Arquivo da categoria: Futebol Amador / Varzeano

Aliança Atlética FNM – Duque de Caxias (RJ): disputou o Campeonato Fluminense de Clubes Campeões Municipais de 1962

Por Sérgio Mello

O Aliança Atlética FNM (Fábrica Nacional de Motores) foi uma agremiação da cidade de Duque de Caxias, localizado na Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Fundado, no ‘Dia do Trabalhador’, na quinta-feira, do dia 1º de Maio de 1952, por funcionários da extinta Fábrica Nacional de Motores S.A., o Aliança Atlética FNM (ou Fenemê).

A sua Sede social e a Praça de Esportes ficavam próximos a fábrica, localizados na Vila Operária, no Km 23, às margens da Estrada de Petrópolis, no Distrito de Xerém, em Duque de Caxias.

A construção da Fábrica Nacional de Motores (FNM) foi iniciada em 1940, no governo de Getúlio Vargas, na cidade de Duque de Caxias (RJ), distrito de Xerém.  Ela foi idealizada pelo Brigadeiro Antônio Guedes Muniz, tendo sido oficialmente fundada em 13 de junho de 1942, para a construção de motores aeronáuticos, que seriam utilizados em aviões de treinamento militar. 

Era a época da II Guerra Mundial, e em troca da utilização de bases militares no nordeste brasileiro, o governo norte americano deu incentivos financeiros e assistência técnica, para a construção tanto da FNM, como da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

A fábrica foi instalada próxima à escarpa da Serra do Mar, pois a localização amorteceria os custos da produção, por conter a temperatura e pressão ideal para a construção dos motores. O terreno obtinha fácil acesso à Rodovia Rio-Petrópolis e à Estrada de Ferro Rio d’Ouro, facilitando o contato com a capital federal e com a chegada de técnicos e funcionários e transporte de equipamentos. Além disso, os rios Capivari, Mato Grosso e Saracuruna banhavam a região, gerando assim, a água industrial necessária para abastecer a FNM.

Como forma de diversão e entretenimento nas horas de folga, os operários resolveram fundar agremiações sociais e esportivas, como o Aliança Atlética FNM, a Associação Atlética Piauí e o Vila Nova Futebol Clube. Cada clube foi criado por trabalhadores nascidos fora do estado que batizaram seus respectivos clubes com nomes ligados as suas origens. Muitos ônibus vinham de localidades vizinhas para enfrentar os três times fenemenses.

Com o incentivo da indústria estatal de motores, o Aliança da FNM disputava inúmeros torneios contra agremiações amadoras de Duque de Caxias e times de empresas estatais, como o da antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).

Em 1977, a FNM foi vendida para a Fiat. Anos depois, a fábrica de Xerém, encerrando as suas atividades.

Na década de 50, a Fábrica Nacional de Motores S.A., tinha uma Coluna no jornal Folha de Caxias, e nela (1958) foi citado que o clube era rubro-cinza. Posteriormente, passou a utilizar o azul e amarelo.

O futebol era o carro-chefe do Fenemê, mas também promovia atividades recreativas e culturais, atraindo públicos de fora da cidade, como as confraternizações de 1º de maio, data que se celebra o Dia do Trabalhador e o Carnaval, sempre regadas com muita dança e animação.

Campeonato Fluminense de Clubes Campeões Municipais de 1962

No começo, o time de futebol realizou diversos amistosos, quadrangulares até que em 1962, participou da competição mais importante da sua história: Campeonato Fluminense de Clubes Campeões Municipais, que reunia os campeões dos campeonatos dos municípios do estado do Rio de Janeiro.  

Alguns participantes: Americano Futebol Clube (Macaé); Esperança Futebol Clube (Nova Friburgo); Associação Atlética Cabofriense (Cabo Frio); Fluminense Futebol Clube (São João da Barra); Teresópolis Futebol Clube (Teresópolis).

No final de maio de 1961, foi empossada a nova diretoria da Alliança Atlética F.N.M. Seus componentes:

Presidente – Jader Campos da Silva, Vice-presidente – Wilton Wendling;

1º Secretário – Aládio Costa;

1º Tesoureiro – Luís Gonzaga Frazão;

Diretor social – Antônio Gomes de Oliveira;

Diretores de Esportes – Athelo Pinheiro e Wilson Vasconcelos;

Procurador – Hélio Pereira de Araujo.

Clube desaparece na década de 70

As últimas notícias do clube se limitavam alguns jogos de outras equipes disputadas no campo da Aliança Atlética FNM até 1973. A partir daí mais nenhuma linha citou algo sobre essa simpática agremiação duquecaxiense.  

Algumas Formações

Time base de 1955: Pepê (Wantuil); Nilson e Jair; Garrincha (Pepe), Aurino e Tito (Otavio); Waltrudes (Adail), Tatão, Béca (Adelino), Noir, Ayrton.

Time base de 1956: Chico (Pepê); Getúlio (Adail) e Wilson; Otávio, Edmar e Pimpão (Ita); Maurício, Nortista, Aurélio, Zezé (Esmeraldino) e Noir (Jair).

Time base de 1957: Chico (Pepê); Airton e Getúlio (Juquinha); Tatão (Edmar), Jorge (Faria) e Ribamar (Josafá); Waltrudes, Adelino (Jorginho), Leandro, (Luiz Carlos), Noir e Lídio.

Time base de 1958: Pepê (Chico); Milsinho (Zuquinha) e Ribamar (João); Farias, Josafá e Adahyr; Luiz Carlos (Messias), Curimba (Adelmo), Ailton (Samuel), Aurélio (José) e Noir.

Time base de 1959: 103 (Pepê ou Jonas); Waltrudes (Izaias ou Zezinho) e Gois (Ribamar); Hélio (Messias), Pedro (Lamparina) e Girardi (Adahyr); Bittencourt (Zezinho), Agenor (Luiz Carlos), Frazão (Valmir ou Airton), Josias o ‘Caçula’ (Heraldo), Correia (Leandro) e Nélson (Mirim).

Time base de 1961: Iquimar (Beto); Isaías, Lamparina (Ribamar) e Mauro (Ivan); Sérgio (Lúcio) e Jorge (Siqueira); Airton (Maninho), Walmir (Samuel), Wanderley (Marinho), Leandro e Gilberto (Luiz Carlos).

ARTE: desenho do escudo e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Diário da Noite (RJ)

FONTES: Correio da Manhã (RJ) – Folha de Caxias (RJ) – Diário da Noite (RJ) – História da ALFA – FNM – Jornal GGN (RJ) – O Fluminense (RJ) – O Jornal (RJ) – Página no Facebook “Retratos do Futebol Fluminense”, de Orlindo Farias – Última Hora (RJ)

Grêmio Esportivo Piquerobiense – Piquerobi (SP): Quatro edições do Campeonato Paulista do Interior!

Por Sérgio Mello

O Grêmio Esportivo Piquerobiense foi uma agremiação do município de Piquerobi que fica a 619 km da capital do estado de São Paulo. A localidade possui uma população de 3.686 habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2016.

A palavra “Piquerobi” deriva do ‘tupi antigo’pikyroby, que significa “piquiras (uma espécie de peixe miúdo) verdes“, por meio da composição de pikyra (piquira)oby (verde).

O “Fantasma do Sertão” foi Fundado na 2ª-feira, do dia 21 de Setembro de 1953. O CNPJ foi aberto no dia 23 de Janeiro de 1981. A sua Sede social ficava localizado na Rua Dr. Pedro de Tolêdo, s/n – Centro – Piquerobi (SP). As suas cores: azul e branco.

No mesmo dia em que foi fundado, ocorreu uma assembleia geral, que elegeu a 1ª Diretoria do Grêmio Esportivo Piquerobiense:

Presidente de honra – Marcelo Dassie (então prefeito do município);

Presidente – Claudio Corral;

Vice-presidente – Manoel Ferreira Reis;

1º Tesoureiro – Arnaldo De Haro;

2º Tesoureiro – André Corral;

1º Secretário – Amador Bueno de Camargo;

2º Secretário – Francisco Fróis de Morais Neto;

Diretor esportivo – Antônio Fróis de Morais e Silva;

Conselho Fiscal – Carlos Furlan, Danilo Campanhole e André Bonilho Barnabé. Suplentes: Antonio Carreira Bernardino Filho, Conrado Izidoro Paludetto e Antonio Gianelli.

Foto: Acervo da Prefeitura de Piquerobi

Estádio Municipal de Piquerobi

Cumprindo promessas feitas em 1953, o sr. Marcelo Dassie, prefeito municipal de Piquerobi, construiu o Estádio Municipal, terminando no final de fevereiro de 1954.

EM PÉ (esquerda para a direita): Nelson, Ipojucam,Lomba, Paulista, Zelio, Edson, Brandão, Antoninho, Joãozinho, Pavão, Saul, Julio Bariani (presidente) e Osvaldo Pirnia (Massagista).

Campeonato Paulista do Interior

Jogou quatro edições do Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo, organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol): 1955, 1956, 1957, e 1958.

Foi campeão da Zona 12, do Setor 44, do Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo de 1955,com seis vitórias em sete jogos. A conquista veio após vencer o Clube Atlético Indiano pelo placar de 1 a 0. No final, terminou na 3ª colocação daquele ano.

No Campeonato Amador do Interior do estado de São Paulo de 1956, o Fantasma do Sertão ficou na Zona 14, do Setor 45 sediado na Série B da Liga Prudentina de Futebol, com os seguintes clubes:

Fada Futebol Clube (Santo Anastacio);

Esporte Clube Corinthians (Presidente Venceslau);

Esporte Clube Fluvial (Presidente Epitácio);  

Grêmio Esportivo Piquerobiense (Piquerobi).

Algumas Formações:

Time base de 1954: Toni (Dedé); Vigota (Mario ou Pedrinho) e Ferrer (Milton); Chico (Doro), Nelsinho e Pedrão (Amorim); Lauro (Mauro), Zinho (Paulo), Jaime (Ipojucam ou Brandão), Joãozinho (Sinho) e Antoninho (Euclides).

Time base de 1955: Toni; Pedrinho e Ferrer; Chico, Saul e Amorim (Reynaldo); Paulinho, Brandão, Carlinhos, Joãozinho e Antoninho.

Time base de 1957: Augusto; Chico e Maciel; Saul, Pavão e Pedrão; Ezequias, Bacaninha, Pedrinho, Antoninho e Adinil.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Waldomiro Junho

FOTO: Acervo Grêmio Esportivo (SP)

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Grêmio Esportivo (SP) – Mundo Esportivo (SP)

Escudo inédito de 1916: Clube Atlético Pirassununguense – Pirassununga (SP)

Por Sérgio Mello

O Clube Atlético Pirassununguense (CAP) é uma agremiação da cidade de Pirassununga, que fica Região Centro-Leste do estado de São Paulo. Com uma população é de 76.877 habitantes (segundo o Censo do IBGE de 2020), fica a 208 km da capital de São Paulo.

Sediado, na Avenida Newton Prado, nº 1.783, no Centro de Pirassununga/SP, o “Gigante do Vale” foi Fundado no sábado, do dia 07 de Setembro de 1907, se tornando o 3º clube mais antigo do estado de São Paulo, atrás apenas da Ponte Preta (1900) e da Internacional de Bebedouro (1906), e o 14º mais antigo do Brasil.

Breve História

A 1ª partida oficial do Pirassununguense correu no dia 23 de fevereiro de 1908, contra o antigo Paulista de São Carlos. Naquele jogo amistoso o CAP venceu por 2 a 1.

Em 18 de junho de 1916, em assembleia, foi eleita a nova diretoria que estaria à frente do CAP, tendo sido eleito o Major Henrique Leme Waldvogel como presidente e o Capitão Abner Borges, como vice-presidente.

Nesta assembleia mesmo aconteceu, por indicação de Rahael Nico, o Faé Nico, A unificação do Clube Sportivo Pirassununguense e o Clube Atlético Paulista (clube recém fundado que representava para o Sportivo um forte adversário), estancando uma terrível oposição que se fazia urgente e eliminando as rivalidades entre ambas que eram enormes, ficando a data de 7 de setembro de 1907 como a data de fundação do recém criado Clube Atlético Pirassununguense.

Liga do Interior

No ano seguinte, 1917, o Comercial de Ribeirão Preto convidou o CAP para uma reunião quando então seria formada a Liga do Interior, para a disputa da rica Taça Castelões.

Várias partidas de futebol foram realizadas, sendo a de grande importância, na época, o empate conseguido frente ao Comercial Futebol Clube, da cidade de Ribeirão Preto, que era um dos mais importantes do Estado de São Paulo.

Em abril de 1917 assumiu a presidente o sr. Dante Bonafé, tendo como vice Vicente Laureano. O curioso desta época é que as reuniões eram realizadas na casa do presidente ou no cinema existente na cidade na época.

Não tinha ainda o CAP uma sede social. Usavam os sócios, somente como do clube, a praça de esportes. Já nesta época o clube possuía quadros infantis e juvenis.

Clubes de São Paulo e do estado continuavam a jogar em Pirassununga e o CAP realizava partidas em outras cidades. Guarani de Campinas, Club Athletico Ipiranga, e outros times sempre nos visitavam.

Primeira Sede

Em 1918, ainda com Dante Bonafé na presidência, o clube teve sua 1ª sede social na rua General Osório, antigo número 20 e no campo, foram iniciadas as obras da construção de arquibancadas de madeira, com o auxílio dos sócios e simpatizantes do clube.

O seu quadro social cresceu e as glórias obtidas pelas belas vitórias dos seus 1º, 2º e 3º quadros de futebol já estavam se consolidando perante a opinião pública.

Em 1920, Raphael Nico passou a ser o treinador dos times principais do clube, ganhando assim os quadros alvinegros maior consistência técnica. Neste ano, militavam-no quadro principal os atletas sócios (Juca, Maneco, Calá, Fritz, Antonio, Gradim, Unda, Petrelli, Casusa, Gino e Domingos).

E o clube continuava a ter vitórias expressivas. Uberaba, Campinas, Jundiaí e São Paulo já conheciam o amargor da derrota frente ao alvinegro Pirassununguense.

HINO

Em 1922, sob a presidência de Eurico Miranda, o prof. Lulla Guasca, com letra do prof. Elias de Mello Ayres compôs o Hino do CAP, e o maestro Passarelli o Dobrado CAP.

Em 1923 volta a presidência o sr. Dante Bonafé e novos jogadores se juntam ao clube: Galício Del Nero, Therense, Gruninger, Zé Petrelli, Júlio Tesche, Arildo e Urbano Ribeiro, demonstrando em suas ações um grande mor pelo clube.

Campeão do Campeonato Paulista do Interior de 1954

Na década de 50, afastou-se do profissionalismo e conquistou o título de Campeão Amador do Interior, em 1954, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Durante sua história centenária, contou com jogadores que foram destaque no Brasil e no mundo, ente eles os meio-campistas Del Nero e Alex, que chegaram até a seleção brasileira.

Inauguração do Estádio Belarmino Del Nero

Com capacidade para 5.300 pessoas, o estádio Belarmino Del Nero foi inaugurado no dia 7 de fevereiro de 1931. E a 1ª partida foi entre o CAP e o Juventus, vencida por 2 a 0 pelos donos da casa.

Após 25 apresentações no Campeonato Paulista profissional, paralisou suas atividades no esporte bretão em 1992. Retornou, em 2000, uma parceria com o Guarani de Campinas e, a partir de 2001, voltou às disputas montando um bom elenco, mas não obtendo o acesso para o Campeonato Paulista da Série A3. Participou do Campeonato Paulista da Série B, em 2007 (eliminado na primeira fase) e a partir daí se licenciou.

ARTE: escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo da Exposição “100 Anos de Lutas e Glórias”

FONTES: Livro “Amor, Garra e Tradição”, de autoria de José do Valle Sundfeld – Roberto Bragagnollo – Israel Foguel

Sete de Setembro F.C., do Leblon – Rio de Janeiro (RJ): Nove edições do Departamento Autônimo, nos anos 60

Por Sérgio Mello

O Sete de Setembro Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O “Rubro-AnilFoi fundado na segunda-feira, do dia 07 de Setembro de 1942 (Dia da Independência). A 1ª Diretoria foi constituída com os seguintes membros:

Presidente – Manuel Pereira;

Vice-presidente – José Romeu;

Secretário – Gerson Cardoso;

Tesoureiro – Agenor Palhares;

Diretor de Esportes – Dinorá Garcia;

Diretor Social – José Paula de Jesus;

Diretor de Património – Henrique Gomes da Silva.

Fachada da sede do Sete de Setembro F. C., na Avenida Afrânio de Melo Franco, no Leblon. Sobre a porta está o letreiro luminoso com o nome do clube.

Sede social inaugurada em 1954

A sua Sede social {avaliada em 1967, em NCr$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros novos)}, ficava localizado na Avenida Afrânio de Melo Franco, nº 345, na Favela da Praia do Pinto, no bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio/RJ.

Foi inaugurada na noite de sábado, do dia 4 de dezembro de 1954, graças ao entusiasmo e a dedicação dos seus antigos associados, dentre eles: Manoel Pereira, José de Almeida Neto, Mário Correia, Djalma Dutra, Manoel Julião, Wilson Palhares, José Custódio, Celso Maltes, Sebastião Jonas e Felix Domingues.

Para comemorar o grande acontecimento, a diretoria organizou um programa que constará de sessão solene, às 20 horas e 30 minutos, sendo inicialmente feita a benção pelo Padre Campos Góis, vigário da matriz de São Judas Tadeu.

A seguir, tomou posse a nova diretoria e, após serão entregues os títulos honoríficos e dos benfeitores do tradicional e vitorioso clube.

Após a solenidade, que contou com a presença de várias autoridades esportivas, aconteceu o grande baile de gala. O Sete de Setembro, em sinal de gratidão, entregou os títulos de sócios beneméritos ao nosso colega da Televisão Tupi, José Maria Scassa; aos desportistas Antônio Avelar, Álvaro da Costa Melo, Adriano Rodrigues, João Assis, Silvio Pacheco, Ariosto Semeraro, Antônio Moreira Leite, Carlos Alberto Del Castillo e Manoel Pereira, os quais, com valiosas doações, contribuíram para a construção de uma sede confortável.

Além do futebol, o clube oferecia ao associado: Bailes, jogos de salão, cinema e excursões. O seu uniforme era: camisa azul, com gola e punhos vermelhos. Calções vermelhos.

Quer jogar? É só ligar!

No ano de 1949, saíram algumas notas, onde o Sete comunicava que para quem desejasse enfrentá-los, deveriam entrar em contato pelo telefone: 27-5601, e falar com o Sr. Gesny Cardoso ou Néca, das 17 às 20 horas.

Triunfos na excursão à Rio Bonito/RJ

No domingo, do dia 1º de Maio de 1949, na cidade fluminense de Rio Bonito, o encontro entre o Sete de Setembro F. C. versus o Motorista F. C. daquela localidade. Chefiados pelo veterano Néca, o clube carioca, desde a sua chegada pela manhã, foi logo cercado de inúmeras gentilezas pelos desportistas locais.

À tarde, antes do início da partida, no centro do gramado, foram trocadas as flâmulas dos clubes. Na partida principal, entre os primeiros quadros do grêmio do Leblon e do Motorista, promotor da excursão, ο team praiano, exibindo-se com maior destaque, conquistou brilhante vitória sobre a valente equipe do Motorista, que ofereceu enorme resistência para ser vencida por 2 a 0. Os gols foram assinalados por Batista e Jair.

O Primeiro Quadros do Sete, atuou com a seguinte formação: Fifito; Horácio e Mineiro; Alaor, Grita e Caboclo; Jair, Izidro, Baiano, Bibinha e Batista.

Motorista: Saquarema; Nem e Vavá; Paulo, Ademar e Brandão; Baiano, Waldir, Bombo, Cabeleira e Melquiades.

O segundo team do Sete, também venceu por 3 a 1, e jogou da seguinte maneira: Wilson; Jagunço e José; Herminho, Gesmi e Cachoeira; Zeca, Nilton, Constantino, Padeiro e Paraíba.

Sete x Céres de Bangu

Na segunda-feira, do dia 04 de julho de 1955, o Sete de Setembro enfrentou o Céres, em Bangu. O quadro principal jogou: Fifito; Bibinha e Brôa (Caboco); Getúlio, Tizil e Raimundo (Luiz); Djalma; Jair, Flávio (Baiano), Tião (Vandinho) e Joãozinho. Segundo Quadro formou: Edgard (Graça); Mário e Walter; Jagunço, Cláudio e Sérgio; Carlinhos, Milton, Norival, Murilo e Batista.

Número de sócios e subvenção

Em 1967, o Sete contava com 500 sócios, entre contribuintes e atletas, no valor mensal de NCr$ 2,00 (dois cruzeiros novos). Nome do sócio n.º 1 foi Wilson Palhares Marinho. O clube contava com as categorias: Amador, Aspirante, Infanto-juvenil e Juvenil.

Entre 1942 a 1960, o clube era subvencionado (recebia um incentivo governamental). Quando a capital passou para Brasília a subvenção foi suspensa até 1967, quando voltou a receber a verba.

Seu Zezinho é eleito presidente

Na terça-feira, do dia 15 de agosto de 1961, foi eleito para presidente do Sete de Setembro, o sr. José de Almeida Netto (Zezinho). Para vice-presidente, foi eleito o sr. Nelson Campos da Silveira.

A chapa vitoriosa denominada “velha guarda“, que lutou pela volta do seu ex-presidente o sr. José de Almeida Netto, já presidiu o clube por mais de duas vezes contou com o apoio e o prestigio das figuras mais tradicionais da simpática agremiação:

os veteranos: Néca, Zé Cavaquinho, Izidin, Henrique, Neis Nascimento, Prego, Manuel Julião, Antônio Chagas e Tininho. Além dos atletas: Flávio, Vandinho, Djalma, Beleza, Nilton, Tião Naval, Nelson Borges, Fifito, Raimundo, Getúlio, Jagunço, Amaro, Arlindo e Dario. E das associadas: Zizita, Nail e Sebastiana.

Títulos do Sete de Setembro

Campeão invicto da Copa “A Manhã”: 1947;

Campeão da Série Zona Sul do Torneio Octacílio Rezende: 1948;

Campeão da Série Zona Sul do Torneio promovido pelo jornal “A Manhã”: 1949;

Vice-campeão do Torneio promovido pelo jornal “A Manhã”: 1949;

Tricampeão Amador e Aspirante do Campeonato da Liga Esportiva da Zona Sul: 1955, 1956 e 1957;

Bicampeão da Disciplina do Departamento Autônomo: 1964 e 1965.

Craque Adílio

Adílio foi o principal craque revelado

O Sete de Setembro Futebol Clube já alguns craques: Valdemar (Vasco da Gama), Norival (Campo Grande); Domingos (São Cristóvão); Caboclo e Louro (Portuguesa Carioca).

O principal nome revelado pelo Sete foi, sem dúvidas, Adílio de Oliveira Gonçalves, o Adílio, filho do Sr. Sebastião Peixoto Gonçalves e Laíde de Oliveira. Em 1964, com apenas 7 anos, jogava pelo Sete quando enfrentou o Clube de Regatas Flamengo.

Apesar do seu time ter sido goleado por 5 a 1, Adílio foi o destaque do Sete. Após a partida, o menino bom de bola foi chamado para ficar na Escolinha do Flamengo. Adílio relembrou a emoção: “Puxa, que alegria eu senti”, revelou.

Como o “Rubro-Anil” não contava com um campo próprio, mandava os seus jogos no campo do Marilis Futebol Clube, situado no bairro do Caju, na Zona Norte do Rio/RJ.

Disputou nove edições do Departamento Autônomo

Na quarta-feira, do dia 10 de fevereiro de 1960, o Sete de Setembro ingressou no Departamento Autônomo (DA), da Federação Metropolitana de Football (FMF). O clube disputou nove edições do DA: 1960, 1961 (Série Fedders), 1962 (Série Moacir Pereira), 1963 (Série Durval Figueiredo), 1964 (Série Almir dos Santos), 1965 (Série Eudomílio Dultra), 1966 (Série Sami Jorge) e 1968 (Série Deputado Vitorino James) e 1969 (Série CND).

Em 1967, o Sete se afastou das competições de futebol do Departamento Autônomo. Para poder atender outros setores do clube, seus dirigentes preferiram ficar pelo menos duas temporadas de fora.

Para a temporada de 1968, o clube contava número de 28 jogadores (Amadores e Aspirantes) para jogar o Departamento Autônomo: Juca, Gilson, Irênio, Nilo, Antônio, Armando, Mosquito, Miltinho, 28, Acl, Sebastião, Padeirinho, Adilson, João Batista, Biú, Moacir, Carlos Maia.

Diretoria de 1967

Presidente – Arlindo Barbosa Estêves; Vice-presidente – Nélson Campos da Silveira; Secretário – Gessi Barbosa da Silva; 2º Secretário – Luís Carlos Pedreira; Tesoureiro – Celso Maltez; 1º Diretor de Esportes – José Custódio; 2º Diretor de Esportes – Sebastião Pitz.

Algumas formações:

Time base de 1946: Athayde; Zé Bode e Toti; Félix, Carlos e Bonito; Hilário, Caboco, Romeu, Jesmes e Padeirinho.

Time base de 1947: Francisco; Quinha e Navalha; Tião, Grita e Bonitão; Papeti (Jair), Geraldo, Baianinho, Izidro e Jesmes.

Time base de 1948: Pomba; Horácio e Mineiro; Noberto, Frank e Agenor; Padeirinho, Egídio, Jair, Leleu (Baiano) e Batista (Bibinha).

Time base (1º Quadros) de 1949: Fifito (Jorge); Horácio e Mineiro; Alaor (Cachoeiro), Grita (Tião) e Caboclo; Jair, Izidro (Carango), Baiano, Bibinha (Bill) e Batista (Gesny).

Time base (2º Quadros) de 1949: Wilson; Jagunço e José; Herminho, Gesmi e Cachoeira; Zeca, Nilton, Constantino, Padeiro e Paraíba.

Time base (1º Quadros) de 1950: Fifito; Jesmes II e Mineiro (Ermínio); Caboclo, Grita e Jesmes I; Jair (Nelson), Baiano (Nilton), Izidro (Bill), Geraldo (Tião) e Bibinha (Batista).

Time base (2º Quadros) de 1950: Beleza (Gonçalo); Raimundo (Jagunço) e Zé Martins (Zé Waldemar); Roberto (Telço), Júlio (Barba Russa) e Sarrafo (Djalma); Luiz, Caxoeira (Baiano II), Zeca, Oswaldo (Padeiro) e Gesny.

Time base (1º Quadros) de 1955: Fifito; Bibinha e Broa (Caboco); Getúlio, Tizil e Raimundo (Luiz); Djalma; Jair, Flávio (Baiano), Tião (Vandinho) e Joãozinho.

Time base (2º Quadros) de 1955: Edgard (Graça); Mário e Walter; Jagunço, Cláudio e Sérgio; Carlinhos, Milton, Norival, Murilo e Batista.

Time base de 1962: Fico; Álvaro e Campista; Antônio, Nilo e Meton; Naval, Djalma, Batista, Bimba e Nilton.

Time base de 1963: Joca (Adão); Jorge (Renato) e Tiziu; Irênio, Nilo (Miltinho) e Mesquita (Reinaldo); Armando, Antônio (Mosquito), César (Alcir), Alceu e Antenor.

Time base de 1965: Osvaldo (Baianinho); Luís Carlos (Brás), Baiano, Miltinho e Didinho (Nilo); Tiziu (Pereira) e Paulinho (Antônio); Sérgio (Cutico), Armando (Piauí), Nelson (Dunga ou 28) e Wilson (Sebastião).

Time base de 1966: Adão; Jorge (Gil ou Zé Carlos), Luís (Coca ou Brás), Miltinho (Hugo) e Antena (Serginho); Paulinho (Tiana ou Mosquito) e João Batista (Toninho); Zaldo (Miguel), Rocinho (Antônio), Hércules (Antenor) e Tônio (Jurandir). Técnico: Sebastião.

Time base de 1968: Naval; Paulinho, Hugo, Luís Carlos e Nilo (Hamilton); Nei e João; Antônio, Ari (Armando), Luizinho e Antenor.

Incêndio na Favela da Praia do Pinto abalou o clube

Localizada em uma das áreas mais valorizadas da cidade, a Favela da Praia do Pinto se tornou alvo prioritário da campanha de erradicar de favelas que era movida então pelo governo do estado da Guanabara.

Na madrugada do domingo, do dia 11 de maio de 1969, enquanto se realizavam os preparativos para a remoção dos moradores para outros bairros, ocorreu um Incêndio que destruiu mil barracos e deixou mais de 9 mil pessoas desabrigadas (na época, a favela abrigava 15 mil habitantes).

O incêndio acelerou os trabalhos de remoção da população para Conjuntos Habitacionais em Cordovil, Cidade de Deus, Cruzada São Sebastião e para abrigos da Fundação Leão XIII. E, por tabela colocou um ponto final para o Sete de Setembro Futebol Clube.

Apesar de perder a sede, o Sete de Setembro lutou e ainda disputou o Departamento Autônomo (DA) de 1969. No final, terminou na última colocação da Série CND. A partir daí o clube não resistiu e acabou desaparecendo em definitivo.

ARTE: desenho do uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: O Globo Sportivo (RJ) – Correio da Manhã (RJ)

FONTES: A Manhã (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo Sportivo (RJ) – Rio Memorias

Rio Branco Esporte Clube – Rio de Janeiro (RJ): Disputou três edições do Departamento Autônomo

Por Sérgio Mello

O Rio Branco Esporte Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no sábado, do dia 15 de novembro de 1947, por um grupo de desportistas do bairro de Santa Cruz. A razão da escolha do nome foi que um dos fundadores morou, na cidade de Alegre, no Espírito Santo. Lá existia um clube com esse nome e prestaram uma homenagem.

A 1ª Diretoria do Rio Branco E.C. foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – Joaquim Batista;

Vice-presidente – Brás Augusto;

Tesoureiro – Honório Rodrigues Barreto;

Secretário – José Antônio Cesário de Melo;

Diretor de Esportes – Casimiro Fernandes da Silva;

Diretor-Social – Francisco Lemos.

As cores escolhidas foi o azul e amarelo. A sua Sede social ficava localizado na Estrada Môrro do Ar (atual: Avenida Padre Guilherme Decaminada), nº 49, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio/RJ.

Em 1967, o clube contava com 200 sócios, contribuintes, pagando NCr$0,50 mensais. O Sócio nº1 foi o Sr. Brás Augusto. Além do futebol, o clube realizava boliche, tênis de mesa e Bailes.

Em 1967, o clube contava com 55 atletas inscritos: Alim, Agrinaldo, Adair, Arino, Ailton, Antônio, Alvacir, Αnísio, Carlos Brás, Carlos Roberto, Carlos, Deocleciano, Daniel, Ezilo, Edinaldo, Ênio, Félix, Francisco, Gessi, Geraldo, Geneci, Genésio, Geraldo, Humberto, José de Oliveira, José Pereira, José Antunes, Jorge, João Moreira, João Eneas, João, José Carlos, Jair, Jorge, Costa, Jorge Roberto, Laci, Luís, Laércio, Maurício, Manuel, Mauri, Nélson, Osvaldo, Odário, Petronilio, Videl, Valdir, Valdir II, William e Wilson.

A Diretoria do Rio Branco E.C., no ano de 1967, contava seguintes componentes:

Presidente – Brás Augusto;

Vice-presidente – Nadir Vargas;

Tesoureiro – Cândido Fonseca;

2º Tesoureiro – Castor Fernandes da Silva;

Diretor de Esportes – José da Silva;

Secretário – Jaci dos Santos;

Diretor Social – Antônio Honorato do Carmo;

Assessor da Presidência – Gibson Nogueira;

Conselho Deliberativo:

Presidente – Edmundo Holzer;

Secretário – Vidal Carlos da Silva;

Membros – Hafez Asael Maleck, Jorge da Silva e Acendino Francisco de Jesus.

O Rio Branco está incluído entre os cinco principais clubes do subúrbio de Santa Cruz. Apesar de sua modesta sede e não ter campo para disputar os jogos do Campeonato do Departamento Autônomo, o Rio Branco tem um valente quadro de futebol estando entre os primeiros na tábua de colocações da série IV Centenário de Santa Cruz

O Rio Branco contava com as categorias de Infanto-juvenil, Aspirantes e Amadores. Como o clube não possuía campo próprio, mandava os seus jogos no campo do Guanabara. O Rio Branco faturou vários títulos entre os torneios dos clubes independentes.

Disputou o Campeonato Carioca de Futebol Amador, pelo Departamento Autônomo, em 1966 (Série Isolina Sofia), 1967 (Série IV Centenário), 1968 (Série Gladstone José de Almeida).

Em 1967, o clube participando do Departamento Autônomo, disputou a Série IV Centenário de Santa Cruz, foi um dos finalistas do Torneio Início. O time base era formado assim: Mulato (Sulapa); Manuel, Carvalho, Carlinhos e Valci (Grisola); Bozano e Didal (Catarino); Élson (Umberto), Natalino (Laércio), Dida e Amauri (Anísio).

FONTES: Diário de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo Esportivo (RJ)

Torneio Início da Liga Avareense de Futebol de 1958 – Avaré (SP)

Associação Atlética Avareense (Campeã)

Dando abertura ao Campeonato Amador de 1958, a Liga Avareense de Futebol (LAF) organizou um Torneio Início, no domingo, do dia 30 de março de 1958, no Estádio da Associação Atlética Avareense, com a presença de todos os filiados. Apesar do tempo ameaçador, grande foi o número de pessoas que correram àquele estádio.

São Paulo Futebol Clube (Vice-campeão)

Os jogos transcorreram num ambiente de disciplina, graças a boa organização do Departamento de Árbitros, sr. Elias de Almeida Ward e técnico sr. Seme Jubran, que tudo fizeram para o brilhantismo da festa.

Guarani Futebol Clube (Terceiro lugar)

Na hora aprazada se achavam a postos todos os mentores da Liga, bem como os membros diretores dos clubes participantes. Coube ao sr. Clovis Gonçalves Guerra, presidente da Liga Avareense de Futebol (LAF), a tarefa de supervisionar todos os serviços, o que foi feito com êxito pleno.

Juventus Futebol Clube (Terceiro lugar)

O Torneio Início, contou com a participação de oito clubes:

Associação Atlética Avareense;

Associação Ferroviária Avareense;

Círculo Operário Futebol Clube;

Fluminense Futebol Clube;

Guarani Futebol Clube;

Juventus Futebol Clube;

Nacional Atlético Clube;

São Paulo Futebol Clube.

Círculo Operário Futebol Clube

Primeira Fase

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
São Paulo1X0Círculo OperárioUlysses BertolaciniZezinho (5 minutos do 1º tempo).
Juventus1X0NacionalOrestes FagnanPeixe (10 minutos do 1º tempo).
Avareense0X0FluminenseLúcio Aureliano de Lima2 a 1, em escanteios para o Avareense.
Guarani0X0FerroviáriaNão informadoNos pênaltis, o Guarani venceu por 1 a 0 (gol de Miro). Napolitano defendeu a penalidade de Zico, da Ferroviária.
Nacional Atlético Clube

Semifinais

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
São Paulo2X0JuventusJuvenal AreaMachado e Zé da Lina (no 2º tempo).
Avareense1X0GuaraniPedro GuazzelliFlávio (5 minutos do 1º tempo)
Associação Ferroviária Avareense

Final

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
Avareense2X0São PauloOrestes FagnanArmando (aos 2 e aos 13 minutos do 1º tempo).

Com os resultados, a Associação Atlética Avareense foi a grande campeã. O São Paulo Futebol Clube ficou com o vice. O Guarani Futebol Clube e o Juventus Futebol Clube ficaram na terceira colocação.

Fluminense Futebol Clube

QUADROS ATUARAM ASSIM:

A. A. AVAREENSE (Campeã):  Angélico; Chico Preto e Zé Luiz (Chuca I); Chuquinha, Vingança (Cidinho) e Carcereiro; Nivaldo, Armando, Beto (Ximbica), Flavio e Xerém.

SÃO PAULO F. C. (vice): José Henrique; Chaim e Adelino; Zé da Lina, Wilson e Zé Carlos; Pepe (Vitinho), Zezinho, Machado, Valdemar e Reinaldo.

CIRCULO OPERARIO: Grandão; Luiz e Bento; Avaré, Castilho e Miguel; Airton, Tico, Lopes, Canhão e Castro.

NACIONAL A. C.: Sonera; Benini e Biriba; Rizo, Djalma e Eduardo; Panchione, Belacosa, Borracha, Ponce e Cerqueira.

JUVENTUS F. C.: Cipó; Jorge e Sorocaba; Zezão, Barreira e Nogueira; Didi, Hélio Faria, Osmil, Henrique e Geraldo.

FERROVIARIA: Carlos Alberto; Zico e Teco; Martins, Brandão e Vênus; Eduardo, Isaias, Padre, Luiz e Adão.

GUARANI F. C.: Napolitano; Guilherme e Calado; Zé Antônio, Vicentini e Margoso; Fiico, Carlinhos, Pedrinho, Teles e Miro.

FONTE E FOTOS: A Gazeta Esportiva (SP)

Clube Atlético Flôr do Braz – São Paulo (SP): Fundado em 1928!

Bairro do Brás 

É um distrito situado na região central do município brasileiro de São Paulo, a leste do chamado Centro Histórico da São Paulo. Apesar de sua posição geográfica, pertence à região administrativa do Sudeste, visto que o bairro integra a subprefeitura da Moóca.

Atualmente, trata-se de uma região muito conhecida pelo comércio de roupas, especialmente nas imediações do Largo da Concórdia e da rua Oriente.

No começo do século, mais precisamente, nos anos 20 e 30, São Paulo abriu suas portas aos imigrantes italianos. Milhares deles vieram para a capital à procura de trabalho nas fazendas de café ou atraídos pela necessidade de mão de obra na nascente indústria paulistana.

Este crescente processo imigratório proporcionou um enorme crescimento dos bairros operários, em especial o bairro do Brás, onde grande parte dos italianos se fixou.

Três, desses estrangeiros, os irmãos José de Carvalho, Malhado e Osvaldo Nunes, fundaram no dia 7 de setembro de 1928, na rua Silva Teles esquina com a rua Bresser, um clube de futebol, ao qual deram o nome de Clube Atlético Flor do Brás. O Sr. José de Carvalho, foi o seu primeiro presidente e permaneceu no comando da equipe durante 50 anos.

Foto posada do C.A. Flôr do Braz do ano de 1954

CLUBE ATLÉTICO FLÔR DO BRAZ

O Clube Atlético Flôr do Braz é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado na sexta-feira, do dia 07 de setembro de 1928. A sua Sede fica na Rua Silva Teles (esquina com a Rua Bresser), no bairro do Brás, na Região Central de São Paulo /SP.

História do Flôr do Braz

Na década de 20 e 30, São Paulo abriu suas portas aos imigrantes italianos. Milhares deles vieram para a capital à procura de trabalho nas fazendas de café ou atraídos pela necessidade de mão de obra na nascente indústria paulistana.

Três, desses estrangeiros, destacam-se neste Memórias da Várzea, trata-se de: José de Carvalho, Malhado e Osvaldo Nunes. Irmãos, que numa conversa de botequim, fundaram em sete de setembro de 1928, na rua Silva Teles esquina com a rua Bresser, um clube de futebol, ao qual deram o nome de C.A Flor do Brás.

José de Carvalho, seu Zezinho (marcado no circulo) fundador e 1º Presidente do Flor e Antônio Veríssimo da Silva, presidente há mais de duas décadas (foto: Arquivo/SIMMM)

Seu Zezinho ficou na presidência por meio século

O Sr. José de Carvalho, seu Zezinho, foi o seu 1º Presidente e permaneceu no comando da equipe durante 50 anos. Nessa época tinham sede (casa do presidente) e campo de futebol. Porém, o terreno do campo foi desapropriado para a construção de uma biblioteca municipal.

Quando o então presidente adoeceu e mais tarde veio a falecer, assumiu em seu lugar Antônio Veríssimo da Silva, o Caçula, que há 23 anos dirige o clube com organização, lealdade e acima de tudo amor. “Só estou dando continuidade ao trabalho do Zezinho, que até hoje é considerado o presidente de honra do Flor. Nosso maior orgulho é não ter parado, pois muitas agremiações que começaram na mesma época que nós já encerraram suas atividades”, disse.

Sobre o princípio de tudo, Caçula conta: “Depois da sua morte, o clube ficou meio dividido, já que seus primeiros cinquenta anos de vida ficaram com ele. Nós não temos acesso a esses documentos, o que é uma pena, pois acabamos desconhecendo fatos importantes de sua história” e acrescenta “estou tentando localizar uma sobrinha dele, pois me disseram que ela possui um acervo antigo com parte dessa biografia”, afirmou Caçula.

A escolha das cores do clube

Sabe-se, no entanto, que o nome Flor do Brás surgiu, pois no bairro havia uma fábrica de perfumes que utilizava flores em suas fragrâncias. Mas, por que deram a este clube as cores verde, preto e branco?

Essa é uma história engraçada. O que eu sei é que dois dos fundadores eram palmeirenses e um era corinthiano, assim, em comum acordo, uniram as cores desses times para batizar o C.A Flor do Brás”, explicou Caçula.

Um outro fato engraçado envolvendo nossas cores ocorreu no ano passado, quando fui a uma casa de esportes mandar fazer nosso fardamento. O rapaz da loja disse que eu não poderia fazer meu uniforme porque era igual ao do América de Minas. Mas eu o questionei: Por que eu não posso, se o Flor é mais antigo que o América? Se tiver alguém querendo copiar não somos nós, pois nosso clube é registrado na Secretaria Municipal de Esportes e na FPF nessas três cores”, revelou.

A dura realidade de um clube da várzea

O C.A Flor do Brás como muitos da várzea, passa por uma série de problemas financeiros. “Somos uma equipe prestes a celebrar 72 anos de atividades ininterruptas. Uma equipe tradicional que ainda luta para conseguir sede e campo próprios”, lamenta o presidente.

Temos muitos planos para o clube, mas está difícil vê-los realizados. Gostaríamos, por exemplo, de disputar as categorias de base da Secretaria Municipal de Esportes, mas não temos espaço para treinar” conta Caçula e ainda “Hoje nós treinamos e temos o mando de jogo no campo do CDM Vigor e recentemente, fizemos um acordo com o Flamengo da Vila Maria para usar o campo deles em sábados alternados”.

Sua atual diretoria sonha com a construção de uma sede. Atualmente, como há 72 anos, as reuniões do clube são feitas na casa do presidente, e é lá também onde são guardados troféus, medalhas e fardamentos que contam a sua história. “Minha esposa, Izilda da Silva, tem muito carinho pelo Flor do Brás. Eu a considero presidente de honra do clube, pois está sempre nos apoiando. Faz modelos de fardamentos, lava e passa as camisas. Quando estava empregada, 20% da sua renda era destinada ao time”, se emociona Caçula.

Nossos atletas também enfrentam dificuldades, por isso, na medida do possível, tentamos ajudá-los. Seja com uma cesta básica, com um passe de ônibus ou quitando uma conta de água e luz que esteja atrasada”.

A maior reclamação, porém, é por falta de um patrocínio “Várias pessoas já apareceram com a intenção de nos ajudar, mas quando você apresenta um projeto elas fogem”. Assim, sem apoio e ajuda, o Projeto Criança não sai da gaveta. “Gostaríamos muito de fazer um trabalho voltado para as crianças. Esse projeto prevê a construção de um centro de convivência infantil, com campo de futebol, área de recreação e escolinha de futebol. Pretendemos tirar as crianças das ruas e dar a elas condições para crescerem num mundo mais sadio”, sonha Caçula.

Títulos do C.A. Flôr do Brás

Copa Gabriel Ortega;

Campeão da Copa Benflor, organizada pelo Benfica da Vila Maria. Na final, o Clube Atlético Flor do Brás venceu a Estrela Vermelha Futebol Clube da Vila Nivi por 1 a 0, com gol de Baianinho;

Campeão da Copa Amizade, organizada por Milton Montes e Vítor Sapienza realizada na cidade de São Manuel;

Campeão Metropolitano Regional da Zona Norte;

Vice-Campeão Metropolitano Geral na final ocorrida no Estádio Ícaro de Castro Mello no Ibirapuera. O Clube Atlético Flor do Brás perdeu para o Estrela Futebol Clube de São Bernardo do Campo pelo placar de 2 a 1.

ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES E FOTOS: Meu acervo – Histórias do Pari – Site do SIMMM – Museu Virtual do Futebol

Industrial Esporte Clube – Pedro Leopoldo (MG): enfrentou o Cruzeiro E.C. e a Seleção Mineira, na década de 50!

Por Sérgio Mello

O Industrial Esporte Clube foi uma agremiação do Município Pedro Leopoldo, que fica a 46 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 62.580 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Fundado no quinta-feira, do dia 18 de Maio de 1939, por funcionários da fábrica de tecidos da Companhia Industrial de Belo Horizonte. Décadas depois alterou para Industrial Futebol Clube.

Por se tratar de um clube da principal empresa da cidade, o Industrial possuía uma estrutura de dar inveja aos adversários, como lembra Francisco de Paula Pires, o popular “Chico Gordura“, de 74 anos, que foi ponta direita e centroavante do tricolor de Pedro Leopoldo.

O industrial era como se fosse um time profissional. Quando você ia jogar, já tinha sua chuteira e camisa para cada jogador. Por ser da Fábrica de Tecidos tinha tudo organizado. Então era um time que podia considerar profissional por causa da condição que a Fábrica dava”, disse.

Parte dos funcionários morava em uma vila de trabalhadores que ficava ao redor da empresa, conhecida como “Quadro”, e para o lazer dos que viviam lá, foi criado um clube recreativo que contava com diversos espaços para prática de esporte, entre eles um campo de futebol utilizado pelo time do Industrial.

O espaço era chamado de Campo dos Eucaliptos, pelo fato do gramado ser rodeado pela espécie de árvore, o que gerava uma grande sombra no relvado, além de um belo visual. Ao fundo corria o Ribeirão da Mata.

O Industrial também possuía times masculinos e femininos de Basquete e Vôlei. O time encerrou as atividades na década de 80, devido a venda do espaço em que ficava seu campo e problemas internos na empresa.

Rivais da cidade

Era composto por trabalhadores da fábrica de tecido, a primeira da cidade, e seus familiares. Suas cores eram iguais às do Fluminense. Os seus grandes rivais eram o Sport Clube Pedro Leopoldo e Pedro Leopoldo Atlético Clube. Após a fusão desses dois, o rival passou a ser Pedro Leopoldo Futebol Clube.

No final da década de 50, destacam-se a dupla de ataque Gilberto e Pelau, que deixou o Industrial para jogar no Cruzeiro Esporte Clube. Este último, até hoje figura na lista dos 15 maiores artilheiros da Raposa

Enfrentou o Cruzeiro e a Seleção Mineira

Por falar nos anos 50, Industrial Esporte Clube enfrentou Cruzeiro Esporte Clube, em amistosos, quatro vezes. Foram uma vitória e três derrotas; marcando três gols, sofrendo oito e um saldo de menos cinco.

Domingo – 31 de dezembro de 1950Industrial2X3Cruzeiro
Domingo – 22 de maio de 1955Industrial0X2Cruzeiro
Domingo – 31 de setembro de 1955Industrial0X3Cruzeiro
Domingo – 17 de fevereiro de 1957Industrial1X0Cruzeiro

Na sexta-feira, do dia 07 de dezembro de 1956, o Industrial  enfrentou a Seleção de Minas Gerais. Porém, acabou sendo impiedosamente goleado por 10 a 1. Tomazinho, cinco vezes; Nilo, duas vezes; Mucio, Tati e Nelsinho, um tento cada; enquanto Mandegá fez o tento de honra do Industrial.  

Seleção Mineira: Danton; Anísio e Oswaldo (Rui); Afonso (Gerson), Mucio (Adésio) e Heraldo (Hélio), Paulinho, Nelsinho (Nilo), Tomazinho, Alfredo (Omar) e Tati. Técnico: Ricardo Diez.

ARTES: escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTOS: site Futebol de Pedro Leopoldo –

FONTES: site Futebol de Pedro Leopoldo – Estado de Minas (MG) – Lavoura e Commercio (MG)