Arquivo da categoria: São Paulo

Escudo inédito de 1916: Clube Atlético Pirassununguense – Pirassununga (SP)

Por Sérgio Mello

O Clube Atlético Pirassununguense (CAP) é uma agremiação da cidade de Pirassununga, que fica Região Centro-Leste do estado de São Paulo. Com uma população é de 76.877 habitantes (segundo o Censo do IBGE de 2020), fica a 208 km da capital de São Paulo.

Sediado, na Avenida Newton Prado, nº 1.783, no Centro de Pirassununga/SP, o “Gigante do Vale” foi Fundado no sábado, do dia 07 de Setembro de 1907, se tornando o 3º clube mais antigo do estado de São Paulo, atrás apenas da Ponte Preta (1900) e da Internacional de Bebedouro (1906), e o 14º mais antigo do Brasil.

Breve História

A 1ª partida oficial do Pirassununguense correu no dia 23 de fevereiro de 1908, contra o antigo Paulista de São Carlos. Naquele jogo amistoso o CAP venceu por 2 a 1.

Em 18 de junho de 1916, em assembleia, foi eleita a nova diretoria que estaria à frente do CAP, tendo sido eleito o Major Henrique Leme Waldvogel como presidente e o Capitão Abner Borges, como vice-presidente.

Nesta assembleia mesmo aconteceu, por indicação de Rahael Nico, o Faé Nico, A unificação do Clube Sportivo Pirassununguense e o Clube Atlético Paulista (clube recém fundado que representava para o Sportivo um forte adversário), estancando uma terrível oposição que se fazia urgente e eliminando as rivalidades entre ambas que eram enormes, ficando a data de 7 de setembro de 1907 como a data de fundação do recém criado Clube Atlético Pirassununguense.

Liga do Interior

No ano seguinte, 1917, o Comercial de Ribeirão Preto convidou o CAP para uma reunião quando então seria formada a Liga do Interior, para a disputa da rica Taça Castelões.

Várias partidas de futebol foram realizadas, sendo a de grande importância, na época, o empate conseguido frente ao Comercial Futebol Clube, da cidade de Ribeirão Preto, que era um dos mais importantes do Estado de São Paulo.

Em abril de 1917 assumiu a presidente o sr. Dante Bonafé, tendo como vice Vicente Laureano. O curioso desta época é que as reuniões eram realizadas na casa do presidente ou no cinema existente na cidade na época.

Não tinha ainda o CAP uma sede social. Usavam os sócios, somente como do clube, a praça de esportes. Já nesta época o clube possuía quadros infantis e juvenis.

Clubes de São Paulo e do estado continuavam a jogar em Pirassununga e o CAP realizava partidas em outras cidades. Guarani de Campinas, Club Athletico Ipiranga, e outros times sempre nos visitavam.

Primeira Sede

Em 1918, ainda com Dante Bonafé na presidência, o clube teve sua 1ª sede social na rua General Osório, antigo número 20 e no campo, foram iniciadas as obras da construção de arquibancadas de madeira, com o auxílio dos sócios e simpatizantes do clube.

O seu quadro social cresceu e as glórias obtidas pelas belas vitórias dos seus 1º, 2º e 3º quadros de futebol já estavam se consolidando perante a opinião pública.

Em 1920, Raphael Nico passou a ser o treinador dos times principais do clube, ganhando assim os quadros alvinegros maior consistência técnica. Neste ano, militavam-no quadro principal os atletas sócios (Juca, Maneco, Calá, Fritz, Antonio, Gradim, Unda, Petrelli, Casusa, Gino e Domingos).

E o clube continuava a ter vitórias expressivas. Uberaba, Campinas, Jundiaí e São Paulo já conheciam o amargor da derrota frente ao alvinegro Pirassununguense.

HINO

Em 1922, sob a presidência de Eurico Miranda, o prof. Lulla Guasca, com letra do prof. Elias de Mello Ayres compôs o Hino do CAP, e o maestro Passarelli o Dobrado CAP.

Em 1923 volta a presidência o sr. Dante Bonafé e novos jogadores se juntam ao clube: Galício Del Nero, Therense, Gruninger, Zé Petrelli, Júlio Tesche, Arildo e Urbano Ribeiro, demonstrando em suas ações um grande mor pelo clube.

Campeão do Campeonato Paulista do Interior de 1954

Na década de 50, afastou-se do profissionalismo e conquistou o título de Campeão Amador do Interior, em 1954, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Durante sua história centenária, contou com jogadores que foram destaque no Brasil e no mundo, ente eles os meio-campistas Del Nero e Alex, que chegaram até a seleção brasileira.

Inauguração do Estádio Belarmino Del Nero

Com capacidade para 5.300 pessoas, o estádio Belarmino Del Nero foi inaugurado no dia 7 de fevereiro de 1931. E a 1ª partida foi entre o CAP e o Juventus, vencida por 2 a 0 pelos donos da casa.

Após 25 apresentações no Campeonato Paulista profissional, paralisou suas atividades no esporte bretão em 1992. Retornou, em 2000, uma parceria com o Guarani de Campinas e, a partir de 2001, voltou às disputas montando um bom elenco, mas não obtendo o acesso para o Campeonato Paulista da Série A3. Participou do Campeonato Paulista da Série B, em 2007 (eliminado na primeira fase) e a partir daí se licenciou.

ARTE: escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo da Exposição “100 Anos de Lutas e Glórias”

FONTES: Livro “Amor, Garra e Tradição”, de autoria de José do Valle Sundfeld – Roberto Bragagnollo – Israel Foguel

Paulista Futebol Clube – Guaiçara (SP): disputou o Campeonato do Interior de 1947

Modelo de 1943

Por Sérgio Mello

O Paulista Futebol Clube (Paulista de Guaiçara) é uma agremiação do município de Guaiçara, que fica no Interior do estado de São Paulo. Localizado a 470 km da capital paulista, conta com uma população de 10.671 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Paulista FC de 1943

O “Glorioso” foi Fundado no sábado, do dia 2 de Agosto de 1930, com o nome de “Ranca Touco Futebol Clube” e logo se tornou o ‘xodó’ da cidade e da região, pelos bons resultados nas disputas amadoras e acabou conhecido como.

O Paulista de Guaiçara mandava os seus jogos no Estádio Municipal Virgílio Zanotto, com capacidade para cerca de 2 mil pessoas, localizado na Avenida Oswaldo Cruz, nº 178, no Centro de Guaiçara/SP.

Modelo de 1972

A sua Sede social está situada na Rua Yoshi Sato, nº 377, no Centro de Guaiçara/SP. O “Glorioso” se tornou um fenômeno nas competições amadoras.

A competição de maior destaque foi, sem dúvida, o Campeonato do Interior de 1947 (organizado pela Federação Paulista de Futebol), quando esteve presente na 7ª Zona, no Setor 31, com mais quatro equipes:

Time posado de 1958
EM PÉ (esquerda para a direita): Carmelo, Leandro, Leiva, Milton Pavezzi, Herminio, Zé de Souza e Tião;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Souzinha, Jaime, Didi, Quinca e Celso Bittencourt.

Clube Atlético Linense (Lins); Clube Atlético Comercial (Lins); Bandeirantes Esporte Clube (Birigui) e São Paulo Futebol Clube (Araçatuba).

Fachada de 1950, do Estádio Municipal Virgílio Zanotto
Atual Estádio Municipal Virgílio Zanotto

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: site ‘As Mil Camisas’ – Live 90 anos Paulista FC – Google Maps

FONTES: site ‘As Mil Camisas’ – Livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista”, do autor Rodolfo Kussarev

Inédito!! Esporte Clube Paulista – Guarulhos (SP): Fundado em 1925

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Paulista foi uma agremiação da cidade de Guarulhos (SP). Fundado na quinta-feira, do dia 27 de agosto de 1925, com o nome Paulista Football Club. A partir de 1927, passou a adotar a nomenclatura atual.

A sua Sede social e a Praça de Esportes ficavam localizados (atual: Praça Getúlio Vargas), no Centro de Guarulhos/SP. As suas cores eram o vermelho, branco e preto.

Na quinta-feira, do dia 11 de abril de 1935, a Comissão Executiva da Liga Paulista de Futebol, concedeu filiação do Paulista de Guarulhos. Disputou o Campeonato Paulista do Interior em 1943, 1944, 1945, 1946 e 1947.

Foto da década de 40

Na quarta-feira, do dia 22 de maio de 1946, o Paulista de Guarulhos terminou o Primeiro Turno, na 4ª posição da 4ª Região – 4ª Zona:

CLUBESPontos Perdidos
Clube Atlético Rhodia00
São Caetano Esporte Clube02
Palestra de São Bernardo05
Paulista de Guarulhos06
União Tietê07

Em 1948, o Paulista de Guarulhos voltou a disputar o Campeonato Citadino de Guarulhos. Em 1949, o capitão do time era o zagueiro Jaú, com passagens pelo Corinthians, Seleção Paulista e Seleção Brasileira.

Algumas formações:

Time base de 1925: Arthoni; Americo e Preefrido; Barbosa, Ludgero e Miguel; Luiz, Belisário, Verissimo, Zé Arthur e Victorino. Reservas: Ernesto, Candinho e Pedro. 

Time base de 1949: Bicudo; Jaú (Cap.) e Nim; Doca, Dorival e Alberto; Ditinho, Gijo, Mario, Doquinha e Isca. 

Time base de 1957: Geraldo; Agostinho e Tombinho; Ditão, Beleleu e Magelinha; Jura, Quico, Nim, Araken e Euripedes. 

ARTE: desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Sérgio Riganelli – A Gazeta Esportiva (SP)

Colaborou: Waldomiro Junho

FONTES: A Gazeta (SP) – A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Diário Nacional (SP) – Jornal de Notícias (SP) – O Combate (SP)

Cotonifício Guilherme Giorgi Futebol Clube – São Paulo (SP): Fundado em 1933

O Cotonifício Guilherme Giorgi Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na quarta-feira, do dia 16 de agosto de 1933, por funcionários da Cotonifício Guilherme Giorgi S.A. A sua Sede ficava localizada na Avenida Guilherme Giorgi, nº 885, na Vila Carrão, na Zona Leste de São Paulo (SP).

Em 1942, o Cotonifício Guilherme Giorgi contava com 650 sócios. O clube disputou o Campeonato Paulista Amador, organizado pela LECI (Liga Esportiva Comércio e Industria). Na categoria adulta, não conseguiu o título, porém no Juvenil se sagrou campeão da LECI em 1955.

EM PÉ (esquerda para a dreita): Luiz Danieli (técnico), Bisteca, Lolo, Homero, Arthur, Não identificado, Osmar Los e Ari;
AGACHADOS (esquerda para a dreita): Genê, Maurinho, Ulisses, Lourival, Maurinho e Não identificado.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho

FOTOS: Acervo de Antônio Carlos Danieli

FONTES: Página no Facebook “Cotonifício Guilherme Giorgi S/A”

Círculo Operário Futebol Clube – Avaré (SP): disputou duas edições do Campeonato Paulista Amador do Interior de 1957 e 1958

O Círculo Operário Futebol Clube foi uma agremiação do município de Avaré (conta com uma população de 92.805 habitantes, segundo o censo do IBGE de 2022), localizado a 267 km da capital do estado de São Paulo.

Com efeito, o nome Avaré é uma deturpação linguística de “abiré” que, em língua indígena, significa “solitário“, nome atribuído a um monte de 625 metros de altitude que se avista entre o Rio dos Veados e o Ribeirão Tamanduá, no atual município de Itatinga, onde se situava a velha Fazenda Avaré.

Fundado no domingo, do dia 04 de Julho de 1948. No início o clube realizava amistosos. Conforme o crescimento, passou a disputar o Campeonato Citadino de Avaré. Em amistoso, enfrentou, na terça-feira, do dia 1º de maio de 1956, a Portuguesa de Desportos (SP). Infelizmente, não foi encontrado o resultado.

Acervo de Waldomiro Junho

Debutou no Campeonato Paulista Amador do Interior de 1957

No sábado, do dia 27 de abril de 1957, teve prosseguimento de mais uma rodada do Campeonato Amador do Interior do Estado de São Paulo, no Setor 42 da Liga Avareense de Futebol (Avaré), com os seguintes jogos: o São Paulo goleou o Arandu por 9 a 3; enquanto o Círculo Operário bateu o Guarani por 3 a 1.  

Na quarta-feira, do dia 1º de maio de 1957, seguiu com outra rodada: o São Paulo Futebol Clube (Avaré) bateu o Círculo Operário por 2 a 0. No domingo, pela manhã, do dia 05 de maio de 1957: São Paulo Futebol Clube (Avaré) e Fluminense (Avaré); empataram em 2 a 2; à tarde – Circulo Operário venceu o Arandu pelo placar de 2 a 1.  

A classificação do Setor 42 ficou assim:

São Paulo e Fluminense – um ponto perdido;

Guarani – dois pontos perdidos;

Circulo Operário – quatro pontos perdidos;

Arandu – seis pontos perdidos.

No final, o São Paulo Futebol Clube (Avaré) se sagrou campeão.

Time posado, com a seguinte formação: Grandão; Luiz e Bento; Avaré, Castilho e Miguel; Airton, Tico, Lopes, Canhão e Castro.

Torneio Início de Avaré de 1958

No domingo, do dia 30 de março de 1958, foi realizado o Torneio Início, organizado pela Liga Avareense de Futebol (LAF), no Estádio da Associação Atlética Avareense, com a participação de equipes:

Associação Atlética Avareense; Associação Ferroviária Avareense; Círculo Operário Futebol Clube; Fluminense Futebol Clube; Guarani Futebol Clube; Juventus Futebol Clube; Nacional Atlético Clube e São Paulo Futebol Clube.

Logo na estreia, com arbitragem de Ulysses Bertolacini, o Círculo Operário acabou sendo eliminado ao perder para o São Paulo Futebol Clube pelo placar de 1 a 0. O único gol saiu aos 5 minutos da etapa inicial, por intermédio de Zezinho.

Voltou a disputar o Paulista Amador do Interior de 1958

Voltou a disputar o Campeonato Amador do Interior do Estado de São Paulo, na Zona 19 da Liga Avareense de Futebol (Avaré), de 1958, com as seguintes equipes:

Associação Atlética Avareense; Associação Ferroviária Avareense; Círculo Operário Futebol Clube; Fluminense Futebol Clube; Guarani Futebol Clube; Juventus Futebol Clube; Nacional Atlético Clube; Palestra Futebol Clube e São Paulo Futebol Clube, todos de Avaré.

No domingo, do dia 11 de maio de 1958, tiveram os seguintes jogos: no Estádio Pinheiro Machado, o Juventus F. C. foi derrotado pelo Guarani F. C. por 3 a 1. preliminar; Circulo Operário F. C. bateu o São Paulo F. C. pelo placar de 2 a 1. No Estádio Chácara Santana, o Nacional A. C. goleou o Fluminense F. C. por 4 a 1.

No domingo, do dia 06 de julho de 1958, tiveram quatro partidas que foram as seguintes: Estádio Pinheiro Machado, o São Paulo F. C. goleou o Palestra F.C. por 9 a 0. Os gols foram assinalados por Waldemar, Zezinho e Arnez, todos com três gols cada.

Palestra F.C.: Magalhães; Marcos e Darci; Valeri, Vicente e Borba; Paula, Percelio, Gumercindo, Abilio e Peres.

S. Paulo F.C.: Vitinho; Chaim e Adelino; Zé da Lina, Urbano e Wilson; Tião, Arnez, Zezinho, Machado e Waldemar.

Na partida de fundo, o Nacional A.C. venceu o Círculo Operário por 1 a 0. Os times foram assim:

Círculo Operário F.C.: Nelson; Bento e Arlindo; Avaré, Miguel e Castilho; Airton, Nelsinho, Espingarda, Canhão e Tico.

Nacional A.C.: Soneira; Benini e Biriba: Rizzo, Melonchon e Renato: Fanchone, Belacosa, Borracha, Ponce e Colela.

No Estádio da Chácara Santana, outros dois jogos: o Fluminense F.C. goleou a Ferroviária pelo placar de 7 a 0. Os gols forram de Mazzola, quatro vezes; Zequinha, Chide e Henrique, com um tento cada.

A. Ferroviaria A.: Guerrinha; Zico e Flor;Rubenam, Pelé e Luiz: Zezinho, Isaias, Adão, Nabor Pedro.

Fluminense F.C.: Bolivar; Hélio e Silvio; Nogueira, Dorival e Dilo; Faria, Henrique, Zequinha, Chidê e Mazzola.

Por fim, a A.A. Avareense goleou o Guarani F.C. por 4 a 0. Gols foram assinalados por Armando, três vezes, e Flávio completou o placar.

A. Atlética Avareense: Machado; Chica I e Chico Preto; Chuquinha, Cidinho e Carcereiro; Beto, Armando, Flavio, Belmiro e Xerém.

Guarani F.C.: Martins; Pedro e Burrinho; Vicentini, Margoso e Laerte; Sanches, Pedrinho, Jonas, Mansano e Miro.

ARTE: desenho do escudo, uniforme e texto – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Diário da Noite (SP) – Mundo Esportivo (SP) – Prefeitura de Avaré

Torneio Início da Liga Avareense de Futebol de 1958 – Avaré (SP)

Associação Atlética Avareense (Campeã)

Dando abertura ao Campeonato Amador de 1958, a Liga Avareense de Futebol (LAF) organizou um Torneio Início, no domingo, do dia 30 de março de 1958, no Estádio da Associação Atlética Avareense, com a presença de todos os filiados. Apesar do tempo ameaçador, grande foi o número de pessoas que correram àquele estádio.

São Paulo Futebol Clube (Vice-campeão)

Os jogos transcorreram num ambiente de disciplina, graças a boa organização do Departamento de Árbitros, sr. Elias de Almeida Ward e técnico sr. Seme Jubran, que tudo fizeram para o brilhantismo da festa.

Guarani Futebol Clube (Terceiro lugar)

Na hora aprazada se achavam a postos todos os mentores da Liga, bem como os membros diretores dos clubes participantes. Coube ao sr. Clovis Gonçalves Guerra, presidente da Liga Avareense de Futebol (LAF), a tarefa de supervisionar todos os serviços, o que foi feito com êxito pleno.

Juventus Futebol Clube (Terceiro lugar)

O Torneio Início, contou com a participação de oito clubes:

Associação Atlética Avareense;

Associação Ferroviária Avareense;

Círculo Operário Futebol Clube;

Fluminense Futebol Clube;

Guarani Futebol Clube;

Juventus Futebol Clube;

Nacional Atlético Clube;

São Paulo Futebol Clube.

Círculo Operário Futebol Clube

Primeira Fase

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
São Paulo1X0Círculo OperárioUlysses BertolaciniZezinho (5 minutos do 1º tempo).
Juventus1X0NacionalOrestes FagnanPeixe (10 minutos do 1º tempo).
Avareense0X0FluminenseLúcio Aureliano de Lima2 a 1, em escanteios para o Avareense.
Guarani0X0FerroviáriaNão informadoNos pênaltis, o Guarani venceu por 1 a 0 (gol de Miro). Napolitano defendeu a penalidade de Zico, da Ferroviária.
Nacional Atlético Clube

Semifinais

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
São Paulo2X0JuventusJuvenal AreaMachado e Zé da Lina (no 2º tempo).
Avareense1X0GuaraniPedro GuazzelliFlávio (5 minutos do 1º tempo)
Associação Ferroviária Avareense

Final

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
Avareense2X0São PauloOrestes FagnanArmando (aos 2 e aos 13 minutos do 1º tempo).

Com os resultados, a Associação Atlética Avareense foi a grande campeã. O São Paulo Futebol Clube ficou com o vice. O Guarani Futebol Clube e o Juventus Futebol Clube ficaram na terceira colocação.

Fluminense Futebol Clube

QUADROS ATUARAM ASSIM:

A. A. AVAREENSE (Campeã):  Angélico; Chico Preto e Zé Luiz (Chuca I); Chuquinha, Vingança (Cidinho) e Carcereiro; Nivaldo, Armando, Beto (Ximbica), Flavio e Xerém.

SÃO PAULO F. C. (vice): José Henrique; Chaim e Adelino; Zé da Lina, Wilson e Zé Carlos; Pepe (Vitinho), Zezinho, Machado, Valdemar e Reinaldo.

CIRCULO OPERARIO: Grandão; Luiz e Bento; Avaré, Castilho e Miguel; Airton, Tico, Lopes, Canhão e Castro.

NACIONAL A. C.: Sonera; Benini e Biriba; Rizo, Djalma e Eduardo; Panchione, Belacosa, Borracha, Ponce e Cerqueira.

JUVENTUS F. C.: Cipó; Jorge e Sorocaba; Zezão, Barreira e Nogueira; Didi, Hélio Faria, Osmil, Henrique e Geraldo.

FERROVIARIA: Carlos Alberto; Zico e Teco; Martins, Brandão e Vênus; Eduardo, Isaias, Padre, Luiz e Adão.

GUARANI F. C.: Napolitano; Guilherme e Calado; Zé Antônio, Vicentini e Margoso; Fiico, Carlinhos, Pedrinho, Teles e Miro.

FONTE E FOTOS: A Gazeta Esportiva (SP)

Clube Atlético Flôr do Braz – São Paulo (SP): Fundado em 1928!

Bairro do Brás 

É um distrito situado na região central do município brasileiro de São Paulo, a leste do chamado Centro Histórico da São Paulo. Apesar de sua posição geográfica, pertence à região administrativa do Sudeste, visto que o bairro integra a subprefeitura da Moóca.

Atualmente, trata-se de uma região muito conhecida pelo comércio de roupas, especialmente nas imediações do Largo da Concórdia e da rua Oriente.

No começo do século, mais precisamente, nos anos 20 e 30, São Paulo abriu suas portas aos imigrantes italianos. Milhares deles vieram para a capital à procura de trabalho nas fazendas de café ou atraídos pela necessidade de mão de obra na nascente indústria paulistana.

Este crescente processo imigratório proporcionou um enorme crescimento dos bairros operários, em especial o bairro do Brás, onde grande parte dos italianos se fixou.

Três, desses estrangeiros, os irmãos José de Carvalho, Malhado e Osvaldo Nunes, fundaram no dia 7 de setembro de 1928, na rua Silva Teles esquina com a rua Bresser, um clube de futebol, ao qual deram o nome de Clube Atlético Flor do Brás. O Sr. José de Carvalho, foi o seu primeiro presidente e permaneceu no comando da equipe durante 50 anos.

Foto posada do C.A. Flôr do Braz do ano de 1954

CLUBE ATLÉTICO FLÔR DO BRAZ

O Clube Atlético Flôr do Braz é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na sexta-feira, do dia 07 de setembro de 1928. A sua Sede fica na Rua Silva Teles (esquina com a Rua Bresser), no bairro do Brás, na Região Central de São Paulo /SP.

História do Flôr do Braz

Na década de 20 e 30, São Paulo abriu suas portas aos imigrantes italianos. Milhares deles vieram para a capital à procura de trabalho nas fazendas de café ou atraídos pela necessidade de mão de obra na nascente indústria paulistana.

Três, desses estrangeiros, destacam-se neste Memórias da Várzea, trata-se de: José de Carvalho, Malhado e Osvaldo Nunes. Irmãos, que numa conversa de botequim, fundaram em sete de setembro de 1928, na rua Silva Teles esquina com a rua Bresser, um clube de futebol, ao qual deram o nome de C.A Flor do Brás.

José de Carvalho, seu Zezinho (marcado no circulo) fundador e 1º Presidente do Flor e Antônio Veríssimo da Silva, presidente há mais de duas décadas (foto: Arquivo/SIMMM)

Seu Zezinho ficou na presidência por meio século

O Sr. José de Carvalho, seu Zezinho, foi o seu 1º Presidente e permaneceu no comando da equipe durante 50 anos. Nessa época tinham sede (casa do presidente) e campo de futebol. Porém, o terreno do campo foi desapropriado para a construção de uma biblioteca municipal.

Quando o então presidente adoeceu e mais tarde veio a falecer, assumiu em seu lugar Antônio Veríssimo da Silva, o Caçula, que há 23 anos dirige o clube com organização, lealdade e acima de tudo amor. “Só estou dando continuidade ao trabalho do Zezinho, que até hoje é considerado o presidente de honra do Flor. Nosso maior orgulho é não ter parado, pois muitas agremiações que começaram na mesma época que nós já encerraram suas atividades”, disse.

Sobre o princípio de tudo, Caçula conta: “Depois da sua morte, o clube ficou meio dividido, já que seus primeiros cinquenta anos de vida ficaram com ele. Nós não temos acesso a esses documentos, o que é uma pena, pois acabamos desconhecendo fatos importantes de sua história” e acrescenta “estou tentando localizar uma sobrinha dele, pois me disseram que ela possui um acervo antigo com parte dessa biografia”, afirmou Caçula.

A escolha das cores do clube

Sabe-se, no entanto, que o nome Flor do Brás surgiu, pois no bairro havia uma fábrica de perfumes que utilizava flores em suas fragrâncias. Mas, por que deram a este clube as cores verde, preto e branco?

Essa é uma história engraçada. O que eu sei é que dois dos fundadores eram palmeirenses e um era corinthiano, assim, em comum acordo, uniram as cores desses times para batizar o C.A Flor do Brás”, explicou Caçula.

Um outro fato engraçado envolvendo nossas cores ocorreu no ano passado, quando fui a uma casa de esportes mandar fazer nosso fardamento. O rapaz da loja disse que eu não poderia fazer meu uniforme porque era igual ao do América de Minas. Mas eu o questionei: Por que eu não posso, se o Flor é mais antigo que o América? Se tiver alguém querendo copiar não somos nós, pois nosso clube é registrado na Secretaria Municipal de Esportes e na FPF nessas três cores”, revelou.

A dura realidade de um clube da várzea

O C.A Flor do Brás como muitos da várzea, passa por uma série de problemas financeiros. “Somos uma equipe prestes a celebrar 72 anos de atividades ininterruptas. Uma equipe tradicional que ainda luta para conseguir sede e campo próprios”, lamenta o presidente.

Temos muitos planos para o clube, mas está difícil vê-los realizados. Gostaríamos, por exemplo, de disputar as categorias de base da Secretaria Municipal de Esportes, mas não temos espaço para treinar” conta Caçula e ainda “Hoje nós treinamos e temos o mando de jogo no campo do CDM Vigor e recentemente, fizemos um acordo com o Flamengo da Vila Maria para usar o campo deles em sábados alternados”.

Sua atual diretoria sonha com a construção de uma sede. Atualmente, como há 72 anos, as reuniões do clube são feitas na casa do presidente, e é lá também onde são guardados troféus, medalhas e fardamentos que contam a sua história. “Minha esposa, Izilda da Silva, tem muito carinho pelo Flor do Brás. Eu a considero presidente de honra do clube, pois está sempre nos apoiando. Faz modelos de fardamentos, lava e passa as camisas. Quando estava empregada, 20% da sua renda era destinada ao time”, se emociona Caçula.

Nossos atletas também enfrentam dificuldades, por isso, na medida do possível, tentamos ajudá-los. Seja com uma cesta básica, com um passe de ônibus ou quitando uma conta de água e luz que esteja atrasada”.

A maior reclamação, porém, é por falta de um patrocínio “Várias pessoas já apareceram com a intenção de nos ajudar, mas quando você apresenta um projeto elas fogem”. Assim, sem apoio e ajuda, o Projeto Criança não sai da gaveta. “Gostaríamos muito de fazer um trabalho voltado para as crianças. Esse projeto prevê a construção de um centro de convivência infantil, com campo de futebol, área de recreação e escolinha de futebol. Pretendemos tirar as crianças das ruas e dar a elas condições para crescerem num mundo mais sadio”, sonha Caçula.

Títulos do C.A. Flôr do Brás

Copa Gabriel Ortega;

Campeão da Copa Benflor, organizada pelo Benfica da Vila Maria. Na final, o Clube Atlético Flor do Brás venceu a Estrela Vermelha Futebol Clube da Vila Nivi por 1 a 0, com gol de Baianinho;

Campeão da Copa Amizade, organizada por Milton Montes e Vítor Sapienza realizada na cidade de São Manuel;

Campeão Metropolitano Regional da Zona Norte;

Vice-Campeão Metropolitano Geral na final ocorrida no Estádio Ícaro de Castro Mello no Ibirapuera. O Clube Atlético Flor do Brás perdeu para o Estrela Futebol Clube de São Bernardo do Campo pelo placar de 2 a 1.

ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES E FOTOS: Meu acervo – Histórias do Pari – Site do SIMMM – Museu Virtual do Futebol

Guarany Futebol Clube – Lorena (SP): disputou o Paulista Amador do Interior de 1956

Por Sérgio Mello

O Guarany Futebol Clube é uma agremiação do município de Lorena, situado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte do estado de São Paulo. Sua população é de 84.855 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2020. A localidade está a uma distância da capital de 180 km.

Fundado na quinta-feira, do dia 15 de novembro de 1945, tem a sua Sede e o campo localizados na Avenida Brasil, s/n (lado do nº 66), no bairro da Cidade Industrial, em Lorena (SP).

Na segunda-feira, do dia 10 de maio de 1971, o clube ganhou a honraria e foi Declarado de Utilidade Pública, por meio da Lei nº 845, de 10//05/71, conferido pelo então Prefeito de Lorena, o Sr. José Geraldo Alves.

Jogou o Paulista Amador do Interior

Disputou o Campeonato Paulista Amador do Interior de 1956, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF)Na quinta-feira, do dia 14 de junho de 1956, a FPF divulgou os grupos, no qual o Guarany ficou no Setor 7 com Sede da Liga Municipal de Futebol de Lorenajuntamente com nove equipes:

7 de Setembro Futebol Clube (Lorena);

 Arsenal Futebol Clube (Lorena);

Esporte Clube Hepacaré (Lorena);

Hôrto Florestal Futebol Clube (Lorena);

Independência Futebol Clube (Lorena);

Joana D’Arc Esporte Clube (Lorena);

União Operária Futebol Clube (Lorena);  

Cachoeira Futebol Clube (Cachoeira Paulista);   

Esporte Clube Estrela (Piquete).

Ao todo, o Guarany Futebol Clube participou do Campeonato Paulista Amador do Interior em quatro oportunidades: 1956, 1957, 1958 e 1959.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Rodolfo Kussarev

FOTO: Página no Facebook “Lorena em Fotos Antigas”

FONTES: Legislação Digital ‘Lorena-SP’ – A Gazeta Esportiva (SP)