O Cáceres Esporte Clube é uma agremiação do município de Cáceres (população de 94.861 habitantes), que fica a 214 km da capital (Cuiabá) do estado de Mato Grosso. Localizado na mesorregião Centro-Sul do estado e na microrregião do Alto Pantanal.
O “Crocodilo do Pantanal” ou “Gigante do Oeste” Foi Fundado na segunda-feira, do dia 10 de Janeiro de 1977. Suas cores são o azul e o branco. A equipe manda os seus jogos no Estádio Municipal Luiz Geraldo da Silva, o “Geraldão”, que possui capacidade para receber 6.500 mil pessoas.
O Cáceres participou de 15 edições do Campeonato Mato-Grossense de Futebol, estreando ainda em 1977, e ausentou-se no ano seguinte. Voltou à ativa em 1979, entretanto o “Crocodilo do Pantanal” licenciar-se-ia novamente, agora entre 1980 e 1986.
Reativou o futebol profissional em 1987 e desde então, disputou outras 14 edições do campeonato, sem resultados expressivos. Problemas financeiros obrigaram a Federação Mato-Grossense de Futebol a punir o Cáceres em 2001, e o clube permaneceu inativo até 2008, quando disputou a Segunda Divisão estadual.
Em 2010, o Cáceres teve um desempenho fraco, onde sofreu 65 gols e marcou apenas 9, perdendo os 13 jogos que disputou – a maior derrota foi um 14 a 0 para o Sorriso Esporte Clube, em março do mesmo ano (terceira maior goleada na história do campeonato, empatada com Mixto x Tangará, em 2009).
Durante a campanha, o “Gigante do Oeste” chegou a recorrer a uniformes de clubes amadores, pois o uniforme oficial do “Crocodilo” havia sido retido por uma lavadeira. Tal como ocorreu em 2001, o Cáceres ameaçou ter a participação no Campeonato Matogrossense daSegunda Divisão barrada pela FMF, desta vez por “falta de competitividade“, mas a equipe não se inscreveu. Desde então, o “Crocodilo do Pantanal” permanece fora das competições profissionais.
FOTO: Página no Facebook “Craques Do Rádio” (time posado) – Ronivon Barros (Estádio Geraldão)
O Operário Ferroviário Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Ponta Grossa (PR). O “Fantasma” foi Fundado na quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1912, no Dia do Trabalhador, sendo o 2º clube mais antigo do estado em atividade.
Ponta Grossa, uma das maiores cidades do Paraná com mais de 300 mil habitantes, é considerada o berço do futebol paranaense, pois foi aqui na Princesa dos Campos que em 1909 disputou-se o 1º jogo de futebol oficial da história do Paraná, entre ponta-grossenses e curitibanos, com vitória de 1 a 0 para o time da casa.
Primeiro time
Em 1913, foi formado o 1º time da história do Operário para as disputas de jogos amistosos e das primeiras competições locais e estaduais. A escalação da equipe, neste ano, foi a seguinte: José Moro; Pedro Azevedo e Alexandre Bach; Henrique Piva, João Simonetti e Souza; Ewaldo Meister, Adolfo Piva, Holger Mortensen e Ernesto.
Escolha do nome
O 1º nome, que durou até 1914, foi Foot-ball Club Operário Ponta-grossense, depois foi alterado para Operário Foot-ball Club. A escolha do nome há algumas teses. Alguns defendem que o Operário se originou de outra equipe esportiva, o Tiro de Guerra Ponta Grossense, enquanto para outros, decorreu do Riachuelo Sport Club.
Entretanto, a variante frequentemente mais aceita é que o clube surgiu de um grupo de operários ferroviários que trabalhavam nos escritórios e oficinas da Rede Viação Paraná – Santa Catarina, em Vila Oficinas.
A partir de 1926, nova alteração no nome, agora para Operário Sport Club, mudança essa motivada provavelmente para atrair um número maior de novos sócios, capitalizando recursos para se transformar também em um clube social.
Apenas em 1933, após a inclusão do clube social dos ferroviários, que nunca tinha entrado em atividade oficial esportivamente, chegou-se ao nome definitivo: Operário Ferroviário Esporte Clube.
As cores e os uniformes
Segundo o pioneiro sr. Abel Ricci a cor do uniforme principal, não modificada até os dias atuais, foi ideia do senhor Alberto Scarpim: “trata-se de uma homenagem às raças branca e negra, que sempre terão vez em nossa agremiação”.
Essa atitude de busca de harmonia entre todos causou imediata simpatia pelo clube, lembrando que em 1912, apenas 24 anos após a promulgação da Lei Áurea, pouquíssimos times no país aceitavam jogadores negros em suas formações.
O Operário Ferroviário é considerado um dos pioneiros clubes no Brasil a ter tal postura civilizada. A camisa alvinegra listrada verticalmente com calções pretos aparece desde então nos campos e corações de todos nós, sem nenhuma mudança nas cores nesses cem anos de história.
Posteriormente como segundo uniforme surge a camisa branca com calções brancos e mais recentemente como terceiro uniforme a camisa e calções todos pretos.
Como surgiu a alcunha “Fantasma”
A mascote e símbolo do Operário Ferroviário é o Fantasma. Esse apelido, Fantasma da Vila, foi dado pelo meio esportivo de Curitiba logo nos primeiros anos de jogos do Operário contra os times da capital do estado, retornando sempre nos ressurgimentos do Alvinegro, pois observava-se que os visitantes ficavam assustados com a garra do time de Ponta Grossa e geralmente perdiam as partidas em Vila Oficinas, tanto que na sua primeira temporada de atividades regulares contra outras equipes, em 1914, o Operário Ferroviário passou o ano todo invicto. Estava formada a lenda do Fantasma.
Primeira diretoria
Na segunda-feira, do dia 07 de abril de 1913, o jornal Diário dos Campos, destacou a eleição da 1ª diretoria do clube. “Temos a honra de levar ao vosso conhecimento que hoje, em Vila Oficinas, com grande número de pessoas propensas a fundação de uma sociedade esportiva de foot ball, em sessão ordinária foi eleita a primeira diretoria desta associação denominada de Foot Ball Club Operário Pontagrossense, que deverá reger os destinos do mesmo durante o primeiro ano de sua fundação“.
Presidente – Raul Lara;
Vice-presidente – Oscar Wanke;
1º Secretário – Antônio Joaquim Dantas;
2º Secretário – João Gotardello;
1º Tesoureiro – Joaquim Eleutério;
2º Tesoureiro – Álvaro Eleutério;
1º Capitão – Victorio Maggi;
2º Capitão – Oscar Marques;
Fiscal de campo – João Simonetti.
Pioneiros do Operário Ferroviário Esporte Clube, assim como Pedro Azevedo, Henrique Piva, João Hoffman Júnior, Ewaldo Meister, Álvaro Meister, Adolfo Piva, José Antônio Moro, Frederico Dias Júnior, Alexandre Bach, Abel Ricci, João Fernandes de Castro, Michel Farhat, Cesário Dias, Oscar Serra, Inácio Lara, Ricardo Wagner, Alberto Scarpim, Frederico Holzmann, Francisco Barbosa, Holger Mortensen em meio a tantos outros que contribuíram para manter aceso o ideal operário naqueles primeiros tempos.
Títulos
Aclamado Campeão Ponta-grossense pela invencibilidade em todo o ano – 1914
Campeão da Segunda Divisão da Liga Sportiva Paranaense – 1916
Bicampeão invicto da Taça Abraham Glasser – 1918/1919
Na época do amadorismo: Campeão da Liga Regional Ponta-grossense 23 vezes em 32 campeonatos disputados
Campeão do Interior do Torneio Estadual do Centenário da Independência do Brasil – 1922
Vice-campeão Paranaense do Torneio Estadual do Centenário da Independência do Brasil – 1922
Campeão do Torneio Início do Interior – 1956
Campeão do Torneio Início Profissional da Federação Paranaense de Futebol – 1927 e 1956
Campeão do Torneio Profissional Quadrangular do Interior – 1956
Campeão do Torneio Quadrangular Barros Júnior – 1964
Campeão da Taça Sul – Torneio Incentivo – 1975
Campeão do Torneio da Amizade – 1980
Campeão da Segunda Divisão Paranaense – 1969
Campeão do Interior do Paraná em 1923, 1924, 1925, 1926, 1929, 1930, 1932, 1934, 1936, 1937, 1938, 1940, 1947, 1958, 1990 e 1991
Torneio Interclubes dos Campeões Sul-Brasileiros 1962 – 5° lugar
Campeonato Brasileiro – Copa Brasil 1979 – 88º lugar entre 94 participantes
Campeonato Brasileiro – Taça de Prata 1980 – 53º lugar entre 64 participantes
Campeonato Brasileiro – Série B 1989 – 11º lugar entre 96 participantes
Campeonato Brasileiro – Série B 1990 – 5º lugar entre 24 participantes
Campeonato Brasileiro – Série B 1991 – 29º lugar entre 64 participantes
Campeonato Brasileiro – Série C 1992 – 6º lugar entre 20 participantes
Campeonato Brasileiro – Série D 2010 – 6º lugar entre 40 participantes
Campeonato Brasileiro – Série D 2011 – 24º lugar entre 40 participantes
Campeonato Brasileiro – Série D 2015 – 8º lugar de 40 participantes
Campeonato Brasileiro – Série D 2017 – 1º lugar entre 68 participantes
Campeonato Brasileiro – Série C 2018 – 1º lugar entre 20 participantes
Campeonato Brasileiro – Série B 2019 – 10º lugar entre 20 participantes
Campanhas recentes
2009 – Conquista do Acesso à Primeira Divisão do Campeonato Paranaense
2010 – 5º lugar no Campeonato Paranaense, primeiro campeonato na primeira divisão desde o licenciamento de 1994, conquista de vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D 2010
2010 – 6º lugar no Campeonato Brasileiro da Série D
2011 – 3º lugar no Campeonato Paranaense, conquista de vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D 2011 e para Copa do Brasil de 2012
2011 – 24º lugar no Campeonato Brasileiro da Série D
2012 – Participação na Copa do Brasil 2012
2012 – 6° lugar no Campeonato Paranaense – artilheiro da competição: o atacante do Operário Ferroviário, Nivaldo José da Costa, o Baiano, com 13 gols
2013 – 6° lugar no Campeonato Paranaense
2014 – 9° lugar no Campeonato Paranaense
2015 – Campeão Paranaense – Campeão Estadual, conquista de vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D 2015 e para Copa do Brasil de 2016
2016 – Campeão da Taça FPF Sub-23 – conquista da vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D 2017
2017 – Campeão Brasileiro – Série D – conquista da vaga para o Campeonato Brasileiro da Série C 2018
2018 – Campeão Paranaense – Segunda Divisão – conquista do acesso à Primeira Divisão do Campeonato Paranaense 2019
2018 – Campeão Brasileiro – Série C – conquista da vaga para o Campeonato Brasileiro da Série B 2019
Estádio Germano Krüger
A construção do estádio do Operário Ferroviário e da sede do clube se deu em um terreno próximo à rede ferroviária. Germano Ewaldo Krüger, um grande incentivador das práticas esportivas que assumiu a chefia das oficinas da Rede Viária Paraná – Santa Catarina na década de 30, além de acompanhar dedicadamente o clube propôs a mudança do seu primeiro campo utilizado para os jogos, ao lado das oficinas, para um terreno mais ao largo dos trilhos.
Mandou, então, canalizar um olho d’água ali existente para se aproveitar um espaço bem maior que acomodasse arquibancadas, sede social e outras benfeitorias para os associados.
Na entrega do novo estádio, em outubro de 1941, Germano Krüger exercia um dos três mandatos que conquistou como presidente do Operário, recebendo na década de 60 a homenagem de dar seu nome ao Estádio de Vila Oficinas do Operário Ferroviário, com capacidade para 10.632 pessoas, localizado na Rua Padre Nóbrega, nº 265, no bairro Vila das Oficinas, em Ponta Grossa (PR).
FOTOS: Site do clube – Rouparia do Garcia – Acervo do Futebol Do Interior Paranaense – Profissionais (Luiz Souza)
FONTES: Site oficial do clube – Wikipédia – Diário dos Campos, de Ponta Grossa (PR)
A sexta partida da URSS, em território brasileiro, transcorreu na tarde de domingo, do dia 13 de fevereiro de 1966, na cidade de Maringá (PR). Após perder os dois primeiros jogos para Corinthians e Palmeiras, e três vitórias seguidas (Atlético Mineiro, Cruzeiro e Uberlândia), a Seleção Soviética acabou derrotada pelo Grêmio Maringá pelo placar de 3 a 2, no Estádio Regional Willie Davids, em Maringá/PR.
Capacidade do Estádio aumentada e sorteio para ver a Copa do Mundo de 1966
O Estádio Regional Willie Davids, em Maringá/PR, esteve em obras, durante uma semana, para que fossem construídos novos lances de arquibancadas, aumentando a capacidade de 17 para 22 mil pessoas. Os torcedores que adquiriram ingresso para o jogo, concorreram a duas viagens, ida e volta, a Londres, na Inglaterra, a fim de assistir à Copa do Mundo da 1966.
Jogão de cinco gols
O Grêmio Maringá vive um período de grandes conquistas. Bicampeão do Campeonato Paranaense da 1ª Divisão em 1963 e 1964, e vice-campeão em 1965, chegava para enfrentar os russos com moral elevada.
Mais pelo entusiasmo de seus jogadores, que por uma superioridade técnica, o Grêmio Maringá conseguiu derrotar a Seleção Soviética, levando seus torcedores ao delírio!
Aos 13 minutos, Luiz Roberto abriu o placar para os donos da casa, aproveitando a rebatida do goleiro Lev Yashin. Sete minutos depois ampliou com Edgar, após tabelar com Célio. Mesmo com o forte calor e o estado do gramado ruim, os soviéticos não deixaram barato e conseguiram equilibrar as ações e obtiveram dois gols por intermédio de Shesterniev e Banishevskiy, aos 27 e 44 minutos, respectivamente, no primeiro tempo.
Na etapa final, com a torcida vibrando perto dos seus jogadores, a que não estavam acostumados os soviéticos, e também pelas falhas do campo, desviando quase sempre os lançamentos em profundidade, a URSS acabou sofrendo o 3º gol.
Aos 13 minutos, Célio soltou a bomba. O “Aranha Negra” deu rebote e Edgar tocou para o fundo das redes. Daí para frente, o Grêmio Maringá, sem tática alguma, e concentrados na grande área, fazendo do entusiasmo sua arma contra melhor categoria dos soviéticos, garantiram a vitória: terceira derrota da URSS no Brasil.
O Diário da Tarde (PR) destacou: “A vitória do Grêmio Maringá, frente a Rússia, foi a maior vitória conquistada até hoje, por um clube do Paraná”.
A Tribuna registrou no dia seguinte: “Um belo gol que ficará na história do futebol paranaense”.
Os capitães foram Voronin pelo selecionado soviético, enquanto Haroldo Jarra carregou a braçadeira pelo alvinegro de Maringá.
O público foi de 20 mil pessoas e a renda registrada foi de 63 milhões, mas segundo A Tribuna assinalou: “Como houve venda antecipada de entradas calcula-se que a renda total tenha chegado à casa dos 100 milhões de cruzeiros”.
GRÊMIO MARINGÁ (PR) 3 X 2 U.R.S.S.
LOCAL
Estádio Regional Willie Davids, em Maringá (PR)
CARÁTER
Amistoso Internacional de 1966
DATA
Domingo, do dia 13 de fevereiro de 1966
HORÁRIO
16 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 63.373.000,00 (sessenta e três milhões, trezentos e setenta e três mil cruzeiros)
PÚBLICO
20 mil pessoas
ÁRBITRO
Antônio Viug (FCF – Federação Carioca de Futebol)
AUXILIARES
Genésio Chimentão (FPF) e Pedro Campol (FPF)
GRÊMIO MARINGÁ
Maurício Gonçalves; Oliveira, Édson Faria, Roderley e Pinduca (Vitão); Haroldo Jarra e Zuring; Luiz Roberto (Danúbio), Edgar, Célio (Ademir) e Valtinho. Técnico: Nestor Alves
URSS
Lev Yashin, ‘Aranha Negra’; Malafeev (Danilov), Shesternyov, Afonin e Guetmanov; Voronin e Sabo; Slava Metreveli, Ivanov (Prokoniov), Banishevskiy (Kopaiev) e Meshki (Vanist). Técnico: Nikolay Morozov
GOLS
Luiz Roberto aos 13 minutos (Grêmio Maringá); Edgar aos 20 minutos (Grêmio Maringá); Shesterniev aos 27 minutos (URSS); Banishevskiy aos 44 minutos (URSS), no 1º Tempo. Edgar aos 13 minutos (Grêmio Maringá), no 2º Tempo.
FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário da Tarde (PR) – Diário do Paraná (PR) – O Jornal
O Olaria Esporte Clube foi uma agremiação do município do Humaitá, localizado no Interior do estado do Amazonas fica a 675 km da capital (Manaus). A sua população é 57.105 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2021.
O “Tricolor Humaitaense” foi Fundado no sábado, do dia 07 de Maio de 1977, por um grupo de desportistas liderados por Ivalmir Cruz de Araújo. A sua Sede ficava situado na Rua Treze de Maio, nº 166, no Centro de Humaitá. A equipe mandava os jogos no Estádio Frederico Monteiro ‘Madeirão’ (atual: Estádio Municipal Arlindo Braz da Silva), em Humaitá/AM.
Após o imbróglio da desistência do Grêmio Esportivo Humaitá e as idas e vindas do Olaria, (matéria detalhada na postagem anterior que conta, toda essa confusão), o clube iniciou a sua preparação para disputar o Campeonato Amazonense da 1ª Divisão de 1980.
Nela, contou pela 1ª vez com duas equipes do interior do estado jogando na esfera profissional: o Olaria Esporte Clube e o Penarol Atlético Clube, de Itacoatiara.
Sob a presidência do Sr. Áureo Cid Botelho(funcionário do DER-AM e desportista conhecido do público manauara, e já tinha sido presidente da A.A. Rodoviária do Amazonas), o Olaria foi o representante do município de Humaitá.
Contratação de Carlos Xepa não vingou
O 1º reforço seria o goleiro Carlos Xepa (dono do passe), que em 1979, defendeu as cores do Fast Club. Tudo ficou acertado entre o jogador e os dirigentes do Olaria, que foram consultados por telefone, Xepa era funcionário do INCRA(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a sua transferência para o município de Humaitá já estava sendo providenciada. No entanto, como as negociações não avançaram, o clube desistiu de contratar o arqueiro.
Treinador: entre dois candidatos, foi definido o terceiro nome
Em relação a definição de quem seria o treinador, o presidente Áureo Cid Botelho estava entre dois nomes: Edmilson Oliveira, que trabalharam juntos quando o dirigente foi o presidente no título inédito da A.A. Rodoviária do Amazonas, do Campeonato Amazonense de 1973. Na época, o treinador montou uma equipe boa, bonita e barata, surpreendendo os grandes do estado.
Se Edmilson Oliveira não aceitar a proposta, a outra opção seria Paulo Santos (trabalhava na direção técnica do Café Manacapuru), ex-jogador do São Raimundo/AM e América/AM, que estava apalavrado com o Grêmio Esportivo de Humaitá, que acabou desistindo.
Menos de 24 horas, o ex-jogador Edson Marques, que defendeu várias equipes amazonenses, ganhou força e assumiu o comando técnico, uma vez que estava radicado em Humaitá, e, ganhou o apoio dos presidentes da Liga Humaitaense de Desportos Atlético (LHDA), Sr. Zadir Araujo da Silva e Áureo Cid Botelho, do Olaria Esporte Clube. Posteriormente, o clube contratou Abelson Camillo, ex-jogador do Rio Negro, para formar uma dupla com Edson Marques, para ambos comandar o Olaria no Estadual de 1980.
Você sabia?
O 1º jogo, como um clube profissional, aconteceu no domingo, às 16 horas, do dia 11 de Maio de 1980, o Olaria Esporte Clube empatou em 1 a 1, com o Luzitania Futebol Clube, vice-campeão do Campeonato Amadora do Amazonas de 1980, no Estádio Frederico Monteiro, o Madeirão, em Humaitá. O resultado pode ser considerado injusto, afinal, o Olaria dominou a peleja e ainda acertou seis bolas no travessão do excelente goleiro Cleudo. E quando a bola não parou no travessão ou nas defesas do arqueiro, o zagueiro Manuel salvou um gol acerto.
Gol bizarro!
O primeiro tempo terminou com vantagem para o Luzitania. O gol saiu aos 35 minutos. Num lançamento longo, Capoeira perdeu para Carlinhos, ponta veloz, e Dilton saiu para tentar interceptar, mas acabou se chocando com os dois jogadores. A bola espirrou e entrou no fundo das redes lentamente.
Na etapa final, o Olaria pressionou o tempo todo em busca do empate. Após muito atacar, o time humaitaense chegou à igualdade. Aos 25 minutos, Galvão soltou um foguete de fora da área. A bola resvalou no travessão e morreu no fundo do barbante. Insatisfeito com o gol, Manuel Cordeiro foi expulso pelo árbitro.
OLARIA E.C. (AM) 1 x 1 LUZITANIA F.C. (AM)
LOCAL
Estádio Frederico Monteiro, o Madeirão, em Humaitá/AM
CARÁTER
Amistoso Estadual
DATA
Domingo, do dia 11 de Maio de 1980
HORÁRIO
16 horas (De Brasília)
PÚBLICO E RENDA
Não divulgados
ÁRBITRO
Venceslau Vicente de Farias (FAF)
AUXILIARES
Áureo Gilberto Scudelere (FAF) e Marcos Reinaldo da Silva (FAF)
OLARIA
Dilton; Capoeira (Pelado), Burton, Mauro Galvão e Nonato; Theo, Vaz e Zeba; Gedeon (Chocolate), Costa e Renatinho. Técnico: Edson Marques e Abelson Camillo
LUZITANIA
Cleudo; Moacir, Armando, Manuel e Francisco; Valdir (Barbosa), Manuel Cordeiro e Vavá (Luís); Antova, Flávio e Carlinos.
PRELIMINAR
CSSH 6 X 0 Rio Madeira
GOLS
Carlinhos aos 35 minutos (Luzitania), no 1º Tempo. Mauro Galvão aos 25 minutos (Olaria), no 2º Tempo.
Debutante no Estadual, o Olaria terminou num honroso 7º lugar
No Campeonato Amazonense da 1ª Divisão de 1980, contou com a participação de nove clubes, distribuído em duas chaves: o Olaria Esporte Clube ficou no Grupo A, com quatro equipes: Rio Negro, Sul América e Libermorro. O Grupo B, reuniu cinco clubes: Nacional, América, Fast Clube, Peñarol (Itacoatiara) e São Raimundo.
No 1º Turno, o Olaria ficou na 3ª posição com seis pontos em oito jogos (todos foram disputados em Humaitá): três vitórias e cinco derrotas; marcando nove gols, sofrendo 21 e um saldo negativo de 12.
Primeiro Turno
DATA
RE
SUL
TA
DOS
Domingo, 1º de Junho
Olaria
2
X
5
Sul América
Domingo, 08 de Junho
Olaria
0
X
2
Libermorro
Domingo, 15 de Junho
Olaria
1
X
0
América
Domingo, 22 de Junho
Olaria
0
X
3
Nacional
Domingo, 29 de Junho
Olaria
2
X
1
São Raimundo
Domingo, 13 de Julho
Olaria
1
X
3
Peñarol
4ª-feira, 16 de Julho
Olaria
3
X
2
Fast Clube
Domingo, 20 de Julho
Olaria
0
X
5
Rio Negro
O 2º Turno, as chaves foram alteradas: Grupo A, com quatro equipes: Nacional, América, Peñarol (Itacoatiara) e São Raimundo. O Grupo B, com cinco clubes: Olaria (Humaitá), Fast Clube, Rio Negro, Sul América e Libermorro.
No 2º Turno, o Olaria ficou em 4ºª lugar com cinco pontos em sete jogos: uma vitória, três empates e três derrotas; marcando cinco gols, sofrendo 11 e um saldo negativo de seis.
Segundo Turno
DATA
RE
SUL
TA
DOS
Domingo, 17 de Agosto
Olaria
2
X
1
América
Domingo, 24 de Agosto
Olaria
1
X
1
Nacional
Domingo, 31 de Agosto
Olaria
0
X
1
Sul América
Domingo, 07 de Setembro
Olaria
0
X
3
Rio Negro
Domingo, 14 de Setembro
Peñarol
4
X
1
Olaria
Domingo, 21 de Setembro
Olaria
0
X
0
Fast Clube
4ª-feira, 1º de Outubro
Olaria
1
X
1
São Raimundo
Jogo Cancelado
Olaria
–
X
–
Libermorro
Terceiro Turno
DATA
RE
SUL
TA
DOS
3ª-feira, 21 de Outubro
Rio Negro
5
X
0
Olaria
5ª-feira, 23 de Outubro
Nacional
1
X
0
Olaria
Domingo, 26 de Outubro
Fast Clube
3
X
1
Olaria
Sábado, 1º de Novembro
Peñarol
6
X
1
Olaria
Domingo, 09 de Novembro
América
1
X
1
Olaria
Jogo Cancelado
Sul América
–
X
–
Olaria
O 3º Turno, as chaves foram novamente modificadas: Grupo A, com três equipes: Fast Clube, Sul América e América. O Grupo B, com quatro clubes: Nacional, Rio Negro, Peñarol (Itacoatiara) e Olaria (Humaitá).
No 3º Turno, o Olaria ficou em 4ºª lugar com um ponto em cinco jogos: um empate e quatro derrotas; marcando três gols, sofrendo 16 e um saldo negativo de 13.
Dentre as nove equipes participantes, o Olaria Esporte Clube, do Humaitá terminou na 7ª colocação no geral: 12 pontos em 20 jogos: quatro vitórias, quatro empates e 12 derrotas; marcando 17 gols, sofrendo 48 e um saldo negativo de 31.
Time base de 1980: Dilton (Cabelo ou Nelson); Capoeira (Pelado), Burton (João), Mauro Galvão (Dom Juan) e Nonato (Alexandre); Theo (Borracha), Vaz (Dudu) e Zeba (Aderbal); Gedeon (Chocolate), Costa (Edson Marques) e Renatinho. Técnico: Edson Marques e Abelson Camillo
Olaria desiste de jogar o Estadual de 1981
Após o final do Estadual, o Olaria Esporte Clube saiu desgastado fisicamente, financeiramente e mentalmente. A viagem do time para a capital, na ida e na volta dava um deslocamento absurdo de 1.350 km. Essa questão logística, gerou um desgaste enorme, o que comprometeu o desempenho físico nos jogos.
Os entraves políticos, também foi outro fator que minou o clube. Esses foram um dos principais problemas que fizeram a diretoria do Olaria comunicar que estava se afastando de disputar o Estadual de 1981.
Para piorar o clube acabou fechando às portas, deixando o município de Humaitá, sem nenhum representante na esfera profissional no Estadual do Amazonas por muitas décadas.
FONTES: Esporte Espetacular – Jornal do Commercio (AM)
Na Foto rara acima, é o Stadium da Avenida Paraopeba, localizado no Bairro Preto, em Belo Horizonte (MG). O campo era de propriedade do América Mineiro, no começo dos anos 20.
Nessa Praça de Esportes ocorreram algumas goleadas históricas. Um, aconteceu na tarde de domingo, do dia 24 de Junho de 1923:
AMÉRICA-MG 7 x 1 PALESTRA ITÁLIA-MG
Estádio: Avenida Paraopeba, no Bairro Preto, em Belo Horizonte/MG
Público e Renda: Não divulgados
Competição: Campeonato Mineiro de 1923.
Árbitro: não informado
AMÉRICA-MG: Fortes; Mário e Tonico; Ribeiro, Porfírio e Celso; Santinho, Sátyro, Honório, Osvaldinho e Bolivar.
PALESTRA ITÁLIA-MG: não informado
GOLS: Oswaldinho, cinco vezes; Satyro e Celso, um gol cada (América); Ciccio um tento (Palestra).
Numa outra peleja, novamente o Palestra Itália (atual Cruzeiro) sofreu mais uma estrondosa goleada:
ATLÉTICO-MG 9 x 2 PALESTRA ITÁLIA-MG
Estádio: Avenida Paraopeba, no Bairro Preto, em Belo Horizonte/MG
Público: cerca de 4 mil pessoas
Competição: Campeonato Mineiro de 1927.
Árbitro: José Avelino
ATLÉTICO-MG: Oswaldo Perigoso; Chiquinho e Brant; Hugo Jacques, Ivo Melo e Franco; Getulinho, Said, Mário de Castro, Jairo e Getúlio.
PALESTRA ITÁLIA-MG: Geraldo; Rizzo e Pararaio; Porfírio, Osti e Nininho; Piorra, Odilon, Ninão, Bengala e Armandinho.
GOLS: Said aos 11 e 19 minutos (Atlético); Ninão aos 22 minutos (Palestra), no 1º Tempo. Said em 1 minuto (Atlético); Mário de Castro aos 12 e 16 minutos (Atlético); Jairo aos 21, 26 e 31 minutos (Atlético); Ninão aos 25 minutos (Palestra); Getúlio aos 37 minutos (Atlético), no 2º Tempo.
FOTO: Acervo de Fabiano Rosa Campos, presidente do Sete de Setembro F.C.
FONTES: Jornal de Queluz (MG) -Almanaque do Cruzeiro, de Henrique Ribeiro – O Canto do Galo, “Galopedia”
O Flamengo iniciou uma excursão denominada “Senta-levanta”, que começou na terça-feira, às 21 horas, do dia 30 de julho de 1985, diante do Blumenau Esporte Clube. O time catarinense venceu por 1 a 0, no Estádio do Sesi, em Blumenau (SC).
Esse resultado fez o técnicoMario Jorge Lobo Zagallo pedir demissão do cargo. Com isso, o preparador físico, Sebastião Lazaroni assumiu a função de treinador de forma interina.
Na quinta-feira (1º/08/85), às 21 horas, enfrentou o Juventus, de Rio do Sul (SC), no Estádio João Alfredo Krieck. O Mengão se reabilitou com uma goleada de 5 a 0.
O Rubro-negro viajou sem três jogadores: Adílio (entorse no tornozelo esquerdo), Marquinho (luxação no ombro esquerdo, decorrente de um acidente de carro) e Júlio César (problemas de cálculo renal).
A delegação retornou ao Rio, na sexta-feira(02/08/1985), e no dia seguinte (sábado, do dia 03 de agosto), embarcou para o Nordeste para uma série de quatro amistosos:
Domingo (04/08), às 17 horas, goleou o CSA, de Jacozinho, pelo placar de 4 a 0, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL);
Terça-feira (06/08), às 21 horas, venceu o Sergipe, por 3 a 0, no Estádio Lourival Batista, em Aracaju (SE);
Sexta-feira (09/08), às 21 horas, venceu a Seleção do Rio Grande do Norte, por 1 a 0, no Estádio Humberto Alencar, em Natal (RN);
Vamos falar do último jogo da excursão, realizado no Domingo, do dia 11 de agosto de 1985. O Flamengo enfrentou a Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas, às 17 horas, no Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN).
A expectativa dos organizadores era de uma renda superior a Cr$ 140 milhões, o que seria o novo recorde do futebol potiguar. Uma curiosidade é que essa partida foi a primeira vez que o rubro-negro carioca jogou na cidade de Mossoró/RN.
A novidade da ACEC Baraúnas, foi a estreia do técnicoIlson Peres, o Petinha, em substituição a Júlio César. A equipe não conta com jogadores conhecidos em outros estados e será a mesma que disputa o Campeonato Potiguar de 1985.
No jogo, o Flamengo venceu o Baraúnas pelo placar de 3 a 2, todos os gols marcados na etapa inicial. Aos 17 minutos, após bela jogada de Bebeto, Zico, de fora da área, abriu o marcador.
Seis minutos depois, Mozer ampliou ao completar um toque de cabeça de Zico, após cobrança de escanteio cobrado por Adílio. No entanto, aos 27 minutos, o Baraúnas diminuiu, por meio do ponta Carlinhos Bacurau, de cabeça, após falha gritante da defesa rubro-negra.
E, aos 40 minutos, a equipe mossoroense chegou ao empate. Novamente Carlinhos Bacurau marcou após outra falha dos defensores do Flamengo. Um minuto depois, Bebeto recolocou o rubro-negro em vantagem, completando de cabeça, um cruzamento de Jorginho, após escanteio cobrado por Tita.
O público pagante de 18.063 é até hoje o recorde do estádio Nogueirão. A Renda de Cr$ 173.365.000,00 milhões superou a expectativa dos organizadores, se transformando no novo recorde do futebol potiguar.
ACEC BARAÚNAS (RN) 2 X 3 C.R. FLAMENGO (RJ)
LOCAL
Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN).
CARÁTER
Amistoso Nacional de 1985
DATA
Domingo, do dia 11 de agosto de 1985
HORÁRIO
17 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 173.365.000,00
PÚBLICO
18.063 pagantes (recorde de público)
ÁRBITRO
Francisco Freire (FNF)
AUXILIARES
Gilberto Pimenta (FNF) e Ezequiel Braga (FNF)
BARAÚNAS
Gilberto (Parom); Leléu, Coimbra (Djavan), Railson e Nonato; Gelson, Sanderson (Zacone) e Rivaldo; Carlinhos Bacurau (Gaúcho), Ricardo (Mário) e João Carlos. Técnico: Petinha.
FLAMENGO
Cantarelli; Jorginho, Ronaldo, Mozer e Adalberto (Nem); Andrade, Adílio (Ailton) e Zico; Tita, Bebeto e Élder (Paulo Henrique). Técnico: Sebastião Lazaroni.
GOLS
Zico aos 17 minutos (Flamengo); Mozer aos 23 minutos (Flamengo); Carlinhos aos 27 e 40 minutos (Baraúnas); Bebeto, de cabeça, aos 41 minutos (Flamengo), no 1º Tempo.
Rubro-negro fechou com saldo positivo dentro e fora das quatro linhas
A delegação rubro-negra retornou ao Rio, na segunda-feira (12/08/85), às 4h30min., no Aeroporto do Galeão, no bairro da Ilha do Governador.
Para cada apresentação, o Flamengo recebeu a cota de Cr$ 100 milhões, livres de despesas e hospedagens, arrecadando um total de Cr$ 600 milhões, o suficiente para o pagamento da folha salarial do grupo durante o período de inatividade.
No final, o Flamengo encerrou a excursão com um saldo positivo. Dos seis jogos, venceu cinco e perdeu um; marcando 16 gols, sofrendo três e um saldo de 13 tentos.
Após a excursão, o Flamengo, comandado pelo técnicoJouber, fez os últimos ajustes antes da estreia no Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1985. Mas essa é uma outra história para uma outra postagem.
Colaborou: Adeilton Alves
FOTOS: Página do Facebook “Relembrando Mossoró-RN”- Acervo de Jota Nobre
FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Natal (RJ) – O Poti (RN)
A Sociedade Esportiva Belford Roxo é uma agremiação do município de Belford Roxo, situado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Com uma população de 446.731 habitantes, segundo o censo do IBGE/2022, o município fica a 37 km da capital do Rio(cerca de 34 minutos pela via Via Expressa Pres. João Goulart/Linha Vermelha).
O “Sinistros do Bel” foi Fundado na sexta-feira, do dia 26 de junho de 2020, a princípio para ser um clube formador de atletas para o futebol, mas também com a meta de se transformar num clube profissional.
O 1º passo, foi a inauguração da sua “casa própria”, no domingo, do dia 08 de novembro de 2020: Estádio Nélio Gomes, com capacidade para 5 mil pessoas, localizado na Rua Umbelina Barcelos, nº 107-113, no bairro Hiterland, em Belford Roxo.
Além dos jogos, o campo serve o treinamento dos jogadores das categorias de base. No início de 2021, o presidente do clube, Reginaldo Gomes, fez uma parceria junto com o Nova Iguaçu Futebol Clube, para negociação com jogadores da região da Baixada Fluminense.
Em março do mesmo ano, o Belford Roxo oficializou a sua estreia em campeonatos profissionais, quando disputou o Campeonato Carioca da 5ª Divisão de 2021 (Série C), organizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
O Belford Roxo debutou com classe, obtendo um ótimo desempenho, tendo finalizado a fase preliminar na 1ª colocação, com 14 vitórias e apenas duas derrotas. Nas semifinais, acabou sendo eliminado pelo Búzios, após perder o jogo de ida (2 a 1) e, empatar na volta (2 a 2).
Campeão da Série C de 2022
A temporada seguinte foi ainda mais impactante. No seu segundo ano na esfera profissional, a Sociedade Esportiva Belford Roxo se sagrou Campeã do Campeonato Carioca da 5ª Divisão de 2022 (Série C).
A competição contou com a participação de 13 equipes, que se enfrentaram em turno único, a fim de definir os quatro melhores. E o Belford Roxo terminou na 1ª posição: 33 pontos em 12 jogos; 11 vitórias e uma derrota; marcando 26 gols, sofrendo seis e um saldo 20 gols.
Nas Semifinais, o Belford Roxo empatou sem gols, em casa, com o Atlético Carioca. No jogo de volta, O Tricolor Belford-roxense bateu o adversário por 2 a 1, avançando a decisão.
Na grande final, o adversário foi o Futebol Clube Rio de Janeiro, às 14h45min., no domingo, do dia 07 de Agosto de 2022, no Estádio Nélio Gomes. O “Sinistros do Bel” bateu o seu oponente pelo placar de 1 a 0, conquistando o inédito título!
Numa partida equilibrada e com poucas oportunidades criadas para os dois times demonstrando, coube ao zagueiro Rafael Fernando(camisa de nº 4) marcar o gol do título. Logo aos oito minutos do primeiro tempo, o defensor aproveitou uma boa cobrança de escanteio, para de cabeça mandar a bola para o fundo das redes.
Com o título o Belford Roxo garantiu acesso para o Campeonato Carioca da 4ª Divisão de 2023 (Série B2). O elenco da agremiação Belford-roxense contou com 23 atletas, comandados pelo técnico Diego Brandão:
Goleiros – Bruno Mota e William;
Defensores – Emerson, Jean, Magrão, Rafael Fernando, João Marcello, Moysés (capitão do time), Heloan, Klebinho e Matheus França;
Meias – Jeffinho, Vitinho, David, Jean Cláudio, Marcos Felipe e Nando;
Atacantes – Alemão, Alexandre Rondón (nacionalidade colombiana), Edinho, Gabriel Buscapé, Luquinhas e Wendel Paquetá.
S.E. BELFORD ROXO (RJ) 1 X 0 F.C. RIO DE JANEIRO (RJ)
LOCAL
Estádio Nélio Gomes, em Belford Roxo (RJ)
CARÁTER
Final do Estadual da Série C de 2022
DATA
Domingo, do dia 07 de agosto de 2022
HORÁRIO
14 horas e 45 minutos
PÚBLICO
855 pagantes (total de 950 presentes)
RENDA
R$ 4.775,00
ÁRBITRO
Renato de Souza Andrade (Ferj)
AUXILIARES
Diego Machado da Silva Rocha (Ferj) e Danilo Oliveira da Silva (Ferj)
4º ÁRBITRO
Raphael Cruz Ramos (Ferj)
5º ÁRBITRO
Alex Richard Pereira da Silva (Ferj)
DELEGADO
Alexandro Araújo de Oliveira (Ferj)
CARTÕES AMARELOS
Klebinho, Wendel Paquetá, Alemão e Vitinho (Belford Roxo); Mineiro, Paulo, Philipe e Caio (Rio de Janeiro).
CARTÃO VERMELHO
Preparador físico Jefferson Ramos (Belford Roxo); Ture (Rio de Janeiro)
SUBSTITUÇÕES BELFORD ROXO
Jean (nº 7) no lugar de Klebinho (nº 6); Luquinhas (nº 11) no lugar de Marcos Felipe (nº 20); Nando (nº 17) no lugar de Alemão (nº 8); Jean Cláudio (nº 10) no lugar de Wendel Paquetá (nº 9).
SUBSTITUÇÕES RIO DE JANEIRO
Caio (nº 13) no lugar de Patrick (nº 5); Ture (nº 16) no lugar do Davi (nº 7); Luan (nº 17) no lugar do Philipe (nº 10); Robert (nº 21) no lugar do Daniel (nº 2); Wallace (nº 18) no lugar do Bike (nº 6).
BELFORD ROXO
William (nº 1); Moysés (nº 2), Jean (nº 3), Rafael (nº 4) e Klebinho (nº 6); João Marcello (nº 22), Heloan (nº 5), Vitinho (nº 19) e Marcos Felipe (nº 20); Alemão (nº 8), Wendel Paquetá (nº 9). Técnico: Diego Brandão.
RIO DE JANEIRO
Yan (nº 1); Daniel (nº 2), Mineiro (nº 3), Paulo (nº 4) e Bike (nº 6); Patrick (nº 5), Dudu (nº 8), Davi (nº 7) e Philipe (nº 10); Gutinho (nº 9) e Maicon Souza (nº 11). Técnico: Márcio Mauricio de Farias
GOL
Rafael Fernando aos 8 minutos (Belford Roxo), no 1º Tempo.
FOTOS: Wikipédia – O Dia (RJ)
FONTES: Wikipédia – O Dia (RJ) – Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) – Página do clube nas Redes Sociais
Roberto Rivellino faturou 100 mil cruzeiros para vestir a camisa do ABC de Natal
A grande atração do amistoso nacional, entre ABC e Vasco da Gama foi o craque Roberto Rivellino (ex-jogador do Fluminense Football Club e Al Hilal, da Arábia Saudita). Para esse jogo, o “Patada Atômica” recebeu a quota de Cr$ 100 mil, livres de despesas, além de passagens e estadas para ele e a esposa Maysa Gazzola, pagas pelo ABC.
O técnico Ferdinando Teixeira acertou com Rivellino sua participação no treino de terça-feira (03 de Julho de 1979), para que o craque tenha o mínimo de entrosamento com o time. “Trata-se de um amistoso, mas pretendemos derrotar o Vasco para dar animo à equipe. Fomos campeões do primeiro turno e não podemos cair de produção“, afirmou Ferdinando Teixeira.
Curiosidades do Vasco da Gama para esse jogo
A Delegação do Clube de Regatas Vasco da Gama, seguiu para Natal às 9 horas, da terça-feira, do dia 03 de Julho de 1979, no avião da Transbrasil, onde fez escalas em Salvador/BA e Recife/PE. Pelo jogo, o Vasco recebeu a cota de Cr$ 300 mil cruzeiros.
Foi chefiada por Paulo Neri Garcia (Vice-presidente de futebol), Emílson Pessanha (Supervisor), Edmundo Filho (Coordenador), Oto Glória (treinador), Raul Carlesso (preparador físico), Eduardo “Pai” Santana (Massagista), Severino (Roupeiro), além dos 17 jogadores:
Emerson Leão, Paulinho II, Abel, Gaúcho, Marco Antônio, Dudu, Helinho, Toninho Vanusa, Wilsinho, Roberto Dinamite, Artino, Jair, Argeu, Paulo César, Carlos Alberto Garcia, Geraldo e Jader.
Ao desembarcar em Natal, às 13h40min., a delegação ficou hospedada no Hotel São Francisco(anteriormente a primeira informação era de que o local seria no Hotel Ducal), no bairro do Alecrim, em Natal/RN.
No dia após o jogo, na quinta-feira, após o almoço, o grupo seguiu de ônibus especial, para João Pessoa (PB), onde no dia seguinte, o Vasco enfrentou a Seleção Paraibana, às 16h30min., dentro do programa de festividade da capital da Paraíba. Para essa partida, o Vasco recebeu a quota de Cr$ 400 mil cruzeiros.
O treinador vascaíno não pode contar com Guina, Paulinho e Orlando Lelé. Os dois primeiros foram convocados para a Seleção Brasileira de Novos. Já ó último ainda sentia um desconforto na virilha e ficou no Rio fazendo tratamento para se recuperar da lesão.
Preços dos ingressos
O promotores do jogo, mandaram confeccionar 47.500 mil ingressos, de arquibancadas ao preço de Cr$ 50,00; Gerais em Cr$ 25,00; numeradas no valor de Cr$ 100,00 e especiais no valor de Cr$ 200,00.
Jogo: ABC de Natal e Vasco ficaram no empate
Em noite de festa para o público de Natal, na quarta-feira, do dia 04 de Julho de 1979, com a presença de Roberto Rivellino jogando pelo time da casa, o ABC e Vasco empataram em 1 a 1, com gols de Roberto Dinamite aos 43 minutos do primeiro tempo, e Noé Soares, aos seis minutos da etapa final.
O técnico do Vasco, Oto Glória promoveu o juvenil Artino na ponta esquerda e o garoto agradou em cheio, demonstrando personalidade e fazendo uma série de boas jogadas, tentando sempre a linha de fundo para os cruzamentos.
A maior estrela do espetáculo foi Rivellino, que vestiu a camisa nº 10 do ABC. O Reizinho mostrou que ainda era um dos maiores jogadores do mundo. O momento ruim, aconteceu aos 32 minutos, quando o ponta-direita Wilsinho, “O Xodó da Vovó“, deu uma entrada violenta em Dentinho e acabou sendo expulso, deixando o Vasco com um a menos.
Mesmo assim, o Vasco abriu o placar aos 43 minutos, com Roberto Dinamite mandou um balaço no ângulo superior esquerdo, sem chances para o goleiro Carlos Augusto, que viu a bola morrer no fundo das redes.
Na etapa final, foi emocionante, o ABC voltou com tudo, querendo mudar o marcador, aproveitando estar com um jogador a mais, chegou ao empate logo aos 6 minutos, Noé Soares, recebeu a bola nas costas do zagueiro Gaúcho e chutou sem chances de defesa para Emerson Leão.
O ABC criou algumas boas chances de virar o jogo, mas o Vasco, na raça, soube segurar o marcador até o fim. O jogo amistoso, aconteceu no Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão” (em 1989, alterou o nome para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o “Machadão”).
ABC DE NATAL (RN) 1 X 1 VASCO DA GAMA (RJ)
LOCAL
Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão”, em Natal (RN)
CARÁTER
Amistoso Nacional
DATA
Na quarta-feira, do dia 04 de Julho de 1979
HORÁRIO
21 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 1.174.725,00
PÚBLICO
23.185 pagantes
ÁRBITRO
Jáder Correia (FNF)
AUXILIAR
Luís Meireles (FNF) e Afrânio Messias (FNF)
CARTÃO VERMELHO
Wilsinho (Vasco da Gama)
ABC
Carlos Augusto; Vuca, Domício, Cláudio Oliveira e Carpinelli; Baltazar, Danilo Menezes e Rivellino (Noé Soares); Tinho, Dentinho e Berg. Técnico: Ferdinando Teixeira
VASCO
Emerson Leão; Paulinho II, Abel, Gaúcho e Marco Antônio; Carlos Alberto Garcia, Helinho e Dudu; Wilsinho, Roberto Dinamite e Artino (Toninho Vanusa). Técnico: Oto Glória
GOLS
Roberto Dinamite aos 43 minutos (Vasco), no 1º Tempo. Noé Soares aos 6 minutos (ABC), no 2º Tempo.
Colaborou: Adeilton Alves
FOTOS: Acervos de Zuzuarte – Válberson Sousa – Galdino Silva
FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Diário de Natal (RN)