No Torneio Início da Liga Bahiana, foi realizado na tarde de domingo, do dia 25 de março de 1923, no Estádio Arthur Morais, ‘Campo da Graça’, em Salvador/BA. No final, o Club Bahiano de Tennis se sagrou campeão.
A competição, organizada pela Liga Bahiana de Desportos Terrestres (LBDT), contou com a participação de oito equipes, todos da capital Salvador:
Associação Athletica da Bahia;
Auto Bahia Foot-Ball Club;
Botafogo Sport Club;
Club Bahiano de Tennis;
Fluminense Football Club;
Sport Club Victoria;
Sport Club Ypiranga;
Sport Club São Bento.
Uma tarde festiva em Salvador
Foi uma festa encantadora a que se efetuou no domingo 25 de março, com o início do Campeonato do Centenário da Bahia, organizada cuidadosamente pelos cronistas esportivos dos jornais e revistas locais. Uma tarde fresca e autenticamente esportiva, agradável a deliciosa, preludiava os prélios de entusiasmos nos gramados da Desportiva, á Graça.
Na hora certa de principiar a luta entre os quadros detentores do torneio, as arquibancadas floriam de vultos femininos nas Geraes movimentava-a onda de torcedores contumazes nestes embates interessantes.
Damos minuciosamente os resultados dos jogos, com os seus respectivos vencedores:
1º jogo – Empate sem gols, e o Bahiano vence o Yankee por 3 escanteios a 1. Foi uma luta movimentada cheia de entusiasmo.
2º jogo –Botafogo vence o Internacional por 2 gols a 1. O quadro alvirrubro demonstrou superioridade absoluta na pugna.
3º jogo –Associação vence o Fluminense por 2 gols 0 (3 a 1 em escanteios). Foi disputadíssima, no entanto este prélio.
4º jogo –Ypiranga vence com enorme custo, aliás brilhantemente, o Auto Bahia depois de duas prorrogações de tempo, por 2 gols 1(1 a 1 em escanteios). Foi a partida mais movimentada.
5º jogo –Victoria vence facilmente o Democrata, por 1 gol a 0(2 a 0 em escanteios). Houve muita animação entre torcedores de rubro-negro.
6º jogo –Bahiano vence o São Bento por 1 escanteio a 0, após empate sem gols. Foi uma das mais brilhantes partidas da tarde.
7º jogo –Botafogo vence heroicamente a Associação, por 2 gols 0(1 a 0 em escanteios). Houve muito entusiasmo nas arquibancadas.
8º jogo – Após empate em 1 a 1, o Ypiranga vence com bastante esforço, o Victoria por 1 a 0 em escanteios. Bela partida.
9º jogo –Bahiano vence o Botafogo, por 1 gol a 0 (1 a 0 em escanteios). Foi uma partida movimentadíssima e brilhante.
10° jogo –(Honra – bronzes artísticos e taça do Estado). Vence após um prélio disputadíssimo, Bahiano de Tennis o seu contendor a Ypiranga, que jogou com bravura, por 2 gols a 0(1 a 0 em escanteios).
Escalação do time campeão
Finda esta partida empolgante e admirável, os cronistas esportivos entraram em campo e fizeram as ofertas dos prêmios, que couberam ao glorioso quadro da Barra-Avenida. O dr. Mario Gama, secretario deste clube, falou agradecendo, sendo levantados vivas aos clubes filiados à Liga e aos cronistas, que tão bem e distintamente organizaram o Torneio Início.
Os prêmios foram oferecidos aos clubes vencedores, em nome dos patronos de cada jogo, pelos cronistas Amado Coutinho(Diário de Notícias), Aristóteles Gomes(A Tarde), Assis Curvello (Semana Sportiva) e Aureo Contreiras (Renascença).
O jornalista Mattos Filho, representou em campo o presidente do Centro dos Chronistas, falando na entrega da Taça do Estado da Bahia. O quadro vencedor do Torneio Início de 1923, formou com os seguintes atletas:
Club Bahiano de Tennis: Zinho; Varella e Perez; Sampaio, Antoninho e Arlindo; Carlinhos, Seabrinha, Barriere, Petiot e Dórea.
Estádio Arthur Morais, ‘Campo da Graça’, em Salvador/BA
Premiações
Prêmios ao Club Bahiano de Tennis – Bronze do Estado da Bahia (Honra), Bronze da Casa Ingleza, Taça Alfredo Ornellas, Taça Armir Gordilho, Bronze Carlos Silva e Taça Rodrigues & Fernandes.
Prêmios ao Sport Club Ypiranga – (2º lugar no Torneio) Taça Ângelo Sá e o Bronze José Maria de Souza Teixeira.
ARTE: desenho do uniforme e escudo – Sérgio Mello
FOTOS: Revista Renascença (BA)
FONTES: Anotações do autor – Revista Renascença (BA)
O Auto Bahia Foot-Ball Clubfoi uma agremiação efêmera da cidade de Salvador (BA). Fundado na sexta-feira, do dia 13 de maio de 1921, por um grupo de “choferes” (motoristas particulares) da cidade de Salvador.
O seu 1º Presidente foi o Sr. Luiz Joaquim de Oliveira. A sua Sede social ficava localizada na Ladeira de São Bento, n°14, no Centro de Salvador/BA. As suas cores: vermelho, branco e azul.
A Sede do Auto Bahia ficava na Ladeira de São Bento, n°14, à esquerda da foto (Acervo do Arquivo Nacional)
1° Campeão da Segunda Divisão Baiana
O Auto Bahia estreou e fez história. A Liga Bahiana criou uma divisão de acesso e no 1°Campeonato Baiano da 2ª Divisão de 1922, o Auto Bahia se sagrou campeão.
No domingo, do dia 09 de abril de 1922, a Classificação final da Segundona Baiana do 1º Team ficou assim: Auto Bahia FBC(Campeão); Nacional(vice); Palestra Bahia (3º lugar); Internacional (4º lugar); Yankee (5º lugar).
Repescagem, desistência e vaga na elite
A conquista do título de 1922, não assegurou o acesso para o Auto Bahia, que precisou jogar uma eliminatória contra o Sport Club Santa Cruz, lanterna da Primeira divisão Baiana, a fim de definir quem seria o último representante para a temporada de 1923. Apesar da derrota por 3 a 2, o Auto Bahia ficou com a vaga na Elite do Futebol Baiano, uma vez que o Santa Cruz desativou o departamento de futebol.
Duas participações na ‘Elite do Futebol Baiano’
Depois debutou no Torneio Início da Liga Bahiana, foi realizado na sexta-feira, do dia 25 de março de 1923, no Estádio Arthur Morais, ‘Campo da Graça’, em Salvador/BA. No final, o Club Bahiano de Tennis se sagrou campeão. Na estreia, o Auto Bahia encarou o forte Ypiranga. Após duas prorrogações, acabou derrotado por 2 a 1(1 a 1 em escanteios).
No Campeonato Baiano da 1ª Divisão em: 1923. Com a presença de sete clubes, o Auto Bahia terminou na 5ª colocação: Foram 12 jogos, com três vitórias, três empates e seis derrotas; marcando seis gols, sofrendo 17 e um saldo de menos 11.
Alguns jogadores se destacaram, como o goleiro Carlos Augusto, conhecido por ‘Maroto’ que foi titular da Seleção Baiana, que enfrentou a Seleção Carioca, em outubro de 1923, no Rio de Janeiro/RJ.
Foto de 1922, da Revista Renascença
Vice-campeão do Torneio Início de 1924
Em 1924, o Auto Bahia Foot-Ball Clubfez uma bela campanha. No domingo, do dia 16 de Março de 1924, o Auto Bahia foi vice-campeão do Torneio Inícioda 1ª Divisão, organizado pela Liga Bahiana de Desportos Terrestres (LBDT).
Na semifinal, o Auto Bahia eliminou o Sport Club Victoria. Após empate sem gols, avançou no critério de escanteios: 2 a 1. Na grande final, acabou superado pelo Botafogo Sport Club.
Depois voltou a disputar do Campeonato Baiano da 1ª Divisão, ficando em 5º lugar. A competição contou com a participação de nove equipes, e o Auto Bahia fez uma boa campanha: Foram 16 jogos, com sete vitórias e nove derrotas; marcando 25 gols, sofrendo 27 e um saldo negativo de dois.
Foto referente a partida citada na foto acima.
Clube é eliminado da Liga
Após uma temporada marcante, com tentativa de mudar de nome, a diretoria acabou sendo punida severamente pela LBDT. Não foi possível descobrir qual infração o Auto Bahia FBCfoi apenada. A nota nos jornais apenas fez o seguinte relato:
“Na quarta-feira, do dia 29 de outubro de 1924, o Conselho Superior da Liga Bahiana manteve, por unanimidade de votos, o ato da diretoria de eliminando o Auto Bahia do número de clubes filiados”.
E assim, depois de três anos de existência, a exclusão foi um duro golpe, que acabou sendo decisivo no seu desaparecimento do futebol baiano. O Auto Bahia ainda tentou voltar, mas faltou força para se reerguer. Fim da linha para os choferes de Salvador.
ARTE: desenho dos uniformes e escudo – Sérgio Mello
Colaborou: Ubiratan Brito
FOTO: Revista Renascença (BA) – Acervo do Arquivo Nacional
FONTES: Anotações do autor – A Provincia (PE) –Gazeta do Povo (SP) – Jornal A Tarde (BA) – Jornal do Commercio (RJ) – O Jornal (RJ) – Rsssf Brasil
O Energia Circular Sport Club foi uma agremiação da cidade de Salvador (BA). O “Alviverde” foi Fundado na terça-feira, do dia 08 de Março de 1932, por alguns desportistas idealistas, das Companhias Linha Circular e Energia Electrica, dentre os quais o Dr. Lourenço Costa, os senhores Almir Pato, Otto Hilter, Edenval Vieira da Silva, William Crocker, entre outros.
Inaugurada a nova Sede
Na terça-feira, do dia 06 de Novembro de 1934, foi inaugurado a nova Sede, instalado num magnífico edifício cedido pela Companhia de Energia Electrica da Bahia, situada na Avenida Leovigildo Filgueiras, nº 17 (Terreo), no bairro Garcia, na região do centro da cidade de Salvador.
Na solenidade, compareceram os senhores representantes das autoridades federais, estaduais e municipais, jornalistas, esportistas, etc. Presidiu a inauguração o Sr. Anísio Massorra, diretor das Companhias Linha Circular e Energia Electrica, que discursou a importância dessa etapa do clube.
“Felicitamos vos pelo arrojo do vosso plano e concitamos-vos a prosseguirdes com o mesmo afán, com a mesma coragem, com o mesmo desprendimento e confiança que até agora manifestastes, Não se trata mais de um clube esportivo – o vosso programa diz – trata-se de uma instituição dum elevado alcance social. Senhores directores do Energia Circular Sport Club, fizestes bem, correspondestes brilhantemente à confiança dos vossos consórcios, entre os quais o Sr. Wilcox e eu temos a honra de figurar, e se já não as tivesse diria que merecestes a nossa admiração e a nossa estima. Senhores sócios do Energia Circular Sport Club vós também sócios dignos de aplausos. Sem o vosso concurso, os vossos directores muito pouco realizariam. Continuai a presta-lhe o vosso apoio, que assim fareis um bem a vós, o que é mais nobre, fareis um bem a outros. Tivemos ocasião de ler o vosso hymno, cheio de força, cheio de esperança, cheio de entusiasmo, cheio de dedicação à vossa bandeira, verde e branca. Aproveito-me do final de seu estribilho para terminar as nossas palavras: ‘Verde e branco para a glória haveis sempre de marchar’“, discursou Anísio Massorra.
Energia é filiado em 1932
Na sexta-feira, do dia 06 de Maio de 1932, a Liga Bahiana de Desportos Terrestres (LBDT), mandou um oficio a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), comunicando que filiou mais duas equipes: Antarctica Football Club e Energia Circular Sport Club.
Clube debuta na Elite do Futebol Baiano
Na sua estreia no Campeonato Baiano da 1ª Divisão de 1932, que contou com dez times em turno único, o Energia terminou na 8ª colocação: nove jogos e seis pontos. Foram três vitórias e seis derrotas; 27 gols pró, 23 tentos contra e um saldo positivo de quatro. Destaques para a goleada em cima do Guarany Sport Club por 8 a 0, no dia 5 de Junho de 1932; triunfo diante do Sport Club Vitória por 4 a 2, no dia 31 de Julho de 1932.
Quarto lugar em 1933
Na sua segunda participação no Campeonato Baiano da 1ª Divisão de 1933, que contou com dez times em turno único, o Energia terminou na 4ª posição: 12 jogos e 11 pontos. Foram quatro vitórias, três empates e cinco derrotas; 29 gols pró, 11 tentos contra e um saldo positivo de 18.
Destaques para a goleada em cima do Guarany Sport Club por 11 a 1, no dia 25 de Maio de 1933; triunfo diante do Sport Club Bahia por 3 a 2, n a noite do dia 8 de Junho de 1933, no Estádio Arthur Morais, na Graça. Uma curiosidade nesse jogo foi a presença de dois árbitros: Oswaldo de Souza e Genebaldo Figueiredo, um em cada tempo.
Vice-campeão Baiano de 1934
Na sua 3ª participação no Campeonato Baiano da 1ª Divisão de 1934, o Energia fez a sua melhor campanha, terminando na 2ª colocação (Bahia foi campeão com 16 pontos): 12 jogos e 15 pontos. Foram seis vitórias, três empates e três derrotas; 31 gols pró, 27 tentos contra e um saldo positivo de quatro.
Destaques para o triunfo diante do Sport Club Ypiranga por 3 a 1, no dia 17 de Junho de 1934; vitória em cima do Sport Club Bahia por 3 a 2, no dia 22 de Novembro de 1934; goleada em cima do Sport Club Ypiranga por 6 a 1, no dia 2 de Dezembro de 1934.
Após o ápice veio a queda em 1935
Na sua 4ª participação no Campeonato Baiano da 1ª Divisão de 1935, o Energia fez a sua pior campanha, terminando em 8º e último lugar: 14 jogos e 09 pontos. Foram quatro vitórias, um empate e nove derrotas; 30 gols pró, 54 tentos contra e um saldo negativo de 24.
Apesar da campanha decepcionante, o Energia Circular conseguiu alguns destaques: vitória diante do Sport Club Bahia por 2 a 1, no dia 12 de Dezembro de 1935; triunfo diante do Sport Club Vitória por 5 a 3, no dia 29 de Dezembro de 1935.
Nessa temporada, a Liga Bahiana tinha reativado o Campeonato da Segunda Divisão (a sua última edição aconteceu em 1923). Pelo regulamento da entidade máxima do futebol baiano, o campeão tinha o direto de enfrentar o último colocado para definir o participante da temporada seguinte na Elite Baiana!
Com isso, o Energia Circular enfrentou o São Pedro Football Club (campeão da Segundona, numa melhor de três jogos. No final, o Alviverde acabou rebaixado.
Campeão Invicto da Segundona de 1936
Na temporada seguinte, a modesta agremiação disputou o Campeonato da 1ª Categoria de Amadores(Segunda Divisão) de 1936. Fez uma campanha invicta, se sagrando campeão.
Dessa forma, teve o direto de lutar pelo acesso diante do Fluminense Foot-Ball Club(último colocado na 1ª Divisão), numa melhor de três. No entanto, o Energia não obteve êxito e seguiu na Segundona.
Diretoria de 1953
Bicampeão Invicto e com direto ao acesso
No Campeonato da 1ª Categoria de Amadores(Segunda Divisão) de 1937, o time alviverde estreou em Junho de 1937, ao golear o Guarany por 4 a 1. Nos Segundos Quadros, também venceu pelo placar de 2 a 0. No final, novamente voltou a conquistar o título, sem perder nenhum jogo.
Novamente decidiu o acesso contra o Fluminense Foot-Ball Club(último colocado na 1ª Divisão), numa melhor de três. E, desse vez, o Energia conquistou o acesso para Elite do Futebol Baiano.
Excursão à Aracaju/SE
Após faturar o título o clube viajou para Aracaju (SE), a fim de realizar três jogos:
na tarde de sábado, no dia 30 de Outubro de 1937, jogou contra o Palestra/Sergipe; na tarde de domingo, no dia 31 de Outubro de 1937, enfrentou o Sport Club Sergipe; na segunda-feira, no dia 1º de Novembro de 1937, encarou o Cotinguiba Sport Club.
Delegação foi composta assim: Dr. Synval Vieira da Silva (presidente); acadêmico José Vieira da Silva (Secretário); Edenival Vieira da Silva (técnico). E os jogadores – Menezes e Tijolo (goleiros); Regalia, Luiz e Brandão (zagueiros); Parella, Nonô, Aloysio e Palmier (médios); Mundinho, Caixão, Pedro Braz, João Caboclo e Aureliano (atacantes).
Após o bicampeonato invicto, o clube retorna à 1ª Divisão
O jornal Correio da Manhã/RJ noticiou – no domingo, do dia 08 de Maio de 1938 – que o Energia Circular poderia ingressar na Elite do Futebol Baiano: “Com a retirada do Fluminense Football Club, da Liga Bahiana de Desportos Terrestres (LBDT), firmou-se na 1ª Divisão o Energia Circular, que há dois anos vem ocupando a liderança do Campeonato da Segunda Divisão. Sabendo-se que o Energia nunca foi derrotado em jogos de campeonato pelo Sport Club Bahia, campeão do Torneio Início de 1938, e o clube que apresentou melhor conjunto, aguarda-se com vivo interesse o prélio entre as duas fortes equipes, pois já o povo passou a considerar o Energia com o “Espantalho do Bahia“.
Nesse período, o dirigente do alto escalão do Energia, estaria se preparando para viajar ao Rio e São Paulo, a fim de tratar de contratações de grandes jogadores para reforçar o time. Além disso, o clube estava fazendo melhoramentos nas arquibancadas do seu estádio, considerado um dos melhores do futebol baiano.
Energia fica em 5º lugar em 1938
Na sua 5ª participação no Campeonato Baiano da 1ª Divisão de 1938, num total de sete equipes em turno, o Energia fez terminou na 5ª posição: em seis jogos e três pontos. Foram uma vitória, um empate e quatro derrotas; 16 gols pró, 30 tentos contra e um saldo negativo de 14.
Os pontos conquistados foram a vitória em cima do Yankee Football Club por 3 a 2, no dia 9 de Junho de 1938; e o empate diante do Sport Club Vitória em 2 a 2, no dia 24 de Julho de 1938.
Time posado de 1952/53
Vice-campeão de 1939
O time retornou a disputar o Campeonato da 1ª Categoria de Amadores(Segunda Divisão), em 1939. No final, acabou com o vice-campeonato ao perder o título para a Associação Desportiva Guarany.
Energia fatura o 3º titulo na Segundona
Na temporada seguinte, veio o terceiro título do Energia Circular no Campeonato da 1ª Categoria de Amadores(Segunda Divisão), em 1940. Porém, na disputa pelo acesso enfrentou o Botafogo Sport Club (último lugar na 1ª Divisão). No entanto, acabou perdendo os dois jogos: 4 a 2 e 3 a 0, e permanecendo na Segunda Divisão.
Com isso, o Energia Circular jogou o Campeonato da 1ª Categoria de Amadores(Segunda Divisão), em 1941, sem conseguir o título. A partir daí, que se sabe é: em 1942, a entidade máxima extinguiu a Segunda Divisão, só retornando anos depois. O A Alviverde foi vice-campeão de amadores em 1952, dois pontos a menos que o Vitória (campeão).
matéria de 1953
Colaborou: Rodrigo S. Oliveira
Recorte do escudo: Ubiratan Brito
Desenho do escudo, uniforme, pesquisa e texto: Sérgio Mello
FONTES: Jornal do Commercio (RJ) – Jornal do Commercio (AM) – Almanak Laemmert : Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) – O Imparcial (BA) – Gazeta de Notícias (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Rsssf Brasil – O Momento (BA) – Unica : quinzenario illustrado : mundanismo, esportes, cinema, actualidades (BA)
O Esporte Clube Ypiranga é uma agremiação da Cidade de Salvador (BA). O Aurinegro, clube do coração de Jorge Amado(um dos maiores escritores do país), é o 3º clube com mais títulos baianos, depois do Bahia e do Vitória, com 10 conquistas.
E também um dos mais tradicionais clubes baianos. No início do século XX, jovens excluídos da sociedade por vários motivos, principalmente por fatores étnicos, sociais e econômicos e por conta disso, impedidos de participaram de clubes de futebol no Brasil.
Com isso, decidiram fundar um clube que unisse o povo pobre da cidade em detrimento dos privilégios das elites, surgiu o Sport Club Sete de Setembro, em 17 de abril de 1904, mas que em07 de Setembro de1906, surge uma nova equipe, agora chamada de Sport Club Ypiranga, nome escolhido de forma emblemática, fruto do momento conjuntural de construção da identidade nacional.
O Esporte Clube Ypiranga é a síntese da união dos excluídos da cidade, que querem se integrar construindo um tempo novo, rompendo com privilégios das elites arraigadas pelo escravismo do antigo regime imperial.
A partir daí então o Esporte Clube Ypiranga figurou como destaque no cenário baiano, ganhando10 títulos estaduais(sete de forma invicta), nos anos de 1917, 1918, 1920, 1921, 1925, 1928,1929, 1932, 1939 e 1951.
Assim como também 10 vezes ficou com o vice-campeonato. O time também conquistou o Campeonato do Norte-Nordeste em 1951, e, o Torneio Início em oito oportunidades: 1919, 1922, 1929, 1933, 1947, 1956, 1959 e 1963.
Em 1962, o clube muda o nome e as cores
Poucas pessoas sabem, mas o Esporte Clube Ypiranga, de Salvador (BA), alterou o seu tome e também as cores. Em 1962, a diretoria mudou para “Clube de Futebol Ypiranga” e trocou o amareloe preto para o verdee branco.
No início do mês de setembro de 1963, o CND (Conselho Nacional de Desportos), que na época era a última instância no esporte brasileiro, autorizou a mudança do nome e das cores. Vale lembrar que as federações não tinham autonomia para dar a última palavra em questões jurídicas sem o aval do CND.
O órgão foi responsável pela regulação e regulamentação de todos os esportes e suas respectivas federações e confederações no Brasil. Após sua extinção, em 1993, nenhum órgão assumiu suas funções.
A estreia aconteceu na tarde de domingo, do dia 30 de Setembro de 1962, no clássico baiano, diante do rival Vitória, no estádio da Fonte Nova. O descontentamento, em relação às cores, pode ser visto até na imprensa local, como foi o caso do Jornal A Tarde, que destacou na sua manchete: “Canários camuflados de periquitos pegaram os leões pelo pé, na Fonte Nova“.
A torcida também não aceitou a mudança das cores, tempos depois o clube voltou atrás, retornando ao aurinegro. O que não se sabe é o tempo que durou o alviverde. Já o nome durou cerca de uma década, quando a diretoria voltou ao nome anterior: Esporte Clube Ypiranga.
Grave crise financeira gerou o declínio
Nos anos que se seguiram o Ypiranga enfrentou forte crise financeira, estrutural e administrativa e deixou de figurar entre os clubes vencedores do futebol baiano e nordestino.
Porém, é inegável nos dias de hoje o reconhecimento da tradição que o clube preserva entre os amantes do futebol. Por todos esses motivos, profissionais competentes, visionários, amantes do futebol e da história desse centenário e glorioso clube, que faz parte da cultura, da sociedade e do esporte baiano, vêm tomando a frente da administração do clube, a fim de torná-lo grande novamente.
Já no Campeonato Baiano da 2ª Divisão, o clube detém 2 títulos, um conquistado em 1983 e outro em 1990 (de forma invicta). A categoria Juvenil do Ypiranga também conquistou diversos títulos ao longo dos anos.
HINO DO CLUBE
ATUALIDADE
A administração de Emerson Ferretti (ex-jogador) e Valdemar Filho tem trabalhado para recuperar os tempos de glórias e vitorias, o time profissional disputou o Campeonato da Segunda Divisão de 2010 depois de 3 anos ausente, em 2011 quase subiu para a primeira ficando em terceiro. Na Segunda Divisão de 2012, o Ypiranga conseguiu chegar às semifinais.
Contudo, foi eliminado pela Jacuipense, que mais tarde seria derrotada na final pelo Botafogo. O time juvenil já disputou a Copa 2 de Julho duas vezes, competição internacional realizada na Bahia, e também disputou, junto com o time infantil, o Campeonato Baiano da categoria.
Em março de 2012, assinou contrato com a fornecedora de material esportivo italiana Lotto. Porém, em fevereiro de 2013, o clube fechou um novo contrato com a brasileira Super Bolla.
No fim de 2013, focando na competição de 2014, o clube se reformulou administrativamente contratando novos diretores para as áreas jurídica, de futebol e de marketing. No jurídico assumiu como diretor o advogado Ricardo Maracajá, especialista em direito tributário e administrativo, com ele veio o novo gerente jurídico Fernando Santos, advogado especialista em direito civil.
Com o lançamento do plano de sócio-contribuinte, será iniciada a reestruturação do CT da Vila Canária e, assim, poder disponibilizar seu parque aquático aos seus associados e também modernizar a estrutura do futebol.
FONTES: Jornal da Tarde (BA) – Jornal dos Sports – Site do clube – pesquisador Ubiratan Brito
IMPORTANTE! Caso compartilhe dê os devidos créditos ao autor (Sérgio Mello) e ao blog (História do Futebol). Vamos valorizar quem pesquisa, quem redesenha e quem busca apresentar raridades aos aficionados pela história, pelos escudos, pelo futebol em si! Obrigado!
O Feira Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Feira de Santana (BA). Fundado na sexta-feira, do dia 02 de Julho de 1937, como Associação Desportiva Bahia (Bahia de Feira), onde disputou as competições regionais na esfera amadora.
A Sede está localizada na Rua Excelsior, nº 58 – 35º BI, em Feira de Santana. O seu Estádio é o Professor Jodilton Oliveira Souza, “Arena Tremendão“, com capacidade para cerca de 4 mil pessoas.
Em 1954, a Federação Baiana convidou o Bahia de Feira para participar do No Campeonato Baiano da 1ª Divisão. No entanto, como o Campeonato de Feira de Santana era forte e rentável, a diretoria agradeceu pelo convite, mas declinou da ideia de se profissionalizar e seguiu no amador.
Treze anos depois, novamente a Federação Baiana de Futebol, por meio do seu presidente, o advogado Carlos Alberto de Andrade, ‘estadualizou’ o campeonato. Inicialmente convidou o Conquista, Itabuna, Colo-Colo (Ilhéus), Flamengo (Ilhéus), Cruzeiro da Vitória (Ilhéus) e o Bahia de Feira para jogar a Elite do Futebol Baiano de 1967, e, dessa vez aceitou.
O time surgiu no final de 1968 e início de 1969. A história que originou o seu surgimento é, no mínimo, curiosa. Segundo o Sr. Juscelino, o Fluminense de Feira tinha um chefe de uma torcida organizada, chamado Horácio.
E, este, tinha um grande sonho de ter na cidade uma equipe chamada Feira Esporte Clube. Ele afirmou que se este time fosse criado ele largaria o Flu de Feira e passaria a torcer pelo Feira Esporte Clube.
Ao saber desse desejo do Horácio, a diretoria do Bahia de Feira, achou interessante a ideia e aceitou a sugestão e decidiu alterar o nome do clube: saindo Associação Desportiva Bahia para a entrada de Feira Esporte Clube.
O auri-rubro participou de três edições do Campeonato Baiano da Primeira Divisão, organizado pela FBF(Federação Baiana de Futebol): 1969, 1970 e 1971.
Após a disputa do Estadual de 1971, a diretoria resolveu voltar ao nome antigo: Associação Desportiva Bahia de Feira(agregando ‘de Feira’ no nome).
Colaborou: Gerson Rodrigues
Desenho do escudo, uniforme e texto: Sérgio Mello
FONTE: Jornal Grande Bahia – Sr. Juscelino Machado (torcedor fanático pelo Bahia de Feira) – Pesquisador, Pedro Nunes
Na tarde de domingo, do dia 05 de Abril de 1953, o São Cristóvão e Vitória, se enfrentaram no Estádio da Fonte Nova, em Salvador (BA). O Vitória, uma semana antes, se sagrou campeão do Torneio Início baiano, enquanto o time Cadete, dias antes, faturou o título invicto do Torneio Quadrangular, em Campinas(reuniu, o Guarani, Ponte Preta e America-RJ).
O São Cri-Cri quatro dias antes de enfrentar o rubro-negro baiano, perdeu o técnico Mario Faccini, que se desligou do clube para dirigir o Guarani de Campinas (SP). Assim, que foi escolhido para ser o “treinador tampão” foi o zagueiro e capitão Índio que acumulou as funções de jogador e técnico. O chefe da delegação dos Cadetes foi o Sr. Alvino Braga da Silva.
E.C. VITÓRIA (BA) 3 X 1 SÃO CRISTÓVÃO F.R. (RJ)
LOCAL
Estádio Otávio Mangabeira, a “Fonte Nova“, em Salvador (BA)
CARÁTER
Amistoso Nacional
DATA
Domingo, do dia 05 de Abril de 1953
RENDA
Cerca de 120 mil cruzeiros
ÁRBITRO
Ruy Carneiro (Federação Metropolitana de Futebol)
VITÓRIA
Periperi (Maciel); Eduardo e Alirio; Hilton Viana, Nélio e Joel; Tombinho; Otonel, Juvenal, Purunga e Ciro. Técnico: Osvaldo Costa
SÃO CRISTÓVÃO
Mariano; Nei e Índio; Manfredo, Severino (José Alves) e Décio; Motorzinho, Humberto; Cabo Frio (Paulo César), Ivan (Cosme) e Carlinhos. Técnico: Índio
GOLS
Juvenal, de pênalti, aos 18 minutos (Vitória), no 1º Tempo. Juvenal aos 30 minutos (Vitória); Tombinho aos 35 minutos (Vitória); Carlinhos (São Cristóvão), no 2º Tempo.
O XLVI Campeonato Baiano de futebol, em 1950, organizado pela 11 Federação Bahiana de Desportos Terrestres (FBDT), teve como grande campeão(ou melhor: tetracampeão) o Esporte Clube Bahia. A competição contou com a participação de sete agremiações:
Associação Desportiva Guarany, de Salvador;
Botafogo Sport Club, de Salvador;
Esporte Clube Bahia, de Salvador;
Esporte Clube Vitória, de Salvador;
Esporte Clube Ypiranga, de Salvador;
Galícia Esporte Clube, de Salvador;
São Cristóvão Atlético Clube, de Salvador.
A fórmula de disputa era simples. Todos os times se enfrentariam em jogos de turno e returno, e a equipe que somasse mais pontos ficaria com o título. Caso, uma ou mais equipes terminasse empatado em número de pontos, o campeão seria decidido em jogos de ida e volta.
O Estadual, aconteceu entre a quarta-feira, do dia 24 de maio; a domingo, do dia 12 de novembro de 1950. Após 12 rodadas, Bahia e Vitória terminaram empatados com 17 pontos. Com isso, foram necessário dois jogos para definir o campeão. No 1º jogo, o Vitória saiu na frente, ao vencer por 4 a 3. No entanto, no último encontro, o Bahia venceu por 3 a 1, e conquistou o Tetracampeonato Baiano: 1947, 1948, 1949 e 1950.
Time base do Esporte Clube Bahia: Leça (Zaluar), Arnaldo (Nilton) e Zé Grilo; Pedrinho, Ivon (Giba) e Evilásio; Gereco (Camerino), Alfredo (Viana), Carlito, Tóia (Zé Hugo) e Isaltino.