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Inédito!! União Portuária São Domingos (atual A.S. São Domingos) – Maceió (AL)

A União Portuária São Domingos foi uma agremiação da cidade de Maceió (AL). O “Tricolor da Igreja” foi Fundado na terça-feira, do dia 1º de Setembro de 1964, pelo carioca Valdemar Santana, um militar reformado, ex-jogador do Bangu e do Vasco da Gama, que veio a Alagoas para trabalhar na Marinha, e depois passou a colaborar com o Orfanato São Domingos, no bairro Cruz das Almas, em Maceió. As cores, escolhidas são da bandeira do estado de Alagoas: azul, vermelho e branco.

Lá resolveu formar uma equipe de futebol com os jovens ali internos. A proposta era pôr em atividade os internos do Lar São Domingos, que tinha um campo de futebol com dimensões oficiais. Mas logo os jovens jogadores foram se destacando nos campeonatos juvenis e a equipe começou a alçar voos maiores, até ser profissionalizada.

Em 1967, o clube conquistoucampeonato estadual juvenil e, em 1970, passou a ser a Associação Sportiva São Domingos, tendo como presidente do clube o empresário Miguel Spinelli. Disputou seu 1º Campeonato Alagoano da 1ª Divisão, em 1970.

No ano seguinte, Miguel Spinelli, empresário diretor da Ultrafertil, decidiu investir e montar uma grande equipe e trouxe jogadores experientes como Zé Galegoe Catatau, do CSAMário e Reinaldo, do interior paulista; Major, do Vasco da Gama; Babá e Isnar, do América do Recife; Toninho e Zé Leite, do Náutico; Giraldo e China, do Palmeiras, além de Jonas, GabrielCanhoteiro, Pires, entre outros.

O arisco atacante Gabriel (à esquerda); o mascote Sebastião Marinho Muniz Falcão, o “Munizinho”, e o maestro do São Domingos dos tempos áureos, China 

Teve como técnico Érik Tenório, ex-jogador do CSA e estudante de Economia. Passaram ainda pelo comando técnico do time Hélio Miranda e Tôni Almeida. Esse time conseguiu chegar à fase final do Campeonato Alagoano de 1971.

Após a saída de Miguel Spinelli para ser diretor do CRB, o clube foi administrado por muitos anos pelo coronel Paulo Casado, tendo mudado sua sede para Viçosa por pouco tempo.

A partir de 1982 o advogado Cordeiro Lima assumiu a direção do São Domingos e estabeleceu sua sede em Murici (Rua da Linha, s/n, no Centro), contando com a ajuda do Major Olavo Calheiros. Foi esse apoio que levou o time a ser o vice-campeão Alagoano de 1988, após derrotado na final pelo CSA por 2 a 1 no Estádio Rei Pelé.

Com a morte do Major Olavo Calheiros, o Domingão voltou a ter sede em Maceió e, atualmente, tem endereço no Povoado de Massagueira (Loteamento Bosque da Massagueira, no bairro de Massagueira), município de Marechal Deodoro, na grande Maceió.

Time do São Domingos em 1971. Em pé: Isnar; Catatau, Major, Dodô, Zé Leite e Clóvis; agachados: Giraldo, China, Reinaldo, Mário e Canhoteiro

Em 1999, se sagrou Campeão do Campeonato Alagoano da 2ª Divisão. A Associação Sportiva São Domingos é também conhecida pela competitividade nas competições de base. De acordo com dados do clube, o tricolor foi vice-campeão juvenil do Nordeste e vice-campeão infantil do Sesi em 2002 e vice-campeão alagoano Sub-17 em 2007.

Desenhos: Sérgio Mello

Colaborou: Gerson Rodrigues

FOTOS: Tribuna Hoje

FONTES: Wikipédia – História de Alagoas – Tribuna Hoje

Foto Rara: CSA campeão do Campeonato Alagoano da 1ª Divisão de 1972!

CSA (Centro Sportivo Algoano) campeão do Campeonato Alagoano da 1ª Divisão de 1972. Dos jogadores posados acima, Paranhos que depois se transferiu para o São Paulo Futebol Clube; Ditão teve uma passagem pelo Clube de Regatas Flamengo; Lourival veio do Clube de Regatas Vasco da Gama; Silva veio do Olaria Atlético Clube (RJ).

EM PÉ (esquerda para a direita): Ciro, Zito, Paranhos, Ditão, Lourival e Zé Luís;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Carôco, Dudu, Fernando Carlos, Rafael, Silva e Cícero (Massagista).

FONTES: site Harpya Leilões

CSA – Maceió (AL): Escudo raro de 1973, que contou com Dida e Garrincha

O CSA (Centro Sportivo Alagoano) é uma agremiação da cidade de Maceió (AL). A sua Sede fica na Av. Menino Marcelo, nº 8.122, na Cidade Universitária, em Maceió (AL). O Centro de Treinamento Gustavo Paiva fica situado na Av. Major Cícero de Góes Monteiro, nº 2.593, bairro Mutange, em Maceió (AL).

O “Azulão do Mutange” foi Fundado no domingo, do dia 7 de Setembro de 1913, na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, quando um grupo de desportistas, liderado por Jonas Oliveira, se reuniu com o objetivo de criar a agremiação.

O 1º nome foi Centro Sportivo Sete de Setembro, em homenagem a sua data de fundação, e começou a funcionar na própria sede da Sociedade Perseverança, onde ficavam guardados os seus primeiros barcos. Ali, se formou uma verdadeira academia de atletas, pois o clube tinha um ótimo corpo de lutadores de boxe, luta greco-romana, além de levantamento de peso, lançamento de dardo e de disco e esgrima.

Os esportes náuticos só entraram na história do clube em 1917 e, durante muitos anos, seus associados usaram a Lagoa Mundaú para passeios e competições náuticas.

Não demorou muito tempo e a sede do clube foi transferida para uma das dependências do Palácio Velho, antigo Palácio do Governo. Em seguida, no ano de 1915, mais uma mudança ocorreu e a sede azulina passou a funcionar em um prédio na Praça da Independência, antiga Praça da Cadeia, pertencente ao Tiro de Guerra.

Foi aí, inclusive, que o time realizou seus treinos e jogos. O 1º jogo dos azulinos foi contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife e os azulinos venceram por 3 a 0.

O Escudo do Golfinho

Dois anos após a fundação, aconteceu a primeira modificação do nome do CSA que, de Centro Sportivo Sete de Setembro passou a se chamar Centro Sportivo Floriano Peixoto, em 1915.

No sábado, do dia 13 de abril de 1918, o time mudou mais uma vez a sua razão social e foi batizado, em assembléia geral, com o nome de Centro Sportivo Alagoano, que de imediato passou a se identificar com o povo alagoano e a ser conhecido como o “Clube das Multidões“.

O CSA é o maior vencedor do Campeonato Alagoano da 1ª Divisão, com um total de 40 títulos, oito a mais do que o seu maior rival: CRB com 32 conquistas.

Breve história de O Escudo do Golfinho de 1972/73

O escudo na verdade foi uma logomarca do CSA, lançado o projeto, no sábado, do dia 23 de Setembro de 1972, para apresentação da maquete da nova Sede Social e Náutica.

O intuito do evento era a venda de títulos patrimoniais, a fim de que o clube pudesse levantar o montante para a construção do Parque Esportivo do Centro Sportivo Alagoano, no bairro do Mutange, localizado às margens da Lagoa Mundaú. No final, chegou a ser construída uma piscina, mas posteriormente acabou sendo aterrada.  

Em 1973, o CSA realizou vários jogos com um escudo diferente e bonito (pelo menos para mim), onde é possível ver um golfinho de boné, abraçando uma bola e sobre o contorno oval, com as letras CSA. O distintivo ficou conhecido entre os torcedores azulinos como “O Escudo do Golfinho“.

Mané Garrincha, em 19/09/1973

Garrincha vestiu a camisa nº 7, do CSA

Na noite de quarta-feira, do dia 19 de Setembro de 1973, aproveitando a folga na rodada do Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão, o CSA realizou um amistoso, contra o ASA de Arapiraca (Associação Sportiva São Domingos, do município alagoano de Murici foi convidada, mas rejeitou por não ter chegado a um acordo financeiro), no Estádio Rei Pelé, em Maceió.

Nessa partida, Mané Garrincha foi a grande atração da partida. O jogador, que ficou hospedado no Parque Hotel, definiu a sua presença após uma reunião do seu empresário W. F. Galiza com os dirigentes do clube alagoano: Aurélio Lages, Fernando Collor e Arnaldo Chagas, com a colaboração do radialista Haroldo Miranda.

Garrincha jogou ao lado do meia Dida (então na função de técnico do CSA), seu companheiro na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Mané recebeu diversas homenagens (recebeu três lindos troféus: da diretoria do CSA, da Associação de Cronistas Desportivos de Alagoas e de uma firma de Maceió) e fez um pedido (que foi atendido): que a entrada fosse franqueada para as crianças até 12 anos.  

Na partida, Dida, então com 39 anos, já não gozava de um condicionamento físico de outrora. Por isso, jogou os primeiros 20 minutos da etapa inicial, o suficiente para deixar a sua marca.

O técnico do ASA, Júlio Silva lamentou que o marcador do Mané, também com 39 anos, seria o lateral Luizão, porém o mesmo estava contundido e não pode jogar. O treinador revelou que Luizão chorou, pois queria enfrentar Garrincha e ser mais um “novo João“.

No final, o CSA venceu o ASA pelo placar de 3 a 1. Garrincha não marcou. Os tentos foram do veterano Dida, Tião (contra) e Manoelzinho Cariri. Para o ASA de Arapiraca, Zito fez o tento de honra.

Da esquerda para a direita: Dudu e Manoelzinho Cariri (autor de um dos gols)

DESENHO DO ESCUDO, UNIFORME E TEXTO: Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Walter Luís – Museu dos Esportes

FONTES: site oficial do clube – Federação Alagoana de Futebol (FAF) – Wikipédia – “O Escudo do Golfinho – CSA 1972”, no Futebol Alagoano para Sempre, autoria de Walter Luís (YouTube) – Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Pernambuco (PE)

Escudo da década de 90: Ferroviário Atlético Clube – Maceió (AL)

O Ferroviário Atlético Clube foi uma agremiação da Cidade de Maceió (AL). Fundado no dia 02 de Maio de 1937, o clube teve o período áureo na década de 50. Nessa publicação vamos falar das quatro vezes em que o clube mudou as suas cores.

Contando com a preciosa colaboração do renomado amigo, jornalista, escritor e pesquisador Laércio Becker que me cedeu gentilmente o livro “Quando o Futebol Andava de Trem: memórias dos times ferroviários brasileiros“, do autor Ernani Buchmann (Editora: Imprensa Oficial do Paraná).

Nela, aborda que o Ferroviário Atlético Clube de Maceió (AL), dias depois da sua fundação (que ocorreu), um diretor da Estrada de Ferro doou o uniforme: camisa na cor ouro e short azul. Na sua estreia o Ferroviário acabou derrotado pelo Flamengo E.C. da Praça Deodoro pelo placar de 2 a 0.

Em 1948 inaugurou a sua Sede própria, que foi palco das mais famosas festas de São Félix. Para ser sócio do clube a pessoa deveria ser empregado ou aposentado da Viação Férrea.

Alguns anos depois o Ferroviário trocou a cor ouro pelo branco, mas mantendo a cor azul. Nos anos 50 veio a mudança do escudo (aquele conhecido) e outra troca: saiu o azul e entrando o verde.

Coincidência ou não, o Ferroviário Atlético Clube, chegou ao seu auge. Em 1951 se profissionalizou, no ano seguinte foi campeão do Torneio Início; levantou a taça do Campeonato da Capital em 1953; faturou o inédito título do Campeonato Alagoano da Série A de 1954; além dos vice-campeonatos: 1952, 1953 e 1956.

O Ferroviário foi a base da Seleção Alagoana de Futebol nos anos de 1953 e 1954, quando a principal competição nacional era o Campeonato Brasileiro de Seleções estaduais.

O seu último lampejo aconteceu em 1977, quando o Ferroviário montou um time forte. Depois, sem torcida, associados o “trem descarrilou dos trilhos” e caiu para a Segunda Divisão.

No início dos anos 80, a última tentativa desesperada o clube trocou as cores pela quarta e última vez: saiu o alviverde e entrou o áureo-rubro. No entanto, o seu último “suspiro” não deu certo. O clube acabou eliminado da Segundona Alagoana por falta de pagamento das taxas devidas à Federação Alagoana de Futebol.

Fontes: Wikipédia – Laercio Becker – o livro “Quando o Futebol Andava de Trem: memórias dos times ferroviários brasileiros”, do autor Ernani Buchmann  

Centro Esportivo Alagoano (CSA): Tetracampeão Alagoano em 1958

Tetracampeão Alagoano (1955, 1956, 1957 e 1958)

A Revista do Esporte assim descreveu o grande feito: “Pela quarta vez consecutiva o Centro Esportivo Alagoano (CSA) sagrou-se campeão de seu Estado. Integrado de elementos que possuem bom futebol (e sendo o clube onde Dida se iniciou), o tetra das Alagoas mais e mais aumenta a sua legião de aficionados”.

A foto (abaixo) nos mostra a equipe do Centro que tem a seguinte constituição: Em pé, da esquerda para direita – Bandeira, Masso, Paulo Santos, Nazareno, Bolendo e Moura;

Agachados, da esquerda para direita – Clóvis, Perereca, Santos, Tonho e Ítalo.    

FONTE: Revista do Esporte (RJ)