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Inédito!! Brazil Foot-Ball Club – Maceió (AL): Disputou o Estadual de 1920

O Brazil Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade de Maceió (AL). Fundado no sábado, do dia 02 de dezembro de 1916, nas cores alvinegras. Posteriormente, foi reorganizado no domingo, do dia 10 de Setembro de 1922, alterando as cores para verde e amarelo. A sua Sede social ficava localizado na Rua Floriano Peixoto, nº 24, no bairro Ipioca, em Maceió (AL).

No domingo, do dia 25 de novembro de 1917, no ground do Centro Sportivo Eneas Campello um match dos segundos times do Eneas Campello e do Brazil Foot Ball Club, que teve arbitragem de Félix Lima Júnior.

Eneas Campello: Antonio ; Buarque e Hyppolito; Veronja, João Luiz e Raymundo Santos; Valente, Antonio II e Malta Pereira.

Brazil: Baena; Carvalho e Moacyr; Waldomiro, Durval e Salustiano II; Sizenando, Rodrigues, J. Sonto, J. Paulo e Aparício.

Referee: Salustiano Correia.

No domingo, do dia 2 de dezembro de 1917ocorreu uma partida amistosa entre os Primeiros e Segundos Teams do Brazil Foot Ball Club, em comemoração ao seu primeiro aniversário de fundação.

1º Team: Raphael; Osny e J. Bittencourt; Conde, C. Doria e Waldomiro; Salustiano (1º), Tunico, Julio Pitotinha e Archimedes.

2º Team: Baena; Elefante e Camelo; Palito, Durval e Sanum; Molengo, Minas Gerais, Julinho, Baiá e Carioca.

Disputou o Estadual de 1920

No futebol, o clube jogou o Campeonato de Maceió (depois ganhou o status de o Estadual) da 1ª Divisão de 1920, organizado pela Liga Alagoana de Desportos (LAD). O CRB se sagrou campeão, enquanto o Brazil terminou na 4ª colocação, num total de cinco equipes participantes.

Brazil derrota o campeão Alagoano

O jornal Vida Sportiva assim contou a história da peleja que foi elizado na tarde do domingo, do dia 12 de dezembro de 1920, no campo do CRB (Club de Regatas Brasil): um encontro amistoso entre os primeiros e segundos quadros do club local, campeão sem derrotas da L. A. D. e os mesmos quadros do Brazil Foot-Ball Club o penúltimo da tabella do campeonato.

Nos segundos quadros venceu o CRB por 1 a 0 e nos primeiros coube a vitória ao glorioso Brazil por 2 a 1. O jogo dos primeiros teams esteve admirável pois o Brazil Foot-Ball Club apesar da grande falta de treino, está com um team que, diga-se de passagem, dificilmente será vencido em Maceió.

A equipe do Brazil jogou desfalcada dos seus ótimos elementos Archimedes, Medeiros, A. Miguel e Barboza este último entrou em campo, mas após 10 minutos de jogo é inutilizado pelo center forward alvirrubro.

O CRB por intermédio de Sidney, Abel, Gallo e Pedro desenvolveu em jogo brutal e perigoso que talvez fosse a causa única da sua primeira derrota deste anno.

Ao contrário dos seus adversários, os alvinegros mantiveram-se sempre com lealdade desenvolvendo um jogo franco e leal conseguindo empatar a peleja durante o primeiro meio tempo, dada a saída para o segundo meio tempo os alvinegros que até aqui se tinham mantido sempre em defensiva, exerceram forte pressão sobre o seu terrível contendor que viu a sua barra varada por duas vezes consecutivas.

Depois destes feitos dos brazileiros o CRB desenvolve cerrado ataque sobre barra de Lula que se houve com maestria. Quando apenas faltavam 5 minutos para terminar a peleja, A. Gondim do CRB com um feliz tiro ao ângulo esquerdo do goal brazileiro, consegue o seu único e último ponto da tarde, os goals do Brazil, foram conquistados pelos destemidos: Oscar Calheiros e Araujo.

O CRB também jogou desfalcado de M. Gomes o Zé Azevedo, o que aliás nada influiu, pois foram muito bem substituídos.

Algumas Diretorias

No mês de novembro de 1920, o Brazil Foot-ball Club elegeu a nova diretoria, que assim ficou constituída:

Presidente de honra – Antonio de Souza Almeida;

Presidente – Manoel Roberto de Araujo;

Vice-presidente – José Eusebio de Barros;

1° Secretario – Tancredo Silva;

2º Secretario – José Angetunes Netto;

Vice-thesoureiro – Luiz Falo Sobrinho;

Thesoureiro – Raphael Anrias de Almeida;

Director de Sport – Hildebrando Silva;

Vice-director de Sport – Vicente dos Santos Camelio;

Orador – Raul Falcão;

Commissão Fiscal – Pedro Henes Moreira, Salustiano Eusebio de Barros, Anthenor Marques e Apparicio Lins;

Archivista – Bernarline Lopes.

Empossou-se, em janeiro de 1923, a diretoria do Brazil Foot-ball Club, a qual é assim constituída:

Presidente de honra – Dr. Ernandi Teixeira Basto; Vice-presidente de honra – Alberto Mello; Presidente – José Fernandes de Barros Lima Filho; Vice-presidente – Salustiano Eusebio de Barros; 1º Secretario – Joaquim Maciel Filho; 2º Secretario – José Farias de Almeida; Thesoureiro – Durval Prado; Orador – dr. Alfredo de Barros Lima Junior.

Brazil derrota Sport Club Viçosense

Os viçosenses encheram-nos de gratas satisfações. Como é sabido do programa publicado no nosso nº passado e em avulsos fizemos-lhes carinhosa recepção, dando-se o encontro do nosso povo com suas Embaixada e equipe na Rua General Clodoaldo da Fonseca, às 19 horas, do sábado, do dia 22 de setembro de 1923.

Está na estima publica a imponência do préstito até a sede da Municipalidade onde discursaram os oradores oficiais do nosso club Brazil Foot-ball Club e do Viçosa, Sport Club Viçosense e o seu prosseguimento no palacete da hospedagem, ne rua Dr. Fernandes Lima, onde foram aqueles ilustres e queridos amigos cumulados de obséquios até o seu retorno.

No domingo, do dia 23 de setembro de 1923, pelas 5 da manhã, foi celebrada Missa Campal de inauguração do Campo esportivo do Brazil Foot-ball Club comparecendo ali seleta e empolgante assistência de fieis.

A imponência do ato divino juntara-se o cortejo solene das duas músicas e cânticos festivos de envolta aos treinos saudosos e inocentes dos passarinhos, as romper d’alva, hora em que terminou a função sagrada.

Ao meio dia foi oferecido um banquete à exma. Embaixada e aos sportmans estranhos tomando parte na mesa as principais autoridades locais, havendo, nessa ocasião, brindes pelos oradores das equipes.

Às 14 horas, a sessão cívica e oferta da bandeira auriverde ao B. F. C. por suas gentis torcedoras, sendo interpretes da oferta e agradecimento a senhorinha Marilli Moraes e o ilustre sportman Dr. Henrique Costa.

Às 15 horas, em seguida, o empenho das duas esquadras no belo e vasto campo do B. F. C. Travado o combate, que foi renhido, um “schot” do Mendes deu a glória de vencedor ao nosso team com a “score” de 1 a 0, terminando o tempo com o congraçamento generoso e desapaixonado dos nossos jogadores e amigos com os Viçosenses.

Referiu (árbitro) a partida o sr. Dalmario Souza.

Seguiram-se festas de regozijo na segunda-feira, do dia 24 de setembro de 1923, combateu novamente, em nosso gramado a Sport Club Viçosense com a C. S. P. levando de vencida o Viçosa com a contagem de 2 a 1 contra o Club Sportivo Palmeiras.

Atuou a disputa o sr. Dr. Henrique Costa.

Acima de qualquer feição partidária, frisamos aqui a nossa glória pela aproximação cordial das famílias viçosenses e palmeirenses.

Povo culto e de vistas avançadas, aplicou-nos mais ume vez, recebendo nossos obséquios de hospedagem com máxima fidalguia e intuitos alevantados de congraçamento social entre esta e a sua bela cidade.

A eminente Embaixada que se compunha dos mais primorosos elementos sociais viçosenses marcou, entre nós, ume época de saudosas recordações pela diplomacia de seus egrégios membros, notadamente os exmos. Drs. Brandão Villela e Arnaldo Marta.

Nossa querida Palmeira, pois, sem pretender ofender tão distintos amigos, ganhou duplamente com a visita de Viçosa sportiva.

Ganhou no combate de seus sportmans e muito mais ainda pela felicidade de hospedar cavalheiros tão distintos e ilustrados.

Saudosamente separados da honrosa visita fazemos votos porque em breve tenhamos o gozo de visita-los, ainda uma vez, em seus penates para receber-lhes os influxos amigos e maior estreiteza de relações e simpatias.

Seguem-se es equipes que tomaram parte nos jogos:

Entre as justas alegrias deste povo excelentemente católico e sumamente que se compõe esta primorosa Paróquia de Palmeira vai ser realizada hoje som faustosas pompas litúrgicas encantadora e excepcional mente piedosa festa do Sagrado Coração

A considerar a grandeza dos quatro Centros do Apostolado da Oração de nossa Matriz, Palmeira de Fora.

Brazil: Costa; Horácio e Mello; João, Álvaro (Cap.) e Leão; Jolino, Mendes, Leite e Anatólio  e Augusto.

Viçosense: Zécypriano; M. Vieira e J. Viegas; Chaves, Nouziho e Zémetta; Otheniel, Leodegerio, Zécarnauba (Cap.), L. Viegas e Lepido.

C. S. P.: José; Floriano e Olympio; Ferro, Cerqueira e Canuto; Arestides, Alypio, Passos (cap), Hermelindo e Moura.

FONTES: Diário de Pernambuco (PE) – Diário do Povo (AL) – O Malho (RJ) – Vida Sportiva (RJ) – O Índio (AL)

Inédito!! União Portuária São Domingos (atual A.S. São Domingos) – Maceió (AL)

A União Portuária São Domingos foi uma agremiação da cidade de Maceió (AL). O “Tricolor da Igreja” foi Fundado na terça-feira, do dia 1º de Setembro de 1964, pelo carioca Valdemar Santana, um militar reformado, ex-jogador do Bangu e do Vasco da Gama, que veio a Alagoas para trabalhar na Marinha, e depois passou a colaborar com o Orfanato São Domingos, no bairro Cruz das Almas, em Maceió. As cores, escolhidas são da bandeira do estado de Alagoas: azul, vermelho e branco.

Lá resolveu formar uma equipe de futebol com os jovens ali internos. A proposta era pôr em atividade os internos do Lar São Domingos, que tinha um campo de futebol com dimensões oficiais. Mas logo os jovens jogadores foram se destacando nos campeonatos juvenis e a equipe começou a alçar voos maiores, até ser profissionalizada.

Em 1967, o clube conquistoucampeonato estadual juvenil e, em 1970, passou a ser a Associação Sportiva São Domingos, tendo como presidente do clube o empresário Miguel Spinelli. Disputou seu 1º Campeonato Alagoano da 1ª Divisão, em 1970.

No ano seguinte, Miguel Spinelli, empresário diretor da Ultrafertil, decidiu investir e montar uma grande equipe e trouxe jogadores experientes como Zé Galegoe Catatau, do CSAMário e Reinaldo, do interior paulista; Major, do Vasco da Gama; Babá e Isnar, do América do Recife; Toninho e Zé Leite, do Náutico; Giraldo e China, do Palmeiras, além de Jonas, GabrielCanhoteiro, Pires, entre outros.

O arisco atacante Gabriel (à esquerda); o mascote Sebastião Marinho Muniz Falcão, o “Munizinho”, e o maestro do São Domingos dos tempos áureos, China 

Teve como técnico Érik Tenório, ex-jogador do CSA e estudante de Economia. Passaram ainda pelo comando técnico do time Hélio Miranda e Tôni Almeida. Esse time conseguiu chegar à fase final do Campeonato Alagoano de 1971.

Após a saída de Miguel Spinelli para ser diretor do CRB, o clube foi administrado por muitos anos pelo coronel Paulo Casado, tendo mudado sua sede para Viçosa por pouco tempo.

A partir de 1982 o advogado Cordeiro Lima assumiu a direção do São Domingos e estabeleceu sua sede em Murici (Rua da Linha, s/n, no Centro), contando com a ajuda do Major Olavo Calheiros. Foi esse apoio que levou o time a ser o vice-campeão Alagoano de 1988, após derrotado na final pelo CSA por 2 a 1 no Estádio Rei Pelé.

Com a morte do Major Olavo Calheiros, o Domingão voltou a ter sede em Maceió e, atualmente, tem endereço no Povoado de Massagueira (Loteamento Bosque da Massagueira, no bairro de Massagueira), município de Marechal Deodoro, na grande Maceió.

Time do São Domingos em 1971. Em pé: Isnar; Catatau, Major, Dodô, Zé Leite e Clóvis; agachados: Giraldo, China, Reinaldo, Mário e Canhoteiro

Em 1999, se sagrou Campeão do Campeonato Alagoano da 2ª Divisão. A Associação Sportiva São Domingos é também conhecida pela competitividade nas competições de base. De acordo com dados do clube, o tricolor foi vice-campeão juvenil do Nordeste e vice-campeão infantil do Sesi em 2002 e vice-campeão alagoano Sub-17 em 2007.

Desenhos: Sérgio Mello

Colaborou: Gerson Rodrigues

FOTOS: Tribuna Hoje

FONTES: Wikipédia – História de Alagoas – Tribuna Hoje

Foto Rara: CSA campeão do Campeonato Alagoano da 1ª Divisão de 1972!

CSA (Centro Sportivo Algoano) campeão do Campeonato Alagoano da 1ª Divisão de 1972. Dos jogadores posados acima, Paranhos que depois se transferiu para o São Paulo Futebol Clube; Ditão teve uma passagem pelo Clube de Regatas Flamengo; Lourival veio do Clube de Regatas Vasco da Gama; Silva veio do Olaria Atlético Clube (RJ).

EM PÉ (esquerda para a direita): Ciro, Zito, Paranhos, Ditão, Lourival e Zé Luís;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Carôco, Dudu, Fernando Carlos, Rafael, Silva e Cícero (Massagista).

FONTES: site Harpya Leilões

CSA – Maceió (AL): Escudo raro de 1973, que contou com Dida e Garrincha

O CSA (Centro Sportivo Alagoano) é uma agremiação da cidade de Maceió (AL). A sua Sede fica na Av. Menino Marcelo, nº 8.122, na Cidade Universitária, em Maceió (AL). O Centro de Treinamento Gustavo Paiva fica situado na Av. Major Cícero de Góes Monteiro, nº 2.593, bairro Mutange, em Maceió (AL).

O “Azulão do Mutange” foi Fundado no domingo, do dia 7 de Setembro de 1913, na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, quando um grupo de desportistas, liderado por Jonas Oliveira, se reuniu com o objetivo de criar a agremiação.

O 1º nome foi Centro Sportivo Sete de Setembro, em homenagem a sua data de fundação, e começou a funcionar na própria sede da Sociedade Perseverança, onde ficavam guardados os seus primeiros barcos. Ali, se formou uma verdadeira academia de atletas, pois o clube tinha um ótimo corpo de lutadores de boxe, luta greco-romana, além de levantamento de peso, lançamento de dardo e de disco e esgrima.

Os esportes náuticos só entraram na história do clube em 1917 e, durante muitos anos, seus associados usaram a Lagoa Mundaú para passeios e competições náuticas.

Não demorou muito tempo e a sede do clube foi transferida para uma das dependências do Palácio Velho, antigo Palácio do Governo. Em seguida, no ano de 1915, mais uma mudança ocorreu e a sede azulina passou a funcionar em um prédio na Praça da Independência, antiga Praça da Cadeia, pertencente ao Tiro de Guerra.

Foi aí, inclusive, que o time realizou seus treinos e jogos. O 1º jogo dos azulinos foi contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife e os azulinos venceram por 3 a 0.

O Escudo do Golfinho

Dois anos após a fundação, aconteceu a primeira modificação do nome do CSA que, de Centro Sportivo Sete de Setembro passou a se chamar Centro Sportivo Floriano Peixoto, em 1915.

No sábado, do dia 13 de abril de 1918, o time mudou mais uma vez a sua razão social e foi batizado, em assembléia geral, com o nome de Centro Sportivo Alagoano, que de imediato passou a se identificar com o povo alagoano e a ser conhecido como o “Clube das Multidões“.

O CSA é o maior vencedor do Campeonato Alagoano da 1ª Divisão, com um total de 40 títulos, oito a mais do que o seu maior rival: CRB com 32 conquistas.

Breve história de O Escudo do Golfinho de 1972/73

O escudo na verdade foi uma logomarca do CSA, lançado o projeto, no sábado, do dia 23 de Setembro de 1972, para apresentação da maquete da nova Sede Social e Náutica.

O intuito do evento era a venda de títulos patrimoniais, a fim de que o clube pudesse levantar o montante para a construção do Parque Esportivo do Centro Sportivo Alagoano, no bairro do Mutange, localizado às margens da Lagoa Mundaú. No final, chegou a ser construída uma piscina, mas posteriormente acabou sendo aterrada.  

Em 1973, o CSA realizou vários jogos com um escudo diferente e bonito (pelo menos para mim), onde é possível ver um golfinho de boné, abraçando uma bola e sobre o contorno oval, com as letras CSA. O distintivo ficou conhecido entre os torcedores azulinos como “O Escudo do Golfinho“.

Mané Garrincha, em 19/09/1973

Garrincha vestiu a camisa nº 7, do CSA

Na noite de quarta-feira, do dia 19 de Setembro de 1973, aproveitando a folga na rodada do Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão, o CSA realizou um amistoso, contra o ASA de Arapiraca (Associação Sportiva São Domingos, do município alagoano de Murici foi convidada, mas rejeitou por não ter chegado a um acordo financeiro), no Estádio Rei Pelé, em Maceió.

Nessa partida, Mané Garrincha foi a grande atração da partida. O jogador, que ficou hospedado no Parque Hotel, definiu a sua presença após uma reunião do seu empresário W. F. Galiza com os dirigentes do clube alagoano: Aurélio Lages, Fernando Collor e Arnaldo Chagas, com a colaboração do radialista Haroldo Miranda.

Garrincha jogou ao lado do meia Dida (então na função de técnico do CSA), seu companheiro na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Mané recebeu diversas homenagens (recebeu três lindos troféus: da diretoria do CSA, da Associação de Cronistas Desportivos de Alagoas e de uma firma de Maceió) e fez um pedido (que foi atendido): que a entrada fosse franqueada para as crianças até 12 anos.  

Na partida, Dida, então com 39 anos, já não gozava de um condicionamento físico de outrora. Por isso, jogou os primeiros 20 minutos da etapa inicial, o suficiente para deixar a sua marca.

O técnico do ASA, Júlio Silva lamentou que o marcador do Mané, também com 39 anos, seria o lateral Luizão, porém o mesmo estava contundido e não pode jogar. O treinador revelou que Luizão chorou, pois queria enfrentar Garrincha e ser mais um “novo João“.

No final, o CSA venceu o ASA pelo placar de 3 a 1. Garrincha não marcou. Os tentos foram do veterano Dida, Tião (contra) e Manoelzinho Cariri. Para o ASA de Arapiraca, Zito fez o tento de honra.

Da esquerda para a direita: Dudu e Manoelzinho Cariri (autor de um dos gols)

DESENHO DO ESCUDO, UNIFORME E TEXTO: Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Walter Luís – Museu dos Esportes

FONTES: site oficial do clube – Federação Alagoana de Futebol (FAF) – Wikipédia – “O Escudo do Golfinho – CSA 1972”, no Futebol Alagoano para Sempre, autoria de Walter Luís (YouTube) – Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Pernambuco (PE)

Escudo da década de 90: Ferroviário Atlético Clube – Maceió (AL)

O Ferroviário Atlético Clube foi uma agremiação da Cidade de Maceió (AL). Fundado no dia 02 de Maio de 1937, o clube teve o período áureo na década de 50. Nessa publicação vamos falar das quatro vezes em que o clube mudou as suas cores.

Contando com a preciosa colaboração do renomado amigo, jornalista, escritor e pesquisador Laércio Becker que me cedeu gentilmente o livro “Quando o Futebol Andava de Trem: memórias dos times ferroviários brasileiros“, do autor Ernani Buchmann (Editora: Imprensa Oficial do Paraná).

Nela, aborda que o Ferroviário Atlético Clube de Maceió (AL), dias depois da sua fundação (que ocorreu), um diretor da Estrada de Ferro doou o uniforme: camisa na cor ouro e short azul. Na sua estreia o Ferroviário acabou derrotado pelo Flamengo E.C. da Praça Deodoro pelo placar de 2 a 0.

Em 1948 inaugurou a sua Sede própria, que foi palco das mais famosas festas de São Félix. Para ser sócio do clube a pessoa deveria ser empregado ou aposentado da Viação Férrea.

Alguns anos depois o Ferroviário trocou a cor ouro pelo branco, mas mantendo a cor azul. Nos anos 50 veio a mudança do escudo (aquele conhecido) e outra troca: saiu o azul e entrando o verde.

Coincidência ou não, o Ferroviário Atlético Clube, chegou ao seu auge. Em 1951 se profissionalizou, no ano seguinte foi campeão do Torneio Início; levantou a taça do Campeonato da Capital em 1953; faturou o inédito título do Campeonato Alagoano da Série A de 1954; além dos vice-campeonatos: 1952, 1953 e 1956.

O Ferroviário foi a base da Seleção Alagoana de Futebol nos anos de 1953 e 1954, quando a principal competição nacional era o Campeonato Brasileiro de Seleções estaduais.

O seu último lampejo aconteceu em 1977, quando o Ferroviário montou um time forte. Depois, sem torcida, associados o “trem descarrilou dos trilhos” e caiu para a Segunda Divisão.

No início dos anos 80, a última tentativa desesperada o clube trocou as cores pela quarta e última vez: saiu o alviverde e entrou o áureo-rubro. No entanto, o seu último “suspiro” não deu certo. O clube acabou eliminado da Segundona Alagoana por falta de pagamento das taxas devidas à Federação Alagoana de Futebol.

Fontes: Wikipédia – Laercio Becker – o livro “Quando o Futebol Andava de Trem: memórias dos times ferroviários brasileiros”, do autor Ernani Buchmann  

Centro Esportivo Alagoano (CSA): Tetracampeão Alagoano em 1958

Tetracampeão Alagoano (1955, 1956, 1957 e 1958)

A Revista do Esporte assim descreveu o grande feito: “Pela quarta vez consecutiva o Centro Esportivo Alagoano (CSA) sagrou-se campeão de seu Estado. Integrado de elementos que possuem bom futebol (e sendo o clube onde Dida se iniciou), o tetra das Alagoas mais e mais aumenta a sua legião de aficionados”.

A foto (abaixo) nos mostra a equipe do Centro que tem a seguinte constituição: Em pé, da esquerda para direita – Bandeira, Masso, Paulo Santos, Nazareno, Bolendo e Moura;

Agachados, da esquerda para direita – Clóvis, Perereca, Santos, Tonho e Ítalo.    

FONTE: Revista do Esporte (RJ)