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Sete de Setembro F.C., do Leblon – Rio de Janeiro (RJ): Nove edições do Departamento Autônimo, nos anos 60

Por Sérgio Mello

O Sete de Setembro Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O “Rubro-AnilFoi fundado na segunda-feira, do dia 07 de Setembro de 1942 (Dia da Independência). A 1ª Diretoria foi constituída com os seguintes membros:

Presidente – Manuel Pereira;

Vice-presidente – José Romeu;

Secretário – Gerson Cardoso;

Tesoureiro – Agenor Palhares;

Diretor de Esportes – Dinorá Garcia;

Diretor Social – José Paula de Jesus;

Diretor de Património – Henrique Gomes da Silva.

Fachada da sede do Sete de Setembro F. C., na Avenida Afrânio de Melo Franco, no Leblon. Sobre a porta está o letreiro luminoso com o nome do clube.

Sede social inaugurada em 1954

A sua Sede social {avaliada em 1967, em NCr$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros novos)}, ficava localizado na Avenida Afrânio de Melo Franco, nº 345, na Favela da Praia do Pinto, no bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio/RJ.

Foi inaugurada na noite de sábado, do dia 4 de dezembro de 1954, graças ao entusiasmo e a dedicação dos seus antigos associados, dentre eles: Manoel Pereira, José de Almeida Neto, Mário Correia, Djalma Dutra, Manoel Julião, Wilson Palhares, José Custódio, Celso Maltes, Sebastião Jonas e Felix Domingues.

Para comemorar o grande acontecimento, a diretoria organizou um programa que constará de sessão solene, às 20 horas e 30 minutos, sendo inicialmente feita a benção pelo Padre Campos Góis, vigário da matriz de São Judas Tadeu.

A seguir, tomou posse a nova diretoria e, após serão entregues os títulos honoríficos e dos benfeitores do tradicional e vitorioso clube.

Após a solenidade, que contou com a presença de várias autoridades esportivas, aconteceu o grande baile de gala. O Sete de Setembro, em sinal de gratidão, entregou os títulos de sócios beneméritos ao nosso colega da Televisão Tupi, José Maria Scassa; aos desportistas Antônio Avelar, Álvaro da Costa Melo, Adriano Rodrigues, João Assis, Silvio Pacheco, Ariosto Semeraro, Antônio Moreira Leite, Carlos Alberto Del Castillo e Manoel Pereira, os quais, com valiosas doações, contribuíram para a construção de uma sede confortável.

Além do futebol, o clube oferecia ao associado: Bailes, jogos de salão, cinema e excursões. O seu uniforme era: camisa azul, com gola e punhos vermelhos. Calções vermelhos.

Quer jogar? É só ligar!

No ano de 1949, saíram algumas notas, onde o Sete comunicava que para quem desejasse enfrentá-los, deveriam entrar em contato pelo telefone: 27-5601, e falar com o Sr. Gesny Cardoso ou Néca, das 17 às 20 horas.

Triunfos na excursão à Rio Bonito/RJ

No domingo, do dia 1º de Maio de 1949, na cidade fluminense de Rio Bonito, o encontro entre o Sete de Setembro F. C. versus o Motorista F. C. daquela localidade. Chefiados pelo veterano Néca, o clube carioca, desde a sua chegada pela manhã, foi logo cercado de inúmeras gentilezas pelos desportistas locais.

À tarde, antes do início da partida, no centro do gramado, foram trocadas as flâmulas dos clubes. Na partida principal, entre os primeiros quadros do grêmio do Leblon e do Motorista, promotor da excursão, ο team praiano, exibindo-se com maior destaque, conquistou brilhante vitória sobre a valente equipe do Motorista, que ofereceu enorme resistência para ser vencida por 2 a 0. Os gols foram assinalados por Batista e Jair.

O Primeiro Quadros do Sete, atuou com a seguinte formação: Fifito; Horácio e Mineiro; Alaor, Grita e Caboclo; Jair, Izidro, Baiano, Bibinha e Batista.

Motorista: Saquarema; Nem e Vavá; Paulo, Ademar e Brandão; Baiano, Waldir, Bombo, Cabeleira e Melquiades.

O segundo team do Sete, também venceu por 3 a 1, e jogou da seguinte maneira: Wilson; Jagunço e José; Herminho, Gesmi e Cachoeira; Zeca, Nilton, Constantino, Padeiro e Paraíba.

Sete x Céres de Bangu

Na segunda-feira, do dia 04 de julho de 1955, o Sete de Setembro enfrentou o Céres, em Bangu. O quadro principal jogou: Fifito; Bibinha e Brôa (Caboco); Getúlio, Tizil e Raimundo (Luiz); Djalma; Jair, Flávio (Baiano), Tião (Vandinho) e Joãozinho. Segundo Quadro formou: Edgard (Graça); Mário e Walter; Jagunço, Cláudio e Sérgio; Carlinhos, Milton, Norival, Murilo e Batista.

Número de sócios e subvenção

Em 1967, o Sete contava com 500 sócios, entre contribuintes e atletas, no valor mensal de NCr$ 2,00 (dois cruzeiros novos). Nome do sócio n.º 1 foi Wilson Palhares Marinho. O clube contava com as categorias: Amador, Aspirante, Infanto-juvenil e Juvenil.

Entre 1942 a 1960, o clube era subvencionado (recebia um incentivo governamental). Quando a capital passou para Brasília a subvenção foi suspensa até 1967, quando voltou a receber a verba.

Seu Zezinho é eleito presidente

Na terça-feira, do dia 15 de agosto de 1961, foi eleito para presidente do Sete de Setembro, o sr. José de Almeida Netto (Zezinho). Para vice-presidente, foi eleito o sr. Nelson Campos da Silveira.

A chapa vitoriosa denominada “velha guarda“, que lutou pela volta do seu ex-presidente o sr. José de Almeida Netto, já presidiu o clube por mais de duas vezes contou com o apoio e o prestigio das figuras mais tradicionais da simpática agremiação:

os veteranos: Néca, Zé Cavaquinho, Izidin, Henrique, Neis Nascimento, Prego, Manuel Julião, Antônio Chagas e Tininho. Além dos atletas: Flávio, Vandinho, Djalma, Beleza, Nilton, Tião Naval, Nelson Borges, Fifito, Raimundo, Getúlio, Jagunço, Amaro, Arlindo e Dario. E das associadas: Zizita, Nail e Sebastiana.

Títulos do Sete de Setembro

Campeão invicto da Copa “A Manhã”: 1947;

Campeão da Série Zona Sul do Torneio Octacílio Rezende: 1948;

Campeão da Série Zona Sul do Torneio promovido pelo jornal “A Manhã”: 1949;

Vice-campeão do Torneio promovido pelo jornal “A Manhã”: 1949;

Tricampeão Amador e Aspirante do Campeonato da Liga Esportiva da Zona Sul: 1955, 1956 e 1957;

Bicampeão da Disciplina do Departamento Autônomo: 1964 e 1965.

Craque Adílio

Adílio foi o principal craque revelado

O Sete de Setembro Futebol Clube já alguns craques: Valdemar (Vasco da Gama), Norival (Campo Grande); Domingos (São Cristóvão); Caboclo e Louro (Portuguesa Carioca).

O principal nome revelado pelo Sete foi, sem dúvidas, Adílio de Oliveira Gonçalves, o Adílio, filho do Sr. Sebastião Peixoto Gonçalves e Laíde de Oliveira. Em 1964, com apenas 7 anos, jogava pelo Sete quando enfrentou o Clube de Regatas Flamengo.

Apesar do seu time ter sido goleado por 5 a 1, Adílio foi o destaque do Sete. Após a partida, o menino bom de bola foi chamado para ficar na Escolinha do Flamengo. Adílio relembrou a emoção: “Puxa, que alegria eu senti”, revelou.

Como o “Rubro-Anil” não contava com um campo próprio, mandava os seus jogos no campo do Marilis Futebol Clube, situado no bairro do Caju, na Zona Norte do Rio/RJ.

Disputou nove edições do Departamento Autônomo

Na quarta-feira, do dia 10 de fevereiro de 1960, o Sete de Setembro ingressou no Departamento Autônomo (DA), da Federação Metropolitana de Football (FMF). O clube disputou nove edições do DA: 1960, 1961 (Série Fedders), 1962 (Série Moacir Pereira), 1963 (Série Durval Figueiredo), 1964 (Série Almir dos Santos), 1965 (Série Eudomílio Dultra), 1966 (Série Sami Jorge) e 1968 (Série Deputado Vitorino James) e 1969 (Série CND).

Em 1967, o Sete se afastou das competições de futebol do Departamento Autônomo. Para poder atender outros setores do clube, seus dirigentes preferiram ficar pelo menos duas temporadas de fora.

Para a temporada de 1968, o clube contava número de 28 jogadores (Amadores e Aspirantes) para jogar o Departamento Autônomo: Juca, Gilson, Irênio, Nilo, Antônio, Armando, Mosquito, Miltinho, 28, Acl, Sebastião, Padeirinho, Adilson, João Batista, Biú, Moacir, Carlos Maia.

Diretoria de 1967

Presidente – Arlindo Barbosa Estêves; Vice-presidente – Nélson Campos da Silveira; Secretário – Gessi Barbosa da Silva; 2º Secretário – Luís Carlos Pedreira; Tesoureiro – Celso Maltez; 1º Diretor de Esportes – José Custódio; 2º Diretor de Esportes – Sebastião Pitz.

Algumas formações:

Time base de 1946: Athayde; Zé Bode e Toti; Félix, Carlos e Bonito; Hilário, Caboco, Romeu, Jesmes e Padeirinho.

Time base de 1947: Francisco; Quinha e Navalha; Tião, Grita e Bonitão; Papeti (Jair), Geraldo, Baianinho, Izidro e Jesmes.

Time base de 1948: Pomba; Horácio e Mineiro; Noberto, Frank e Agenor; Padeirinho, Egídio, Jair, Leleu (Baiano) e Batista (Bibinha).

Time base (1º Quadros) de 1949: Fifito (Jorge); Horácio e Mineiro; Alaor (Cachoeiro), Grita (Tião) e Caboclo; Jair, Izidro (Carango), Baiano, Bibinha (Bill) e Batista (Gesny).

Time base (2º Quadros) de 1949: Wilson; Jagunço e José; Herminho, Gesmi e Cachoeira; Zeca, Nilton, Constantino, Padeiro e Paraíba.

Time base (1º Quadros) de 1950: Fifito; Jesmes II e Mineiro (Ermínio); Caboclo, Grita e Jesmes I; Jair (Nelson), Baiano (Nilton), Izidro (Bill), Geraldo (Tião) e Bibinha (Batista).

Time base (2º Quadros) de 1950: Beleza (Gonçalo); Raimundo (Jagunço) e Zé Martins (Zé Waldemar); Roberto (Telço), Júlio (Barba Russa) e Sarrafo (Djalma); Luiz, Caxoeira (Baiano II), Zeca, Oswaldo (Padeiro) e Gesny.

Time base (1º Quadros) de 1955: Fifito; Bibinha e Broa (Caboco); Getúlio, Tizil e Raimundo (Luiz); Djalma; Jair, Flávio (Baiano), Tião (Vandinho) e Joãozinho.

Time base (2º Quadros) de 1955: Edgard (Graça); Mário e Walter; Jagunço, Cláudio e Sérgio; Carlinhos, Milton, Norival, Murilo e Batista.

Time base de 1962: Fico; Álvaro e Campista; Antônio, Nilo e Meton; Naval, Djalma, Batista, Bimba e Nilton.

Time base de 1963: Joca (Adão); Jorge (Renato) e Tiziu; Irênio, Nilo (Miltinho) e Mesquita (Reinaldo); Armando, Antônio (Mosquito), César (Alcir), Alceu e Antenor.

Time base de 1965: Osvaldo (Baianinho); Luís Carlos (Brás), Baiano, Miltinho e Didinho (Nilo); Tiziu (Pereira) e Paulinho (Antônio); Sérgio (Cutico), Armando (Piauí), Nelson (Dunga ou 28) e Wilson (Sebastião).

Time base de 1966: Adão; Jorge (Gil ou Zé Carlos), Luís (Coca ou Brás), Miltinho (Hugo) e Antena (Serginho); Paulinho (Tiana ou Mosquito) e João Batista (Toninho); Zaldo (Miguel), Rocinho (Antônio), Hércules (Antenor) e Tônio (Jurandir). Técnico: Sebastião.

Time base de 1968: Naval; Paulinho, Hugo, Luís Carlos e Nilo (Hamilton); Nei e João; Antônio, Ari (Armando), Luizinho e Antenor.

Incêndio na Favela da Praia do Pinto abalou o clube

Localizada em uma das áreas mais valorizadas da cidade, a Favela da Praia do Pinto se tornou alvo prioritário da campanha de erradicar de favelas que era movida então pelo governo do estado da Guanabara.

Na madrugada do domingo, do dia 11 de maio de 1969, enquanto se realizavam os preparativos para a remoção dos moradores para outros bairros, ocorreu um Incêndio que destruiu mil barracos e deixou mais de 9 mil pessoas desabrigadas (na época, a favela abrigava 15 mil habitantes).

O incêndio acelerou os trabalhos de remoção da população para Conjuntos Habitacionais em Cordovil, Cidade de Deus, Cruzada São Sebastião e para abrigos da Fundação Leão XIII. E, por tabela colocou um ponto final para o Sete de Setembro Futebol Clube.

Apesar de perder a sede, o Sete de Setembro lutou e ainda disputou o Departamento Autônomo (DA) de 1969. No final, terminou na última colocação da Série CND. A partir daí o clube não resistiu e acabou desaparecendo em definitivo.

ARTE: desenho do uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: O Globo Sportivo (RJ) – Correio da Manhã (RJ)

FONTES: A Manhã (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo Sportivo (RJ) – Rio Memorias

Escudo Inédito de 1920!!! Clube Atlético Mineiro – Belo Horizonte (MG)

Por Sérgio Mello

O Club Athletico Mineiro (atual: Clube Atlético Mineiro) é uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). A Sede administrativa fica localizada na Avenida Olegário Maciel, nº 1516, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte/MG.

A Sede do Galo fica na Rua Bernardo Guimarães, nº 2.300, no Lourdes, em Belo Horizonte/MG. A Cidade do Galo está situado na Rodovia MG 424, s/n, no Jardim da Glória, em Vespasiano/ MG. Já o palco para os jogos é a Arena MRV (Capacidade para 46 mil pessoas), que fica na Rua Cristina Maria de Assis, nº 202, no bairro Califórnia, em Belo Horizonte/MG.

Breve história do Galão da Massa

O começo do Século XX, o “futebol bretão” em Belo Horizonte, rapidamente ganhou o interesse, principalmente, dos alunos. Assim, foi Fundado na quarta-feira, do dia 25 de Março de 1908, por um grupo de rapazes liderados por Margival Mendes Leal, Mário Toledo, Raul Fracarolli e Augusto Soares, todos mataram aula de manhã e, se reuniram no coreto, sob as árvores do Parque Municipal.

Dessa forma era criado o Atlético Mineiro Futebol Clube, herdado o nome do outro Athlético, que já não mais existia.

Participaram do célebre encontro: Margival Mendes Leal, Sinval Moreira, Mário Neves, Raul e Hugo Fracarolli, Mário Lott, Carlos Maciel, Eurico Catão, João Barbosa Sobrinho, Aleixanor Alves Pereira, Antunes Filho, Mário Toledo, José Soares Alves, Horácio Machado, Augusto Soares, Humberto Moreira, Júlio Menezes Melo e Benjamim Moss Filho.

Outros, que não puderam comparecer à reunião, tão logo souberam da fundação do clube aderiram à ideia: Francisco Monteiro, Jorge Dias Pena e Mauro Brochado.

Primeira Sede

A 1ª Sede, lembra Mário Lott, um dos fundadores, localizou-se em pequeno espaço de um porão da casa onde residia Vate (Margival Mendes Leal), à Rua Goiás, nos fundos do antigo Palácio da Justiça.

Ali se discutiam os problemas e as providências para que o clube tomasse impulso. Uma dessas dificuldades mais sérias para enfrentar a realidade: conseguir a bola.

1ª Torcida Feminina no Brasil

O grupo cresceu e o ponto de encontro era na Rua Guajajaras, nº 317, onde morava dona Alice Neves, mãe do fundador Mario Neves. Dona Alice tornou-se a madrinha do novo clube, participando ativamente e criando a 1ª torcida feminina de futebol no Brasil.

A 1ª bola veio da França

Lembrou-se então que Ninico Antunes (Antônio Antunes Filho) enviava besouros e outros bichinhos para um seu amigo que residia na França, o qual lhe creditava as importâncias correspondentes às remessas feitas.

Aí estava a solução para o sério problema: Ninico pediria ao seu amigo que lhe mandasse uma bola em troca do seu crédito. E isso foi feito. Para a alegria dos atleticanos, a bola chegou da França. Era uma bola de número 3 e custou, àquela época, 11 mil réis.

Os Primeiros Dez Sócios

Os seus primeiros sócios do Atlético Mineiro Futebol Clube e suas respectivas funções:

1Mário Lott, 23 anosestudante6Salesiano Lara, 17 anosfuncionário público
2Mário Neves, 23 anosfuncionário público7Alfredo C. Lima Júnior, 20 anoscomerciário
3Antônio Antunes Filho, 20 anosfuncionário público8Jorge Dias Penna, 20 anosfuncionário público
4Sinval Moreira da Silva, 23 anosfuncionário público9Gino Panicali, 20 anosfuncionário público
5Eurico Catão, 23 anosfarmacêutico10Rodrigo Melo Franco, 20 anosestudante

Em 1908 o Galo só realizou treinos

Após a sua fundação em 1908, o Athletico não disputou nenhum jogo. Suas atividades resumiam-se em treinos, dos quais participavam entre outros, os jovens atletas: Jorge Pena, Oscar Maciel, Enrico Catão, Mauro Brochado, Leônidas Fulgência, Raul Fracarolli, Mário Neves, Francisco Monteiro, Mário Lott, Margival Mendes Leal, Horácio Machado, Artur Pinto, Carlos Maciel e Benjamim Moss.

Primeira Diretoria do Galo

Foi constituída a 1ª Diretoria, sem contenda, os seguintes membros:

Presidente – Margival Mendes;

Secretário – Mário Lott;

Thesoureiro – Eurico Catão.

Primeiro jogo e primeira vitória

A primeira formação do time era o seguinte: Eurico; Mauro e Leônidas; Raul, Mário Toledo e Hugo; Francisco, Mário Lott, Marginal, Horácio e Benjamim. Técnico: Chico Neto.

Para a estreia oficial do Atlético, aconteceu no domingo, do dia 21 de março de 1909, contra o Sport Club. Para esse jogo, o treinador Chico Neto fez três alterações no ataque: Mário Neves no lugar de Francisco, Aníbal Machado no de Mário Lott e Zeca Alves no de Horácio.

O técnico Mário Neves mostrou ser ‘pé quente’, pois a vitória pelo placar de 3 a 0, contou com os gols o trio: Aníbal Machado, Zeca Alves e Mário Neves, no campo do Sport (onde hoje fica a Secretaria da Agricultura, ao lado da estação rodoviária), ficou lotado.

As duas equipes voltaram a se enfrentar outras duas vezes: 2 a 0 e 4 a 0, ambos os triunfos conquistados pelo Galo. Nesses encontros mais de 3 mil pessoas compareceram para assistir os jogos.

Esses três revés do Sport Club acabaram decretando a sua extinção. Com isso, boa parte dos seus integrantes ingressaram no quadro atleticano, tornando-o mais forte ainda.

É bom ressaltar, que o Atlético Mineiro Futebol Clube surgiu forte no cenário esportivo da cidade. Tanto é verdade que a primeira derrota demorou cerca de três anos para acontecer.

1ª derrota só aconteceu em 1912

No domingo, no dia 12 de maio de 1912, o Galo acabou perdendo para o Instituto Granbery, de Juiz de Fora, por 5 a 1. Os atleticanos pediram revanche e no sábado, do dia 7 de setembro de 1912, voltaram a se enfrentaram.Porém, o Instituto Granbery voltou a derrotar o Athletico, pelo placar de 3 a 0, em Juiz de Fora/MG.

As derrotas em nada alteraram a vida do clube, que tratou de formar sua infraestrutura e ganhou da Prefeitura um terreno para construir seu campo e sede.

Ficava na Rua Guajajaras, entre a São Paulo e a Curitiba. Limparam o terreno, taparam os buracos e fincaram as traves. O travessão era uma corda esticada, o gramado tinha tamanho irregular, mas ficou assim mesmo.

Nos primeiros dias, roubaram as traves. Margival não gostou e achou melhor escolher outro local. Conseguiu trocar a área de Guajajaras por um quarteirão na Avenida Paraopeba (hoje, Augusto de Lima), entre as ruas Curitiba e Santa Catarina.

Mas ali também não durou: o governo do Estado, que também estava-se organizando, requisitou o terreno para a construção da Secretaria da Educação (hoje, Minascentro) e o Athlético passou então a ocupar o campo que foi do Sport Club, ao lado da estação rodoviária.

Clube altera o nome em 1913

Na noite de terça-feira, do dia 25 de março de 1913, foi realizado Assembleia Geral, em que os sócios e diretores do Atlético Mineiro Futebol Clube decidiram mudar o seu nome para Club Athletico Mineiro.

E foi com sua nova e importante personalidade que o time disputou o primeiro torneio interclubes, organizado pela recém-fundada Liga de Futebol de Belo Horizonte.

Primeiro troféu

O vencedor receberia o rico troféu “Taça Bueno Brandão”, em homenagem ao então Governador do Estado de Minas. Os jogos tiveram os seguintes resultados:

05/07/1914Athletico2X0Yale
12/07/1914Athletico3X0América
19/07/1914Athletico0X0Yale
02/08/1914Athletico1X0América
16/08/1914Athletico2X0Comb. América/Yale

O Athletico foi o campeão invicto do torneio. Disputou cinco jogos, somando 9 pontos: foram quatro vitórias e um empate; marcando oito gols sem sofrer nenhum tento. Era o primeiro título conquistado. Outros viriam, bem maiores, em grande número, consagrando o maior clube de Minas Gerais.

O 1º título do Campeonato Mineiro

Na quinta-feira, do dia 28 de janeiro de 1915, foi fundada a LMEA (Liga Mineira de Esportes Atléticos), que nesse mesmo ano organizou o 1º Campeonato da cidade de Belo Horizonte.

A capital contava com cinco equipes de futebol inscritas para o importante certame: Club Athletico Mineiro, América Football Club, Yale Athletico Club,  Club de Sports Hygienicos e Sport Club Christovam Colombo.

As partidas foram realizadas em turno e returno, e coube ao Club Athletico Mineiro a conquista do 1º título de campeão do estado. A campanha teve os seguintes resultados:

1° TURNO

11/07/1915Athletico5X0Yale
25/07/1915Athletico2X2América
29/08/1915Athletico4X0Hygienicos
05/09/1915Athletico0X1Christovam  Colombo

2° TURNO

12/09/1915AthleticoWOXHygienicos *
26/09/1915Athletico3X1Yale
03/10/1915Athletico2X1América**
24/10/1915Athletico4X0Christovam  Colombo
* O Higiênicos não compareceu ao jogo e perdeu os pontos. 
** O América deixou o campo aos cinco minutos do 2° tempo.


Foram, oito jogos, com seis vitórias, um empate e uma derrota; marcou 20 gols, sofreu cinco e um saldo de 15. O artilheiro do Galo foi Meireles com 7 gols, Matos com 5 gols, Paula Dias com 3 gols, Morethzon, Curthbert, Guimarães, Lé e Rose, com 1 gol cada.

Os primeiros campeões de Belo Horizonte pelo Club Athletico Mineiro: Ferreira, Morethzon, Leon, Sigaud, Lé, Testi, Paula Dias, Lott, Meireles, Matos, Rose, Curthbert, Guimarães, Coutinho e Guido.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Sport Ilustrado (RJ)

Documento: Acervo da família Starling

Colaboraram: Fabiano Rosa Campos – Vitor Dias – Rodrigo S. Oliveira

FONTES: Galo Digital – site do clube

Nôvo México Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ): Três participações no Departamento Autônomo

Por Sérgio Mello

O Nôvo México Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no domingo, do dia 1º de Maio de 1955, tinha a sua Sede social localizado na Rua Alfazema, lote 17 – bairro de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio/RJ.

As suas cores era o azul e amarelo. O clube, que possuía a categoria de Aspirantes e Amadores, não contava com campo próprio, mandava os seus jogos em campo alugado do Cruzeiro

A primeira diretoria foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – Wilson Olegário;

Secretário – Erci Carvalho;

Tesoureiro – Clélio Mendonça.

Em 1967, o clube contava com o número de associados de 300 e mais 100 sócios proprietários. O nome do 1º sócio: Wilson Olegário. Foi vice-campeão do Torneio Início do DA de 1967.

Dos jogadores revelados, dois se tornaram profissional: Vermelho e Rubinho. Além do futebol, o Nôvo México também oferecia ao associado: Futebol de salão, baile e tênis de mesa.

Ainda em 1967, o clube contava com 30 jogadores federados: Jorge, Anão, Vandiniro, Jorge Canhoto, Visguinho, Coelho, Rubinho, Gegê, Serjão, Carlos, Jorginho e Babá, ao Bangú e Élson ao Ubá de Minas Gerais.

Time base de 1967: Jorge II (Djalma); Pequedê (Adão), Frajola (Valtinho), José Almir (Marcos) e Francisco (Carlinhos); Ademar (Sérgio) e Alberto (Babá); Ismael (Rubinho), Zezinho (Coelhinho), Deni (Gegé) e Tim (Jorge). Técnico: Carlos Alberto.

Disputou três edições do Departamento Autônomo

Em 1963 e 1964, disputou as duas primeiras edições do Campeonato de Futebol Amador do Estado da Guanabara. Em 1965, o clube ingressou no Departamento Autônomo, da Federação Carioca de Futebol (FCF), onde disputou em 1965, 1966 (Série Valfredo Lopes)e 1967 (Série Pedro Machado da Silva).

A Série Valfredo Lopes do DA, em 1966, o Nôvo México terminou na 3ª colocação, com nove pontos perdidos. O Time base de 1966: Jorge (Zezinho ou Jaci); Adão (Jair), Damião, Vandinho (Antônio) e Wilson; Sérgio (Vander), Coelho (Luís) e Maurício (Gerson); Gegê (Moreira), Jurandir e Canhoto (Rodrigues). Técnico: Carlos Alberto depois Antônio Carlos.

Vice-campeão do Torneio Início do DA de 1967

Pelas semifinais do Torneio Início do DA, no domingo, às 15 horas, do dia 09 de abril de 1967, o Nôvo México bateu o Manufatura, no campo do Pavunense, na Pavuna. Na grande final, acabou sendo derrotado pelo Senhor dos Passos pelo placar de 2 a 1, ficando em 2º lugar.

Após uma série de indisciplinas, no dia 26 de setembro de 1967, a diretoria solicitou o afastamento à Direção-Geral do DA, por dois anos. Após esse período, o clube não retornou e desapareceu sem deixar vestígios.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Tribuna da Imprensa (RJ) – O Globo Sportivo (RJ)

FONTES: A Luta Democrática (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo Sportivo (RJ)

1º Escudo: ICASA Sport Clube – Juazeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O ICASA Sport Clube (Atual: Associação Desportiva Recreativa Cultural Icasa) é uma agremiação do município de Juazeiro do Norte, situado na Região Metropolitana do Cariri, que fica a 491 km da capital (Fortaleza) do estado do Ceará. A localidade conta com uma população de 286.120 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.   

História

Em 1947, foi criada a Indústria e Comércio de Algodão SA – ICASA. Algum tempo depois, a direção da firma fez um campo de futebol, para que os operários pudessem jogar aos domingos, como uma forma de lazer e integração.  

A partir daí nasceram dois times: Algodão (da fábrica de algodão) e o Óleo (fábrica do óleo). A implementação foi um sucesso instantâneo. Os jogos eram disputados e o assunto durante a semana era sobre o futebol entre as duas equipes.

A continuidade das partidas de futebol entre as equipes do Óleo e a do Algodão levou a direção da indústria ao sonho de criar um time forte, que a representasse na disputa do Campeonato Municipal, promovido anualmente no campo da Liga de Desporto Juazeirense (LDJ).

Quanto à determinação dos entusiastas… Não bastava só participar, se a equipe tivesse que entrar no campeonato, seria pra ser vencedora, afinal era a reputação da indústria que estava em jogo!

Nessa época, o time dos motoristas de praça (taxistas) de Juazeiro, estava desfazendo sua agremiação (Volante Atlético Clube) e, sabendo da intenção da direção da indústria em formar um time para disputar o campeonato municipal, fundiu-se ao quadro de funcionários da indústria.

Nasce o ICASA Sport Clube

Assim, às 9 horas da manhã, da quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1963, ‘Dia Internacional do Trabalhador’, foi Fundado o ICASA Sport Clube, numa solenidade festiva nas dependências da Indústria e Comércio de Algodão Sociedade Anônima (ICASA), sob inflamado discurso e com uma forma de divulgar o nome da indústria. O industrial Teodoro de Jesus Germano, o ‘Doro Germano’ foi o 1º Presidente.

A origem das cores e distintivo

As cores escolhidas do escudo e do uniforme: O verde representando a folha do algodão e, o branco, a pluma. O pintor da indústria foi chamado para desenhar o emblema da camisa, representando a engrenagem de uma máquina de beneficiamento de algodão, contendo, em seu interior, o nome da indústria ICASA, sendo que a letra “I” seria desenhada na forma de uma chaminé.

ICASA Campeão juazeirense de 1969.
EM PÉ (esquerda para direita): Azul, Zé do Carmo, Ramos, Zé Cicero, Nena, Pirajá e Isaias (massagista); AGACHADOS (esquerda para direita): Raimundo Pio, Dote, Caçote, Joãozinho, Geraldino e Gilson.

Nove títulos Juazeirense em uma década

Logo no 1º ano, o Icasa Sport Clube surpreendeu a todos, desbancando os favoritos e se consagrando campeão juazeirense de 1963 e vice-campeão no ano seguinte. Daí pra frente, nos anos de 1965, 1966, 1967, 1968 e 1969 só deu Icasa se sagrando pentacampeão Citadino.

O futebol bonito do Icasa encantava a todos. A cada jogo, aumentava o número de pessoas vindas até das cidades circunvizinhas, que queriam ver a equipe habilidosa do Icasa em campo.

Assim o escrete da vitória foi cativando torcedores por toda região do Cariri, dando início à “era de ouro do futebol juazeirense”.

Antigo Estádio Romeirão - Capacidade para 10 mil pessoas

Estádio Romeirão e a Sede Social

Na sexta-feira, do dia 1º de Maio de 1970, dia do 7º aniversário do Icasa, a capital da fé amanheceu mais uma vez em festa, desta vez, o município inaugurava o seu estádio de futebol, carinhosamente denominado:

Estádio Romeirão, em homenagem aos fiéis romeiros do Padre Cícero. Afinal, a cidade já tinha uma grande equipe de futebol, com uma legião de torcedores a altura que justificasse tal empreendimento.

O jogo inaugural contou com a vitória do Cruzeiro (MG) sobre o Fortaleza (CE), pelo placar de 3 a 0. O 1º gol foi assinalado por Evaldo. Mais de 20 mil pagantes compareceram para prestigiar o jogo inaugural.

A sua Sede fica localizado na Rua Frei Damião, nº 1.720ª, no Bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do Norte/CE. Já a Arena Romeirão fica localizado na Avenida Presidente Castelo Branco, nº 4.464, no bairro Pirajá, em Juazeiro do Norte/CE.

Sede social do ICASA

O porquê das estrelas no escudo

No Romeirão, o Icasa consagrou sua hegemonia, dando continuidade a uma sequência de conquistas, ganhando os títulos nos anos de: 1970, 1971 e 1972. Bordando em seu emblema oito estrelas, que representam os oito títulos seguidos, octacampeão do campeonato da Liga de Desporto Juazeirense (LDJ).

Ingressou no profissionalismo

A nova Arena Romeirão – Capacidade atual para 17.230 pessoas

Diante do grande sucesso, o ICASA resolveu alçar voos maiores e, em 1973, se profissionalizou e se filiou a Federação Cearense de Futebol (FCF). De lá pra cá foram 15 participações no Campeonato Cearense da 1ª Divisão, onde alcançou os seus melhores resultados em 2005, 2007 e 2008, quando terminou com o vice-campeonato.

Títulos e participações em âmbito nacional

Faturou três títulos do Campeonato Cearense da 2ª Divisão, em 2003, 2010 e 2020. Na esfera nacional, o ICASA debutou no Campeonato Brasileiro da Série C, de 1995. Ao todo, foram sete edições da Série C, obtendo o seu melhor resultado o vice de 2012.

No Campeonato Brasileiro da Série D, foram duas participações: 2016 e 2022, sem destaque. No Campeonato Brasileiro da Série B, foram quatro edições: 2010, 2011, 2013 e 2014. Melhor campanha foi 5º lugar, em 2013. Já na Copa do Brasil foram cinco participações, obtendo o melhor desempenho em 2009, quando avançou até as Oitavas de final.

HINO (Letra e Música: Luiz Fidélis)

O verde vale do Cariri

É a bandeira do nosso esquadrão

Desfraldada sobre a maior torcida

Numa só corrente, de mão em mão

Meu padim nos gramados do céu

É mais um craque a orar meu Verdão

A fé nos conduz à vitória

Icasa eterno campeão

Icasa

Temos forças pra lutar, Uh! Tererê!

Icasa estamos do teu lado, Uh! Tererê!

Não importa o resultado, Uh! Tererê!

O que importa é te amar

Vamos jogar para vencer, Uh! Tererê!

Não temos nada a temer, Uh! Tererê!

Icasa estamos aí És a paixão do meu Cariri.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTOS: Blog do Kempes – Google Maps – Acervo de Alemberg Quindins

FONTES: Livro “ICASA do Meu Coração”, de Alemberg Quindins – Feeração Cearense de Futebol (FCF)

Escudo raro de 1948: Esporte Clube Limoeiro – Limoeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Limoeiro é uma agremiação do município de Limoeiro do Norte, localizado no Vale do Jaguaribe, no estado do Ceará. Com uma população de 59.515 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Nasce o expoente do futebol limoeirense

O “Cavalo de Aço do Vale” foi Fundado no domingo, do dia 1º de novembro de 1942, por um grupo de desportistas na antiga Rua Nova (atual: Rua Cônego Climério Chaves), s/n, no Centro da cidade.

A sua Sede social e o Estádio José de Oliveira Bandeira, o “Bandeirão”, com capacidade para 5 mil pessoas, ficam localizados na Rua Coronel Alexandrino, nº 2.395, no bairro Popular, em Limoeiro do Norte/CE.

A 1ª reunião se realizou por volta das 14 horas, e sua 1ª Diretoria, após vários contatos reservados na praça capitão João Enes ao lado do obelisco comemorativo a fundação da então Vila de Limoeiro foi eleita por unanimidade ficando assim constituída: 

Presidente – Edilberto Chagas e Silva;

Vice-presidente – José Marcelino de Almeida;

1º Secretario – Meton Maia e Silva;

2º Secretario – Joaquim Rodrigues Loureiro;

1º Tesoureiro – Aniceto Carneiro;

Diretor de Esportes – Antônio Lage Maia;

Orador oficial – Rufino Maia e Silva. 

Na reunião estiveram presentes presidentes de clubes locais e grande número de desportistas que participaram das assinaturas da primeira ata, tendo como ambiente, gentilmente cedido, a sala principal da residência do Sr. Alexandre Carneiro.

Primeiro jogo

Na tarde de sábado, do dia 28 de novembro de 1942, aconteceu a primeira partida, na Praça de Esportes, do Tabajara Sport Club (imóvel de propriedade do Cel. José Jerônimo de Oliveira, que cedeu gentilmente).

O adversário foi o conjunto suburbano do Palestra Football Club de Arraial, e o jogo terminou empatado em dois golsEsporte Clube Limoeiro, que estreou envergando camisas brancas e faixa azul horizontal, além de possuir belíssima bandeira foi à seguinte: Gerardo Passarinho; Chico Tomaz e Soares; Estevam Alves, Lirio Remigio e Rufino; Raimundo Tomaz, Horácio, Farjado, Djalma Osterne e Cidinho.

No ano seguinte o clube é reorganizado

No domingo, do dia 3 de outubro de 1943, no paço municipal a Rua Cel. Malveira, no Centro, realizou-se uma reunião preparatória para reorganização da agremiação sócio esportiva, biênio 1943/44 sendo constituído após parecer do dinâmico e grande desportista Mario Braga Brasil especialmente convidado e alto funcionário do IAPC cidadão de solida formação moral e esportiva e de profundos conhecimentos, um conselho executivo o qual unanimemente aprovado, ficou com a seguinte constituição: 

Presidente – Dr. Manuel Castro Filho;

Secretario – Mario Braga Brasil;

Tesoureiro – José Rodrigues Loureiro Chaves;

Diretor de Esportes – Meton maia e Silva;

Orador oficial – José Osterne Junior

Em virtude de inúmeros afazeres, o desportista José Rodrigues Loureiro no início de 1944 deixa a tesouraria por meio de uma solicitação oficial sendo substituído pelo Sr. Raimundo Fidelis Maia que teve como adjunto o jovem estudante José Cupertino de Freitas. Como cronometrista foi convidado o Sr. Raimundo Maia de Freitas.

Clube ajuda a fundar a Liga de Limoeiro

Durante este período a diretoria do esporte promoveu interessantes jogos amistosos inclusive com clubes de municípios vizinhos como Morada Nova, oportunidade em que houve estreita cordialidade esportiva entre as duas cidades jaguaribanas, valendo ressaltar por outro lado os eventos sociais e os primeiros contatos para juntamente com outros clubes locais tratar-se da fundação na quarta-feira, do dia 02 de julho de 1947, a Liga Desportiva de Limoeiro do Norte (LDLN), que como 1º Presidente o médico Dr. Francisco de Andrade Carneiro.

Limoeiro vence o Ceará, em Fortaleza

(esquerda para a direita) Rufino e Lírio, notáveis jogadores de futebol do Esporte Clube Limoeiro e da Seleção Limoeirense. Lírio, fez o gol mais bonito da história do Esporte Clube Limoeiro, dentro do Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, na vitória sobre o Ceará, em 1948.

No domingo, a tarde, do dia 18 de abril de 1948, em pleno estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, em amistoso, o Esporte Clube Limoeiro, venceu, de virada, o poderoso Ceará Sporting Club pelo placar de 3 a 2. Os gols foram de Alfredinho, duas vezes, e Lírio Remígio, de cabeça para o Limoeiro; enquanto Mitotonio e Jurandir descontaram para o alvinegro. Alfredinho que na década de 50 jogou no Santos ao lado de Pelé.

Os primeiros títulos, entre 1944 a 1956

O Esporte Clube Limoeiro se sagrou Campeão do Campeonato Limoeirense de Futebol de 1956, ao derrotar o Paissandu. Com o arrombamento do Açude Orós ocorreu uma cheia no Vale do Jaguaribe e o clube parou as atividades.

Nesse primeiro momento o Esporte Clube Limoeiro conquistou os seguintes títulos:

Campeão do Torneio São Silvestre (realizado no Parque Duque de Caxias, no domingo, do dia 31 de dezembro de 1944);

Campeão do Torneio Relâmpago (promovido pela LDLN em 1948);

Vice-campeão limoeirense de futebol, em 1947 e 1948;

Campeão da Copa Jaguaribana de 1952;

Campeão do Torneio Quadrangular de 1956 (conquistando a Taça “Walter Sátiro” Ex-Maguari E.C de Fortaleza, representado pelo desportista Luiz Pitombeira).

Após se licenciar forçosamente, Limoeirense volta à ativa

Foram quase três décadas inativo. Na quinta-feira, do dia 1º de novembro de 1984, aconteceu a primeira reunião para retornar o Esporte Clube Limoeiro ao futebol limoeirense estiveram presentes os desportistas:

De Assis Gurgel, Rubio Vieira, Antônio Lourenço, Mazé Faheina, Wilson Ricardo, Denizar Freitas, Sargento Silva Filho, Ricardo Rodrigues, João Eudes Saraiva, Ricardo Antônio, Nilvaldo Saraiva e Dr. Tarcisio.

A primeira partida, após voltar às atividades, aconteceu na terça-feira, do dia 7 de Maio de 1985, quando o Esporte Clube Limoeiro venceu o Calouros do Ar pelo placar de 1 a 0.

Tricampeão Citadino

O “Cavalo de Aço do Vale” se sagrou Tricampeão do Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte: 1987, 1988 e 1989. Nas 3 conquistas derrotou o Fluminense do Sítio Socorro. Voltou a ser campeão nos anos 1992 e 1994 derrotando Palmeiras do Arraial.

Limoeiro debuta na esfera profissional

Em 1994, sob a presidência de João Gadelha do Reis o Esporte Clube Limoeiro se filiou na Federação Cearense de Futebol (FCF), e ingressou no futebol profissional. Logo de cara, foi campeão do Torneio Seletivo (Equivalente ao Campeonato Cearense da 2ª Divisão). A competição contou com a participação de oito equipes:

Associação Atlética Novo Palmeiras (Pacajus);

Associação Esportiva Cearazinho (Paracuru);

Centro Esportivo Ubajarense (Ubajara);

Esporte Clube Limoeiro (Limoeiro do Norte);

Esporte Clube Vasco da Gama (Iguatu);

Maguari Esporte Clube (Capistrano);

Sociedade Esportiva União (Russas);

Uruburetama Futebol Clube (Uruburetama).

Na grande final, Esporte Clube Limoeiro e Uruburetama Futebol Clube decidiram em dois jogos (ida e volta) o título. Nos seus domínios, no sábado, do dia 24 de setembro de 1994, o Limoeiro não saiu de um empate sem gols.

Na partida de volta, no sábado, do dia 1º de outubro de 1994, novo empate, dessa vez em 1 a 1.  Com isso, o campeão foi definido na disputa de penalidades. E o Limoeiro levou a melhor, vencendo por 5 a 4, se sagrando Campeão da Segundona, e assegurando o seu lugar na 1ª Divisão Cearense.

Limoeiro jogou na Elite do Futebol Cearense por cinco temporadas

A estreia aconteceu no dia 28 de maio de 1995, vencendo o Quixadá por 3 a 0, no Estádio Bandeirão, em Limoeiro. No final, o clube terminou o Campeonato Cearense da 1º Divisão, em 8º lugar.

Em 1996, o Esporte Clube Limoeiro voltou a fazer um Estadual regular e repetiu a colocação anterior: 8ª posição. Em 1997, o “Cavalo de Aço do Vale” não repetiu as campanhas anteriores terminado na 12º colocação no Estadual.

Em 1998, o Limoeiro fez excelente campanha no Estadual, terminando em 5º lugar, e, conquistando o direito de um voo maior: disputar uma competição nacional.

Na estreia do Brasileiro da Série C, Limoeiro ficou em 7º lugar

Dessa forma, o Limoeiro estreou no Campeonato Brasileiro da Série C de 1998, chancelado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Na primeira fase o Limoeiro ficou em 1º lugar do Grupo 03 (juntamente com Icasa-CE, Potiguar de Mossoró-RN, Baraúnas-RN, Campinense-PB e Juazeiro-BA) com 16 pontos conquistados.

Vale salientar que o Cavalo de Aço foi o único cearense a passar da fase inicial da competição (Icasa foi eliminado no mesmo grupo do Esporte, enquanto Fortaleza e Ferroviário foram eliminados no grupo 02), tornando-se o time cearense de melhor campanha daquele campeonato.

Nas fases seguintes o Limoeiro eliminou o Picos (PI), com vitórias nas duas partidas do mata a mata, e o Confiança (SE), eliminando um dos maiores times do futebol sergipano em pleno estádio Batistão em Aracaju.

No primeiro jogo da 4ª fase, marcado por uma intensa chuva no local da partida, contra o Anapolina de Goiás, no estádio Jonas Duarte na cidade de Anápolis, o Limoeiro sofreu um revés de 5 a 0. No jogo de volta no Bandeirão o Limoeiro não conseguiu reverter a vantagem goiana e empatou em 1 a 1, sendo eliminado da competição nacional.

Num total de 66 clubes participantes, o Esporte Clube Limoeiro terminou na 7ª colocação no geral: foram 16 jogos com 26 pontos; foram oito vitórias, dois empates e seis derrotas; marcando 27 gols, sofrendo 29 e um saldo de menos dois.

Estadual de 1999, time acaba rebaixado

Após uma sequência de belas campanhas, o Esporte Clube Limoeiro acabou amargando um senhor revés. No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1999, terminou em 9º lugar e foi rebaixado para 2º Divisão. Em 2000, na Segundona Cearense, o “Cavalo de Aço do Vale” ficou em 9º lugar e por falta de apoio encerrou suas atividades profissionais.

Limoeiro revelou grandes craques

Durante as cinco temporadas (1995 a 99), o Esporte Clube Limoeiro revelou vários jogadores: Dude (8x Campeão Cearense pelo Fortaleza), Chiquinho (Campeão Cearense pelo Fortaleza e chegou a jogar no Vasco da Gama), Mazinho Lima (Passagens por Fortaleza, Ceará, Avaí e outros), Fabricio Ceará (Chegou a jogar em Portugal).

De volta as origens

Entre os anos de 2001 e 2012 o Limoeiro disputou o Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte e outras competições amadoras. Em 2012, encerrou suas atividades amadoras.

Limoeiro volta a esfera profissional

Após quatro anos inativo, o Esporte Clube Limoeiro retornou a esfera profissional. Em 2016, o clube com muita dificuldade, pagou 70 mil reais a FCF. Dessa forma, retornou ao futebol profissional e foi vice-campeão cearense da 3º Divisão do Campeonato Cearense. Neste mesmo disputou a Copa Fares Lopes.

Já em 2017, o Limoeiro voltou disputar o Campeonato Cearense da 2º Divisão, onde terminou como 6º colocado. Em 2018, acabou na modesta 8ª posição.  Em 2019, o time fez uma campanha sofrível, terminado na última colocação com apenas três pontos (três empates).

Após um ano sabático, o Limoeiro retornou ao Estadual da 3ª Divisão de 2021. No entanto, a campanha foi péssima: quatro jogos e quatro derrotas. Em 2022, nova campanha pífia, ficando na lanterna no geral.

Em 2023, a história se repetiu e o Esporte Clube Limoeiro terminou na última colocação. Nesse ano (2024), enfim, “Cavalo de Aço do Vale” está galopando como um cavalo de “pura raça” e não mais como um “pangaré”. O Limoeiro realizou três jogos e conquistou o mesmo número de vitórias: 1 a 0, no Tianguá (em casa); 2 a 1, no Terra e Mar (fora); 2 a 0, no Itarema (em casa).

ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTO: Página do Instagram – NE Camisas

FONTES: Rsssf Brasil – Futebol Cearense – Globo Esporte – Federação Cearense de Futebo

Volante Atlético Clube – Fortaleza (CE): Uma participação na 1ª Divisão Cearense de 1950

Por Sérgio Mello

O Volante Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Fundado em Dezembro de 1930, por motoristas da Praça da cidadeAssociação dos Chanffeurs do Ceará“. A sua Sede na Rua Marechal Deodoro, s/n, no bairro Benfica, em Fortaleza/CE.

Disputou o Campeonato Cearense da Segunda Divisão em 1940 e 1941. Nesse período, o Volante teve algum sucesso na divisão de acesso, sendo considerado um dos conjuntos mais fortes.

A sua primeira e única participação na Elite do Futebol Cearense aconteceu em 1950, quando o Volante terminou na 8ª colocação. Nessa competição o clube já estava atuando nas cores em preto e branco.

Após realizarem sete jogos (nenhuma vitória, um empate e seis derrotas; sete gols pró, 20 gols contra e um saldo negativo de 13), Porangaba e Volante foram eliminados por falta de pagamento à federação e suas partidas foram anuladas.

A foto acima remete a partida, do dia 10/09/1950, na goleada sofrida para o Ceará pelo placar de 7 a 2.

Abaixo, as partidas realizadas pelo time dos motoristas:

3ª-feira – 15 de agostoGentilândia2X2Volante
6ª-feira – 15 de agostoFortaleza2X0Volante
Domingo – 10 de setembroCeará7X2Volante
Sábado – 23 de setembroNacional1X0Volante
Domingo – 08 de outubroAmérica3X2Volante
Sábado – 21 de outubroPorangaba3X1Volante
Sábado – 05 de novembroFerroviário2X0Volante
7 jogos e um ponto – nenhuma vitória, um empate e seis derrotas; sete gols pró, 20 gols contra e um saldo negativo de 13
Outro modelo do escudo da década de 40

FOTOS: Jornal Unitário – Acervo de Yan de Abreu

Colaborou: Yan de Abreu e Roberto Feitosa

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Rsssf Brasil – diversos jornais cariocas e cearenses  

Escudo de 1932: Caxias Futebol Clube – Joinville (SC)

Por Sérgio Mello

O Caxias Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Joinville (SC). A Sede e o Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho, o “Ernestão” (capacidade para 5 mil pessoas) estão localizados na Rua Coronel Francisco Gomes, nº 1.000, no Bairro Bucarein, em Joinville (SC). A sua mascote é o Pingüim.

O “Gualicho Alvinegro” foi Fundado na terça-feira, do dia 12 de Outubro de 1920, por vários simpatizantes de um esporte que então ainda dava seus primeiros passos na Manchester Catarinense. Vários clubes se iniciavam na nova arte, sendo o mais proeminente o América Futebol Clube, fundado seis anos antes.

Entre os pequenos de então se encontravam o Vampiro e o Teutônia. Seus adeptos resolveram juntar forças para fundar uma agremiação maior. Reunidos na propriedade dos Marquardt, na esquina das ruas São Pedro (atual Ministro Calógeras) e São Paulo, Antônio Vian, Armandos Paul, Edgar Schneider, Felipe Zattar, Genoviano Rodrigues, Jaser Vieira, Joaquim das Neves, João Lorenzi, Osvaldo Marquardt, Paulo Kock e Rigoletto Conti fizeram surgir o Caxias Futebol Clube, nome dado em homenagem ao Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro.

As cores escolhidas foram o branco do Teutônia e o preto do Vampiro. Surgia assim um adversário à altura do alvirrubro. Seu 1º presidente foi Osvaldo Marquardt. O primeiro prélio registrado entre aqueles que se tornariam os maiores rivais do futebol joinvilense se deu no campo do América, então situado na Rua do Mercado (atual Av. Procópio Gomes), esquina com a atual Rua Padre Kolb, onde hoje está o SENAI.

Foi disputado no domingo, do dia 6 de março de 1921, como parte das festas pelo 70º aniversário da cidade. E o alvinegro ganhou por 2 a 1. Marcaram Afonso Kruger e Waldemar Moreira para o Caxias, descontando Alfredinho Zattar para o América. O time do primeiro clássico foi: Paschoa, Camarão, Braga, Mané Gaspar, Paulo Koch, Joaquim da Neves, Carlos Butschardt, Afonso Kruger, Carlos Lopes, Candinho e Waldemar Moreira.

Abaixo um breve resumo da história do clube entre as década de 30 a 50:

No domingo, do dia 16 de Abril de 1933, o Caxias inaugurava seu Estádio. Depois de ocupar o antigo campo do Vampiro (que ficava na atual Rua Orestes Guimarães, onde hoje se encontra a Fiação Joinvilense) e um terreno emprestado, na Rua Imaruhy (atual Henrique Meyer, onde hoje está o Hotel Tannenhoff), o Caxias resolveu investir na aquisição de uma área própria.

O local escolhido foi o terreno onde até hoje está o seu estádio, na Rua Coronel Francisco Gomes. Pertencia a Ernesto Schlemm Sobrinho, que o vendeu em condições extremamente favoráveis. O pagamento foi concluído somente em 1947.

A partida inaugural, foi contra o Coritiba (clube que aniversaria no mesmo dia do Caxias), com vitória alvinegra por 3 a 1. O 1º gol dessa peleja foi assinalada pelo atacante caxiense, Bananeiro.

ANOS 30

A década de 30 foi uma época conturbada para o futebol catarinense. A Federação Catarinense de Desportos (FCD – nome da LSCDT a partir de 1927) sofria forte oposição por não estar conseguindo organizar as competições no estado. Em várias edições do torneio estadual não houve participação de equipes do interior e em outras ocorreram muitos protestos por favorecimento aos times de Florianópolis.

Assim outras associações de clubes foram formadas no Estado. A ACD, Associação Catarinense de Desportos, reunia os clubes do norte do Estado. Filiou-se à CBD (Confederação Brasileira de Desportos), credenciando-se a ser o representante catarinense no futebol brasileiro. O mesmo não ocorria com a FCD, que então não estava filiada à CBD. Comprovando a tese da representatividade da ACD, no Campeonato Brasileiro de Seleções o Estado de Santa Catarina foi representado por uma seleção formada apenas por jogadores de clubes filiados a essa Associação.

No Campeonato promovido pela ACD o Caxias foi o campeão, ficando o América com o segundo posto. A formação do alvinegro Campeão Estadual de 1935 era a seguinte: Otávio, Lauro, Reco, Onça, Emílio, Boca, Meyer, Marinheiro, Raul Schmidlin, Ata e Parucker.

Na década de 30 o Caxias dominou amplamente a cena no futebol de Joinville, conquistando todos os títulos da cidade de 1935 a 1939. No Estadual, foi Vice-campeão em 1937 (perdeu a final para o Figueirense por 2 a 1) e terceiro colocado em 1938 e 1939.

Foi marcada para o Caxias pelos Vice-campeonatos. Em 1941 perdeu a final para o Figueirense por 3 a 0. Em 1945 venceu o Avaí por 2 a 0 em Joinville. No jogo de volta a equipe azurra da capital venceu por 7 a 2 no tempo normal e por 2 a 0 na prorrogação.

Caxias Futebol Clube campeão Estadual de 1929

ANOS 40 & 50

No campeonato citadino, levantou os títulos de 1940, 1941, 1944,1945 e 1946. Além de não ganhar o campeonato da cidade desde 1946, o Caxias assistiu o arqui-rival ganhar dois títulos estaduais na década anterior. Os anos 50 começaram mantendo o que se desenhara em 1947 e 1948: o América foi o Campeão Estadual de 1951 e 1952, depois de ter ganhado os títulos citadinos.

Era preciso fazer alguma coisa. E a diretoria do Alvinegro montou um time invejável para o campeonato de 1953. Trouxe, entre outros, o consagrado Teixeirinha. Considerado o melhor jogador catarinense da época, Nildo Teixeira de Melo, o Teixeirinha, havia jogado em grandes clubes do futebol brasileiro, onde consolidou sua fama de grande craque barriga-verde.

Vice-campeão estadual de 1952 no Carlos Renaux de Brusque, chegou ao Caxias como a grande esperança de quebrar a hegemonia do América. E não decepcionou, sendo o grande nome do Caxias na temporada. Porém no último jogo do campeonato da cidade o Caxias precisava ganhar do América para levantar o título.

Quase conseguiu. Com um gol de Renê em completo impedimento, validado pelo árbitro Arthur Lange, ex-jogador do Caxias, o América chegou ao tri-campeonato. O estadual foi ganho pelo Carlos Renaux, com o rubro de Joinville ficando em segundo.

Para 1954 o Caxias juntou um elenco que acabou se transformando naquele que muitos consideram o melhor time do futebol catarinense de todos os tempos. Foi campeão invicto da cidade, com uma campanha incrível: 13 jogos (12 vitórias e 1 empate), marcando 39 gols e sofrendo apenas 8.

Vencida a competição doméstica, era preciso encarar o desafio de ganhar o Estadual, depois de quase 20 anos. A campanha foi igualmente impressionante:

Quartas de finais

Baependy 2 x 4 Caxias

Caxias 10 x 0 Baependy 

Semifinais

Caxias 2 x 1 Carlos Renaux

Carlos Renaux 1 x 2 Caxias 

Finais

Caxias 6 x 3 Ferroviário

Ferroviário 2 x 2 Caxias

Caxias 7 x 0 Ferroviário 

O time base tinha: Puccini; Hélio e Ivo Meyer; Joel, Gungadin e Arno Hoppe; Euzébio, Didi, Juarez, Periquito e Vi.

O atacante Juarez foi o artilheiro do certame, com uma marca estupenda: 18 gols em 7 jogos. Juntamente com Vi (Leôncio Vieira, filho do legendário Cilo, campeão estadual em 1929) saiu do Caxias para jogar por muitos anos no Grêmio de Foolball Portoalegrense.

Ambos vestiram a camisa da Seleção Brasileira em torneios sul-americanos. Foram escolhidos pela torcida gremista para a o “Grêmio de todos os tempos”. Uma curiosidade: o Grêmio os queria imediatamente após o término do campeonato catarinense.

Estavam com as passagens marcadas para ir diretamente de Florianópolis para a capital gaúcha. Depois da goleada no jogo final, a torcida exigiu sua presença para a comemoração do título e ambos vieram a Joinville antes de embarcar para terras gaúchas.

ARTE: desenhos do escudo, uniforme e mascote – Sérgio Mello

FOTO:Acervo de Adalberto Klüser (papel timbrado)

FONTES: Site do clube- Blog Caxienses Fanáticos – Página do clube no Facebook

Torneio Início da Liga Avareense de Futebol de 1958 – Avaré (SP)

Associação Atlética Avareense (Campeã)

Dando abertura ao Campeonato Amador de 1958, a Liga Avareense de Futebol (LAF) organizou um Torneio Início, no domingo, do dia 30 de março de 1958, no Estádio da Associação Atlética Avareense, com a presença de todos os filiados. Apesar do tempo ameaçador, grande foi o número de pessoas que correram àquele estádio.

São Paulo Futebol Clube (Vice-campeão)

Os jogos transcorreram num ambiente de disciplina, graças a boa organização do Departamento de Árbitros, sr. Elias de Almeida Ward e técnico sr. Seme Jubran, que tudo fizeram para o brilhantismo da festa.

Guarani Futebol Clube (Terceiro lugar)

Na hora aprazada se achavam a postos todos os mentores da Liga, bem como os membros diretores dos clubes participantes. Coube ao sr. Clovis Gonçalves Guerra, presidente da Liga Avareense de Futebol (LAF), a tarefa de supervisionar todos os serviços, o que foi feito com êxito pleno.

Juventus Futebol Clube (Terceiro lugar)

O Torneio Início, contou com a participação de oito clubes:

Associação Atlética Avareense;

Associação Ferroviária Avareense;

Círculo Operário Futebol Clube;

Fluminense Futebol Clube;

Guarani Futebol Clube;

Juventus Futebol Clube;

Nacional Atlético Clube;

São Paulo Futebol Clube.

Círculo Operário Futebol Clube

Primeira Fase

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
São Paulo1X0Círculo OperárioUlysses BertolaciniZezinho (5 minutos do 1º tempo).
Juventus1X0NacionalOrestes FagnanPeixe (10 minutos do 1º tempo).
Avareense0X0FluminenseLúcio Aureliano de Lima2 a 1, em escanteios para o Avareense.
Guarani0X0FerroviáriaNão informadoNos pênaltis, o Guarani venceu por 1 a 0 (gol de Miro). Napolitano defendeu a penalidade de Zico, da Ferroviária.
Nacional Atlético Clube

Semifinais

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
São Paulo2X0JuventusJuvenal AreaMachado e Zé da Lina (no 2º tempo).
Avareense1X0GuaraniPedro GuazzelliFlávio (5 minutos do 1º tempo)
Associação Ferroviária Avareense

Final

RESULTADOSÁRBITROSGOLS
Avareense2X0São PauloOrestes FagnanArmando (aos 2 e aos 13 minutos do 1º tempo).

Com os resultados, a Associação Atlética Avareense foi a grande campeã. O São Paulo Futebol Clube ficou com o vice. O Guarani Futebol Clube e o Juventus Futebol Clube ficaram na terceira colocação.

Fluminense Futebol Clube

QUADROS ATUARAM ASSIM:

A. A. AVAREENSE (Campeã):  Angélico; Chico Preto e Zé Luiz (Chuca I); Chuquinha, Vingança (Cidinho) e Carcereiro; Nivaldo, Armando, Beto (Ximbica), Flavio e Xerém.

SÃO PAULO F. C. (vice): José Henrique; Chaim e Adelino; Zé da Lina, Wilson e Zé Carlos; Pepe (Vitinho), Zezinho, Machado, Valdemar e Reinaldo.

CIRCULO OPERARIO: Grandão; Luiz e Bento; Avaré, Castilho e Miguel; Airton, Tico, Lopes, Canhão e Castro.

NACIONAL A. C.: Sonera; Benini e Biriba; Rizo, Djalma e Eduardo; Panchione, Belacosa, Borracha, Ponce e Cerqueira.

JUVENTUS F. C.: Cipó; Jorge e Sorocaba; Zezão, Barreira e Nogueira; Didi, Hélio Faria, Osmil, Henrique e Geraldo.

FERROVIARIA: Carlos Alberto; Zico e Teco; Martins, Brandão e Vênus; Eduardo, Isaias, Padre, Luiz e Adão.

GUARANI F. C.: Napolitano; Guilherme e Calado; Zé Antônio, Vicentini e Margoso; Fiico, Carlinhos, Pedrinho, Teles e Miro.

FONTE E FOTOS: A Gazeta Esportiva (SP)