“O Clube Náutico Marcílio Dias lamenta profundamente o falecimento do ex-jogador Agenor Eugênio Rodrigues, ocorrido em 16 de fevereiro de 2018. Nascido em 13 de setembro de 1938 em Piçarras, então bairro de Itajaí, Agenor iniciou a carreira como ponta-esquerda no Tiradentes da Barra do Rio, transferindo-se para o Marcílio Dias em 1955. No ano seguinte foi para o Carlos Renaux de Brusque e em 1960 para o São Paulo Futebol Clube. Aos familiares, nossos sinceros votos de condolências.“
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Antoninho Justiniano (ex-Saad e Marcílio Dias)
Faro de gol apurado, perspicácia, técnica e inteligência. Estas eram algumas das qualidades de Antoninho Justiniano, um dos grandes nomes que vestiram a camisa do Marcílio Dias na década de 1980. Natural de São Paulo, onde nasceu em 7 de agosto de 1954, o atacante começou a carreira no Saad de São Caetano do Sul e chegou ao Gigantão das Avenidas em 1981, contratado pelo então presidente Delfim de Pádua Peixoto Filho.
Antoninho em ação pelo Marinheiro: goleador implacável
Embora fosse meio-campista de origem, Antoninho atuou em algumas temporadas como centroavante e foi um dos principais goleadores do time entre 1982 e 1985. Somente no ano de 1982 foram 24 gols. No período em que defendeu o Marcílio Dias, atuou ao lado de outros jogadores que ficaram marcados na memória da torcida rubro-anil, tais como Leleco, Careca e Veiga, entre outros.
Antoninho foi uma das figuras da equipe campeã da Taça FCF 60 Anos, em 1984. Coube a ele marcar o gol do título, na vitória por 2 a 0 sobre o Avaí, em 15 de abril daquele ano, no Estádio Hercílio Luz. Naquela competição, que reuniu os principais clubes do futebol catarinense da época, o time base do Marinheiro era formado por Mauro; Ari Marques, Jorge, Gilberto e Luiz Fernando; Rosa Lopes, Osmarzinho e Antoninho; Anderson, Jair e Veiga.
Campeões da Taça FCF 60 Anos. Antoninho é o último da esquerda para direita
Além do Saad e do Marcílio, Antoninho também jogou no Novo Hamburgo (1984) e Inter de Lages (1986), entre outros clubes. Atualmente, reside em São Paulo.
Nome: Antoninho Justiniano
Nascimento: 7 de agosto de 1954, São Paulo (SP)
Posição: Atacante
Período no Marcílio Dias: 1981-1985
FONTE
Baú do Marcílio – http://baudomarcilio.blogspot.com.br/
Grandes vitórias do Marcílio Dias sobre o Figueirense
Os confrontos entre Marcílio Dias e Figueirense remontam a 1930. Em 27 de julho daquele ano, houve o primeiro embate: vitória do Marinheiro por 3 a 0, em amistoso disputado no Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí. Os gols foram anotados por Guarino (duas vezes) e Zé Macaco.
Duas expressivas vitórias marcilistas por 4 a 0 ocorreram em outro amistoso realizado em Itajaí em 1933 e numa partida do Campeonato Catarinense de 1964. Mas foi em 16 de junho de 1946, em mais um amistoso em Itajaí, que se registrou a maior goleada do Marcílio sobre o rival alvinegro: 6 a 1.
Um fato curioso ocorreu no Campeonato Catarinense de 1958. Em 11 de janeiro de 1959, o Marcílio Dias venceu o primeiro jogo em Itajaí por 4 a 0 – gols de Cirilo, Idésio (duas vezes) e Zênio. O Figueirense precisava vencer o segundo jogo no tempo normal e na prorrogação para se classificar.
Página esportiva do jornal Libertador, de Itajaí, em 1959. Acervo FGML
No dia 18 de janeiro as duas equipes se enfrentaram no Estádio Adolpho Konder, em Florianópolis. O time da Capital venceu no tempo normal por 2 a 0, mas a prorrogação de 30 minutos terminou sem gols. Uma nova prorrogação de 15 minutos foi disputada, sem movimentação no placar.
Depois de mais duas prorrogações de 15 minutos cada, totalizando 165 minutos sem balançar as redes, o jogo finalmente foi finalizado, tornando-se o mais longo da história do futebol de Santa Catarina. A vaga seria decidida numa terceira partida, em Blumenau, campo neutro, no dia 22 de janeiro de 1959. Deu Marinheiro: 2 a 1, dois tentos do goleador Idésio.
Outro jogo marcante para os marcilistas ocorreu em 3 de novembro de 1963. Jogando em Florianópolis, o Marinheiro bateu o Figueirense por 2 a 1, gols de Renê e Dufles. Era a primeira rodada do Campeonato Catarinense de 1963 e iniciava ali a campanha que levaria o Marcílio Dias à conquista do seu primeiro e único título da principal competição estadual. “Peguei a bola fora da área e enchi o pé. Acertei um belo chute, uma bomba, o goleiro nem se mexeu”, detalhou o autor do gol em depoimento ao livro “Torneio Luiza Mello – Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963”.
Lelo vibra após gol da classificação no Orlando Scarpelli.
Foto: Reprodução
Uma partida especialmente guardada na memória da torcida rubro-anil foi a realizada em 3 de junho de 2000, pelas semifinais do Campeonato Catarinense. Depois do empate em 0 a 0 no jogo de ida em Itajaí, o Marinheiro precisava vencer no Orlando Scarpelli.
Marquinhos abriu o placar para o Marcílio, mas Fernandes empatou para o Figueirense. O jogo caminhava para o final quando o lateral-direito Lelo, numa cobrança de falta milimétrica, fez o gol que decretou a vitória por 2 a 1 e classificou o Marcílio Dias à final do Catarinão daquele ano.
18 de novembro de 2007 é outra data que entrou para a história deste confronto. Neste dia, o Marinheiro derrotou de virada o Figueirense por 3 a 1 no Orlando Scarpelli e sagrou-se campeão da Copa Santa Catarina. Os gols do Marcílio foram marcados por Felipe Oliveira, Dauri e Michel.
No jogo do primeiro turno, dia 28 de outubro, em Itajaí, outra vitória marcilista: 4 a 1 – gols de Dauri, Felipe Oliveira, Luís Ricardo e Márcio Alcides. O título da Copa Santa Catarina deu ao Marinheiro uma vaga na Recopa Sul-Brasileira, disputada em dezembro daquele mesmo ano e também vencida pelo Rubro-Anil.
Schwenck comemora gol contra o Figueirense em Camboriú.
Foto: Marcos Porto/ClicRBS/2015
No Campeonato Catarinense de 2015, outro jogo memorável. Jogando em Camboriú, debaixo de chuva e com apagões dos refletores durante a partida, o Marcílio Dias saiu na frente com Schwenck, mas o Figueirense virou para 3 a 1. Numa reação espetacular, o Marinheiro virou o placar para 4 a 3. Soares e Schwenck empataram e Rogélio, aos 45 do segundo tempo, fez de cabeça o gol da vitória, para delírio da apaixonada torcida rubro-anil que lotou a arquibancada do acanhado estádio Robertão.
FONTE
Baú do Marcílio – http://baudomarcilio.blogspot.com.br/
Edir Alves (ex-Noroeste, Marcílio Dias e Barroso)
Edir com a camisa do Marcílio Dias em 1965
Todo mundo sabe que Pelé iniciou a carreira no interior de São Paulo, precisamente na equipe juvenil do Bauru Atlético Clube, o Baquinho. O que pouca gente sabe, porém, é que além do menino que viria a se tornar o Rei do Futebol, aquele time também tinha um volante alto, forte, que jogava com raça e ao mesmo tempo com classe. E que fez história no futebol de Itajaí, onde reside até hoje.
Edir Alves tem muita história para contar. Filho de Crizanto Alves, jogador do Noroeste de Bauru, Edir nasceu naquela cidade em 9 de abril de 1939. Depois de passar pelo juvenil do Baquinho, foi para o Noroeste, onde conquistou uma vaga no time titular aos 17 anos e não tardou para despertar o interesse de grandes equipes.
Nos anos 1960, Edir resolveu provar a sorte no Sul do país. Jogou no Londrina e depois no Coritiba, ambos do Paraná. Mas o seu destino estava traçado com Santa Catarina. Certo dia, dirigentes do Marcílio Dias visitaram o Coxa em busca de reforços para o Marinheiro. “Eles precisavam de um zagueiro. Eu não era zagueiro, era volante, mas o então treinador do Coritiba disse que eu jogava em qualquer posição e o Marcílio Dias me contratou”, recorda.
Era o ano de 1964. Edir Alves chegou a Itajaí e logo se transformou num ídolo da torcida marcilista, graças ao seu bom futebol e ao seu bom caráter, que não foi abalado nem quando trocou o Marcílio pelo seu maior rival, o Clube Náutico Almirante Barroso. Edir explica como aconteceu. “Era a semana do início do campeonato e eu estava me preparando com meus companheiros do Marcílio. Depois do treino, fui procurado por um homem. Ele disse que o diretor do Barroso, seu Hélio Caldas, queria falar comigo”.
Edir conta que, mesmo ressabiado, foi ao encontro do cartola do clube rival, num restaurante onde hoje funciona o hotel Caiçaras. “Seu Hélio Caldas me fez uma proposta irrecusável. No princípio não acreditei que ele pagaria o que prometeu, mas ele colocou o dinheiro vivo em cima da mesa”. Edir não teve outra opção. “Conversei com os diretores do Marcílio e eles entenderam, pois não tinham como cobrir aquela oferta e eu era um profissional”, diz. “O curioso é que treinei a semana toda com o Marcílio e no domingo joguei pelo Barroso”.
Mesmo tendo deixado o Marinheiro para jogar pelo rival, Edir continuou sendo respeitado pela torcida rubro-anil, sentimento conservado até os dias de hoje. “As pessoas me paravam na rua, mas eu explicava e elas compreendiam. Afinal, sabiam que eu era um profissional. Nunca tive nenhum problema com a torcida, seja no Marcílio ou no Barroso”.
No Almirante Barroso, Edir Alves jogou dois anos (1965 e 1966), antes de ir para o Palmeiras de Blumenau e encerrar a sua carreira profissional no Flamengo de Caxias do Sul (RS), o atual Caxias. Depois de pendurar as chuteiras, Edir Alves continuou jogando futebol nas peladas da cidade. Só parou neste ano, por culpa do joelho. “Levei uma pancada forte no joelho direito e ele começou a doer sempre que eu jogava, por isso resolvi parar de brincar. Afinal, já tenho 66 anos”. Por outro lado, ele não quis mais saber de se envolver profissionalmente com o esporte. Teve uma rápida experiência como treinador do Barroso, ainda em 1970, mas depois não se interessou em seguir a carreira de técnico.
FOTO
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FONTE:
Adaptado do texto original publicado no blog “Baú do Marcílio” – http://baudomarcilio.blogspot.com.br
Jogadores que atuaram no Marcílio Dias e no São Paulo


Ponta-direita, Carlos Eduardo da Silva jogou a maior parte de sua carreira no Palmeiras, mas também defendeu o São Paulo entre 1978 e 1980. Teve uma rápida passagem pelo Marcílio Dias em 1987, já em fim de carreira, aos 38 anos.
JEAN ROLT
O bom zagueiro Jean de Oliveira Rolt defendeu o Marinheiro em 2005, sendo campeão do primeiro turno do Campeonato Catarinense da Série A2. Contratado pelo São Paulo em 2009, fez apenas seis partidas e marcou um gol pelo time do Morumbi.
JORGINHO PAULISTA
O lateral-esquerdo Jorge Henrique Amaral de Castro, mais conhecido como Jorginho Paulista, jogou no São Paulo entre 2002 e 2003. Passou pelo Marcílio Dias sem deixar saudades no Campeonato Catarinense de 2012, quando o time foi rebaixado.
Obs.: Este artigo não pretende relacionar todos os jogadores que defenderam os dois clubes. De qualquer forma, sugestões de outros nomes a serem incluídos na lista podem ser feitas através dos comentários.
Agradecimento pela colaboração: Ivo Castro Jr., Lopes.
FOTOS:
http://baudomarcilio.blogspot.com.br
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Adaptado do texto original publicado no blog “Baú do Marcílio” – http://baudomarcilio.blogspot.com.br/
Sidnei Spina (ex-Juventus, Criciúma e Marcílio Dias)
Natural de Santos, onde nasceu a 26 de março de 1962, o ponta-direita Sidnei Alves Spina surgiu na Portuguesa Santista, mas estourou como um dos destaques do bom time do Juventus da Rua Javari, campeão da Taça de Prata de 1983. Chegou ao Marcílio Dias em 1987, procedente do Criciúma, contratado pelo então presidente Nelson Abrão de Souza. A estreia com o manto rubro-anil se deu no amistoso contra o Vasco da Gama (0 a 0), no Estádio Dr. Hercílio Luz, em 28 de novembro de 1987.
Juventus de 1983: Sidnei é o primeiro agachado
Rápido e habilidoso, tornou-se uma das principais figuras do time que ficou conhecido como “Siri Mecânico” na temporada de 1988. Naquele ano, o Marinheiro conquistou a Taça Carlos Cid Renaux, equivalente ao primeiro turno do Campeonato Catarinense, sob o comando do técnico Levir Culpi. Uma atuação marcante de Sidnei com a camisa rubro-anil ocorreu no dia 20 de março de 1988, na histórica vitória por 4 a 2 sobre o Criciúma.
Marcílio Dias de 1988: Alemão, Ademir, Rosemiro, Fernando, Clademir e Palmito; Sidnei, Wilsinho, Nélio, Joel e Rogério Uberaba: Foto: Reprodução/DC.
Depois de perder em Itajaí por 2 a 1, o Marcílio precisava derrotar o Tigre por dois gols de diferença em pleno Heriberto Hülse para avançar às finais da Taça Carlos Cid Renaux. O primeiro tempo terminou com a vitória do time da casa por 2 a 1 e a classificação do Marcílio àquela altura não passava de utopia. No segundo tempo, porém, Sidnei deixou tudo igual logo no início e o artilheiro Joel se encarregou de marcar dois golaços de cabeça e garantir a vaga na decisão contra o Joinville.
Sidnei foi considerado pela crônica esportiva um dos melhores jogadores em campo e também se tornou personagem do jogo, pelo fato de ter enfrentado seu ex-clube, de onde saiu pouco prestigiado. “Quando fui para o Marcílio Dias, entre outras coisas, diziam por aqui (Criciúma) que eu não jogava nada. Acho que eu mostrei o contrário na partida de hoje”, desabafou o atacante à imprensa após o memorável jogo.
Matéria publicada no Diário Catarinense em 1988
Em 1989, Sidnei integrou a equipe que conquistou a Taça Governador Pedro Ivo Campos e a Taça RCE, referentes ao primeiro e segundo turnos do Campeonato Catarinense. Dez anos depois, já aposentado dos gramados, Sidnei exerceu a função de gerente de futebol do Itajaí Esporte Clube, vice-campeão catarinense da Segunda Divisão de 1999. Atualmente, o ex-jogador segue ligado ao Marcílio Dias participando da equipe de másters do Rubro-Anil.
FOTOS:
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Reprodução – Diário Catarinense (1988)
FONTE:
Texto adaptado do original publicado no blog “Baú do Marcílio” – http://baudomarcilio.blogspot.com.br/
Exposição de colecionadores – Marcílio Dias 98 anos
No dia 17 de março de 2017, o Clube Náutico Marcílio Dias, um dos clubes mais tradicionais do futebol catarinense, completou 98 anos de existência. No sábado, dia 18, a diretoria do clube promoveu um grande evento para comemorar o aniversário do Rubro-Anil e, dentre as atrações, abriu espaço para exposição dos acervos de colecionadores de artigos históricos do clube.
Camisas, flâmulas, jornais, revistas, álbuns, súmulas de jogos, estatutos, carteirinhas de sócios, exemplares do livro “Torneio Luiza Mello – Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963” e outros artigos de diversas épocas foram expostos na Sala de Troféus, localizada nas dependências do Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí. Uma das preciosidades foi a carteirinha de sócio que pertenceu a Gabriel Collares, um dos fundadores do clube, além de camisas de jogo da década de 1980.
Participaram da exposição os colecionadores de camisas Marcelo Sagaz Baião, Felipe Leonardo Vieira e Giuliano Nazari, e os pesquisadores Fernando Alécio e Gustavo Melim. Durante a programação de aniversário do Marcílio Dias, também foi realizada a primeira edição do Seminário de História do Futebol Itajaiense, iniciativa do Grupo Memória do Futebol Catarinense, que abordou temas relacionados à história do quase centenário “Marinheiro”.
Dufles (ex-Santos, Atlético-MG e Marcílio Dias)
Além de goleador nato e exímio cabeceador, Dufles tinha temperamento imprevisível. Conta-se que, certa vez, aos ser vaiado pela torcida, abaixou o calção e virou-se para a arquibancada, numa atitude que hoje certamente lhe renderia uma bela punição. Permaneceu em Itajaí de novembro de 1963 a agosto de 1964. Outros clubes catarinenses que defendeu foram o Próspera de Criciúma e o Ferroviário de Tubarão. Dufles faleceu em 10 de novembro de 2004.