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Humaytá Futebol Clube – Mossoró (RN): Fundado em 1919

Por Sérgio Mello

O Humaytá Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Mossoró (conta com uma população de 264.577 habitantes, segundo o censo demográfico do IBGE de 2022), localizado a 281 km da capital (Natal) do estado do Rio Grande do Norte.

Fundado na terça-feira, do dia 14 de outubro de 1919, o Humaytá Futebol Clube foi 1º grêmio esportivo da cidade de Mossoró/RN. O clube participou de diversas edições do Campeonato Citadino de Mossoró, onde travou grandes jogos com os seus adversários da época, como o Centro Esportivo Mossoroense, o Palmeiras Futebol Clube e o Ipiranga Esporte Clube.

Humaytá e o bando de Lampião

O episódio, ocorrido às 13 horas, da segunda-feira, do dia 13 de junho de 1927, mostrou a coragem, a determinação e a união dos mossoroenses. A população, liderada pelo então prefeito Rodolfo Fernandes, reuniu-se, armou-se como pôde e conseguiu defender a cidade do ataque de Lampião e seu bando. A resistência inesperada de Mossoró é hoje um marco histórico e motivo de orgulho para os seus cidadãos.

O famoso cangaceiro e seu grupo planejavam saquear a próspera cidade, que na época já se destacava por sua produção de sal e petróleo. No entanto, ao contrário de outras localidades, Mossoró reagiu: montou barricadas, distribuiu armas entre seus moradores e aguardou o bando de cangaceiros. Quando o combate começou, a coragem dos mossoroenses prevaleceu, resultando na retirada do bando e marcando a resistência como um triunfo da cidade sobre o temível Lampião.

Como tudo aconteceu

No entanto, o clima festivo foi abruptamente interrompido com a notícia que começou a circular: Virgulino Ferreira, o temido cangaceiro conhecido como Lampião, estava se aproximando da cidade.

A sociedade de Mossoró estava fervilhando de animação na noite de domingo, do dia 12 de junho de 1927, graças a uma grande celebração organizada pelo Humaytá Futebol Clube. A festa, repleta de glamour, acontecia na véspera do dia de Santo Antônio.

Poucas horas antes, Lampião e seu bando haviam atacado a vila vizinha de São Sebastião (hoje conhecida como município de Governador Dix-Sept Rosado). Em questão de instantes, o rigoroso código de vestimenta da festa – branco para os cavalheiros e azul e branco para as damas – perdeu o seu charme. O acontecimento desfez o clima de elegância que prevalecia, abalando a elite do sertão que, até então, desfrutava de um momento de pura ostentação.

O coronel Rodolfo Fernandes, o prefeito, já havia alertado, nos últimos dias, sobre o perigo do ataque do rei do cangaço ao município. Contudo, a maioria dos residentes parecia desacreditada.

A tranquilidade era tamanha que, naquele mesmo dia, 12 de junho, Mossoró parecia mais absorvida pelo aguardado jogo de futebol entre Ipiranga e Humaytá do que pela possibilidade de uma invasão por Lampião. O jogo de futebol ocorreu sem maiores ocorrências. Porém, a atmosfera do baile mudou drasticamente.

Apesar dos esforços de alguns participantes e dos diretores do Humaytá para minimizar as notícias que chegavam de São Sebastião, a festa foi dominada por uma onda de inquietação e medo. O som agudo do apito da locomotiva ferroviária ecoava sobre o pânico dos mossoroenses, conforme descrito pelo jornalista Lauro da Escóssia, que testemunhou os eventos, em seu livro “Memórias de um Jornalista de Província”. Os trens começavam a se movimentar, conduzindo famílias e quantos quisessem fugir de Mossoró. Segundo ele, durante toda a noite e na manhã seguinte, a ferrovia permaneceu ininterruptamente agitada.

Nas primeiras horas da manhã de 13 de junho, muitos moradores de Mossoró, que naquela época contava com cerca de 20 mil habitantes, já haviam abandonado suas casas.

No entanto, o êxodo não era apenas um resultado do medo. A estratégia traçada pela prefeitura, que conseguiu assistência oficial em termos de armas e munições, porém não em efetivos para combate, era manter na cidade somente os cidadãos que pudessem estar armados.

Na avaliação do coronel Rodolfo Fernandes, um ambiente mais vazio aumentaria a chance de resistir à invasão do bando de cangaceiros. Havia algum tempo que Lampião cogitava a audaciosa tarefa de invadir Mossoró.

Essa seria a mais grandiosa tentativa de saque do seu bando, conforme relata o historiador Frederico Pernambucano de Mello em seu livro “Guerreiros do Sol”, onde argumenta que o cangaço era um modo de vida.

Pouco antes de alcançar a cidade, Lampião enviou um bilhete à prefeitura, numa clara tentativa de extorsão. No bilhete, Lampião exigia um pagamento de 400 contos de réis para poupar a cidade de um ataque.

Esse montante era ao menos dez vezes maior do que o que ele costumava solicitar em situações similares. Na tarde do feriado de Santo Antônio, 13 de junho, ele e seu bando já se posicionavam nas imediações do município potiguar.

Lampião, ao centro, e o seu bando

Sangue e areia mancharam a reputação do Rei do Cangaço

Lampião liderava um bando de 53 cangaceiros. No entanto, ele não esperava encontrar uma resistência composta por pelo menos 150 homens armados defendendo a cidade. O jornalista Lauro da Escóssia estava no local, testemunhando tudo de perto.

Durante toda a noite, disparos de armas podiam ser ouvidos. “Parecia uma noite de São João bem comemorada”, escreveu em O Mossoroense. Enquanto isso, as mulheres oravam a outro santo junino, Santo Antônio, homenageado naquele dia.

Durante o ataque, Lampião sofreu perdas significativas em seu bando. Colchete teve parte do crânio destruída por balas. Jararaca, após ser capturado, foi praticamente enterrado vivo.

Em menos de uma hora depois do início do confronto, o capitão do sertão – um dos muitos apelidos do famoso cangaceiro – percebeu que conquistar a cidade seria praticamente inalcançável.

Então, ele ordenou a retirada do seu bando, na tentativa de evitar mais baixas e proteger ainda mais sua reputação. “A partir desse momento, a estrela do bando começaria a brilhar cada vez menos”, escreveu o historiador Pernambucano de Mello.

Comemorada todos os anos, a data de 13 de junho é uma ocasião em que a cidade reverencia a sua resistência contra o bando de Lampião, a qual se tornou um símbolo da valentia e da unidade do povo de Mossoró.

O acontecimento é lembrado no Museu do Sertão, que reúne uma rica coleção de itens históricos e uma exposição permanente sobre o cangaço. Além disso, a cidade realiza uma encenação ao ar livre da resistência, chamada “Auto da Liberdade”, que atrai milhares de visitantes todos os anos. O espetáculo conta com a participação de atores locais e narra, de maneira dramática, os eventos daquele dia de 1927.

A data é sempre um lembrete do espírito de união, força e coragem da população mossoroense, que fez história ao ser a primeira cidade a resistir ao bando de cangaceiros de Lampião.

A resistência de Mossoró não só marcou a história da cidade como também sinalizou o início do declínio do cangaço no Nordeste brasileiro. A partir daí, a invencibilidade de Lampião foi questionada e outras localidades foram encorajadas a se opor à ameaça do cangaço. A corajosa cidade de Mossoró é uma prova viva de que, com união e determinação, é possível enfrentar e superar qualquer desafio.

ARTE: desenho do escudo e uniformes – Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Walter Wanderley

FONTES: jornalista e escritor, Lauro da Escóssia – O Melhor de Natal

Inédito!! Natal Football Club – Natal (RN), Fundado em 1910

O Clássico Rubro e Cinza

As principais informações são do extinto e centenário jornal “A República” – fundado as vésperas da proclamação do regime republicano pelo médico e político Pedro Velho de Albuquerque Maranhão -, nas costumeiras sessões “Várias” e “Notas Sportivas”, geralmente inseridas na página um ou dois do total de quatro páginas.

O Natal Football Club foi uma agremiação da cidade de Natal (RN). Em reunião realizado na residência de Alberto Roselli foi Fundado na quarta-feira, do dia 18 de Maio de 1910, o Natal Football Club. A diretoria composta por somente três membros, ficou assim constituída:

Captain – Alberto Roselli;

Secretário – Salomão Filgueira;

Tesoureiro – Nizário Gurgel.

O uniforme adotado foi calça branca, camisa de listras brancas e encarnadas com o monograma NFL no bolso superior. Em pouco tempo, o clube já contava com mais de 20 sócios e projetava construir o seu “ground” na área do Prado Natalense (área do atual Palácio dos Esportes e Praça Pedro Velho), obsequiosamente cedido pelo Sport Club Natalense (fundado em dezembro de 1906 para corrida de cavalos).

Uma semana depois, foi Fundado na quarta-feira, do dia 25 de Maio de 1910, o Potyguar Football Club, de camisa cinza. A partir nascia o 1º grande clássico do futebol do Rio Grande do Norte. Os jogos entre as duas equipes dos primeiro e segundos quadros, pois não havia distinção, em “match-treinos” até outubro do mesmo ano.

Natal e ABC

O 1º jogo oficial de futebol, foi realizado no domingo, do dia19 de setembro de 1915, onde o Natal Football Club venceu pelo placar de 3 a 1 o ABC de Natal, na Praça Pedro Velho, onde se chamava o Ground da Praça, em Natal/RN.

O time posado do Natal Football Club

Essa e outras histórias no lançamento do livro

Na expectativa do lançamento do livro do jornalista Adriano de Souzana próxima quinta-feira, às 17 horas, do dia 15 de agosto de 2024, no Bar 294, na Avenida Deodoro da Fonseca, 294, Petrópolis, em Natal (RN).

Como o articulista antecipou em duas reportagens e o mesmo fez o autor em entrevista a uma rádio local a obra “O Mais Querido – Uma História do ABC Futebol Clube” terá o capítulo de abertura dedicado ao pioneirismo da introdução e consolidação do esporte em Natal entre 1903 e 1920.

ARTE: Desenho do escudo, uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTO: Jornal da Grande Natal

FONTES: A República – Jornal da Grande Natal (José Vanilson Julião) – Everaldo Lopes Cardoso “Da Bola de Pito Ao Apito Final” – José Procópio Filgueira Neto “Os Esportes em Natal” – João Cláudio de Vasconcelos Machado – “Tribuna de João Machado” (coluna na “Tribuna do Norte – 1964) – Tribuna do Norte

Centro Sportivo Natalense – Natal (RN): 1º Campeão do Campeonato Potiguar de 1918

O Centro Sportivo Natalense (atual: Clube Atlético Potiguar) foi uma agremiação da cidade de Natal (RN). Graças a fusão do Flamengo Foot-Ball Club e do Alecrim Foot-Ball Club foi fundado na quinta-feira, às 12 horas, do dia 04 de Julho de 1918, por um grupo de desportistas, que se reuniram na Rua Santo Antônio, s/n, na Cidade Alta, em Natal/RN. O 1º Presidente foi o Sr. Lauro Medeiros.

Nessa Rua Santo Antônio, foi fundado o Centro Sportivo Natalense (Foto de 1904)

Dez dias depois, foi criado no domingo, do dia 14 de julho de 1918, a Liga de Desportos Terrestres do Rio Grande do Norte (atual: Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol – FNF).

Na quarta-feira, do dia 17 de julho de 1918, foi realizado a eleição da diretoria do Centro Sportivo Natalense, que ficou assim constituída e empossados na mesma sessão:

Presidente – Baroncio Guerra;

Vice-Presidente – Cicero Aranha;

1º Secretário – Silvino Dantas;

Orador – Adaucto da Câmara;

Thesoureiro – Miguel Medeiros;

Director de Sport – João Café Filho;

Vice-director de Sport – Joaquim Lustosa Filho.

Centro Sportivo Natalense é o 1º Campeão Potiguar em 1918

Assim, foi organizado o 1º Campeonato Potiguar de 1918 (na época, a imprensa local chamava a competição de “Campeonato Natalense” ou “Campeonato da Cidade”). Três clubes participaram: ABC Football Club, América Football Club e Centro Sportivo Natalense.

O regulamento era simples: turno único ou simplesmente três jogos, para definir o campeão inédito! No domingo, do dia 15 de setembro, o América venceu o ABC por 3 a 0. No domingo, do dia 13 de outubro, o Centro Sportivo Natalense derrotou o América pelo placar de 3 a 0. Porém, o último jogo entre o ABC x Natalense não aconteceu por causa de uma onda de gripe denominada de influenza espanhola.

Centro Sportivo Natalense: Nicolau; Jota Carneiro e Souza; Albuquerque, Agripino e Ricardo; Oliveira, Gentil, Sérgio, Leite e Nobre. Técnico: João Café Filho.


Classificação final do Estadual de 1918

CLUBESPGJVEDGPGCSG
C.S. Natalense211303
América F.C.2211330
ABC F.C.01103-3
Centro Sportivo Natalense foi o 1º Campeão Potiguar
Em Natal, no Rio Grande do Norte, as mulheres já jogavam bola desde, pelo menos, o ano de 1920, quando ocorreu um jogo entre o “Team” feminino do ABC e o Centro Esportivo Natalense, realizado no sítio Senegal, residência do Coronel Joaquim Manoel Teixeira de Moura – Quincas Moura, atual 16º Batalhão de Infantaria Motorizada, no Tirol.
A fotografia foi divulgada por Sophia A. Lyra a primeira vez, em 1920, na Revista Vida Esportiva, edição de 20 de março de 1920 e, posteriormente, nos anos 50, na Revista Manchete de seu amigo Adolpho Bloch.
Na fotografia, entre outros, João Café Filho, Galdino Lima e Quincas Moura. Entre as mulheres estão: Jandira Café, Nanita Maranhão, Dulce Moura, Aline Moreira Brandão, Maria de Lourdes de Moura Brito, Mabel e Isaura Tavares, Maria Antonieta Chaves, Alice Tavares de Lyra, Maria Amélia Medeiros, Cândida Palma, Belezita Moura, entre outras.

Colaborou: Adeilton Alves

FOTOS: Acervo do Instituto Tavares de Lyra – Acervo do ResearchGate – Vida Sportiva: hebdomadario sportivo e mundano (RJ) 

FONTES: Marcos Trindade – site do América de Natal – Diário de Pernambuco (PE)

Foto rara de 1918: América Futebol Clube – Natal (RN)

O América Futebol Clube (América de Natal) é uma agremiação da cidade de Natal (RN). A sua Sede está localizado na Av. Rodrigues Alves, 950 – Bairro do Tirol – Natal/RN. O seu principal título nacional: Campeão Brasileiro da Série D 2022.

Foi Fundado na quarta-feira, do dia 14 de julho de 1915, por um grupo de 34 jovens estudantes, comerciários e funcionário públicos. A reunião aconteceu na residência do juiz Joaquim Homem de Siqueira, situada na Rua Vigário Bartolomeu.

Na quinta-feira, do dia 15 de julho de 1915, a 1ª Diretoria do clube que foi eleita por aclamação, foi a seguinte:

Presidente – Getúlio Soares;

Secretário – Mário Monteiro;

Tesoureiro – Clóvis Fernandes Barros;

Guardião do Material – Manoel Coelho Filho.

Foto tirada em 1918

Em 1915, as cores do time eram o azul e o branco, transformando-se nas cores atuais (vermelho e branco) em 1918, com a personificação jurídica do clube. A oficialização jurídica do clube tem uma história curiosa.

Sobre isto, existe uma versão que diz que o então Coronel Júlio Canavarro de Negreiros Melo, no dia 3 de junho de 1918, furou a única bola que o clube tinha para treinar e jogar, tendo sido o América obrigado a possuir personalidade jurídica para poder entrar com uma ação indenizatória.

Para tanto, os estatutos foram registrados pela primeira vez no dia 3 de julho de 1918, no Primeiro Ofício de Notas, em documento assinado pelo então presidente Oswaldo da Costa Pereira.

Os jogadores do América eram provenientes da Cidade Alta. Nos seus primeiros sete anos de existência, os recursos financeiros do clube vinham em grande parte do bolso de Aguinaldo Tinôco, um dos seus fundadores e que também era zagueiro e capitão do time.

Vida Sportiva (Foto de 1919)

Primeiro jogo foi contra o ABC

A primeira partida realizada pelo América de Natal ocorreu no domingo, do dia 26 de setembro de 1915, contra a equipe que seria posteriormente seu maior rival, o ABC. Nessa partida, o clube atuou com: Oscar Siqueira; Lélio e Gato; Carvalho, Gallo e Barros; Antônio, Carlos Siqueira, Neco, Garcia e Pipiu.

1ª partida oficial

Já a primeira partida oficial foi realizada entre ABC e América de Natal ocorreu no domingo, do dia 15 de setembro de 1918, pelo Campeonato Estadual daquele ano, que não foi finalizado. O América venceu a partida pelo placar de 3 a 0, com gols de Arnaldo, Pinheiro (contra)Nilo Murtinho Braga.

modelo de 2022

FOTOS: Vida Sportiva (RJ)

FONTE: site do clube

1º Escudo: Clube Atlético Piranhas – Jardim Piranhas (RN)

O Clube Atlético Piranhas é uma agremiação do município de Jardim de Piranhas (população de 13.735 habitantes, segundo o censo do IBGE/2012), situado na região do Seridó, está a 287 km da capital (Natal), no estado do Rio Grande do Norte.

O CAP foi Fundado no sábado, do dia 23 de Abril de 1983, possui a sua Sede e o Estádio Josenildo Cavalcante (Capacidade para 6 mil pessoas), localizados na Avenida Rio Branco, nº 230, no bairro Vila do Rio, em Jardim Piranhas/RN. Suas cores são preto, branco e vermelho.

O “pai” do futebol no município surgiu na década de 40, quando um grupo de desportistas liderados pelo Sr. Bianor Florêncio e Sebastião Alves dos Santos (Bastião Tertulino) fundaram o Esporte Clube Piranhas, quando o município ainda era um distrito de Caicó. 

O 1º e único presidente foi o Sr. Bianor Florêncio, enquanto a sua sede ficava localizado na Rua 15 de Novembro, nº 88, onde também funcionava uma barbearia.

Os próprios jogadores mantinham a equipe através do pagamento de mensalidades. O montante arrecadado cobria as despesas com o salário do técnico caicoense Titico de Mariana, com o aluguel da sede e com a lavagem do uniforme.

Este era composto de camisas com listras verticais azuis e brancas, calções brancos com detalhes azuis nas laterais e meias azuis, tudo doado por Marinheiro Saldanha e pelo Monsenhor Walfredo Gurgel, chefes políticos da região.

A equipe fez sua estreia na sexta-feira, do dia 7 de junho de 1940, com vitória sobre uma equipe da vizinha cidade de São Bento/PB, pelo placar de 2 a 0. Os gols foram assinalados Bastião Tertulino e Clóvis de Seu Nequinho. Naquele mesmo ano, o Piranhas ainda viria a empatar em 0 a 0 com uma equipe de Catolé do Rocha/PB.

Campeão da Segunda Divisão Potiguar

Voltando para o Clube Atlético Piranhas a sua maior conquista na esfera profissional aconteceu no Campeonato Potiguar da 2ª Divisão de 1998, quando se sagrou campeão.

A competição contou com a participação de quatro equipes:

Clube Atlético Piranhas (Jardim de Piranhas);

Fluminense Futebol Clube (Natal);

São Paulo Esporte Clube (Parnamirim);

Vênus Esporte Clube (Natal).

Mesmo as equipes tendo se enfrentado em ida e volta, a classificação foi válida pelo 1º Turno. Nela, o Piranhas foi o campeão, somando 11 pontos, em seis jogos: três vitórias, dois empates e uma derrota; marcando 12 gols, sofrendo apenas um e um saldo de 11 gols. O São Paulo de Parnamirim foi o vice, com oito pontos.

No returno, o CAP não reeditou a campanha e ficou em 2º lugar (nove pontos, em seis jogos: duas vitórias, três empates e uma derrota; marcando 10 gols, sofrendo sete e um saldo de três gols.), atrás do São Paulo de Parnamirim, com 13 pontos.

Pelo regulamento, os campeões de cada turno decidiram o título em duas partidas. No jogo de ida, no sábado, do dia 30 de maio de 1998, o Piranhas venceu o São Paulo de Parnamirim pelo placar de 2 a 0, no Estádio Josenildo Cavalcante, em Jardim Piranhas/RN.

No jogo da volta, no domingo, do dia 07 de junho de 1998, o Piranhas voltou a vencer o São Paulo de Parnamirim por 2 a 1, no Estádio Tenente Luiz Gonzaga, em Parnamirim/RN, conquistando o inédito título!

Quatro participações na Primeira Divisão Potiguar

Em 1999, o CAP debutou na Elite do Futebol Potiguar, mas a campanha não foi boa, terminado na última colocação no geral. Com apenas seis pontos, em 14 jogos: uma vitória, três empates e 10 derrota; marcando 13 gols, sofrendo 32 e um saldo negativo de 19 gols.

O CAP ainda jogou a Primeira Divisão mais três vezes: 2000, 2001 e 2004. DE lá pra cá, o clube disputa as competições amadores no município, mas se encontra licenciado das competições de âmbito profissional promovidas pela FNF (Federação Norte-rio-grandense de Futebol).

FOTOS: Acervos do clube e de Adeilton Alves

FONTES: Wikipédia – Blog Alcimar Araujo

Amistoso Nacional de 1985: ACEC Baraúnas (RN) 2 x 3 C.R. Flamengo (RJ)

O Flamengo iniciou uma excursão denominada “Senta-levanta”, que começou na terça-feira, às 21 horas, do dia 30 de julho de 1985, diante do Blumenau Esporte Clube. O time catarinense venceu por 1 a 0, no Estádio do Sesi, em Blumenau (SC).

Esse resultado fez o técnico Mario Jorge Lobo Zagallo pedir demissão do cargo. Com isso, o preparador físico, Sebastião Lazaroni assumiu a função de treinador de forma interina.

Na quinta-feira (1º/08/85), às 21 horas, enfrentou o Juventus, de Rio do Sul (SC), no Estádio João Alfredo Krieck. O Mengão se reabilitou com uma goleada de 5 a 0.

O Rubro-negro viajou sem três jogadores: Adílio (entorse no tornozelo esquerdo), Marquinho (luxação no ombro esquerdo, decorrente de um acidente de carro) e Júlio César (problemas de cálculo renal).

A delegação retornou ao Rio, na sexta-feira (02/08/1985), e no dia seguinte (sábado, do dia 03 de agosto), embarcou para o Nordeste para uma série de quatro amistosos:

Domingo (04/08), às 17 horas, goleou o CSA, de Jacozinho, pelo placar de 4 a 0, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL);

Terça-feira (06/08), às 21 horas, venceu o Sergipe, por 3 a 0, no Estádio Lourival Batista, em Aracaju (SE);

Sexta-feira (09/08), às 21 horas, venceu a Seleção do Rio Grande do Norte, por 1 a 0, no Estádio Humberto Alencar, em Natal (RN);

EM PÉ (esquerda para a direita): Petinha (Técnico) Almeida Sobrinho (ex-vereador), Gelson, Railson, Leleu (Irmão de Júnior Baiano), Coimbra, Carlos Alberto (Selada) Jota Nobre, Vilberto e Júlio César (ex-vereador);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Nonato (depois jogou no Cruzeiro), Carlinhos Bacural, Sanderson, Ricardo, Rivaldo e João Carlos.

Vamos falar do último jogo da excursão, realizado no Domingo, do dia 11 de agosto de 1985. O Flamengo enfrentou a Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas, às 17 horas, no Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN).

A expectativa dos organizadores era de uma renda superior a Cr$ 140 milhões, o que seria o novo recorde do futebol potiguar. Uma curiosidade é que essa partida foi a primeira vez que o rubro-negro carioca jogou na cidade de Mossoró/RN.

A novidade da ACEC Baraúnas, foi a estreia do técnico Ilson Peres, o Petinha, em substituição a Júlio César. A equipe não conta com jogadores conhecidos em outros estados e será a mesma que disputa o Campeonato Potiguar de 1985.

No jogo, o Flamengo venceu o Baraúnas pelo placar de 3 a 2, todos os gols marcados na etapa inicial. Aos 17 minutos, após bela jogada de Bebeto, Zico, de fora da área, abriu o marcador.

À esquerda, Zico (Flamengo) e Nonato (Baraúnas)

Seis minutos depois, Mozer ampliou ao completar um toque de cabeça de Zico, após cobrança de escanteio cobrado por Adílio. No entanto, aos 27 minutos, o Baraúnas diminuiu, por meio do ponta Carlinhos Bacurau, de cabeça, após falha gritante da defesa rubro-negra.

E, aos 40 minutos, a equipe mossoroense chegou ao empate. Novamente Carlinhos Bacurau marcou após outra falha dos defensores do Flamengo. Um minuto depois, Bebeto recolocou o rubro-negro em vantagem, completando de cabeça, um cruzamento de Jorginho, após escanteio cobrado por Tita.

O público pagante de 18.063 é até hoje o recorde do estádio Nogueirão. A Renda de Cr$ 173.365.000,00 milhões superou a expectativa dos organizadores, se transformando no novo recorde do futebol potiguar

ACEC BARAÚNAS (RN)  2          X         3          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN).
CARÁTERAmistoso Nacional de 1985
DATADomingo, do dia 11 de agosto de 1985
HORÁRIO17 horas (de Brasília)
RENDACr$ 173.365.000,00
PÚBLICO18.063 pagantes (recorde de público)
ÁRBITROFrancisco Freire (FNF)
AUXILIARESGilberto Pimenta (FNF) e Ezequiel Braga (FNF)
BARAÚNASGilberto (Parom); Leléu, Coimbra (Djavan), Railson e Nonato; Gelson, Sanderson (Zacone) e Rivaldo; Carlinhos Bacurau (Gaúcho), Ricardo (Mário) e João Carlos. Técnico: Petinha. 
FLAMENGOCantarelli; Jorginho, Ronaldo, Mozer e Adalberto (Nem); Andrade, Adílio (Ailton) e Zico; Tita, Bebeto e Élder (Paulo Henrique). Técnico: Sebastião Lazaroni.
GOLSZico aos 17 minutos (Flamengo); Mozer aos 23 minutos (Flamengo); Carlinhos aos 27 e 40 minutos (Baraúnas); Bebeto, de cabeça, aos 41 minutos (Flamengo), no 1º Tempo.
Adílio (Flamengo) e Zacone (Baraúnas)

Rubro-negro fechou com saldo positivo dentro e fora das quatro linhas

A delegação rubro-negra retornou ao Rio, na segunda-feira (12/08/85), às 4h30min., no Aeroporto do Galeão, no bairro da Ilha do Governador. 

Para cada apresentação, o Flamengo recebeu a cota de Cr$ 100 milhões, livres de despesas e hospedagens, arrecadando um total de Cr$ 600 milhões, o suficiente para o pagamento da folha salarial do grupo durante o período de inatividade.       

No final, o Flamengo encerrou a excursão com um saldo positivo. Dos seis jogos, venceu cinco e perdeu um; marcando 16 gols, sofrendo três e um saldo de 13 tentos.

Após a excursão, o Flamengo, comandado pelo técnico Jouber, fez os últimos ajustes antes da estreia no Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 1985. Mas essa é uma outra história para uma outra postagem.    

O Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró (RN), palco do jogão entre Baraúnas e Flamengo, com recorde de público que perdura até hoje

Colaborou: Adeilton Alves

FOTOS: Página do Facebook “Relembrando Mossoró-RN”- Acervo de Jota Nobre

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Natal (RJ) – O Poti (RN)

Amistoso Nacional de 1984: Seleção Potiguar e Flamengo (RJ) empataram em 2 a 2, em Natal (RN)  

Pré-jogo: como chegaram cada equipe

Desfalcado de Andrade e Tita, o Flamengo, entregues ao departamento médico, iniciou uma série de amistosos, diante da Seleção do Rio Grande do Norte. O interesse do público potiguar é dos maiores e a previsão de renda é de Cr$ 70 milhões, o que estabeleceria o novo recorde do futebol local.

A Seleção do Rio Grande do Norte, dirigido por Ivan Silva, que estreou nesse jogo, contou com jogadores do ABC, América e Alecrim. A base será do ABC, que cumpriu campanha razoável na Copa do Brasil. Os jogadores mais destacados eram Marinho, Silva e Didi Duarte.

São 50.500 ingressos à venda

Foram colocados à venda 50.500 ingressos (se todos forem vendidos vai gerar a cifras de Cr$ 126 milhões, o que será recorde absoluto em todo o Nordeste), sob a responsabilidade de distribuição de José Jerônimo, da Fenat, atual diretor de futebol do ABC, que tem o seguinte esquema de vendas:   

SETORESVALORQUANTIDADE
Especiais (homens)Cr$ 6 mil1 mil ingressos
Especiais (mulheres)Cr$ 4 mil500 ingressos
Numeradas (homens)Cr$ 4 mil3 mil ingressos
Numeradas (mulheres)Cr$ 2 mil1 mil ingressos
Arquibancadas (homens)Cr$ 3 mil35 mil ingressos
Arquibancadas (mulheres/ crianças)Cr$ 1 mil10 mil ingressos
Leandro, que acabou expulso ainda no final do primeiro tempo, do lado de Joãozinho (Potiguar), que não entrou no jogo.

Arbitragem polêmica, expulsão e um empate em dois gols

Um gol de Júnior aos 44 minutos do segundo tempo, aproveitando um passe do goleiro Fillol, que saiu da área para evitar o gol adversário, deu empate ao Flamengo em 2 a 2, ontem à noite (23/05/84), contra a Seleção Potiguar, no Estádio Castelo Branco (inaugurado em 04/06/72, alterou o nome em 1989 para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, Machadão), em Natal (RN).

O Flamengo jogou com 10 jogadores desde os 42 minutos do primeiro tempo, pois Leandro foi expulso, após ofender o árbitro. Este, aliás, foi o maior problema enfrentado pela equipe carioca, que, segundo o presidente rubro-negro George Helal, “Só não abandonou o campo no intervalo por respeito ao público”.

O Flamengo começou bem no jogo, teve um gol anulado de Bebeto e foi surpreendido aos 39 minutos por um gol de Silva, em falha da defesa. Três minutos depois, Leandro reclamou de uma falta que sofreu e foi expulso. A partida, então, ficou paralisada por cinco minutos.

Na etapa final, o Flamengo buscou o empate, mesmo com arbitragem sendo contra. Bebeto grande nome do jogo, empatou aos 21 minutos, mas aos 34 minutos Marinho pós o time local em vantagem. E o Flamengo não levou mais gols por que Fillol fez uma série de grandes defesas, até cortar sua atuação com o passe para o gol de Júnior.

Foto tirada um dia antes da partida

SELEÇÃO POTIGUAR      2          X         2          C.R. FLAMENGO (RJ)

LOCALEstádio Castelo Branco, “Castelão”, em Natal (RN)
CARÁTERAmistoso Nacional de 1984
DATAQuarta-feira, do dia 23 de maio de 1984
HORÁRIO21 horas e 15 minutos (de Brasília)
PÚBLICONão divulgado
RENDACr$ 26 milhões
ÁRBITRONildeme Antunes (FNF)
AUXILIARESWilson da Conceição (FNF) e Anecildo Batista de Carvalho (FNF)
4º ÁRBITROJackson Inácio (FNF)
CARTÃO VERMELHOLeandro (Flamengo)
SELEÇÃO POTIGUARÍndio; Saraiva, Lúcio Sabiá, Sérgio e Wassil; Baltazar, Marinho e Didi Duarte (Dedé de Dora); Odilon (Gilson Lopes), Silva e Severino. Técnico: Ivan Silva.
FLAMENGOUbaldo Fillol; Leandro, Figueredo, Mozer e Júnior; Bigu, Lico (Heitor) e Bebeto; Lucio (João Paulo), Edmar e Adílio. Técnico: Cláudio Garcia.
GOLSSilva aos 39 minutos (RN), no 1º Tempo. Bebeto aos 21 minutos (Flamengo); Marinho aos 34 minutos (RN); Júnior aos 44 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.

Colaborou: Adeilton Alves

FOTO: Acervo de Jomar Aprígio Vieira Aprígio

FONTES: Diário de Natal (RN) – Jornal dos Sports (RJ)

No dia que Roberto Rivellino jogou no ABC de Natal (RN), no amistoso contra o Vasco da Gama (RJ), em 1979

Roberto Rivellino faturou 100 mil cruzeiros para vestir a camisa do ABC de Natal

A grande atração do amistoso nacional, entre ABC e Vasco da Gama foi o craque Roberto Rivellino (ex-jogador do Fluminense Football Club e Al Hilal, da Arábia Saudita). Para esse jogo, o “Patada Atômica” recebeu a quota de Cr$ 100 mil, livres de despesas, além de passagens e estadas para ele e a esposa Maysa Gazzola, pagas pelo ABC.

O técnico Ferdinando Teixeira acertou com Rivellino sua participação no treino de terça-feira (03 de Julho de 1979), para que o craque tenha o mínimo de entrosamento com o time. “Trata-se de um amistoso, mas pretendemos derrotar o Vasco para dar animo à equipe. Fomos campeões do primeiro turno e não podemos cair de produção“, afirmou Ferdinando Teixeira.

Curiosidades do Vasco da Gama para esse jogo

A Delegação do Clube de Regatas Vasco da Gama, seguiu para Natal às 9 horas, da terça-feira, do dia 03 de Julho de 1979, no avião da Transbrasil, onde fez escalas em Salvador/BA e Recife/PE. Pelo jogo, o Vasco recebeu a cota de Cr$ 300 mil cruzeiros.

Foi chefiada por Paulo Neri Garcia (Vice-presidente de futebol), Emílson Pessanha (Supervisor), Edmundo Filho (Coordenador), Oto Glória (treinador), Raul Carlesso (preparador físico), Eduardo “Pai” Santana (Massagista), Severino (Roupeiro), além dos 17 jogadores:

Emerson Leão, Paulinho II, Abel, Gaúcho, Marco Antônio, Dudu, Helinho, Toninho Vanusa, Wilsinho, Roberto Dinamite, Artino, Jair, Argeu, Paulo César, Carlos Alberto Garcia, Geraldo e Jader.

Ao desembarcar em Natal, às 13h40min., a delegação ficou hospedada no Hotel São Francisco (anteriormente a primeira informação era de que o local seria no Hotel Ducal), no bairro do Alecrim, em Natal/RN.

No dia após o jogo, na quinta-feira, após o almoço, o grupo seguiu de ônibus especial, para João Pessoa (PB), onde no dia seguinte, o Vasco enfrentou a Seleção Paraibana, às 16h30min., dentro do programa de festividade da capital da Paraíba. Para essa partida, o Vasco recebeu a quota de Cr$ 400 mil cruzeiros.         

O treinador vascaíno não pode contar com Guina, Paulinho e Orlando Lelé. Os dois primeiros foram convocados para a Seleção Brasileira de Novos. Já ó último ainda sentia um desconforto na virilha e ficou no Rio fazendo tratamento para se recuperar da lesão.   

EM PÉ (esquerda para a direita): Cláudio Oliveira, Baltazar, Carpinelli, Carlos Augusto, Vuca e Domício;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tinho, Dentinho, Roberto Rivellino, Danilo Menezes e Berg.

Preços dos ingressos

O promotores do jogo, mandaram confeccionar 47.500 mil ingressos, de arquibancadas ao preço de Cr$ 50,00; Gerais em Cr$ 25,00; numeradas no valor de Cr$ 100,00 e especiais no valor de Cr$ 200,00.   

Jogo: ABC de Natal e Vasco ficaram no empate

Em noite de festa para o público de Natal, na quarta-feira, do dia 04 de Julho de 1979, com a presença de Roberto Rivellino jogando pelo time da casa, o ABC e Vasco empataram em 1 a 1, com gols de Roberto Dinamite aos 43 minutos do primeiro tempo, e Noé Soares, aos seis minutos da etapa final.

O técnico do Vasco, Oto Glória promoveu o juvenil Artino na ponta esquerda e o garoto agradou em cheio, demonstrando personalidade e fazendo uma série de boas jogadas, tentando sempre a linha de fundo para os cruzamentos.  

A maior estrela do espetáculo foi Rivellino, que vestiu a camisa nº 10 do ABC. O Reizinho mostrou que ainda era um dos maiores jogadores do mundo. O momento ruim, aconteceu aos 32 minutos, quando o ponta-direita Wilsinho, “O Xodó da Vovó“, deu uma entrada violenta em Dentinho e acabou sendo expulso, deixando o Vasco com um a menos.  

Mesmo assim, o Vasco abriu o placar aos 43 minutos, com Roberto Dinamite mandou um balaço no ângulo superior esquerdo, sem chances para o goleiro Carlos Augusto, que viu a bola morrer no fundo das redes.

Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão”

Na etapa final, foi emocionante, o ABC voltou com tudo, querendo mudar o marcador, aproveitando estar com um jogador a mais, chegou ao empate logo aos 6 minutos, Noé Soares, recebeu a bola nas costas do zagueiro Gaúcho e chutou sem chances de defesa para Emerson Leão.    

O ABC criou algumas boas chances de virar o jogo, mas o Vasco, na raça, soube segurar o marcador até o fim. O jogo amistoso, aconteceu no Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão” (em 1989, alterou o nome para Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o “Machadão”).

Rivellino e Carpinelli

ABC DE NATAL (RN)       1          X         1          VASCO DA GAMA (RJ)

LOCALEstádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão”, em Natal (RN)
CARÁTERAmistoso Nacional
DATANa quarta-feira, do dia 04 de Julho de 1979
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 1.174.725,00
PÚBLICO23.185 pagantes
ÁRBITROJáder Correia (FNF)
AUXILIARLuís Meireles (FNF) e Afrânio Messias (FNF)
CARTÃO VERMELHOWilsinho (Vasco da Gama)
ABCCarlos Augusto; Vuca, Domício, Cláudio Oliveira e Carpinelli; Baltazar, Danilo Menezes e Rivellino (Noé Soares); Tinho, Dentinho e Berg. Técnico: Ferdinando Teixeira
VASCOEmerson Leão; Paulinho II, Abel, Gaúcho e Marco Antônio; Carlos Alberto Garcia, Helinho e Dudu; Wilsinho, Roberto Dinamite e Artino (Toninho Vanusa). Técnico: Oto Glória
GOLSRoberto Dinamite aos 43 minutos (Vasco), no 1º Tempo. Noé Soares aos 6 minutos (ABC), no 2º Tempo.

Colaborou: Adeilton Alves

FOTOS: Acervos de Zuzuarte – Válberson Sousa – Galdino Silva

FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Jornal do Brasil (RJ) – Diário de Natal (RN)