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Escudo Inédito de 1920!!! Clube Atlético Mineiro – Belo Horizonte (MG)

Por Sérgio Mello

O Club Athletico Mineiro (atual: Clube Atlético Mineiro) é uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). A Sede administrativa fica localizada na Avenida Olegário Maciel, nº 1516, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte/MG.

A Sede do Galo fica na Rua Bernardo Guimarães, nº 2.300, no Lourdes, em Belo Horizonte/MG. A Cidade do Galo está situado na Rodovia MG 424, s/n, no Jardim da Glória, em Vespasiano/ MG. Já o palco para os jogos é a Arena MRV (Capacidade para 46 mil pessoas), que fica na Rua Cristina Maria de Assis, nº 202, no bairro Califórnia, em Belo Horizonte/MG.

Breve história do Galão da Massa

O começo do Século XX, o “futebol bretão” em Belo Horizonte, rapidamente ganhou o interesse, principalmente, dos alunos. Assim, foi Fundado na quarta-feira, do dia 25 de Março de 1908, por um grupo de rapazes liderados por Margival Mendes Leal, Mário Toledo, Raul Fracarolli e Augusto Soares, todos mataram aula de manhã e, se reuniram no coreto, sob as árvores do Parque Municipal.

Dessa forma era criado o Atlético Mineiro Futebol Clube, herdado o nome do outro Athlético, que já não mais existia.

Participaram do célebre encontro: Margival Mendes Leal, Sinval Moreira, Mário Neves, Raul e Hugo Fracarolli, Mário Lott, Carlos Maciel, Eurico Catão, João Barbosa Sobrinho, Aleixanor Alves Pereira, Antunes Filho, Mário Toledo, José Soares Alves, Horácio Machado, Augusto Soares, Humberto Moreira, Júlio Menezes Melo e Benjamim Moss Filho.

Outros, que não puderam comparecer à reunião, tão logo souberam da fundação do clube aderiram à ideia: Francisco Monteiro, Jorge Dias Pena e Mauro Brochado.

Primeira Sede

A 1ª Sede, lembra Mário Lott, um dos fundadores, localizou-se em pequeno espaço de um porão da casa onde residia Vate (Margival Mendes Leal), à Rua Goiás, nos fundos do antigo Palácio da Justiça.

Ali se discutiam os problemas e as providências para que o clube tomasse impulso. Uma dessas dificuldades mais sérias para enfrentar a realidade: conseguir a bola.

1ª Torcida Feminina no Brasil

O grupo cresceu e o ponto de encontro era na Rua Guajajaras, nº 317, onde morava dona Alice Neves, mãe do fundador Mario Neves. Dona Alice tornou-se a madrinha do novo clube, participando ativamente e criando a 1ª torcida feminina de futebol no Brasil.

A 1ª bola veio da França

Lembrou-se então que Ninico Antunes (Antônio Antunes Filho) enviava besouros e outros bichinhos para um seu amigo que residia na França, o qual lhe creditava as importâncias correspondentes às remessas feitas.

Aí estava a solução para o sério problema: Ninico pediria ao seu amigo que lhe mandasse uma bola em troca do seu crédito. E isso foi feito. Para a alegria dos atleticanos, a bola chegou da França. Era uma bola de número 3 e custou, àquela época, 11 mil réis.

Os Primeiros Dez Sócios

Os seus primeiros sócios do Atlético Mineiro Futebol Clube e suas respectivas funções:

1Mário Lott, 23 anosestudante6Salesiano Lara, 17 anosfuncionário público
2Mário Neves, 23 anosfuncionário público7Alfredo C. Lima Júnior, 20 anoscomerciário
3Antônio Antunes Filho, 20 anosfuncionário público8Jorge Dias Penna, 20 anosfuncionário público
4Sinval Moreira da Silva, 23 anosfuncionário público9Gino Panicali, 20 anosfuncionário público
5Eurico Catão, 23 anosfarmacêutico10Rodrigo Melo Franco, 20 anosestudante

Em 1908 o Galo só realizou treinos

Após a sua fundação em 1908, o Athletico não disputou nenhum jogo. Suas atividades resumiam-se em treinos, dos quais participavam entre outros, os jovens atletas: Jorge Pena, Oscar Maciel, Enrico Catão, Mauro Brochado, Leônidas Fulgência, Raul Fracarolli, Mário Neves, Francisco Monteiro, Mário Lott, Margival Mendes Leal, Horácio Machado, Artur Pinto, Carlos Maciel e Benjamim Moss.

Primeira Diretoria do Galo

Foi constituída a 1ª Diretoria, sem contenda, os seguintes membros:

Presidente – Margival Mendes;

Secretário – Mário Lott;

Thesoureiro – Eurico Catão.

Primeiro jogo e primeira vitória

A primeira formação do time era o seguinte: Eurico; Mauro e Leônidas; Raul, Mário Toledo e Hugo; Francisco, Mário Lott, Marginal, Horácio e Benjamim. Técnico: Chico Neto.

Para a estreia oficial do Atlético, aconteceu no domingo, do dia 21 de março de 1909, contra o Sport Club. Para esse jogo, o treinador Chico Neto fez três alterações no ataque: Mário Neves no lugar de Francisco, Aníbal Machado no de Mário Lott e Zeca Alves no de Horácio.

O técnico Mário Neves mostrou ser ‘pé quente’, pois a vitória pelo placar de 3 a 0, contou com os gols o trio: Aníbal Machado, Zeca Alves e Mário Neves, no campo do Sport (onde hoje fica a Secretaria da Agricultura, ao lado da estação rodoviária), ficou lotado.

As duas equipes voltaram a se enfrentar outras duas vezes: 2 a 0 e 4 a 0, ambos os triunfos conquistados pelo Galo. Nesses encontros mais de 3 mil pessoas compareceram para assistir os jogos.

Esses três revés do Sport Club acabaram decretando a sua extinção. Com isso, boa parte dos seus integrantes ingressaram no quadro atleticano, tornando-o mais forte ainda.

É bom ressaltar, que o Atlético Mineiro Futebol Clube surgiu forte no cenário esportivo da cidade. Tanto é verdade que a primeira derrota demorou cerca de três anos para acontecer.

1ª derrota só aconteceu em 1912

No domingo, no dia 12 de maio de 1912, o Galo acabou perdendo para o Instituto Granbery, de Juiz de Fora, por 5 a 1. Os atleticanos pediram revanche e no sábado, do dia 7 de setembro de 1912, voltaram a se enfrentaram.Porém, o Instituto Granbery voltou a derrotar o Athletico, pelo placar de 3 a 0, em Juiz de Fora/MG.

As derrotas em nada alteraram a vida do clube, que tratou de formar sua infraestrutura e ganhou da Prefeitura um terreno para construir seu campo e sede.

Ficava na Rua Guajajaras, entre a São Paulo e a Curitiba. Limparam o terreno, taparam os buracos e fincaram as traves. O travessão era uma corda esticada, o gramado tinha tamanho irregular, mas ficou assim mesmo.

Nos primeiros dias, roubaram as traves. Margival não gostou e achou melhor escolher outro local. Conseguiu trocar a área de Guajajaras por um quarteirão na Avenida Paraopeba (hoje, Augusto de Lima), entre as ruas Curitiba e Santa Catarina.

Mas ali também não durou: o governo do Estado, que também estava-se organizando, requisitou o terreno para a construção da Secretaria da Educação (hoje, Minascentro) e o Athlético passou então a ocupar o campo que foi do Sport Club, ao lado da estação rodoviária.

Clube altera o nome em 1913

Na noite de terça-feira, do dia 25 de março de 1913, foi realizado Assembleia Geral, em que os sócios e diretores do Atlético Mineiro Futebol Clube decidiram mudar o seu nome para Club Athletico Mineiro.

E foi com sua nova e importante personalidade que o time disputou o primeiro torneio interclubes, organizado pela recém-fundada Liga de Futebol de Belo Horizonte.

Primeiro troféu

O vencedor receberia o rico troféu “Taça Bueno Brandão”, em homenagem ao então Governador do Estado de Minas. Os jogos tiveram os seguintes resultados:

05/07/1914Athletico2X0Yale
12/07/1914Athletico3X0América
19/07/1914Athletico0X0Yale
02/08/1914Athletico1X0América
16/08/1914Athletico2X0Comb. América/Yale

O Athletico foi o campeão invicto do torneio. Disputou cinco jogos, somando 9 pontos: foram quatro vitórias e um empate; marcando oito gols sem sofrer nenhum tento. Era o primeiro título conquistado. Outros viriam, bem maiores, em grande número, consagrando o maior clube de Minas Gerais.

O 1º título do Campeonato Mineiro

Na quinta-feira, do dia 28 de janeiro de 1915, foi fundada a LMEA (Liga Mineira de Esportes Atléticos), que nesse mesmo ano organizou o 1º Campeonato da cidade de Belo Horizonte.

A capital contava com cinco equipes de futebol inscritas para o importante certame: Club Athletico Mineiro, América Football Club, Yale Athletico Club,  Club de Sports Hygienicos e Sport Club Christovam Colombo.

As partidas foram realizadas em turno e returno, e coube ao Club Athletico Mineiro a conquista do 1º título de campeão do estado. A campanha teve os seguintes resultados:

1° TURNO

11/07/1915Athletico5X0Yale
25/07/1915Athletico2X2América
29/08/1915Athletico4X0Hygienicos
05/09/1915Athletico0X1Christovam  Colombo

2° TURNO

12/09/1915AthleticoWOXHygienicos *
26/09/1915Athletico3X1Yale
03/10/1915Athletico2X1América**
24/10/1915Athletico4X0Christovam  Colombo
* O Higiênicos não compareceu ao jogo e perdeu os pontos. 
** O América deixou o campo aos cinco minutos do 2° tempo.


Foram, oito jogos, com seis vitórias, um empate e uma derrota; marcou 20 gols, sofreu cinco e um saldo de 15. O artilheiro do Galo foi Meireles com 7 gols, Matos com 5 gols, Paula Dias com 3 gols, Morethzon, Curthbert, Guimarães, Lé e Rose, com 1 gol cada.

Os primeiros campeões de Belo Horizonte pelo Club Athletico Mineiro: Ferreira, Morethzon, Leon, Sigaud, Lé, Testi, Paula Dias, Lott, Meireles, Matos, Rose, Curthbert, Guimarães, Coutinho e Guido.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Sport Ilustrado (RJ)

Documento: Acervo da família Starling

Colaboraram: Fabiano Rosa Campos – Vitor Dias – Rodrigo S. Oliveira

FONTES: Galo Digital – site do clube

1º escudo de 1925: Associação Atlética Caldense – Poços de Caldas (MG)

A Associação Atlética Caldense é uma agremiação da cidade de Poços de Caldas, que fica a 461 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 163.742 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Breve histórico

O futebol bretão surgiu em Poços de Caldas, em 1904, graças ao sr. Paulino de Souza, que foi um dos fundadores do Football Club Caldense. Posteriormente surgiram o Local Football Club e o Internacional Football Club (extinto em fevereiro de 1925).

Alguns remanescentes dessas agremiações: Após as comemorações do Dia da Independência, numa noite fria e chuvosa um grupo, liderados pelos senhores Fosco Pardini (presidente do Grambinus F.B.C.), Affonso Junqueira (ex-presidente do Internacional F.B.C.), João de Moura Gavião (presidente do Local F.B.C.) e Hugo de Vasconcellos Sarmento (presidente da Liga Caldense de Football), se uniram no Bar do Mendonça, no fundo Cineteatro Polytheama para fundar a Associação Athletica Caldense, na segunda-feira, do dia 07 de Setembro de 1925, para a disputa do Campeonato Citadino de Poços de Caldas.

Primeira Diretoria da Caldense

A Associação Athletica Caldense definiu a sua 1ª Diretoria que foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – João de Moura Gavião;

Vice-presidente – professor Hugo Sarmento;

1º Secretário – Romeu Chiacchio;

2º Secretário – Cherubim Borelli;

Tesoureiro – Caetano Pereira;

Procurador – Flamínio Maurício;

Diretor Esportivo – Octávio Mantovani;

Comissão de Sindicância – João de Oliveira Carmo, Antônio Ricci Júnior, Domingos Lamberti, Vitor Fortunato e Adolpho Guetti

Reorganizado em 1926

Apesar das dificuldades enfrentadas no começo, a associação despertou grande interesse da juventude de Poços de Caldas pelo futebol. No sábado, do dia 03 de abril de 1926 a Associação Athletica Caldense se fundiu com o Gambrinus Football Club para dar origem ao grêmio esportivo social.

Os jogos aconteciam no Chalet Procópio, um campinho de terra localizado na propriedade do Coronel Cristiano Osório de Oliveira, fazendeiro que morava em São João da Boa Vista.

Foto: 28 de maio de 1927
Aspecto da festa oferecida, em homenagem ao Presidente da A.A. Caldense, o Sr.  Fosco Pardini, em Poços de Caldas/MG

Aquisição do 1º estádio

Em 1929, uma comissão chefiada pelo prefeito Carlos Pinheiros foi a São João da Boa Vista e conseguiu junto ao Coronel Cristiano Osório a cessão do imóvel a título precário.

Com o falecimento de Cristiano Osório em 1938, a diretoria alviverde resolveu homenageá-lo cinco anos depois, em 1943, com a mudança do nome do estádio, de Chalet Procópio para Estádio Coronel Cristiano Osório.

Em 1947, a diretoria do presidente José Anacleto Pereira conseguiu da família de Cristiano Osório um comando de uso, com o prazo de 20 anos, para as instalações do clube.

Sedes sociais

A Caldense teve sede em diferentes locais ao longo dos anos: Palacete Cobra, na praça Pedro Sanches; antigo Cassino Gibimba, de 1938 a 1942; no Polytheama, na avenida Francisco Salles até 1959; edifício Imperial até 1962 e, finalmente, em 1962 junto ao estádio Cristiano Osório, na gestão do presidente Antônio Megale.

O terreno da sede social foi obtido no mesmo ano, após uma negociação entre Caldense, Prefeitura e a família de Cristiano Osório, onde a “Veterana” passou a ser a dona definitiva do espaço.

Essa transação foi realizada graças ao empenho do prefeito David Benedicto Ottoni que, com a aprovação da Câmara Municipal, se comprometeu em troca a proceder o arruamento da chácara Osório pela prefeitura. Com a posse do imóvel, vários melhoramentos foram realizados pelas diretorias subsequentes, como a construção da piscina.

Entre 1960 e 1961 o futebol da Veterana teve repercussão nacional pela campanha de 1957 com uma sequência de partidas invictas, o que proporcionou uma onda de entusiasmo entre associados e moradores de Poços de Caldas.

Lutando em seu próprio estádio, que foi durante muitas décadas o palco de memoráveis vitórias do Verdão, e com a construção das quadras cobertas que possibilitaram a realização dos saudosos Jogos Abertos de Poços de Caldas, a Caldense pôde se destacar nos meios esportivos, tornando-se orgulho dos poços-caldenses de nascimento e de coração.

Debutou na Elite do Futebol Mineiro em 1972

Na década de 70, a equipe profissionalizou o departamento de futebol e viveu sua era de ouro. Chegou à elite do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão pela primeira vez em 1972. Foi tetracampeã do interior (1974, 1975, 1976 e 1977) e conquistou títulos de diversos torneios regionais.

Estádio Ronaldão é inaugurado em 1979

Com a ascensão da equipe, o Cristiano Osório ficou pequeno. Na terça-feira, do dia 04 de setembro de 1979, foi inaugurado o Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, o “Ronaldão”, com capacidade atual para 7.600 pessoas, na Avenida João Pinheiro, s/n, no Centro da cidade. Na ocasião, a Caldense acabou derrotada pelo Sport Club Corinthians Paulista pelo placar de 3 a 0. Basílio foi o autor do 1º gol no estádio.

Velho estádio virou a Sede social

O antigo estádio Cristiano Osório foi desativado dois anos depois, em 1981. Em seu lugar foram construídas quadras de tênis, de peteca, um parque infantil, assim como uma nova piscina para atender o número de associados que a cada ano crescia. A sua Sede social está localizada na Rua Pernambuco, nº 1.145, no Centro de Poços de Caldas/MG.

Centro de Treinamento Ninho dos Periquitos

Posteriormente, o clube adquiriu, no bairro Parque Pinheiros, uma área de treinamento para o futebol profissional, denominada Centro de Treinamento Ninho dos Periquitos, situado na Avenida Presidente Wenceslau Braz, s/n, no Parque Pinheiros, em Poços de Caldas/MG.

A Caldense inaugurou o CT em dezembro de 1995, o local conta com alojamento, campos de futebol, academia, refeitório, vestiários, escritório e piscina para a preparação dos jogadores.

Foto: Acervo de Renan Muniz

Campeão Mineiro da 1ª Divisão de 2002

Em 2002, a Caldense conseguiu o maior título de sua história, o Campeonato Mineiro. Com uma campanha brilhante na competição de pontos corridos, a equipe verde e branca mostrou toda sua capacidade em jogos memoráveis. Na rodada final, venceu o Nacional de Uberaba por 2 a 0 e levantou a taça.

Lembrando que a competição não contou com o Trio de Ferro: Atlético, Cruzeiro e América, que naquele período jogaram a terceira e última edição da Copa Sul-Minas.

Vice-campeão do Supercampeonato Mineiro de 2002

Depois do torneio regional disputaram o Supercampeonato Mineiro, juntamente com o Mamoré e a Caldense, Campeã estadual de 2002. A Veterana voltou a fazer uma bela campanha, terminando com o mesmo número de pontos do Cruzeiro: nove. Acabou com o vice-campeonato, pois no critério saldo de gols foi superado pela Raposa por cinco contra dois.  

Vice-campeão Estadual de 2015

Em 2004 obteve o título de campeã do interior em uma trajetória marcante. Na temporada de 2015, a Veterana realizou uma campanha incrível no Campeonato Mineiro. Chegou invicta na final contra o Atlético Mineiro e foi superada por 2 a 1 com um gol irregular, sendo vice-campeã e campeã do interior.

Nos últimos anos a Veterana fez grandes campanhas no estadual, chegou à semifinal em 2020, venceu Cruzeiro, Atlético e América. Em 2021, e novamente foi semifinalista. Em 2022, disputou o título do interior diante do Athletic, de São João Del Rei.

Um polo esportivo, cultural e social

No esporte especializado, a Caldense alcançou inúmeros feitos. Sediou treinos das seleções brasileiras de basquete, vôlei, futsal, tênis de mesa. Conquistou incontáveis títulos nas mais diversas modalidades.

Na parte social, se destaca pela realização de bailes e eventos. Já recebeu apresentações ao longo dos anos de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Titãs, Engenheiros do Hawaí, Chacrinha, Costinha e muitas outras celebridades.

A Caldense oferece treinos de basquete, vôlei, futsal, handball, tênis de campo, tênis de mesa, cricket, natação, beach tennis, peteca, futebol society, squash e artes marciais.

Atualmente a Caldense é um dos clubes sociais mais bem estruturados do país, e um dos maiores de Minas Gerais. Conta com 2.980 sócios quotistas e 11.677 dependentes, totalizando um quadro associativo de mais de 14.650 pessoas.

Curiosidade: Essa camisa, que completará esse ano 100 anos, está à venda. Para maiores informações basta acessar a página clube no Instagram.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: O Malho (RJ) – TV Caldense

FONTES: Site oficial do clube – Diário Nacional (SP)

Escudo raro de 60/70: Atlético Clube Três Corações – Três Corações (MG)

Por Sérgio Mello

Atlético Clube Três Corações é uma agremiação do município de Três Corações (com uma população de 78.079 habitantes, segundo o censo do IBGE de 2024), que fica a 287 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais.

O “Galo do Sul” foi Fundado no sábado, do dia 13 de Setembro de 1913, quando um grupo de apaixonados pelo futebol reuniu-se na casa do Sr. Miguel Ainda e elegeu sua primeira diretoria, tendo como Presidente o Sr. Valério Ludgero de Resende.

Inicialmente adotaram a cor vermelha e as iniciais do America do Rio de Janeiro (AFC), optando pelo nome de Atlético Futebol Clube. Tempos depois foi proposta uma nova denominação, e por todos aceita. Atlético Clube Três Corações.

O Estádio Municipal Elias Arbex, com Capacidade para 7 mil pessoas, localizado na Rua Seis, nº 92, no Jardim das Hortências, em Três Corações/MG.

A eterna rivalidade esportiva com a vizinha cidade de Varginha é tão antiga quanto o próprio Atlético, pois já na primeira partida, em 20 de janeiro de 1914, houve muita confusão e pancadaria, na vitória do Atlético por 2 a 0.

Em 1927, devido a grandes desavenças entre as diretorias do Atlético e da Associação Esporte Clube, o agente executivo (Prefeito) Cornélio Andrade Pereira foi obrigado a intervir, promovendo a extinção dos dois clubes.

Esta decisão duraria até o ano de 1938, quando o médico Dr. Daniel volta do Rio de Janeiro e juntamente com outros companheiros, conseguem reerguer o Atlético.

Da esquerda para a direita: Dirceu Batista, o Rei Pelé e o atleta não identificado.

Em 1941, a Liga Esportiva Tricordiana (LET), reunindo jogadores do Atlético, Raul Chaves (Canto do Rio) e Colégio Estadual conquista a Taça Guaraína, a mais importante competição do sul-Mineira. Naquele time jogava Dondinho, pai do maior jogador de futebol de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, Pelé.

De 1941 até 1966, mesmo no amadorismo, o Atlético formou grandes times e viu despontar inúmeros craques. Em 1960, conquista o difícil e decantado Torneio sul-mineiro.

Em 1966, inaugura a sua sede social e, em 1967, forma o primeiro time profissional. Em 1970, disputa o Campeonato Mineiro da 1ª Divisão, com jogadores trazidos do Cruzeiro de Belo Horizonte, onde se destaca o ponta direita Roberto Batata.

Em 1971, além de formar talvez a sua melhor equipe, ficando atrás apenas dos três grandes da capital: Atlético, Cruzeiro e América, viu o craque Vanderley Paiva, oriundo de suas fileiras (e filho da terra) sagrar-se Campeão Brasileiro, defendendo o Atlético de Belo Horizonte.

Depois de um longo período de altos e baixos, o Atlético volta a se destacar em 1986, ano em que se sagra Campeão Mineiro da Segunda Divisão, fato que se repetiria em 1992.

Em 2019, o clube volta as atividades após pagamentos de dívidas, e disputou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão. O Atlético fez boa campanha, chegando às semifinais da competição, caindo para o Pouso Alegre, que conseguiu acesso ao Módulo II de 2020. Voltou a jogar o Mineiro da 2ª Divisão de 2020, mas acabou sendo eliminado logo na primeira fase, após apenas quatro jogos.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTO: Página Craques Do Rádio, acervo de Dirceu Batista Jr.

FONTES: Página do clube no Instagram e Facebook – Blog Os Pelés – Revista Sport Illustrado (RJ)  

Foto rara de 1968: América Recreativo e Futebol – São João Del Rei (MG)

América Recreativo e Futebol é uma agremiação da Cidade de São João  Del Rei (MG). O “Diabo da Rua das Fábricas” foi Fundada na quarta-feira, do dia 14 de Abril de 1943.  A sua Sede fica localizada na Avenida Leite de Castro, 1.118, no Bairro Fábricas, em São João Del Rei. Já o seu Estádio Eli de Araújo (Capacidade: 2.500 pessoas), fica situado na Rua das Fabricas, em São João Del Rei/MG.

Uma curiosidade no qual o América Recreativo e Futebol se orgulha é o fato do ex-jogador e treinador Telê Santana ter jogado pelo clube e nenhum outro da cidade.

Três edições na Segunda Divisão de Minas

América teve quatro participações na esfera profissional. Três na Segundona Mineira (1966, 1967 e 1968) e uma na Terceirona Mineira (1969). Em 1967, participou do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão. Terminou na 4ª colocação no seu grupo. Foram 16 jogos, com sete vitórias, três empates e seis derrotas; marcando 33 gols e sofrendo o mesmo número de tentos.

Em 1968, a Segundona contou com a participação de incríveis 51 clubes. O América ficou na Sub-Zona Vertentes, com nove equipes. No final, o “Diabo da Rua das Fábricas” terminou na 7ª colocação, com 14 pontos em 16 jogos: com cinco vitórias, quatro empates e sete derrotas; 21 gols a favor, 28 tentos contra e um saldo de sete negativo.  

EM PÉ (esquerda para a direita): Galvão, Nardinho, Castanheira, Jorge, Zé  Espanhol e Tiuca;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Jaiminho, Nelito, Ademir, Mendonça e Zé Cabo.

A foto (acima) é referente ao Campeonato Mineiro da 2ª Divisão, na vitória do Athletic pelo placar de 3 a 0. A partida aconteceu – no domingo, do dia 25 de agosto de 1968 – no Estádio Joaquim Portugal, em São João del Rei.

Uma participação na Terceirona Mineira

Em 1969, participou do Campeonato Mineiro da Terceira Divisão, que acabou fracassando (o amigo e pesquisar Vitor Dias contou em detalhes este certame: https://historiadofutebol.com/blog/?tag=america-recreativo).

Afinal, das cinco equipes inscritas, três desistiram de participar, só restando as duas equipes de São João Del Rei: América e Athletic. No final, melhor para o rival (Athletic), que venceu os dois jogos: 2 a 0 e 2 a 1.

Há também a participação do América, no Campeonato Mineiro Feminino da 1ª Divisão em 2006. Com oito equipes divididas em dois grupos de quatro, o América terminou na 3ª colocação e acabou eliminado (apenas os dois primeiros avançaram).

ARTE: desenhos dos escudos e uniformes – Sérgio Mello

FOTO: Acervo José Leônico Carvalho

FONTES: Página do clube no Facebook – Rsssf Brasil

Inédito!! Liga de Football de Bello Horizonte (MG): Fundado em 1937

Por Sérgio Mello

A Liga de Football de Bello Horizonte (LFBH) foi uma entidade situado na cidade de Belo Horizonte (MG). A sua 1ª Sede ficava localizado na Avenida João Pinheiro; depois passou para a Rua Espirito Santo, nº 424/ Sala 22; em 1938, a sua Sede ficava na Avenida Afonso Pena, nº 924; todos no Centro de Belo Horizonte/MG.

O futebol mineiro vivia dias turbulentos, quando na noite, do dia 11 de agosto de 1937, foi realizado uma importante reunião dos próceres do football de Minas, com o objetivo de se estudar a formula apresentada para pacificação do sport montanhês, no gabinete do prefeito de Belo Horizonte, sr. Octacílio Negrão Lima.

Negrão de Lima foi o pacificador do futebol mineiro

Além do prefeito, compareceram ao conclave os Srs. Thomaz Naves, Gerson Saldes, Oswaldo Pinto Coelho, Henrique Othero, Leopoldo Bian, Romulo Rossoni, Fabio Penna e Braz Polepino, respectivamente, presidentes do Athletico, America, Villa Nova, Siderurgica, Retiro, Associação Mineira de Football e Federação Mineira de Desportos.

Após animados debates, que se prolongaram até cerca de meia noite, adoptada afinal a solução pacificadora, foi assinado um acordo pelos clubes da capital, de Nova Lima e Sabará, podendo ser sintetizada nos dois seguintes itens:

criação de uma nova entidade dirigente do football, que se denominará Liga de Football de Bello Horizonte como resultado da fusão da A. M. F. e da L. E. M.; a entidade máxima, que se chamava Federação das Associações Mineiras de Athletismo, passará a denominar-se Federação das Associações Mineiras de Athletismo e Football.

Assim, foi Fundado na quarta-feira, às 19 horas, do dia 11 de agosto de 1937, e, em seguida se filiou a F.A.M.A. (Federação das Associações Mineiras de Athletismo e Football), que por sua vez pediu filiação a Federação Brasileira de Football.

Com relação a Sede, o prefeito cedeu um grande edifício, localizado na Avenida João Pinheiro, no Centro de Belo Horizonte/MG. E, além disso, a prefeitura doou a quantia de 1 mil contos de réis para o patrimônio da Liga de Football de Bello Horizonte.

O árbitro Antônio Luiz Gorle (o 1º da esquerda para a direita)

Eleição da 1ª diretoria da L.F.B.H.

Na terça-feira, do dia 19 de outubro de 1937, ocorreu uma Assembleia Geral da Liga de Football de Bello Horizonte (L.F.B.H.), a fim de proceder a redação final dos estatutos e também eleger os dirigentes da nova entidade.

Para o cargo de presidente da L. F. B. H. foi eleito sr. Saint Clair Valladares Junior. O sr. David Mourão foi eleito vice-presidente. Para o cargo de director technico foi eleito o sr. Carlos Etienne de Castro.

Commissão fiscal – Rubem Zimmermann, Vicentino de Paula e Hilario Eduardo Roberto. Presidente da Assembleia Geral: dr. Gerson de Salles Coelho. A assembleia votou uma moção de solidariedade ao prefeito Octacílio Negrão de Lima, pelo muito que tem feito pelo sport mineiro. Foi também votada uma moção de aplausos aos drs. Josias de Faria e Fabio Penna, pelos bons serviços prestados a L. F. В. Н.

ARTEdesenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: A Batalha (RJ) – A Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Imparcial (RJ) – Sport Illustrado (RJ)

Escudos raros de 1940 e 1957: Olympic Club – Barbacena (MG)

Escudo e uniforme de 1940

O Olympic Club é uma agremiação da Cidade de Barbacena (MG). Fundado no dia 25 de Julho de 1915, à Rua XV de Novembro, nº. 67, este nome surgiu da idéia de que fosse copiada a marca de uma bola de fabricação inglesa “OLYMPIC” o que foi aprovado surgindo daí o “OLYMPIC CLUB”. Seu Estádio é o Santa Tereza, com capacidade para 5 mil pessoas.

PRIMEIRO JOGO

Seu 1º presidente foi o coronel do exército Antônio de Queiroz que, como professor do Colégio Militar de Barbacena, conseguiu que a equipe utilizasse as dependências esportivas daquela Instituição. O primeiro jogo ocorreu em 10 de Agosto de 1915, uma vitória por 4 a 1 sobre a Seleção do Colégio Militar.

Em 1921, o clube começou a utilizar o campo de Santa Tereza, alugado ao Sr. Orlando Piergentille, que foi finalmente adquirido entre 1929 e 1930, em uma compra parcelada.

OLYMPIC REFORÇOU O GALO

Em 1928, o Clube Atlético Mineiro se reforçou com alguns jogadores do Olympic: Jairo, Said e Mário de Castro. Na mesma época brilharam craques como Francisco de Almeida Dutra (Francisquinho Dutra), os irmãos Edson e Rosalvo.

O Olympic tem as cores azul e branca e seu grande rival na cidade sempre foi o Villa do Carmo, sendo também seus rivais municipais o Andaraí e o América de Barbacena.

SEGUNDONA MINEIRA

Na década de 40, o time se profissionalizou e disputou o Campeonato Mineiro da 2ª Divisão. Em 1957, o Olympic sagrou-se Campeão Regional da Liga de Juiz de Fora, ao derrotar o Tupi na grande decisão, em melhor de três partidas.

Escudo e uniforme de 1957

TRIUNFOU DIANTE DO GALO

Em 14 de setembro de 1957, jogando em Barbacena, venceu por 2 a 1 o Atlético-MG, então Penta Campeão do estado, onde também realizou, uma ano antes, em 14 de outubro de 1956, o seu único amistoso enfrentando uma grande equipe do Rio de Janeiro, perdendo por 5 a 1 para o Botafogo. Foi também Campeão Regional em 1964.

ELITE MINEIRA

Disputou em 1970, juntamente com o Vila do Carmo, o confuso Campeonato Mineiro da 1ª Divisão daquele ano e novamente em 1971 onde, após seu rebaixamento, nunca mais retornou à elite mineira.

RETORNO

Depois de longa espera, retornou aos gramados das disputas profissionais em 2003, funcionando em parceria com o Centro Universitário da UFMG, em Belo Horizonte. Já em 2004, foi campeão do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão (correspondente a Terceirona), mas não conseguiu se manter no Módulo II, sendo rebaixado no ano seguinte.

Disputou ainda a Taça Minas Gerais de 2005, valendo vaga para a Copa do Brasil de 2006, mas o insucesso desanimou os dirigentes, que solicitaram o licenciamento junto à Federação Mineira de Futebol (FMF).

Atualmente seu Departamento de futebol dedica-se às categorias de base e ao futebol amador, disputando apenas o Campeonato de Barbacena e outros torneios regionais promovidos pela LBD (Liga de Desportos de Barbacena).

FONTES & FOTOS: Site do clube – Sport Illustrado (RJ)

Foto rara de 1979: Minas Futebol Clube – São João Del Rei (MG)

EM PÉ (esquerda para a direita): Chaffi Halak (Presidente e Treinador do Veteranos), Bosquinho, Teta, Pagador, Vandico, Antero e Milton;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Tião, Edinho, Licinho, Totonho Caieira, Pardal e Elói.

O time de Veteranos do Minas Futebol Clube, de São João Del Rei, no jogo contra o Veteranos do Olimpic, no ano de 1979, no Estádio Santa Terezinha, em Barbacena. No final, vitória do Minas pelo placar de 1 a 0. O gol foi assinalado pelo atacante Licinho.

Este jogo foi beneficente, realizado para arrecadar fundos para o ex-ponta direita Picinim, que estava com doença grave, e que jogou por anos no Olimpic e também, no ano de 1965, no Cruzeiro/BH, falecendo meses depois.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho.

Escudos raros de 1932 e 1962: Fluminense Futebol Clube – Belo Horizonte (MG)

Escudo de 1932

Por Sérgio Mello

Fluminense Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O Tricolor de Lagoinha foi Fundado na segunda-feira, do dia 06 de Novembro de 1922. A sua Sede ficava localizada na Rua Itapecerica, nº 469, no Bairro de Lagoinha, na região noroeste de Belo Horizonte/MG. No Estatuto do Fluzão constavam algumas curiosidades como as opções para quem desejasse se tornar sócio.

A pessoa deveria, no mínimo 14 anos, e a ‘joia’ (entrada) de Cr$ 30,00 (trinta cruzeiros) e a mensalidade de Cr$ 10,00 (dez cruzeiros) ou optar em ser um ‘Sócio Remido’. Para isso deveria desembolsar a bagatela de Cr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros). Na elite do futebol Mineiro, o Fluminense participou de três edições: 19261931 e 1932.

Em agosto de 1926, o Palestra se desligou da Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT) e formou, com outros clubes suspensos, a Associação Mineira de Esportes Terrestres (AMET). No mesmo ano foi realizado o campeonato, com oito clubes, entre eles o Fluminense FC, foi organizado a partir de setembro. A escassez de jornais do período tornou praticamente impossível o levantamento de resultados.

Papel timbrado de 22 de janeiro de 1932

BICAMPEÃO DA SEGUNDONA

Em 1927, com a pacificação, o Tricolor de Lagoinha retornou à LMDT e disputou o Campeonato Mineiro da 2ª Divisão, terminando na 5ª colocação. No ano seguinte (1928), o Fluzão teve uma campanha melhor e terminou em 3º lugar.

Enfim, em 1929, o Fluminense alcançou o ápice, conquistando o seu primeiro título: campeão do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão. No entanto, o que restou foi só a taça, uma vez que a conquista não rendeu o acesso para a elite mineira.

Em 1930, o Tricolor de Lagoinha mostrou que o título não foi um mero acaso, conquistando o Bicampeonato.  Mas para subir ainda precisa disputar um playoff, melhor de três, com o Palmeiras, lanterna da série A.

No primeiro jogo, no dia 07 de dezembro de 1930, o Fluminense goleou o Palmeiras por 6 a 1, gols de VaváCuriol (quatro vezes) e Zezé; com Saul marcando o de honra para a equipe palmeirense.

Na segunda partida, no dia 14 de dezembro, num jogão de oito gols, Palmeiras e Fluminense empataram em 4 a 4. Gols de Alcides (dois), Liberato e Lucrécio para o time palmeirense; enquanto Curiol e Vavá marcaram duas vezes cada um para o Fluzão.

No terceiro e último jogo, no dia 21 de dezembro, o Fluminense vencia o Palmeiras por 1 a 0, até os 30 minutos da etapa final, quando o árbitro marcou um pênalti a favor do Tricolor de Lagoinha. Inconformados, os palmeirenses abandonaram o campo e o Flu foi confirmado o vencedor, garantindo o acesso para a elite mineira.

Escudo de 1962

TERCEIRO LUGAR NA PRIMEIRONA

Em 1931, com as desistências de AméricaVilla Nova e Sete de Setembro, o Fluminense mostrou bom futebol, e terminou na 3ª colocação, atrás somente de Atlético e do campeão Palestra. Em 1932, esteve entre os clubes fiéis à mentora original e jogou o campeonato da LMDT, ficando em 6º lugar com 13 pontos, em oito jogos (quatro vitórias, cinco empates e cinco derrotas; marcando 34 gols, sofrendo 30 e um saldo de quatro).

Depois dessas duas temporadas na 1ª Divisão Mineira, o Fluminense optou em retornar ao amadorismo. Coincidência ou não, em 1933, foi implantado o futebol profissional e muitos clubes na época eram resistentes a esse modelo.

Possivelmente foi o caso do Tricolor de Lagoinha. O clube existiu durante um tempo até paralisar suas atividades. Acabou retornando em 1948, mas sem nenhum destaque desapareceu em definitivo sem deixar rastro.

ARTE: Desenho dos escudos e uniformed – Sérgio Mello

FOTOS: Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Rsssf Brasil – pesquisador e historiador, Vitor Dias – Estatuto do Clube – Folha Esportiva