Arquivo da categoria: Escudos

Fraternidade Futebol Clube – São João de Meriti (RJ): Fundado em 1956

Por André Luiz Pereira Nunes

O Fraternidade Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de São João de Meriti, situado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 473.385 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021 está a 25 km da capital do Rio.

Fundado no domingo, do dia 1º de janeiro de 1956. O Fraternidade foi uma tradicional agremiação social-esportiva do bairro de Venda Velha, em São João de Meriti, e criado pela família Teles de Menezes, a mesma que dá nome a bairros e logradouros da cidade, como Vilar dos Teles.

Tradicionalmente o clube era composto por diversos membros da família. Sua sede, localizada na Rua Quintino, 18, era colada à garagem de ônibus da empresa Beira-Mar. Já o campo ficava em frente. Hoje essa praça de esportes é ocupada pelo antigo depósito do extinto supermercados Sendas, filial 49.

Pedro Jeremias da Silveira Menezes, conhecido como Doquinha, foi o principal mantenedor da agremiação ao longo dos anos.

O Fraternidade mantinha forte rivalidade no bairro de Venda Velha e arredores com outras equipes tradicionais da cidade como Olímpico, Santana, Sumaré, Palmeirinha, Novo Brasil, entre outras.

O time se filiou e disputou diversos certames promovidos pela Liga de Desportos de São João de Meriti, sobretudo nos anos 70 e 80 e revelou atletas, como Nei Conceição, Osmar, Nílson Dias e Puruca.

Em 1974, o Fraternidade se sagrou vice-campeão da segunda divisão do campeonato meritiense ao capitular numa melhor de três pontos diante do Trio de Ouro.

Foto da antiga Sede do Fraternidade

O time-base era formado por Delson; Izidro, Paulo, Zé Carlos e Arsênio; Luiz Alavanca e Camilo; Bira, Jorge, Romualdo e Hermes. O segundo lugar, contudo, foi suficiente para ascender a equipe para a divisão principal de São João de Meriti.

O Fraternidade disputou a primeira divisão de São João de Meriti, sem brilho, em 1975 e 1976. A partir de 1977, a equipe passou a disputar também a categoria de veteranos e juvenil, promovida pela liga local.

Em 1979, retorna pela última vez à disputa da primeira divisão meritiense. Seu time-base era formado por Crispim; Cambura, Roger, Bonga e Antônio; Buda e Souza; Cacareco, Edmur, Jorge e Nazário.

Contudo, por falta de estrutura, sua campanha é bastante insatisfatória, tendo faltado a vários jogos da tabela, inclusive na categoria juvenil, sendo eliminado do certame juntamente com o Vila Jurandir.

O Fraternidade, portanto, passa a se dedicar apenas à categoria de veteranos até 1982, quando cessam as suas atividades.

Zuza e Leco, atletas do clube

Até hoje os mais antigos sentem falta das rodas de conversa e das tardes musicais do clube, um dos mais renomados de Venda Velha.

FONTES: Diversos jornais do Rio de Janeiro

Escudo raro do início da década de 60: Atlético Clube Paranavaí (ACP) – Paranavaí (PR)

O Atlético Clube Paranavaí (ACP) é uma agremiação da cidade de Paranavaí, localizado no Noroeste do estado do Paraná. O município fica a 504 km da capital Curitiba, contando com uma população de 91.950 habitantes, segundo o censo do IBGE/2019.

A sua Sede está situada na Rua Carlos Faber, s/n/ Sala 1, Subsl, Estadio Mun. W. W., no bairro Santa Cecília, em Paranavaí/PR. A equipe manda os seus jogos no Estádio Municipal Dr. Waldemiro Wagner, o “Felipão”, com capacidade para 25 mil pessoas.

O “Vermelhinho do Fim da Linha” foi Fundado na quinta-feira, do dia 14 de março de 1946, com o nome de Paranavaí Futebol Clube. A sua primeira participação no Campeonato Paranaense, aconteceu em 1960.

Foto do início da década de 60 EM PÉ (esquerda para a direita): Viraci, Polaco, Osmar, João Preto, Alduíno e Lelo;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Babá, Laurinho, Osvaldo, Pina e Pedrinho.

Tricampeão Estadual da Segundona

Em 1967, 1983 e 1992 foi campeão Estadual da Segunda Divisão. Na Elite do Futebol Paranaense, a sua melhor colocação foi o vice-campeonato em 2003, perdendo a final apenas para o Coritiba, tendo empatado na ida por 2 a 2, e perdendo na volta por 2 a 0.

Duas finais e um título inédito na Primeira Divisão Estadual

Em 2007, conquistou o seu 1º título Campeonato Paranaense da Primeira Divisão, ganhando em cima do Paraná Clube, vencendo o primeiro jogo por 1 a 0, e empatando por 0 a 0 na Vila Capanema. O “Vermelhinho do Fim da Linha” disputou no mesmo ano o Campeonato Brasileiro da Série C, sendo eliminado na primeira fase.

Declínio

Em 2013, o ACP entrou no Estadual justamente com a meta de se manter na Primeira Divisão. No primeiro turno o time conseguiu bons resultados e chegou a ocupar a 5ª colocação na tabela.

Na reta final do turno começaram os problemas da equipe. Foram quatro derrotas seguidas junto coma a saída do técnico Ney César. Depois, o Paranavaí acumulou maus resultados e passou a brigar com os times que estavam ameaçados do rebaixamento.

A fase ruim ficou evidente com a saída de vários atletas nos últimos jogos e a greve dos jogadores por conta dos salários atrasados desde a metade de fevereiro. Foi rebaixado após derrota de 3 a 0 para o Paraná Clube.

Em 2019 o clube foi rebaixado para a Terceira Divisão Paranaense após derrota de 4 a 2 para o Rolândia. O Vermelhinho já estava em situação complicada pelos quatro pontos perdidos por colocar em campo 16 jogadores não inscritos na Confederação Brasileira de Futebol nas partidas.

FOTO: “Acervo Futebol do Interior Paranaense – Profissionais”

FONTES: Wikipédia – Páginas do clube nas redes sociais

Intimidade Futebol Clube – Nova Iguaçu (RJ): Fundado em 1972

Por André Luiz Pereira Nunes

O Intimidade Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Nova Iguaçu (população de 785.867 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2022), situado na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro.

História

Fundado no domingo, do dia 17 de setembro de 1972, o Rubro-negro do Parque Flora, o “Amor do Parque“, como era chamado pelos seus inúmeros torcedores e admiradores, foi uma das maiores expressões do futebol iguaçuano.

Sua sede ficava localizada na Alameda Acássia, nº 11, no bairro de Parque Flora, onde eram realizados inúmeros bailes dançantes, festas e solenidades, onde lotavam os salões do clube.

O Intimidade se notabilizou ainda por uma imensa claque de torcedores e torcedoras, que compareciam em massa aos jogos para incentivar os atletas. E estes, por sua vez, não decepcionavam. O time promoveu memoráveis campanhas nos anos em que esteve presente nos certames promovidos pela Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI).

Claudeci, o “Truaca”

Vice-campeão de 1974

Sua estreia ocorreu em 1974 no Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da Segunda Divisão. Vale frisar que os times que não possuíam campos fechados, atuavam no segundo escalão, caso do Intimidade. Nesse mesmo ano, a agremiação, então comandada pelo lendário treinador Manuel Robalinho, se classificou para a fase final da competição juntamente com o Unidos de Santa Rita e o Primavera, de Queimados, se sagrando vice-campeão ao capitular diante dos queimadenses.

A agremiação foi eleita como clube-revelação de 1974 da Liga de Desportos de Nova Iguaçu. Sua importância era tamanha que seus atacantes Muçum, Dibarro e Paulo Preto, mesmo atuando num clube da Segunda Divisão de Nova Iguaçu, eram convocados para a Seleção Iguaçuana, que na época disputava o campeonato municipal de seleções.

Seu time-base de 1974 era composto por Bira; Joviano, Itamar, Cici e Rudá; Mair e Gico; Camundongo, Dibarro, Muçum e Paulo Preto. Técnico: Manoel Robalinho.

Vice-campeão do II Torneio de Integração Otacílio Rezende de 1975

Em 1975, o Intimidade foi convidado a integrar o II Torneio de Integração Otacílio Rezende, promovido pelo Departamento Autônomo (DA) e a Liga de Desportos de Nova Iguaçu. O certame ainda contou com as participações do Nova Cidade, de Nilópolis, Roial, da Ilha do Governador, e Anchieta. Os nilopolitanos foram os vencedores do torneio, enquanto o Intimidade, surpreendentemente, ficou com o vice-campeonato.

Outro Vice na Segundona Iguaçuana de 1975

Na categoria principal, o time foi novamente vice-campeão ao capitular por 3 a 0 diante do Unidos de Santa Rita, que se sagrou vencedor. Ambos teriam o direito de ascender à elite do futebol iguaçuano, mas apenas o campeão resolveu disputar a Primeira Divisão, pois a ascenção acarretava em inúmeros gastos em reforma ou aluguel de campo fechado.

Seu time-base: Bira; Joviano, Rudá, Cici e Itamar; Mair e Gico; Camundongo, Di Barro, Paulo Preto e Muçum. Técnico: Jorge Pousada.

Campeão Inédito da Segunda Divisão de Nova Iguaçu de 1976

Em 1976, finalmente o Intimidade colocou as suas mãos na taça ao bater o São Lázaro, de Vila de Cava, por 3 a 1. Seu time-base era: Bira; Paraná, Zé Antônio, Itamar e Nair; Cici e Israel; Badeco, Avestruz, Rudá e Sérgio. Técnico: Alípio Moura.

Mais uma vez o time não quis ascender à Primeira Divisão do Campeonato Citadino de Nova Iguaçu devido à falta de recursos. Apenas o São Lázaro utilizou desse direito.

Campeão Citadino de Aspirantes de 1978

Em 1977, o Intimidade ficou fora da fase final da Segunda Divisão Iguaçuana ao perder a vaga, no tribunal, para o Cajueiros. O campeão daquela edição foi o Canarinhos. O time-base foi: Beline; Moacir, Zé Antônio, Luizinho e Paulo; Rudá, Cristiano e Alcântara; Samuel, Cici e Edson

Em 1978, ocorreu outra campanha aquém do esperado para o Rubro-negro do Parque Flora. O vencedor daquela edição foi o Arrastão, de Mesquita, e vice, o Social Júnior.

Contudo, o time, comandado por Joviano, venceu o Campeonato de Aspirantes (segundos quadros), em 1978.  No mesmo ano, o “Amor do Parque” se sagrou campeão invicto, de segundos quadros (aspirantes) ao bater o Aliados, no campo deste, em Santa Eugênia, pelo placar de 5 a 1.

Bicampeão Iguaçuano da 2ª Divisão  

Em 1979, depois de uma campanha de 7 meses, o Intimidade se consagrou novamente campeão do Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da Segunda Divisão, disputada inicialmente por 22 clubes.

A fase final, no entanto, foi integrada ainda por Palmares, Cajueiro, Divineia, Ouro Fino, Iguaçuano (ex-Funeral), Interlúcia e Vila São Miguel. O time-base campeão era composto por Jaudeir; Joviano, Parará, Zé Luiz e Carlão; Joca, Aurélio e Muçum; Rudá, Dibarro e Henrique. Técnico: Demétrio

Em seu último jogo, na fase final, a equipe goleou o Cajueiro por 4 a 0, no campo do Cabuçu e a festa se estendeu até de madrugada na sede e nas ruas do Parque Flora.

Debuta da Elite do Futebol Iguaçuano, se sagrando campeão nos Aspirantes

Em 1980, finalmente o Intimidade estreou na elite do futebol iguaçuano. O time era composto por Maurício; Joviano, Adonias, Mauricinho e Carlão; Joca, Luquinha e Muçum; Henrique, Dibarro e Benjamin. Técnico: Demétrio.

O “Amor do Parque” fez campanha bastante ruim, tendo a defesa mais vazada. O campeão foi o Morro Agudo e vice o Laterizi. No mesmo ano o time novamente vence os segundos quadros (aspirantes).

Clube se licencia do Campeonato Iguaçuano

Em 1981, o clube declinou da disputa da Campeonato Citadino de Nova Iguaçu da 1ª Divisão, participando apenas do Torneio da Amizade, entre times que estavam fora da Copa da Baixada, e composto também por Cabuçu, Heliópolis e Aliados.

O Intimidade sofreu várias derrotas e retumbantes goleadas, sendo essa a pior fase de sua história. Seu time era formado por Cláudio; Joviano, Jorge Teixeira, Valdecir e Carlão; Joca, Garrote e Muçum; Henrique, Luquinha e Cléber. Técnico: Jorge Pousada.

A sua última aparição no futebol, em 1982

Em 1982, de volta à Segunda Divisão do Futebol Iguaçuano, o Intimidade não chegou à fase final do certame. Foi a última participação do clube no campeonato iguaçuano.

Crise acaba colocando um ponto final no Intimidade

Em 1983, não só a agremiação, como a Liga de Desportos de Nova Iguaçu estavam em profunda crise. No caso da entidade que rege o futebol do município, a gestão de Nilton Casimiro era extremamente contestada devido a vários fatores, tais quais, a demora dos recursos julgados pela Junta de Justiça Desportiva, a qualidade da arbitragem e o consequente afastamento de clubes como Morro Agudo, Cabuçu, Potyguar e o próprio Intimidade, além de outros que se profissionalizaram, como Miguel Couto e Heliópolis.

No que tange ao Intimidade, a antiga direção, capitaneada por nomes históricos, como Joviano Henrique de Souza Filho, Luiz Pousada e Wanderley, deu lugar a uma nova administração que só afundou o clube, culminando por encerrar as suas atividades.

Uma linda história que deixou saudades

O Intimidade Futebol Clube, reconhecido como de utilidade pública em 27 de setembro de 1974, e das festas, pagodes, carnavais, do bloco Unidos do Flora, ficou definitivamente no passado.

Sua sede se encontra abandonada até os dias de hoje. A alegria e a pujança são relembradas pelos antigos sócios e admiradores que lamentam o fim deste tão simpático clube, responsável pela união de tantas famílias e pela alegria de tantas pessoas.

FONTES: Diversos jornais cariocas

Clube Desportivo Democrático da Vila Mazzei – São Paulo (SP): Fundado em 1938

Anos atrás, nas margens do rio Tietê, havia muito mato e várzea. Poucas construções, além do Clube de Regatas Tietê e Clube Esperia.  E naquelas margens surgiram muitos campos de futebol.

Campos ora verdes, ora cheios de água. Campos, várias vezes encharcados, onde apareceram craques da bola, forjando a base do que seria o nosso futebol brasileiro. E, foi no sábado, do dia 01 de outubro de 1938 que nasceu o Clube Desportivo Democrático.

Em um lugar um pouco distante da várzea do rio Tietê, mas perto de um local onde o verde da natureza ainda imperava. A Serra da Cantareira. Assim como vários outros times, o Democrático nasceu durante uma reunião de amigos.

Foto da década de 60

No Democrático, o pontapé inicial foi dado por Tito, da família Cersósimo. O lugar? A Rua Purus, perto de onde hoje se encontra o metrô Tucuruvi.

O nome do time não deixa margem para dúvidas: uma escolha democrática, e suas cores vermelho e amarelo fazem referência à bandeira da Espanha.

A estreia deu-se contra o Az de Espada, do vizinho bairro do Jaçanã. O time do primeiro jogo foi este: Pepe; Neves e Ferrinho; Valão, Pedaço e Maripá; Tacinho, Lampião, Feitiço, Américo e Ameriquinho.

Outros craques também fizeram parte da história do Democrático, tais como Latoca, Coqueiro, Gasosa, Mingau, Brucutu, Doriva, Cida, Careca, Chimu, Siriri e tantos mais.

FONTES: Meu acervo – Jornal SP Norte

Escudo raro de 1948: Tamoyo Esporte Clube – Cabo Frio (RJ)

O Tamoyo Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Cabo Frio, importante parte da rota de turismo fluminense, localizado na Região dos Lagos no estado do Rio de Janeiro. A sua distância para a capital do Rio é de 155 km, e conta com uma população de 222.161 habitantes, segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022.

Sede da agremiação Tricolor (Verde, branco e vermelho) está localizada na Avenida Nilo Peçanha, nº 153, no Centro de Cabo Frio. Fundado  no sábado, do dia 13 de Novembro de 1915, sob o nome de Tamoyo Football Club, que foi uma homenagem aos bravos índios que habitaram Cabo Frio.

Na segunda-feira, do dia 31 de outubro de 1927, alterou o nome para Tamoyo Sport Club. Cerca de duas décadas depois, mais precisamente na quarta-feira, do dia 18 de setembro de 1946, o clube voltou a mudar para a nomenclatura atual: Tamoyo Esporte Clube.

No História do Futebol já apresentamos o escudo do Tamoyo Football Club, depois o distintivo Tamoyo Sport Club, e nesta postagem a transição do aportuguesamento do nome em meados dos anos 40.

Onze vezes campeão Citadino de Cabo Frio

Na esfera do futebol, o Tamoyo Esporte Clube, já disputou diversas edições do Campeonato Citadino de Cabo Frio, organizado pela Liga Cabofriense de Desportos (LCD – fundada em 1941), sendo Hendecacampeão (11 vezes): 1928, 1929, 1934, 1940, 1941, 1942, 1953, 1954, 1955, 1965 e 1970. Já pelo Torneio Início da LCD, faturou três títulos: 1931, 1932 e 1965.

Duas edições no Campeonato Fluminense de Futebol

No âmbito estadual, participou do Campeonato Fluminense de Futebol, em duas oportunidades: em 1941 (terminando na 5ª colocação, no geral) e 1942 (fechando em 10º lugar, no geral).

Três participações na Terceirona do Rio

O Tamoyo disputou o Campeonato Carioca da 3ª Divisão, organizado pela FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), em quatro oportunidades: 1982 (8º lugar, no geral) , 1983 (4º lugar, no geral) , 1985 (5º lugar, no geral)  e 1986.

Futsal

O Tamoyo também possui um histórico expressivo no Futsal (antigo Futebol de Salão), onde é considerado um dos clubes mais tradicionais do Estado do Rio. Em 2015, ano em que completou seu centenário, disputou o Campeonato Estadual Sub-20.

FOTO: Acervo de Marcelão Marcelo Santos, ex-goleiro da Cabofriense

FONTES: site do clube – Estatuto – Futebol Nacional

Escudo raro de 1970: Pavunense Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ)

O Pavunense Futebol Clube é uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social e o Estádio Arnaldo de Sá Mota (Capacidade: 1.200 pessoas) ficam localizados Avenida Sargento de Milícias, nº 901, no bairro da Pavuna, na Zona Norte do Rio de Janeiro/RJ.

O “Verde Ouro Pavunense” foi fundado no domingo, do dia19 de agosto de 1923, com o nome de Pavunense Football Club. Não confundir com outro clube do bairro chamado Sport Club Pavunense, que não existe mais.

Em 1930, a Sede social ficava na Rua Maria Joaquina, nº 58, na Pavuna. Em 1931, a sede do clube passou para a Rua Judith Guerra, nº 24, na estação da Pavuna. Na década de 30, a sua Praça de Esportes ficava situado na Praça Nossa Senhora das Dores, na Pavuna.

Nasce o Rancho Carnavalesco

Ernesto dos Santos, conhecido por “Dois de Ouro” com o consentimento do presidente do clube reuniu um grupo de associados a fim de fundar no domingo, do dia 02 de dezembro de 1934, o Rancho Carnavalesco.  

Na sede social, quando o primeiro ensaio preparatório para o carnaval, o presidente do Pavunense mandou fechar a sede. Mesmo assim o grupo não se deu por vencido e realizou o ensaio do lado de fora do clube.  

Logo após ficou resolvido o desligamento da maioria dos associados, e fundado o Rancho Carnavalesco Sofres Porque Queres, idealizado por Ernesto dos Santos, conhecido por “Dois de Ouro”.

Departamento Autônomo

Em 1950, o Pavunense Futebol Clube se filiou ao Departamento Autônomo. Em 1979, foi campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro, competição promovida pelo Departamento Autônomo.

Foi campeão da categoria adultos da mesma competição em 1971, vencendo o Atlético Clube Nacional, de Guadalupe. Em 1977, foi vice-campeão ao capitular diante do Esporte Clube São José.

Em 1982, bateu o Oriente Atlético Clube, tendo como artilheiro o atacante Corrêa. No mesmo ano venceu a Taça Eficiência, a exemplo do ano anterior. Em 1983, sagrou-se campeão de juniores.

Período na esfera profissional

Em 1989, estreia no profissionalismo ao disputar o Campeonato Estadual da 3ª Divisão de Profissionais. Fica apenas em 6º lugar no seu grupo, não se classificando para a fase final, ao ficar atrás de Entrerriense Futebol Clube, Céres Futebol Clube, Tamoio Futebol Clube e Portela Atlético Clube.

Em 1990, volta a disputar a mesma divisão com uma campanha bem melhor. É o líder na primeira fase, classificando-se, mas na fase final fica em 4º lugar, atrás de Tupy Sport Club, Céres Futebol Clube e Esporte Clube Maricá.

Em 1991, a antiga Terceira Divisão torna-se Segunda com a criação do Módulo “B” da Primeira Divisão. O Pavunense classifica-se em primeiro em seu grupo na fase inicial do campeonato, mas fica apenas em quarto lugar na classificação final, repetindo a boa campanha do ano anterior. Na sua frente ficaram Saquarema Futebol Clube, Olympico Futebol Clube e Canto do Rio Foot-Ball Club.

Em 1992, na Segunda Divisão, é terceiro em seu grupo, ficando atrás do Serrano Foot Ball Club e Bayer Esporte Clube classificando-se para a segunda fase.

Nesta, classifica-se em segundo lugar, atrás do Heliópolis Atlético Clube e vai para a fase final do certame quando acaba eliminado em terceiro lugar, atrás de Serrano e Heliópolis na chave “A”.

Em 1993, se licencia das competições profissionais, voltando no ano seguinte na mesma Segunda Divisão. Em 1994, é eliminado na primeira fase da competição ao ficar apenas em sétimo em seu grupo.

Celeiro de Craques

Advém então um longo período de inatividade de seu departamento de futebol profissional. A agremiação revelou nomes de vulto para o futebol como Osmar Guarnelli; Manguito; Juary; Ney Conceição e João Paulo (ex-Santos Futebol Clube e Clube de Regatas do Flamengo); Luiz Henrique (ex-Palmeiras); Luís Fernando (ex-Fluminense); Serginho Filho (ex-Madureira).

Títulos

1971 e 1982 – Campeão do Departamento Autônomo;

1971 – Vice-campeão do Torneio Início do VI° Campeonato Carioca de Veteranos do jornal Luta Democrática;

1969 – Campeão da I Taça Guanabara de Futebol Amador, categoria adultos;

1970 – Campeão da II Taça Guanabara de Futebol Amador, categorias adultos e juvenil;

1977 – Vice-campeão do Departamento Autônomo;

1979 – Campeão da Taça Cidade do Rio de Janeiro (Departamento de Futebol Amador da Capital);

1980 – Vice-campeão estadual de Veteranos do Departamento de Futebol Amador da Capital;

1980 – Vice-campeão do Torneio Início (Taça Aloísio Rodrigues) de veteranos do Campeonato Estadual, promovido pelo DFAC;

1982 – Campeão da Taça Eficiência (Departamento de Futebol Amador da Capital);

1983 – Campeão de Juniores do Departamento de Futebol Amador da Capital);

2019 – Campeão da Rio Copa, categoria sub 15;

Algumas formações:

Time base de 1931: Vasconcellos; Chico (Russo) e Adolpho (Macedo); Zezinho, Candido (Pedro Aredes) e Pestana (Oswaldo Pinto); Chilão (Herminio), Luciano (Sena), Cavallaria (Roque), Lobo (Rafael) e Vavao (Vino). Reservas: Cavalcante, Carneiro, Mandinho e Curuza.  

Time base de 1942: Zeca; Wilson e Seraphim; Vicente, Luciano e Osório; Carlinho (Alfredinho), Joãozinho, Nazary, Bidoca (Alemão) e Valete.

Time base de 1946: Iate (Tote); Vicente (Djalma) e Maciel (Nico); Carlinho, Haroldo (Clovis) e Osório; Bebeto (Waldemar), Alemãozinho (Walter II), Olegário (Carlinhos), Corujinha (Zezé) e Chico.

Time base de 1947: Tote (Jorge); Djalma e Muriel (Maciel); Carlos (Alcides), Haroldo (Freitas) e Osório; Bebeto (Roberto), Valdemar (Ary), Olegário, Augusto (Zeca) e Valter (Chico).

Time base de 1948: Jorge (Tote ou Fumaça); Reny (Bória) e Djalma (Nande); Lalao (Hélio), Haroldo (Souza) e Osório (Chico); Tiago (Bias), Alfredo (Tinteiro), Diogenes (Pires), Betinho (Graveto) e Valete (Lica ou Piolho).

Time base de 1949: Tote (Luiz Borracha); Americo e Djalma; Betinho (Carlinhos), Clovis e Osório; Bias, Diogenes (Julinho), Olegário (Chimbau), Osmar e Bebeto.

Time base de 1950: Divino (Zezinho); Djalma e Guaranhos (Lindo); Betinho (Valdir), Daú (Zezé) e Osório (Clovis); Bias (Timbolô), Zeca (Zé Maria), Diogenes (Walter), Ivan (Toinho) e Bebeto (Lica ou Jorge).

Time base de 1951: Jorge (Mão de Ferro ou Divino); Osmar (Di) e Diogenes (Daú); Betinho, Carlos Viana (Valdir) e Osório; José (Bias), Julinho (Zequinha), Nilo (Valdir Garrucha), Ivan (Banga) e Toinha (Lica).

Time base de 1961: Kaiser; Taminha, Neca, Ney, Osmar e Leonel (Boy); Zelito, Laranjeira, Valter, Wilson e Ivan.

FOTO: Acervo do ex-jogador João Paulo

FONTES: Wikipédia – A Manhã (RJ) – A Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Diário da Noite (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ)

Liga de Desportos de Nova Iguaçu (RJ): 58 clubes filiados na Primeira e Segunda Divisões, em 1975!

Em 1975, a Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI), situada na Rua Juiz Moacir Marques Filho, nº 58/4º andar, no Centro de Nova Iguaçu/RJ. Tinha a seguinte diretoria constituída:

Presidente – Mário Pereira Marques Filho (advogado);

Vice-Presidente – José Cirilo Cordeiro;

Assessor de Futebol – Gelson Freitas;

A Sede da Liga é própria e fica localizada num suntuoso edifício recém construído, de sete andares, no Centro da cidade. O expediente é das 19 às 22 horas.

Campeões de 1974

Naquele momento a Liga contava com os seguintes campeões da cidade:

Mesquita Futebol Clube – Campeão da Divisão Especial na classificação de amadores, tendo como presidente o Sr. Octacílio Tavares;

Associação Atlética Volantes – Campeã da Primeira Divisão, na classificação de amadores e juvenis, tendo como presidente o Sr. Alberto Luiz de Oliveira;

AABA – Associação Atlética Banco de Areia Campeã da Segunda Divisão, na classificação de amadores;

Atlético Clube Aliados – Campeão da classificação de juvenil, tendo como presidente o Sr. Darcílio Aires Raunheitti;

Filhos de Santa Clara – Campeão do Torneio Municipal e Star SCE, vice-campeão.

Clubes Filiados em 1975

A LDNI tem os seguintes 25 clubes filiados da Primeira Divisão:

Associação Atlética Alagoana (Mesquita);

AABA – Associação Atlética Banco de Areia (Mesquita);

Associação Atlética XV de Novembro (Nova Iguaçu);

Associação Atlética Volantes (Nova Iguaçu);

Atlético Clube Aliados (Nova Iguaçu);

Clube Municipal (Nova Iguaçu);

Coração Jardim de Iguaçu Esporte Clube (Nova Iguaçu);

Esperança Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Belford Roxo (Belford Roxo);

Esporte Clube Iguaçu (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Miguel Couto (Nova Iguaçu);

Ferroviário Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Grêmio Recreativo Ponto Chique (Nova Iguaçu);

Heliópolis Atlético Clube (Belford Roxo);

Iguaçu Basquete Clube (Nova Iguaçu);

Mesquita Futebol Clube (Mesquita);

Morro Agudo Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Nova Iguaçu Country Club (Nova Iguaçu);

Potyguar Futebol Clube (Mesquita);

Queimados Futebol Clube (Queimados);

Social Clube dos Excursionistas (Belford Roxo);

Sport Club Benfica (Belford Roxo);

Tênis Clube de Mesquita (Mesquita);

União Futebol Clube (Mesquita);

Vasquinho de Morro Agudo (Nova Iguaçu).

A Segunda Divisão é composta dos seguintes 33 clubes filiados:

Associação Atlética Tupinambás (Nova Iguaçu);

Associação Atlética Vila Iracema (Nova Iguaçu);

Associação Esportiva Edson Passos (Mesquita);

Amorim Esporte Clube (Nova Iguaçu);

Arrastão Futebol Clube (Mesquita);

Brasileirinho Futebol Clube (Mesquita);

Cajueiro Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Canarinho Futebol Clube (Japeri);

Esporte Clube Bariri (Fundado no dia 1º de Maio de 1962. Sede: Rua Miguel Couto, s/n, bairro Nossa Senhora das Graças, no distrito de Miguel Couto, em Nova Iguaçu);

Esporte Clube Brasileiro (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Guaraciaba (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Ponte Preta (Queimados);

Esporte Clube Primavera (Nova Iguaçu);

Esporte Clube Vila São Miguel (Nova Iguaçu);

Estrela da Posse Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Funeral Futebol Clube (Nova Iguaçu);

G.E.R.A.S. Areia Branca (Belford Roxo);

Grêmio Recreativo Esperança (Nova Iguaçu);

Grêmio Recreativo Esportivo Três Fontes (Queimados);

Grêmio Recreativo Tri Gêmeos (Nova Iguaçu);

Hinterland Futebol Clube (Belford Roxo);

Intimidade Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Oriente Futebol Clube (Mesquita);

Parque Central Futebol Clube (Mesquita);

Progresso Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Rupturita Esporte Clube (Vila de Cava – Nova Iguaçu);

Social Júnior Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Unidos de Santa Rita Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Unidos do Cacuia Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Unidos do Serrinha Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Vila Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Vila Nova Futebol Clube (Nova Iguaçu);

Vila Pauline Futebol Clube (Belford Roxo).

Além destes clubes filiados, a cidade tem uma média de 200 times organizados, jogando normalmente pelos diversos campos espalhados pelo município, na maioria abertos. O futebol, principalmente, é um dos esportes mais praticados na cidade, desde a “pelada” ao futebol organizado.

FONTE: O Fluminense (RJ)

Associação Atlética Alagoana – Mesquita (RJ): Fundado em 1947

A Associação Atlética Alagoana foi uma agremiação do município de Mesquita, localizada na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. A distância até a capital do Rio é de 24 km, contando com uma população de 177.016 habitantes, segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2021.

O Tricolor foi Fundado na terça-feira, do dia 16 de Setembro de 1947, pelo Sr. José Costa, que foi o idealizador e também o 1º Presidente do clube. As suas cores eram o vermelho, branco e azul, em homenagem a bandeira do estado de Alagoas.

A sua Sede e a Praça de Esportes ficavam no Distrito de Edson Passos, em Mesquita/RJ (lembrando que naquela época, o município era um distrito de Nova Iguaçu).

Após uma série invicta de 38 jogos, na tarde de domingo, do dia 04 de Agosto de 1957, o Alagoana foi derrotado pelo Esporte Clube Nova Cidade, de Nilópolis, pelo placar de 3 a 2.

A Associação Atlética Alagoana foi filiada a Liga de Desportos de Nova Iguaçu (LDNI), onde disputou várias edições do Campeonato Citadino nos anos 60 e 70.

O clube conquistou o título, por antecipação, da chave do Quinto Distrito, ao empatar por 2 a 2 com o Brasileirinho, na da quinta rodada returno (num total de sete rodadas) do Campeonato da Segunda Divisão de Nova Iguaçu.

Algumas formações:

Time base de 1957: Nelson (Barbosinha); Walter (Toca) e Ivanildo (Erasmo ou Etacino); Toledo, Nelsinho e Marujo (Waldemar); Dalton (Careca), Tuta (Orlando), Caveirinha (Bonitinho ou Amaury), Naná (Duca ou Lô) e Eraldo (Mazinho).

Time base de 1958: Walter; Sargento (Bira) e Maceió (Teca); Nelsinho, Marujo e Júlio; Lô, Tuta, Bonitinho (Dalton), Joãozinho (Naná) e Eraldo.

Time base de 1970: Beto (Alberto); Laranja, Pretinho (Colúmbia), Cabeção (Jorge) e Macacão (Giovane); Gilson (Ildebrando) e Moacir (Baiano); Caim, Olímpio (Pione), Moa (Bené) e Deny.

Time base de 1972: Beto; Carlinhos, Gilvan, Deni e Tuca; Jorge e Edmur; Flamínio, Niterói, Moacir e Carlinhos II.

Time base de 1973: Beto; João, Orlando, Jorge e Manoel; Tuca e Alcenir; Jairo (Vanderlei), Dinar (Hélio), Silva (Costa) e Dennis (Pimenta).

Time base de 1974: Vitamina (Beto); Beck (Gilson ou Pelé), Gilvan (João ou Toninho), Colúmbia (Jorge) e Giovani (Brivaldo ou Deni); Deneval (Tuca ou Miguel) e Nelson (Alcenir ou Milton); Paulinho (Chupeta), Antônio (Niterói), Walter (Francisquinho) e Carlinhos (Nilo ou Nilton).

FONTES E FOTOS: A Luta Democrática (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – O Fluminense (RJ)