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Escudo e uniforme de 1910: Sport Club Rio Grande – Rio Grande (RS)

Por Sérgio Mello

O Sport Club Rio Grande é uma agremiação do município do Rio Grande, situado no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul. A localidade, segundo a estimativa do censo do IBGE de 2021, conta com uma população de 191.900 habitantes. Fica a 317 km da capital de Porto Alegre.

O “Vovô” foi Fundado na quinta-feira, do dia 19 de julho de 1900, por Alfredo Kladt, Amadeu Schmidt, Arthur Cecil Lawson, Boje Schmidt, Carlos Bornhorst Filho, Gustavo Poock Júnior, Henrique Buhle, J. Minnemann, Manoel E. Castro, Max Bornhorst, Oscar Schmidt e R. Kladt. As suas cores são o verde, vermelho e amarelo, em referência à bandeira do estado do Rio Grande do Sul.

O 1º Presidente foi o Sr. Rodolpho Dieticker, que governou por quatro mandatos (1900, 1901, 1903 e 1903). A sua Sede fica localizada na Rua General Bacelar, nº 197, no Centro do Rio Grande/RS. Já o Centro Esportivo Denis Lawson (Estádio Arthur Lawson) fica na Avenida Itália, nº 1.815, na Vila Trevo, no Rio Grande/RS

S.C. Rio Grande: O clube mais antigo do Brasil!

O clube foi registrado na Confederação Brasileira de Desportos (CBD), o clube de futebol mais antigo do Brasil, em 22 de julho de 1975, o Almirante Heleno Nunes enviou o Ofício nº PRE(SAD) 7111, confirmado pelo Ofício PRE(SAD) 7281, com o seguinte teor:

Em adiantamento ao nosso Ofício 7111 de 22 do corrente, informamos V.S. ter sido anotado, nos registros da Confederação Brasileira de Desportos, que o Sport Club Rio Grande é o clube de futebol mais antigo do Brasil. Por outro lado, comunicamos que foram arquivados todos os documentos enviados por V.S. comprovando o fato.”

Em 28 de Julho de 1975, a Extinta Confederação Brasileira de Desportos (CBD), sucedida pela atual CBF, envia Oficio Pré (SAD) nº 7281, informando que o clube foi anotado como clube de futebol MAIS ANTIGO DO BRASIL, assinado pelo Pres. Heleno de Barros Nunes e Pres. Do S. C. Rio Grande Jorge Numa.

Outra marca importante: o clube foi considerado de Utilidade Pública Municipal pela Lei nº 1.979, de 25/11/1968 e considerado Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul pela Lei 12.225, de 05/01/2005.

Estádio das Oliveiras e Arthur Lawson

No domingo, do dia 20 de Novembro de 1904 o Sport Club Rio Grande adquire da Intendência Municipal, por concorrência pública, no valor de Cr$ 1.200,00 (mil e duzentos), um terreno para construir a Praça de Esportes localizada na Av. Buarque de Macedo.

Presidido por Arthur C. Lawson, no domingo, do dia 03 de Julho de 1910, foi construído o 1º Pavilhão Social do futuro Estádio, na ocasião foi disputado um jogo inaugural, onde o S. C. Rio Grande venceu o Sport Club Pelotas pelo placar de 3 a 2.

Em 1911, foi concluída a construção do Estádio das Oliveiras. As instalações originais do 1º Pavilhão Social do Estádio foram destruídas num grande incêndio, sinistro datado na quinta-feira, do dia 13 de setembro de 1934.

O 2º Pavilhão foi então erguido, e teve inauguração na segunda-feira, do dia 19 de julho de 1948, em ato cerimonial comemorativo alusivo aos 48 anos de existência do Clube, que na ocasião era presidido pelo Sr. Ernani R. Lages.

O ​Estádio Arthur Lawson, com Capacidade para 4.661 pessoas, foi inaugurado no sábado, do dia 31 de Agosto de 1985, na derrota para o Grêmio Santanense por 5 a 2. O técnico foi o ex-atacante Nandinho. O árbitro da FGF foi o riograndino Aimoré Silva.

Primeiro gol do estádio, jogador do Grêmio Santanense João Pedro. O 1º gol do S.C.R.G., foi assinalado por Baltazar. Era presidente Nelton V.P. Feijó. Jogo válido pelo Campeonato Gaúcho da 3ª Divisão de 1985.

História da fundação do S.C. Rio Grande

Os primeiros movimentos que redundaram na fundação do clube, começam no final do século retrasado e alvorecer do século passado, eis os fatos: A humanidade vivia em clima de paz e de otimismo na velha Europa, uma espécie de coexistência pacifica entre as três potências econômicas da época: Alemanha, Inglaterra e França.

Havia muita euforia no mundo, com a expansão acelerada da economia e com novas descobertas. Germinavam novas ideias e novos ideais, no campo do direito, na economia e na sociologia.

Os três gigantes dividiam um mercado próspero e ávido em todos os continentes. O Brasil tinha 11 anos de república e seus portos se agitavam em comércio intenso com o exterior. A cidade de Rio Grande, berço da civilização Rio Grandense, estrategicamente situada no extremo meridional do Estado do Rio Grande do Sul era inebriada por intensa atividade portuária e fabril.

Falava-se em pé de igualdade, o Alemão, o Francês e o Inglês com a Língua Portuguesa. A Sociedade local, era cosmopolita e isto influência as artes, as letras e a cultura em modo geral. As maiores companhias teatrais da época, tinham passagem obrigatória em Rio Grande, oriundas do velho continente. Os clubes fechados, reuniam os nacionais de cada país.

Surgiram clubes Alemães, Ingleses, como os tradicionais Clube do Comércio e Clube de Regatas Rio Grande. O “Sport” na Europa surgiria numa modalidade viril que vinha se tornando o encanto da juventude. Era o “Foot Ball”, disputa que exigia muita coragem dos competidores. A notícia chegou rápida, e nesse ambiente, um grupo de jovens de 20 a 25 anos, resolveram se reunir para organizar um Clube esportivo que viesse a difundir no solo Pátrio, a atraente modalidade.

Foi quando o jovem alemão JOHANNES CHRISTIAN MORITZ MINNEMANN nascido em Hamburgo em 17 de julho de 1875, reuniu alemães, ingleses, portugueses e brasileiros, com o fito de fundar um Clube, nos escritórios da extinta firma THONSEN & Cia., JOHANES MINNEMANN, além de fundador, foi orador, secretário, guarda esportes e atleta, e conseguiu projetar e realizar a fundação do Sport Club Rio Grande.

Ele estava a pouco tempo no Brasil e ainda dominava muito mal o vernáculo. Como secretário do grupo fundador, ajudou a redigir os documentos iniciais no mais puro alemão. Razão pela qual os registros da fundação do Clube estão escritos neste idioma, em caracteres góticos.

O entusiasmo de Minnemman era contagiante. Assim programada a reunião inicial marcada para o sábado, do dia 14 de Julho de 1900, com início às 20h30min., sendo escolhido o local da “Casa dos Atiradores” também conhecido pelo nome germânico de “Tiro Alemão“.

A convocação era também para um “match”, que seria realizada na mesma manhã, entre às 9 e 10h30min., com a participação das equipes A e B. Prova-se assim, com este documento oficial, que já se praticava o esporte bretão, nos campos da cidade do Rio Grande.

Entretanto não foi ainda no dia 14 de Julho de 1900, a lavratura da ata de fundação. Foi marcada então nova data. Seria uma terça-feira, dia 17 de julho, na sede do Clube Germânia, no prédio situado a rua Benjamim Constant esquina Conde de Porto Alegre, atualmente mais recentemente conhecida como ‘Sociedade Cruzeiro do Sul’, alteração sofrida em 1952, ao reabrir suas portas, fechadas com a eclosão da II Guerra Mundial em 1943.

O Clube Germânia, fundado em 1863, era á época, uma sociedade chamada fechada, privada a alta sociedade Alemã e aos seus familiares. Assim na noite de 17 de Julho de 1900, houve um protesto de um dos associados, que não concordava com a concessão da Sede para realização de uma reunião que também congregava elementos de outras raças.

Foi preciso um esforço intenso dos interessados de nacionalidade alemã para a realização da reunião no sentido de contornar o impasse, sendo finalmente a mesma sido realizada na quinta-feira, do dia 19 de julho de 1900, no referido Clube Germânia, quando foi fundado o Sport Club Rio Grande.

Dessa reunião existe até hoje o texto do discurso pronunciado por Johannes Minnemann, em língua alemã. Estavam presentes à reunião, os cidadãos de diversas nacionalidades, que assinaram a Ata de Fundação:

R. Schwamerkurg     –     R. Kladt     –     R. Dietiker     –     S. W. Robinson     –     M. E. Castro     –     R. BernittO. Bernitt     –     N. Benz     –     E. Kunz     –     C. Nieckels     –     F. Reimar     –     H. Volkers     –     G. KladtM. Bornhorst     –     E. Lohmann     –     J.C.M. Minnermann     –     Walter Gerdau     –     Boje SchmidtArthur Cecil Lawson     –     William R. Ashlin     –     Henrique Buhle     –     O. Bernitt.

Cores do clube

Na sexta-feira, do dia 12 de julho de 1901, foi realizado uma Assembleia Geral, ficando na ocasião estabelecido, que as cores do clube seriam as mesmas da Bandeira Rio-grandense: verde, vermelho e amarelo.

Diga-se de passagem, que a história do futebol está intimamente a pessoa de Charles Miller, nascido em São Paulo, em 24 de Outubro de 1874. Estudou no Reino Unido, retornando ao Brasil em 18 de Fevereiro de 1894. Foi neste ano que introduziu a prática do futebol no seu clube, São Paulo Athletic Club, que tinha como principal atração o “Cricket“.


Os pioneiros do futebol nacional

1894São Paulo Athletic Club – São Paulo (Clube de “cricket” onde CHARLES MILLER, um de seus sócios, introduziu o futebol no Estado de São Paulo. O Clube fechou o futebol no início do século, voltando às atividades sociais e esportivas, para as quais foi fundado).
1898A.A. Mackenzie College – São Paulo (departamento de futebol extinto).
1899Sport Club Internacional – São Paulo (extinto).
1899S.C. Germânia – São Paulo (departamento de futebol extinto).
1900Sport Club Rio Grande – Rio Grande/RS (Clube de Futebol Mais Antigo em Atividade inimterrupta, fundado em 19/07/1900).
1900Associação Atlética Ponte Preta – Campinas/SP (fundado em 11/08/1900).
190214 de Julho – Santana do Livramento/RS (fundado em 14/07/1902).
1902Fluminense Foot Ball Club – Rio Janeiro/RJ (fundado em 21/07/1900).
1903Esporte Clube Vitória – Salvador/BA (fundado em 13/09/1903).
1903Grêmio Foot Ball Porto Alegrense – Porto Alegre/RS (fundado em 15/09/1903).

Curiosamente dos Precursores, restaram como Mais Antigo, o nosso Sport Club Rio Grande de 19/07/1900 e como segundo mais antigo a Ponte Preta, fundada em Agosto do mesmo ano. Os demais foram tragados pelo tempo ou retornaram a suas atividades esportivas iniciais, embora tenham sido fundados anteriormente.

1º jogo do Sport Club Rio Grande

​A primeira partida contra equipes externas, foi no ano da fundação, contra os marinheiros do navio inglês “NYMPH” que visitava a cidade. Terminou em empate de 2 a 2 . Na época, o Sport Club Rio Grande, possuía duas equipes, “A” e “B“.

TIME “A”: Artur Lawson, Barthgen, A. Kladt, Schimidt, Bonhorst, Buhle, Poock, Trail, Robinson, Minnemmann e Legeren

TIME “B”: G. Kladt, R. Bernitt, Stewart, Benz, Dietiker, R. Kladt, Gerdau, Darlsy, Volckers, Ernst e Castro.

​Primeiros jogos internacionais

A partir daí, passou a fazer diversas apresentações pelo estado do Rio Grande do Sul. Em 1901 lançou o futebol em Pelotas/RS, 1903 em Porto Alegre, em festividade memorável para os porto-alegrenses. Em 1906 foi fazer a sua demonstração na cidade de Bagé/RS.

Foi ainda o primeiro clube brasileiro, a realizar uma partida internacional, em 1910 contra o Clube Atlético Estudiantes, da Argentina e em 1911 contra a Seleção Uruguaia. Em 1912 contra o “scratch” Paulista. Em 1919, contra a Seleção Argentina.

Títulos em todas as divisões

​Em 2014, O Sport Club Rio Grande garantiu uma marca histórica no futebol gaúcho, com o título da Série B do Gauchão e é, juntamente com o Guarany Futebol Clube, da cidade de Bagé/RS, um dos únicos clubes do Rio Grande do Sul a conquistar o título de todas as Divisões estaduais, triunfando na Primeira Divisão em 1936, a Segunda Divisão em 1962 e a Terceira Divisão em 2014.

Atletas Riograndinos destaques que passaram pelo Clube:

Fruto – Atleta símbolo do Clube.

Scala e Neca – Ambos integrantes da Seleção Brasileira.

Alcindo Martha de Freitas (O Alcindo)Seleção Brasileira de 1966.

Toquinho, oriundo das categorias inferiores, brilhou no futebol paulista, Portuguesa de Desportos.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Moisés H G Cunha

FOTOS: Revista Trip (julho de 2003)

FONTES: Site do Sport Club Rio Grande – RAMOS, Miguel Glaser. SC Rio Grande – Centenário do futebol brasileiro. Rio Grande: Editora da FURG, 2000, 211 p. – Memorial JOHANNES CHRISTIAN MORITZ MINNEMAN – DACOSTA , LAMARTINE (ORG ). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. RIO DE JANEIRO: CONFEF  2006 , Artgo: Futebol em Rio Grande-RS, por: Leonardo Trápaga Abib – Revista GOOOL nº 77 ano 2000/edição histórica; S.C. Rio Grande

Amistoso Nacional de 1985: S.E.R. Santa Cruz, de Concórdia (SC) 0 X 7 Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (RS)

Por Sérgio Mello

A delegação do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense seguiu para Concórdia, às 13 horas, na terça-feira, do dia 30 de abril de 1985, em ônibus especial, num percurso de 441 km, com chegada na cidade por volta das 19h30min., do mesmo dia.

O técnico Rubens Minelli confirmou o time que treinou no coletivo na segunda-feira (29/04): “É o que temos de melhor no momento“. O Grêmio começa uma nova fase, reconhece. Uma etapa de jogos amistosos e treinos que deverão organizar o time para o Campeonato Gaúcho.

Porém, ele alerta: “Não podemos nos esquecer das excursões. Bons resultados nelas trazem vantagens ao clube, pois poderão ser marcadas novas viagens em outros anos”, revelou Minelli.

Aliás, o Grêmio embarca sexta-feira (03/05) para a primeira delas, com dois jogos marcados contra a Seleção do Peru e outros a serem confirmados. Muitos vão depender destes dois primeiros.

Para Renato Portaluppi, esse amistoso tem um sabor especial. Começam a falar em novas convocações para a Seleção Brasileira, e ele não perde a esperança: “Eu jogo sempre, é bom para mostrar as nossas condições“, diz.

Foto: Página no Facebook “História do Futebol de Santa Catarina”

No dia seguinte, feriado do “Dia do Trabalhador”, na tarde da quarta-feira, do dia 1º de maio de 1985, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense enfrentou a modesta Sociedade Esportiva e Recreativa Santa Cruz, no Estádio Domingos Machado de Lima (Capacidade para 5 mil pessoas), na Rua Dr. Maruri, nº 14, no Centro de Concórdia/SC.

No final, o Tricolor Gaúcho não encontrou dificuldades para golear o seu oponente pelo placar de 7 a 0. Os gols da partida foram assinalados por Caio Júnior e Osvaldo, com dois tentos cada; Renato Portaluppi, Cléber Gaúcho e Paulo César Magalhães, com um gol cada.

Palco do jogo: Estádio Municipal Domingos Machado de Lima, em Concórdia/SC

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Página no Facebook “História do Futebol de Santa Catarina” – Acervo do Tripadvisor

FONTES: Grêmiopedia – O Pioneiro (RS)

Confrontos do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense diante das Seleções Nacionais (1911-2024)

RAIO-X de todas as partidas do Grêmio contra Seleções nacionais, ao longo de sua história (1911-2024)

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense ao longo da sua história já entrou em campo para enfrentar seleções nacionais em 54 oportunidades. E, os números são favoráveis ao Tricolor Gaúcho, com um aproveitamento de 42,6% de vitórias: foram 23 vitórias (42,6%), 19 empates (35,2%) e 12 derrotas (22,2%); marcando 82 gols (média de 1,5 gol por partidas), sofrendo 65 tentos (média de 1,2 gol por partidas) e um saldo positivo de 17 gols.

Nesse percurso, o Grêmio teve como melhor desempenho uma invencibilidade de 14 jogos (1982-1993); enquanto a pior performance foi um jejum sem vitórias de seis partidas (1969-1980)

ANOSCLUBERESULTADOSPAÍSES
1911Grêmio0X3Uruguai
1916Grêmio2X1Federação Atlética do Uruguai
1949Grêmio2X1Guatemala
1949Grêmio2X0Guatemala
1949Grêmio5X3Guatemala
1949Grêmio4X0Guatemala
1949Grêmio1X1Guatemala
1949Grêmio4X1El Salvador
1949Grêmio4X0El Salvador
1949Grêmio2X1Honduras
1949Grêmio5X0Costa Rica
1953Grêmio3X3México
1956Grêmio0X0Argentina
1959Grêmio1X1Uruguai
1959Grêmio0X2Argentina
1961Grêmio1X0Grécia
1961Grêmio1X2Bulgária
1961Grêmio0X2União Soviética (URSS)
1962Grêmio0X1Bulgária
1962Grêmio0X4Bulgária
1962Grêmio5X2Romênia
1962Grêmio1X5União Soviética (URSS)
1962Grêmio0X3União Soviética (URSS)
1966Grêmio2X0União Soviética (URSS)
1968Grêmio1X1Romênia
1969Grêmio1X0Hungria
1969Grêmio0X3Peru
1969Grêmio1X1Peru
1975Grêmio0X1Uruguai
1976Grêmio2X2Uruguai
1977Grêmio1X1Uruguai
1980Grêmio1X1Uruguai
1981Grêmio3X2El Salvador
1981Grêmio2X0Honduras
1982Grêmio0X0Peru
1982Grêmio0X2Honduras
1982Grêmio1X1El Salvador
1982Grêmio2X1El Salvador
1984Grêmio1X0Argélia
1985Grêmio0X0Peru
1985Grêmio2X2Peru
1985Grêmio3X2Bolívia
1985Grêmio1X1Honduras
1985Grêmio4X1Honduras
1988Grêmio2X0Honduras
1988Grêmio2X0Honduras
1988Grêmio2X2Costa Rica
1992Grêmio1X1Guatemala
1992Grêmio1X1Honduras
1992Grêmio1X1Honduras
1993Grêmio1X0Irã
1993Grêmio0X2Irã
1994Grêmio1X0Tailândia
1994Grêmio0X0Nigéria

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense também enfrentou Combinados Internacionais, com um excelente aproveitamento de 71,4% de vitórias. Foram sete jogos, com cinco vitórias (71,4%), um empate (14,3%) e uma derrota (14,3%); 22 gols pró (média de 3,1 gols por partidas), cinco tentos contra (média de 0,7 gol por partidas) e um saldo de 17 gols.

ANOSCLUBERESULTADOSPAÍSES
1955Grêmio7X0Sel. Payssandu
1961Grêmio0X2Silésia
1961Grêmio1X1Cracóvia
1962Grêmio2X1Macedônia
1962Grêmio1X0Macedônia
1981Grêmio4X0Sel. Maldonado
1981Grêmio7X1Sel. Tegucigalpa 

Ao todo, somando essas duas listas (Seleções nacionais e combinados internacionais), o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense realizou 61 jogos, com 28 vitórias (45,9%), 20 empates (32,8%) e 13 derrotas (21,3%); marcando 104 gols (média de 1,7 gol por partidas), sofrendo 70 tentos (média de 1,2 gol por partidas) e um saldo positivo de 34 gols.

FONTE: Pesquisa de Adriano Marcel

Excursão de 1966: C.F. Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), onde disputou o Torneio Quadrangular de Belo Horizonte (MG)

O Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (Portugal), Fundado no dia 23 de setembro de 1919, comandado pelo técnico brasileiro Jorge Vieira veio para uma série de sete jogos, no Brasil, sem três jogadores convocados para disputar a Copa do Mundo na Inglaterra, em 1966: o goleiro José Pereira, o lateral direito Rodrigues e o zagueiro Vicente.

No Campeonato Português de 1965/66, o Belenenses terminou na 7ª colocação ao lado do Varzim, ambos com 25 pontos. O campeão foi o Sporting Lisboa, com 42 pontos, enquanto o Benfica ficou com o vice, com 41.

O clube luso embarcou rumo ao Brasil para um total de sete jogos, passando por seis estados (Nordeste, Sudeste e Sul): pelo Recife/PE, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS e Brasília/DF.  

Técnico Jorge Vieira

Clube português comandado por brasileiro desembarcou no Recife/PE  

A Delegação do Belenenses, desembargou no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, na manhã da quinta-feira, o dia 12 de maio de 1966, chefiada pelo dirigente Manuel Trindade; os dirigentes Fernando Cordeiro e Ernani Pinheiro; o treinador brasileiro Jorge Vieira; o massagista, João Silva; e mais 19 jogadores:

Gomes e Serrano (goleiros), Sá Pinto, Alberto Luís (ex-Portuguesa de Desportos/SP), Quaresma e Caneira (zagueiros); Carlos Pedro (ex-defensor do America/RJ), Santana, Cardoso (médios); Adelino, Pedras, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense), Estêves, Ramos, Alfredo, Pedroso, Simão (natural de Moçambique), Teodoro e Pereira (atacantes). O Benfica cedeu para essa excursão dois atletas: Santana, 30 anos, e Pedras, enquanto o Porto emprestou Valdir.

A delegação ficou hospedada no Hotel São Domingos, na Praça Maciel Pinheiro, no bairro de Boa Vista, no Recife/PE.

Uma curiosidade foi o ex-defensor do America do Rio, Carlos Pedro serviu de guia e ajudou os companheiros lusos a trocar de Escudos (moeda da época de Portugal) por Cruzeiros (moeda da época do Brasil), além de matar a saudade de nove meses do Guaraná e do cafezinho brasileiro.

Antes de desembarcar em Belo Horizonte/MG, o Belenenses realizou dois jogos em território brasileiro: no , derrota para o Santa Cruz, no Recife/PE (domingo, às 16 horas, do dia 15 de maio de 1966), por 2 a 1, no estádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE. Pelo jogo, o clube luso recebeu, livre de impostos, a cota de US$ 7 mil dólares (cerca de 15 mil cruzeiros).

EM PÉ (esquerda para a direita): Reginaldo, Nilton, Agra, Carlos, Norberto e Valter Serafim;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Josenildo, Terto, Manuel, Erandir e Fernando José.

SANTA CRUZ F.C. (PE)   2        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 15 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 8.496.000,00
PÚBLICO2.832 pagantes
ÁRBITROErilson Gouveia (FPF)
AUXILIARESAlécio Siqueira (FPF) e Louralber Monteiro (FPF)
SANTA CRUZVálter; Reginaldo, Nilton, Carlos e Norberto; e Agra e Terto; Uriel, Manuel, Erandir e Fernando José. Técnico: Alexandre Borges
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Adelino (Estêves) e Santana; Valdir, Carlos Pedro, Pedras e Ramos. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSErandir (Santa Cruz) aos 15 minutos; Pedras (Belenenses) aos 35 minutos do 1º Tempo. Erandir (Santa Cruz) aos 12 minutos no 2º Tempo.

Uma semana depois, com uma temperatura mais amena, de aproximadamente 13º graus césios, o Belenenses voltou a campo. Dessa vez o adversário foi a Seleção Paulista (devido diversos jogadores estarem servindo a Seleção Brasileira, visando a Copa do Mundo de 1966, o selecionado paulista foi formado por reservas), em São Paulo/SP, no domingo, às 16 horas, do dia 22 de maio de 1966. No final, os paulistas venceram pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Pacaembu.  Os preços dos ingressos: Cr$ 2 mil as gerais e Cr$ 3 mil as arquibancadas.

SELEÇÃO PAULISTA (BRA)     3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo/SP
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 22 de maio de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDACr$ 22.242.000,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArmando Marques (o trio teve uma boa atuação)
AUXILIARESGerminal Alba e Wilson Antônio Medeiros
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
SEL. PAULISTAFélix; Osvaldo Cunha (Renato), Mauro, Jurandir e Edilson; Swing e Ademir da Guia (Benê); Almir, Babá, Coutinho (Ivair) e Tupãzinho. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESGomes; Sá Pinto, Quaresma, Caneiras e Alberto Luiz; Cardoso e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSTupãzinho (Paulistas), aos 16 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 45 minutos do 1º Tempo. Tupãzinho (Paulistas), de pênalti, aos 17 minutos; Renato (Paulistas), aos 25 minutos do 2º Tempo.

Balanço da primeira semana no Brasil

Após os dois jogos, o treinador brasileiro afirmou que a equipe portuguesa sentiu muito a diferença de clima (no Recife um clima quente e em São Paulo uma temperatura melhor), mas prometeu que o time iria melhorar para os próximos jogos. A delegação do Belenenses teve problemas para sair de São Paulo em direção a capital mineira, onde ficou hospedado no Brasil Palace Hotel.

O motivo foi a falta de aviões da capital paulista para Belo Horizonte. Por isso, a delegação precisou se deslocar para o Rio de Janeiro e depois seguir em direção a capital de Minas Gerais.

Torneio Quadrangular de BH de 1966   

O Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, reuniu o América Mineiro, Atlético Mineiro, Cruzeiro e o Belenenses de Portugal. Na realidade, a competição seria “Torneio Pentagonal”, pois os organizadores contavam com a presença dos clubes acima e mais do West Bromwich Albion Football Club, mas o time inglês acabou desistindo dias antes.

A razão pelo qual torneio não teve as três, mas sim duas rodadas, não foi explicado pelos organizadores. O que foi apurado, nos jornais da época foi que na segunda rodada, os organizadores calcularam um prejuízo de cerca de Cr$ 6 milhões, o que talvez tenha feito com que a competição fosse abreviada. 

Com isso, a rodada inaugural programada para começar na quarta-feira, acabou sendo transferida para o dia seguinte: quinta-feira, do dia 26 de maio de 1966.

Pela 1ª rodada, com arbitragem de Juan de La Pasión Artês, 35 anos (Federação Mineira de Futebol), às 19h30min., o Cruzeiro bateu o América pelo placar de 2 a 1.

Cruzeiro Esporte Clube
EM PÉ (esquerda para a direita): Pedro Paulo, Neco, Wilson Piazza, William, Procópio e Raul;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Natal, Tostão, Davi, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.

CRUZEIRO E.C. (MG)      2        X        1        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO19 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROJuan de La Pasión Artês (FMF)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Wilson Piazza (Zé Carlos) e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Celton), Evaldo, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
AMÉRICA-MGZé Ernesto; Luisinho (Hamilton), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 25 minutos, no 1º Tempo. Samuel (América Mineiro), aos 15 minutos; Marco Antônio (Cruzeiro), aos 37 minutos; no 2º Tempo.  

Na sequência, com arbitragem de Silvio Gonçalves David (Federação Mineira de Futebol), às 21h15min., o Atlético Mineiro venceu o Belenenses por 3 a 1, no Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.

Atlético Mineiro
EM PÉ (esquerda para a direita): Canindé, Hélio, Grapete, Vander, Vanderlei e Warley Ornelas;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Buião, Lacy, Paulo Santana, Edgard Maia e Tião.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATAQuinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 15.988.000,00
PÚBLICO8.610 pagantes
ÁRBITROSilvio Gonçalves David (FMF)
EXPULSÕESTião (Atlético); Alberto Luiz e Alfredo (Belenenses)
ATLÉTICO-MGHélio (Luizinho); Canindé (Dawson), Vânder e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê (Paulista); Ronaldo, Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
BELENENSESGomes; Sá Pinto (Estêves), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Caneira (Ramos) e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSSantana (Atlético) aos 5 e 12 minutos; Tião (Atlético) aos 17 minutos; Adelino (Belenenses) aos 43 minutos do 1º Tempo.

Na 2ª rodada, no domingo, do dia 29 de maio de 1966, começou com a preliminar. Nele, o Atlético Mineiro não teve dificuldades para vencer o América Mineiro por 3 a 0, no Mineirão. Destaque para o atacante Roberto Mauro, autor de dois gols, e Ronaldo marcou o outro tento para o Galo.

ATLÉTICO MINEIRO (MG)         3        X        0        AMÉRICA F.C. (MG)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROHamlet Pernisa (FMF)
ATLÉTICO-MGLuizinho; Warlei, Dari, Vânder (Grapete) e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê; Ronaldo (Viladoniga), Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
AMÉRICA-MGMussula; Hamilton (Luisinho), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken (Mosquito) e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLSRonaldo (Atlético), aos 44 minutos, no 1º Tempo. Roberto Mauro (Atlético), aos 26 e 33 minutos, no 2º Tempo.  

Na partida de fundo, o Cruzeiro goleou o Belenenses por 5 a 2 (na etapa inicial a Raposa venceu por 3 a 1. Logo aos 11 minutos Marco Antônio abriu o placar para a Raposa. Aos 35 minutos, Pedras arriscou um chute de fora da área. A bola bateu na trave, e, no rebote, o brasileiro Valdir deixou tudo igual para os portugueses.

Porém, aos 40 minutos, Evaldo recolocou o Cruzeiro em vantagem. Cinco minutos depois, após um cruzamento de Hilton Oliveira, Marco Antônio ampliou para a Raposa o placar na primeira etapa.

No segundo tempo, logo aos 9 minutos, Marco Antônio marcou o quarto gol cruzeirense. Aos 28 minutos, o brasileiro Carlos Pedro cobrou falta de fora da área, acertando um belo chute, diminuindo a desvantagem.  Mas, aos 41 minutos, Dirceu Lopes deu belo passe para Marco Antônio, que marcou o seu quarto gol, tocando para o fundo das redes, dando números finais a peleja.

CRUZEIRO E.C. (MG)      5        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG. 
CARÁTERTorneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATADomingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDACr$ 20.801.000,00
PÚBLICO11.579 pagantes
ÁRBITROJosé Alberto Teixeira (FMF)
AUXILIARESDoraci Jerônimo (FMF) e Jarbas de Castro (FMF)
CRUZEIROTonho (Raul); Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (João José), Evaldo (Batista), Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Estêves, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Adelino (Côrrea); Teodoro, Pedras, Santana e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSMarco Antônio (Cruzeiro), aos 11 e 45 minutos; Valdir (Belenenses), aos 35 minutos; Evaldo (Cruzeiro), aos 40 minutos, no 1º Tempo. Marco Antônio (Cruzeiro), aos 9 e 41 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 28 minutos, no 2º Tempo.  

Cruzeiro foi o campeão do Torneio Quadrangular de BH 1966

Após duas rodadas, o Cruzeiro Esporte Clube se sagrou campeão do torneio. A questão que não ficou claro foi qual critério definiu o título para a Raposa. Afinal, Atlético Mineiro e Cruzeiro venceram seus dois jogos, somando quatro pontos, sendo que o Galo marcou seis gols, sofrendo um e um saldo de cinco; enquanto a Raposa marcou sete tentos, sofrendo três e um saldo de quatro.

Nos 14 periódicos pesquisados, nenhum mencionou a razão do Cruzeiro ter ficado com o título. Caso alguém possua a informação (sem achismo, por favor!), peço que nos informem!

Marco Antônio o goleador máximo do Torneio

O artilheiro do Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, foi o atacante Marco Antônio, do Cruzeiro, com incríveis seis gols em dois jogos, uma média exata de três tentos por partida. Abaixo os goleadores do torneio.  

6 gols – Marco Antônio (Cruzeiro);

2 gols – Santana e Roberto Mauro (Atlético)

1 gol – Samuel (América Mineiro); Tião e Ronaldo (Atlético); Adelino, Valdir e Carlos Pedro (Belenenses); Evaldo (Cruzeiro).

Em amistoso, Flamengo goleia o Belenenses

Depois enfrentou o Flamengo, às 21h30min., na quinta-feira, do dia 02 de junho. Acabou goleado pelo rubro-negro por 4 a 1, no Estádio Mario Filho, Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Os gols foram assinalados por Fio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do primeiro tempo. Juarez aos 4 minutos e César Lemos aos 11 e 17 minutos, para o rubro-negro; enquanto o brasileiro Carlos Pedro, de pênalti, aos 40 minutos, fez o tento de honra do time luso, na etapa final.

C.R. Flamengo
EM PÉ (esquerda para a direita): Murilo, Itamar, Jayme Valente, Valdomiro, Carlinhos Violino e Paulo Henrique;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Luiz Luz (massagista), Carlos Alberto, Nelsinho Rosa, Almir Pernambuquinho, Silva Batuta e Osvaldo ‘Ponte Aérea’.

C.R. FLAMENGO (RJ)     4        X        1        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Mário Filho, o Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuinta-feira, do dia 02 de junho de 1966
HORÁRIO21 hora e 30 minutos
RENDACr$ 6.900.560,00
PÚBLICO7.600 pagantes
ÁRBITROGualter Portela Filho
AUXILIARESNivaldo Santos e Arnaldo César Coelho
EXPULSÃORenato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
FLAMENGOFranz; Nelsinho (Mário Braga), Luís Carlos, Jayme Valente e Leon; Carlinhos Violino (Derci) e Juarez; Carlos Alberto, Fio Maravilha (Paulo Alves), César Lemos (Almir Pernambuquinho) e Osvaldo II. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSESSerrano; Estêves (Carneiras), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro (Alfredo), Pedras, Adelino e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSFio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do 1º Tempo; Juarez (Flamengo), aos 4 minutos; César Lemos (Flamengo), aos 11 e 17 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), de pênalti, aos 40 minutos do 2º Tempo.
Grêmio F.B.P.A.
EM PÉ (esquerda para a direita): Arlindo, Cléo, Ortunho, Altemir, Airton e Áureo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Vieira, Joãozinho, Alcindo, Sérgio Lopes e Volmir.

Sexto jogo e nova derrota: Grêmio 3 a 0, no Olímpico

O Belenenses voltou a campo para enfrentar o Grêmio, no domingo, do dia 5 de junho, às 16 horas, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. O Tricolor Gaúcho bateu o clube luso pelo placar de 3 a 0. Gols foram marcados por Joãozinho, Paraguaio e Volmir.

GRÊMIO F.B.P.A. (RS)    3        X        0        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Olímpico, em Porto Alegre/RS
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, dia 05 de junho de 1966
HORÁRIO16 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROAlberto Silva (boa atuação)
GRÊMIOArlindo; Altemir, Airton, Áureo (Paulo Sousa) e Ortunho; Cléo (Paíca) e Sérgio Lopes; Jorginho, Adão (Joãozinho e depois Paraguaio), Volmir e Vieira. Técnico: Luís Engelke.
BELENENSESSerrano; Quaresma, Caneiras, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro, Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSJoãozinho (Grêmio), aos 24 minutos do 1º Tempo. Paraguaio (Grêmio) aos 37 minutos; Volmir (Grêmio) aos 39 minutos do 2º Tempo.

Enfim, a primeira vitória: 2 a 1, no Cruzeiro

No seu último jogo em território brasileiro, enfim, a primeira e única vitória. Na quarta-feira, do dia 08 de junho, às 19 horas, voltou a enfrentar o Cruzeiro/MG, no Estádio Nacional, em Brasília/DF.

O Belenenses venceu a Raposa pelo placar de 2 a 1. Os gols foram assinalados por Pedras e Valdir para os portugueses, enquanto Zé Carlos fez o tento de honra dos mineiros.

CRUZEIRO E.C. (MG)      1        X        2        C.F. OS BELENENSES (POR)

LOCALEstádio Nacional, o Pelezão, em Brasília/DF
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuarta-feira, do dia 08 de junho de 1966
HORÁRIO19 horas
RENDANão divulgado
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROArnaldo César Coelho
AUXILIARESIdélcio Gomes de Almeida (FDB) e Rubens Pacheco (FDB – Federação Desportiva de Brasília)
EXPULSÃOAlberto Luiz (Belenenses)
CRUZEIROTonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos (Wilson Piazza) e Wilson Almeida (Natal); Marco Antônio, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSESGomes (Serrano); Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir e Côrrea. Técnico: Jorge Vieira.
GOLSZé Carlos (Cruzeiro), aos 19 minutos; Pedras (Belenenses), aos 36 minutos, no 1º Tempo. Valdir (Belenenses), 15 minutos, no 2º Tempo. 

Balanço de excursão do clube português

No final, a passagem do Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (POR) foi decepcionante. Foram sete jogos, com uma vitória e seis derrotas; oito gols pró, 21 tentos contra e um saldo negativo de 13.

O artilheiro do Clube de Futebol Os Belenenses, nos sete jogos, em território brasileiro foi o carioca Carlos Pedro (ex-America do Rio) com três gols. Depois outro brasileiro, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense) e o português Pedras, com dois tentos. Por fim, Adelino com gol marcado.

Na manhã da quarta-feira, no dia 14 de junho de 1966, a Delegação do Belenenses retornou para Portugal. À uma hora da madrugada, pela Varig com escala em Caracas (Venezuela) e de lá até Lisboa pela KLM, chegando na capital portuguesa às 21 horas da quarta-feira, hora local.

Colaboraram: Carlos Eduardo Magalhães, Arthur Mendes e Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – Arquivo Cobra Coral

FONTES: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1919-2013, de Henrique Ribeiro – A Tribuna (SP) – Correio da Manhã (RJ) – Correio Brasiliense (DF) – Cruzeiropedia.org – Diário da Manhã (PE) – Diário de Notícias (RJ) – Diário de Pernambuco (PE) – Diário da Tarde (PR) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ)

Fotos raras dos anos 70: Grêmio Recreativo e Esportivo Reservense – São Lourenço do Sul (RS)

Grêmio Recreativo e Esportivo Reservense é uma agremiação da cidade de São Lourenço do Sul (RS). O clube Alvinegro foi Fundado no dia 10 de Janeiro de 1918, fica na Loc. São João da Reserva, s/n – 6º Subdistrito, em São Lourenço do Sul (RS).

Algumas fotos raras foram enviadas pelo Hugo Neutzling, neto do craque que fez história no Reservense: Huguinho Neutzling. Nas fotos, aparecem algumas lendas como o goleiro Darci Levien, Huguinho Neutzling, Renato Brancher, entre outros.

FOTOS: Acervo de           Hugo Neutzling

FONTES: Blog do clube – Página do clube no Facebook

Amistoso Internacional de 1966: Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (RS) venceu a Seleção da União Soviética

A delegação da URSS desembarcou na segunda-feira, do dia 14 de fevereiro de 1966, em Porto Alegre/RS, onde ficou hospedada no City Hotel. Na capital gaúcha, os soviéticos aproveitaram a terça-feira de folga (15/02/66), passeios pelo Centro de Porto Alegre, fazendo compras na Rua dos Andradas e tirando fotos na Praça XV de Novembro. Alguns preferiram das uma volta de ônibus e outros foram ao cinema.

Preços dos Ingressos

No sábado, do dia 12 de fevereiro de 1966, foram divulgados os quatro locais de venda e valores dos ingressos para o jogo entre o Grêmio versus URSS. Na Sede do Grêmio (5º andar do Edifício Brasília); na Drogaria Panitz (Rua dos Andradas, nº 1211); Casa Herrmann (Rua dos Andradas, esquina com a Rua Uruguai); Sociedade Gondoleiros, no 4º distrito.   

Cadeiras NumeradasCr$ 5.000,00
ArquibancadasCr$ 2.000,00
½ ArquibancadasCr$ 1.500,00
Associados gremistasCr$ 1.500,00
Dependentes de sóciosCr$ 1.000,00
Sócios juvenisCr$ 1.000,00
Sócios infantisCr$ 1.000,00

Na sua sétima e última partida em território brasileiro, a Seleção Soviética acabou derrotada pelo Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense, então tetracampeão Gaúcho, pelo placar de 2 a 0, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. Os gols foram assinalados por Alcindo, sendo que o último foi um golaço!

EM PÉ (esquerda para a direita): Não identificado, Cléo, Ortunho, Aírton, Áureo, Altemir e Alberto;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Dico (massagista), Vieira, João Severiano, Alcindo, Sérgio Lopes e Volmir e Ataíde Carvalho (massagista).

Crônica do jogo

Noiada de gala viveu o público metropolitano na noite de ontem (16/02/66), quando o Grêmio, confirmando o cartaz de grande esquadrão de futebol, dobrou a Seleção da União Soviética, pelo marcador de dois a zero. O onze treinado por Luiz Engelke, deu mais uma grande satisfação ao seu quadro social, com a meritória vitória obtida diante da União Soviética.

Os primeiros 45 minutos foram de ações parelhas, com as defensivas sobrepujando os ataques. Os visitantes, procuraram com muita vontade o último reduto tricolor, mas foram barrados, pelos companheiros de Aírton.

Na etapa complementar, embora o jogo tenha decaído muito em sua parte técnica, quase no final da partida, Alcindo, acordou a torcida presente ao estádio, com belo tento conquistado.

Aos 28 minutos, após uma falha de Shesternyov, o avante tricolor marcou o primeiro da noite. Aos 34 minutos, Alcindo, sem ângulo, após bater dois adversários, deixou Banikov, sem chances de defesa. Um golaço!

Aírton na área
O central Aírton, pulando para tentar cabecear. O arqueiro Banikov, mais expedito, saltou e conjurou o perigo sob o olhar apreensivo de Ponomariov.

Os russos que jogaram bem na primeira fase, na etapa final, exaustos e sem preparo físico, foram cedendo terreno, dando oportunidade para que a equipe do Olímpico tomasse conta das ações. Fim de jogo, e a vitória do Grêmio foi justa diante de uma excelente Seleção de futebol.      

GRÊMIO (RS)          2          X         0          URSS

LOCALEstádio Olímpico, na Av. Dr. Carlos Barbosa, s/n, no bairro Medianeira, em Porto Alegre/RS
CARÁTERAmistoso Internacional
DATAQuarta-feira, do dia 16 de Fevereiro de 1966
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 47.621.500,00 (quarenta e sete milhões, seiscentos e vinte e um mil e quinhentos cruzeiros)
PÚBLICO30 mil pagantes
ÁRBITROArmando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARESJaime Soligo (FRGF) e Sady Belotto Mello (FRGF)
CARTÃO VERMELHOKhusainov (URSS)
GRÊMIOAlberto; Altemir, Aírton, Áureo e Ortunho; Cléo e Sérgio Lopes; Jorginho Martins (Vieira), João Severiano (Paulo Lumumba), Alcindo e Volmir. Técnico: Luiz Engelke
U.R.S.S.Banikov; Ponomariov, Shesternyov, Usatore e Danilov; Valery Voronin e Biba (Sabo); Chislenko (Slava Metreveli), Khusainov (Khmelnitsky), Ivanov e Malofeyev (Serebryanilov). Técnico: Nikolay Morozov 
GOLSAlcindo aos 28 e 34 minutos (Grêmio), no 2º Tempo.
PRELIMINARGrêmio (Juvenil) 7 x 0 Atlético Veranense (Veranópolis)

FOTOS: Jornal do Dia (RS) – Assis Hoffmann, da Agência RBS

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Notícias (RS) – Jornal do Dia (RS)

Amistoso nacional de 1948: Botafogo (RJ) goleou o Inter de Porto Alegre (RS) por 6 a 2, em General Severiano!

EM PÉ (esquerda para a direita): Gerson, Oswaldo, Nilton Santos, Rubinho, Ávilla e Juvenal;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha.

No domingo, do dia 19 de Dezembro de 1948, ocorreu o encontro do Botafogo, atual Campeão Carioca de 1948, e o Sport Club Internacional, Porto Alegre/RS, Bicampeão Gaúcho de 1947-48, no Estádio General Severiano, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio. A equipe com Jayme Moreira Filho, Sergio Paiva, Waldir Amaral e Ademar Pimenta transmitiram o jogo pela Rádio Nacional.

EM PÉ (esquerda para a direita): Ivo, Nena, Maravilha, Alfeu, Viana e Abigail;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tesourinha, Ghizzoni, Adãozinho, Vilalba e Carlitos.

No final, o Botafogo goleou o Inter de Porto Alegre pelo placar de 6 a 2. Destaque para o alvinegro Juvenal que foi a grande figura em campo. Osvaldinho que substituiu Pirilo, demonstrou magníficas condições técnicas.

BOTAFOGO FR (RJ) 6 X 2 S.C. INTERNACIONAL (RJ)

LOCALEstádio General Severiano, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio (RJ)
CARÁTERAmistoso Nacional de 1948
DATADomingo, do dia 19 de Dezembro de 1948
HORÁRIO15 horas
RENDACr$ 108.772,00
PÚBLICONão divulgado
ÁRBITROMário Viana
BOTAFOGOOswaldo; Gerson (Marinho) e Nilton Santos (Sarno); Rubinho (Ivan), Ávilla (Berascochea) e Juvenal (Adão); Paraguaio, Geninho, Osvaldinho, Otávio e Braguinha (Reinaldo). Técnico: Zezé Moreira
INTER/RSIvo; Nena e Maravilha; Alfeu (Guizzone), Viana e Abigail; Tesourinha, Ghizzoni (Segura), Adãozinho, Vilalba (Roberto) e Carlitos. Técnico: Carlos Volante
GOLSVilalba aos 40 segundos (Inter); Juvenal aos 7 minutos (Botafogo); Otavio aos 11 e 28 minutos (Botafogo); Osvaldinho aos 22 minutos (Botafogo), no 1º Tempo. Osvaldinho aos 9 minutos (Botafogo); Adãozinho aos 12 minutos (Inter); Paraguaio aos 25 minutos (Botafogo), no 2º Tempo.

FOTOS: A Noite (RJ) – Correio da Manhã (RJ)

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Diário de Notícias (RJ)

Seleção Brasileira: a história dessa foto rara de 1963!

Uniforme de treino

A CBD (Confederação Brasileira de Desportos), por meio do técnico Aymoré Moreira convocou 29 jogadores, na terça-feira, do dia 05 de Fevereiro de 1963, para o Sul-Americano da Bolívia (atual Copa América), que transcorreu entre os dias 10 a 31 de março daquele ano.

O chefe da delegação Canarinho foi Edgar Leite de Castro; secretário, Edson de Oliveira; delegado, Abílio de Almeida; médico e supervisor, Hilton Gosling; técnico, Aymoré Moreira; assistente, Mario Celso de Abreu, o Marão; dentista, Mário Trigo; massagista, Eduardo Santana, “Pai Santana”; sapateiro e cozinheiro, Aristides; roupeiro e almoxarife, Ubirajara Ferreira.    

 A relação dos jogadores convocados:

Mineiros: Marcial (goleiro, Atlético-MG); Procópio (zagueiro, Atlético-MG); Massinha (lateral-direito, Cruzeiro); Geraldino (lateral-esquerdo, Cruzeiro); Hilton Oliveira (ponta-esquerda, Cruzeiro); Rossi (atacante, Cruzeiro); Luís Carlos (atacante, Cruzeiro); Amaury (cabeça-de-área, Cruzeiro); Marco Antonio (atacante, América Mineiro); Ari (América Mineiro); Nerival (meia, Cruzeiro); Fifi (meia-atacante, Atlético-MG).

Cariocas: Ubirajara (goleiro, Bangu); Mario Tito (zagueiro, Bangu); Itamar (lateral-esquerdo, America); Jorge (lateral-direito, America); Altamiro (atacante, São Cristóvão).

Paulistas: Henrique (goleiro, Corinthians); Ferrari (lateral-esquerdo, Palmeiras); Tarciso (zagueiro, Palmeiras); Píter (zagueiro, Comercial de Ribeirão Preto); Ílton Vaccari (meia, Guarani); Almir da Silva (atacante, Taubaté); Tião Macalé (meia, Guarani); Joaquinzinho (Juventus); e Oswaldo (atacante, Guarani)

Gaúchos: Flávio Minuano (atacante, Internacional); Cláudio Danni (zagueiro, Internacional).

Seleção Brasileira de Futebol (1963)
EM PÉ (esquerda para a direita): Henrique (Corinthians/SP), Jorge (America/RJ), Mario Tito (Bangu/RJ), Ílton Vaccari (Guarani/SP), Píter (Comercial-SP) e Itamar (Madureira);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Altamiro (São Cristóvão/RJ), Flávio Minuano (Inter/RS), Joaquinzinho (Juventus/SP), Tião Macalé (Guarani/SP), Oswaldo (Guarani/SP) e  “Pai” Santana (massagista).

O treinador no Sul-Americano foi Mario Celso, o ‘Marão’, tendo Aymoré Moreira na supervisão.

Os convocados se apresentaram no domingo, do dia 10 de Fevereiro de 1963, na Sede da CBD, de onde seguiram para a Colônia de Férias do SESC, em Venda Nova, em Belo Horizonte/MG para o início dos treinos.

Curiosidade

Na lista apresentada pela CBD, o lateral-esquerdo Itamar, constava como jogador do Madureira Atlético Clube, porém, um mês antes da convocação o atleta tinha sido vendido para o America Football Club

No sábado, do dia 02 de Fevereiro de 1963, a diretoria do Tricolor Suburbano recebeu o valor de Cr$ 3 milhões e mais os passes de dois jogadores: Nai e Domingos e o direito de escolher outro jogador do elenco do America, caso Domingos não quisesse se transferir para Conselheiro Galvão.  

Segundo o contrato firmado, O America pagou a Itamar Cr$ 1 milhão, a título de luvas, e mais um salário mensal de Cr$ 70 mil. 

Sobre a foto: Brasil A x Cruzeiro e Brasil B x Atlético-MG  

Na tarde da segunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963, a Seleção Brasileira foi divida entre A (titulares) e B (reservas). Então, a Seleção A enfrentou o Cruzeiro, empatando em 1 a 1. Já a Seleção B jogou e venceu o Atlético Mineiro pelo placar de 3 a 1.

Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em BH

Ambos os jogos-treinos, foram realizados no Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira (capacidade para 15 mil pessoas, de propriedade do Cruzeiro), no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte.

Um público regular, que gerou uma Renda de Cr$ 336.600,00, com ingresso vendidos a Cr$ 100,00.

O ensaio constou de quatro etapas, a primeira e terceira reservada a Seleção A x Cruzeiro e as demais para a Seleção B x Atlético-MG.

1ª Etapa

Na primeira fase, que teve a duração de 30 minutos, Seleção A e Cruzeiro empataram em um tento, com gols de Ari para o Escrete Canarinho aos 10 minutos, em jogada individual, iludiu vários adversários, terminando por passar por Norival e chutar, sem defesa para Tonho. Em seguida, após boa troca de passes entre Elmo e Emerson, culminou com ótimo lançamento para Antoninho que marcou para Raposa.

2ª Etapa

Depois, foi à vez da Seleção B x Atlético-MG, que durou meia-hora, sem abertura de contagem.   

3ª Etapa

Retornaram a Seleção A e Cruzeiro, por mais 30 minutos, o melhor momento foi um pênalti a favor do Brasil, aos 8 minutos, mas que o goleiro Mussula voou, espalmando para escanteio. O placar permaneceu inalterado, ficando em 1 a 1.

4ª Etapa

Para finalizar, mais meia-hora para Seleção B x Atlético-MG. Logo aos 5 minutos, o Brasil abriu o placar. Joaquinzinho fez excelente passe para Altamiro que driblou o goleiro e colocou  a bola rente a trave.

Aos 26 minutos, Oswaldo escapou pela direita e deu passe para Flávio Minuano, que se aproveitou da indecisão de Bueno para marcar o segundo da Seleção.  

Dois minutos depois, era a vez de Flávio Minuano fazer ótimo lançamento para Joaquinzinho que tocou na saída do arqueiro atleticano. Nos acréscimos, Mario Jorge deu chute fraco, mas o goleiro Ubirajara falhou, permitindo o gol de honra do Galo.

Treinador gostou do que viu

O técnico Aymoré Moreira não pode contar com o zagueiro Procópio Cardoso, Almir e Luís Carlos, todos lesionados. O treinador gostou do desempenho: “Pouco a pouco, vamos armando a seleção ideal“, completou Aymoré, que no dia seguinte dispensou o meia Fifi, do Atlético-MG, por não ter se apresentado juntamente com os demais atletas.

Sul-Americano de 1963: Brasil faz campanha ruim

Apesar da satisfação de Aymoré Moreira, o desempenho no Sul-Americano de Futebol, na Bolívia, foi decepcionante. Sete países participaram do torneio onde se enfrentaram em turno único.

A Seleção Brasileira terminou na 4ª posição, com cinco pontos em seis jogos: duas vitórias, um empate e três derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 13 e um saldo negativo de um. A campeã invicta foi a Bolívia (11 pontos), com o Paraguai em segundo (nove), e a Argentina na 3ª colocação (sete).

SELEÇÃO BRASILEIRA ‘A’        1          X         1          CRUZEIRO (MG)

LOCALEstádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERJogo-treino
DATASegunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963
RENDACr$ 336.600,00
PÚBLICO3.366 pagantes
ÁRBITROGraça Filho (FMF – Federação Mineira de Futebol)
AUXILIARESJosé do Patrocínio (FMF) e Lúcio Alves (FMF)
BRASIL AMarcial (Henrique); Massinha, William, Cláudio e Geraldino; Ílton Vaccari e Amaury; Nerival, Rossi, Marco Antônio e Ari. Técnico: Aymoré Moreira
CRUZEIROTonho (Mussula); Juca, Raul (Vavá), Benito Fantoni (Dilsinho) e Jairo; Nuno e Nelsinho (Raul); Antoninho, Elmo, Émerson (Dirceu) e Norival. Técnico: Leonízio Fantoni, ‘Niginho’
GOLSAri aos 10 minutos (Brasil); Antoninho aos 11 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo

SELEÇÃO BRASILEIRA ‘B’        3          X         1          ATLÉTICO MINEIRO (MG)

LOCALEstádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERJogo-treino
DATASegunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963
RENDACr$ 336.600,00
PÚBLICO3.366 pagantes
ÁRBITROGraça Filho (FMF – Federação Mineira de Futebol)
AUXILIARESJosé do Patrocínio (FMF) e Lúcio Alves (FMF)
BRASIL BHenrique (Ubirajara); Jorge, Mario Tito, Píter e Itamar; Ílton Viccari e Tião Macalé; Altamiro, Joaquinzinho, Flávio Minuano e Oswaldo.
ATLÉTICO-MGFábio; Coelho, Eduardo, Bueno e Klébis; Dinar (Zico) e Fifi (Afonsinho); Toninho (Maurício), Nilson (Carlinhos), Mário Jorge e Noêmio. Técnico: Wilson de Oliveira
GOLSAltamiro aos 5 minutos (Brasil); Flávio Minuano aos 26 minutos (Brasil); Joaquinzinho aos 28 minutos (Brasil); Mário Jorge aos 37 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.

Pesquisa, texto e redesenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Memória Setembrina (@setedesetembrofcbh)

FONTES: Jornal dos Sports – Diário de Notícias (RJ) – Correio da Manhã (RJ)