MAUÁ
Mauá é um município da Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Pertence à região do ABC Paulista, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, A densidade demográfica é de 6 753,01 habitantes por quilômetro quadrado. Porém a densidade urbana é bem maior, já que um terço do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque Estadual da Serra do Mar. Em 2014, era o 20° município do estado em produto interno bruto. Com 418.261 habitantes (Censo 2022), Mauá é o 15° município mais populoso do estado de São Paulo, e o 57° município mais populoso do Brasil.
Etimologia
Ver também: Topônimos tupi-guaranis no Brasil
O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro sugere que o topônimo “Mauá” pode provir de “Magûeá“, que era o nome de uma aldeia tamoia que se localizava na baía de Guanabara no Século XVI. Originalmente, o nome “Mauá” designava uma área onde hoje situa-se o bairro de Mauá, em Magé, onde Irineu Evangelista de Souza construiu um grande porto. O imperador dom Pedro II, reconhecendo a importância da obra, nomeou-o barão de Mauá.
Na criação do distrito de Mauá, durante o processo de emancipação, o nome “Mauá” passou a designar a estação local e o povoado que surgiu ao seu redor em substituição ao antigo “Pilar“, que fazia referência ao Caminho do Pilar (antigo nome da Avenida Barão de Mauá), que ligava a vila de São Bernardo à Capela de Nossa Senhora do Pilar, em Ribeirão Pires.
O Mocidade Futebol Clube do Jardim Zaíra, é uma agremiação da cidade de Mauá (SP). O “Tricolor do Zaíra” foi Fundado na quarta-feira, do dia 1º de abril de 1970. Em Mauá é uma das mais tradicionais equipes do futebol amador da região do ABC. Seu nome é uma homenagem à escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel dado pelos fundadores Ademir Geremias Silva e Otaviano da Cunha.
Atualmente a equipe disputa o Campeonato Mauaense da 1ª Divisão, competição que o Mocidade FC já conquistou em três oportunidades: 1977, 1979 e 2001. Em sua extensa galeria de títulos e troféus, também constam o título do Campeonato da 2º Divisão em 1989, a Copa Amizade de 1997 e os diversos títulos dos veteranos e do cinquentão, com destaque para o campeonato invicto conquistado pelos veteranos em 2008.
O primeiro jogo do Mocidade foi contra o Congregação Mariano e o placar de 2 a 0 para o cobra coral já era um indício de que nascia ali um time predestinado às vitórias. O Mocidade jogou com: Geraldinho; Cláudio Neri, Ezequiel, Pedro Luiz e Silvão; Garrinchinha, Otávio e Lula; Bilão, Natal e Geremias. O primeiro gol coube ao centroavante Natal, de cabeça.
A 1ª Diretoria da equipe, além de seus fundadores, foi composta com os seguintes nomes e cargos:
Presidente – Felício Garcia;
Vice-Presidente – Otaviano da Cunha;
Tesoureiro – Silvão;
Secretário – Nino;
Diretor Esportivo – Ademir Geremias Silva;
Presidente do Conselho – Manoel Alves;
Vice-Presidente do Conselho – Pata;
Conselheiros – Lula, Albino, Jessé e Rocão.
Outra curiosidade relacionada ao Mocidade FC é que a equipe quase tornou-se profissional e que poderia ter disputado a 2º Divisão de Profissionais do Campeonato Paulista de 1978. O então prefeito Dorival Resende da Silva havia prometido que colocaria o Mocidade na disputa, uma vez que, em 1977, a equipe vinha de conquistas tanto no principal como nos aspirantes, sendo o mais forte time de Mauá, na época. Mas tal promessa não se concretizou.
Mesmo com a negativa sobre a profissionalização da equipe, o “Tricolor do Jardim Zaíra” continuou revelando seus talentos, muitos dos quais atuaram no futebol profissional, entre os quais podemos destacar o ex-volante Valter, que jogou no Paulista de Jundiaí, o ex-lateral Dirceu, que jogou no extinto Saad, de São Caetano, o Caca, que jogou em Portugal e está na Alemanha e o zagueiro Bamba, que jogou no Grêmio Mauaense e no Oeste de Itápolis. Outro grande destaque foi o Coutinho, que foi da diretoria do Mocidade e jogou pelo União Bandeirante (PR), pelo Fluminense de Feira de Santana (BA) e encerrou carreira no Saad (SP). Outro importante atleta foi Cândido, que deu seus primeiros chutes como juvenil do Mocidade e depois brilhou com as camisas do Atlético Mineiro e do América de São José do Rio Preto.
PASSADO DE GLÓRIAS-FUTURO VENCEDOR.
A história de conquistas do Mocidade FC tem sua raiz na comunidade do jardim Zaíra, em Mauá. A relação da agremiação com o bairro vem desde sua fundação e ainda hoje é muito forte, conforme relata o presidente Evandro Fiorentini, o Picolé:
“Naquele tempo se jogava pela várzea mesmo, você defendia o time de seu bairro, da sua comunidade, jogava para representar a vila”, destaca. “Quem não lembra da famosa Maria Coquinha, a antiga torcedora-símbolo do Mocidade e das partidas em que reuníamos mais de 800, 1000 torcedores por jogo”, rememora Fiorentini.
A Sede social do Mocidade Futebol Clube está localizado na Rua Sebastião Antônio da Silva nº 51, no Jardim Zaíra, em Mauá/SP, onde a tradicional agremiação esportiva guarda suas relíquias, vivas na memória de seus simpatizantes, muitos deles ex-jogadores, como o Bilão, que conta com muita alegria como era o Zaíra do passado, na época do surgimento do Mocidade.
“O Jardim Zaíra tinha muito mato e ruas de terra, que dificultavam o acesso das pessoas para o fundo do bairro. O ponto final do ônibus ficava onde hoje está a sede do Juá Futebol Clube, no bar do Zé Pimenta”, relembrou Bilão.
A realidade do Mocidade FC é a mesma da maioria de nossos clubes amadores da região, ou seja, vivendo da abnegação de seus dirigentes e da relação com sua comunidade.
E assim segue o Mocidade FC, com sua tradição de revelar jogadores, com sua trajetória vencedora e repleta de glórias e conquistas e com sua profunda relação na comunidade do Jardim Zaíra, que continua com a mesma energia que o consagrou como uma das maiores equipes de futebol amador que a cidade de Mauá produziu.
ARTES: escudo e uniforme – Sérgio Mello
FONTES: Acervo pessoal – danielalcarria.blogspot – Facebook – Jornal Diário do Grande ABC