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América Futebol Clube – Fortaleza (CE): uma linda e rica história!

Por Sérgio Mello

O América Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Fundado na quinta-feira, do dia 11 de Novembro de 1920, tem a sua Sede social localizada na Avenida Monsenhor Bruno, nº 1.341, no bairro da Aldeota, em Fortaleza (CE).

O Mecão se filiou à FCF (Federação Cearense de Futebol), em 1921 e ficou até 1927. Depois retornou em 1933 a 1935; voltou em 1938. Dois anos depois um novo retorno (1940/1942). Em 1948 teve o período mais longo, ficando até 2007. Voltou em 2009 a 2010 e por fim de 2012 a 2015.

Nesse período, as maiores conquistas do Mecão foram os títulos do Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1935 e 1966 (além de campeão de futebol, também levantou as taças de futsal, basquete e vôlei). Nos anos de 1933, 1934, 1940, 1943, 1948 e 1954 o América foi vice-campeão estadual.

Em 1967, com a conquista estadual no ano anterior, o América assegurou a sua participação na Taça Brasil (principal competição nacional daquela época). O América ficou no Grupo Norte da Zona Norte, vencendo as duas finais contra o Paysandu SC, de Belém (campeão do Pará), por 1 a 0.

Em outubro de 1967, diante de um público de 40 mil pessoas, o América acabou eliminado da competição, após uma derrota, em casa, diante o Náutico Capibaribe (PE), pelo placar de 1 a 0.

História contada pelos ex-jogadores: Anibal e Aloisio

Para o Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1920, a Liga contava com quatro clubes: Ceará, Fortaleza, Bangú e Guarany. Em novembro de 1920, era fundado por um pequeno grupo de rapazes, o América Futebol Clube, sem, entretanto, maiores ambições para com o futuro do pequeno grêmio.

O América, nascido em 20, projetou-se em 1921 na Liga Secundária, sagrando-se campeão da categoria. E nesse mesmo ano. 1921, estando as forças políticas do futebol em pé de igualdade, o Ceará ao lado do Bangu e o Fortaleza formando dupla com o Guarany, manobrou o Ceará, com êxito, no sentido de promover o campeão da Liga Secundária para a Primeira Divisão. E foi assim: que, quase sem o pretender, o América se viu na primeira linha do nosso futebol, em 1921. Por conta do Ceará Sporting.

O “VOVÔ” E SEUS “NETINHOS”

Em entrevista feita em 1970, os ex-jogadores contaram a história do clube. Data daí, pelo depoimento de Anibal Bonfim e Aloisio Ribeiro, o apelido de “Vovô” com que ainda hoje é conhecido e tratado carinhosamente o Ceará. Como surgiu o termo “Netinhos”?

– “Silvio Gentil, presidente do Ceará, ficou eufórico com a sua jogada política, elevando o América de categoria e ficando com mais um voto para impor suas decisões na Primeira Divisão. E tomou-se de simpatias pelo América, para que muito contribuía; também, Crisantho Moreira da Rocha, que, estudante de Medicina no Rio, era ardoroso torcedor do America carioca, sendo, por aqui, torcedor e diretor do Ceará Sporting…” 

– “Sempre que se encontrava com a turma americana Silvio Gentil, um notável desportista, costumava dizer: “como vão os meus meninos endiabrados, os meus netinhos?”

E foi daí, do fato de sermos chamados de NETINHOS pelo Presidente do Ceará, que nós do América começamos a chamar a Silvio Gentil de nosso “Vovô”, apelido que, com o tempo, se passou para o próprio clube, muito adequado, por sinal, por ser o Ceará o mais antigo grêmio do futebol cearense”.

OS FUNDADORES DO AMERICA

O Estatuto do América Futebol Clube, de 1952 pela então diretoria presidida por José Mario Mamede: O Art. 1. da “Carta Magnarubra diz textualmente:

Art. 1. – O AMERICA FOOT-BALL CLUB (A.F.C)

– Fundado nesta cidade de Fortaleza a 11 de novembro de 1920, por Aloisio Gondim Ribeiro, Juvenal Pompeu de Souza Magalhães, Acrísio Faria de Miranda, Miguel de Aguiar Picanço, Dagoberto Rodrigues, Benicio Carneiro Girão, Anibal Câmara Bonfim, José Lino da Silveira, Aécio de Borba Vasconcelos, Marcílio Braune, Lívio Correia Amaro, José de Borba, Vládine Pompeu, João Ramos de Carvalho, Cláudio Vilela Lima, Galba Gomes Gurgel, José Xerez, Herialdo Maia Cunha, José Chagas de Oliveira, Mileide Morais, Gianpaolo Damasceno, Alberto Damasceno e entre outros.

Com isso, formando uma sociedade desportiva e recreativa, constituída de número ilimitado de sócios, com personalidade Jurídica de duração indeterminada e se regerá por estes Estatutos.

PRIMEIRO TÍTULO

Fundado em 20, no ano seguinte, como já ficou dito, o América sagrou-se campeão da Liga Secundária. Em 1969, com quase meio século não houvesse decorrido de lá para cá, Aloisio Ribeiro, o extrema esquerda Lulú dos seus tempos, e Anibal Câmara Bonfim, o grande centerfoward, recordam, com absoluta clareza, o time que foi campeão de 21 na categoria secundária.

– “Era este, o time, dizem categóricos: Benicio Girão (que foi o primeiro goleiro do America e morreu recentemente em 1969, na cidade de Sobral, onde era comerciante); Acrísio Miranda (também falecido, este no Rio) e Gaminha; Antônio Siqueira, Godofredo Fernandes e Juvenal Pompeu; Moésia Rolim (que foi Oficial do Exército, líder revolucionário do “tenentismo” e famoso orador), Sátiro Rodrigues, Anibal Bonfim, Barcelos e Aloisio Ribeiro (o Lulú).

AS CAMISAS NEM SEMPRE FORAM RUBRAS

Mas, um ano depois, Crisantho Moreira da Rocha chegava do Rio, cada vez mais empolgado pelo America carioca (que foi campeão de 22 – anos do centenário da Independência – no campeonato carioca) e trouxe um jogo de camisas vermelhas, com o escudo branco contendo as inicias do clube, exatamente iguais ás dos seu homônimo do Rio de Janeiro.

O primeiro Jogo de camisas do América, presente de Crisantho Moreira da Rocha, custou-lhe a importância de 330 mil réis, que representariam 33 centavos em 1969.

AS LUVAS DO QUINDERÉ

Outra interessante curiosidade: o América não surgiu com suas tradicionais camisas rubras. Em 1921, na Liga Secundária, seu uniforme era azul e branco, em listras verticais.

Guindado à Primeira Divisão por conta de um “golpe” político do Ceará, o América não possuía, contudo, condições técnicas à altura dos dois maiorais de então, ο Ceará e o Fortaleza.

Lulú recorda, com o olhar perdido na saudade, um Jogo do América com o Fortaleza, al por volta de 1921. Vez por outra, Anibal interfere, relembra algum episódio, faz alguma objeção, tece outras considerações.

– “Humberto Ribeiro foi, sem dúvida alguma, o maior jogador do futebol cearense, e talvez do próprio futebol brasileiro, no passado e se jogasse hoje (1969), um fenômeno como Pelé, ou como Tostão, pois não era escurinho.

Era o deus do Fortaleza, o maior craque da cidade, um ídolo do seu clube, respeitado pelos demais. O Fortaleza ia enfrentar o pequenino América, que apenas começava na Primeira Divisão.

Jogo fácil, facílimo para o time tricolor, composto dos melhores azes do nosso futebol de então, contra os “netinhos“, a meninada endiabrada (e desde então o América ganhou também o apelido de “Diabo rubro”).

O jogo ofereceu uma novidade: o goleiro do Fortaleza, o Quinderé (dono da livraria que tinha seu nome), entrou de luvas, à moda europeia. Bola vai, bola vem, eu peguei um bom passe (quem fala é o Lulú), Investi e atirei com força e com sorte. Gol! Quase desmaiei de alegria.

Não queria acreditar no que estava vendo. Fizera um gol no Fortaleza! Humberto Ribeiro veio de lá, deu uma bronca tremenda no Quinderé e exigiu que tirasse as luvas…”. No final o vencedor foi: “O Fortaleza acabou ganhando. Ninguém aguentava um time que tinha o Humberto Ribeiro como centerfoward”…

OUTRO TÍTULO EM 1923

Depois de explicar o que era a imponência e a expressão do Torneio Inicio naqueles idos, com a maior frequência pública e torcidas organizadas de moças elegantes da sociedade, Anibal e Aloisio revelam que em 1923 o América conquistou a sua primeira grande glória.

Sagrou-se campeão do Torneio Início daquele ano, com uma equipe formada por Ubiratam Negreiros (Irmão da saudoso Ubirajara e hoje funcionário do Banco do Brasil no Rio de Janeiro), Acrísio Miranda e Antônio Bessa; Eduardo Martins (e às vezes Antônio Araripe), Pão Doce e Juvenal Pompeu (este era o capitão do time); Deó (Moesia Rolini já viajara para o sul, como militar), Gilberto, Abelardo, Anibal Bomfim e Lulú (Aloisio Ribeiro).

EM FAVOR DOS FLAGELADOS

Com algumas raras fotografias, que tratam com o maior cuidado e carinho, os dois amigos desportistas vão contando novos episódios da gloriosa trajetória do América Foot-Ball Club no cenário esportivo de nossa terra.

RECORDA ANIBAL:

– “Em 1932, uma seca terrível assolou o Ceará. Era Interventor o Capitão Carineiro de Mendonça, que tudo, fez para atende raos flagelados. Dentre multas medidas, programou e realizou um torneio de futebol de craques veteranos. O América formou sua equipe e eu o Lulù vestimos novamente a Jaqueta rubra.

E esse time tal…”

“E vão identificando um a um os jogadores. Um dos zagueiros, é o ex-Interventor do Estado e ex-Prefeito de Fortaleza, Acrísio Moreira da Rocha, irmão de Crisantho, um dos beneméritos do América, o goleiro ainda era Ubiratan Negreiros; Euclides Laurentino, o popular Tom Mix, doublé de craque e compositor popular, veterano funcionário da Policia Civil e figura obrigatória das missas na Igreja do Rosário; e industrial Chico Figueiredo, também de camisa de goleiro, embora como jogador (Informação dos seus contemporâneos) não fosse grande coisa; José Bonfim, irmão de Jorge e de Lúcio era médio muito vigoroso-esclarecem, Eduardo Martins, velho funcionário da Prefeitura; Anibal e Lulú, ainda no vigor da juventude, nessa fase Imprecisa do homem, entre os 30 e os 40 anos, em que ninguém a olha nu será capaz de observar um sinal de velhice e vários outros estão presentes na histórica fotografia, que vai enriquecer esta reportagem.

CAMPEÃO DE 35 E DE 66

O América voltou a ser campeão em 1935 e depois em 1966. Quero saber de Anibal Bonfim e de Aloisio Ribeiro como reagem as emoções de um jogo de hoje, principalmente nos jogos em que o América Intervém:

mais muito entusiasmo. Fui, depois de jogador, árbitro da Federação por muitos anos, nos tempos do Capitão Juremir. E acho que, tanto como jogador, quanto como Juiz, deixe meu nome.

Recordo um jogo Ceará x Fortaleza, duríssimo como sempre, decisiva como quase sempre, e que não tinha juiz que desejasse apitar. O velho campo do Prado cheio, uma assistência enorme e quase a hora do jogo começar e não havia ainda juiz.

Estava afastado da ADC (hoje FCD) por conta de uma história de “colégio de árbitros” que haviam criado e como que não concordavam. Eis que se aproximam de mim o Capitão Juremir e o sr. Pedro Riquet que era então o Presidente do Fortaleza. Entregam-se o apito, me exigem que eu seja o juiz. Fui e tudo correu muito bem, graças a Deus. No final, o Ceará venceu por 4 a 3, em um jogo emocionante”.

PRIMEIRO CAPITÃO

Anibal Bonfim fala menos, parece não gozar de uma memória tão privilegiada quanto a do companheiro, embora mais moço que ele. Mas recorda muita coisa, com bastante precisão nos detalhes.

“Fui o primeiro “capitão” do time do América. Depois de mim, foi que velo o Juvenal. Portanto, tenho uma afinidade muito grande com o América. Mas perdi quase por completo o contacto com o velho e querido clube. Outras gerações, outras áreas sociais ocuparam o comando do América. E a gente vai ficando esquecido… Sabe como é!

Mas ainda torce pelo América?

“Vou sempre ao estádio. E quando o Fortaleza não está jogando, torço pelo América, sempre… Divido o meu coração entre o tricolor e o meu América”.

O AMERICA DE 1921

Na foto, uma das formações de 1921

Na foto, uma das suas primeiras equipes, em 1921, onde Anibal Bonfim, que era o center-forward e Aloisio Ribeiro, ponta esquerda. O mais alto (o quarto da esquerda para a direita) era Ubiratan Negreiros, que foi Procurador Juridico da Prefeitura de Fortaleza.

OS VETERANOS RUBROS EM 1932

Na foto, uma das formações de 1932

Ano mau para o Ceará. O então interventor Carneiro de Mendonça promoveu um torneio entre os veteranos dos clubes da Primeira Divisão, com renda em favor dos flagelados. Eis aí a equipe do América que participou daquela jornada há 37 anos passados…

Agachados, com um sorriso próprio da juventude, o zagueiro Acrísio Moreira da Rocha, que depois foi Interventor do Estado (cargo correspondente a Governador, no período que antecedeu à redemocratização de 1945) e Prefeito eleito de Fortaleza para dois mandatos de quatro anos.

O goleiro, sentado, é Ubiratan Negreiros, Irmão do saudoso Dr. Ubirajara Negreiros, que foi um dos baluartes do América. Em pé, bancando o goleiro à direita o hoje industrial Chico Figueiredo, que não era senão reserva, pois não era bom de bola… Lulu (Aloisio Ribeiro) e Anibal Bonfim, nossos informantes para esta reportagem, estão na linha dianteira, onde aparece também o popular Tom Mix (Euclides Laurentino, o segundo da esquerda para a direita, em pé).

ARTE: desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTOS: Jornal Unitário (CE)

FONTES: Federação Cearense de Futebol (FCF) – reportagem de Ronald Proença do Jornal Unitário (CE)

Grêmio Esportivo Piquerobiense – Piquerobi (SP): Quatro edições do Campeonato Paulista do Interior!

Por Sérgio Mello

O Grêmio Esportivo Piquerobiense foi uma agremiação do município de Piquerobi que fica a 619 km da capital do estado de São Paulo. A localidade possui uma população de 3.686 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2016.

A palavra “Piquerobi” deriva do ‘tupi antigo’pikyroby, que significa “piquiras (uma espécie de peixe miúdo) verdes“, por meio da composição de pikyra (piquira)oby (verde).

O “Fantasma do Sertão” foi Fundado na 2ª-feira, do dia 21 de Setembro de 1953. O CNPJ foi aberto no dia 23 de Janeiro de 1981. A sua Sede social ficava localizado na Rua Dr. Pedro de Tolêdo, s/n – Centro – Piquerobi (SP). As suas cores: azul e branco.

No mesmo dia em que foi fundado, ocorreu uma assembleia geral, que elegeu a 1ª Diretoria do Grêmio Esportivo Piquerobiense:

Presidente de honra – Marcelo Dassie (então prefeito do município);

Presidente – Claudio Corral;

Vice-presidente – Manoel Ferreira Reis;

1º Tesoureiro – Arnaldo De Haro;

2º Tesoureiro – André Corral;

1º Secretário – Amador Bueno de Camargo;

2º Secretário – Francisco Fróis de Morais Neto;

Diretor esportivo – Antônio Fróis de Morais e Silva;

Conselho Fiscal – Carlos Furlan, Danilo Campanhole e André Bonilho Barnabé. Suplentes: Antonio Carreira Bernardino Filho, Conrado Izidoro Paludetto e Antonio Gianelli.

Foto: Acervo da Prefeitura de Piquerobi

Estádio Municipal de Piquerobi

Cumprindo promessas feitas em 1953, o sr. Marcelo Dassie, prefeito municipal de Piquerobi, construiu o Estádio Municipal, terminando no final de fevereiro de 1954.

EM PÉ (esquerda para a direita): Nelson, Ipojucam,Lomba, Paulista, Zelio, Edson, Brandão, Antoninho, Joãozinho, Pavão, Saul, Julio Bariani (presidente) e Osvaldo Pirnia (Massagista).

Campeonato Paulista do Interior

Jogou quatro edições do Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo, organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol): 1955, 1956, 1957, e 1958.

Foi campeão da Zona 12, do Setor 44, do Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo de 1955,com seis vitórias em sete jogos. A conquista veio após vencer o Clube Atlético Indiano pelo placar de 1 a 0. No final, terminou na 3ª colocação daquele ano.

No Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo de 1956, o Fantasma do Sertão ficou na Zona 14, do Setor 45 sediado na Série B da Liga Prudentina de Futebol, com os seguintes clubes:

Fada Futebol Clube (Santo Anastacio);

Esporte Clube Corinthians (Presidente Venceslau);

Esporte Clube Fluvial (Presidente Epitácio);  

Grêmio Esportivo Piquerobiense (Piquerobi).

Algumas Formações:

Time base de 1954: Toni (Dedé); Vigota (Mario ou Pedrinho) e Ferrer (Milton); Chico (Doro), Nelsinho e Pedrão (Amorim); Lauro (Mauro), Zinho (Paulo), Jaime (Ipojucam ou Brandão), Joãozinho (Sinho) e Antoninho (Euclides).

Time base de 1955: Toni; Pedrinho e Ferrer; Chico, Saul e Amorim (Reynaldo); Paulinho, Brandão, Carlinhos, Joãozinho e Antoninho.

Time base de 1957: Augusto; Chico e Maciel; Saul, Pavão e Pedrão; Ezequias, Bacaninha, Pedrinho, Antoninho e Adinil.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho

FOTO: Acervo Grêmio Esportivo (SP)

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Grêmio Esportivo (SP) – Mundo Esportivo (SP)

Nacional Esporte Clube – Natal (RN): quatro edições na Segunda Divisão Potiguar!

Por Sérgio Mello

O Nacional Esporte Clube (NEC) foi uma agremiação da cidade de Natal (RN). O “Áureo-verde” foi Fundado na quarta-feira, do dia 20 de Agosto de 1947. A sua Sede social ficava localizado na Rua da Lua (atual Rua São Francisco), nº 23, no bairro das Rocas, na Zona Leste de Natal/RN. O NEC também promovia diversos eventos, como a Festa Junina, bailes de carnaval.

O Nacional começou no futebol disputando as competições organizadas pela Liga Desportiva das Rocas (LDR). O seu ápice aconteceu na década de 70, quando o Nacional disputou quatro edições do Campeonato Potiguar da Segunda Divisão da FNF (Federação Norte-rio-grandense de Futebol): 1976, 1977, 1978 e 1979, foi d bairro da Cidade Alta, em Natal/RN.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Adeilton Alves

FOTOS: Página no Facebook “Velha Guarda das Rocas”

FONTES: O Poti (RN) – Diário de Natal (RN)

1º escudo: Elite Itaquerense Foot Ball Club – São Paulo (SP), Fundado em 1922!

Primeiro distintivo

Por Sérgio Mello

O Elite Itaquerense Foot Ball Club (atual: Sociedade Esportiva Elite Itaquerense) é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). A sua Sede social está localizada na Rua Augusto Carlos Bauman, nº 588 – Itaquera, na Zona Leste de São Paulo (SP).

O clube alvirrubro foi Fundado na sexta-feira, do dia 1º de Dezembro de 1922, por José Salomão, um comerciante de São Paulo. O clube foi batizado com o nome “Elite“, inspirado em uma marca de roupas de luxo da época. 

O Elite Itaquerense não foi o 1º clube de futebol de Itaquera, mas é o mais antigo que ainda existe. O clube marcou a vida social do bairro e da região, e participou ativamente dos esportes de Itaquera e do mundo.

Craques revelados pelo clube

Há quem lembre também do futebol de campo com grandes craques que marcaram gerações e dos craques revelados por este clube, entre eles, três laterais esquerdos: Kleber (ex-Corinthians, Santos e Internacional de Porto Alegre), Cesar (ex-São Caetano, Lázio da Itália e Corinthians) e Guilherme Arana (Ex-Corinthians, Athletico Paranaense, Sevilla da Espanha, Atalanta da Itália e atualmente no Atlético Mineiro).

Campeão Mundial de Futsal

O futsal do Elite Itaquerense, sob o comando de Simão Bernardes, é considerado um polo revelador de craques que despontam em clubes de todo o país e até do exterior. O Elite foi campeão mundial de futsal em 2012, categoria sub 13, na França.

Apesar de ser um “senhor com mais de 100 anos de vida” o Elite Itaquerense, através de diretores, conselheiros e associados, é considerado como um clube com “olhar de futuro”, sempre receptivo a inovações e novas ideias, aliás é um clube, que tradicionalmente tem participação na vida social do bairro, sempre apoiando campanhas de benemerência, como recentemente com o jantar-show que arrecadou mais de 34 mil reais ao Instituto Luz do Amanhã, que atua no apoio a crianças com câncer.

Instalações

Importante citar também que as locações dos salões do clube para festas, casamentos e eventos, são outra marca do clube. O Elite conta com o ginásio para eventos de grande porte, para mais de 2 mil pessoas, tem o Salão Monumental (salão social) para eventos mais clássicos, com capacidade para 800 pessoas sentadas, o Quintal do Elite com salão anexo com churrasqueira e toda estrutura e o salão Espaço Buffet para até 200 pessoas, também com toda a estrutura.

Escudo extraído do estatuto de 1928

Na imagem revelada à diretoria do Elite Itaquerense, somos transportados ao âmago histórico de sua fundação. Datado de 1928, o estatuto que regeu os primeiros passos deste respeitável clube emerge como um testemunho da profundidade cultural e esportiva que permeava o espírito de seus fundadores.

Junto ao estatuto, desponta seu 1º distintivo, um símbolo de elegância e identidade que hoje é comparado ao brasão contemporâneo, evocando memórias saudosas e um senso de continuidade entre o passado e o presente.

O elemento mais curioso e admirável desse registro encontra-se na inscrição “Football Club” gravada em inglês no estatuto. Tal escolha linguística, modéstia à parte, reflete uma reverência ao berço do futebol, homenageando sua origem britânica com singularidade e sofisticação.

É possível imaginar que Seu Salomão, um amante fervoroso do esporte, vislumbrou nesse gesto uma forma de exaltar a conexão histórica e cultural que transcende fronteiras, reafirmando o futebol como um elo universal.

O distintivo inaugural do Elite Itaquerense possui uma beleza atemporal, capaz de rivalizar com os padrões estéticos do brasão atual, resgatando o simbolismo de uma época em que cada traço e detalhe eram carregados de significado.

É inevitável a nostalgia ao contemplar a simplicidade majestosa do emblema original, que encapsula o sonho e a determinação dos pioneiros que deram vida ao clube.

Esse fragmento da história do Elite Itaquerense transcende o papel de mero documento; ele é um patrimônio vivo, carregado de narrativas que refletem a paixão, o esforço e a criatividade de uma geração que ousou moldar um legado. Na interseção entre memória e modernidade, ele continua a inspirar e conectar todos que reconhecem sua importância.

Disputou a Taça de São Paulo de 1931

No futebol, o Elite Itaquerense disputou diversos jogos e competições. O mais relevante foi a Taça de São Paulo de 19311º Grande Campeonato Amador de Futebol da cidade de São Paulo.

A competição foi organizada pelo jornal A Gazeta, da cidade de São Paulo, que realizou um grande campeonato de futebol envolvendo clubes amadores, onde se inscreveram e participaram 203 agremiações!

No final, o Club Athletico Villa Nava Mazei (bairro Vila Mazei) e o Club Athletico Sant’Anna (bairro Santana). O grande campeão foi a Villa Nava Mazeique venceu os dois jogos (ida e volta): 2 a 1 e 4 a 0.

ARTE: desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

Colaborou: Paulo Sérgio De Marco Regatieri

FOTOS: Acervo do clube – Página do Facebook “Saudosa Itaquera”

FONTES: Museu do Futebol – Livro “Sociedade Esportiva Elite Itaquerense – 100 anos de História e Glórias” (escrito com base em depoimentos, pesquisa bibliográfica e reminiscências pessoais e familiares), de autoria de Marco A. Stanojev Pereira – Fato Paulista 

Clube União Lyra Serrano, de Paranapiacaba – Santo André (SP): Ali existe o 1º estádio do Brasil com 131 anos!

Por Sérgio Mello

O Clube União Lyra Serrano é uma agremiação da cidade de Santo André, que  conta com uma população de 748.919 habitantes (segundo estimativa do IBGE de 2022), fica a 22 km da capital do estado de São Paulo.

A Sociedade Recreativa Lyra da Serra foi Fundado na segunda-feira, do dia 23 de fevereiro de 1903. Menos de 10 meses depois, foi a vez do Serrano Athletico Club ser Fundado na quinta-feira, do dia 03 de dezembro de 1903, por iniciativa do superintendente da São Paulo Railway, o britânico Alec M. Wellington.

Três décadas depois, a Sociedade Recreativa Lyra da Serra e o Serrano Athletico Club fizeram uma fusão na quinta-feira, do dia 15 de outubro de 1936, dando origem a União Lyra Serrano AC.

A Sede social e o estádio ficam localizados na Avenida Fox, s/n, na Vila Inglesa de Paranapiacaba, que fica a30 km do centro de Santo André, no Alto da Serra do Mar.

Conhecido por ser ‘um pedacinho da Inglaterra em solo brasileiro’ foiconstruída pela São Paulo Railway no século XIX para abrigar seus funcionários durante a concessão da estrada de ferro Santos – Jundiaí, essa pequena vila inglesa é um verdadeiro tesouro histórico e cultural preservado.

Rodeada pela exuberante Mata Atlântica, Paranapiacaba oferece uma experiência única para os visitantes. Seu cenário natural deslumbrante, com trilhas e cachoeiras, convida a explorar a riqueza da biodiversidade local.

Futebol bretão

No futebol, o clube em seus áureos tempos, cansou de colecionar títulos. “Era difícil o clube passar um fim-de-semana sem conquistar um troféu. Chegamos a ficar meses sem perder”, disse Salles Henrique, o Salinho, meio campista na década de 50.

O União Lyra Serrano disputou o Campeonato Citadino de Santos, organizado pelas Liga Santista de Futebol (LSF). Enfrentou equipes como o Jabaquara, Portuguesa Santista e União Santista.

Bastava tomar o trem e seguir até a Baixada Santista. E os adversários também não tinham dificuldade em jogar em Paranapiacaba, no velho e agora revigorado estádio.

Liga Extraoficial em 1993

Em 1993, o União Lyra Serrano só disputava amistosos. Chegou a criar uma liga extraoficial com quatro times locais: Trilho, Via Permanente, Paranapiacaba e Zuum. Os melhores jogadores destes times formados por ferroviários eram selecionados para jogar no Serrano.

Atualmente

O Serrano respira. Ganha vida nova com o estádio reinaugurado. Uma conquista para o aniversário deste domingo. Com 120 anos de história, um verdadeiro marco.

Lembrando: o futebol do Grande ABC – do Santo André, do velho EC São Bernardo, do Azulão, do Água Santa, do Mauaense e Mauá FC, do Ribeirão Pires FC – nasceu em Paranapiacaba, rodeado pelas montanhas da Serra do Mar, revelando craques como Salinho.

Sede será restaurada

A Prefeitura de Santo André assinou termo de cooperação técnica com Instituto de Cultura Democrática para recuperação de prédio histórico. A primeira etapa do restauro do Clube União Lyra Serrano, localizado na parte Baixa de Paranapiacaba.

A restauração terá início em 2025, após a contratação da empresa pelo Instituto, gerenciadora do projeto. O valor de investimento para esta etapa da obra é de R$ 2,7 milhões, de um total aprovado de R$ 5,2 milhões.

O 1º e único imóvel de dois andares da Vila foi a construção mais imponente da Vila Martin Smith para transformar a vida social do núcleo ferroviário. No andar inferior o salão com bar-lanchonete e mesas de jogos era palco de reuniões da diretoria, festas como Carnaval, sessões de cinema e os famosos bailes das décadas de 30 e 40 que atraíam turistas de outras regiões como Santos, ABC e São Paulo.

Já nas décadas de 50 a 70, o clube era destinado aos bailes de formatura dos alunos da Escola Ferroviária do Senai, que ocupava o prédio onde hoje funciona o Centro de Visitantes. Após esse período serviu como sede de eventos políticos e prestação de contas entre o poder público e os moradores.

De 1982 a 1985 aconteceu o primeiro restauro e os eventos musicais voltaram a ser promovidos, mas sem a mesma frequência. A partir de 2002 até 2019, com a aquisição da Vila pela Prefeitura, o espaço passou a ser palco do Festival de Inverno e apresentações organizadas pelo Sesc.

O Estádio mais antigo do Brasil com 131 anos

Considerado o 1º campo com medidas oficiais do Brasil, inaugurado em 1894 na vila inglesa de Paranapiacaba (SP). Junto ao campo, foi inaugurado o Memorial Charles Miller, que irá contar a história do pai do futebol e a chegada desse esporte ao país, além da história da Vila Inglesa de Paranapiacaba e sua conexão com o que se tornou uma das maiores paixões nacionais. O campo, situado na Avenida Fox, s/n, passou por um processo de revitalização.

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A arquibancada de madeira completamente restaurada, preservando os elementos originais conforme previsto no projeto. Além disso, os trilhos de trem, que servem como base para o alambrado, foram recuperados, assim como a drenagem do campo, que foi totalmente substituída.

Os antigos vestiários deram lugar a dois sanitários que atenderão aos torcedores presentes na arquibancada de madeira. Para suprir as necessidades atuais, novos vestiários foram construídos, bem como uma tribuna com função de mirante acima dos vestiários.

Um muro de gabião foi erguido, cumprindo uma dupla função – contenção e arquibancada, e também foi instalado um sanitário na Rua Nova. A restauração, iniciada em fevereiro de 2021, foi realizada com recursos do PAC Cidades Históricas da ordem de R$ 3,9 milhões. Já o memorial Charles Miller, instalado em imóvel da vila, contou com investimento de R$ 20 mil.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Acervo de Odilon Luiz de Oliveira (CROMOS. O Serrano perpetuado no álbum de figurinhas Varzeana, da década de 1950) – Carsughi – Repórter Diário

FONTES: Primo Ribeiro, do Diário – G7 Notícias do ABC – Diário do Grande ABC– Prefeitura de Santo André

SOMDA Esporte Clube – Fortaleza (CE): Vice-campeão do Estadual da 3ª Divisão de 1966!

Por Sérgio Mello

O SOMDA Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Foi Fundado na quarta-feira, do dia 07 de Setembro de 1960, por funcionários da Sociedade de Minérios S.A., Fábrica de Louças São José.

O seu Estádio Germano Franck e a Sede ficavam situados nas dependências da fábrica de porcelana, na Rua Coronel João Cordeiro, s/n, no bairro de Parangaba, na zona oeste de Fortaleza/CE.

Reunia então um grupo de operários que gostavam de praticar o esporte, e dentre eles, foram escolhidos os membros de sua primeira diretoria. Mas, o quadro foi vencendo jogos, foi adquirindo a simpatia geral, atraindo bons valores e o clube cresceu.

Rapidamente,o SOMDA é algo de orgulho para os funcionários da indústria a que pertence, e para o próprio povo de Parangaba. Quase todo são empregados da SOMDA (Sociedade de Minérios Ltda.) e são sócios do clube. O corpo de jogadores, é constituída também de sua maioria por funcionários, e o restante de estudantes.

Nos seus seis primeiros anos de existência, o SOMDA já contava com uma carreira brilhante. Inúmeros foram os torneios suburbanos que levantou, e prova de suas conquistas estão na sede do clube, na brilhante coleção de troféus, que sobe quase a três dezenas de taças e inúmeras medalhas.

Estreando em 1966, no Campeonato da 2ª Divisão (na realidade, equivalente a Terceira Divisão), tem na conquista do título de vice-campeão do Torneio Início e do Estadual da 3ª Divisão o seu maior feito de sua carreira.

No returno, o SOMDA terminou empatado com o Santa Cecilia: foram seis vitórias e três empates. Com isso, foi necessário decidir o campeão numa melhor de quatro pontos. Na primeira partida, na quarta-feira, do dia 21 de dezembro de 1966, a partida terminou empatada em 1 a 1.

No domingo, do dia 25 de dezembro de 1966, o SOMDA derrotou o Santa Cecilia por 1 a 0, se sagrando campeão do 2º Turno do Cearense da 3ª Divisão, organizado pela Federação Cearense de Desportos (FCD). O gol da vitória foi assinalado por Beleléu, em cobrança de pênalti.

Na grande final, numa melhor de quatro pontos, o SOMDA acabou ficando com o vice-campeonato, ao perder para o campeão Riachuelo.  Posteriormente, disputou duas edições do Campeonato Cearense da 2ª Divisão: em 1968 (terminou na 3ª posição) e 1969 (ficando em 6º lugar).

Time base de 1966: Edson; Artur, Beleléu, Pedro (Louro) e Toinho; Bem-te-vi e Zé Maria; Adão, Bosco, Zé Dias e Mauricio. Técnico: Paiva Filho.

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTO: Flâmula – Acervo de Miguel Angelo Azevedo Nirez

FONTES: Estatuto do clube – Unitário Esportivo (CE)

Videira Atlético Clube – Videira (SC): Fundado em 1975!

Por Sérgio Mello

O Videira Atletico Clube (VAC) foi uma agremiação do município de Videira, que está situado no Vale do Rio do Peixe, no estado de Santa Catarina. Com uma população de 55.466 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022, está a 381 km da capital de Florianópolis.

Segundo o Estatuto: Foi Fundado no sábado, do dia 21 de Junho de 1975, nesta cidade de Videira (SC) e entidade desportiva e social, com personalidade distinta de seus membros, constituída de simpatizantes, desportistas, comerciários, comerciantes, Industriários e Industriais da Região de Videira.

O Videira Atletico Clube tem por finalidade promover e estimular entre seus associados e membros a prática e desenvolvimento de todos os esportes, bem como reuniões sociais, festas excursões.

O seu primeiro presidente foi o Sr. Tadeu José Correriatto; enquanto o 1º secretário foi Osvino Dácio Martins de Mello.

O patrimônio da agremiação, será constituído pelos bens móveis e imóveis que a agremiação possua ou venha a possuir. A dissolução da agremiação, somente poderá ser efetuada mediante a decisão de no mínimo 3/4 dos sócios com direito a voto. Neste caso o destino do patrimônio será deliberado pela assembleia que o dissolver.

FOTO de 1975: quando o Videira AC recebeu o Avai de Florianópolis em amistoso, no estádio Municipal Luiz Leoni, em Videira. Balduíno (Avaí) e Valter, ex-Perdigão campeão estadual em 1966.

Avaí bateu o Videira A.C. por 4 a 2

No domingo, às 15h15min., do dia 21 de setembro de 1975, debaixo de muita chuva, o Avaí Futebol Clube venceu o Videira Atlético Clube pelo placar 4 a 2, em amistoso, no Estádio Municipal Luiz Leoni, em Videira/SC.

Com o triunfo, o Avaí, além de ter ganho o troféu Irmãos Pretto, manteve sua invencibilidade no Oeste. A partida, agradou ao bom público que deixou nas bilheterias a importâncias de Cr$ 13.500,00 e aplaudiu no final da partida o time da capital.

No primeiro tempo, sem forçar o ritmo e evitando as jogadas divididas, o Avaí já vencia com facilidade por 3 a 0, gols de Lourival, Orivaldo e Carlos. Na etapa final, o treinador Áureo fez cinco alterações e a equipe caiu um pouco de produção, permitindo que o Videira marcasse dois gols, através de penalidades inexistentes, assinaladas pelo árbitro Oscar Rego. Zenon marcou o quarto gol do Avaí, num chute forte de fora da área.

O Avaí venceu com Danilo; Souza (Jaico), Maneca (Ari Prudente), Veneza e Orivaldo (Emilson), Lourival, Balduino e Zenon; Paulo Roberto (Sabará), Carlos (Beto) e João Carlos. Técnico: Áureo Malinverni.

Rubens e Vado, por indisciplina foram desligados da delegação e dependendo do relatório de Alcenor Cardoso, poderão ser dispensados. A delegação do Avaí retornou pela manhã para Concórdia onde decidirá o título do quadrangular com o Sadia na quarta-feira, no dia 24 de setembro de 1975.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Válter Klüser

FONTES: Prefeitura de Videira/SC – Arquivo Público do Estado de Santa CatarinaO Estado de Florianópolis (SC) 

Clube de Regatas Vasco da Gama – Fortaleza (CE): Campeão Estadual da 3ª Divisão de 1968!

Por Sérgio Mello

O Clube de Regatas Vasco da Gama foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). O ‘Vasquinho’ foi Fundado no sábado, do dia 30 de Outubro de 1954. A sua Sede ficava localizada na Rua Major Facundo, nº 2.151, no bairro José Bonifácio, em Fortaleza/CE.

Constava no Estatuto do clube que o escudo e o uniforme a seguinte explicação: “Os símbolos, as cores e uniformes do C.R.V.G. serão sempre idênticos as do clube de Regatas Vasco da Gama do Rio de Janeiro”.

O Vasco disputou algumas edições do Campeonato Cearense da Segunda Divisão (na realidade o Estadual da Terceira Divisão), organizado pela Federação Cearense de Desportos (FCD), obtendo o melhor resultado em 1968, quando se sagrou campeão.

Importante esclarecer que o Estadual Cearense, na quele período, era dividido em três níveis, com as seguintes nomenclaturas:

Divisão Especial (equivalente à Primeira Divisão);

Primeira Divisão (proporcionalmente à Segunda Divisão);

Segunda Divisão (correspondente à Terceira Divisão).

EM PÉ (esquerda para a direita): Valtinho, Zé Renato (excelente violonista que morreu em 2010), Neto Granjeiro, Jairinho, Chico Cabeção, Macaúba e Ivo.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Pitota, Pinga, Zé Neguinho, Saúde e Joacy (brilhou no Ceará).

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Estatuto do clube – Fabiano Batista