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Inédito!! Liga Curitybana de Esportes Athleticos – Curitiba (PR): existiu entre 1932 a 1937.

Por Sérgio Mello

A Liga Curitybana de Esportes Athleticos (LCEA) foi uma entidade esportiva da cidade de Curitiba (PR). Fundado na terça-feira, do dia 26 de Julho de 1932, um grupo de esforçados esportistas os quais tiveram a ideia em organizar uma Liga, congregando os diversos clubes dos arredores e centro de nossa Capital; enfim, todos os que militavam por aquelas zonas.

E assim, sendo, Oswaldo Vardanega, Ildefonso Erthal, e o popular atleta Silas Pioli, após vários esforços viam os seus esforços coroados de êxito. Com a cooperação dos representantes de cinco clubes, realizava-se pois, a primeira assembleia, ficando deliberado que a nova entidade teria a seguinte denominação: “Liga Curitybana de Esportes Athleticos” cujas cores seriam: branco e azul, e o escudo em forma triangular, encimado por um retângulo com as iniciais, L.C.E.A.

Naquela assembleia, realizada na sexta-feira, do dia 5 de Agosto, também cogitaram sobre os estatutos, adotando os da Federação Paranaense de Desportos (F.P.D.), até que fossem elaborados os seus.

Na segunda-feira, do dia 8 de Agosto, o Conselho Director da Federação Paranaense de Desportos, aprovou a L.C.E.A. outorgando a entidade e o seu estatuto.

E uma semana após reunia-se a 2ª assembleia para tratarem da organização do Conselho Director entre os representantes dos 8 (oito) clubes filiados. Silas Pioli, o “condotiére(chefe de bandoleiros) dos fundadores pertencentes ao quadro de amadores do Clube Athletico Paranaense, do qual é um esforçado representante, incumbiu ao seu irmão que “hoje ocupa a presidência da Liga” – de levar avante, o seu elogiável empreendimento.

Na sexta-feira, do dia 12 de Agosto, foi definida a 1ª Diretoria, para comandar a entidade no triênio de 1932-1934, com as seguintes constituições:

Presidente – João de Faria Pioli (Apollo Esporte Clube);

1º Vice-presidente – Maximino Zanon (Corinthias Esporte Clube);

2º Vice-presidente – Honorio Mello (Itália Sport Club);

Secretário Geral – José Holzmann, pelo (Tebé Football Club);

1º Secretário – Gastão Bellegard (Poty Sport Club);

2º Secretário – Antenor Boaventura da Silva (União Sport Club);

1º Thesoureiro – Oswaldo Vardanega (Savoia Football Club);

2º Thesoureiro – Leonardo Osiecki (Sport Club Esperança);

Conselho Fiscal – Fausto Thomaz, Lauro Dias do Rosario e Mario Lobo;

Conselho de Julgamento – Jonas Brasil, João Kopryk, Natalin Carraro, Eduardo Haserauer e Haroldo Gerber;

Commissão de Syndicancia – Theodorico do Nascimento, – Alfredo Bergamini e Elias Darviche;

Commissão de Futebol – Nelson Gonçalves, Henrique Sperandio, Ildefonso Erthal e Luiz José dos Santos.

As organizações acima mencionadas, são recentes (conforme observei nos estatutos), códigos de penalidades, e futebol da Liga aprovados em sessão de assembleia geral de 10 de Março de 1932, os quais acham-se registrados.

Importante acrescentar, que anteriormente os cargos de 1.º e 2.º vice-presidentes, foram ocupados pelos srs. Augusto Dudeque (União Sport Club) e Ildefonso Erthal (America Sport Club), respectivamente.

Aquele esportista logo nos primeiros meses demitiu-se, e o sr. Erthal passou a tomar parte na Commissão de Futebol. Era então Secretário Geral, o sr. Gercino Artigas, pelo Corinthias, e cuja demissão também verificou-se meses após.

São fundadores da entidade municipal, os oito clubes: Savoia Football Club, Apollo Esporte Clube, America Sport Club, Sport Club Esperança, Tebé Football Club, Poty Sport Club, Corinthias Esporte Clube e União Sport Club. Decorridos alguns dias, dois clubes solicitavam filiação, com as regalias de fundadores: o Itália Sport Club e Avante Esporte Clube.

Notáveis Empreendimentos Esportivos e Sociais

Na tarde de domingo, do dia 21 de Agosto de 1932, aconteceu o Torneio Início, ao qual concorreram os dez clubes filiados, deixando transparecer o ótimo preparo dos seus conjuntos, sob todos os motivos.

O Apollo foi o Campeão do 1º Torneio Início

Na praça de desportos do Britannia (depois passou a ser o campo oficial da F. P. D.) uma numerosa assistência, afluiu a fim de presenciar aquela competição. Os resultados foram os mais promissores. Coube ao Apollo Esporte Clube o então “Benjamín“, o título de campeão, em 2º lugar o Poty Sport Club, que receberam duas valiosas taças.

Campeonato da LCEA de 1932

Uma semana após realizavam-se os embates do certame “lceano” de 1932, em um turno somente e tendo por locais as praças de desportos da F. P. D. e do Club Athletico Paranaense.

Mencionar a grandiosidade daquele campeonato seria tarefa demasiada quão desnecessária; pois o nosso público teve oportunidade de presenciá-lo, ou mesmo, por intermédio da imprensa esportiva, a qual vem muito acertadamente cooperando pelo progresso do “soccer tinguy” em suas diversas fases.

Entre mentes, a entidade municipal efetuou um festival no gramado do Athletico, em seu benefício e com o concurso dos clubes: Avante x Itália; Tebé x Esperança e Savoia x União.

Três prêmios foram instituídos aos vencedores, Tebé x Savoia; ficando empatado o 1.º encontro. Por ocasião das temporadas intermunicipais e interestaduais sob os auspícios da máxima entidade, a Liga não só transferiu os seus encontros oficiais, como também, emprestou o seu modesto, mas sincero apoio confirmado pois, a sua valiosa contribuição, como evidenciara, quando das eleições para a diretoria da “mater”.

Naquela reunião memorável, o conselho dos presidentes prestigiava a “una você”, a candidatura composta dos acatados esportistas que, no momento atual dirigem a F. P. D.

No futebol intermunicipal os clubes Savoia e Corinthias representaram brilhantemente as cores Iceanas ao evidenciarem a classe do futebol “tinguy“, em canchas paranaenses.

Ainda em pleno transcurso do campeonato de 1932, ο União S. C. com a sua praça de desportos veio ampliar o progresso do futebol “lceano“. Е na sua cancha se efetuaram os demais jogos da temporada.

Numa brilhante atuação os clubes Savoia e Tebé obtinham os honrosos títulos de campeão e vice-campeão nos Primeiros e Segundos Quadros respectivamente.

Em Abril de 1932, tinha lugar na cancha “unionense” o campeonato “Encerramento” que foi levantado pelo Savoia (1° lugar) e Poty S.C. na 2ª colocação, os quais obtiveram as taçasCaridade” e “Savoia“, respectivamente.

O time campeão formou assim: Rafael; Amílcar e Alfredo; Augusto, Olavo e Orestes; Reinaldo, Frederico, Oscar, Arnaldo e Herondino (Biale, Lima, Nelson, Moisés, Alberto e Scuissiato).

Para a atual temporada, novos clubes vieram cerrar fileiras na L. C. E. A. aumentando ainda mais o seu prestigio. Vemo-los com as suas cores variadíssimas, representado os aprazíveis arrabaldes e zonas do centro da Cidade Sorriso, numa expansão logicamente progressista.

As agremiações recém inscritas são as seguintes: Ypiranga Football Club, Bloco Esportivo Água Verde, Nacional Sport Club, Aquidaban Sport Club, Universal Sport Club e Sociedade de Educação Physica Junak.

Campeonato da LCEA de 1933

A fim de facilitar o campeonato de 1933, foram organizados duas séries com 8 clubes cada uma; a “Paraná“, e “Iguassu” constando a tabela de um turno. Com a extinção da secção futebolística do Corinthias Esporte Clube verificada ultimamente ficou a serie Paraná, com sete clubes.

Realizando-se o Torneio Início e devido o considerável número de concorrentes foram os jogos disputados em dois domingos no campo do Britannia ainda… E assim ficavam de posse de duas taças os clubes Itália Sport Club e Avante Esporte Clube, respectivamente o campeão e vice-campeão. Vários festivais esportivos foram efetuados pelos clubes: America, Avante Esporte Clube e Apollo.

Na fase social o conceito dos aguerridos clubes “Iceanos” foi concretizado com magnificas festividades inaugurais, e todos eles possuindo em amplos edifícios as suas sedes instaladas, e dotadas dos mais modernos requisitos, sendo que alguns pretendem dentro em breve oficializar os seus campos, após as necessárias remodelações a exemplo do União.

Como antigo amador em quantas entidades houveram, desde a Liga Infantil Paranaense, Liga Curitybana de Desportos (em suas diversas décadas) ou seja de 1923 ao dinâmico 1933, testemunhando essa evolução do nosso futebol municipal até a L.C.E.A. não é de minha intenção, desmerecer numa breve comparação, o que, os outros fizeram; pelo contrário, rendo-lhes minha obscura homenagem nesta crônica, porque eles, implantando o que hoje qualifico de futebol “tinguy” poderão constatar muita justiceiramente, que a L.C.E.A. cujo esforço unido e deveras elogiável é, e não há negar, uma entidade que honra o futebol paranaense!

No Campeonato Municipal de 1933, o Savoia conquistou o bicampeonato, enquanto o Junak ficou com o vice. O time campeão formou assim: Rafael; Biale e Mikare; Nito, Olavo e Orestes; Tedesco, Frederico, Moisés (Reinaldo), Albertinho e Carlito.  

O Tebé Football Club e o Savóia Football Club ficaram com o título e o vice-campeão nos Segundos Quadros respectivamente.

O Corinthias Esporte Clube, inaugurou a sua Sede social na noite de sábado do dia 4 de fevereiro de 1933. O endereço da equipe rubro-negra fica na Rua Visconde de Guarapuava, nº 609, no Alto da XV, em Curitiba/PR. O evento teve início às 21h30min., onde ocorreu um estupendo baile, comandada pela banda Royal Jazz Band.

Campeonato da LCEA de 1934

Pelo Torneio Início, entre os dias de 28 de janeiro e 4 de fevereiro, o Avante Esporte Clube derrotou na final o Aquidaban Sport Club, ficando com o título. Pelo Campeonato dos Segundos Quadros, o Savóia se sagrou campeão, enquanto o SEF Junak ficou com o vice.

No Primeiro Quadros, o Savóia Football Club conquistou o Tricampeonato, enquanto o Botafogo Football Club ficou com a segunda colocação. O time campeão formou: Rafael; Scuissiato e Luiz; Orestes, Tarquá e Bicudo; Turim, Armandinho, Reinaldo, Albertinho, Carlito (Biale), Nelson, Moisés e Érico.  

Campeonato da LCEA de 1935

Pelo Campeonato dos Segundos Quadros, o Bloco Água Verde se sagrou campeão, enquanto o Esperança Football Club ficou com o vice. No Primeiro Quadros, o Ipiranga Football Club conquistou o inédito título, enquanto o Itália Sport Club ficou em 2º lugar. O time campeão formou: Neno; Ilio e Gilberto; Aldino, Miro e Lourival; Pedrinho, Afonso, Naldo, Marcha e Chefe.  

Liga Curitybana venceu a Federação Paranaense de Desportos

Na manhã de domingo, do dia 27 de Outubro de 1935, a Seleção da LCEA surpreendeu o Selecionado da FPD, e venceu pela contagem de 4 a 2, no campo da Água Verde.

A partida transcorreu, contra expectativa geral, sem incidentes de vulto, sagrando-se vencedor o “potente” combinado da LCEA. Os gols da partida foram assinalados por José, duas vezes; Maximino e Jurandyr, um tento cada, para Liga Curitybana de Desportos; enquanto Pandú e Ary marcaram para a FPD. Conduziu-se com acerto na arbitragem, o sr. Ubirajara Pinheiro Lima.

LCEA: Vosgeram; Lucas e Tony; Leonel, Xingo e Maximino; Ribeiro, Jurandyr, Pedrinho, Elysio e Tedesco.

FPD: Pandú; Altino e Paraná; Marchand, Annibal e Sobocinski; Ary, Canhoto, Faria, Itaciano e Placido.

Campeonato da LCEA de 1936

No Torneio Início, no dia 15 de março, no Campo do Athletico, o Bloco Água Verde derrotou na final o Itália Sport Club, ficando com o título. No Primeiro Quadros, o Ipiranga Football Club conquistou o Bicampeonato, enquanto o Bloco Água Verde ficou com o vice-campeonato.  

O time campeão formou: Neno; Ilio e Gilberto; Narciso, Naldo e Pauca (Odilon); Miro, Nelson, Júlio, Marcha e Lourival. Também jogaram: Afonso, Pedrinho, Atílio, Chefe, Massuci, Dando, Bebê, Russo e Emilio.  

LCEA desapareceu em 1937

A Liga Curitybana de Esportes Athleticos (LCEA) existiu por seis temporadas, organizado os campeonatos da cidade de 1932 a 1937. A última notícia sobre a entidade aconteceu na quinta-feira, às 20 horas, do dia 15 de abril de 1937.

Na ocasião, o presidente da LCEA, Jurandyr Azevedo e Silva convocou os clubes filiados, na sede da FPD, a fim de tratar da organização do Campeonato Citadino de Curitiba de 1937. Fato é que esse campeonato não aconteceu, a Liga Curitybana de Esportes Athleticos foi extinta, sendo substituída meses depois pela Liga Curitybana de Futebol (LCF).

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Laércio Becker

FONTES: Correio do Paraná (PR) – Diário da Tarde (PR) – O Dia (PR) Livro “Futebol do Paraná – 100 anos de história”, de Heriberto Ivan Machado e Levi Mulford Chrestenzen

Inédito!! Liga Curitybana de Desportos – Curitiba (PR): Existiu entre 1926 a 1932!

Por Sérgio Mello

A Liga Curitybana de Desportos (LCD) foi a entidade da cidade de Curitiba (PR). Fundado em 1926 (as primeiras notícias na imprensa aconteceram na primeira semana de dezembro), possuía sua Sede social, localizado na Avenida Luiz Xavier (Edifício Palácio da Avenida), nº 11/ 1º andar, no Centro de Curitiba (PR). As suas cores: azul e branco.

A LCD substituiu a Liga Sportiva Municipal (LSM), porém só existiu por seis temporadas. Em 1930, a entidade começou a ruir e no ano seguinte realizou a sua última competição. Agonizou até 1932, quando acabou fechando às portas.

Seleção LCD fez um jogão contra o Selecionado de Ponta Grossa

Em amistoso intermunicipal, no domingo, do dia 24 de Março de 1929, na vizinha “Princesa dos Campos” (alcunha da cidade de Ponta Grossa), as seleções da Liga Curytibana de Desportos e a Liga Paranaense de Desportos (entidade de Ponta Grossa), empataram em 4 a 4

Os Presidentes da LCD, entre 1926 a 1932:

Joaquim N. de Azevedo (1926-28);

Carlos Munhoz Negrão (1928-30);

Leocadio Fernandes,Francisco de Assis (1930-32);

Carlos Munhoz Negrão (1932).

LCD entra em crise

Foto de 1929, do Selecionado da Liga Curitybana de Desportos

No sábado, do dia 11 de Janeiro de 1930, o jornal ‘A República’ fez uma reportagem sobre a Liga Curitybana de Desportos estar agonizando e, correndo sério risco de extinção:

A crise administrativa na L. C. D.

Lentamente vai desaparecendo da vida esportiva de nossa terra, a Liga Curitybana de Desportos.

É de se lastimar deveras que uma entidade como esta, depois de haver transposto as difíceis barreiras que se lhe antepuseram pela vontade ingrata de um seu então dirigente, graças aos esforços inauditos de um pequeno grupo de representantes, viesse agora, mau grado uma única vontade mal sã, se colocar em situação tão difícil.

A L. C. D. suporta neste momento a maior crise que já se tem visto no sport curityba- no! Atribuir este facto a pouca vontade dos nossos esportistas? Não. Esta negação é justificável, visto como notava-se elevado espirito de verdadeiro patriotismo em cada elemento que compunha aquela Diretoria que se viu forçada a se demitir coletivamente, diante dos factos que infelizmente contribuíram para a sua queda moral.

Se os anelos primordiais desta novel quão útil agremiação esportiva não atingis nem ao ponto visado, não aparecerá por certo mais tarde quem responda com firmeza por tão degradante situação.

Nestas mesmas colunas já tivemos ocasião de nos manifestar a respeito de tão palpitante assunto. A anômala situação da L. C. D. representa tão somente o fruto antiesportivo de sua memorável assembleia de 26 de Novembro de 1929 que deu por terra com uma resolução de seu então Conselho Diretor.

Eram componentes dessa assembleia, esportistas que hoje não encontram solução para o mal que eles mesmo criaram. Não fora isto e, talvez ainda permanecesse em seus postos aqueles que com zelo e carinho, vinham conduzindo a nobre Liga Curitybana Desportos pelo caminho da justiça ao ponto final da elevada causa que abraçou.

Esperamos, entretanto, tudo ali se resolva harmoniosamente de modo a que não desapareça da vida sportiva de nossa terra uma entidade como a L. C. D. cujo escopo é o preparo preliminar da mocidade sadia da terra dos pinheirais no manejo da pelota”.

Os últimos suspiros

A crise aumentou e a própria se manifestou acusando os clubes de terem abandonado a LCD. A competição de 1930, só contou com a presença cinco equipesClube Atlético FerroviárioGaúcho Sport ClubOperário Sport Club (Ahú) e Potty Sport Club

Sem prestigio junto aos clubes e, pelo visto, a imprensa, após 1930 entidade agonizou por duas temporadas (1932) até fechar às portas, sem nenhuma linha nos periódicos paranaenses.    

No domingo, do dia 07 de Agosto de 1932, foi Fundado a Liga Suburbana Independente de Desportos (LSID), de Curitiba/PR. No mesmo ano, surgiu a LCEA (Liga Curitybana de Esportes Athleticos). Ambos, acabaram encampando os clubes da LCD.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Rodrigo Santana e Laércio Becker

FOTO: Acervo de Cícero Alves

FONTES: A República (PR) – Diário da Tarde (PR) – O Dia (PR)

Inédito!! Guarany Sport Club – Curitiba (PR): Disputou o Estadual da 1ª Divisão de 1931

Por Sérgio Mello

O Guarany Sport Club foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). Foi Fundado o “Bugrena terça-feira, do dia 11 de agosto de 1914, com o nome deGuarany Foot Ball Club”. No início da década de 30, o clube já utilizava a nomenclatura em destaque. A 1ª Diretoria foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – João Trevisan;

Vice-presidente – Waldemiro Cabral;

1° Secretario – Joaquim Picanço;

2° Secretario – Francisco Freitas;

1º Thesoureiro – José Pigarella;

2º Thesoureiro – Demosthenes Wanderley;

Captain – Francisco Bicca;

Guarda Sport – Acylino Miranda;

Conselho Fiscal – Humberto Moreira, Francisco Andrade e Luiz Siqueira.

Em 1917, o clube fazia parte da Liga Sportiva Municipal (LSM). No domingo, do dia 28 de Agosto de 1927, o Guarany Sport Club goleou o Club Athletico Beneficente Bangu, pelo placar de 4 a 1, no campo da Federação Paranaense de Desportos (FPD). Com o resultado o Bugre conquistou a Taça C.B.D., enquanto o Operário da Água Verde (nas cores vermelho e branco) ficou com o vice. No Campeonato Suburbano de Curitiba de 1927, o Guarany terminou na 4ª posição, com 15 pontos.

Campeão Suburbano de 1928

O Guarany Sport Club foi Campeão do Campeonato Suburbano de Curitiba de 1928, organizado pela Liga Curitybana de Desportos (LCD). Pelo título conquistado, a diretoria organizou noitadas dançantes. Foi realizado, no sábado, do dia 3 de Março de 1928, um pomposo baile, nos salões do Theatro Teuto Brasileiro, na Rua Dr. Muricy, s/n, no Centro de Curitiba/PR.

Alcides Albertini, então com 22 anos, centroavante conhedo por Feitiço

Campeão Curitibano da Segundona de 1930

Na segunda-feira, do dia 31 de março de 1930, foi filiado à Federação Paranaense de Desportos (FPD).  Na sua estreia no Campeonato de Curitiba da 2ª Divisão de 1930, ficou com o título.

A competição contou com a presença cinco equipes: Clube Atlético Ferroviário, Gaúcho Sport Club, Operário Sport Club (Ahú) e Potty Sport Club. Após turno e returno, o Guarany se sagrou campeão! A campanha foi assim: 13 pontos em oito jogos; com seis vitórias, um empate e uma derrota; com 20 gols pró, 12 tentos contra e um saldo positivo de oito.  

Guarany x Operario do Ahú

O JOGO RENDEU 23$000!!!

A despesa eleva-se a 163$800.

Na partida realizada no domingo, do dia 27 de abril de 1930, entre Guarany x Operário do Ahú, no campo do Club Athletico Paranaense, o 1º jogo da Série B da Liga Curitybana de Desportos, sob a chancela da Federação Paranaense de Desportos.

Desenvolveram jogadas apreciáveis sempre em boa harmonia, atitude essa, aliás mantida desde os saudosos tempos em que formavam. São clubes que vão contam com recursos suficientes para atender de modo as despesas.

E para que se inteire o público destas verdades damos abaixo um resumo do movimento financeiro do referido prélio que patenteia de modo irrefutável, a incapacidade dos mandões de nosso já sacrificado esporte.

Resumo do movimento financeiro do jogo Guarany x Operário do Ah:

Aquisição de bola75$000
dois árbitros20$000
Porteiro10$000
Marcação do campo10$000
Aluguel de campo30$000
Despesas extraordinárias12$000
10% de selo de beneficência025$00
20° para a F.P.D043$00
TOTAL163$800
Venda de entradas23$000
DEFICIT140$800

Debutou no Estadual de 1931

Válido pelo Campeonato da Cidade (posteriormente reconhecido como estadual), no domingo, do dia 4 de outubro de 1931, o Guarany foi até a Água Verde e acabou goleado pelo Athletico Paranaense por 7 a 0. Nos Segundos Quadros, outra derrota: o rubro-negro venceu por 6 a 2.

No final, o Guarany fez uma boa campanha terminando na 6ª colocação, com cinco pontos em oito partidas; foram duas vitórias, um empate e cinco derrotas; marcando 15 gols, sofrendo 31 e um saldo negativo de 16.

Últimos passos do Bugre

Após a experiencia de atuar na Elite do futebol paranaense, o Guarany Sport Club disputou o Campeonato Estadual da 2ª Divisão da FPD, de 1933. Já no começo de década de 40, voltou a jogar o Campeonato Suburbano de Curitiba, nos anos de 1940 (5º lugar) e 1941 (7º lugar).

Time base de 1929: Rei; Beatriz e Kuti; Iani, Jorge e Chamano; Marreca, Polenta, Oswaldo, Gabardo e Feitiço.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Cícero Alves

FOTO: Página no Facebook “Futebol De Antigamente Em Curitiba”, do acervo de Fernando A. Miranda (neto do ex-jogador do clube Alcides Albertini, o centroavante ‘Feitiço’)

FONTES: A Republica (PR) – Diário da Tarde (PR) – Rsssf Brasil

Inédito!! Foz do Iguaçu Esporte Clube – Foz do Iguaçu (PR): oito estaduais e um Brasileiro da Série B!

Escudo e uniforme de 2005

Por Sérgio Mello

O Foz do Iguaçu Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Foz do Iguaçu, situado na região oeste do estado do Paraná. A distância para a capital Curitiba é de 643 km, e conta com uma população de 285.415 habitantes, segundo o censo do IBGE de 2022.

O “Dourado da Fronteira” foi Fundado no domingo, do dia 28 de fevereiro de 1988. Com o apoio das empreiteiras da hidrelétrica de Itaipu e de um bicheiro carioca, tudo indicava que finalmente a cidade da fronteira teria um time competitivo.

A equipe mandava os seus jogos no Estádio do ABC, com Capacidade para 5 mil pessoas, está localizado na Rua Bahia, nº 1.660, no bairro da Vila Matilde, em Foz do Iguaçu/PR.

Estádio do ABC

Vice-campeonato e acesso para a Divisão principal

Debutou no Campeonato Paranaense da 2ª Divisão de 1988, e, de cara, terminou como vice-campeão. Com esse resultado, obteve o acesso para a Elite do Futebol do Paraná.

No Campeonato Paranaense da 1ª Divisão de 1989, terminou na 13ª colocação. No Estadual de 1990, ficou em 18º lugar. Em 1991, fez uma boa campanha, terminado na 9ª posição.

Em 1992, o Foz do Iguaçu Esporte Clube teve um desempenho ruim, ficando em 18º lugar. Com isso, precisou jogar o “Quadrangular da Morte”, onde os dois piores seriam rebaixados. Os jogos foram acirrados, mas o Foz conseguiu terminar em 1º lugar e se garantiu para a temporada seguinte na Elite.

Em 1993, voltou a fazer uma boa campanha, terminando na 9ª colocação. Em 1994, ficou no Grupo B, e, dentre 10 equipes, ficou na 8ª posição. Em 1995, teve um bom desempenho, ficando em 5º lugar na sua chave.

Em 1996, fez a sua pior campanha, terminando na lanterna do Grupo C. Resultado que rebaixou o “Dourado da Fronteira”, o que fez a diretoria encerrar as atividades do clube momentaneamente.

O Dourado da Fronteira nunca avançou às fases finais do Paranaense entre 1989 e 1997, período em que participou da competição. Após o rebaixamento, disputou duas edições da Segunda Divisão em 1998 e 1999, se licenciando após a conclusão da última.

Time posado do Foz do Iguaçu de 2005

O Foz do Iguaçu Esporte Clube retornou em 2005, onde jogou o Paranaense da Segunda Divisão. Com oito equipes, os quatro primeiros avançariam para o Quadrangular Final. No entanto, o Foz ficou em 5º lugar.

Na esfera nacional, o “Dourado da Fronteira” disputou o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão de 1989, caindo logo na primeira fase. A equipe ficou no Grupo P, com Joinville (SC), Operário (PR), Noroeste (SP), Caxias (RS) e Pinheiros (PR). Apenas os dois primeiros se classificavam, e o Foz terminou na 4ª colocação.

Curê, do Foz do Iguaçu E.C.

Curiosidade

É importante esclarecer que o Foz do Iguaçu Esporte Clube de 1988 (78.097.102/0001-64) e o de 2005 (77.599.991/0001-03), possuíam o mesmo nome, porém com o CNPJ (pessoa jurídica) diferentes. A partir de 2006, passou a se chamar “Foz do Iguaçu Futebol Clube”.

ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo Futebol do Interior Paranaense – Profissionais (Luiz Souza) – Toque do Buza

FONTES: Portal da cidade – Rsssf Brasil –  Dourado da Fronteira, Toque do Buza – Fut Contra Ataque

Noroeste Atlético Clube – Umuarama (PR): disputou o Estadual da 2ª Divisão de 1995

Por Sérgio Mello

O NAC – Noroeste Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Umuarama, situado a 558 km da capital (Curitiba) do estado do Paraná. Segundo o censo do IBGE/2022, a “Capital da Amizade” conta com uma população de 117.095 habitantes.

Fundado na segunda-feira, do dia 03 de abril de 1995. A sua Sede administrativa ficava no Avenida Pres. Castelo Branco, Edifício Itália – nº 3.806, no Centro de Umuarama (PR). As suas cores: vermelho, verde e branco.

Estádio Municipal Lúcio Pepino

A equipe mandava os seus jogos no Estádio Municipal Lúcio Pepino, com capacidade para 3 mil pessoas, localizado na Avenida São Pedro, nº 220, no bairro Zona III, em Umuarama/PR.

Na esfera profissional, o NAC debutou na Divisão Intermediária de 1995 (equivalente ao Paranaense da 2ª Divisão), organizado pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). A competição contou com a participação de seis clubes, divididos em dois grupos:

Grupo SulCaxias (Palmas); União (União da Vitória) e XV de Novembro (Colombo);
Grupo Norte – Maringá Futebol Clube; Arapongas e Noroeste Atlético Clube (Umuarama).

Apesar de avançar para o Quadrangular Final os dois primeiros de cada grupo, o Noroeste terminou na lanterna da sua chave e deu adeus ao sonho do acesso. No final, o Maringá Futebol Clube se sagrou campeão da Divisão Intermediária de 1995.

ARTE: Desenho dos escudos e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Prefeitura de Umuarama – Páginas do Facebook “Central Umuarama” e “Acervo Futebol do Interior Paranaense – Profissionais”

FONTES: Levy Mulford – Rsssf Brasil

1º Escudo: União Bandeirante Futebol Clube – Bandeirantes (PR)

Primeiro distintivo

O União Bandeirante Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Bandeirantes (uma população de 31.526 habitantes, segundo estimativa do IBGE de 2018), que fica a 381 km da capital do estado do Paraná.

O ‘Caçula Milionário’ foi Fundado no domingo, do dia 15 de Novembro de 1964, com o fim exclusivo de participar do Campeonato Paranaense de Futebol profissional. O 1º nome do clube foi denominado de Usina Bandeirante Futebol Clube, com a ideia de se propagar o nome da indústria dirigida pelos seus fundadores. Com a fusão com o Guarani, foi sugerido o nome de União.

A sua Sede social ficava na Rua Benedito Bernardes de Oliveira, nº 1.079, no Centro de Bandeirantes (PR). O Estádio Comendador Luís Meneghel, com Capacidade para 8 mil pessoas, estava situado na Rua Vicente Inácio Filho, s/n, na Vila Maria, em Bandeirantes/PR.

O crescimento do clube deve-se muito a chegada do campeão mundial de 58 Nilton De Sordi, contratado pelo presidente A. Meneghel nos anos 60 para a lateral-direita do União e atraindo multidões aos dias de jogos.

Nas décadas de 60 e 70, o União já mostrava sua força na revelação de jogadores. Os primeiros a se destacarem no futebol paranaense foi a dupla Paquito – atual auxiliar técnico do Coritiba – e Tião Abatiá.

Assim que foi montado o time profissional pelo competente técnico Pupo Gimenez em 1964, num dos últimos coletivos para estrear no campeonato da 1ª Divisão, um determinado repórter da Rádio Cabiúna se aproximou do saudoso Sr. Luís Meneghel que assistia ao treino junto ao alambrado e comentou:

Seu Luís, o senhor está gostando do time? Ao que nos consta, só falta o entrosamento para que o time fique perfeito!” … Imediatamente o Sr. Luís respondeu: – “Veja onde é que está esse jogador que vou pedir para o meu filho Antoninho comprá-lo!” … hehehe! Pelo visto, dinheiro na época não era problema!

EM PÉ (esquerda para a direita): Serafim, Orlando Maia, Geraldo Roncatto, Tião Macalé, Orlando e Pescuma;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tião Abatiá, Paquito, Carlinhos, Charuto e Osvaldinho.

Cinco finais e todos terminou com o vice

Em 1966, o time do norte do estado perdeu o título do Paranaense para o Ferroviário, mas em compensação teve o artilheiro do campeonato Paquito com 13 gols.

Nos anos de 1969 e 1971, o União foi vice-campeão estadual perdendo o título para o Coritiba. Tião Abatiá marcou 19 gols no estadual de 71.
Em 1989 o União voltou a disputar a final do Campeonato Paranaense, mas perdeu novamente para o Coritiba, na 1ª partida 0 a 0 e no último jogo 2 a 0 para o Coxa no Couto Pereira.

Em 1992, o União nunca esteve tão perto de ser campeão, mas perdeu o título do estadual para o Londrina no Estádio do Café, no 2º jogo vencia por 2 a 0 quando o Tubarão conseguiu o empate e tirou a Taça do time de Bandeirantes.

Na história gloriosa do União da Vila Maria, não podemos deixar de citar o glorioso treinador Pupo Gimenes, que muito contribuiu na formação de talentos. Nos últimos anos, o União tem feito campanhas regulares nos estaduais, batendo na porta de acesso para a Série B do Brasileiro, e disputado com brilhantismo torneios nas categorias inferiores como a Dallas Cup nos EUA, e tem revelado bons jogadores como é o caso do goleiro Fábio que já atuou pelo Cruzeiro, Santos, Atlético/PR e disputou a Copa João Havelange pelo Vasco da Gama, conquistando o título brasileiro de 2000.

Último escudo do União Bandeirante F.C.

União Bandeirante fecha as portas

Sem qualquer alarde, uma página do futebol paranaense foi encerrada na sexta-feira, do dia 4 de agosto de 2006. Após 42 anos de ininterrupta participação no Campeonato Paranaense (um recorde no interior), o União Bandeirante encerrou suas atividades, alegando dificuldades financeiras. A FPF (Federação Paranaense de Futebol) só foi comunicada da desistência em dezembro, mas a saída era esperada desde o ano passado.

O primeiro sinal veio com o afastamento (por problemas de saúde) do patriarca Serafim Meneghel do comando da Usina Bandeirante, a mantenedora do clube. Meneghel, celebrado por um vasto folclore no interior, fundou o União em 1964 e, desde então, a história de criador e criatura se confundiram.

O alvinegro obteve cinco vice-campeonatos estaduais (1966/69/71/89/92) e mostrou sangue na despedida, este ano: venceu o Coritiba, por 1 a 0, no estádio Luís Meneghel.

Entre as décadas de 60 e 70, o União revelou a “dupla caipiraTião Abatiá e Paquito (ídolos também no Coritiba) e alimentou polêmicas envolvendo seu presidente. Reza o anedotário de Bandeirante que, certa vez, Meneghel, com seu inseparável chapelão, invadiu o gramado e “convenceu” o árbitro a trocar o pênalti que favorecia o visitante Seleto de Paranaguá por um tiro de meta para o time da casa.

Se a história acima é fato ou lenda pouco importa. O fim do União Bandeirante encerra uma era em que o futebol do interior pertencia à uma cidade, à gente daquela cidade, ao folclore daquela cidade.

TÍTULOS
Campeonato Paranaense da Segunda Divisão: 2 vezes (1988 e 1992).

HINO 

Avante União Bandeirante 

O caçula milionário 

Que em gramados daqui ou de lá 

Não teme nenhum adversário 

Hip! Hurra! União! 

Que em nossos corações é o primeiro 

Orgulho do esporte brasileiro!

Link do Hino: https://www.youtube.com/watch?v=Zd1loe-iM0U

ARTE: desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTO: Acervo da Flâmula, José Elcides Cunha Pires – Acervo de Navarro Júnior

FONTES: Blog Um Time Por Dia – Revista Placar 

Estrela do Norte Futebol Clube – Ibiporã (PR): Três participações no Campeonato Paranaense na década de 60!

Por Sérgio Mello

O Estrela do Norte Futebol Clube é uma agremiação do município de Ibiporã, que fica a 413 km da capital (Curitiba), do estado do Paraná. A localidade possui uma população de 53.356 habitantes, segundo a estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2017.

O Estrelinos foi fundado na sexta-feira, do dia 19 de Março de 1948, com o nome de Clube 19 de Dezembro, liderados por Ramon Louzada, a partir da força de vontade de amigos, que compraram bolas e uniformes para montar a equipe.

A sua Sede e o Estádio Municipal José dos Santos (Campo do Estrela, com capacidade para 1 mil pessoas, foi inaugurado em 1953), ficam localizados na Avenida Paraná (próximo ao número 657), no bairro Santa Luzia, em Ibiporã/PR.

O Estrela do Norte foi o 1º time profissional de Ibiporã. Na década de 50, já estava filiado à Federação Paranaense de Futebol (FPF) e a CBD (Confederação Brasileira de Desportos). A camisa e as suas cores: vermelho, branco e preto, foi inspirada no São Paulo Futebol Clube (SP).

Time posado da década de 40

Os primeiros passos, no Campeonato Londrinense

Na década de 50, o Estrela do Norte disputou entre 1955 a 1958, o Campeonato Londrinense de futebol, organizado pela Liga Regional de Futebol de Londrina. Nesse período, o clube realizou alguns amistosos com resultados interessantes.

Olaria goleou  o Estrela do Norte     

No domingo, do dia 19 de fevereiro de 1956, o Estrela do Norte enfrentou, em amistoso, o Olaria (RJ). No final, a equipe carioca goleou pelo placar de 4 a 1, no Estádio José dos Santos, em Ibiporã/PR.

Os gols foram assinalados por Léo, duas vezes; Silvio e Tiãozinho, com um tento cada. O Olaria formou com: Válter; Tião e Renato; Rico, Barbosa e Dodô; Tiãozinho, Silvio, Maxwell (Léo), Moreno e Mário.

A Delegação do Olaria Atlético Clube foi constituído por Silvestre Fernandes (Chefe); Jair Boaventura (treinador); Aristocílio Rocha (árbitro); Pipa (massagista); além dos jogadores: Válter, Fernando, Carlinhos, Renato, Tiãozinho, Nelí, Rico, Barbosa, Dodô, Silvio, Léo, Maxwell, Russo, Moreno, Tião, Mário, Bera e Sauí.

Estrela do Norte goleou o Guarani de Campinas

No domingo, do dia 20 de janeiro de 1957, o Estrela do Norte enfrentou, em amistoso, o Juventus da Mooca (SP). Não foi encontrado o resultado dessa partida

No domingo, do dia 07 de julho de 1957, o Estrela do Norte goleou o Guarani de Campinas/SP pelo elástico placar de 7 a 3, no Estádio José dos Santos, em Ibiporã/PR.

Década de 60, o Estrela alçou voos mais altos

No sábado, do dia 12 de março de 1960, o Estrela do Norte goleou, em amistoso, a Portuguesa de Desportos, de Londrina (PR), pelo placar de 7 a 2. A representação londrinense foi uma equipe frágil a toda prova, deixando-se dominar completamente.

No domingo, do dia 24 de abril de 1960, em amistoso, o Estrela do Norte de Ibiporã e Arapongas F. C. realizaram um encontro dos mais movimentados, já que os Estrelinos procuravam se reabilitar do revés sofrido em Arapongas, frente ao tricolor, enquanto este veio à Ibiporã disposto a conseguir nova vitória, fazendo com que a peleja se tornasse das mais sensacionais, com as duas equipes procurando o triunfo, vibrando à assistência com c bom futebol empregado pelos dois clubes.

O resultado final, que foi um empate pela contagem de 1 a 1, foi um prêmio pelo desempenho dos dois quadres, durante os 90 minutos regulamentares, pois se Estrela teve mais presença a primeira fase, o Arapongas foi melhor equipe no segundo tempo.

OS GOLS

Decorriam 26 minutos da primeira fase, quando o Estrela fazendo um ataque pela direta, através do seu ponteiro Turco, conseguiu inaugurar o marcador, atirando forte no canto direito da meta de Bolivar que nada pode fazer no lance.

Somente na segunda etapa é que o Arapongas conseguiu igualar, isto aos 2 minutos, quando Nemi, recebendo um passe em profundidade de Brandão, atirou forte no canto direito da meta defendida por Canguru, dando assim cifras definitivas ao marcador que foi de 1 a 1.

DEALHES DO ENCONTRO

O árbitro da peleja foi o sr. Giovanni Alves de Oliveira, que teve uma boa atuação. As duas equipes estiveram assim constituídas no embate de antem realizado em Ibiporã.

ESTRELA DO NORTE: Canguru; Moreno e Osvaldo; Tota, Formiga e Alemão; Turco, Alaor, Toninho, Tuta e Valter.

ARAPONGAS: Bolivar; Nelson e Moreira; Odácio, Alberto e Brandão; Nemi, Roberto, Jorge, Albertinho e Gaivota.

Três participações no Campeonato Paranaense da Zona Norte

O Estrela do Norte disputou o Campeonato Paranaense de Profissionais (Zona Norte) em 1960, 1964 e 1965. Participou também da Divisão de Acesso (Estadual da Segunda Divisão), em 1966.

Não foi a estreia esperada

A estreia no Campeonato Paranaense de Profissionais da Zona Norte de 1960, aconteceu no domingo, do dia 22 de maio, quando o Estrela do Norte recebeu o Arapongas (vice-campeão de 1959), em Ibiporã/PR. O resultado não foi o esperado, e os donos da casa viram o oponente golear pelo placar de 6 a 0.

O trio de arbitragem foi composto pelo árbitro Giovanni de Oliveira, auxiliado por Achiles Romganolli e Emilio de Oliveira. A Renda somou o montante de Cr$ 21.310,00.

ESTRELA DO NORTE: Gilberto; Nedinho e Tanque; Tim, Formiga e Alemão; Rubinho, Benito, Gribel, Paulo e Rui.

ARAPONGAS: Bolivar; Sinésio e Moreira; Odácio, Albertinho e Brandão; Nenê, Taico, Gaivota, Jorge, e Procópio.

Estrela do Norte venceu em Mandaguaçu

No domingo, do dia 10 de julho de 1960, mesmo jogando como visitante, o Estrela do Norte de Ibiporã surpreendeu o Independente, em seus domínios, frente ao pela contagem de 2 a 1.

Dirigiu o encontro o sr. Francisco Garcia com atuação regular. Marcaram para o Estrela: Gribel e Benito (pênalti), enquanto Baía marcou o único tento do Independente.

INDEPENDENTE: Bigode; Pinelli e Manoel; Carioca, Zezinho e Parafuso; Baía, Didi, Elcio, Fernandinho e Antoninho.

ESTRELA DO NORTE: Bravo; Nedinho e Osvaldo; Pancho, Formiga e Alemão; Benito, Alaor, Gribel, Delem e Teotonio.

Estrela se licencia da FPF

Após a temporada de 1960, a diretoria fez uma reaviação. Tomada a decisão, o clube solicitou a Federação Paranaense de Futebol o seu licenciamento, em 1961. No seu lugar, entrou o Nova Esperança Futebol Clube.

Estádio do Estrela foi interditado  

Na segunda-feira, do dia 21 de junho de 1965, o Estrela do Norte estava à beira de ter o seu campo interditado, uma vez que o árbitro quase foi linchado.  A reportagem do Correio do Paraná assim contou:

Parece que a sorte do Estrela do Norte de Ibiporã, já está selada: terá mesmo sua cancha interditada na reunião de amanhã do TJD. Uma sondagem “por cima” nas opiniões dos juízes, já garante a certeza de que está firmada jurisprudência sobre a questão: estádio com baderna dá interdição.

E em Ibiporã, por ocasião do jogo Estrela x Grêmio de Maringá, o juiz só não foi linchado por que chegou um destacamento policial enviado às pressas de Londrina, para salvá-lo da sanha homicida de irresponsáveis.

O advogado do Estrela, é o dr. Cadilhe de Oliveira que deu um show de oratória para condenar o Paranavaí, na última segunda feira. Vamos ver se consegue o milagre de salvar o Estrela. Será muito difícil. E até injusto se o Estrela escapar de punição. Afinal a lei deve valer para todos”.

Na reunião da manhã da segunda-feira, do dia 28 de junho de 1965, o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) interditou o Estádio do Estrela do Norte por 30 dias.

Algumas formações:

Time base de 1960: Gilberto (Canguru ou Bravo); Nedinho (Moreno) e Osvaldo (Tanque); Mauro (Tota ou Tim), Formiga e Alemão; Turco (Rubinho ou Cobrinha), Alaor (Benito), Gribel (Toninho), Paulo (Tuta ou Getúlio) e Rui (Valter ou Pancho).

Time base de 1965: Moacir (Gilberto); Ademar, Carabina (Dias), Chico (Roque) e Toninho (Ari ou Chicão); Alemão (Nilso) e Chafa; Neco (Khalil ou Carlinhos), Isaias (Vavá) e Guaíra (Gera ou Marcos).

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Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

ARTE: desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Página no Facebook “Acervo Futebol do Interior Paranaense – Profissionais”, de Luiz Souza – Acervo Rodrigo S. Oliveira – Acervo Eliezer Cerilo – Acervo Blog Operário das Letras

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Correio do Paraná (PR) – Diário da Tarde (PE) – Diário do Paraná (PR) – Paraná Esportivo (PR) – Última Hora (PR) – Jornal do Brasil (RJ)

Inédito!! Esporte Clube Londrina: 1º time de futebol da cidade de Londrina (PR), em 1934

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Londrina foi a 1ª agremiação de futebol que existiu na cidade de Londrina (PR). O “Alvinegro Londrinense” foi Fundado em 1934, por pioneiros da Companhia de Terras do Norte do Paraná (CTNP) com o nome de Sport Club Londrina.

A sua Praça de Esportes ficava localizado na Avenida Paraná (atual: Avenida Celso Garcia Cid), na Vila Siam, em Londrina. Foi o 1º campo de futebol na cidade. Na década de 50, o campo de futebol deu lugar à antiga Cooperativa Cotia.

O 1º time do Esporte Clube Londrina tinha a seguinte escalação: Jacó Minatti (goleiro); Nicodemo, Leonino e Galvino (Beques); Mário, Américo, Fascio e Cézar Traballi; Celso Garcia Cid e Rafael Ferrari (Alfos); Aurélio Paglia (Center Alfo). Técnico: Alfredo Batini.

Na formação inicial dos núcleos urbanos planejados pela CTNP, havia o interesse dos colonizadores apresentarem um ideal de urbanidade ligado à vida esportiva. Isto talvez pelo fato de que para os próprios funcionários da CTNP fosse interessante manter atividades que preservassem a cultura nativa dos seus poucos funcionários ou ainda para auxiliar no empreendimento atraindo futuros compradores por meio da imagem de uma cidade planejada e próspera não apenas economicamente, mas também sociocultural do ponto de vista da sua organização e distribuição espacial de práticas de passatempo e esportivas. E dessa forma, destacamos o sentido atribuído ao campo de Football por parte dos colonizadores e do poder público local.

Foto posada no domingo, do dia 20 de janeiro de 1935

Mesmo relegado às determinadas áreas marginais, o futebol se desenvolveu de uma maneira que a interação social entre grupos com diferentes parcelas de poder denunciasse a questão de distinção social expressa pela distribuição e organização espacial do centro urbano.

Assim, a introdução do campo de Football na planejada cidade de Londrina é marcada por um discurso que condicionou e encarregou a área destinada a tal prática esportiva e de passatempo nos anos 1930.

Houve discurso higienista corroborando com os interesses da CTNP e dos representantes do poder público por meio da racionalização dos espaços, isto desde a sua concepção de núcleo urbano até a execução do projeto de cidade.

Foto posada no domingo, do dia 08 de agosto de 1937

Embora a cidade de Londrina em sua fase inicial apresentasse uma paisagem rural, não podemos deixar de frisar que o empreendimento inglês era um projeto moderno de exploração de terras e consequentemente de modelos de núcleo urbano planejado, sendo o campo de Football um elemento constitutivo da vida sociocultural.

Por fim, a representação do futebol dentro do projeto de núcleo urbano da CTNP, indica, por um lado, abertura a um possível lugar onde as diferenças deveriam conviver; por outro lado, a quadra de tênis indica o lugar de convívio daqueles que se julgavam pertencentes de uma elite social e condutora da cidade planejada e em urbanização.

ARTE: desenho dos escudos e uniformes: Sérgio Mello

FOTOS: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss – Acervo Nair Paglia Piantini – Londrina Foto Memória

FONTES: Paraná Norte (PR) – “O Enquadramento do Football na Cidade Planejada – Londrina dos anos 30”, de autoria de André Xavier da Silva e Tony Honorato – Aurélio Paglia