As principais informações são do extinto e centenário jornal “A República” – fundado as vésperas da proclamação do regime republicano pelo médico e político Pedro Velho de Albuquerque Maranhão -, nas costumeiras sessões “Várias” e “Notas Sportivas”, geralmente inseridas na página um ou dois do total de quatro páginas.
O Natal Football Club foi uma agremiação da cidade de Natal (RN). Em reunião realizado na residência de Alberto Roselli foiFundado na quarta-feira, do dia 18 de Maio de 1910, o Natal Football Club. A diretoria composta por somente três membros, ficou assim constituída:
Captain– Alberto Roselli;
Secretário – Salomão Filgueira;
Tesoureiro – Nizário Gurgel.
O uniforme adotado foi calça branca, camisa de listras brancas e encarnadas com o monograma NFL no bolso superior. Em pouco tempo, o clube já contava com mais de 20 sócios e projetava construir o seu “ground” na área do Prado Natalense (área do atual Palácio dos Esportes e Praça Pedro Velho), obsequiosamente cedido pelo Sport Club Natalense(fundado em dezembro de 1906 para corrida de cavalos).
Uma semana depois, foi Fundado na quarta-feira, do dia 25 de Maio de 1910, o Potyguar Football Club, de camisa cinza. A partir nascia o 1º grande clássico do futebol do Rio Grande do Norte. Os jogos entre as duas equipes dos primeiro e segundos quadros, pois não havia distinção, em “match-treinos” até outubro do mesmo ano.
Natal e ABC
O 1º jogo oficial de futebol, foi realizado no domingo, do dia19 de setembro de 1915, onde o Natal Football Club venceu pelo placar de 3 a 1 o ABC de Natal, na Praça Pedro Velho, onde se chamava o Ground da Praça, em Natal/RN.
Essa e outras histórias no lançamento do livro
Na expectativa do lançamento do livro do jornalista Adriano de Souza – na próxima quinta-feira, às 17 horas, do dia 15 de agosto de 2024, no Bar 294, na Avenida Deodoro da Fonseca, 294, Petrópolis, em Natal (RN).
Como o articulista antecipou em duas reportagens e o mesmo fez o autor em entrevista a uma rádio local a obra “O Mais Querido – Uma História do ABC Futebol Clube” terá o capítulo de abertura dedicado ao pioneirismo da introdução e consolidação do esporte em Natal entre 1903 e 1920.
ARTE: Desenho do escudo, uniforme – Sérgio Mello
Colaborou: Fabiano Rosa Campos
FOTO: Jornal da Grande Natal
FONTES: A República – Jornal da Grande Natal (José Vanilson Julião) – Everaldo Lopes Cardoso “Da Bola de Pito Ao Apito Final” – José Procópio Filgueira Neto “Os Esportes em Natal” – João Cláudio de Vasconcelos Machado – “Tribuna de João Machado” (coluna na “Tribuna do Norte – 1964) – Tribuna do Norte
O Centro Sportivo Natalense (atual: Clube Atlético Potiguar) foi uma agremiação da cidade de Natal (RN). Graças a fusão do Flamengo Foot-Ball Club e do Alecrim Foot-Ball Club foi fundado na quinta-feira, às 12 horas, do dia 04 de Julho de 1918, por um grupo de desportistas, que se reuniram na Rua Santo Antônio, s/n, na Cidade Alta, em Natal/RN. O 1º Presidente foi o Sr. Lauro Medeiros.
Dez dias depois, foi criadono domingo, do dia 14 de julho de 1918, a Liga de Desportos Terrestres do Rio Grande do Norte(atual: Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol – FNF).
Na quarta-feira, do dia 17 de julho de 1918, foi realizado a eleição da diretoria do Centro Sportivo Natalense, que ficou assim constituída e empossados na mesma sessão:
Presidente – Baroncio Guerra;
Vice-Presidente –Cicero Aranha;
1º Secretário –Silvino Dantas;
Orador –Adaucto da Câmara;
Thesoureiro –Miguel Medeiros;
Director de Sport –João Café Filho;
Vice-director de Sport – Joaquim Lustosa Filho.
Centro Sportivo Natalense é o 1º Campeão Potiguar em 1918
Assim, foi organizado o 1º Campeonato Potiguar de 1918(na época, a imprensa local chamava a competição de “Campeonato Natalense” ou “Campeonato da Cidade”). Três clubes participaram:ABC Football Club, América Football Clube Centro Sportivo Natalense.
O regulamento era simples: turno único ou simplesmente três jogos, para definir o campeãoinédito! No domingo, do dia 15 de setembro, o América venceu o ABC por 3 a 0. No domingo, do dia 13 de outubro, o Centro Sportivo Natalense derrotou o América pelo placar de 3 a 0. Porém, o último jogo entre o ABC x Natalense não aconteceu por causa de uma onda de gripe denominada de influenza espanhola.
Centro Sportivo Natalense: Nicolau; Jota Carneiro e Souza; Albuquerque, Agripino e Ricardo; Oliveira, Gentil, Sérgio, Leite e Nobre. Técnico: João Café Filho.
Classificação final do Estadual de 1918
Nº
CLUBES
PG
J
V
E
D
GP
GC
SG
1º
C.S. Natalense
2
1
1
–
–
3
0
3
2º
América F.C.
2
2
1
–
1
3
3
0
3º
ABC F.C.
0
1
–
–
1
0
3
-3
Centro Sportivo Natalense foi o 1º Campeão Potiguar
Colaborou: Adeilton Alves
FOTOS: Acervo do Instituto Tavares de Lyra – Acervo do ResearchGate – Vida Sportiva: hebdomadario sportivo e mundano (RJ)
FONTES: Marcos Trindade – site do América de Natal – Diário de Pernambuco (PE)
O América Futebol Clube (América de Natal) é uma agremiação da cidade de Natal (RN). A sua Sede está localizado na Av. Rodrigues Alves, 950 – Bairro do Tirol – Natal/RN. O seu principal título nacional: Campeão Brasileiro da Série D 2022.
Foi Fundado na quarta-feira, do dia 14 de julho de 1915, por um grupo de 34 jovens estudantes, comerciários e funcionário públicos. A reunião aconteceu na residência do juiz Joaquim Homem de Siqueira, situada na Rua Vigário Bartolomeu.
Na quinta-feira, do dia 15 de julho de 1915, a 1ª Diretoria do clube que foi eleita por aclamação, foi a seguinte:
Presidente – Getúlio Soares;
Secretário – Mário Monteiro;
Tesoureiro – Clóvis Fernandes Barros;
Guardião do Material – Manoel Coelho Filho.
Em 1915, as cores do time eram o azul e o branco, transformando-se nas cores atuais (vermelho e branco) em 1918, com a personificação jurídica do clube. A oficialização jurídica do clube tem uma história curiosa.
Sobre isto, existe uma versão que diz que o então Coronel Júlio Canavarro de Negreiros Melo, no dia 3 de junho de 1918, furou a única bola que o clube tinha para treinar e jogar, tendo sido o América obrigado a possuir personalidade jurídica para poder entrar com uma ação indenizatória.
Para tanto, os estatutos foram registrados pela primeira vez no dia 3 de julho de 1918, no Primeiro Ofício de Notas, em documento assinado pelo então presidente Oswaldo da Costa Pereira.
Os jogadores do América eram provenientes da Cidade Alta. Nos seus primeiros sete anos de existência, os recursos financeiros do clube vinham em grande parte do bolso de Aguinaldo Tinôco, um dos seus fundadores e que também era zagueiro e capitão do time.
Primeiro jogo foi contra o ABC
A primeira partida realizada pelo América de Natal ocorreu no domingo, do dia 26 de setembro de 1915, contra a equipe que seria posteriormente seu maior rival, o ABC. Nessa partida, o clube atuou com: Oscar Siqueira; Lélio e Gato; Carvalho, Gallo e Barros; Antônio, Carlos Siqueira, Neco, Garcia e Pipiu.
1ª partida oficial
Já a primeira partida oficial foi realizada entre ABC e América de Natal ocorreu no domingo, do dia 15 de setembro de 1918, pelo Campeonato Estadual daquele ano, que não foi finalizado. O América venceu a partida pelo placar de 3 a 0, com gols de Arnaldo, Pinheiro (contra) e Nilo Murtinho Braga.
O Clube Atlético Piranhas é uma agremiação do município de Jardim de Piranhas (população de 13.735 habitantes, segundo o censo do IBGE/2012), situado na região do Seridó, está a 287 km da capital (Natal), no estado do Rio Grande do Norte.
O CAP foi Fundado no sábado, do dia 23 de Abril de 1983, possui a sua Sede e o Estádio Josenildo Cavalcante (Capacidade para 6 mil pessoas), localizados na Avenida Rio Branco, nº 230, no bairro Vila do Rio, em Jardim Piranhas/RN. Suas cores são preto, branco e vermelho.
O “pai” do futebol no município surgiu na década de 40, quando um grupo de desportistas liderados pelo Sr. Bianor Florêncio e Sebastião Alves dos Santos (Bastião Tertulino) fundaram o Esporte Clube Piranhas, quando o município ainda era um distrito de Caicó.
O 1º e único presidente foi o Sr. Bianor Florêncio, enquanto a sua sede ficava localizado na Rua 15 de Novembro, nº 88, onde também funcionava uma barbearia.
Os próprios jogadores mantinham a equipe através do pagamento de mensalidades. O montante arrecadado cobria as despesas com o salário do técnico caicoenseTitico de Mariana, com o aluguel da sede e com a lavagem do uniforme.
Este era composto de camisas com listras verticais azuis e brancas, calções brancos com detalhes azuis nas laterais e meias azuis, tudo doado por Marinheiro Saldanha e pelo Monsenhor Walfredo Gurgel, chefes políticos da região.
A equipe fez sua estreia na sexta-feira, do dia 7 de junho de 1940, com vitória sobre uma equipe da vizinha cidade de São Bento/PB, pelo placar de 2 a 0. Os gols foram assinalados Bastião Tertulino e Clóvis de Seu Nequinho. Naquele mesmo ano, o Piranhas ainda viria a empatar em 0 a 0 com uma equipe de Catolé do Rocha/PB.
Campeão da Segunda Divisão Potiguar
Voltando para o Clube Atlético Piranhas a sua maior conquista na esfera profissional aconteceu no Campeonato Potiguar da 2ª Divisão de 1998, quando se sagrou campeão.
A competição contou com a participação de quatro equipes:
Clube Atlético Piranhas (Jardim de Piranhas);
Fluminense Futebol Clube (Natal);
São Paulo Esporte Clube (Parnamirim);
Vênus Esporte Clube (Natal).
Mesmo as equipes tendo se enfrentado em ida e volta, a classificação foi válida pelo 1º Turno. Nela, o Piranhas foi o campeão, somando 11 pontos, em seis jogos: três vitórias, dois empates e uma derrota; marcando 12 gols, sofrendo apenas um e um saldo de 11 gols. O São Paulo de Parnamirim foi o vice, com oito pontos.
No returno, o CAP não reeditou a campanha e ficou em 2º lugar (nove pontos, em seis jogos: duas vitórias, três empates e uma derrota; marcando 10 gols, sofrendo sete e um saldo de três gols.), atrás do São Paulo de Parnamirim, com 13 pontos.
Pelo regulamento, os campeões de cada turno decidiram o título em duas partidas. No jogo de ida, no sábado, do dia 30 de maio de 1998, o Piranhas venceu o São Paulo de Parnamirim pelo placar de 2 a 0, no Estádio Josenildo Cavalcante, em Jardim Piranhas/RN.
No jogo da volta, no domingo, do dia 07 de junho de 1998, o Piranhas voltou a vencer o São Paulo de Parnamirim por 2 a 1, no Estádio Tenente Luiz Gonzaga, em Parnamirim/RN, conquistando o inédito título!
Quatro participações na Primeira Divisão Potiguar
Em 1999, o CAP debutou na Elite do Futebol Potiguar, mas a campanha não foi boa, terminado na última colocação no geral. Com apenas seis pontos,em 14 jogos: uma vitória, três empates e 10 derrota; marcando 13 gols, sofrendo 32 e um saldo negativo de 19 gols.
O CAP ainda jogou a Primeira Divisão mais três vezes: 2000, 2001 e 2004. DE lá pra cá, o clube disputa as competições amadores no município, mas se encontra licenciado das competições de âmbito profissional promovidas pela FNF (Federação Norte-rio-grandense de Futebol).
O Flamengo iniciou uma excursão denominada “Senta-levanta”, que começou na terça-feira, às 21 horas, do dia 30 de julho de 1985, diante do Blumenau Esporte Clube. O time catarinense venceu por 1 a 0, no Estádio do Sesi, em Blumenau (SC).
Esse resultado fez o técnicoMario Jorge Lobo Zagallo pedir demissão do cargo. Com isso, o preparador físico, Sebastião Lazaroni assumiu a função de treinador de forma interina.
Na quinta-feira (1º/08/85), às 21 horas, enfrentou o Juventus, de Rio do Sul (SC), no Estádio João Alfredo Krieck. O Mengão se reabilitou com uma goleada de 5 a 0.
O Rubro-negro viajou sem três jogadores: Adílio (entorse no tornozelo esquerdo), Marquinho (luxação no ombro esquerdo, decorrente de um acidente de carro) e Júlio César (problemas de cálculo renal).
A delegação retornou ao Rio, na sexta-feira(02/08/1985), e no dia seguinte (sábado, do dia 03 de agosto), embarcou para o Nordeste para uma série de quatro amistosos:
Domingo (04/08), às 17 horas, goleou o CSA, de Jacozinho, pelo placar de 4 a 0, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL);
Terça-feira (06/08), às 21 horas, venceu o Sergipe, por 3 a 0, no Estádio Lourival Batista, em Aracaju (SE);
Sexta-feira (09/08), às 21 horas, venceu a Seleção do Rio Grande do Norte, por 1 a 0, no Estádio Humberto Alencar, em Natal (RN);
Vamos falar do último jogo da excursão, realizado no Domingo, do dia 11 de agosto de 1985. O Flamengo enfrentou a Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas, às 17 horas, no Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN).
A expectativa dos organizadores era de uma renda superior a Cr$ 140 milhões, o que seria o novo recorde do futebol potiguar. Uma curiosidade é que essa partida foi a primeira vez que o rubro-negro carioca jogou na cidade de Mossoró/RN.
A novidade da ACEC Baraúnas, foi a estreia do técnicoIlson Peres, o Petinha, em substituição a Júlio César. A equipe não conta com jogadores conhecidos em outros estados e será a mesma que disputa o Campeonato Potiguar de 1985.
No jogo, o Flamengo venceu o Baraúnas pelo placar de 3 a 2, todos os gols marcados na etapa inicial. Aos 17 minutos, após bela jogada de Bebeto, Zico, de fora da área, abriu o marcador.
Seis minutos depois, Mozer ampliou ao completar um toque de cabeça de Zico, após cobrança de escanteio cobrado por Adílio. No entanto, aos 27 minutos, o Baraúnas diminuiu, por meio do ponta Carlinhos Bacurau, de cabeça, após falha gritante da defesa rubro-negra.
E, aos 40 minutos, a equipe mossoroense chegou ao empate. Novamente Carlinhos Bacurau marcou após outra falha dos defensores do Flamengo. Um minuto depois, Bebeto recolocou o rubro-negro em vantagem, completando de cabeça, um cruzamento de Jorginho, após escanteio cobrado por Tita.
O público pagante de 18.063 é até hoje o recorde do estádio Nogueirão. A Renda de Cr$ 173.365.000,00 milhões superou a expectativa dos organizadores, se transformando no novo recorde do futebol potiguar.
ACEC BARAÚNAS (RN) 2 X 3 C.R. FLAMENGO (RJ)
LOCAL
Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN).
CARÁTER
Amistoso Nacional de 1985
DATA
Domingo, do dia 11 de agosto de 1985
HORÁRIO
17 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 173.365.000,00
PÚBLICO
18.063 pagantes (recorde de público)
ÁRBITRO
Francisco Freire (FNF)
AUXILIARES
Gilberto Pimenta (FNF) e Ezequiel Braga (FNF)
BARAÚNAS
Gilberto (Parom); Leléu, Coimbra (Djavan), Railson e Nonato; Gelson, Sanderson (Zacone) e Rivaldo; Carlinhos Bacurau (Gaúcho), Ricardo (Mário) e João Carlos. Técnico: Petinha.
FLAMENGO
Cantarelli; Jorginho, Ronaldo, Mozer e Adalberto (Nem); Andrade, Adílio (Ailton) e Zico; Tita, Bebeto e Élder (Paulo Henrique). Técnico: Sebastião Lazaroni.
GOLS
Zico aos 17 minutos (Flamengo); Mozer aos 23 minutos (Flamengo); Carlinhos aos 27 e 40 minutos (Baraúnas); Bebeto, de cabeça, aos 41 minutos (Flamengo), no 1º Tempo.
Rubro-negro fechou com saldo positivo dentro e fora das quatro linhas
A delegação rubro-negra retornou ao Rio, na segunda-feira (12/08/85), às 4h30min., no Aeroporto do Galeão, no bairro da Ilha do Governador.
Para cada apresentação, o Flamengo recebeu a cota de Cr$ 100 milhões, livres de despesas e hospedagens, arrecadando um total de Cr$ 600 milhões, o suficiente para o pagamento da folha salarial do grupo durante o período de inatividade.
No final, o Flamengo encerrou a excursão com um saldo positivo. Dos seis jogos, venceu cinco e perdeu um; marcando 16 gols, sofrendo três e um saldo de 13 tentos.
Após a excursão, o Flamengo, comandado pelo técnicoJouber, fez os últimos ajustes antes da estreia no Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1985. Mas essa é uma outra história para uma outra postagem.
Colaborou: Adeilton Alves
FOTOS: Página do Facebook “Relembrando Mossoró-RN”- Acervo de Jota Nobre
FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Natal (RJ) – O Poti (RN)
Desfalcado de Andrade e Tita, o Flamengo, entregues ao departamento médico, iniciou uma série de amistosos, diante da Seleção do Rio Grande do Norte. O interesse do público potiguar é dos maiores e a previsão de renda é de Cr$ 70 milhões, o que estabeleceria o novo recorde do futebol local.
A Seleção do Rio Grande do Norte, dirigido por Ivan Silva, que estreou nesse jogo, contou com jogadores do ABC, América e Alecrim. A base será do ABC, que cumpriu campanha razoável na Copa do Brasil. Os jogadores mais destacados eram Marinho, Silva e Didi Duarte.
São 50.500 ingressos à venda
Foram colocados à venda 50.500 ingressos (se todos forem vendidos vai gerar a cifras de Cr$ 126 milhões, o que será recorde absoluto em todo o Nordeste), sob a responsabilidade de distribuição de José Jerônimo, da Fenat, atual diretor de futebol do ABC, que tem o seguinte esquema de vendas:
SETORES
VALOR
QUANTIDADE
Especiais (homens)
Cr$ 6 mil
1 mil ingressos
Especiais (mulheres)
Cr$ 4 mil
500 ingressos
Numeradas (homens)
Cr$ 4 mil
3 mil ingressos
Numeradas (mulheres)
Cr$ 2 mil
1 mil ingressos
Arquibancadas (homens)
Cr$ 3 mil
35 mil ingressos
Arquibancadas (mulheres/ crianças)
Cr$ 1 mil
10 mil ingressos
Arbitragem polêmica, expulsão e um empate em dois gols
Um gol de Júnior aos 44 minutos do segundo tempo, aproveitando um passe do goleiro Fillol, que saiu da área para evitar o gol adversário, deu empate ao Flamengo em 2 a 2, ontem à noite (23/05/84), contra a Seleção Potiguar, no Estádio Castelo Branco (inaugurado em 04/06/72, alterou o nome em 1989 para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, Machadão), em Natal (RN).
O Flamengo jogou com 10 jogadores desde os 42 minutos do primeiro tempo, pois Leandro foi expulso, após ofender o árbitro. Este, aliás, foi o maior problema enfrentado pela equipe carioca, que, segundo o presidente rubro-negro George Helal, “Só não abandonou o campo no intervalo por respeito ao público”.
O Flamengo começou bem no jogo, teve um gol anulado de Bebeto e foi surpreendido aos 39 minutos por um gol de Silva, em falha da defesa. Três minutos depois, Leandro reclamou de uma falta que sofreu e foi expulso. A partida, então, ficou paralisada por cinco minutos.
Na etapa final, o Flamengo buscou o empate, mesmo com arbitragem sendo contra. Bebeto grande nome do jogo, empatou aos 21 minutos, mas aos 34 minutos Marinho pós o time local em vantagem. E o Flamengo não levou mais gols por que Fillol fez uma série de grandes defesas, até cortar sua atuação com o passe para o gol de Júnior.
SELEÇÃO POTIGUAR 2 X 2 C.R. FLAMENGO (RJ)
LOCAL
Estádio Castelo Branco, “Castelão”, em Natal (RN)
CARÁTER
Amistoso Nacional de 1984
DATA
Quarta-feira, do dia 23 de maio de 1984
HORÁRIO
21 horas e 15 minutos (de Brasília)
PÚBLICO
Não divulgado
RENDA
Cr$ 26 milhões
ÁRBITRO
Nildeme Antunes (FNF)
AUXILIARES
Wilson da Conceição (FNF) e Anecildo Batista de Carvalho (FNF)
4º ÁRBITRO
Jackson Inácio (FNF)
CARTÃO VERMELHO
Leandro (Flamengo)
SELEÇÃO POTIGUAR
Índio; Saraiva, Lúcio Sabiá, Sérgio e Wassil; Baltazar, Marinho e Didi Duarte (Dedé de Dora); Odilon (Gilson Lopes), Silva e Severino. Técnico: Ivan Silva.
FLAMENGO
Ubaldo Fillol; Leandro, Figueredo, Mozer e Júnior; Bigu, Lico (Heitor) e Bebeto; Lucio (João Paulo), Edmar e Adílio. Técnico: Cláudio Garcia.
GOLS
Silva aos 39 minutos (RN), no 1º Tempo. Bebeto aos 21 minutos (Flamengo); Marinho aos 34 minutos (RN); Júnior aos 44 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.
Colaborou: Adeilton Alves
FOTO: Acervo de Jomar Aprígio Vieira Aprígio
FONTES: Diário de Natal (RN) – Jornal dos Sports (RJ)
Roberto Rivellino faturou 100 mil cruzeiros para vestir a camisa do ABC de Natal
A grande atração do amistoso nacional, entre ABC e Vasco da Gama foi o craque Roberto Rivellino (ex-jogador do Fluminense Football Club e Al Hilal, da Arábia Saudita). Para esse jogo, o “Patada Atômica” recebeu a quota de Cr$ 100 mil, livres de despesas, além de passagens e estadas para ele e a esposa Maysa Gazzola, pagas pelo ABC.
O técnico Ferdinando Teixeira acertou com Rivellino sua participação no treino de terça-feira (03 de Julho de 1979), para que o craque tenha o mínimo de entrosamento com o time. “Trata-se de um amistoso, mas pretendemos derrotar o Vasco para dar animo à equipe. Fomos campeões do primeiro turno e não podemos cair de produção“, afirmou Ferdinando Teixeira.
Curiosidades do Vasco da Gama para esse jogo
A Delegação do Clube de Regatas Vasco da Gama, seguiu para Natal às 9 horas, da terça-feira, do dia 03 de Julho de 1979, no avião da Transbrasil, onde fez escalas em Salvador/BA e Recife/PE. Pelo jogo, o Vasco recebeu a cota de Cr$ 300 mil cruzeiros.
Foi chefiada por Paulo Neri Garcia (Vice-presidente de futebol), Emílson Pessanha (Supervisor), Edmundo Filho (Coordenador), Oto Glória (treinador), Raul Carlesso (preparador físico), Eduardo “Pai” Santana (Massagista), Severino (Roupeiro), além dos 17 jogadores:
Emerson Leão, Paulinho II, Abel, Gaúcho, Marco Antônio, Dudu, Helinho, Toninho Vanusa, Wilsinho, Roberto Dinamite, Artino, Jair, Argeu, Paulo César, Carlos Alberto Garcia, Geraldo e Jader.
Ao desembarcar em Natal, às 13h40min., a delegação ficou hospedada no Hotel São Francisco(anteriormente a primeira informação era de que o local seria no Hotel Ducal), no bairro do Alecrim, em Natal/RN.
No dia após o jogo, na quinta-feira, após o almoço, o grupo seguiu de ônibus especial, para João Pessoa (PB), onde no dia seguinte, o Vasco enfrentou a Seleção Paraibana, às 16h30min., dentro do programa de festividade da capital da Paraíba. Para essa partida, o Vasco recebeu a quota de Cr$ 400 mil cruzeiros.
O treinador vascaíno não pode contar com Guina, Paulinho e Orlando Lelé. Os dois primeiros foram convocados para a Seleção Brasileira de Novos. Já ó último ainda sentia um desconforto na virilha e ficou no Rio fazendo tratamento para se recuperar da lesão.
Preços dos ingressos
O promotores do jogo, mandaram confeccionar 47.500 mil ingressos, de arquibancadas ao preço de Cr$ 50,00; Gerais em Cr$ 25,00; numeradas no valor de Cr$ 100,00 e especiais no valor de Cr$ 200,00.
Jogo: ABC de Natal e Vasco ficaram no empate
Em noite de festa para o público de Natal, na quarta-feira, do dia 04 de Julho de 1979, com a presença de Roberto Rivellino jogando pelo time da casa, o ABC e Vasco empataram em 1 a 1, com gols de Roberto Dinamite aos 43 minutos do primeiro tempo, e Noé Soares, aos seis minutos da etapa final.
O técnico do Vasco, Oto Glória promoveu o juvenil Artino na ponta esquerda e o garoto agradou em cheio, demonstrando personalidade e fazendo uma série de boas jogadas, tentando sempre a linha de fundo para os cruzamentos.
A maior estrela do espetáculo foi Rivellino, que vestiu a camisa nº 10 do ABC. O Reizinho mostrou que ainda era um dos maiores jogadores do mundo. O momento ruim, aconteceu aos 32 minutos, quando o ponta-direita Wilsinho, “O Xodó da Vovó“, deu uma entrada violenta em Dentinho e acabou sendo expulso, deixando o Vasco com um a menos.
Mesmo assim, o Vasco abriu o placar aos 43 minutos, com Roberto Dinamite mandou um balaço no ângulo superior esquerdo, sem chances para o goleiro Carlos Augusto, que viu a bola morrer no fundo das redes.
Na etapa final, foi emocionante, o ABC voltou com tudo, querendo mudar o marcador, aproveitando estar com um jogador a mais, chegou ao empate logo aos 6 minutos, Noé Soares, recebeu a bola nas costas do zagueiro Gaúcho e chutou sem chances de defesa para Emerson Leão.
O ABC criou algumas boas chances de virar o jogo, mas o Vasco, na raça, soube segurar o marcador até o fim. O jogo amistoso, aconteceu no Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão” (em 1989, alterou o nome para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o “Machadão”).
ABC DE NATAL (RN) 1 X 1 VASCO DA GAMA (RJ)
LOCAL
Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão”, em Natal (RN)
CARÁTER
Amistoso Nacional
DATA
Na quarta-feira, do dia 04 de Julho de 1979
HORÁRIO
21 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 1.174.725,00
PÚBLICO
23.185 pagantes
ÁRBITRO
Jáder Correia (FNF)
AUXILIAR
Luís Meireles (FNF) e Afrânio Messias (FNF)
CARTÃO VERMELHO
Wilsinho (Vasco da Gama)
ABC
Carlos Augusto; Vuca, Domício, Cláudio Oliveira e Carpinelli; Baltazar, Danilo Menezes e Rivellino (Noé Soares); Tinho, Dentinho e Berg. Técnico: Ferdinando Teixeira
VASCO
Emerson Leão; Paulinho II, Abel, Gaúcho e Marco Antônio; Carlos Alberto Garcia, Helinho e Dudu; Wilsinho, Roberto Dinamite e Artino (Toninho Vanusa). Técnico: Oto Glória
GOLS
Roberto Dinamite aos 43 minutos (Vasco), no 1º Tempo. Noé Soares aos 6 minutos (ABC), no 2º Tempo.
Colaborou: Adeilton Alves
FOTOS: Acervos de Zuzuarte – Válberson Sousa – Galdino Silva
FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Diário de Natal (RN)
No segundo semestre do ano de 1981, Jairzinho voltou ao Botafogo/RJ, com 37 anos, após temporada na Bolívia onde foi campeão e artilheiro pelo Jorge Willsterman. Sua reestreia ocorreu num insosso 0 x 0 com o América, pelo Campeonato Carioca.
O garoto que começara como gandula em General Severiano ainda em 1958, que fora tricampeão juvenil em 1961/62/63 e nesse ano ingressara no elenco profissional e lá permaneceu até 1974, quando foi vendido para o futebol francês, retornava a sua casa para encerrar a carreira como jogador profissional.
Já não tinha mais a mesma velocidade que caracterizaram suas arrancadas e os dribles rápidos, mas a maturidade do veterano que conhece os atalhos do campo, sem precisar correr mais do que a bola.
Eliminado do icônico Campeonato Carioca de 1981, decidido por Flamengo x Vasco, o Botafogo/RJ fez excursão pelo Rio Grande do Norte disputando 03 (três) jogos. No elenco, jovens jogadores que sempre eram lembrados nas convocações de Telê Santana para a seleção como o goleiro Paulo Sérgio, o lateral-direito Perivaldo e o meio-campo Rocha, além do craque Mendonça que, em 1993, abrilhantou o campeonato potiguar jogando pelo América. Porém, o nome mais expressivo era o de Jairzinho, “o Furacão da Copa”.
A série de jogos do “Glorioso” no RN começou com o Baraúnas, em Mossoró, partida que terminou empatada, sem gols, no dia 1º.12.1981 .
O segundo jogo foi no dia 03.12.1981, quando enfrentou o América que havia acabado de conquistar o tricampeonato Estadual. Essa partida representou o encerramento da temporada de jogos em Natal, servindo também para o Botafogo pôr a faixa de campeão no América e premiar os melhores da temporada. O gaúcho Norival (AME), foi o melhor jogador do Estadual/1981 e Sandoval (AME), o artilheiro com 14 gols. A partida terminou com a vitória alvirrubra por 1×0, gol do centroavante Miltão.
Com a desistência do Ceará/CE em realizar o amistoso antes acertado, o hoje deputado Luiz Antônio “Tomba” Farias, que à época era o diretor de futebol do Potyguar, assumiu a promoção e levou o amistoso para a terra da scheelita, sendo o “Fogão” a primeira e até hoje única equipe do RJ/SP a jogar na cidade, fazendo um jogo para ficar na história.
Assim, no dia 06.12.1981, um domingo, dia destinado ao futebol, enquanto o Brasil inteiro aguardava a Rede Globo de Televisão transmitir a terceira e última partida da final do Campeonato Carioca, vencida pelo Flamengo por 2×1, no famoso jogo em que o ladrilheiro Roberto Passos Ferreira invadiu o gramado para esfriar uma possível reação cruzmaltina, a cidade de Currais Novos parou para receber o Botafogo de Futebol e Regatas jogar amistosamente contra o Potyguar.
Como o Estádio Coronel José Bezerra ainda não tinha refletores, a partida foi iniciada às 15h para aproveitar a iluminação natural. Jogo de casa cheia, com grande torcida do alvinegro na região, tendo a organização do evento colocado cadeiras na lateral do campo e cobrado um valor mais alto para os que podiam pagar e estar mais próximos dos jogadores.
“Foi um jogo importante para a gente e jogamos com mais cuidado, mesmo sendo festa. E para mim em especial que estava diante do time que eu torço e do meu maior ídolo, que é Jairzinho”, lembra o goleiro Souza, revelando-se botafoguense.
E em Currais Novos ocorreu a única vitória do Botafogo na breve excursão pelo Rio Grande do Norte. O Botafogo começou ganhando logo aos 33 segundos de jogo, com Mendonça aproveitando um cruzamento da esquerda e empurrando para o gol. A equipe da casa empatou aos 5 minutos, após grande jogada de Luciano driblando Perivaldo e o goleiro Paulo Sérgio, sobrando a bola para Dedé de Dora mandar para o gol, incendiando a torcida local. Porém, o “bigodudo” Jerson fez 2×1, aos 12 minutos, dando números finais ainda no primeiro tempo, embora o jogo tenha sido muito movimentado.
Luciano, que naquele dia jogou de ponta-esquerda, foi escolhido o melhor em campo, recebendo um cheque e um moto-rádio.
“Eu fui escolhido pela imprensa como o melhor jogador da partida. Fiquei muito satisfeito com os presentes que ganhei. O pessoal daqui diz que eu dei uma canseira em Perivaldo”, diz sorrindo o jogador Luciano, que junto com Souza, Paulo, Jorge Calaça e Dedé de Dora eram os jogadores oriundos da Região Seridó.
Porém, todos que estavam no estádio confirmam que uma falta cobrada pelo lateral-esquerdo Dato, tipo escanteio de mangas curtas, entrou, tendo Paulo Sérgio, à época convocado para a seleção brasileira, tirado a bola depois de ter passado da linha de gol. O árbitro Antonio Lira, por não ver a bola entrar, invalidou o gol.
Ao longo de sua história o Potyguar recebeu outros clubes do futebol brasileiro em seus domínios, mas essa partida em especial tem todo um valor, seja porque foi o primeiro dos chamados grandes e tradicionais clubes brasileiros a jogar na cidade, seja porque terminou se transformando no jogo de despedida de Jairzinho, “o Furacão da Copa”, como jogador de futebol envergando a mística camisa alvinegra da estrela solitária. Pelo Botafogo foram 413 (quatrocentos e treze) partidas e 186 (cento e oitenta e seis) gols.
Há quem diga que a história não joga, só está nos livros. Não está certo. A história tem um peso na definição dos momentos. E coube a cidade de Currais Novos, terra dos minérios, receber aquela que foi a derradeira partida de uma pedra preciosa cunhada em General Severiano e que se tornou uma verdadeira joia do futebol brasileiro e mundial.
Quase 03 (três) meses depois, já sem clube, Jairzinho fez a sua última partida pela seleção brasileira. Em 03.03.1982, contra a Tchecoslováquia, recebeu a justa homenagem pelo que fez pelo futebol brasileiro e despediu-se jogando 11 minutos, recebendo uma miniatura da taça Jules Rimet e saiu de campo aplaudido de pé, no Morumbi. Não disputava uma partida pela seleção desde 1976, no amistoso contra o Flamengo em homenagem ao atacante Geraldo, falecido poucos dias antes.
Na foto que ilustra a postagem, as duas equipes unidas posam antes do início da partida. Em pé: Paulo, Luiz Antonio “Tomba” Farias (diretor de futebol), Souza, Lima, Ednaldo, Ademir Lobo, Sonildo, Gaúcho, Dato, Gilmar, Jorge Calaça, Perivaldo, Humberto Gama (Pte da Liga Curraisnovense de Futebol) e Iremar Alves (radialista). Agachados: Mendonça, Dedé de Dora, Gilson Lopes, Jerson, Naldo, Rocha, Paulo Sérgio, Luciano, Edson, Almir, Jairzinho e Diá (massagista)
FICHA TÉCNICA:
Jogo: Potyguar-CN 1 x 2 Botafogo/RJ
Data: 06.12.1981
Local: Estádio Coronel José Bezerra
Público: 2 mil pessoas
Renda: Cr$ 2.000.000,00 (dois milhões de cruzeiros) (aproximadamente 170 salários mínimos da época).
Juiz: Antônio Lira
Gols: Mendonça (33 seg), Dedé de Dora (5 min) e Jerson (12 min)
POTYGUAR: Souza; Paulo, Ednaldo, Sonildo e Dato; Calaça (Gilvan), Naldo (Ramos) e Dedé de Dora; Almir (Curió), Gilson Lopes e Luciano. Técnico: Petinha
BOTAFOGO: Paulo Sérgio; Perivaldo, Gaúcho, Lima e Gilmar; Rocha, Mendonça e Ademir Lobo; Edson, Jairzinho e Jerson. Técnico: Paulinho de Almeida
FONTE:Portal Grande Ponto – pesquisa: Kolberg Luna