A Sociedade Esportiva Palmeiras confirmou o amistoso (valia a Taça Osaka), para enfrentar o Yanmar Diesel Soccer Club, da cidade de Cerezo, no Japão, na sexta-feira, do dia 14 de fevereiro de 1975. Ο time japonês contava com três brasileiros, que atuaram no futebol paulista: Nilson, que se naturalizou japonês, Sérgio e Júlio. Esse time era a base da Seleção do Japão que no ano seguinte disputou as Olimpíadas de Montreal, no Canadá, em 1976.
O Palmeiras não pode contar com vários titulares para a partida. Na oportunidade, o Palestra fez a troca das faixas: de um lado o campeão paulista de 1974, enquanto do outro campeão do Campeonato Japonês de 1974.
No Departamento Médico, o meia Dudu foi uma das ausências. Leivinha, cujo contrato terminava no dia 28 de fevereiro de 1975, achava que não seria problema para a renovação.
Sem poder contar com técnicoOswaldo Brandão que estava comandando a Seleção Brasileira, o time foi comandado pelo ex-goleiro e auxiliar-técnicoValdir de Moraes, enquanto o preparador físicoHélio Maffia fiou como auxiliar.
O Yanmar Diesel Soccer Club chegou na segunda-feira, no dia 10 de fevereiro, onde ficou hospedado no Hotel Danúbio, localizado na Av. Brigadeiro Luís Antônio, 1099 – Bela Vista, São Paulo (SP). Dias depois se mudou para Lord Palace Hotel, situado em Santa Cecilia, no Centro de São Paulo (SP).
Palmeiras não toma conhecimento e goleia time japonês
Um atropelo! A Sociedade Esportiva Palmeiras confirmou o favoritismo e goleou por6 a 1, o Yanmar Diesel Soccer Club, do, no Japão, no Estádio do Pacaembu. A ingenuidade do time nipônico contribuiu para atuação brilhante do Palestra. O ponta-esquerda Nei, Ademir da Guia e Leivinha, deram uma ‘aula de futebol‘.
A goleada começou cedo, logo aos 8 minutos, Leivinha driblou dois zagueiros, deu um “lençol” em Matsumoto e chutou sem chances para o goleiro Kayto, a grande “vítima da noite”. Três minutos depois, foi a vez de Ademir da Guia confirmar seu bom futebol: fez 2 a 0, de cabeça.
O mesmo Leivinha – um dos melhores em campo – fez o terceiro gol do seu time: aos 25 minutos, recebeu um bom passe de Nei e completou com categoria.
Assim terminou o primeiro tempo com o placar de 3 a 0 para o Palmeiras e o público que compareceu ao Pacaembu, já começava a se divertir às custas do futebol amador e de pouca categoria do Yanmar.
Mas, logo no início do segundo tempo, os japoneses fizeram seu gol de honra: aos 23 minutos, numa cobrança de falta cometida por Alfredo, o atacante Yamura aproveitou o rebote e completou, demonstrando que, pelo menos, sabe ser muito oportunista.
Só que, pouco tempo depois, aos 27 minutos, Zé Mário aumentou a contagem: num belo lance, completou fazendo os 4 a 1. Aos 35 minutos, o quinto gol foi de pênalti, do zagueiro Matsmura em Nei: Ronaldo cobrou com categoria, no canto direito de Kayto.
Aos 38 minutos, o mesmo Ronaldo fez o seu 2º gol: entrou na área na corrida, esperou o cruzamento e completou de cabeça, levando a torcida palmeirenses ao delírio e dando números finais a peleja.
S.E. PALMEIRAS (SP) 6 X 1 YANMAR DIESEL S.C. (JAP)
LOCAL
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo/SP
CARÁTER
Amistoso Internacional (Taça Osaka)
DATA
Sexta-feira, do dia 14 de fevereiro de 1975
HORÁRIO
21 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 238.416,00
PÚBLICO
16.665 pagantes
ÁRBITRO
Orêncio Caputo (F.P.F.)
S.E. PALMEIRAS
Emerson Leão (Tonho); Eurico, Luís Pereira (João Carlos), Alfredo e Zeca; Jair Gonçalves e Ademir da Guia (Zé Mário); Edu (De Rosis), Leivinha (Fedato), Ronaldo e Nei. Técnico: Valdir de Moraes.
YANMAR DIESEL S.C
Nishikita Kayto; Sakano, Hamato, Matsmura e Nizuguchi; Kabayashi (Imamura) e Abe; Uenishi, Yoshimura, Kamamoto e Horiji. Técnico: Kenji Onitake
GOLS
Leivinha aos 8 e 25 minutos (Palmeiras); Ademir da Guia aos 11 minutos (Palmeiras), no 1º Tempo. Yamura aos 23 minutos (Yanmar); Zé Mário aos 27 minutos (Palmeiras); Ronaldo, de pênalti, aos 35 e 38 minutos (Palmeiras);
P.S.: F.P.F. – Federação Paulista de Futebol
Quem era o Yanmar Diesel?
O Yanmar Diesel Soccer Club foi uma agremiação da cidade de Cerezo, no Japão. Fundado em 1957, por 14 funcionários da Yanmar Co., Ltd. A sua Sede ficava na cidade de Osaka, na região de Kansai de Honshu (JAP).
O Yanmar Diesel Soccer Club foi a 1ª organização no Japão a estabelecer um programa esportivo corporativo totalmente integrado.
Os jogadores (funcionários da empresa) podiam trabalhar pela manhã e treinar à tarde e recebiam hora-extra quando compareciam nos jogos aos sábados e domingos.
A Yanmar Diesel foi o 1° time a escalar jogadores estrangeiros e foi o primeiro a fortalecer a sua escalação formando duas equipes. A segunda equipe estreou com o nome de “Yanmar Club” e foi a precursora da atual equipe da J League Gamba Osaka.
Na década de 70, foi uma época de ouro, com os atacantes Kunishige Kamamoto e Nelson Yoshimura levando o time a quatro títulosda liga e três na Copa do Imperador.
Em 1970, o Yanmar Diesel enfrentou o Flamengo
PeloTorneio Internacional, realizado em Kyoto (JAP),o Yanmar Diesel enfrentou o Clube de Regatas Flamengo. Na quinta-feira, do dia 12 de março de 1970, o Rubro-negro venceu por 2 a 1, com cerca de 6 mil torcedores, presentes no Stadium Nisikik Vogoku.
Guilherme abriu o placar aos 7 minutos, mas Kamamoto deixou tudo igual aos 11 minutos. Porém, Waldemir Germano, de cabeça, recolocou o Flamengo na frente do placar, aos 27 minutos. Essa foi a primeira vitória no torneio do Rubro-negro, uma vez que na estreia ficou no empate em 3 a 3, com a Seleção Japonesa B.
Kunishige Kamamoto foi um jogador-chave tanto para o clube quanto para o país. Foi o artilheiro da liga seis vezes e marcou 7 gols nas Olimpíadas do México em 1968. Kamamoto continua sendo o maior goleador de todos os tempos da seleção japonesa, com um recorde de 75 gols em 76 partidas.
Com a fundação da J.League, em 1993, a diretoria optou em mudar o nome da agremiação para Osaka Soccer Club(atual: Cerezo Osaka), em 1994. Abaixo, os títulos conquistados pela Yanmar Diesel:
COMPETIÇÕES
TÍTULOS
ANOS
Campeão do Campeonato Japonês
04
1971, 1974, 1975 e 1980
Vice-campeão do Campeonato Japonês
04
1968, 1972, 1978 e 1982
Campeão da Copa do Imperador
03
1968, 1970, 1974
ARTE: desenho dos escudos e uniformes – Sérgio Mello
FOTOS:Cidade de Santos (SP) – Acervo de Natan Silveira
FONTES: A Tribuna (SP) – Cidade de Santos (SP) – Jornal Correio Braziliense (DF) – Jornal dos Sports (RJ)
No domingo, do dia 05 de Setembro de 1965, foi oficialmente inaugurado o Estádio Minas Gerais(posteriormente ganhou o nome de Estádio Governador Magalhães Pinto, popularmente chamado de “Mineirão”). A partida foi entre a Seleção Mineira diante da forte equipe do River Plate (ARG). No final, os mineiros saíram de campo com a vitória pelo placar de 1 a 0. O gol foi assinalado pelo atacante Buglê.
O Estádio Minas Gerais, construído em tempo recorde pelo Governo Magalhães Pinto, era o 2º estádio coberto do mundo. Tem capacidade para 130 mil pessoas e sua área total – incluindo pista de atletismo, parques de estacionamento parα automóveis e jardins – é de 300.000 m2. Sua cobertura abriga totalmente as arquibancadas, as cadeiras e ainda (este, um detalhe inédito) parte das gerais atrás dos gols.
O conjunto esportivo para o esporte especializado e universitário se completa com 5 quadras de tênis, 2 piscinas, 8 quadras de voleibol, 5 quadras de basquete, 6 campos de futebol, Departamento de Esportes Náuticos e Ginásio.
Programação definida
A administração da ADEMG(Administração do Estádio de Minas Gerais), informou a programação, com quatro jogos no Estádio Minas Gerais, sendo que a carga total disponibilizada de ingressos para cada partida foi de 103 mil.
DATAS
PARTIDAS
PRELIMINAR
05 de setembro de 1965
Seleção Mineira x River Plate
Não teve
07 de setembro de 1965
Seleção Brasileira (representada pelo Palmeiras) X Seleção Uruguaia
América Mineiro x Uberaba
12 de setembro de 1965
Seleção Mineira x Botafogo
Atlético x Siderúrgica
15 de setembro de 1965
Seleção Mineira x Santos FC
Cruzeiro X Vila Nova
Na partida entre Minas Gerais x River Plate foram inaugurados os refletores do estádio. A venda de ingressos já foi iniciada sendo arrecadados oito milhões de cruzeiros no primeiro dia. A partir da próxima segunda-feira (30 de agosto de 1965) a tesouraria da CBD(Confederação Brasileira de Desportos) terá também ingressos à venda.
Programação para a partida inaugural
O Governo do Estado e a Administração do Estádio Minas Gerais(ADEMG), estabeleceram, para as solenidades comemorativas da inauguração do novo estádio, a seguinte programação:
10 horas – salva de canhões na Pampulha;
11 horas – abertura dos portões do Estádio Minas Gerais e logo a seguir, desfile das balizas que participarão dos Jogos da Primavera, promoção do JORNAL DOS SPORTS;
13 horas – exibição dos cães amestrados da Polícia Militar;
13h30m – saltos de paraquedistas no gramado e evoluções da Banda da Polícia Militar;
13h45m – apresentação das placas alusivas à inauguração do estádio, sendo que na ocasião o engenheiro Gil César Moreira de Abreu, autor das maquetes do estádio, e o Governador Magalhães Pinto discursarão. Antes, ambos serão recebidos pela Banda de Música do Exército;
14 horas – entrega do estádio ao povo, pelo Governador Magalhães Pinto;
14h05m – bênção do campo, com a presença dos alunos da Escola Técnica de Belo Horizonte e do Colégio Municipal;
14h15m – desfile de colégios com a participação, mais uma vez, das balizas que participarão dos Jogos da Primavera;
14h40m – exibição da Esquadrilha da Fumaça. Dois paraquedistas pularão de aviões especiais, um trazendo a bola do jogo e outro a bandeira brasileira que será levantada no mastro central do estádio;
14h50m – entrada em campo das equipes da seleção mineira e do River Plate, para o jogo inaugural, que se postarão no gramado em forma olímpica;
14h55m – entrada do Governador Magalhães Pinto em campo e execução dor hinos nacionais do Brasil e da Argentina. Após a execução dos dois hinos o bicampeão mundial de futebol, Nilton Santos, desfilará pela pista, levando a tocha olímpica e acendendo a pira olímpica. Na ocasião será feita uma exaltação ao esporte pelas alunas da Escola Nacional de Educação – Física de Minas Gerais;
15h05m – o Governador do Estado de Minas saudará os atletas que participarão do jogo inaugural e vai dar o pontapé inicial;
15h15m – Início do jogo Seleção Mineira x River Plate,
Transporte e Polícia
Para facilitar o acesso do público ao estádio Minas Gerais, serão colocados hoje (domingo, do dia 05 de Setembro de 1965), pelo Departamento Municipal de Transportes Coletivos, a partir das 10h, 130 ônibus, que não cobrarão passagens e ligarão o Centro da Cidade e a Pampulha, onde está localizado nôvo estádio.
Os veículos rodarão até quando o movimento de público exigir. A Prefeitura deslocou quase todas as urnas do Departamento de Obras para o preparo das vias de acesso ao estádio todas as obras foram concluídas na madrugada de hoje, depois de o pessoal de obras ter trabalhado durante toda a noite.
Cerca de 2 mil homens foram mobilizados para o policiamento: guardas civis, soldados e oficiais daPolicia Militar, investigadores do corpo de segurança e elementos do Departamento Estadual do Trânsito, além da Rádio Patrulha, e receberam ordens severas no sentido de prender todas as pessoas suspeitas e ficam atentos aos marginais de outros Estados que aparecem, atraídos pela notícia da inauguração do estádio Minas Gerais.
Câmbio Negro
Outra recomendação aos policiais foi a repressão total ao câmbio negro de ingressos, que desde a quinta-feira (dia 02 de Setembro de 1965) começará a vigorar.
Ontem à tarde (dia 03 de Setembro de 1965), uma guarnição da Rádio Patrulha prendeu os cambistas Antônio Pereira e Raimundo Rodrigues, que adquiriram 120 arquibancadas a Cr$ 1 mil e estavam vendendo na Rua da Bahia a Cr$ 2 mil, cada uma. Os dois marginais foram encaminhados a Delegacia de Representação e Vadiagem serão processados.
Maracanã e Estádio Minas Gerais: Os Dois Gigantes
Num confronto do Maracanã, maior do mundo, com o “Minas Gerais“, terceiro, a diferença, no que toca à parte técnica de sua construção é a seguinte:
ITENS
MINAS GERAIS
MARACANÃ
Capacidade
130 mil pessoas
200 mil
Forma geométrica de uma falsa elipse, medindo no eixo maior
276.00m
308,74m
medindo no menor
216,30m
280.75m
Perímetro
785.77m
844.62m
Altura
25,00m
32.00m
Arquibancadas (número de degraus)
35
48
1.° degrau em relação ao nível do campo
8.00m
7.50m
Último
17,87m
23,67m
No último degrau o espectador fica em relação ao centro do campo
90.00m
126,00m
Medidas máximas do gramado (Internacional)
110 x 75m
110 x 75m
Fosso lateral de proteção – profundidade
3,00m
3.00m
largura
2,50m
3.00m
Túneis de Acesso ao gramado
3
4
Placares eletrônicos
em projeto
3
Vestiários (música permanente, gabinete médico, sala de massagens, banheiras térmicas e oxigenoterapia)
5
5
Alojamentos
400 pessoas
100 pessoas
Escoamento do público, quando lotado
10 minutos
15 minutos
Projetores de iluminação
240
220
Material usado na construção – Madeira
284.000m2
850.000m2
Material usado na construção – Sacas de cimento
284.000
500.000
Material usado na construção – Ferro
4.000.000kg
9.582.781kg
Cabines para rádios e TVs, com ar condicionado, isolamento acústico e visor panorâmico
24
26
Gérson já tem time base dos Mineiros
Belo Horizonte – O técnico Gérson dos Santos, da seleção mineira que se prepara os jogos inaugurais do Estádio Minas Gerais, informou ontem (terça-feira, dia 24 de agosto de 1965) que, depois dos últimos coletivos realizados conseguiu formar a equipe base do escrete para o primeiro jogo dos mineiros, dia 5 de setembro, com o River Plate, de Buenos Aires (ARG).
Gérson revelou que deverá ser o seguinte, o quadro que jogará contra o River: Fábio; Canindé, William, Rui e Décio Teixeira; Edson e Dirceu Lopes; Wilson Almeida, Silvestre, Jair Bala e Tião. Disse ainda que escolheu os que melhor produzem em conjunto e não os que demonstram ação individual, mesmo que sejam ótimos.
Próximos Ensaios
Hoje à tarde (quarta-feira, dia 25 de agosto de 1965) será realizado o terceiro treino coletivo da seleção mineira, no Estádio Independência, contra o time do Banco da Lavoura. De amanhã até sábado os jogadores darão apenas treinamento individual e domingo haverá nova prática de conjunto, também do Estádio Independência, contra o Olímpic, de Barbacena, atual campeão do certame promovido pela Liga de Juiz de Fora. Nessa partida, a equipe barbacenense surpreendeu ao vencer por 2 a 1.
A Tática
Gérson dos Santos disse ainda que vai adotar o sistema 4-2-4 nos jogos em que a seleção mineira participar, acentuando, entretanto, que não será um sistema rígido, devendo haver variação para o 4-3-3, acordo com o adversário e o andamento das partidas.
Já deu ordens ao ataque para jogar pelas pontas. acompanhando e deslocando Jair Bala e Silvestre para as extremas em que se der a jogada.
O River Plate, que é o primeiro adversário dos mineiros, está sendo aguardado em Belo Horizonte nos primeiros dias de setembro, procedente da Europa, para onde seguirá depois do jogo de hoje em Caracas (VEN), com o Real Madrid(nesse jogo, terminou empatado em 1 a 1, com a presença de 15 mil pagantes. O espanhol Agüero abriu o placar para a equipe madrilenha no primeiro tempo. Cubillas deixou tudo igual para os argentinos na etapa final).
Tevê Tupi transmitiu o jogo
No Jornal dos Sports, teve o anúncio de que a Televisão Tupi, Canal 6, iria transmitir às 15 horas, a partida entre Seleção Mineira x Club Atlético River Plate, direto do Estádio de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória (ES), através de uma rede nacional de televisão. O Banco Nacional de Minas Gerais S/A foi o patrocinador da transmissão e também ajudou na construção do Estádio mineiro.
Imponentes festejos marcaram inauguração
Com a vitória do selecionado mineiro sobre a representação do River Plate, da Argentina, o povo de Minas Gerais e, sobretudo, de Belo Horizonte, teve um fecho de ouro para as festividades de inauguração do Estádio Minas Gerais, o segundo do Brasil e terceiro do mundo, em capacidade, perdendo apenas para o Maracanã e para o Hampden Park, de Glasgow, na Escócia.
Desde as primeiras horas da manhã de ontem a Capital mineira começou a vi- ver seu dia de festa, com salva da canhão que anunciou o nascimento do novo estádio, já chamado de “colosso da Pampulha“.
Os festejos continuaram com o Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Serafim Fernandes de Araújo dando a bênção ao estádio e com apresentação de bandas de música, ginastas e, com destaque, das balizas que participarão dos Jogos da Primavera, numa promoção do JORNAL DOS SPORTS.
Governador Entrega
O Governador Magalhães Pinto chegou ao estádio por volta das 14 horas recebendo consagradora ovação do enorme público presente e, logo após, fez a entrega simbólica da nova praça de esportes ao povo mineiro.
Antes do início da partida que encerrou as festividades do dia de ontem (domingo, do dia 05 de Setembro de 1965), o Governador mineiro cumpri- mentou a todos os jogadores dos dois times, ressaltando, junto aos integrantes da equipe argentina “a honra a satisfação do povo mineiro de ter o River Plate como convidado num momento histórico como o da inauguração do Estádio Minas Gerais”.
Como convidados especiais do Governo de Minas estiveram presentes às solenidades da inauguração do nôvo estádio, os presidentes da Federação Paulista de Futebol, Sr. Mendonça Falcão; da CBD, Sr. João Havelange; do CND, Sr. Elói Meneses; e o técnico da Seleção Brasileira, Vicente Feola.
Mineiros venceram na Festa de Inauguração
Com uma renda muito aquém da esperada pelas autoridades e sem que se saiba o número exato de espectadores porque as borboletas dos portões de acesso ainda não foram instaladas, o Estádio Minas Gerais foi inaugurado, ontem, com festividades que se encerraram com o encontro entre a seleção mineira e o River Plate, vencido pelos mineiros por 1 a 0, gol de Buglê aos 3 minutos da etapa final.
A arrecadação foi de 82.792.625,00 e calcula-se, entre público pagante e autoridades convidadas, cerca de 80 mil pessoas presentes ao jôga, embora a Administração do Estádio Minas Gerais tivesse anunciado, anteriormente, que a venda de ingressos já havia atingido Cr$ 90 milhões (sábado). O estádio ainda não está acabado, devendo ter suas obras finalizadas, definitivamente, dentro de um ano.
Jogo Fraco
A partida entre o escrete mineiro e o River Plate teve duas características distintas: o nervosismo dos mineiros e o cansaço dos argentinos. A consequência foi um jogo fraco, que somente começou a melhorar depois que a equipe local inaugurou o marcador, no segundo tempo, e, perdendo um pouco a inibição inicial, partiu para o jogo emocional, suprindo as deficiências de falta de conjunto com a vibração de seus jogadores, incentivados pela imensa torcida que pedia “mais um, mais um“.
Até os primeiros 35 minutos da partida o River Plate, embora um pouco lento, comandou o jogo, tendo perdido, aos 9 minutos, oportunidade de inaugurar o marcador num pênalti cometido por Grapete, que tirou com a mão uma bola que ia entrando depois de haver passado pelo goleiro Fábio. Sarnari cobrou e chutou para fora. Depois os mineiros melhoraram um pouco, indo mais à frente, embora pecassem nas finalizações.
Gol Único
O gol da seleção de Minas nasceu de uma jogada de Dirceu Lopes, que deu em profundidade para Buglê, que adiantara, tendo o goleiro Gatti tentado interceptar, falhando. Buglê apanhou a bola, driblou, ainda, um zagueiro e fuzilou, aos 3 minutos da etapa final.
Depois desse gol, os mineiros, jogando mais na base do entusiasmo, pressionaram com mais frequência o gol adversário, até os 30 minutos. Quando faltavam 15 minutos para o término do jogo, o time adversário, que vinha mantendo um ritmo lento, mostrando cansaço, começou a reagir, passando a pressionar, mas a equipe local, caindo toda na defesa, conseguiu manter marcador.
Duas Expulsões
Aos 35 minutos da fase inicial, o ponta-esquerda Tião, do escrete mineiro, entrou violentamente em Sarnári, que revidou com um pontapé, tendo o juiz da partida, Sr. Antônio Viug, expulsado os dois jogadores, passando os dois times a jogar com apenas 10 homens. Mesmo depois dessas expulsões, o jogo continuou viril, com as defesas de ambos os lados jogando duro e, por vezes, violentas.
Começou Atrasado
A partida, que estava por ser iniciada às 15h15m, começou com um atraso de 15 minutos por que as solenidades de inauguração demoraram mais tempo que o previsto pelas autoridades.
As 14h30m, Hideraldo Luís Belini, bicampeão mundial de futebol e capitão da seleção da campanha da Suécia, em 1958, deu a volta olímpica no campo levando o fogo simbólico e depois acendeu a pira olímpica, sob o aplauso de todos os espectadores. Antes do início da partida, os capitães da seleção de Minas, Bueno, e do River Plate, Ramos Delgado, trocaram flâmulas.
Os Melhores
Os melhores jogadores da partida foram Fábio, Dirceu Lopes, Buglê, Grapete e Wilson Almeida, para os mineiros, e Ramos Delgado, Oscar Más, Matozas e o brasileiro Delém (Vladem Lázaro Ruiz Quevedo), para os argentinos. O goleiro Fábio, da seleção de Minas, merece destaque especial, tendo sido o melhor homem em campo.
O árbitro Antônio Viug teve bom trabalho, embora um pouco prejudicado pela virilidade dos jogadores. Quase chega atrasado ao campo porque o avião em que viajou do Rio se atrasou, tendo aterrissado na Pampulha 15 minutos antes do jogo. Os bandeirinhas foram Joaquim Gonçalves e Luís Pereira, ambos da Federação Mineira de Futebol (FMF).
Os mineiros terão hoje o dia livre e voltarão a se concentrar amanhã a fim de se preparar para o jogo com o Botafogo, domingo. Amanhã farão individual; quarta-feira, coletivo no Estádio Minas Gerais; quinta-feira, individual; e sexta-feira, apronto. O técnico mineiro, Gérson Santos, informou que pretende manter a mesma equipe para o Jogo de domingo.
River faturou 10 mil dólares pelo jogo
A Delegação do Club Atlético River Plate, viajando pela Ibéria, desembarcou no Rio de Janeiro, no sábado, do dia 04 de setembro de 1965. Logo depois viajou para Belo Horizonte, chegando por volta das 13 horas. Dali seguiu para o Brasil Palace Hotel, onde ficou hospedado.
A delegação do River Plate embarcou na segunda-feira (dia 06 de Setembro de 1965), às 14 horas, para o Rio de Janeiro e às 18 horas, do Galeão, seguiu viagem para Buenos Aires (ARG). Pela partida, o River Plate recebeu a cota de 10 mil dólares, além das despesas pagas.
SELEÇÃO MINAS GERAIS 1 X 0 C.A. RIVER PLATE (ARG)
LOCAL
Estádio Minas Gerais (atual Mineirão), no bairro da Pampulha, em Belo Horizonte/MG
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Domingo, do dia 05 de Setembro de 1965
HORÁRIO
15 horas e 30 minutos (de Brasília)
RENDA
Cr$ 82.792.625,00 (Oitenta e dois milhões, setecentos e noventa e dois mil, seiscentos e vinte e cinco cruzeiros)
PÚBLICO
73.201 pagantes (a estimativa foi de um público presente de 100 mil)
ÁRBITRO
Antônio Viug (FIFA/RJ)
AUXILIARES
Joaquim Gonçalves (FMF) e Luís Pereira (FMF)
EXPULSÕES
Tião (Minas Gerais) e Sarnari (River Plate)
MINAS GERAIS
Fábio; Canindé, Grapete, Bueno e Décio Teixeira; Dirceu Lopes e Buglê; Wilson Almeida (Geraldo, e depois Noventa), Tostão, Silvestre (Jair Bala) e Tião. Técnico: Gérson Santos.
RIVER PLATE
Gatti; Sainz, Ramos Delgado, Hector Grispo (Mario Bonzuck) e Matosas; Vladislao Cap (Solanez) e Sarnari; Luis Cubilla (Jorge Solari), Artime (Juan Carlos Lallana), Delém e Oscar Más. Técnico: Jose Curti.
GOL(S)
Buglê aos 3 minutos (Seleção Mineira), no 2º Tempo.
Em comemoração ao Dia da Independência do Brasil e mais as festividades pela inauguração do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão (naquele momento ainda se chamava Estádio Minas Gerais), foi marcado um amistoso internacional entre as seleções do Brasil e Uruguai.
Pela primeira vez no cenário do futebol nacional, uma equipe brasileira foi convidada para compor toda a delegação do Brasil. Do técnico ao massagista, do goleiro ao ponta-esquerda, incluindo os reservas, o Palmeiras, treinada pelo argentino Filpo Nuñez, é um dos dois estrangeiros a terem comandado a Seleção Brasileira(o outro foi o uruguaio Ramón Platero, na década de 20).
Em meio à época áurea de times como o Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha, o Palmeiras, sob critério da extinta CBD, foi escolhido por se tratar da melhor equipe do futebol brasileiro em atividade no período.
Já o Uruguai vinha de classificação para o Mundial de 1966 de forma invicta e apresentava craques como Manicera (que depois desfilou sua técnica no Flamengo), Cincunegui (ídolo no Atlético-MG), Varela, Douksas, Esparrago, entre outros.
Numa partida que entrou para a história do futebol mundial, o Palmeiras goleou a Celeste por 3 a 0. O troféu conquistado pela Seleção ficou na sede da CBD (depois CBF) por exatos 23 anos. Em 1988, decidiu-se pelas partes que o Verdão deveria honrosamente ficar com a taça.
Abaixo como o Jornal dos Sports (principal jornal esportivo do país)destacou essa partida na véspera e no pós-jogo. Boa leitura!
Reportagens na véspera do jogo
Em prosseguimento, ainda, as festividades de inauguração do Estádio Minas Gerais, em Belo Horizonte, o Palmeiras jogará hoje à tarde com a seleção do Uruguai, usando o uniforme da seleção brasileira. A atração do jogo será a presença dos dois mineiros que jogam pelo time paulista: Procópio e Dario.
O argentino Filpo Nuñes, técnico do Palmeiras, informou que a presença de Dario como ponta-de-lança ainda é duvidosa porque o jogador não se encontra em estado físico perfeito, mas que está fazendo todos os esforços para lançá-lo em homenagem aos mineiros. Caso não possa atuar Tupāzinho será mantido. O goleiro Valdir sofreu um princípio de distensão do treino de ontem e fará um teste hoje para confirmar se poderá ou não, jogar.
Treinaram Ontem (segunda-feira, dia 06/09/65)
Os jogadores do Palmeiras, dirigidos por Filpo Nuñez, realizaram individual, bate-bola e dois toques, durante 30 minutos, na manhã de ontem (segunda-feira, dia 06/09), no estádio Minas Gerais e, depois, mais 30 minutos de ginástica. No treino de dois toques um time jogou com camisa contra outro, sem camisa, os com camisas formaram com Ditão (3° irmão com o mesmo nome), Picasso, Julinho, Gildo, Servílio, Ademar e Valdemar Carabina, contra Djalma Dias, Djalma Santos, Procópio, Dudu, Ademir da Guia. Ferrari, Germano e
Zequinha. Os dois times jogaram sem goleiros e o time de Julinho saiu vencedor, com mais de 10 gols, tendo Ademar feito 5.
Durante a meia hora de ginástica, foram poupados Procópio, Djalma Dias, Djalma Santos, Ademir da Guia, Ferrari, Dudu e Servílio, que ficaram batendo bola. O goleiro Valdir logo no início do treino sentiu dores no músculo e foi poupado dos treinamentos. Filpo Nuñez informou que os jogadores estão em boa forma. embora um pouco cansados pela campanha do campeonato paulista, e acredita na vitória sobre os uruguaios.
O Time Para Hoje (07/09/65)
Filpo Nuñez acrescentou que, embora o quadro não tenha grandes problemas, deverá fazer algumas modificações durante a partida a fim de poupar os jogadores. Revelou que, em princípio, Palmeiras jogará com Valdir (Picasso); Djalma Santos e Djalma Dias; Procópio (Valdemar Carabina) e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Gildo (Julinho), Servílio, Dario (Tupāzinho) e Germano (Rinaldo).
Ontem à tarde a delegação do Palmeiras esteve no Palácio da Liberdade, em visita ao Governador Magalhães Pinto. Na ocasião, o Presidente do clube paulista, St. Delfino Fachina, fez a entrega ao Chefe do Executivo mineiro, de uma placa de prata comemorativa da inauguração do estádio Minas Gerais.
Uruguaios Chegaram
A Delegação da seleção do Uruguai chegou a Belo Horizonte ontem (segunda-feira, do dia 06 de setembro de 1965), às 23 horas, e o técnicoJuan Lopes informou ao JORNAL DOS SPORTS que pretende, hoje pela manhã, levar os jogadores até o estádio Minas Gerais a fim de que conheçam o campo onde jogarão à tarde. Revelou. ainda, que o quadro jogará incompleto em virtude do campeonato uruguaio, pois a maioria dos times não quis ceder mais de dois jogadores para a seleção.
Os uruguaios entrarão em campo com a seguinte equipe: Taibo; Sircumegui, Nuñez, Varela e Caetano; Manizera e Salva; Franco, Silva, Doukzas e Espanero.
Djalma Santos: 90 Jogos
Em virtude de o Palmeiras jogar hoje com a camisa da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), o zagueirobicampeão mundial, Djalma Santos, completará a sua 90ª partida com a camisa da seleção brasileira.
A expectativa do público para o jogo de hoje é pequena porque, além de não haver festividades como no domingo, como atração, e nem jogar time mineiro, a torcida está se resguardando para os outros jogos, principalmente Santos e seleção mineira. As autoridades preveem para hoje uma renda fraca.
Vantagens de Minas
O estádio de Minas Gerais, que perde em capacidade de público para o Maracanã, tem, entretanto, algumas vantagens sobre ele, pois, enquanto o estádio carioca tem 186.638m2 de área ocupada pelo gramado. pista de atletismo, parque de estacionamento e jardins, o Minas Gerais tem 300.000m2. O estádio mineiro tem alojamento para 400 atletas, enquanto o Maracanã tem apenas 100.
O primeiro jogo noturno quando serão inaugurados, oficialmente, os refletores será entre o Santos e a seleção de Minas, dia 15. O estádio possui 240 projetores, enquanto o Maracanã tem 220.
Palmeiras derrotou Uruguaios com facilidade
BELO HORIZONTE – O Palmeiras, jogando com o uniforme da seleção brasileira, derrotou, ontem, tarde (na terça-feira, do dia 07 de Setembro de 1965), no estádio Minas Gerais, a seleção do Uruguai, num jogo em que foi sempre superior, não tendo vencido por escore mais dilatado em virtude da grande atuação do goleiro Taibo, do escrete uruguaio, e do trabalho de destruição da sua linha de quatro zagueiros.
O Palmeiras jogou uma partida perfeita, terminando por oferecer ao público que compareceu à segunda partida realizada no novo estádio mineiro, ainda em comemoração à sua inauguração, um verdadeiro show de futebol, comandado por Ademir da Guia, absoluto no meio-campo. Outro destaque foi o lateral-direito bicampeão mundial, Djalma Santos, que todas as vezes em que pegava a bola recebia verdadeira ovação do público.
Sempre Melhor
O Palmeiras, desde os primeiros minutos da partida mostrou sua superioridade, evidenciando logo qual seria o resultado do encontro. A seleção uruguaia, apesar de inferior em técnica, entretanto não se entregou de início e seus jogadores procuraram compensar as deficiências técnicas com um grande espírito de luta, competindo bravamente para fugir à derrota que parecia inevitável. Algumas vezes chegou até a linha de defesa do quadro brasileiro, mas Djalma Santos e Djalma Dias, ambos em grande tarde, com facilidade anulavam os ataques.
Com Ademir da Guia dominando inteiramente o meio-campo, bem assessorado por Dudu, a ofensiva brasileira não tinha dificuldades em alcançar a área do adversário e somente não chegou a uma goleada porque o goleiro Taibo veterano da seleção, – estava em tarde de grande inspiração e fez defesas espetaculares.
Além disso, os quatro zagueiros uruguaios, jogando com sobriedade e com boa cobertura, conseguiram, em parte, diminuir o ímpeto da ofensiva palmeirense, embora são conseguisse evitar os dois gols do primeiro tempo.
Primeiros Gols
A primeira etapa do jogo terminou de 2 a 0 para o Palmeiras, gols de Rinaldo, de pênalti, aos 27 minutos, e de Tupãzinho, aos 35. Depois do segundo gol brasileiro a equipe uruguaia esmoreceu um pouco e se concentrou mais na defesa, tentando o ataque, esporadicamente, em lançamentos de profundidade. Nas raras vezes em que o goleiro do Palmeiras, Valdir, foi chamado a intervir, o fez com segurança e categoria.
No primeiro tempo, além de Djalma Santos, Djalma Dias e Ademir da Guia, os atacantes Tupãzinho, Julinho e Rinaldo foram os que mais se destacaram, sendo que Tupãzinho foi o melhor dos três. Os outros, entretanto, também atuaram bem, porém com menos ímpeto.
A Confirmação
No segundo tempo o Palmeiras apenas confirmou sua grande atuação da primeira etapa, embora o uruguaio voltasse um pouco melhor depois de fazer algumas modificações. O Palmeiras também mudou vários jogadores, mas seu ritmo não sofreu solução de continuidade.
O terceiro gol da equipe brasileira veio aos 29 minutos, por intermédio de Germano, que substituiu a Julinho na ponta-direita. Depois desse gol o Palmeiras parece ter perdido o interesse de aumentar o marcador e passou a fazer exibição de futebol, sob os aplausos intensos dos torcedores, que pediam “olé“.
Preliminar
Na partida preliminar o América, de Belo Horizonte, derrotou o Uberaba, por 5 a 2, tendo o primeiro tempo terminado com um empate de 2 a 2, gols de Mosquito, aos 6 minutos e Dirceu, aos 39, para o América, e Zé Luís, aos 36 minutos, e Sapucaia aos 41, para o Uberaba.
Na etapa complementar, Dirceu, aos 5 minutos; Mosquito, nos 7 minutos e Sabino, aos 13 minutos, ampliaram para o América. Na arbitragem funcionou o Sr. Doraci Jerônimo.
BRASIL (S.E. Palmeiras/SP) 3 X 0 URUGUAI
LOCAL
Estádio Minas Gerais (atual Mineirão), em Belo Horizonte/MG
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Terça-feira, do dia 07 de setembro de 1965
HORÁRIO
15 horas e 15 minutos (De Brasília)
RENDA
Cr$ 49.162.125,00
PÚBLICO
44.984 pagantes
ÁRBITRO
Eunápio de Queiroz
AUXILIARES
Cláudio Magalhães e Frederico Lopes.
BRASIL
Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Procópio Cardozo) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho Botelho (Germano) Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario Alegria). Técnico: Filpo Nuñez.
URUGUAI
Walter Taibo (Carlos Fogni); Héctor Cincunegui (Miguel de Britos), Jorge Manicera e Luis Alberto Varela; Omar Caetano, Raúl Núñez (Homero Lorda), Héctor Salvá e Horacio Franco; Héctor Silva (Orlando Virgili), Vladas Douksas e Víctor Espárrago (Julio César Morales). Técnico: Juan López Fontana.
GOLS
Rinaldo, de pênalti, aos 27 minutos (Brasil); Tupãzinho, aos 35 minutos (Brasil), no 1º Tempo. Germano, aos 29 minutos (Brasil ), no 2º Tempo
Por que os dois uniformes possuíam o escudo da FUGAP?
A partida que marcou a despedida de Mané Garrincha tinha uma curiosidade. Afinal, os dois selecionados entraram em campo com uniformes cujo escudo era um losango com a sigla FUGAP.
Afinal, o que era? Bom, FUGAP quer dizer: Fundação Garantia do Atleta Profissional, entidade foi criada durante o governo de Carlos Lacerda/Estado da Guanabara, por determinação do Decreto “N” nº 107, na segunda-feira, do dia 09 de dezembro de 1963.
A Fundação de Garantia ao Atleta Profissional (FUGAP) é uma das poucas entidades a dar algum tipo de auxílio aos ex-jogadores. A FUGAP está localizada em uma pequena sala no complexo Célio de Barros, e sobrevivia com 2% da renda líquida dos jogos no Maracanã.
Roteiro da Despedida de Mané
O vice-presidente da FUGAP, Gilbert informou a programação da despedida de Mané Garrincha. As duas preliminares foram confirmadas:
A partir das 19h15min., artistas de telenovelas x cantores, e, logo em seguida, às 20h15min., veteranos de 1958 e 1962 (Valdir, Jair Marinho, Belini, Orlando, Nilton Santos, Zózimo, Zito, Bauer, Maurinho, Chinezinho, Servílio, Canhoteiro e outros) x time da ADEG.
A partida da “Despedida de Mané Garrincha” estava programada para começar às 22 horas, entre a Seleção Nacional x Selecionado Estrangeiro.
O Flamengo cedeu o casarão da Rua Jaime Silvado, em São Conrado, para concentrar os jogadores.
Na ocasião, a ADEG, CBD e FUGAP abriram mão de suas taxas e a única despesa que os organizadores do espetáculo terão e da ordem de apenas 15 mil cruzeiros, referente ao quadro móvel do estádio do Maracanã.
O Ponto Frio (30 mil ingressos pela bagatela de Cr$ 300 mil cruzeiros) e BancoDelfin-Rio compraram 400 mil cruzeiros de ingressos para a distribuição entre seus clientes.
Ingressos (locais e valores)
Os ingressos foram vendidos na véspera (terça-feira, do dia 18 de dezembro de 1973) e no dia do jogo, se encerrando às 20 horas. O local das vendas foi nas 16 agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Rio Grande, nos seguintes locais:
Zona Sul
Rua Voluntários da Pátria, 254, no bairro de Botafogo;
Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no bairro de Copacabana;
Largo Machado, 35, no bairro de Catete;
Rua Carlos Vasconcelos, 43, no bairro da Tijuca;
Centro do Rio
Rua 1º de Março, 64, no Centro;
Rua das Marrecas, 19, no bairro de Lapa;
Praça Mauá, 7, no Centro;
Subúrbio (atual Zona Norte)
Rua Padre Manso, no bairro de Madureira;
Rua Nicarágua, 517, no bairro da Penha;
Rua Teixeira Soares, 39, no bairro da Praça da Bandeira;
Campo de São Cristóvão, 378, no bairro de São Cristóvão;
Zona Rural (atual Zona Oeste)
Praça Raul Boaventura, 61, no bairro de Campo Grande;
Baixada Fluminense
Avenida Getúlio Moura, 1.399, no município de Nilópolis;
Rua Otávio Tarquino, 87, no município de Nova Iguaçu;
Avenida Dr. Arruda Negreiros, 399, no município de São João de Meriti;
Região Serrana
Avenida 15 de Novembro, 350, no município de Petrópolis.
No 2 do jogo, os postos da ADEG também venderam os ingressos, das 9 as 19 horas:
Theatro Municipal, na Rua Treze de Maio, no Centro;
Mercadinho Azul, no bairro de Copacabana;
Posto Esso, na Av. Epitácio Pessoa;
Rua José Alvarenga, 127, no Centro de Duque de Caxias;
No estádio Mario Filho, o Maracanã, as bilheterias e os portões foram abertos a partir das 18h30min. Os ingressos estavam com os seguintes valores:
SETORES
PREÇOS
Camarote nobre
Cr$ 1.500,00
Camarote lateral
Cr$ 175,00
Camarote de curva
Cr$ 125,00
Cadeira lateral especial
Cr$ 50,00
Cadeira lateral
Cr$ 30,00
Cadeira de curva
Cr$ 25,00
Arquibancada
Cr$ 10,00
Geral
Cr$ 2,00
Geral (militar e/ou fardado)
Cr$ 1,00
Homenagens
Pela manhã, às 10 horas da quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973, a ECT homenageou Garrincha com o lançamento de um carimbo comemorativo, no Gabinete da Presidência da empresa. Às 11h30min., foi entregue no MEC o convite para o Ministro da Educação, o Sr. Jarbas Passarinho, que recebeu um autografo do “Anjo das Pernas Tortas”.
No período da tarde, às 16h30min., Garrincha, acompanhado de toda a diretoria da FUGAP, foi recebido, em audiência especial, no Palácio Laranjeiras, para entregar ao Presidente da República, Sr. Emílio Garrastazu Médici, o convite para assistir a festa da gratidão. No jogo, Médici assistiu o jogo, em uma cabine de rádio, uma vez que a Tribuna de Honra estava passando por reformas.
O dia ainda teve o lançamento em todas as livrarias, o livro “Garrincha, o Demônio de Pernas Tortas”, de autoria de Renato Peixoto dos Santos, no qual o jogador fala de seus sonhos (terminar a carreira no Vasco da Gama), suas tristezas (perder a Copa do Mundo de 1966) e seu time de todos os tempos (no qual por modéstia escalou Julinho na ponta direita).
Crônica do JS
O Jornal dos Sports assim fez a crônica da partida que marcou a despedida de Mané Garrincha, na noite (22 horas) do dia 19 de dezembro de 1973, no Maracanã para um público superior a 155 mil pagantes:
“O Estádio Mário Filho viveu ontem um dia de grande festa, fazendo com que a homenagem a Garrincha se transformasse em tudo aquilo que se esperava. O Estádio lotou para mostrar sua gratidão ao maior ponta-direita do mundo e para assistir a um desfile de grandes estrelas, tendo ainda a satisfação de ver que Pelé continua como Rei.
Numa jogada sensacional, driblando seguidamente cinco adversários, ele fez o primeiro gol da Seleção de Brasileiros na vitória de 2 a 1 sobre a de Estrangeiros.
Mas, sobretudo, houve um momento, no primeiro tempo, que todo o Estádio ficou de pé para aplaudir a jogada tão esperada: Garrincha pegou a bola, jogou por entre as pernas de Brunei, entrou na área, mas chutou mal. Para a torcida foi alegria e ao mesmo tempo tristeza, porque ela reviveu as diabruras de Mané, sabendo que foi aquela a última vez.
Mas aos 23 minutos, o maior volume de jogo dos Estrangeiros resultou em gol. Everaldo falhou ao atrasar a bola e Brindisi, de direita, chutou sem defesa para Félix.
A tristeza acabou quando Garrincha pegou na bola. Ele era o dono da festa e mais uma vez aos 26 minutos, deixou saudades na torcida: cruzou na conta para Jair, que dominou no peito e chutou, mas Andrada pós a corner.
Aos 30 minutos, antes do programado Garrincha teve que deixar o campo. O jogo foi paralisado e ele deu a volta olímpica, jogando a camisa, chuteiras e meias para a torcida.
Com a entrada de Zequinha, a partida foi reiniciada, permitindo com isso mais pressão dos brasileiros, que empataram numa jogada sensacional de Pelé. Ele recebeu de Clodoaldo na intermediária, driblou cinco adversários e, na saída de Andrada, tocou para o gol.
No segundo tempo, o jogo caiu. Pelas inúmeras substituições e pelo cansaço dos dois times. Como os brasileiros tinham mais reservas, puderam aguentar mais e pressionar, pois o time de estrangeiros recuou. Inclusive a partida perdeu a sua grande estrela, que vinha sendo Pelé, que mostrou que ainda continua sendo o maior jogador do mundo.
Com a pressão, os brasileiros conseguiram desempatar aos 20 minutos, numa arrancada de Jairzinho pela direita. Ele passou por seu marcador e cruzou rasteiro. Luís Pereira, que acompanhava o lance, tocou de direita, quase caindo, para as redes. Depois houve mais substituições e o jogou caiu, com os jogadores procurando deixar o tempo passar”.
CANTORES 3 X 1 ATORES
LOCAL
Estádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTER
Despedida de Mané Garrincha – 1ª Preliminar
DATA
Quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO
19 horas e 15 minutos (De Brasília)
RENDA
Cr$ 1.383.121,00
PÚBLICO
131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITRO
Não divulgado
CANTORES
Zeca do Conjunto do Simonal; Simonal (Paulo Sérgio Vale), Armando Migliácio, Gato Felix dos Novos Baianos e Agnaldo Timóteo (Paulinho Tapajós, depois Erlon Chaves); Mazola e Betinho (Jorge Ben); Rui do MPB4 (Silvio César), Chico Buarque (Galvão), Tobias (Morais) e Miltinho do MPB4 (Paulinho da Viola).
ATORES
Jadilson Santana; Mieli (Nicolau), Pitanga, Maurício do Vale e Edson França; Arnaud Rodrigues (Ivan) e João Carlos Barroso; Petraglia, Milton Morais (Carlos Eduardo Dolabela, depois Fúlvio Stefanini, Grande Otelo e Iata Anderson), Francisco Cuoco (Dari Reis) e Adriano Stewart.
GOL(S)
Jorge Bem (Cantores); Francisco Cuoco (Atores); Jorge Bem (Cantores); Galvão (Cantores).
ADEG 1 X 1 SELEÇÃO DO BI MUNDIAL
LOCAL
Estádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTER
Despedida de Mané Garrincha – 2ª Preliminar
DATA
Quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO
20 horas e 15 minutos (De Brasília)
RENDA
Cr$ 1.383.121,00
PÚBLICO
131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITRO
Geraldino César (F.C.F.)
ADEG
Barbosa; Joel Martins, Djalma Dias, Altair e Pampoline; Constantino (Antoninho) e Jansen (Barbosinha); Ademir Menezes (Sabará), Airton do Flamengo, Décio Esteves e Calazans (Zé Carlos).
BI MUNDIAL
Adalberto; Jair Marinho, Belini, Orlando e Nilton Santos; Zito (Bauer) e Zózimo; Julinho (Maurinho), Chinesinho, Vavá (Quarentinha) e Zagallo (Bené).
GOL(S)
Vavá aos 6 minutos (Bi Mundial), no 1º Tempo. Pampoline aos 2 minutos (ADEG), no 2º Tempo.
CURIOSIDADE
O 1º tempo teve a duração de 30 minutos, enquanto no segundo tempo foi de apenas 17 minutos. Um total de 47 minutos.
SELECIONADO BRASILEIRO 2 X 1 SELECIONADO ESTRANGEIRO
LOCAL
Estádio Mario Filho, o ‘Maracanã’
CARÁTER
Despedida de Mané Garrincha
DATA
Quarta-feira, do dia 19 de dezembro de 1973
HORÁRIO
22 horas (De Brasília)
RENDA
Cr$ 1.383.121,00
PÚBLICO
131.555 pagantes (155 mil presentes).
ÁRBITRO
Armando Marques (apitou o 1º tempo) e Arnaldo César Coelho (apitou o 2º tempo)
AUXILIARES
Manuel Espezim Neto (FCF) e José Roberto Wright (FCF)
BRASIL
Félix (Leão); Carlos Alberto Torres (Zé Maria), Brito (Luís Pereira), Piazza e Everaldo (Marinho Chagas); Clodoaldo (Zé Carlos) e Rivellino (Manfrini); Garrincha (Zequinha), Jairzinho (André), Pelé (Ademir da Guia) e Paulo César Caju (Mario Sérgio). Técnico: Mario Jorge Lobo Zagallo
ESTRANGEIROS
Andrada; Forlan, Alex, Reyes (Olevanski) e Brunel; Dreyer e Pedro Rocha; Houseman (Babington), Brindisi, Doval e Onishenko (Levtchev). Técnico: Mário Travaglini
GOL(S)
Brindisi aos 23 minutos (Estrangeiros); Pelé aos 38 minutos (Brasil), do 1º Tempo. Luís Pereira aos 20 minutos (Brasil), do 2º Tempo.
Segundo o Jornal dos Sports, Pelé foi o grande nome da partida. Abaixo destacamos alguns dos principais nomes da partida:
Roberto Rivellino – Uma das figuras de destaque. Correu muito e criou várias boas jogadas de estilo. Deu um drible em Doval que arrancou aplausos da galera.
Mané Garrincha – O nome da noite, quando recebeu a primeira bola, o estádio Mário Filho cheio vibrou. Era o dono da festa e só por isso já merecia a nora máxima. Mas para lembrar o demônio de duas Copas, deu um drible por baixo das pernas de Brunel, o último “João”.
Pelé – Foi o grande nome da noite. Marcou um golaço sensacional, quando passou por cinco adversários e tocou na saída desesperada de Andrada. Continua Rei.
Os gringos do jogo
O combinado estrangeiro contava com Andrada (Vasco), Forlan e Pedro Rocha (São Paulo), Alex (América-RJ), Reyes e Doval (Flamengo) e Dreyer (Coritiba). O técnico foi Mário Travaglini.
O argentino convidado Brindisi, que jogava pelo Huracán e seleção argentina, abriu o placar. Pelé, com um golaço, em jogada individual, empatou ainda no primeiro tempo. Luís Pereira fez no segundo o gol da vitória da seleção.
Curiosidades sobre a grana que Garrincha recebeu nesse jogo
Foram arrecadados mais de US$ 160 mil. Garrincha, então com 40 anos, comprou sete casas (para as filhas), outra na Tijuca, um carro Mercedes-Benz (usado) e uma casa de shows no bairro de Vila Isabel, onde sua companheira e cantora Elza Soares poderia se apresentar.
Infelizmente, Mané Garrincha, morreu pobre, uma década depois, aos 49 anos, em decorrência do alcoolismo. Apesar do final não sido da forma como os fãs do Gênio das Penas Tortas, a história desse craque merece ficar guardado nos corações dos brasileiros e do resto do mundo! Obrigado Mané, por tudo que fez pelo Brasil!
Vídeo do jogo: https://www.youtube.com/watch?v=_vX07RXj5dE
O Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (Portugal),Fundado no dia 23 de setembro de 1919, comandado pelo técnico brasileiro Jorge Vieira veio para uma série de sete jogos, no Brasil, sem três jogadores convocados para disputar a Copa do Mundo na Inglaterra, em 1966: o goleiro José Pereira, o lateral direito Rodrigues e o zagueiro Vicente.
No Campeonato Português de 1965/66, o Belenenses terminou na 7ª colocação ao lado do Varzim, ambos com 25 pontos. O campeão foi o Sporting Lisboa, com 42 pontos, enquanto o Benfica ficou com o vice, com 41.
O clube luso embarcou rumo ao Brasil para um total de sete jogos, passando por seis estados(Nordeste, Sudeste e Sul): pelo Recife/PE, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS e Brasília/DF.
Clube português comandado por brasileiro desembarcou no Recife/PE
A Delegação do Belenenses, desembargou no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, na manhã da quinta-feira, o dia 12 de maio de 1966, chefiada pelo dirigente Manuel Trindade; os dirigentes Fernando Cordeiro e Ernani Pinheiro; o treinador brasileiro Jorge Vieira; o massagista, João Silva; e mais 19 jogadores:
Gomes e Serrano (goleiros), Sá Pinto, Alberto Luís (ex-Portuguesa de Desportos/SP), Quaresma e Caneira (zagueiros); Carlos Pedro (ex-defensor do America/RJ), Santana, Cardoso (médios); Adelino, Pedras, Valdir (ex-Vitória/BA e Fluminense), Estêves, Ramos, Alfredo, Pedroso, Simão (natural de Moçambique), Teodoro e Pereira (atacantes). O Benfica cedeu para essa excursão dois atletas: Santana, 30 anos, e Pedras, enquanto o Porto emprestou Valdir.
A delegaçãoficou hospedada noHotel São Domingos, na Praça Maciel Pinheiro, no bairro de Boa Vista, no Recife/PE.
Uma curiosidade foi o ex-defensor do America do Rio, Carlos Pedro serviu de guia e ajudou os companheiros lusos a trocar de Escudos (moeda da época de Portugal) por Cruzeiros (moeda da época do Brasil), além de matar a saudade de nove meses do Guaraná e do cafezinho brasileiro.
Antes de desembarcar em Belo Horizonte/MG, o Belenenses realizou dois jogos em território brasileiro: no 1º, derrota para o Santa Cruz, no Recife/PE (domingo, às 16 horas, do dia 15 de maio de 1966), por 2 a 1, no estádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE. Pelo jogo, o clube luso recebeu, livre de impostos, a cota de US$ 7 mil dólares (cerca de 15 mil cruzeiros).
SANTA CRUZ F.C. (PE) 2 X 1 C.F. OS BELENENSES (POR)
LOCAL
Estádio José do Rêgo Maciel, o Arruda, no Recife/PE
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Domingo, dia 15 de maio de 1966
HORÁRIO
16 horas
RENDA
Cr$ 8.496.000,00
PÚBLICO
2.832 pagantes
ÁRBITRO
Erilson Gouveia (FPF)
AUXILIARES
Alécio Siqueira (FPF) e Louralber Monteiro (FPF)
SANTA CRUZ
Válter; Reginaldo, Nilton, Carlos e Norberto; e Agra e Terto; Uriel, Manuel, Erandir e Fernando José. Técnico: Alexandre Borges
BELENENSES
Gomes; Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Adelino (Estêves) e Santana; Valdir, Carlos Pedro, Pedras e Ramos. Técnico: Jorge Vieira.
GOLS
Erandir (Santa Cruz) aos 15 minutos; Pedras (Belenenses) aos 35 minutos do 1º Tempo. Erandir (Santa Cruz) aos 12 minutos no 2º Tempo.
Uma semana depois, com uma temperatura mais amena, de aproximadamente 13º graus césios, o Belenenses voltou a campo. Dessa vez o adversário foi a Seleção Paulista (devido diversos jogadores estarem servindo a Seleção Brasileira, visando a Copa do Mundo de 1966, o selecionado paulista foi formado por reservas), em São Paulo/SP, no domingo, às 16 horas, do dia 22 de maio de 1966. No final, os paulistas venceram pelo placar de 3 a 1, no Estádio do Pacaembu. Os preços dos ingressos: Cr$ 2 mil as gerais e Cr$ 3 mil as arquibancadas.
SELEÇÃO PAULISTA (BRA) 3 X 1 C.F. OS BELENENSES (POR)
LOCAL
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo/SP
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Domingo, dia 22 de maio de 1966
HORÁRIO
16 horas
RENDA
Cr$ 22.242.000,00
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
Armando Marques (o trio teve uma boa atuação)
AUXILIARES
Germinal Alba e Wilson Antônio Medeiros
EXPULSÃO
Renato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
SEL. PAULISTA
Félix; Osvaldo Cunha (Renato), Mauro, Jurandir e Edilson; Swing e Ademir da Guia (Benê); Almir, Babá, Coutinho (Ivair) e Tupãzinho. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSES
Gomes; Sá Pinto, Quaresma, Caneiras e Alberto Luiz; Cardoso e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLS
Tupãzinho (Paulistas), aos 16 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 45 minutos do 1º Tempo. Tupãzinho (Paulistas), de pênalti, aos 17 minutos; Renato (Paulistas), aos 25 minutos do 2º Tempo.
Balanço da primeira semana no Brasil
Após os dois jogos, o treinador brasileiro afirmou que a equipe portuguesa sentiu muito a diferença de clima (no Recife um clima quente e em São Paulo uma temperatura melhor), mas prometeu que o time iria melhorar para os próximos jogos. A delegação do Belenenses teve problemas para sair de São Paulo em direção a capital mineira, onde ficou hospedado no Brasil Palace Hotel.
O motivo foi a falta de aviões da capital paulista para Belo Horizonte. Por isso, a delegação precisou se deslocar para o Rio de Janeiro e depois seguir em direção a capital de Minas Gerais.
Torneio Quadrangular de BH de 1966
O Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, reuniu o América Mineiro, Atlético Mineiro, Cruzeiro e o Belenenses de Portugal. Na realidade, a competição seria “Torneio Pentagonal”, pois os organizadores contavam com a presença dos clubes acima e mais do West Bromwich Albion Football Club, mas o time inglês acabou desistindo dias antes.
A razão pelo qual torneio não teve as três, mas sim duas rodadas, não foi explicado pelos organizadores. O que foi apurado, nos jornais da época foi que na segunda rodada, os organizadores calcularam um prejuízo de cerca de Cr$ 6 milhões, o que talvez tenha feito com que a competição fosse abreviada.
Com isso, a rodada inaugural programada para começar na quarta-feira, acabou sendo transferida para o dia seguinte: quinta-feira, do dia 26 de maio de 1966.
Pela 1ª rodada, com arbitragem de Juan de La Pasión Artês, 35 anos (Federação Mineira de Futebol), às 19h30min., o Cruzeiro bateu o América pelo placar de 2 a 1.
CRUZEIRO E.C. (MG) 2 X 1 AMÉRICA F.C. (MG)
LOCAL
Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
CARÁTER
Torneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATA
Quinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO
19 hora e 30 minutos
RENDA
Cr$ 15.988.000,00
PÚBLICO
8.610 pagantes
ÁRBITRO
Juan de La Pasión Artês (FMF)
CRUZEIRO
Tonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Wilson Piazza (Zé Carlos) e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Celton), Evaldo, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
AMÉRICA-MG
Zé Ernesto; Luisinho (Hamilton), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLS
Marco Antônio (Cruzeiro), aos 25 minutos, no 1º Tempo. Samuel (América Mineiro), aos 15 minutos; Marco Antônio (Cruzeiro), aos 37 minutos; no 2º Tempo.
Na sequência, com arbitragem de Silvio Gonçalves David (Federação Mineira de Futebol), às 21h15min., o Atlético Mineiro venceu o Belenenses por 3 a 1, no Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
ATLÉTICO MINEIRO (MG) 3 X 1 C.F. OS BELENENSES (POR)
LOCAL
Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
CARÁTER
Torneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATA
Quinta-feira, do dia 26 de maio de 1966
HORÁRIO
21 hora e 30 minutos
RENDA
Cr$ 15.988.000,00
PÚBLICO
8.610 pagantes
ÁRBITRO
Silvio Gonçalves David (FMF)
EXPULSÕES
Tião (Atlético); Alberto Luiz e Alfredo (Belenenses)
ATLÉTICO-MG
Hélio (Luizinho); Canindé (Dawson), Vânder e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê (Paulista); Ronaldo, Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
BELENENSES
Gomes; Sá Pinto (Estêves), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Caneira (Ramos) e Santana; Adelino (Alfredo), Carlos Pedro, Pedras e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLS
Santana (Atlético) aos 5 e 12 minutos; Tião (Atlético) aos 17 minutos; Adelino (Belenenses) aos 43 minutos do 1º Tempo.
Na 2ª rodada, no domingo, do dia 29 de maio de 1966, começou com a preliminar. Nele, o Atlético Mineiro não teve dificuldades para vencer o América Mineiro por 3 a 0, no Mineirão. Destaque para o atacante Roberto Mauro, autor de dois gols, e Ronaldo marcou o outro tento para o Galo.
ATLÉTICO MINEIRO (MG) 3 X 0 AMÉRICA F.C. (MG)
LOCAL
Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
CARÁTER
Torneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATA
Domingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDA
Cr$ 20.801.000,00
PÚBLICO
11.579 pagantes
ÁRBITRO
Hamlet Pernisa (FMF)
ATLÉTICO-MG
Luizinho; Warlei, Dari, Vânder (Grapete) e Décio Teixeira; Ayrton e Bouglê; Ronaldo (Viladoniga), Santana, Roberto Mauro e Tião. Técnico: Gradim.
AMÉRICA-MG
Mussula; Hamilton (Luisinho), Haroldo (Zé Horta), Zé Luís e Murilo; Edson e Ney (Eduardo); Ernani, Samuel, Araken (Mosquito) e Nilo. Técnico: Dorival Knipel, ‘Yustrich’.
GOLS
Ronaldo (Atlético), aos 44 minutos, no 1º Tempo. Roberto Mauro (Atlético), aos 26 e 33 minutos, no 2º Tempo.
Na partida de fundo, o Cruzeiro goleou o Belenenses por 5 a 2 (na etapa inicial a Raposa venceu por 3 a 1. Logo aos 11 minutos Marco Antônio abriu o placar para a Raposa. Aos 35 minutos, Pedras arriscou um chute de fora da área. A bola bateu na trave, e, no rebote, o brasileiro Valdir deixou tudo igual para os portugueses.
Porém, aos 40 minutos, Evaldo recolocou o Cruzeiro em vantagem. Cinco minutos depois, após um cruzamento de HiltonOliveira, Marco Antônio ampliou para a Raposa o placar na primeira etapa.
No segundo tempo, logo aos 9 minutos, Marco Antônio marcou o quarto gol cruzeirense. Aos 28 minutos, o brasileiro Carlos Pedro cobrou falta de fora da área, acertando um belo chute, diminuindo a desvantagem. Mas, aos 41 minutos, Dirceu Lopes deu belo passe para Marco Antônio, que marcou o seu quarto gol, tocando para o fundo das redes, dando números finais a peleja.
CRUZEIRO E.C. (MG) 5 X 2 C.F. OS BELENENSES (POR)
LOCAL
Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
CARÁTER
Torneio Quadrangular de Belo Horizonte de 1966
DATA
Domingo, do dia 29 de maio de 1966
RENDA
Cr$ 20.801.000,00
PÚBLICO
11.579 pagantes
ÁRBITRO
José Alberto Teixeira (FMF)
AUXILIARES
Doraci Jerônimo (FMF) e Jarbas de Castro (FMF)
CRUZEIRO
Tonho (Raul); Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (João José), Evaldo (Batista), Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSES
Gomes (Serrano); Estêves, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Adelino (Côrrea); Teodoro, Pedras, Santana e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLS
Marco Antônio (Cruzeiro), aos 11 e 45 minutos; Valdir (Belenenses), aos 35 minutos; Evaldo (Cruzeiro), aos 40 minutos, no 1º Tempo. Marco Antônio (Cruzeiro), aos 9 e 41 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), aos 28 minutos, no 2º Tempo.
Cruzeiro foi o campeão do Torneio Quadrangular de BH 1966
Após duas rodadas, o Cruzeiro Esporte Clube se sagrou campeão do torneio. A questão que não ficou claro foi qual critério definiu o título para a Raposa. Afinal, Atlético Mineiro e Cruzeiro venceram seus dois jogos, somando quatro pontos, sendo que o Galomarcou seis gols, sofrendo um e um saldo de cinco; enquanto a Raposamarcou sete tentos, sofrendo três e um saldo de quatro.
Nos 14 periódicos pesquisados, nenhum mencionou a razão do Cruzeiro ter ficado com o título. Caso alguém possua a informação (sem achismo, por favor!), peço que nos informem!
Marco Antônio o goleador máximo do Torneio
O artilheiro do Torneio Quadrangular Internacional de BH, em 1966, foi o atacante Marco Antônio, do Cruzeiro, com incríveis seis gols em dois jogos, uma média exata de três tentos por partida. Abaixo os goleadores do torneio.
6 gols – Marco Antônio (Cruzeiro);
2 gols – Santana e Roberto Mauro (Atlético)
1 gol – Samuel (América Mineiro); Tião e Ronaldo (Atlético); Adelino, Valdir e Carlos Pedro (Belenenses); Evaldo (Cruzeiro).
Em amistoso, Flamengo goleia o Belenenses
Depois enfrentou o Flamengo, às 21h30min.,na quinta-feira, do dia 02 de junho. Acabou goleado pelo rubro-negro por 4 a 1, no Estádio Mario Filho, Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ.
Os gols foram assinalados por Fio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do primeiro tempo. Juarez aos 4 minutos e César Lemos aos 11 e 17 minutos, para o rubro-negro; enquanto o brasileiro Carlos Pedro, de pênalti, aos 40 minutos, fez o tento de honra do time luso, na etapa final.
C.R. FLAMENGO (RJ) 4 X 1 C.F. OS BELENENSES (POR)
LOCAL
Estádio Mário Filho, o Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro/RJ
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Quinta-feira, do dia 02 de junho de 1966
HORÁRIO
21 hora e 30 minutos
RENDA
Cr$ 6.900.560,00
PÚBLICO
7.600 pagantes
ÁRBITRO
Gualter Portela Filho
AUXILIARES
Nivaldo Santos e Arnaldo César Coelho
EXPULSÃO
Renato (Paulista) aos 27 minutos do 2º tempo, por um pontapé sem bola em Alberto Luiz (Belenenses)
FLAMENGO
Franz; Nelsinho (Mário Braga), Luís Carlos, Jayme Valente e Leon; Carlinhos Violino (Derci) e Juarez; Carlos Alberto, Fio Maravilha (Paulo Alves), César Lemos (Almir Pernambuquinho) e Osvaldo II. Técnico: Aimoré Moreira.
BELENENSES
Serrano; Estêves (Carneiras), Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro (Alfredo), Pedras, Adelino e Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLS
Fio Maravilha (Flamengo), aos 27 minutos do 1º Tempo; Juarez (Flamengo), aos 4 minutos; César Lemos (Flamengo), aos 11 e 17 minutos; Carlos Pedro (Belenenses), de pênalti, aos 40 minutos do 2º Tempo.
Sexto jogo e nova derrota: Grêmio 3 a 0, no Olímpico
O Belenenses voltou a campo para enfrentar o Grêmio, no domingo, do dia 5 de junho, às 16 horas, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. O Tricolor Gaúcho bateu o clube luso pelo placar de 3 a 0. Gols foram marcados por Joãozinho, Paraguaio e Volmir.
GRÊMIO F.B.P.A. (RS) 3 X 0 C.F. OS BELENENSES (POR)
LOCAL
Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Domingo, dia 05 de junho de 1966
HORÁRIO
16 horas
RENDA
Não divulgado
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
Alberto Silva (boa atuação)
GRÊMIO
Arlindo; Altemir, Airton, Áureo (Paulo Sousa) e Ortunho; Cléo (Paíca) e Sérgio Lopes; Jorginho, Adão (Joãozinho e depois Paraguaio), Volmir e Vieira. Técnico: Luís Engelke.
BELENENSES
Serrano; Quaresma, Caneiras, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Teodoro, Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir. Técnico: Jorge Vieira.
GOLS
Joãozinho (Grêmio), aos 24 minutos do 1º Tempo. Paraguaio (Grêmio) aos 37 minutos; Volmir (Grêmio) aos 39 minutos do 2º Tempo.
Enfim, a primeira vitória: 2 a 1, no Cruzeiro
No seu último jogo em território brasileiro, enfim, a primeira e única vitória. Na quarta-feira, do dia 08 de junho, às 19 horas, voltou a enfrentar o Cruzeiro/MG, no Estádio Nacional, em Brasília/DF.
O Belenenses venceu a Raposa pelo placar de 2 a 1. Os gols foram assinalados por Pedras e Valdir para os portugueses, enquanto Zé Carlos fez o tento de honra dos mineiros.
CRUZEIRO E.C. (MG) 1 X 2 C.F. OS BELENENSES (POR)
LOCAL
Estádio Nacional, o Pelezão, em Brasília/DF
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Quarta-feira, do dia 08 de junho de 1966
HORÁRIO
19 horas
RENDA
Não divulgado
PÚBLICO
Não divulgado
ÁRBITRO
Arnaldo César Coelho
AUXILIARES
Idélcio Gomes de Almeida (FDB) e Rubens Pacheco (FDB – Federação Desportiva de Brasília)
EXPULSÃO
Alberto Luiz (Belenenses)
CRUZEIRO
Tonho; Pedro Paulo, Vavá, Cláudio Danni e Neco; Zé Carlos (Wilson Piazza) e Wilson Almeida (Natal); Marco Antônio, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
BELENENSES
Gomes (Serrano); Sá Pinto, Quaresma, Cardoso e Alberto Luiz; Carlos Pedro e Santana; Adelino (Alfredo), Pedras, Valdir e Côrrea. Técnico: Jorge Vieira.
GOLS
Zé Carlos (Cruzeiro), aos 19 minutos; Pedras (Belenenses), aos 36 minutos, no 1º Tempo. Valdir (Belenenses), 15 minutos, no 2º Tempo.
Balanço de excursão do clube português
No final, a passagem do Clube de Futebol Os Belenenses, de Lisboa (POR) foi decepcionante. Foram sete jogos, com uma vitória e seis derrotas; oito gols pró, 21 tentos contra e um saldo negativo de 13.
O artilheiro do Clube de Futebol Os Belenenses, nos sete jogos, em território brasileiro foi o carioca Carlos Pedro (ex-America do Rio) com três gols. Depois outro brasileiro, Valdir(ex-Vitória/BA e Fluminense) e o português Pedras, com dois tentos. Por fim, Adelino com gol marcado.
Na manhã da quarta-feira, no dia 14 de junho de 1966, a Delegação do Belenenses retornou para Portugal. À uma hora da madrugada, pela Varig com escala em Caracas(Venezuela) e de lá até Lisboa pela KLM, chegando na capital portuguesa às 21 horas da quarta-feira, hora local.
Colaboraram: Carlos Eduardo Magalhães, Arthur Mendes e Rodrigo S. Oliveira
FOTOS: Revista do Esporte (RJ) – Arquivo Cobra Coral
FONTES: Almanaque do Cruzeiro Esporte Clube 1919-2013, de Henrique Ribeiro – A Tribuna (SP) – Correio da Manhã (RJ) – Correio Brasiliense (DF) – Cruzeiropedia.org – Diário da Manhã (PE) – Diário de Notícias (RJ) – Diário de Pernambuco (PE) – Diário da Tarde (PR) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Jornal (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ)
A delegação da URSS desembarcou na segunda-feira, do dia 14 de fevereiro de 1966, em Porto Alegre/RS, onde ficou hospedada no City Hotel. Na capital gaúcha, os soviéticos aproveitaram a terça-feira de folga (15/02/66), passeios pelo Centro de Porto Alegre, fazendo compras na Rua dos Andradas e tirando fotos na Praça XV de Novembro. Alguns preferiram das uma volta de ônibus e outros foram ao cinema.
Preços dos Ingressos
No sábado, do dia 12 de fevereiro de 1966, foram divulgados os quatro locais de venda e valores dos ingressos para o jogo entre o Grêmio versus URSS. Na Sede do Grêmio (5º andar do Edifício Brasília); na Drogaria Panitz (Rua dos Andradas, nº 1211); Casa Herrmann (Rua dos Andradas, esquina com a Rua Uruguai); Sociedade Gondoleiros, no 4º distrito.
Cadeiras Numeradas
Cr$ 5.000,00
Arquibancadas
Cr$ 2.000,00
½ Arquibancadas
Cr$ 1.500,00
Associados gremistas
Cr$ 1.500,00
Dependentes de sócios
Cr$ 1.000,00
Sócios juvenis
Cr$ 1.000,00
Sócios infantis
Cr$ 1.000,00
Na sua sétima e última partida em território brasileiro, a Seleção Soviética acabou derrotada pelo Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense, então tetracampeão Gaúcho, pelo placar de 2 a 0, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre/RS. Os gols foram assinalados por Alcindo, sendo que o último foi um golaço!
Crônica do jogo
Noiada de gala viveu o público metropolitano na noite de ontem (16/02/66), quando o Grêmio, confirmando o cartaz de grande esquadrão de futebol, dobrou a Seleção da União Soviética, pelo marcador de dois a zero. O onze treinado por Luiz Engelke, deu mais uma grande satisfação ao seu quadro social, com a meritória vitória obtida diante da União Soviética.
Os primeiros 45 minutos foram de ações parelhas, com as defensivas sobrepujando os ataques. Os visitantes, procuraram com muita vontade o último reduto tricolor, mas foram barrados, pelos companheiros de Aírton.
Na etapa complementar, embora o jogo tenha decaído muito em sua parte técnica, quase no final da partida, Alcindo, acordou a torcida presente ao estádio, com belo tento conquistado.
Aos 28 minutos, após uma falha de Shesternyov, o avante tricolor marcou o primeiro da noite. Aos 34 minutos, Alcindo, sem ângulo, após bater dois adversários, deixou Banikov, sem chances de defesa. Um golaço!
Os russos que jogaram bem na primeira fase, na etapa final, exaustos e sem preparo físico, foram cedendo terreno, dando oportunidade para que a equipe do Olímpico tomasse conta das ações. Fim de jogo, e a vitória do Grêmio foi justa diante de uma excelente Seleção de futebol.
GRÊMIO (RS) 2 X 0 URSS
LOCAL
Estádio Olímpico, na Av. Dr. Carlos Barbosa, s/n, no bairro Medianeira, em Porto Alegre/RS
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Quarta-feira, do dia 16 de Fevereiro de 1966
HORÁRIO
21 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 47.621.500,00 (quarenta e sete milhões, seiscentos e vinte e um mil e quinhentos cruzeiros)
PÚBLICO
30 mil pagantes
ÁRBITRO
Armando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARES
Jaime Soligo (FRGF) e Sady Belotto Mello (FRGF)
CARTÃO VERMELHO
Khusainov (URSS)
GRÊMIO
Alberto; Altemir, Aírton, Áureo e Ortunho; Cléo e Sérgio Lopes; Jorginho Martins (Vieira), João Severiano (Paulo Lumumba), Alcindo e Volmir. Técnico: Luiz Engelke
U.R.S.S.
Banikov; Ponomariov, Shesternyov, Usatore e Danilov; Valery Voronin e Biba (Sabo); Chislenko (Slava Metreveli), Khusainov (Khmelnitsky), Ivanov e Malofeyev (Serebryanilov). Técnico: Nikolay Morozov
GOLS
Alcindo aos 28 e 34 minutos (Grêmio), no 2º Tempo.
PRELIMINAR
Grêmio (Juvenil) 7 x 0 Atlético Veranense (Veranópolis)
FOTOS: Jornal do Dia (RS) – Assis Hoffmann, da Agência RBS
FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Diário de Notícias (RS) – Jornal do Dia (RS)
O Torneio Magalhães Pinto, foi realizado entre os dias 3 a 6 de fevereiro de 1966 (quinta-feira a domingo). A competição contou com a participação do Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo e a Seleção da U.R.S.S. (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que fez uma excursão pelo continente sul-americano, visando a preparação para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.
O América Mineiro tentou participar, mas…
Um fato curioso, foi que o América Mineiro tentou participar do quadrangular. Para isso tentou junto a Federação Mineira de Futebol (FMF), transferir o seu jogo da Campeonato Mineiro referente ao ano de 1965, do dia 05 de fevereiro de 1966, diante do Valeriodoce para outra data.
Inclusive, o clube enviou o representante o Sr. Lauro Gentil para uma reunião na sede da CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF), terça-feira, às 19h30min., do dia 19 de janeiro de 1966. Apesar do esforço do Coelho, a resposta definitiva foi de que seria impossível a sua inclusão no quadrangular.
A Seleção Uruguaia foi cogitada a disputar
Sem cobrar cota, revertendo a arrecadação das partidas em benefício das vítimas das enchentes no Rio, a Seleção do Uruguai veio ao Brasil a fim de excursionar para realizar vários amistosos. Com isso foi cogitado a sua entrada no Torneio Magalhães Pinto de 1966, o que elevaria o número para cinco equipes. Porém, no final a Celeste não participou.
Os soviéticos livres, leves e soltos em Belo Horizonte
Na noite de terça-feira, do dia 1º de fevereiro de 1966, os jogadores do selecionado soviético saíram do Brasil Palace Hotel, onde estavam hospedados em Belo Horizonte/MG, informando que “iriam numa recepção”.
No entanto, foi descoberto, que na realidade os russos foram no Cine Art-Palace, assistir a um filme de strip-tease, chamado: “Noites Quentes do Oriente” (filme italiano, que revela a vida noturna em países orientais), que é impróprio para menores de 18 anos.
Cruzeiro e URSS estreiam com goleada e decidem o título
O Torneio Magalhães Pinto, teve a sua jornada dupla, na quinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966. A diretoria do Cruzeiro que havia prometido um “bicho” de Cr$ 200 mil para cada jogador em caso de vitória, pelo visto motivou os jogadores.
Após um primeiro tempo equilibrado, com empate em dois gols, o Cruzeiro voltou para a etapa final e goleou o Flamengo pelo placar de 6 a 2, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
CRUZEIRO E.C. (MG) 6 X 2 C.R. FLAMENGO (RJ)
LOCAL
Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTER
Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATA
Quinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO
21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDA
Cr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO
36.121 pagantes
ÁRBITRO
Joaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARES
Juan de La Passion Artês (FMF) e José Teixeira dos Santos (FMF)
CRUZEIRO
Tonho; Pedro Paulo, William (Celton), Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
FLAMENGO
Valdomiro; Murilo, Ditão (Jayme Valente), Luís Carlos e Paulo Henrique; Carlinhos e Jarbas (Mansilha); Neves, César Lemos (Aírton), Silva Batuta e Rodrigues (Osmar). Técnico: Armando Renganeschi.
GOLS
Silva Batuta aos 20 e 27 minutos (Flamengo); Dirceu Lopes aos 24 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 37 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo. Wilson Piazza, de pênalti, aos 18 minutos (Cruzeiro); Tostão aos 22 e 41 minutos (Cruzeiro); Marco Antônio aos 29 minutos (Cruzeiro), no 2º Tempo.
Na partida de fundo, a diretoria bem que tentou motivar seus jogadores com a promessa de pagar Cr$ 200 mil pela vitória diante do selecionado soviético e mais Cr$ 300 mil pelo título.
Porém, o que se viu foi um Atlético Mineiro ser goleado pela União Soviética pelo placar de 6 a 1, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG. Após um primeiro tempo com cinco tentos a zero, os russos retornaram num ritmo menor assegurando o direito de decidir o título contra o Cruzeiro.
ATLÉTICO MINEIRO (MG) 1 X 6 SELEÇÃO DA U.R.S.S.
LOCAL
Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTER
Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATA
Quinta-feira, do dia 03 de fevereiro de 1966
HORÁRIO
19 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDA
Cr$ 74.470.000,00 (setenta e quatro milhões e quatrocentos e setenta mil cruzeiros)
PÚBLICO
36.121 pagantes
ÁRBITRO
Armando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARES
Doraci Jerônimo (FMF) e José Alberto (FMF)
ATLÉTICO-MG
Osias; Canindé, Zé Borges (Vander), Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Buião (Ronaldo), Toninho, Noventa e Ronaldo. Técnico: Paulo Amaral
URSS
Kavazashivilli; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Danilov; Malafeev (Voronin) e Jussanov (Biba); Chislenko, Slava Metreveli, Kopaev (Serebrianikov) e Meshki (Jmelnitski). Técnico: Nikolay Morozov
GOLS
Kopaev a 1 e aos 16 minutos (URSS); Jussanov aos 4 minutos (URSS); Chislenko aos 19 minutos (URSS); Meshki aos 26 minutos (URSS), no 1º Tempo. Kopaev aos 12 minutos (URSS); Toninho aos 15 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.
A jornada dupla, de o Torneio Magalhães Pinto de 1966, no domingo, do dia 06 de fevereiro de 1966, começou com a disputa do 3º lugar, entre Flamengo e Atlético Mineiro, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
No final, melhor para o Rubro-negro carioca que bateu o Galo pelo placar de 1 a 0, ficando com a 3ª colocação do torneio.
O primeiro tempo, foi fraco, com o Atlético um pouco melhor. No segundo tempo, com a entrada de Aírton na vaga de Carlinhos Violino, o Flamengo melhorou e dominou o jogo. Após perder uma série de gols, aos 37 minutos, saiu o gol.
Aírton dominou a bola na intermediária adversária e passou a César Lemos, na entrada da área. O ponta-de-lança deu um drible de corpo em Vander e, já com Luisinho batido, chutou rasteiro. A bola bateu no pé da trave e sobrou limpa para Neves que tocou alto para o gol, antes de entrar a bola resvalou na cabeça de Aírton, mas o árbitro assinalou o tento para Neves.
O Galo ainda tentou o empate, mas o rubro-negro por pouco não ampliou o marcador. Fim de jogo e o Flamengo ficou com a terceira colocação, enquanto o Atlético terminou na 4ª posição.
ATLÉTICO MINEIRO (MG) 0 X 1 C.R. FLAMENGO (RJ)
LOCAL
Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTER
Disputa do 3º lugar do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATA
Domingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO
15 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 104.704.000,00 (cento e quatro milhões e setecentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO
52.422 pagantes
ÁRBITRO
Joaquim Gonçalves (CBD)
AUXILIARES
Luís Pereira (FMF) e José Teixeira (FMF)
ATLÉTICO-MG
Luisinho; Canindé, Vander, Bueno e Dawson; Aírton e Bougleux; Ronaldo, Toninho, Noventa (Henrique Frade e depois Paulista) e Noêmio (Pio). Técnico: Paulo Amaral
FLAMENGO
Valdomiro (Franz); Leon, Luís Carlos, Jayme Valente e Paulo Henrique; Carlinhos (Aírton) e Jarbas; Neves, César Lemos, Silva Batuta e Rodrigues. Técnico: Armando Renganeschi.
GOL
Neves aos 37 minutos (Flamengo), no 2º Tempo.
Na partida de fundo, foi definido o grande campeão do Torneio Magalhães Pinto de 1966. E a Seleção da União Soviética bateu o Cruzeiro pelo placar de 1 a 0, e ficou com o título, na tarde de domingo, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG.
O gol da partida saiu aos 5 minutos da etapa final. O tento foi marcado pelo veterano atacante soviético Ivanov, que, mesmo sem condições físicas, encheu o pé numa bola que lhe foi passada por Banishevski, com o goleiro fora do gol, viu a bola morrer no fundo das redes.
A URSS ganhou cota de 24 mil dólares pelas duas exibições, correndo por conta da FMF (Federação Mineira de Futebol), as despesas com estadia, alimentação e, inclusive, diversões (cinema).
CRUZEIRO E.C. (MG) 0 X 1 SELEÇÃO DA U.R.S.S.
LOCAL
Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte/MG
CARÁTER
Final do Torneio Magalhães Pinto de 1966
DATA
Domingo, do dia 06 de fevereiro de 1966
HORÁRIO
17 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 104.404.000,00 (cento e quatro milhões e quatrocentos e quatro mil cruzeiros)
PÚBLICO
52.432 pagantes
ÁRBITRO
Armando Marques (CBD/RJ)
AUXILIARES
Juan de La Passion Artês (FMF) e Doraci Gerônimo (FMF)
CRUZEIRO
Tonho; Pedro Paulo, William, Vavá e Neco; Wilson Piazza e Dirceu Lopes; Wilson Almeida (Natal), Tostão, Marco Antônio (João José) e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
URSS
Lev Yashin, ‘Aranha Negra’; Ponomaryov, Shesternyov, Afonin e Guetmanov; Voronin e Jusainov (Serebrianikov); Slava Metreveli (Chislenko), Ivanov (Biba), Banishevskiy e Meshki (Kopaiev). Técnico: Nikolay Morozov
GOL
Ivanov aos 5 minutos (URSS), no 2º Tempo.
FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Cláudio Aldecir – Revista Cruzeiro – Acervo pessoal
Após estrear em solo brasileiro, com derrota para o Corinthians (3 a 1), a Seleção da União Soviética se preparava para enfrentar a Sociedade Esportiva Palmeiras, no sábado, às 21h15min., do dia 29 de janeiro de 1966, no Estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo/SP.
Apesar da melhora da compilação intestinal deIvanov, otreinador Nikolay Morozov optou em poupá-lo. Já o ponta-direita Metrevelli começaria o jogo como titular.
Na antevéspera da partida, os soviéticos almoçaram às 9 horas, depois visitaram a sede do Clube Atlético Paulistano, percorrendo depois, os pontos pitorescos da cidade de São Paulo/SP, só retornando às 20 horas para jantar. Na véspera, no período da manhã, o treinador Morozov realizou um treino com bola depois um treino tático, fazendo os últimos ajustes para o jogo diante do Palmeiras.
Preços dos Ingressos
Geral
Cr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
Arquibancada
Cr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros)
Cadeira Numerada
Cr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros)
Os sócios do Palmeiras
Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros)
Transmissão
A Rádio Continental transmitiu o jogo, tendo Clóvis Filho na narração e Carlos Marcondes nos comentários.
Palmeiras bateu a URSS
Outra sensacional vitória obtida pelo futebol brasileiro sobre a União Soviética, na noite de sábado (29/01/1966), quando o Palmeiras derrotou a URSS pelo placar de 3 a 1, a mesma contagem que o Corinthians havia estabelecido.
Depois de um primeiro tempo sem gols, o quadro paulista abriu a contagem aos 3 minutos, Dudu chutou da intermediaria, e Lev Yashin fez golpe de vista e acabou indo buscar no fundo das redes.
Os soviéticos empataram quatro minutos depois, quando o ponta-esquerdaMeskhi driblou seguidamente Luís Carlos (substituiu Djalma Santos aos 35 minutos do 1º tempo) e Djalma Dias e tocou na saída de Valdir para deixar tudo igual.
O domínio e a maior capacidade técnica do Palmeiras, no entanto, voltaram a se manifestar aos 24 minutos, Rinaldo cobrou falta e soltou uma bomba. O goleiro Yashin rebateu a bola, e Ademar Pantera, demonstrando oportunismo, marcou o gol, recolocando o Palmeiras na frente do placar.
Aos 28 minutos, Jairzinho driblou vários adversários e, na pequena área, foi derrubado por Danilov! Pênalti, que Rinaldo converteu, sem chances para Yashin, dando números finais a peleja.
S.E. Palmeiras (SP) 3 X 1 URSS
LOCAL
Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o ‘Pacaembu’, em São Paulo/SP
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Sábado, do dia 29 de Janeiro de 1966
HORÁRIO
21 horas e 15 minutos (de Brasília)
RENDA
Cr$ 29.873.000,00 (vinte e nove milhões, oitocentos e setenta e três mil cruzeiros)
PÚBLICO
17.998 pagantes
ÁRBITRO
Ethel Rodrigues (FPF) fracaatuação
AUXILIARES
Germinal Alba (FPF) e Wilson A. Medeiros (FPF)
PALMEIRAS
Valdir de Morais; Djalma Santos (Luís Carlos), Djalma Dias, Procópio e Ferrari; Dudu e Zequinha (Suingue); Jairzinho, Servílio e Dario (Ademar Pantera). Técnico: Mario Travaglini
URSS
Lev Yashin; Ponomarionov, Shesterniev, Afonin e Danilov; Melafeev e Khusainov; Metrevelli, Kopaiev (Chislenko), Banichveski e Meskhi. Técnico: Nikolay Morozov
GOLS
Dudu aos 3 minutos (Palmeiras); Meskhi aos 7 minutos (URSS); Ademar Pantera aos 24 minutos (Palmeiras); Rinaldo aos 28 minutos (Palmeiras), no 2º Tempo.
FOTOS: Jornal dos Sports (RJ) – Revista Cruzeiro – Acervo ‘Eu Amo o Palmeiras’
FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Tribuna de Imprensa (RJ)