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Escudo e uniforme de 1956/57: Botafogo Futebol Clube – Ribeirão Preto (SP)

Por Sérgio Mello

O Botafogo Futebol Clube é uma agremiação da cidade Ribeirão Preto, localizado a 315 km da capital do estado de São Paulo. Conta com uma população de 698.642 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022.

O “Pantera” foi Fundado no sábado, do dia 12 de outubro de 1918, por meio da fusão dos três times da Vila Tibério: União Paulistano, Tiberense e Ideal Football Club.

A escolha do Nome

As lendas contam que os representantes do clube não conseguiam entrar em acordo quanto ao nome do novo clube e com os ânimos exaltados alguém teria dito que caso não houvesse consenso o melhor era “botá fogo” em tudo e desistir da fusão.

Cores

As cores escolhidas foram preta, branca e vermelha. O uniforme principal é todo branco, com uma faixa horizontal tricolor na camisa. O segundo uniforme possui camisa com listras verticais nas três cores, calção preto e meias vermelhas. Manda seus jogos no Estádio Santa Cruz, que tem capacidade para 28.900 pessoas.

Breve história

No início do século XX, na cidade de Ribeirão Preto (cidade do interior do estado de São Paulo), os primeiros times de futebol representando os bairros da cidade começaram a se estabelecer.

No caso da Vila Tibério, em vez de um, eram três os times que representavam o bairro: União Paulistano, Tiberense e Ideal Football Club. Isso fazia com que os bons jogadores do bairro se diluíssem entre os três, diminuindo assim sua competitividade quando jogavam contra equipes de outros bairros.

Para contornar esta situação, um grupo ligado ao Ideal Football Club convocou representantes do União Paulistano e do Tiberense para uma reunião, com o intuito de propor uma fusão do trio.

Com o consenso pela fusão, o Botafogo Football Club do Rio de Janeiro foi lembrado, e optaram por homenageá-lo com um nome homônimo ao novo time de Ribeirão Preto.

Há também uma versão que garante que chegar ao consenso nesta reunião não estava sendo fácil e, em um dado momento, um dos presentes teria ameaçado a fusão e dito que botaria fogo em todos os documentos que ali estavam; tal ameaça, de acordo com essa visão, teria inspirado o nome do time.

O 1º Presidente foi Joaquim Gagliano, que na ocasião também era funcionário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Isso facilitou o caminho para que Gagliano conseguisse junto a alguns funcionários da Companhia o primeiro custeio para a aquisição de material esportivo.

As três cores, branco, preto e vermelho, foram tanto uma homenagem ao homônimo carioca (alvinegro) quanto para aludir às cores da bandeira paulista (o alvinegro somado ao vermelho).

Campeão do Centenário de Ribeirão Preto de 1956

A 1ª partida foi disputada em Franca, outra cidade do interior de São Paulo (distante cerca de 90 quilômetros de Ribeirão Preto), contra o Esporte Clube Fulgêncio: vitória por 1 a 0.

O 1º título conquistado foi o de Campeão do Interior da 1ª Região, em 1928, o que credenciou o Botafogo Futebol Clube à disputa da Taça Competência, contra o Palestra Itália, campeão do Campeonato Paulista organizado pela APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos).

Em 1956 e 1957 vieram as conquistas que confirmaram o estabelecimento do time como uma potência de sua região: foi campeão do Centenário de Ribeirão Preto (com vitória sobre o Comercial Futebol Clube por 4 a 2), da Taça dos Invictos do Interior (que pela primeira vez era oferecida a um time de fora da capital) e do Campeonato Paulista da 2ª Divisão, credencial para a disputa da divisão principal.

Hino do clube

Até os anos 70, o time não teve hino oficial, mas algumas marchinhas que aludiam ao clube. Em 1972, na gestão de Ricardo Christiano Ribeiro – que naquela oportunidade assumia o cargo de presidente pela primeira vez –, foi criado um concurso para a escolha de um hino oficial. Dentre 13 concorrentes, o campeão do concurso foi um composto pelo próprio Christiano Ribeiro, sobre letra de Horvildes Simões.

“Botafogo, Botafogo
Orgulho de Ribeirão
Sua fibra, sua raça
Mantém a nossa tradição
A bravura, da sua gente
Acende nossos corações
Grandioso Botafogo
Celeiro de campeões
Foi a Vila, Vila Tibério
O berço do tricolor
Crescendo sempre, se consagrando
Na glória da região
Sem preconceito, tem branco e preto nela
Vermelho representa o sangue do Pantera
Nossa bandeira altaneira, varonil
Vai tremulando pelo céu do meu Brasil
O tricolor de Santa Cruz ninguém engole
Porque a galera do Pantera não é mole”

Mascote

A mascote é uma pantera, instituída após o título de Campeão do Interior da 1ª Região, conquistado em 1928, momento em que a equipe passou a ser conhecida como “Pantera da Mogiana”.

Já o primeiro estádio foi o Luiz Pereira, inaugurado em 24 de fevereiro de 1924, que em seus primeiros anos era chamado de “campo da Vila Tibério”, “campo do Botafogo”, “Fortim da Vila” e “Madeirão”.  

Nos anos 60, foi construído o Estádio Santa Cruz, inaugurado em 21 de janeiro de 1968 em um amistoso contra a Seleção da Romênia, vencido pelos anfitriões por 6 a 2.

Dois dos jogadores que são fortemente associados ao Botafogo Futebol Clube, onde começaram suas carreiras como profissionais, são os irmãos Sócrates (1974-78 e 1989) e Raí (1984-87).

Craques da terrinha

Nascidos em Ribeirão Preto, Sócrates e Raí viram suas carreiras ganharem projeção nacional em suas passagens pelo Sport Club Corinthians e pelo São Paulo Futebol Clube, respectivamente.

Outros jogadores que também se destacaram em suas passagens pelo Pantera em todos os tempos foram o meia Tim (1930-34 e 1948-49), o lateral-esquerdo e zagueiro Dicão (1956-59 e 1960), o goleiro Machado (1954-66), o lateral-direito Eurico (1964-68), o zagueiro Manoel (1971-83), o centroavante Geraldão (1970-75), o atacante Didi (1980-81 e 1988), o centroavante Nélson (1985-92) e o goleiro Doni (2001).

Grande rival

O principal rival é o Comercial Futebol Clube, e o derby que ambos protagonizam é conhecido como “Come-Fogo”. Foram realizados 27 jogos entre 1920 e 1936, que é considerada como a fase amadora do confronto.

À altura de 2015, a soma de todas partidas indica que o Botafogo possuí 61 vitórias; enquanto Comercial venceu 49 e constam 57 empates, tendo o Botafogo assinalado 212 gols contra 208 tentos do Comercial.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: A Gazeta Esportiva (1957) – Acervo de Cartões Postais de Toninho Sereno

FONTES: Prefeitura de Ribeirão PretoHistória do futebol no Brasil, T. Mazzoni (2007) – Minienciclopédia do Futebol Brasileiro, Igor Ramos – Botafogo: uma história de amor e glórias, Ribeirão Preto, SP: I. Ramos, 2008 – Site oficial do Botafogo de Ribeirão Preto – Paulo Nascimento

Clube Atlético Tucuruvi – São Paulo (SP): Fundado em 1924

TUCURUVI

O nome “Tucuruvi” tem origem na língua tupi e significa “gafanhoto verde“, através da junção dos termos tukura (gafanhoto) e oby (verde). A 1ª aparição da denominação Tucuruvi consta oficialmente em uma escritura de compra e venda de uma área há 168 anos atrás (1856).

Acervo de Rodolfo Kussarev

O bairro foi formado em sua origem por pastagens de gado em fazendas da região, habitat ideal para gafanhotos. No início do Século XX, predominava apenas a verde paisagem dos sítios e fazendas que existiam na época, dos quais os mais conhecidos eram o Lavrinhas, Pedregulho e Tapera Grande.

O primeiro núcleo do povoamento aconteceu no sábado, do dia 24 de outubro de 1903, quando o inglês Willian Harding adquiriu uma fazenda denominada Itaguaravi, na atual Parada Inglesa e, em 1912, fundou a Villa Harding, onde construiu sua imponente moradia, que também lhe servia de escritório, que passou a chamar-se Palacete Anglo-Parque. No final da década de 70, a Villa Harding foi demolida.

Foto oficial (1948) do C.A. Tucuruvi, no campo da Av. Cabuçu. Escalação: Italiano, Ernesto, Parreca, Wald, Chê I, Enéas, Araujo, O. Soares, Chê II, Ladeira, Nenê e Flávio.
Foto cedida por Ary Marinelli

CLUBE ATLÉTICO TUCURUVI

O Clube Atlético Tucuruvi foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). O “Fidalgo” foi Fundado no domingo, do dia 1º de junho de 1924. A sua Sede social estava localizado na Avenida Tucuruvi, nº 98/ Sobrado, em Tucuruvi.

Já a sua Praça de Esportes (Foto acima) ficava localizado na Avenida Dr. Antônio Maria Laet (atualmente fica a Estação de Metrô Tucuruvi), s/n, Tucuruvi, em São Paulo/SP. As suas cores eram vermelho e branco.

Em 1941/42, disputou a Sub-Liga Esportiva Riachuelo, no qual se sagrou campeão.

Acervo de Rodolfo Kussarev

Na quarta-feira, às 15 horas e 30 minutos, do dia 29 de junho de 1955, foi realizado um amistoso o C.A. Tucuruvi recebeu a visita do time juvenil do São Paulo Futebol Clube. O árbitro da partida foi o Sr. Catão Montea Junior. No final, melhor para os juvenis do Tricolor Paulista que venceram pelo placar de 4 a 1.

Fotografias dos anos 50, do campo do CA Tucuruvi, vendo-se ao fundo, o local onde hoje está situada a estação do metrô Tucuruvi.

Time de 1951: Geninho; Pilho e Argemiro; Bola, Valdemar e Ednéas; Agringo, Quintelinha, Pestana, Dante e Valter.

Foto de 1953

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Ary Marinelli – Acervo pessoalAcervo de Rodolfo Kussarev

FONTES: meu acervo – Tucuruvi Antiga – A Gazeta da Zona Norte – Facebook – Correio Paulistano (SP) – A Gazeta Esportiva (SP)

Grêmio Esportivo Vila Harding – São Paulo (SP): Fundado em 1930!

VILA HARDING

Os ingleses são bastante presentes na formação de São Paulo em muitos aspectos. O mais conhecido deles, provavelmente, envolve a ferrovia São Paulo Railway cuja presença atualmente é mais observada em algumas estações ferroviárias, como a Luz e de Paranapiacaba.

Contudo os ingleses se fazem também presentes na urbanização de um importante bairro paulistano e também de seus arredores: o Tucuruvi.

Harding chegou ao Brasil no final do Século XIX para trabalhar nas ferrovias operadas por ingleses e no início do século seguinte, precisamente em 1903, adquiriu uma grande propriedade rural chamada Fazenda Itaquaravi.

Nos primeiros anos a fazenda ficou sem grandes alterações, até que posteriormente ele decide fazer um pequeno povoamento na região e, claro, também fixar ali sua residência em uma região ainda pouco habitada e bastante agradável.

Assim em 1912 William Harding contrata o empreiteiro civil de origem portuguesa João Fidalgo para erguer ali sua nova residência, que, ao ser concluída, seria batizada de Vila Harding. O palacete foi erguido no ponto mais alto de sua propriedade, bem no topo da colina, em uma área de entorno de 7000m². A edificação servia tanto de casa, quanto escritório.

Das terras pertencentes a Harding sairiam duas importantes estações ferroviárias do extinto Tramway da Cantareira, a Parada Inglesa e Tucuruvi.

No caso da primeira estação o nome foi uma adaptação do nome popular que a estação havia recebido. A pequena parada passava pelas terras de Harding e era conhecida como a “Parada do Inglês”, posteriormente tornando-se a Parada Inglesa.

Já a estação Tucuruvi é intimamente ligada a William Harding, pois a parada foi criada graças à doação, por parte dele, do terreno onde ela viria a ser construída. Toda a região do Tucuruvi acabou basicamente se desenvolvendo ao redor da Vila Harding, que rapidamente virou a grande referência da região.

Boa parte dos loteamentos que ali surgiram foram oriundos da velha fazenda Itaquaravi que aos poucos se transformava em um movimentado bairro paulistano, caminho para outras paragens mais distantes como a Cantareira e a vizinha cidade de Guarulhos.

William Harding viveu em seu palacete até falecer em 10 de abril de 1942. O cortejo, inclusive, saiu de sua residência até o Cemitério de Santana (Chora Menino) onde ele foi sepultado no dia seguinte.

Após sua morte o palacete pouco depois trocou de mãos sendo vendido para João Fidalgo, que foi seu construtor. Na década de 40, Fidalgo era conhecido como um controverso empresário do ramo da construção civil, devido a inúmeras casas problemáticas que construiu na região, cujo apelido era “Cidade Maldita”.

GRÊMIO ESPORTIVO VILA HARDING DO TUCURUVI

O Grêmio Esportivo Vila Harding foi uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundando em Janeiro de 1930, o nome de Chuta Vento Football Club. Quatro meses depois, alterou para Villa Harding Football Club do Tucuruvy. Em novembro de 1937, foi reorganizado.

A sua Sede ficava na Travessa Esperança, nº 4-A, com a Travessa Av. Mazzei, na altura do nº 112 – Tucuruvi – São Paulo (SP). A sua última Sede: Rua Salvador Bicudo, nº 30 – Tucuruvi – São Paulo (SP). A sua Praça de Esportes: Avenida Tucuruvi, nº 428 – Tucuruvi – São Paulo (SP).

O clube participou de diversas competições varzeanas, com em 1947, disputou o Campeonato da LECI (Liga Esportiva do Comércio e Infdústria) e o Campeonato da Sub-Divisão Riachuelo. Em 1950, disputou o Torneio Varzeano Dr. Adhemar de Barros, no Tucuruvi – Setor nº 1.

Na Assembleia Geral definiu a nova diretoria do Vila Harding, realizado na terça-feira, do dia 13 de janeiro de 1948. A posse aconteceu na sexta-feira, do dia 30 de janeiro de 1948. A diretoria foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – Antônio Narinati;

Vice-presidente – Antônio Lopes Nascimento;

2º Vice-presidente – Mario Perpetuo;

Secretário geral – Valdemar Rodrigues;

1º Secretário geral – Neri F. Vitrio;

2º Secretário geral – Fernandes Deneiro;

Tesoureiro – João Sambineli;

2º Tesoureiro – Domingos Gutierrez;

Diretor Geral dos Esportes – Domingos Marques;

1º Esportivo – Marino Gutierrez;

2º Esportivo – Angelino Pugliese.

Algumas formações:

Time base de 1948: Nelson; Nicola e Carlos; Ari, Manão e Luizinho; Luiz, Novais, Orlando, Eduardo e Isaltino.

Time base de 1951: Nelsinho (Baiano); Pedrão e Nino (Cascata); Ticaba I (Cláudio), Falaschi (Jacob) e Nilson (Emilio); Silvio (Ticaba II), Clóvis (João Maria), Zeca (Formiga), Mario II e Carlito (Batata). Técnico: Duca.

Time base de 1952: Nelsinho; Levi e Nino; Ticaba II, Falaschi e Nilson; Silvio, Mario, Zeca, Ditão e Carlito. Técnico: Duca.

Time base de 1953: Isaltino; Nilson e Nino; Geraldo, Valadão e Valdemar; João Maria, Mario I, Marino, Eduardo e Zeca.

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: A Gazeta (SP) – Correio Paulistano (SP) – Jornal de Notícias (SP) – Mundo Esportivo (SP) – Tucuruvi Antiga – A Gazeta da Zona Norte – Facebook

O Araguay Futebol Clube, de São Miguel Paulista – São Paulo (SP): Fundado em 1957

SÃO MIGUEL PAULISTA

São Miguel Paulista (comumente chamado apenas de São Miguel) é um distrito da zona leste do munícipio de São Paulo, no estado de São Paulo. Teve, como núcleo inicial, a chamada Capela dos Índios, uma igreja construída no século XVI para o aldeamento de indígenas da região. A capela está localizada na Praça Aleixo Monteiro Mafra.

Ela é a única construção no município de São Paulo que, depois da reforma que sofreu no século XVII, conserva-se totalmente original, com paredes em taipa de pilão.

Foi, durante muitos anos, chamado “distrito da Penha de França”, ganhando autonomia administrativa no fim do período imperial. Fez parte da constituição do distrito, a existência da estrada que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo e que passava por dentro da antiga Aldeia de São Miguel. Hoje, a estrada transformou-se nas Avenidas Marechal Tito e São Miguel.

ARAGUAY F.C.

O Araguay Futebol Clube é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Fundado no sábado, do dia 07 de setembro de 1957, pelo Sr. João Cavalcante Leal, que também foi o 1º Presidente. A sua Sede está localizada na Avenida Três Meninas, nº 15, no Jardim Helena, em São Miguel Paulista, na zona leste do município de São Paulo.

Devido ao fato de existir uma cidade no Estado de Minas Gerais, chamada Araguari e como alguns membros da diretoria eram mineiros, o clube foi batizado com esse com o nome de Araguay futebol Clube.

EM PÉ (esquerda para a direita): Zé Farinha, João Bororo, Odair cabeça de navio, Geonildo, Adílson, Zé Piracicaba, Elias Besteira e João Silveira; AGACHADOS (esquerda para a direita): Zito, Moita, Vardinho, Zezinho e o Som.

Títulos conquistados

O Araguay possui diversos títulos, dentre os quais:

Campeão da Copa São Miguel Paulista: 1979, 1985, 1989, 1993, 1994, 1995, 1998, 2002 e 2003;

Campeão Regional: 1984, 1986, 1993, 1994, 1996, 2002 e 2003;

Campeão do Torneio Itamaraty: 1981, 1982 e 1983;

Campeão do Torneio Início AC Cosmo: 1984;

Campeão do Torneio Pascoal Elias: 1988;

Campeão da Copa Jardim Helena: 1990 e 1991;

Campeão do Torneio João Norberto Lucio Silveira: 1995 e 1998;

Campeão da Copa João Cavalcante Leal: 2001;

Campeão da 1ª Liga Jardim Helena: 2009;

Campeão da Copa João Cavalcante Leal: 2010, 2013 e 2017.

Uma marca impressionante: 108 jogos sem derrota

Cumpre ressaltar ainda que no período compreendido entre os anos de 1985 a 1993 o Araguay F.C permaneceu 108 partidas invictas e entre os anos de 2000 a 2003 permaneceu 79 partidas sem saber o que era uma derrota.

Ressalta-se também que entre os anos de 1957 a 2017, além dos 58 títulos conquistados, o Araguay F.C obteve 14 Vice-campeonatos.

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Meu acervo – Página do clube no Facebook

Mocidade Futebol Clube, do Jardim Zaíra – Mauá (SP)

MAUÁ

Mauá é um município da Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Pertence à região do ABC Paulista, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, A densidade demográfica é de 6 753,01 habitantes por quilômetro quadrado. Porém a densidade urbana é bem maior, já que um terço do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque Estadual da Serra do Mar. Em 2014, era o 20° município do estado em produto interno bruto. Com 418.261 habitantes (Censo 2022), Mauá é o 15° município mais populoso do estado de São Paulo, e o 57° município mais populoso do Brasil.

Etimologia

Ver também: Topônimos tupi-guaranis no Brasil

O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro sugere que o topônimo “Mauá” pode provir de “Magûeá“, que era o nome de uma aldeia tamoia que se localizava na baía de Guanabara no Século XVI. Originalmente, o nome “Mauá” designava uma área onde hoje situa-se o bairro de Mauá, em Magé, onde Irineu Evangelista de Souza construiu um grande porto. O imperador dom Pedro II, reconhecendo a importância da obra, nomeou-o barão de Mauá.

Na criação do distrito de Mauá, durante o processo de emancipação, o nome “Mauá” passou a designar a estação local e o povoado que surgiu ao seu redor em substituição ao antigo “Pilar“, que fazia referência ao Caminho do Pilar (antigo nome da Avenida Barão de Mauá), que ligava a vila de São Bernardo à Capela de Nossa Senhora do Pilar, em Ribeirão Pires.

O Mocidade Futebol Clube do Jardim Zaíra, é uma agremiação da cidade de Mauá (SP). O “Tricolor do Zaíra” foi Fundado na quarta-feira, do dia 1º de abril de 1970. Em Mauá é uma das mais tradicionais equipes do futebol amador da região do ABC. Seu nome é uma homenagem à escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel dado pelos fundadores Ademir Geremias Silva e Otaviano da Cunha.

Atualmente a equipe disputa o Campeonato Mauaense da 1ª Divisão, competição que o Mocidade FC já conquistou em três oportunidades: 1977, 1979 e 2001. Em sua extensa galeria de títulos e troféus, também constam o título do Campeonato da 2º Divisão em 1989, a Copa Amizade de 1997 e os diversos títulos dos veteranos e do cinquentão, com destaque para o campeonato invicto conquistado pelos veteranos em 2008.

O primeiro jogo do Mocidade foi contra o Congregação Mariano e o placar de 2 a 0 para o cobra coral já era um indício de que nascia ali um time predestinado às vitórias. O Mocidade jogou com: Geraldinho; Cláudio Neri, Ezequiel, Pedro Luiz e Silvão; Garrinchinha, Otávio e Lula; Bilão, Natal e Geremias. O primeiro gol coube ao centroavante Natal, de cabeça.

A 1ª Diretoria da equipe, além de seus fundadores, foi composta com os seguintes nomes e cargos:

Presidente – Felício Garcia;

Vice-Presidente – Otaviano da Cunha;

Tesoureiro – Silvão;

Secretário – Nino;

Diretor Esportivo – Ademir Geremias Silva;

Presidente do Conselho – Manoel Alves;

Vice-Presidente do Conselho Pata;

Conselheiros – Lula, Albino, Jessé e Rocão.

Outra curiosidade relacionada ao Mocidade FC é que a equipe quase tornou-se profissional e que poderia ter disputado a 2º Divisão de Profissionais do Campeonato Paulista de 1978. O então prefeito Dorival Resende da Silva havia prometido que colocaria o Mocidade na disputa, uma vez que, em 1977, a equipe vinha de conquistas tanto no principal como nos aspirantes, sendo o mais forte time de Mauá, na época. Mas tal promessa não se concretizou.

Mesmo com a negativa sobre a profissionalização da equipe, o “Tricolor do Jardim Zaíra” continuou revelando seus talentos, muitos dos quais atuaram no futebol profissional, entre os quais podemos destacar o ex-volante Valter, que jogou no Paulista de Jundiaí, o ex-lateral Dirceu, que jogou no extinto Saad, de São Caetano, o Caca, que jogou em Portugal e está na Alemanha e o zagueiro Bamba, que jogou no Grêmio Mauaense e no Oeste de Itápolis. Outro grande destaque foi o Coutinho, que foi da diretoria do Mocidade e jogou pelo União Bandeirante (PR), pelo Fluminense de Feira de Santana (BA) e encerrou carreira no Saad (SP). Outro importante atleta foi Cândido, que deu seus primeiros chutes como juvenil do Mocidade e depois brilhou com as camisas do Atlético Mineiro e do América de São José do Rio Preto.

PASSADO DE GLÓRIAS-FUTURO VENCEDOR.

A história de conquistas do Mocidade FC tem sua raiz na comunidade do jardim Zaíra, em Mauá. A relação da agremiação com o bairro vem desde sua fundação e ainda hoje é muito forte, conforme relata o presidente Evandro Fiorentini, o Picolé:

Naquele tempo se jogava pela várzea mesmo, você defendia o time de seu bairro, da sua comunidade, jogava para representar a vila”, destaca. “Quem não lembra da famosa Maria Coquinha, a antiga torcedora-símbolo do Mocidade e das partidas em que reuníamos mais de 800, 1000 torcedores por jogo”, rememora Fiorentini.

A Sede social do Mocidade Futebol Clube está localizado na Rua Sebastião Antônio da Silva nº 51, no Jardim Zaíra, em Mauá/SP, onde a tradicional agremiação esportiva guarda suas relíquias, vivas na memória de seus simpatizantes, muitos deles ex-jogadores, como o Bilão, que conta com muita alegria como era o Zaíra do passado, na época do surgimento do Mocidade.

O Jardim Zaíra tinha muito mato e ruas de terra, que dificultavam o acesso das pessoas para o fundo do bairro. O ponto final do ônibus ficava onde hoje está a sede do Juá Futebol Clube, no bar do Zé Pimenta”, relembrou Bilão.

A realidade do Mocidade FC é a mesma da maioria de nossos clubes amadores da região, ou seja, vivendo da abnegação de seus dirigentes e da relação com sua comunidade.

E assim segue o Mocidade FC, com sua tradição de revelar jogadores, com sua trajetória vencedora e repleta de glórias e conquistas e com sua profunda relação na comunidade do Jardim Zaíra, que continua com a mesma energia que o consagrou como uma das maiores equipes de futebol amador que a cidade de Mauá produziu.

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FONTES: Acervo pessoal – danielalcarria.blogspot – Facebook – Jornal Diário do Grande ABC

Associação Atlética Aliança Paulista – São Paulo (SP): Campeão do Campeonato Varzeano da F.P.F. do Setor 10 de 1957

Vila Guilherme é um distrito situado na zona norte do município de São Paulo e é administrado pela subprefeitura de Vila Maria.

História do bairro

Inicialmente, as terras da hoje Vila Guilherme, denominada à época “Tapera”, pertenciam ao Capitão-mor Jerônimo Leitão, que as repassou como sesmaria (terreno inculto ou abandonado que os reis de Portugal distribuíam a colonos ou cultivadores) para o donatário Salvador Pires de Almeida e a seus descendentes.

Já no século XIX, chegaram ao Barão de Ramalho e, por herança, à sua filha, Joaquina Ramalho Pinto de Castro, que as vendeu a Guilherme Braun da Silva. Esse, por último, as loteou em sítios e chácaras, que foram vendidas principalmente a imigrantes portugueses, impulsionando o seu desenvolvimento.

Na quinta-feira, do dia 12 de setembro de 1912, o comerciante fluminense Guilherme Braun da Silva, adquiriu junto a Dona Joaquina Ramalho Pinto de Castro, herdeira do Dr. Joaquim Inácio Ramalho, o “Barão de Ramalho”, uma área de cerca de 115 alqueires de terra, que ia do rio Tietê até a estrada da Bela Vista, oficializando-se tal data como a fundação do bairro de Vila Guilherme.

Associação Atlética Aliança Paulista

A Associação Atlética Aliança Paulista é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). O “Clube da Amizade” foi Fundado no sábado, do dia 19 de dezembro de 1925, por um grupo de amigos portugueses moradores do bairro da Vila Guilherme.

A sua 1ª sede foi no Bar do “Pedalada”, na Rua Chico Pontes com a Rua Joaquina Ramalho, na Vila Guilherme. O salão de festas (bailes) nos fundos do Armazém de Secos & Molhados, do Sr. Antônio (Campeão), na Rua Maria Cândida esquina com a Rua Joaquina Ramalho. Onde foram realizados bailes de carnaval, casamentos e lindas festas..

Depois inaugurou a sua nova Sede social (do lado do Bar do Sidônio), no sábado, do dia 20 de novembro de 1954, na Rua Maria Cândida, nº 1.142 (Fundos), em Vila Guilherme, com um baile, com a presença de familiares dos associados. Tinha seu salão de festas na Rua Amazonas da Silva (atualmente chamada: Rua Lagoa Panema, bem em frente à Escola Santa Tereza), na Vila Guilherme.

O endereço atual da Sede social fica situado na Rua Laurindo Sbampatonº 235 – Chácara CuocoBairro de Vila Guilherme, em São Paulo/SP.

Aliás, a vida social no clube era movimentada. Com a realização de bailes, shows, carnaval, festas juninas, etc. O clube também patrocinado a Corrida de Rua Noturna chamada “A.A. Aliança Paulista”, com amplo destaque nos principais jornais da cidade e com a grande número de corredores e o público compareciam em grande número. Em julho de 1957, o clube se filiou a Federação Paulista e Atletismo (FPA).

O seu campo de futebol situava-se na Rua Joaquina Ramalho (esquina com a Rua Pedra Sabão), onde há hoje um prédio de apartamentos de nome “Morada da Fonte”.

Mas o clube não vivia apenas do esporte. A cultura também tinha espaço. Em janeiro de 1958, o professor Solon Borges dos Reis (presidente do Centro do Professorado Paulista) doou 100 livros para a riquíssima Biblioteca do clube.

Curiosidades

Primeiro distintivo e uniforme

Em Assembleia Geral ordinária realizada na quarta-feira, do dia 19 de janeiro de 1944, foi eleita e empossada a nova diretoria da Associação Atlética Aliança Paulista, para o exercício de 1944, cuja constituição é a seguinte:

Presidente: Albertino José da Costa Filho;

1º vice-presidente: Teodoro de Almeida;

2º vice-presidente: Alfredo Augusto Pires;

Secretário geral: Mario Antero Sebastião;

1º Secretário: Antônio Rueda Martins Filho;

2º Secretário: Americo Augusto Fernandes;

1º Tesoureiro: Augusto Abdias;

2º Tesoureiro: Eduardo Cordeiro;

Diretor de esportes: José Americo Sebastião;

Comissão fiscal: Batista Cucera, Tomaz Castro Andrade e Joaquim dos Reis;

Comissão de Sindicância: Alberto Simões, Manuel Pinto e Mario Gouveia Marquez

EM PÉ (esquerda para a direita): Mano – Rodolfo – Hugo – Luiz Moura – Cardarelli (Ferroviária) e Bate-Estaca.
AGACHADOS (esquerda para a direita): Saguí – Oswaldo – Nelson Guerra – Tóca e Julio Móquinha.

Aliança Paulista goleou por 10 a 0 a Estrela do Tucuruvi

No domingo, do dia 14 de novembro de 1948, o esquadrão dirigido por Djalma dia a dia mais se destaca no futebol extraoficial. Jogando em seu campo, com o Estrela de Tucuruvi, “desmontou” o seu leal adversário pela expressiva contagem de 10 a 0. Na preliminar, o Aliança Paulista goleou o oponente pelo placar de 4 a 0.

Toca, o ex-ponta-direita da seleção de Sant’Ana, foi o “artilheiro” com 7 belíssimos tentos; Leopoldo, duas vezes e Pinguim, um gol, completaram a contagem.

O Aliança Paulista alinhou-se com a seguinte constituição: Hugo; Né e Alfredo II; Caldarelli, Luiz e Rodolfo; Saguí, Alfredo I, Leopoldo, Toca e Pinguim. Técnico: Djalma.

Aliança Paulista ingressou na Federação Paulista

Na quinta-feira, do dia 03 de março de 1955, a Associação Atlética Aliança Paulista solicitou filiação ao Departamento Varzeano da Federação Paulista de Futebol (FPF). Em 1942, contava com número de 40 sócios. Em 1940 a 1944, disputava as competições organizadas pela Sub-Liga Esportiva de Sant’Anna, onde fez campanhas modestas.

Aliança vice-campeão do Torneio Início Setor 27

No domingo, do dia 17 de julho de 1955, na grande final do Torneio Início do Setor 27 (Campeonato Varzeano de Santana), o Aliança Paulista acabou sendo derrotado por 2 a 1, pelo GDR Vasco da Gama, do bairro da Vila Guilherme, no campo do Vasco.

Na estreia do torneio, o Aliança venceu o Tupy por 3 a 0. O campeão ficou com a Taça Ari Silva, enquanto o Aliança recebeu a Taça João Carlos Tabeiras pelo vice. Os gols foram de Gabriel e Bodinho. Na arbitragem ficaram a cargo de Gilberto Gatto, Marcelino Arruda e Antônio de Carvalhos.

Em 1956, disputou o Campeonato Varzeano da FPF (Federação Paulista de Futebol), do Setor 12 – Tatuapé.

Aliança Paulista é campeão Invicto do Campeonato Varzeano da FPF, do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957 

O Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) foi uma disputa acirrada do início ao fim. O Doze de Setembro começou liderando, mas depois o CDR Vasco da Gama (Vila Guilherme) assumiu a ponta até o Aliança Paulista colar e brigar pelo título até o fim.

No final, o clube lusitano comandos por Jorge Faiad e José Maria dos Anjos superaram o rival e carimbaram o título sem sofrer nenhuma derrota. Abaixo vamos destacar alguns resultados nessa belíssima campanha do Aliança Paulista

Participaram desse torneio as seguintes agremiações:

Associação Atlética Aliança Paulista (Vila Guilherme);

Brasil Futebol Clube;

Grêmio Dramático Recreativo Vasco da Gama (Vila Guilherme);

Guaracininga Futebol Clube (Vila Guilherme);

Herói Brasil Futebol Clube (Vila Izolina);

Sociedade Esportiva Palmeirinha (Carandiru);

Flor da Espanha Futebol Clube (Carandiru).

No domingo, do dia 07 de julho de 1957, goleou o Herói Brasil FC (Vila Izolina) pelo placar de 7 a 0. Nos Segundos Quadro nova goleada, dessa vez por 8 a 0.

Os gols foram assinalados por Dado, Túlio e Dado, dois gols cada um; e Vermelho um tento. O Aliança Paulista jogou com: Dito; Adriano e Tico; Júlio, Vermelho e Milton; Silvio, João, Túlio, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.

No domingo, do dia 21 de julho de 1957, nova goleada. Dessa vez em cima do Guaracininga FC pelo placar de 7 a 3. Nos Segundos Quadro também venceu: 1 a 0. Os gols foram marcados por Túlio, cinco vezes; Silvio e Xim, um gol cada; enquanto Adilson, duas vezes, e Bolinha fizeram os tentos do Guaracininga.

No domingo, do dia 28 de julho de 1957, o Aliança Paulista jogou manteve a invencibilidade ao golear o Brasil FC por 5 a 0. Nos Segundos Quadro goleada de 9 a 2. Os gols foram: Dado, duas vezes; Túlio, Xim e Júlio, um tento cada.

No domingo, do dia 25 de agosto de 1957, num jogão que valia a liderança, na preliminar da Portuguesa x Ipiranga (pelo Campeonato Paulista), o Aliança Paulista venceu o CDR Vasco da Gama (Vila Guilherme), por 2 a 1, no Estádio do Canindé.

O árbitro foi Remy Zangrossi, auxiliado por Álvaro André Pestana Teixeira e Bernardino José Valente. Os gols do Aliança Paulista, que alcançou a 7ª partida invicta, foram do destaque do jogo:  Anibal, autor dos dois gols.

O Aliança Paulista formou: Dito; Milton e Tico; João, Zé Preto e Júlio; Silvio, Anibal, Túlio, Xim e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.

No domingo, do dia 1º de setembro de 1957, o Aliança Paulista chegou a 8ª partida invicta, ao vencer o Corinthians por 2 a 0. Com isso, assumiu a liderança isolada, uma vez que o CDR Vasco da Gama (Vila Guilherme) ficou no empate com o Palmeirinha.

O árbitro foi Mario Fonseca de Oliveira. Os gols foram de Anibal e Tico. O time jogou: Dito; Junqueira e Tico; Vermelho, João, Zé Preto e Milton; Lando, Anibal, Túlio, Júlio e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.

No domingo, do dia 15 de setembro de 1957, pelo returno, o Aliança Paulista voltou a golear o Herói Brasil FC (Vila Izolina) pelo placar de 4 a 0. Nos Segundos Quadro outra goleada: 5 a 0.

Na manhã de domingo, do dia 13 de outubro de 1957, o Aliança Paulista derrotou o Palmeirinha FC por 3 a 0. Com esse resultado se sagrou campeão do Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1957, assegurando o seu lugar no Torneio dos Campeões (batizado como Torneio Mendonça Falcão). Ao todo foram 18 jogos sem sofrer nenhuma derrota!

O árbitro foi Luiz Diepedro. Os três gols foram assinalados pelo craque Anibal. O time jogou: Dito; Junqueira e Tico; João, Zé Preto e Cabeção; Silvio, Xim, Túlio, Anibal e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.

Hugo – Mano – Tóca – Nelson Guerra – Bate Estaca – Saguí – Cardarelli (Ferroviária) – Rodolfo – Júlio Móquinha – Luiz Moura e Oswaldo.

Torneio Mendonça Falcão de 1958

Na sexta-feira dia 7 de fevereiro de 1958, teve início o Torneio Mendonça Falcão (Torneio dos Campeões), organizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol). Os jogos eram em caráter eliminatório. Ou seja: venceu, segue. Perdeu está eliminado.

Pela 1ª fase, em jornada dupla: às 19 horas, entre o Grêmio Esportivo XV de Novembro da Barra Funda 5 x 6 Associação Atlética Aliança Paulista. Depois, às 21 horas, Chavantes Futebol Clube 1 x 2 Grêmio Maranhense. Os jogos foram no Estádio Rodolfo Crespi (propriedade do Clube Atlético Juventus), na da Rua Javari, na Mooca.

O adversário era “osso duro de roer”: tricampeão da Barra Funda e campeão invicto do certame, mas o Aliança Paulista não se intimidou e num jogo de 11 gols, venceu o XV de Novembro da Barra Funda por 6 a 5.   

Os gols foram de Túlio e Dado, dois gols; e Moraes e Canhoteiro, um tento cada. O time jogou: Dema; Tico e Milton; Tino, Zé Preto e Júlio; Silvio, Túlio, Canhoteiro, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.

Na 2ª fase, na terça-feira, às 21 horas, dia 25 de fevereiro de 1958, no Estádio Rodolfo Crespi (propriedade do Clube Atlético Juventus), o Aliança Paulista enfrentou o Grêmio Maranhense, na da Rua Javari, na Mooca.

E, o Aliança Paulista acabou sofrendo uma goleada totalmente inesperada e acabou dando adeus ao torneio ao perder por 8 a 0. Os gols foram de Neguinho e Acácio, duas vezes cada; Clodo, Ciloca, Cação e Bolinha, um tento cada, para a equipe grená.

EM PÉ (esquerda para a direita): Zé Rodrigues (técnico), Tino, Zé Preto, Anézio, Teixeirinha, Alfredo e Vadinho;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Silvio, Túlio, Bidú,  Xim e Neca.

Jogou na preliminar entre o São Paulo F.C. (SP) x America F.C. (RJ)

No sábado, do dia 29 de março de 1958, na preliminar da vitória do São Paulo FC sobre o America Football Club (RJ), por 4 a 0, válido pelo Torneio Roberto Gomes Pedroza de 1958, no Estádio do Pacaembu, o Aliança Paulista enfrentou o Sete de Setembro de Água Rasa. A Renda foi de Cr$ 144.045,00, com um Público de 4.337 pagantes.

O Aliança Paulista derrotou pelo Sete de Setembro por 4 a 3. O árbitro foi Walter Marques, auxiliado por Manoel Alvares Sanches Filho e Ubirajara B. de Souza. Os gols foram marcados: Túlio, duas vezes; Dado e Zé Preto, um tento cada. O time formou: Dema; Tico e Tino (Adriano); João, Zé Preto e Milton; Silvio (Canhoteiro), Nelson Dadinho, Paes (Xim), Túlio, Moraes e Dado. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.

Jovem promessa se transferiu para o São Paulo F.C.

Em maio de 1958, o São Paulo Futebol Clube contratou uma jovem revelação da Associação Atlética Aliança Paulista. Nelson Cordeiro, o Dadinho, de 17 anos, considerado uma das melhores pontas esquerdas do futebol varzeano. O centroavante, Túlio e o meia Zé Preto também treinaram (teste) no Tricolor Paulista.

Campeonato Varzeano da FPF de 1958

O Campeonato Varzeano, válido do Setor 10 (Vila Guilherme – Carandiru) de 1958, organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), contou com a presença das seguintes agremiações:

Associação Atlética Vila Izolina (Vila Izolina);

Grêmio Esportivo São Sebastião (Vila Guilherme);

Vila Pizotti Futebol Clube (Vila Guilherme);

Marcilio Franco Futebol Clube;

Sociedade Esportiva Vila Santa Luzia;

Flor da Espanha Futebol Clube (Vila Guilherme).

Pela 1ª rodada, do Aliança Paulista estreou com vitória, no domingo, do dia 17 de agosto de 1958, ao vencer o Flor da Espanha FC por de 4 a 2. Nos Segundos Quadro também triunfou por 4 a 0. Os gols foram de Picete, duas vezes; Cláudio e Túlio, um gol cada.

O time jogou: Dema; Milton e Tico; Anibal, Zé Preto e Júlio; Silvio, Gilberto, Túlio, Cláudio e Picete.    

Pela 2ª rodada, do Aliança Paulista, fora de casa, no domingo, do dia 24 de agosto de 1958, acabou derrotado pelo São Sebastião por de 1 a 0, no campo do São Sebastião. O gol foi assinalado pelo meia Carioca.

O Aliança Paulista seguiu somando vitórias: 2 x 0 Vila Pizzotti FC (1º/09/58); 5 x 2 Vila Izolina (12/10/58); 6 x 0 SE Vila Santa Luzia (18/10/58); 2 x 0 SE Vila Santa Luzia (30/11/58). Infelizmente, com o fim da temporada de 1958, a partir da temporada de 1959, A Gazeta Esportiva não tem essa sequencia disponibilizada para pesquisa, o que impediu a conclusão desse certame. Em 1990, conquistou o Troféu Atlas.

Algumas Formações:

Time base de 1948: Hugo; Né e Alfredo II; Caldarelli, Luiz e Rodolfo; Saguí, Alfredo I, Leopoldo, Toca e Pinguim. Técnico: Djalma.

Time base de 1949: Hugo (Janela); Rodolfo (Mano) e Nezinho; Moura, Caldarelli e Bororó (Osmar); Pacheco (Saguí), Osvaldinho, Neno, Júlio e Toca (Mau).

Time base de 1952: Mario (Janela); Pox (Ditó ou Rubens) e Rueda Cordeiro (Tico); Paulo (Guerra), Valdemar (Pacheco) e Luiz (Adão); Talarico (Nelson), Zé Mau (Esquerdinha), Fausto (Olavo), Júlio (Geraldo) e Mingo (Pinheiro).

Time base de 1953: Mario (Né ou Baliza); Pox e Tico (Renato); Luiz (Dacio), Paulo (Guerra) e Rubens (Adão); Nelson (Pacheco), Talarico (João), Zé Mau (Olavo), Júlio (Wilson) e Mingo (Milton).

Time base de 1954: Wilson (Mario); Pox (Renato ou Mano) e Rueda (Noilton ou Tico); Paulo (Uberaba), João (Moacir) e Júlio; Pacheco (Dema), Talarico (Osvaldo), Fernando, Gomes (Mozart) e Carneiro (Bororó).

Time base de 1955: Mario (Dema); Renato (Bastião) e Tico; Pox (Jorge), Júlio (João ou Luiz) e Carneiro (Wette); Pacheco (Cordão), Moacir (Pacheco), Fernando (Cabide), Gomes (Talarico ou Teiga) e Mozart (Viana ou Osvaldo). Técnicos: Alfredinho e Osvaldo.

Time base de 1957: Dito (Mario); Adriano (Junqueira) e Tico; Vermelho, João (Zé Preto) e Milton (Cabeção); Silvio (Anibal), Moraes (Xim), Túlio, Olavo (Dado) e Júlio. Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.

Time base de 1958: Dema; Tico e Milton; Tino, Zé Preto e Júlio; Moraes (Anibal), Silvio (Tala ou Cláudio), Canhoteiro (Nelson Dadinho), Túlio (Gilberto) e Dado (Eden ou Picete). Técnicos: Jorge Faiad e José Maria dos Anjos.

ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: A Gazeta Esportiva (SP) – Acervo de Zézinho Barbeiro – blog do clube

FONTES: A Gazeta Esportiva (SP) – Correio Paulistano (SP) – Diário da Noite (SP) – Jornal de Notícias (SP) – Facebook – Site do clube – Edgard Martins

Sociedade Esportiva Gisela – São Caetano do Sul (SP)

A Sociedade Esportiva Gisela é uma agremiação da cidade de São Caetano do Sul, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, que fica a 13 km da capital do estado, conta com uma população de 161.127 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2019.  

Fundado na sábado, do dia 10 de outubro de 1953, por um grupo de desportistas do bairro Boa Vista. A sua Sede social, fica situado na Rua Sebastião Diogo, nº 99, no bairro Boa Vista, em São Caetano do Sul/SP.

Logo após a sua fundação, o clube foi incluído no álbum de figurinhas da firma Morcilo & Bisquolo, editado por volta de 1955. Ο jornalista Edèlcio Cândido, do Diário do Grande ABC, contou a história do Gisela em 1977 e lembrou de seus grandes feitos: campeão da Segunda Divisão de São Caetano em 1954, campeão amador da cidade, em 1958 e 1975 e campeão da Copa Di Thiène em 1976.

Foto: acervo de José Pires Maia “Zezé”

O time que aparece no álbum do pesquisador Moacyr Antonio Ferrari, de Mauá, é o seguinte, seguindo a antiga formação tática 2-3-5: Zinho; Orion e Cananéia; Bonato, Marcos e Guerreiro; Narciso, Adolfo, Tom Mix, Geraldo e Três Potes.

Destes 11, dois jogadores aparecem na seleção do Gisela descrita por Edélcio: Adolfo e Narciso. Os outros grandes jogadores do Gisela em todos os tempos: José de Sá (jogador símbolo), Nelsinho, Cacetão, Rosinha, Nivaldo, Ditinho, Chico Parra, Boca, Orion e Salgado. O primitivo – nome do Gisela era Sociedade Esportiva Gisela. Em 1973, alterou para Centro Esportivo Recreativo Gisela.

Artes: escudo e uniforme Sérgio Mello

FONTES: Facebook – álbum de figurinhas da firma Morcilo & Bisquolo – Jornal Diário do Grande ABC – Álbum publicado em 1977 pelo Diário do Grande ABC

Sport Club Milionários de São João Clímaco – São Paulo (SP)

O Sport Club Milionários de São João Clímaco é uma agremiação da cidade de São Paulo (SP). Sediado no bairro São João Clímaco, na Zona Sul de São Paulo (SP). Fundado na sexta-feira, do dia 23 de Julho de 1965, por dissidentes da SBR Copa Rio de São João Clímaco.

O nome escolhido foi sugerido pelo fundador Rosário Martinez, que faleceu dois dias depois, após um acidente de trânsito. Em sua homenagem resolveu por maioria de sócios fundadores acatar o nome de Sport Club Milionários de São João Clímaco.

contando na ocasião com muita simpatia e apoio financeiro de vários comerciantes do bairro de São João Clímaco, que através da colaboração no livro de ouro propiciaram ao clube uma arrecadação que permitiu a confecção de dois jogos de uniformes para a estreia oficial, bem como a compra de bolas, mala de remédios, rede etc.

Primeiro Jogo Oficial do 2° Quadro – Em pé: Manolo, Roberto, Paco, Fininho, Zezinho, Ari, Toninho, Dengo, Jurandir e Sr.Ivo. Agachados: Rino, Arlindo, Ricardo, Eduardo, Clayton, Orlando e Moka – 31/07/1965

1º Jogo e primeira vitória

O primeiro jogo oficial foi realizado na tarde de sábado, do dia 31 de julho de 1965, no campo do S.B.R. Copa Rio, contra o Linense F.C. (Ipiranga). A partida terminou empatada em 2 a 2, no Segundos Quadros, que estreava o uniforme azul celeste e vitória por 2 a 1, com a equipe principal que estreava o uniforme todo branco.

Primeiro Jogo Oficial do 1° Quadro – Em pé: Anacleto, Manolo, Sr. Ivo, Cuca, Janjão, Taubaté, Baianinho, Zelito, Aredio, Nelsinho, Nico, Italianinho, Joãozinho, Zé Português, Romeu, Roberto e Orestes – 31/07/1965

Após alguns anos, em outubro de 1968, o clube já havia conseguido obter junto aos órgãos públicos o tão sonhado e desejado campo de futebol, na Estrada das Lágrimas, onde hoje se situa a Travessa Mateus Coferati e os muros da prefeitura.

Milionários enfrentou o poderoso São Paulo

Foto original recuperada da partida entre Milionários X S.P.F.C. em 27 de Julho de 1969 – Em pé: Valter, Manolo, José Douglas Dallora, Zé Gago, Sérgio, Tadeu, Carlito, Fernando, Guiné, Paraguaio, Erasmo, Lima, Sérgio Valentim, Bataglia, Betinha, Wilsinho, Xará, Sr. Laudo Natel, Guilherme Teodoro Mendes, Sr. Tonico Castro e Rubão. Agachados: Roberto Castro, Sr. Ivo Uvina, Bié, Toninho, Toti, Lauro, Paulo Nani, Zé Português, Toninho II, Dinho, Baianinho, Carbone e Italianinho

Em 1969, o Milionários já gozava de prestígio no futebol amador. Para comemorar a data, o time realizou uma partida contra o expressinho do São Paulo F.C., no estádio dos Meninos F.C. (onde hoje é o Jardim Oriental no Largo do Rudge Ramos) no domingo, do dia 27 de julho de mil 1969.

A partida contou com a presença de vários jogadores profissionais e diretores do São Paulo F.C., entre esses estava presente o então atual presidente do clube na época, Laudo Natel. A comemoração foi vencida pelo São Paulo por 4 a 0, num evento que seria muito comentado nos meios desportivos.

Na década de 70, ficou mais de 40 jogos sem derrota

Entre os anos 1972/73, o quadro principal ostentou uma série invejável de 42 partidas invictas, resultando em um período de um pouco mais de um ano sem perder. O técnico dessa série invicta era o Lelo, pai do Canário, e o fim dessa série foi marcado por uma tarde infeliz aonde nada deu certo dentro das quatro linhas, o time que quebrou a invencibilidade foi um time sem prestígio na várzea naquela época, o Caloroil FC da Vila Carioca, que era uma equipe de uma distribuidora de combustível.

Nos anos 80, clube perde a sede social

Durante as décadas de 70/80, o clube contava com grande prestígio no bairro, perante a população, contando com o apoio dos comerciantes locais que eram em sua maioria associados ao clube. Eram oferecidos aos associados, além do futebol, outras atividades em nossas sedes sociais, como quadra de futsal.

No dia 5 de março de 1988, a administração de Jânio Quadros desapropriou a área para a construção de casas populares da Cohab, com o clube sobrevivendo a esse golpe, o S.C. Milionários passou a jogar em campos adversários, mantendo seu padrão de muito amor à camisa e muita união entre seus defensores.

Nova série: 32 jogos invictos

O Milionários em tempos passados, quando possuía seu campo, mantinha as seguintes atividades: equipe principal (primeiro e segundo quadro) aos sábados à tarde, dente de leite e dentão aos domingos de manhã, juvenil A e B, e veteranos A e B nos domingos à tarde, além de equipes de futebol de salão.
No fim dos anos 80, o primeiro quadro ostentou novamente uma boa série invicta, desta vez foram 32 partidas sem perder. A base deste time era composta pelo goleiro Hudson, na lateral direita o Canário, na zaga Mussarela, Wagnão e Picolé, na lateral esquerda Caipira e Ivan, volantes Jairo e Limão, na meia jogava o Nirão, e no ataque Mineiro e Nenê. O técnico deste time era o Erasmo. Todos os jogos dessa época foram fora de casa pois o clube havia perdido seu campo em 1988.

Clube segue firme e resgatando a sua história

Após alguns longos anos jogando apenas como visitante, em meados dos anos 90, o Milionários passou a jogar suas partidas no campo do Cerâmica, em São João Clímaco, aonde hoje se encontra o CÉU Meninos. O local se tornou a casa do Milionários até 2002 aproximadamente, quando o local foi reapropriado pela prefeitura para o início das obras do CÉU.

Pertinho dali, e na mesma época, a equipe de veteranos do clube jogava suas partidas de domingo de manhã no campo do Clube Esportivo e Recreativo São José em São Caetano do Sul, local aonde hoje se encontra o Centro de Treinamento de Atletismo.

Uma curiosidade é que durante os anos 90, tanto o primeiro quadro quanto o segundo eram muito fortes, e por esse motivo existia um confronto interno para disputar quem era o melhor time da época, sendo assim, sempre que jogavam contra em brincadeiras tínhamos ótimos jogos. 

O clube mantém suas tradições e em todos os meses de julho realiza seu jantar de aniversário, muitas vezes realizados nos restaurantes do Bairro Demarchi, na maioria das vezes no saudoso restaurante São Francisco, que foi fechado em 2019.

A festa conta com a presença de atletas com suas famílias e amigos, o jantar sempre leva em média 80 a 120 pessoas. Os jantares são realizados desde o primeiro aniversário do clube até os dias atuais.

Dessa maneira o Sport Club Milionários mantém suas atividades e consegue se firmar no futebol de várzea paulistano há quase 59 anos.

Este artigo e seus detalhes foram generosamente cedidos por Manoel Gonçalves Palmares, o único sócio-fundador em atividade no clube, na qual exerce o cargo de Presidente executivo.

FONTES: Cantinho do Zezé – Blog do clube – Página do clube no Facebook – Manoel Gonçalves Palmares, o único sócio-fundador vivo