parte junto com Nininho, da excelente equipe da Portuguesa de Desportos que venceu o Rio São Paulo de 1952; O técnico era o João Atalla (? – 1994) que por muitos anos foi responsável pelo departamento técnico da FPF;
  • Eduardo Lima (1920-1973) (União de Mogi) foi o “garoto de ouro” do Palmeiras – jogou de 1938/1954, fazia duplo papel em sua equipe: era jogador e técnico;
  • Oswaldo Buzzone (1924-?), o Oswaldinho (Paulista) havia defendido o Palmeiras por quatro anos, passou depois rapidamente pela Portuguesa de Desportos e praticamente encerrou a sua gloriosa carreira no Paulista;
  • Artur Machado Zomignani (1918-?), o Arturzinho (Paulista) atuou em alguns jogos como jogador e depois como técnico da sua equipe;
  • Albino Friaça Cardoso (1924-2009) (Ituano), havia defendido anteriormente o Vasco da Gama, São Paulo e Seleção Brasileira;
  • Benny Guagliardi (1937-), o Beni (Rio Preto), jogou no Corinthians, Ferroviária e foi campeão da Libertadores da América pelo Indepediente (Argentina) em 1964;
  • José Guillermo Agnelli (1912-1998), treinador do Botafogo fez uma carreira profícua nas equipes do interior. Conseguiu vencer rivalidades, orientando o Botafogo ou Comercial. Também teve uma passagem brilhante pela Ferroviária;
  • A defesa do Fortaleza era uma verdadeira peneira. Os goleiros Maomé e Sanhaço tomaram 16 e 15 gols respectivamente;
  • Revelações do campeonato: Candão (Comercial), Paulistinha (Paulista) e Cassiano (Sanjoanense).

Botafogo 56

Em pé da esq. p/ direita: Machado, B. Julião, Fonseca, Dicão, Mário e Gil.

Agachados na mesma ordem: Noca, Moreno, Ponce, Neco, Guina e Mascaro.

Trabalho inédito que contou com a colaboração do Júlio Diogo