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Grêmio Esportivo Piquerobiense – Piquerobi (SP): Quatro edições do Campeonato Paulista do Interior!

Por Sérgio Mello

O Grêmio Esportivo Piquerobiense foi uma agremiação do município de Piquerobi que fica a 619 km da capital do estado de São Paulo. A localidade possui uma população de 3.686 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2016.

A palavra “Piquerobi” deriva do ‘tupi antigo’pikyroby, que significa “piquiras (uma espécie de peixe miúdo) verdes“, por meio da composição de pikyra (piquira)oby (verde).

O “Fantasma do Sertão” foi Fundado na 2ª-feira, do dia 21 de Setembro de 1953. O CNPJ foi aberto no dia 23 de Janeiro de 1981. A sua Sede social ficava localizado na Rua Dr. Pedro de Tolêdo, s/n – Centro – Piquerobi (SP). As suas cores: azul e branco.

No mesmo dia em que foi fundado, ocorreu uma assembleia geral, que elegeu a 1ª Diretoria do Grêmio Esportivo Piquerobiense:

Presidente de honra – Marcelo Dassie (então prefeito do município);

Presidente – Claudio Corral;

Vice-presidente – Manoel Ferreira Reis;

1º Tesoureiro – Arnaldo De Haro;

2º Tesoureiro – André Corral;

1º Secretário – Amador Bueno de Camargo;

2º Secretário – Francisco Fróis de Morais Neto;

Diretor esportivo – Antônio Fróis de Morais e Silva;

Conselho Fiscal – Carlos Furlan, Danilo Campanhole e André Bonilho Barnabé. Suplentes: Antonio Carreira Bernardino Filho, Conrado Izidoro Paludetto e Antonio Gianelli.

Foto: Acervo da Prefeitura de Piquerobi

Estádio Municipal de Piquerobi

Cumprindo promessas feitas em 1953, o sr. Marcelo Dassie, prefeito municipal de Piquerobi, construiu o Estádio Municipal, terminando no final de fevereiro de 1954.

EM PÉ (esquerda para a direita): Nelson, Ipojucam,Lomba, Paulista, Zelio, Edson, Brandão, Antoninho, Joãozinho, Pavão, Saul, Julio Bariani (presidente) e Osvaldo Pirnia (Massagista).

Campeonato Paulista do Interior

Jogou quatro edições do Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo, organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol): 1955, 1956, 1957, e 1958.

Foi campeão da Zona 12, do Setor 44, do Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo de 1955,com seis vitórias em sete jogos. A conquista veio após vencer o Clube Atlético Indiano pelo placar de 1 a 0. No final, terminou na 3ª colocação daquele ano.

No Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo de 1956, o Fantasma do Sertão ficou na Zona 14, do Setor 45 sediado na Série B da Liga Prudentina de Futebol, com os seguintes clubes:

Fada Futebol Clube (Santo Anastacio);

Esporte Clube Corinthians (Presidente Venceslau);

Esporte Clube Fluvial (Presidente Epitácio);  

Grêmio Esportivo Piquerobiense (Piquerobi).

Algumas Formações:

Time base de 1954: Toni (Dedé); Vigota (Mario ou Pedrinho) e Ferrer (Milton); Chico (Doro), Nelsinho e Pedrão (Amorim); Lauro (Mauro), Zinho (Paulo), Jaime (Ipojucam ou Brandão), Joãozinho (Sinho) e Antoninho (Euclides).

Time base de 1955: Toni; Pedrinho e Ferrer; Chico, Saul e Amorim (Reynaldo); Paulinho, Brandão, Carlinhos, Joãozinho e Antoninho.

Time base de 1957: Augusto; Chico e Maciel; Saul, Pavão e Pedrão; Ezequias, Bacaninha, Pedrinho, Antoninho e Adinil.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho

FOTO: Acervo Grêmio Esportivo (SP)

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Grêmio Esportivo (SP) – Mundo Esportivo (SP)

1º escudo: Elite Itaquerense Foot Ball Club – São Paulo (SP), Fundado em 1922!

Primeiro distintivo

Por Sérgio Mello

O Elite Itaquerense Foot Ball Club (atual: Sociedade Esportiva Elite Itaquerense) é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). A sua Sede social está localizada na Rua Augusto Carlos Bauman, nº 588 – Itaquera, na Zona Leste de São Paulo (SP).

O clube alvirrubro foi Fundado na sexta-feira, do dia 1º de Dezembro de 1922, por José Salomão, um comerciante de São Paulo. O clube foi batizado com o nome “Elite“, inspirado em uma marca de roupas de luxo da época. 

O Elite Itaquerense não foi o 1º clube de futebol de Itaquera, mas é o mais antigo que ainda existe. O clube marcou a vida social do bairro e da região, e participou ativamente dos esportes de Itaquera e do mundo.

Craques revelados pelo clube

Há quem lembre também do futebol de campo com grandes craques que marcaram gerações e dos craques revelados por este clube, entre eles, três laterais esquerdos: Kleber (ex-Corinthians, Santos e Internacional de Porto Alegre), Cesar (ex-São Caetano, Lázio da Itália e Corinthians) e Guilherme Arana (Ex-Corinthians, Athletico Paranaense, Sevilla da Espanha, Atalanta da Itália e atualmente no Atlético Mineiro).

Campeão Mundial de Futsal

O futsal do Elite Itaquerense, sob o comando de Simão Bernardes, é considerado um polo revelador de craques que despontam em clubes de todo o país e até do exterior. O Elite foi campeão mundial de futsal em 2012, categoria sub 13, na França.

Apesar de ser um “senhor com mais de 100 anos de vida” o Elite Itaquerense, através de diretores, conselheiros e associados, é considerado como um clube com “olhar de futuro”, sempre receptivo a inovações e novas ideias, aliás é um clube, que tradicionalmente tem participação na vida social do bairro, sempre apoiando campanhas de benemerência, como recentemente com o jantar-show que arrecadou mais de 34 mil reais ao Instituto Luz do Amanhã, que atua no apoio a crianças com câncer.

Instalações

Importante citar também que as locações dos salões do clube para festas, casamentos e eventos, são outra marca do clube. O Elite conta com o ginásio para eventos de grande porte, para mais de 2 mil pessoas, tem o Salão Monumental (salão social) para eventos mais clássicos, com capacidade para 800 pessoas sentadas, o Quintal do Elite com salão anexo com churrasqueira e toda estrutura e o salão Espaço Buffet para até 200 pessoas, também com toda a estrutura.

Escudo extraído do estatuto de 1928

Na imagem revelada à diretoria do Elite Itaquerense, somos transportados ao âmago histórico de sua fundação. Datado de 1928, o estatuto que regeu os primeiros passos deste respeitável clube emerge como um testemunho da profundidade cultural e esportiva que permeava o espírito de seus fundadores.

Junto ao estatuto, desponta seu 1º distintivo, um símbolo de elegância e identidade que hoje é comparado ao brasão contemporâneo, evocando memórias saudosas e um senso de continuidade entre o passado e o presente.

O elemento mais curioso e admirável desse registro encontra-se na inscrição “Football Club” gravada em inglês no estatuto. Tal escolha linguística, modéstia à parte, reflete uma reverência ao berço do futebol, homenageando sua origem britânica com singularidade e sofisticação.

É possível imaginar que Seu Salomão, um amante fervoroso do esporte, vislumbrou nesse gesto uma forma de exaltar a conexão histórica e cultural que transcende fronteiras, reafirmando o futebol como um elo universal.

O distintivo inaugural do Elite Itaquerense possui uma beleza atemporal, capaz de rivalizar com os padrões estéticos do brasão atual, resgatando o simbolismo de uma época em que cada traço e detalhe eram carregados de significado.

É inevitável a nostalgia ao contemplar a simplicidade majestosa do emblema original, que encapsula o sonho e a determinação dos pioneiros que deram vida ao clube.

Esse fragmento da história do Elite Itaquerense transcende o papel de mero documento; ele é um patrimônio vivo, carregado de narrativas que refletem a paixão, o esforço e a criatividade de uma geração que ousou moldar um legado. Na interseção entre memória e modernidade, ele continua a inspirar e conectar todos que reconhecem sua importância.

Disputou a Taça de São Paulo de 1931

No futebol, o Elite Itaquerense disputou diversos jogos e competições. O mais relevante foi a Taça de São Paulo de 19311º Grande Campeonato Amador de Futebol da cidade de São Paulo.

A competição foi organizada pelo jornal A Gazeta, da cidade de São Paulo, que realizou um grande campeonato de futebol envolvendo clubes amadores, onde se inscreveram e participaram 203 agremiações!

No final, o Club Athletico Villa Nava Mazei (bairro Vila Mazei) e o Club Athletico Sant’Anna (bairro Santana). O grande campeão foi a Villa Nava Mazeique venceu os dois jogos (ida e volta): 2 a 1 e 4 a 0.

ARTE: desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

Colaborou: Paulo Sérgio De Marco Regatieri

FOTOS: Acervo do clube – Página do Facebook “Saudosa Itaquera”

FONTES: Museu do Futebol – Livro “Sociedade Esportiva Elite Itaquerense – 100 anos de História e Glórias” (escrito com base em depoimentos, pesquisa bibliográfica e reminiscências pessoais e familiares), de autoria de Marco A. Stanojev Pereira – Fato Paulista 

Clube União Lyra Serrano, de Paranapiacaba – Santo André (SP): Ali existe o 1º estádio do Brasil com 131 anos!

Por Sérgio Mello

O Clube União Lyra Serrano é uma agremiação da cidade de Santo André, que  conta com uma população de 748.919 habitantes (segundo estimativa do IBGE de 2022), fica a 22 km da capital do estado de São Paulo.

A Sociedade Recreativa Lyra da Serra foi Fundado na segunda-feira, do dia 23 de fevereiro de 1903. Menos de 10 meses depois, foi a vez do Serrano Athletico Club ser Fundado na quinta-feira, do dia 03 de dezembro de 1903, por iniciativa do superintendente da São Paulo Railway, o britânico Alec M. Wellington.

Três décadas depois, a Sociedade Recreativa Lyra da Serra e o Serrano Athletico Club fizeram uma fusão na quinta-feira, do dia 15 de outubro de 1936, dando origem a União Lyra Serrano AC.

A Sede social e o estádio ficam localizados na Avenida Fox, s/n, na Vila Inglesa de Paranapiacaba, que fica a30 km do centro de Santo André, no Alto da Serra do Mar.

Conhecido por ser ‘um pedacinho da Inglaterra em solo brasileiro’ foiconstruída pela São Paulo Railway no século XIX para abrigar seus funcionários durante a concessão da estrada de ferro Santos – Jundiaí, essa pequena vila inglesa é um verdadeiro tesouro histórico e cultural preservado.

Rodeada pela exuberante Mata Atlântica, Paranapiacaba oferece uma experiência única para os visitantes. Seu cenário natural deslumbrante, com trilhas e cachoeiras, convida a explorar a riqueza da biodiversidade local.

Futebol bretão

No futebol, o clube em seus áureos tempos, cansou de colecionar títulos. “Era difícil o clube passar um fim-de-semana sem conquistar um troféu. Chegamos a ficar meses sem perder”, disse Salles Henrique, o Salinho, meio campista na década de 50.

O União Lyra Serrano disputou o Campeonato Citadino de Santos, organizado pelas Liga Santista de Futebol (LSF). Enfrentou equipes como o Jabaquara, Portuguesa Santista e União Santista.

Bastava tomar o trem e seguir até a Baixada Santista. E os adversários também não tinham dificuldade em jogar em Paranapiacaba, no velho e agora revigorado estádio.

Liga Extraoficial em 1993

Em 1993, o União Lyra Serrano só disputava amistosos. Chegou a criar uma liga extraoficial com quatro times locais: Trilho, Via Permanente, Paranapiacaba e Zuum. Os melhores jogadores destes times formados por ferroviários eram selecionados para jogar no Serrano.

Atualmente

O Serrano respira. Ganha vida nova com o estádio reinaugurado. Uma conquista para o aniversário deste domingo. Com 120 anos de história, um verdadeiro marco.

Lembrando: o futebol do Grande ABC – do Santo André, do velho EC São Bernardo, do Azulão, do Água Santa, do Mauaense e Mauá FC, do Ribeirão Pires FC – nasceu em Paranapiacaba, rodeado pelas montanhas da Serra do Mar, revelando craques como Salinho.

Sede será restaurada

A Prefeitura de Santo André assinou termo de cooperação técnica com Instituto de Cultura Democrática para recuperação de prédio histórico. A primeira etapa do restauro do Clube União Lyra Serrano, localizado na parte Baixa de Paranapiacaba.

A restauração terá início em 2025, após a contratação da empresa pelo Instituto, gerenciadora do projeto. O valor de investimento para esta etapa da obra é de R$ 2,7 milhões, de um total aprovado de R$ 5,2 milhões.

O 1º e único imóvel de dois andares da Vila foi a construção mais imponente da Vila Martin Smith para transformar a vida social do núcleo ferroviário. No andar inferior o salão com bar-lanchonete e mesas de jogos era palco de reuniões da diretoria, festas como Carnaval, sessões de cinema e os famosos bailes das décadas de 30 e 40 que atraíam turistas de outras regiões como Santos, ABC e São Paulo.

Já nas décadas de 50 a 70, o clube era destinado aos bailes de formatura dos alunos da Escola Ferroviária do Senai, que ocupava o prédio onde hoje funciona o Centro de Visitantes. Após esse período serviu como sede de eventos políticos e prestação de contas entre o poder público e os moradores.

De 1982 a 1985 aconteceu o primeiro restauro e os eventos musicais voltaram a ser promovidos, mas sem a mesma frequência. A partir de 2002 até 2019, com a aquisição da Vila pela Prefeitura, o espaço passou a ser palco do Festival de Inverno e apresentações organizadas pelo Sesc.

O Estádio mais antigo do Brasil com 131 anos

Considerado o 1º campo com medidas oficiais do Brasil, inaugurado em 1894 na vila inglesa de Paranapiacaba (SP). Junto ao campo, foi inaugurado o Memorial Charles Miller, que irá contar a história do pai do futebol e a chegada desse esporte ao país, além da história da Vila Inglesa de Paranapiacaba e sua conexão com o que se tornou uma das maiores paixões nacionais. O campo, situado na Avenida Fox, s/n, passou por um processo de revitalização.

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A arquibancada de madeira completamente restaurada, preservando os elementos originais conforme previsto no projeto. Além disso, os trilhos de trem, que servem como base para o alambrado, foram recuperados, assim como a drenagem do campo, que foi totalmente substituída.

Os antigos vestiários deram lugar a dois sanitários que atenderão aos torcedores presentes na arquibancada de madeira. Para suprir as necessidades atuais, novos vestiários foram construídos, bem como uma tribuna com função de mirante acima dos vestiários.

Um muro de gabião foi erguido, cumprindo uma dupla função – contenção e arquibancada, e também foi instalado um sanitário na Rua Nova. A restauração, iniciada em fevereiro de 2021, foi realizada com recursos do PAC Cidades Históricas da ordem de R$ 3,9 milhões. Já o memorial Charles Miller, instalado em imóvel da vila, contou com investimento de R$ 20 mil.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Acervo de Odilon Luiz de Oliveira (CROMOS. O Serrano perpetuado no álbum de figurinhas Varzeana, da década de 1950) – Carsughi – Repórter Diário

FONTES: Primo Ribeiro, do Diário – G7 Notícias do ABC – Diário do Grande ABC– Prefeitura de Santo André

Escudo inédito de 1916: Clube Atlético Pirassununguense – Pirassununga (SP)

Por Sérgio Mello

O Clube Atlético Pirassununguense (CAP) é uma agremiação da cidade de Pirassununga, que fica Região Centro-Leste do estado de São Paulo. Com uma população é de 76.877 habitantes (segundo o Censo do IBGE de 2020), fica a 208 km da capital de São Paulo.

Sediado, na Avenida Newton Prado, nº 1.783, no Centro de Pirassununga/SP, o “Gigante do Vale” foi Fundado no sábado, do dia 07 de Setembro de 1907, se tornando o 3º clube mais antigo do estado de São Paulo, atrás apenas da Ponte Preta (1900) e da Internacional de Bebedouro (1906), e o 14º mais antigo do Brasil.

Breve História

A 1ª partida oficial do Pirassununguense correu no dia 23 de fevereiro de 1908, contra o antigo Paulista de São Carlos. Naquele jogo amistoso o CAP venceu por 2 a 1.

Em 18 de junho de 1916, em assembleia, foi eleita a nova diretoria que estaria à frente do CAP, tendo sido eleito o Major Henrique Leme Waldvogel como presidente e o Capitão Abner Borges, como vice-presidente.

Nesta assembleia mesmo aconteceu, por indicação de Rahael Nico, o Faé Nico, A unificação do Clube Sportivo Pirassununguense e o Clube Atlético Paulista (clube recém fundado que representava para o Sportivo um forte adversário), estancando uma terrível oposição que se fazia urgente e eliminando as rivalidades entre ambas que eram enormes, ficando a data de 7 de setembro de 1907 como a data de fundação do recém criado Clube Atlético Pirassununguense.

Liga do Interior

No ano seguinte, 1917, o Comercial de Ribeirão Preto convidou o CAP para uma reunião quando então seria formada a Liga do Interior, para a disputa da rica Taça Castelões.

Várias partidas de futebol foram realizadas, sendo a de grande importância, na época, o empate conseguido frente ao Comercial Futebol Clube, da cidade de Ribeirão Preto, que era um dos mais importantes do Estado de São Paulo.

Em abril de 1917 assumiu a presidente o sr. Dante Bonafé, tendo como vice Vicente Laureano. O curioso desta época é que as reuniões eram realizadas na casa do presidente ou no cinema existente na cidade na época.

Não tinha ainda o CAP uma sede social. Usavam os sócios, somente como do clube, a praça de esportes. Já nesta época o clube possuía quadros infantis e juvenis.

Clubes de São Paulo e do estado continuavam a jogar em Pirassununga e o CAP realizava partidas em outras cidades. Guarani de Campinas, Club Athletico Ipiranga, e outros times sempre nos visitavam.

Primeira Sede

Em 1918, ainda com Dante Bonafé na presidência, o clube teve sua 1ª sede social na rua General Osório, antigo número 20 e no campo, foram iniciadas as obras da construção de arquibancadas de madeira, com o auxílio dos sócios e simpatizantes do clube.

O seu quadro social cresceu e as glórias obtidas pelas belas vitórias dos seus 1º, 2º e 3º quadros de futebol já estavam se consolidando perante a opinião pública.

Em 1920, Raphael Nico passou a ser o treinador dos times principais do clube, ganhando assim os quadros alvinegros maior consistência técnica. Neste ano, militavam-no quadro principal os atletas sócios (Juca, Maneco, Calá, Fritz, Antonio, Gradim, Unda, Petrelli, Casusa, Gino e Domingos).

E o clube continuava a ter vitórias expressivas. Uberaba, Campinas, Jundiaí e São Paulo já conheciam o amargor da derrota frente ao alvinegro Pirassununguense.

HINO

Em 1922, sob a presidência de Eurico Miranda, o prof. Lulla Guasca, com letra do prof. Elias de Mello Ayres compôs o Hino do CAP, e o maestro Passarelli o Dobrado CAP.

Em 1923 volta a presidência o sr. Dante Bonafé e novos jogadores se juntam ao clube: Galício Del Nero, Therense, Gruninger, Zé Petrelli, Júlio Tesche, Arildo e Urbano Ribeiro, demonstrando em suas ações um grande mor pelo clube.

Campeão do Campeonato Paulista do Interior de 1954

Na década de 50, afastou-se do profissionalismo e conquistou o título de Campeão Amador do Interior, em 1954, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Durante sua história centenária, contou com jogadores que foram destaque no Brasil e no mundo, ente eles os meio-campistas Del Nero e Alex, que chegaram até a seleção brasileira.

Inauguração do Estádio Belarmino Del Nero

Com capacidade para 5.300 pessoas, o estádio Belarmino Del Nero foi inaugurado no dia 7 de fevereiro de 1931. E a 1ª partida foi entre o CAP e o Juventus, vencida por 2 a 0 pelos donos da casa.

Após 25 apresentações no Campeonato Paulista profissional, paralisou suas atividades no esporte bretão em 1992. Retornou, em 2000, uma parceria com o Guarani de Campinas e, a partir de 2001, voltou às disputas montando um bom elenco, mas não obtendo o acesso para o Campeonato Paulista da Série A3. Participou do Campeonato Paulista da Série B, em 2007 (eliminado na primeira fase) e a partir daí se licenciou.

ARTE: escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo da Exposição “100 Anos de Lutas e Glórias”

FONTES: Livro “Amor, Garra e Tradição”, de autoria de José do Valle Sundfeld – Roberto Bragagnollo – Israel Foguel

Paulista Futebol Clube – Guaiçara (SP): disputou o Campeonato do Interior de 1947

Modelo de 1943

Por Sérgio Mello

O Paulista Futebol Clube (Paulista de Guaiçara) é uma agremiação do município de Guaiçara, que fica no Interior do estado de São Paulo. Localizado a 470 km da capital paulista, conta com uma população de 10.671 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Paulista FC de 1943

O “Glorioso” foi Fundado no sábado, do dia 2 de Agosto de 1930, com o nome de “Ranca Touco Futebol Clube” e logo se tornou o ‘xodó’ da cidade e da região, pelos bons resultados nas disputas amadoras e acabou conhecido como.

O Paulista de Guaiçara mandava os seus jogos no Estádio Municipal Virgílio Zanotto, com capacidade para cerca de 2 mil pessoas, localizado na Avenida Oswaldo Cruz, nº 178, no Centro de Guaiçara/SP.

Modelo de 1972

A sua Sede social está situada na Rua Yoshi Sato, nº 377, no Centro de Guaiçara/SP. O “Glorioso” se tornou um fenômeno nas competições amadoras.

A competição de maior destaque foi, sem dúvida, o Campeonato do Interior de 1947 (organizado pela Federação Paulista de Futebol), quando esteve presente na 7ª Zona, no Setor 31, com mais quatro equipes:

Time posado de 1958
EM PÉ (esquerda para a direita): Carmelo, Leandro, Leiva, Milton Pavezzi, Herminio, Zé de Souza e Tião;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Souzinha, Jaime, Didi, Quinca e Celso Bittencourt.

Clube Atlético Linense (Lins); Clube Atlético Comercial (Lins); Bandeirantes Esporte Clube (Birigui) e São Paulo Futebol Clube (Araçatuba).

Fachada de 1950, do Estádio Municipal Virgílio Zanotto
Atual Estádio Municipal Virgílio Zanotto

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: site ‘As Mil Camisas’ – Live 90 anos Paulista FC – Google Maps

FONTES: site ‘As Mil Camisas’ – Livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev

Inédito!! Esporte Clube Paulista – Guarulhos (SP): Fundado em 1925

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Paulista foi uma agremiação da cidade de Guarulhos (SP). Fundado na quinta-feira, do dia 27 de agosto de 1925, com o nome Paulista Football Club. A partir de 1927, passou a adotar a nomenclatura atual.

A sua Sede social e a Praça de Esportes ficavam localizados (atual: Praça Getúlio Vargas), no Centro de Guarulhos/SP. As suas cores eram o vermelho, branco e preto.

Na quinta-feira, do dia 11 de abril de 1935, a Comissão Executiva da Liga Paulista de Futebol, concedeu filiação do Paulista de Guarulhos. Disputou o Campeonato Paulista do Interior em 1943, 1944, 1945, 1946 e 1947.

Foto da década de 40

Na quarta-feira, do dia 22 de maio de 1946, o Paulista de Guarulhos terminou o Primeiro Turno, na 4ª posição da 4ª Região – 4ª Zona:

CLUBESPontos Perdidos
Clube Atlético Rhodia00
São Caetano Esporte Clube02
Palestra de São Bernardo05
Paulista de Guarulhos06
União Tietê07

Em 1948, o Paulista de Guarulhos voltou a disputar o Campeonato Citadino de Guarulhos. Em 1949, o capitão do time era o zagueiro Jaú, com passagens pelo Corinthians, Seleção Paulista e Seleção Brasileira.

Algumas formações:

Time base de 1925: Arthoni; Americo e Preefrido; Barbosa, Ludgero e Miguel; Luiz, Belisário, Verissimo, Zé Arthur e Victorino. Reservas: Ernesto, Candinho e Pedro. 

Time base de 1949: Bicudo; Jaú (Cap.) e Nim; Doca, Dorival e Alberto; Ditinho, Gijo, Mario, Doquinha e Isca. 

Time base de 1957: Geraldo; Agostinho e Tombinho; Ditão, Beleleu e Magelinha; Jura, Quico, Nim, Araken e Euripedes. 

ARTE: desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Sérgio Riganelli – A Gazeta Esportiva (SP)

Colaborou: Waldomiro Junho

FONTES: A Gazeta (SP) – A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Diário Nacional (SP) – Jornal de Notícias (SP) – O Combate (SP)

Cotonifício Guilherme Giorgi Futebol Clube – São Paulo (SP): Fundado em 1933

O Cotonifício Guilherme Giorgi Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na quarta-feira, do dia 16 de agosto de 1933, por funcionários da Cotonifício Guilherme Giorgi S.A. A sua Sede ficava localizada na Avenida Guilherme Giorgi, nº 885, na Vila Carrão, na Zona Leste de São Paulo (SP).

Em 1942, o Cotonifício Guilherme Giorgi contava com 650 sócios. O clube disputou o Campeonato Paulista Amador, organizado pela LECI (Liga Esportiva Comércio e Industria). Na categoria adulta, não conseguiu o título, porém no Juvenil se sagrou campeão da LECI em 1955.

EM PÉ (esquerda para a dreita): Luiz Danieli (técnico), Bisteca, Lolo, Homero, Arthur, Não identificado, Osmar Los e Ari;
AGACHADOS (esquerda para a dreita): Genê, Maurinho, Ulisses, Lourival, Maurinho e Não identificado.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho

FOTOS: Acervo de Antônio Carlos Danieli

FONTES: Página no Facebook “Cotonifício Guilherme Giorgi S/A”

Círculo Operário Futebol Clube – Avaré (SP): disputou duas edições do Campeonato Paulista Amador do Interior de 1957 e 1958

O Círculo Operário Futebol Clube foi uma agremiação do município de Avaré (conta com uma população de 92.805 habitantes, segundo o censo do IBGE de 2022), localizado a 267 km da capital do estado de São Paulo.

Com efeito, o nome Avaré é uma deturpação linguística de “abiré” que, em língua indígena, significa “solitário“, nome atribuído a um monte de 625 metros de altitude que se avista entre o Rio dos Veados e o Ribeirão Tamanduá, no atual município de Itatinga, onde se situava a velha Fazenda Avaré.

Fundado no domingo, do dia 04 de Julho de 1948. No início o clube realizava amistosos. Conforme o crescimento, passou a disputar o Campeonato Citadino de Avaré. Em amistoso, enfrentou, na terça-feira, do dia 1º de maio de 1956, a Portuguesa de Desportos (SP). Infelizmente, não foi encontrado o resultado.

Acervo de Waldomiro Junho

Debutou no Campeonato Paulista Amador do Interior de 1957

No sábado, do dia 27 de abril de 1957, teve prosseguimento de mais uma rodada do Campeonato Amador do Interior do Estado de São Paulo, no Setor 42 da Liga Avareense de Futebol (Avaré), com os seguintes jogos: o São Paulo goleou o Arandu por 9 a 3; enquanto o Círculo Operário bateu o Guarani por 3 a 1.  

Na quarta-feira, do dia 1º de maio de 1957, seguiu com outra rodada: o São Paulo Futebol Clube (Avaré) bateu o Círculo Operário por 2 a 0. No domingo, pela manhã, do dia 05 de maio de 1957: São Paulo Futebol Clube (Avaré) e Fluminense (Avaré); empataram em 2 a 2; à tarde – Circulo Operário venceu o Arandu pelo placar de 2 a 1.  

A classificação do Setor 42 ficou assim:

São Paulo e Fluminense – um ponto perdido;

Guarani – dois pontos perdidos;

Circulo Operário – quatro pontos perdidos;

Arandu – seis pontos perdidos.

No final, o São Paulo Futebol Clube (Avaré) se sagrou campeão.

Time posado, com a seguinte formação: Grandão; Luiz e Bento; Avaré, Castilho e Miguel; Airton, Tico, Lopes, Canhão e Castro.

Torneio Início de Avaré de 1958

No domingo, do dia 30 de março de 1958, foi realizado o Torneio Início, organizado pela Liga Avareense de Futebol (LAF), no Estádio da Associação Atlética Avareense, com a participação de equipes:

Associação Atlética Avareense; Associação Ferroviária Avareense; Círculo Operário Futebol Clube; Fluminense Futebol Clube; Guarani Futebol Clube; Juventus Futebol Clube; Nacional Atlético Clube e São Paulo Futebol Clube.

Logo na estreia, com arbitragem de Ulysses Bertolacini, o Círculo Operário acabou sendo eliminado ao perder para o São Paulo Futebol Clube pelo placar de 1 a 0. O único gol saiu aos 5 minutos da etapa inicial, por intermédio de Zezinho.

Voltou a disputar o Paulista Amador do Interior de 1958

Voltou a disputar o Campeonato Amador do Interior do Estado de São Paulo, na Zona 19 da Liga Avareense de Futebol (Avaré), de 1958, com as seguintes equipes:

Associação Atlética Avareense; Associação Ferroviária Avareense; Círculo Operário Futebol Clube; Fluminense Futebol Clube; Guarani Futebol Clube; Juventus Futebol Clube; Nacional Atlético Clube; Palestra Futebol Clube e São Paulo Futebol Clube, todos de Avaré.

No domingo, do dia 11 de maio de 1958, tiveram os seguintes jogos: no Estádio Pinheiro Machado, o Juventus F. C. foi derrotado pelo Guarani F. C. por 3 a 1. preliminar; Circulo Operário F. C. bateu o São Paulo F. C. pelo placar de 2 a 1. No Estádio Chácara Santana, o Nacional A. C. goleou o Fluminense F. C. por 4 a 1.

No domingo, do dia 06 de julho de 1958, tiveram quatro partidas que foram as seguintes: Estádio Pinheiro Machado, o São Paulo F. C. goleou o Palestra F.C. por 9 a 0. Os gols foram assinalados por Waldemar, Zezinho e Arnez, todos com três gols cada.

Palestra F.C.: Magalhães; Marcos e Darci; Valeri, Vicente e Borba; Paula, Percelio, Gumercindo, Abilio e Peres.

S. Paulo F.C.: Vitinho; Chaim e Adelino; Zé da Lina, Urbano e Wilson; Tião, Arnez, Zezinho, Machado e Waldemar.

Na partida de fundo, o Nacional A.C. venceu o Círculo Operário por 1 a 0. Os times foram assim:

Círculo Operário F.C.: Nelson; Bento e Arlindo; Avaré, Miguel e Castilho; Airton, Nelsinho, Espingarda, Canhão e Tico.

Nacional A.C.: Soneira; Benini e Biriba: Rizzo, Melonchon e Renato: Fanchone, Belacosa, Borracha, Ponce e Colela.

No Estádio da Chácara Santana, outros dois jogos: o Fluminense F.C. goleou a Ferroviária pelo placar de 7 a 0. Os gols forram de Mazzola, quatro vezes; Zequinha, Chide e Henrique, com um tento cada.

A. Ferroviaria A.: Guerrinha; Zico e Flor;Rubenam, Pelé e Luiz: Zezinho, Isaias, Adão, Nabor Pedro.

Fluminense F.C.: Bolivar; Hélio e Silvio; Nogueira, Dorival e Dilo; Faria, Henrique, Zequinha, Chidê e Mazzola.

Por fim, a A.A. Avareense goleou o Guarani F.C. por 4 a 0. Gols foram assinalados por Armando, três vezes, e Flávio completou o placar.

A. Atlética Avareense: Machado; Chica I e Chico Preto; Chuquinha, Cidinho e Carcereiro; Beto, Armando, Flavio, Belmiro e Xerém.

Guarani F.C.: Martins; Pedro e Burrinho; Vicentini, Margoso e Laerte; Sanches, Pedrinho, Jonas, Mansano e Miro.

ARTE: desenho do escudo, uniforme e texto – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Diário da Noite (SP) – Mundo Esportivo (SP) – Prefeitura de Avaré