Nôvo México Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ): Três participações no Departamento Autônomo

Por Sérgio Mello

O Nôvo México Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no domingo, do dia 1º de Maio de 1955, tinha a sua Sede social localizado na Rua Alfazema, lote 17 – bairro de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio/RJ.

As suas cores era o azul e amarelo. O clube, que possuía a categoria de Aspirantes e Amadores, não contava com campo próprio, mandava os seus jogos em campo alugado do Cruzeiro

A primeira diretoria foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – Wilson Olegário;

Secretário – Erci Carvalho;

Tesoureiro – Clélio Mendonça.

Em 1967, o clube contava com o número de associados de 300 e mais 100 sócios proprietários. O nome do 1º sócio: Wilson Olegário. Foi vice-campeão do Torneio Início do DA de 1967.

Dos jogadores revelados, dois se tornaram profissional: Vermelho e Rubinho. Além do futebol, o Nôvo México também oferecia ao associado: Futebol de salão, baile e tênis de mesa.

Ainda em 1967, o clube contava com 30 jogadores federados: Jorge, Anão, Vandiniro, Jorge Canhoto, Visguinho, Coelho, Rubinho, Gegê, Serjão, Carlos, Jorginho e Babá, ao Bangú e Élson ao Ubá de Minas Gerais.

Time base de 1967: Jorge II (Djalma); Pequedê (Adão), Frajola (Valtinho), José Almir (Marcos) e Francisco (Carlinhos); Ademar (Sérgio) e Alberto (Babá); Ismael (Rubinho), Zezinho (Coelhinho), Deni (Gegé) e Tim (Jorge). Técnico: Carlos Alberto.

Disputou três edições do Departamento Autônomo

Em 1963 e 1964, disputou as duas primeiras edições do Campeonato de Futebol Amador do Estado da Guanabara. Em 1965, o clube ingressou no Departamento Autônomo, da Federação Carioca de Futebol (FCF), onde disputou em 1965, 1966 (Série Valfredo Lopes)e 1967 (Série Pedro Machado da Silva).

A Série Valfredo Lopes do DA, em 1966, o Nôvo México terminou na 3ª colocação, com nove pontos perdidos. O Time base de 1966: Jorge (Zezinho ou Jaci); Adão (Jair), Damião, Vandinho (Antônio) e Wilson; Sérgio (Vander), Coelho (Luís) e Maurício (Gerson); Gegê (Moreira), Jurandir e Canhoto (Rodrigues). Técnico: Carlos Alberto depois Antônio Carlos.

Vice-campeão do Torneio Início do DA de 1967

Pelas semifinais do Torneio Início do DA, no domingo, às 15 horas, do dia 09 de abril de 1967, o Nôvo México bateu o Manufatura, no campo do Pavunense, na Pavuna. Na grande final, acabou sendo derrotado pelo Senhor dos Passos pelo placar de 2 a 1, ficando em 2º lugar.

Após uma série de indisciplinas, no dia 26 de setembro de 1967, a diretoria solicitou o afastamento à Direção-Geral do DA, por dois anos. Após esse período, o clube não retornou e desapareceu sem deixar vestígios.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: Tribuna da Imprensa (RJ) – O Globo Sportivo (RJ)

FONTES: A Luta Democrática (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo Sportivo (RJ)

1º Escudo: ICASA Sport Clube – Juazeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O ICASA Sport Clube (Atual: Associação Desportiva Recreativa Cultural Icasa) é uma agremiação do município de Juazeiro do Norte, situado na Região Metropolitana do Cariri, que fica a 491 km da capital (Fortaleza) do estado do Ceará. A localidade conta com uma população de 286.120 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.   

História

Em 1947, foi criada a Indústria e Comércio de Algodão SA – ICASA. Algum tempo depois, a direção da firma fez um campo de futebol, para que os operários pudessem jogar aos domingos, como uma forma de lazer e integração.  

A partir daí nasceram dois times: Algodão (da fábrica de algodão) e o Óleo (fábrica do óleo). A implementação foi um sucesso instantâneo. Os jogos eram disputados e o assunto durante a semana era sobre o futebol entre as duas equipes.

A continuidade das partidas de futebol entre as equipes do Óleo e a do Algodão levou a direção da indústria ao sonho de criar um time forte, que a representasse na disputa do Campeonato Municipal, promovido anualmente no campo da Liga de Desporto Juazeirense (LDJ).

Quanto à determinação dos entusiastas… Não bastava só participar, se a equipe tivesse que entrar no campeonato, seria pra ser vencedora, afinal era a reputação da indústria que estava em jogo!

Nessa época, o time dos motoristas de praça (taxistas) de Juazeiro, estava desfazendo sua agremiação (Volante Atlético Clube) e, sabendo da intenção da direção da indústria em formar um time para disputar o campeonato municipal, fundiu-se ao quadro de funcionários da indústria.

Nasce o ICASA Sport Clube

Assim, às 9 horas da manhã, da quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1963, ‘Dia Internacional do Trabalhador’, foi Fundado o ICASA Sport Clube, numa solenidade festiva nas dependências da Indústria e Comércio de Algodão Sociedade Anônima (ICASA), sob inflamado discurso e com uma forma de divulgar o nome da indústria. O industrial Teodoro de Jesus Germano, o ‘Doro Germano’ foi o 1º Presidente.

A origem das cores e distintivo

As cores escolhidas do escudo e do uniforme: O verde representando a folha do algodão e, o branco, a pluma. O pintor da indústria foi chamado para desenhar o emblema da camisa, representando a engrenagem de uma máquina de beneficiamento de algodão, contendo, em seu interior, o nome da indústria ICASA, sendo que a letra “I” seria desenhada na forma de uma chaminé.

ICASA Campeão juazeirense de 1969.
EM PÉ (esquerda para direita): Azul, Zé do Carmo, Ramos, Zé Cicero, Nena, Pirajá e Isaias (massagista); AGACHADOS (esquerda para direita): Raimundo Pio, Dote, Caçote, Joãozinho, Geraldino e Gilson.

Nove títulos Juazeirense em uma década

Logo no 1º ano, o Icasa Sport Clube surpreendeu a todos, desbancando os favoritos e se consagrando campeão juazeirense de 1963 e vice-campeão no ano seguinte. Daí pra frente, nos anos de 1965, 1966, 1967, 1968 e 1969 só deu Icasa se sagrando pentacampeão Citadino.

O futebol bonito do Icasa encantava a todos. A cada jogo, aumentava o número de pessoas vindas até das cidades circunvizinhas, que queriam ver a equipe habilidosa do Icasa em campo.

Assim o escrete da vitória foi cativando torcedores por toda região do Cariri, dando início à “era de ouro do futebol juazeirense”.

Antigo Estádio Romeirão - Capacidade para 10 mil pessoas

Estádio Romeirão e a Sede Social

Na sexta-feira, do dia 1º de Maio de 1970, dia do 7º aniversário do Icasa, a capital da fé amanheceu mais uma vez em festa, desta vez, o município inaugurava o seu estádio de futebol, carinhosamente denominado:

Estádio Romeirão, em homenagem aos fiéis romeiros do Padre Cícero. Afinal, a cidade já tinha uma grande equipe de futebol, com uma legião de torcedores a altura que justificasse tal empreendimento.

O jogo inaugural contou com a vitória do Cruzeiro (MG) sobre o Fortaleza (CE), pelo placar de 3 a 0. O 1º gol foi assinalado por Evaldo. Mais de 20 mil pagantes compareceram para prestigiar o jogo inaugural.

A sua Sede fica localizado na Rua Frei Damião, nº 1.720ª, no Bairro Lagoa Seca, em Juazeiro do Norte/CE. Já a Arena Romeirão fica localizado na Avenida Presidente Castelo Branco, nº 4.464, no bairro Pirajá, em Juazeiro do Norte/CE.

Sede social do ICASA

O porquê das estrelas no escudo

No Romeirão, o Icasa consagrou sua hegemonia, dando continuidade a uma sequência de conquistas, ganhando os títulos nos anos de: 1970, 1971 e 1972. Bordando em seu emblema oito estrelas, que representam os oito títulos seguidos, octacampeão do campeonato da Liga de Desporto Juazeirense (LDJ).

Ingressou no profissionalismo

A nova Arena Romeirão – Capacidade atual para 17.230 pessoas

Diante do grande sucesso, o ICASA resolveu alçar voos maiores e, em 1973, se profissionalizou e se filiou a Federação Cearense de Futebol (FCF). De lá pra cá foram 15 participações no Campeonato Cearense da 1ª Divisão, onde alcançou os seus melhores resultados em 2005, 2007 e 2008, quando terminou com o vice-campeonato.

Títulos e participações em âmbito nacional

Faturou três títulos do Campeonato Cearense da 2ª Divisão, em 2003, 2010 e 2020. Na esfera nacional, o ICASA debutou no Campeonato Brasileiro da Série C, de 1995. Ao todo, foram sete edições da Série C, obtendo o seu melhor resultado o vice de 2012.

No Campeonato Brasileiro da Série D, foram duas participações: 2016 e 2022, sem destaque. No Campeonato Brasileiro da Série B, foram quatro edições: 2010, 2011, 2013 e 2014. Melhor campanha foi 5º lugar, em 2013. Já na Copa do Brasil foram cinco participações, obtendo o melhor desempenho em 2009, quando avançou até as Oitavas de final.

HINO (Letra e Música: Luiz Fidélis)

O verde vale do Cariri

É a bandeira do nosso esquadrão

Desfraldada sobre a maior torcida

Numa só corrente, de mão em mão

Meu padim nos gramados do céu

É mais um craque a orar meu Verdão

A fé nos conduz à vitória

Icasa eterno campeão

Icasa

Temos forças pra lutar, Uh! Tererê!

Icasa estamos do teu lado, Uh! Tererê!

Não importa o resultado, Uh! Tererê!

O que importa é te amar

Vamos jogar para vencer, Uh! Tererê!

Não temos nada a temer, Uh! Tererê!

Icasa estamos aí És a paixão do meu Cariri.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTOS: Blog do Kempes – Google Maps – Acervo de Alemberg Quindins

FONTES: Livro “ICASA do Meu Coração”, de Alemberg Quindins – Feeração Cearense de Futebol (FCF)

Escudo raro de 1948: Esporte Clube Limoeiro – Limoeiro do Norte (CE)

Por Sérgio Mello

O Esporte Clube Limoeiro é uma agremiação do município de Limoeiro do Norte, localizado no Vale do Jaguaribe, no estado do Ceará. Com uma população de 59.515 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010.

Nasce o expoente do futebol limoeirense

O “Cavalo de Aço do Vale” foi Fundado no domingo, do dia 1º de novembro de 1942, por um grupo de desportistas na antiga Rua Nova (atual: Rua Cônego Climério Chaves), s/n, no Centro da cidade.

A sua Sede social e o Estádio José de Oliveira Bandeira, o “Bandeirão”, com capacidade para 5 mil pessoas, ficam localizados na Rua Coronel Alexandrino, nº 2.395, no bairro Popular, em Limoeiro do Norte/CE.

A 1ª reunião se realizou por volta das 14 horas, e sua 1ª Diretoria, após vários contatos reservados na praça capitão João Enes ao lado do obelisco comemorativo a fundação da então Vila de Limoeiro foi eleita por unanimidade ficando assim constituída: 

Presidente – Edilberto Chagas e Silva;

Vice-presidente – José Marcelino de Almeida;

1º Secretario – Meton Maia e Silva;

2º Secretario – Joaquim Rodrigues Loureiro;

1º Tesoureiro – Aniceto Carneiro;

Diretor de Esportes – Antônio Lage Maia;

Orador oficial – Rufino Maia e Silva. 

Na reunião estiveram presentes presidentes de clubes locais e grande número de desportistas que participaram das assinaturas da primeira ata, tendo como ambiente, gentilmente cedido, a sala principal da residência do Sr. Alexandre Carneiro.

Primeiro jogo

Na tarde de sábado, do dia 28 de novembro de 1942, aconteceu a primeira partida, na Praça de Esportes, do Tabajara Sport Club (imóvel de propriedade do Cel. José Jerônimo de Oliveira, que cedeu gentilmente).

O adversário foi o conjunto suburbano do Palestra Football Club de Arraial, e o jogo terminou empatado em dois golsEsporte Clube Limoeiro, que estreou envergando camisas brancas e faixa azul horizontal, além de possuir belíssima bandeira foi à seguinte: Gerardo Passarinho; Chico Tomaz e Soares; Estevam Alves, Lirio Remigio e Rufino; Raimundo Tomaz, Horácio, Farjado, Djalma Osterne e Cidinho.

No ano seguinte o clube é reorganizado

No domingo, do dia 3 de outubro de 1943, no paço municipal a Rua Cel. Malveira, no Centro, realizou-se uma reunião preparatória para reorganização da agremiação sócio esportiva, biênio 1943/44 sendo constituído após parecer do dinâmico e grande desportista Mario Braga Brasil especialmente convidado e alto funcionário do IAPC cidadão de solida formação moral e esportiva e de profundos conhecimentos, um conselho executivo o qual unanimemente aprovado, ficou com a seguinte constituição: 

Presidente – Dr. Manuel Castro Filho;

Secretario – Mario Braga Brasil;

Tesoureiro – José Rodrigues Loureiro Chaves;

Diretor de Esportes – Meton maia e Silva;

Orador oficial – José Osterne Junior

Em virtude de inúmeros afazeres, o desportista José Rodrigues Loureiro no início de 1944 deixa a tesouraria por meio de uma solicitação oficial sendo substituído pelo Sr. Raimundo Fidelis Maia que teve como adjunto o jovem estudante José Cupertino de Freitas. Como cronometrista foi convidado o Sr. Raimundo Maia de Freitas.

Clube ajuda a fundar a Liga de Limoeiro

Durante este período a diretoria do esporte promoveu interessantes jogos amistosos inclusive com clubes de municípios vizinhos como Morada Nova, oportunidade em que houve estreita cordialidade esportiva entre as duas cidades jaguaribanas, valendo ressaltar por outro lado os eventos sociais e os primeiros contatos para juntamente com outros clubes locais tratar-se da fundação na quarta-feira, do dia 02 de julho de 1947, a Liga Desportiva de Limoeiro do Norte (LDLN), que como 1º Presidente o médico Dr. Francisco de Andrade Carneiro.

Limoeiro vence o Ceará, em Fortaleza

(esquerda para a direita) Rufino e Lírio, notáveis jogadores de futebol do Esporte Clube Limoeiro e da Seleção Limoeirense. Lírio, fez o gol mais bonito da história do Esporte Clube Limoeiro, dentro do Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, na vitória sobre o Ceará, em 1948.

No domingo, a tarde, do dia 18 de abril de 1948, em pleno estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, em amistoso, o Esporte Clube Limoeiro, venceu, de virada, o poderoso Ceará Sporting Club pelo placar de 3 a 2. Os gols foram de Alfredinho, duas vezes, e Lírio Remígio, de cabeça para o Limoeiro; enquanto Mitotonio e Jurandir descontaram para o alvinegro. Alfredinho que na década de 50 jogou no Santos ao lado de Pelé.

Os primeiros títulos, entre 1944 a 1956

O Esporte Clube Limoeiro se sagrou Campeão do Campeonato Limoeirense de Futebol de 1956, ao derrotar o Paissandu. Com o arrombamento do Açude Orós ocorreu uma cheia no Vale do Jaguaribe e o clube parou as atividades.

Nesse primeiro momento o Esporte Clube Limoeiro conquistou os seguintes títulos:

Campeão do Torneio São Silvestre (realizado no Parque Duque de Caxias, no domingo, do dia 31 de dezembro de 1944);

Campeão do Torneio Relâmpago (promovido pela LDLN em 1948);

Vice-campeão limoeirense de futebol, em 1947 e 1948;

Campeão da Copa Jaguaribana de 1952;

Campeão do Torneio Quadrangular de 1956 (conquistando a Taça “Walter Sátiro” Ex-Maguari E.C de Fortaleza, representado pelo desportista Luiz Pitombeira).

Após se licenciar forçosamente, Limoeirense volta à ativa

Foram quase três décadas inativo. Na quinta-feira, do dia 1º de novembro de 1984, aconteceu a primeira reunião para retornar o Esporte Clube Limoeiro ao futebol limoeirense estiveram presentes os desportistas:

De Assis Gurgel, Rubio Vieira, Antônio Lourenço, Mazé Faheina, Wilson Ricardo, Denizar Freitas, Sargento Silva Filho, Ricardo Rodrigues, João Eudes Saraiva, Ricardo Antônio, Nilvaldo Saraiva e Dr. Tarcisio.

A primeira partida, após voltar às atividades, aconteceu na terça-feira, do dia 7 de Maio de 1985, quando o Esporte Clube Limoeiro venceu o Calouros do Ar pelo placar de 1 a 0.

Tricampeão Citadino

O “Cavalo de Aço do Vale” se sagrou Tricampeão do Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte: 1987, 1988 e 1989. Nas 3 conquistas derrotou o Fluminense do Sítio Socorro. Voltou a ser campeão nos anos 1992 e 1994 derrotando Palmeiras do Arraial.

Limoeiro debuta na esfera profissional

Em 1994, sob a presidência de João Gadelha do Reis o Esporte Clube Limoeiro se filiou na Federação Cearense de Futebol (FCF), e ingressou no futebol profissional. Logo de cara, foi campeão do Torneio Seletivo (Equivalente ao Campeonato Cearense da 2ª Divisão). A competição contou com a participação de oito equipes:

Associação Atlética Novo Palmeiras (Pacajus);

Associação Esportiva Cearazinho (Paracuru);

Centro Esportivo Ubajarense (Ubajara);

Esporte Clube Limoeiro (Limoeiro do Norte);

Esporte Clube Vasco da Gama (Iguatu);

Maguari Esporte Clube (Capistrano);

Sociedade Esportiva União (Russas);

Uruburetama Futebol Clube (Uruburetama).

Na grande final, Esporte Clube Limoeiro e Uruburetama Futebol Clube decidiram em dois jogos (ida e volta) o título. Nos seus domínios, no sábado, do dia 24 de setembro de 1994, o Limoeiro não saiu de um empate sem gols.

Na partida de volta, no sábado, do dia 1º de outubro de 1994, novo empate, dessa vez em 1 a 1.  Com isso, o campeão foi definido na disputa de penalidades. E o Limoeiro levou a melhor, vencendo por 5 a 4, se sagrando Campeão da Segundona, e assegurando o seu lugar na 1ª Divisão Cearense.

Limoeiro jogou na Elite do Futebol Cearense por cinco temporadas

A estreia aconteceu no dia 28 de maio de 1995, vencendo o Quixadá por 3 a 0, no Estádio Bandeirão, em Limoeiro. No final, o clube terminou o Campeonato Cearense da 1º Divisão, em 8º lugar.

Em 1996, o Esporte Clube Limoeiro voltou a fazer um Estadual regular e repetiu a colocação anterior: 8ª posição. Em 1997, o “Cavalo de Aço do Vale” não repetiu as campanhas anteriores terminado na 12º colocação no Estadual.

Em 1998, o Limoeiro fez excelente campanha no Estadual, terminando em 5º lugar, e, conquistando o direito de um voo maior: disputar uma competição nacional.

Na estreia do Brasileiro da Série C, Limoeiro ficou em 7º lugar

Dessa forma, o Limoeiro estreou no Campeonato Brasileiro da Série C de 1998, chancelado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Na primeira fase o Limoeiro ficou em 1º lugar do Grupo 03 (juntamente com Icasa-CE, Potiguar de Mossoró-RN, Baraúnas-RN, Campinense-PB e Juazeiro-BA) com 16 pontos conquistados.

Vale salientar que o Cavalo de Aço foi o único cearense a passar da fase inicial da competição (Icasa foi eliminado no mesmo grupo do Esporte, enquanto Fortaleza e Ferroviário foram eliminados no grupo 02), tornando-se o time cearense de melhor campanha daquele campeonato.

Nas fases seguintes o Limoeiro eliminou o Picos (PI), com vitórias nas duas partidas do mata a mata, e o Confiança (SE), eliminando um dos maiores times do futebol sergipano em pleno estádio Batistão em Aracaju.

No primeiro jogo da 4ª fase, marcado por uma intensa chuva no local da partida, contra o Anapolina de Goiás, no estádio Jonas Duarte na cidade de Anápolis, o Limoeiro sofreu um revés de 5 a 0. No jogo de volta no Bandeirão o Limoeiro não conseguiu reverter a vantagem goiana e empatou em 1 a 1, sendo eliminado da competição nacional.

Num total de 66 clubes participantes, o Esporte Clube Limoeiro terminou na 7ª colocação no geral: foram 16 jogos com 26 pontos; foram oito vitórias, dois empates e seis derrotas; marcando 27 gols, sofrendo 29 e um saldo de menos dois.

Estadual de 1999, time acaba rebaixado

Após uma sequência de belas campanhas, o Esporte Clube Limoeiro acabou amargando um senhor revés. No Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1999, terminou em 9º lugar e foi rebaixado para 2º Divisão. Em 2000, na Segundona Cearense, o “Cavalo de Aço do Vale” ficou em 9º lugar e por falta de apoio encerrou suas atividades profissionais.

Limoeiro revelou grandes craques

Durante as cinco temporadas (1995 a 99), o Esporte Clube Limoeiro revelou vários jogadores: Dude (8x Campeão Cearense pelo Fortaleza), Chiquinho (Campeão Cearense pelo Fortaleza e chegou a jogar no Vasco da Gama), Mazinho Lima (Passagens por Fortaleza, Ceará, Avaí e outros), Fabricio Ceará (Chegou a jogar em Portugal).

De volta as origens

Entre os anos de 2001 e 2012 o Limoeiro disputou o Campeonato Citadino de Limoeiro do Norte e outras competições amadoras. Em 2012, encerrou suas atividades amadoras.

Limoeiro volta a esfera profissional

Após quatro anos inativo, o Esporte Clube Limoeiro retornou a esfera profissional. Em 2016, o clube com muita dificuldade, pagou 70 mil reais a FCF. Dessa forma, retornou ao futebol profissional e foi vice-campeão cearense da 3º Divisão do Campeonato Cearense. Neste mesmo disputou a Copa Fares Lopes.

Já em 2017, o Limoeiro voltou disputar o Campeonato Cearense da 2º Divisão, onde terminou como 6º colocado. Em 2018, acabou na modesta 8ª posição.  Em 2019, o time fez uma campanha sofrível, terminado na última colocação com apenas três pontos (três empates).

Após um ano sabático, o Limoeiro retornou ao Estadual da 3ª Divisão de 2021. No entanto, a campanha foi péssima: quatro jogos e quatro derrotas. Em 2022, nova campanha pífia, ficando na lanterna no geral.

Em 2023, a história se repetiu e o Esporte Clube Limoeiro terminou na última colocação. Nesse ano (2024), enfim, “Cavalo de Aço do Vale” está galopando como um cavalo de “pura raça” e não mais como um “pangaré”. O Limoeiro realizou três jogos e conquistou o mesmo número de vitórias: 1 a 0, no Tianguá (em casa); 2 a 1, no Terra e Mar (fora); 2 a 0, no Itarema (em casa).

ARTES: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Batista

FOTO: Página do Instagram – NE Camisas

FONTES: Rsssf Brasil – Futebol Cearense – Globo Esporte – Federação Cearense de Futebo

Dez de Abril Futebol Clube – Rio de Janeiro (RJ): Sete participações no Departamento Autônomo!

Por Sérgio Mello

O Dez de Abril Futebol Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede social ficava localizado na Estrada Cruz das Almas, nº 59, no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio/RJ.

Fundado no domingo, do dia 10 de Abril de 1955. As suas cores: verde, amarelo e azul. O clube contava com as categorias de Aspirantes e Amadores. O sócio de nº 1 foi o Sr. Antônio Martins.

A 1ª Diretoria do Dez de Abril foi construída pelos seguintes membros:

Presidente – Antônio Martins;

Vice-presidente – Atenor José da Silva;

Secretário – Benedito Oliveira;

Tesoureiro – Sebastião Estêves Ferreira;

Diretor de Esportes – Benedito de Oliveira Grijó.

Sede: Estrada Cruz das Almas, nº 59, em Santa Cruz, na cidade do Rio/RJ

Campeão do Torneio Início de Santa Cruz de 1958

No domingo, do dia 12 de outubro de 1958, foi realizado o Torneio Início do Campeonato do bairro Santa Cruz. Participaram cinco clubes: Alvinegro, Distinta, Dez de Abril, Colonial e Guanabara.

Na grande final, o Dez de Abril se sagrou campeão ao derrotar o Esporte Clube Guanabara pelo placar de 4 a 2. Os quadros que disputaram o Torneio Início tiveram as seguintes formações:

ALVINEGRO: Jorge; Hélio, Oladir, Roberto, Queirós e Jair; Evanir, Francisco, Queomeriano, Joaquim e Nilton.

COLONIAL: José; Domício e Hélcio; Altamir, Hamilton e Jorge; Gilberto, Enéas, Adilton, João e Nicanor.

DEZ DE ABRIL: Alberto; João e Paulo; João II, Ubirajara e Paulo II; Luís, Sérgio, Nedir, Edison e Dalphino.

DISTINTA: Francisco; Nelson e Joaquim; Sandoval, Sebastião e Archimedes; Alvir, José, Almir, Martins e Nilson.

GUANABARA: Edésio; Manuel e José; Alcir, Ernani e Edir; Antônio, José II, Leoci, Afrânio e Jurandir.

A antiga sede, atualmente, conta com uma parte onde fica uma igreja e na outra parte tem um bar

Curiosidades do Dez de Abril

Em 1967, desde o carnaval, o Dez de Abril estava sob intervenção. Com cerca de 100 sócios, as decisões eram tomadas pela Ala Renovadora, com 46 pessoas, sob a presidência de Altamiro da Silva Gomes.

O contava com O clube sobrevivia, além do dinheiro vindo dos sócios, de dois bailes realizados por mês. Como não possuía um campo, a equipe mandava os seus jogos no Estádio do Oriente, por meio de aluguel mensal.    

Até essa data (1967), o clube tinha cedido dois jogadores para o futebol profissional do Bangu Atlético Clube: Jorge e Carlinhos. Em relação aos títulos, o Dez de Abril se sagrou Campeão da Disciplina do DA de 1962.

Em 1967, o Dez de Abril Futebol Clube contava com 30 jogadores federados: Pardinho, Cid, Dedeca, Delé, Bernardo, Lourenço, Chico, Edir, Caixote, Ubirajara, Ubirata, Jorge, Gelsinho, Antônio, Altes, Sinhô, Odinho, Cizico, Muca, Cacildo, Sérgio e Luís.

Sete participações no DA

Apesar de contar com poucos sócios, as despesas aumentando a cada mês e as receitas dos jogos ficam aquém dos gastos, simples que, sejam com a lavagem dos uniformes.

O Dez de Abril disputou na década de 60, sete edições do Campeonato Carioca de Futebol Amador do Departamento Autônomo (DA), chancelado pela Federação Carioca de Futebol (FCF):

1961 (Série Aristides Ferreira); 1962 (Série Adriano Costa); 1963 (Série Altamiro Bastos); 1964 (Série Henrique Campos); 1965 (Série Agostinho de Freitas); 1966 (Série Isolina Sofia) e 1967 (Série IV Centenário de Santa Cruz).  

Dez de Abril pede licença para nunca mais

Na sexta-feira, do dia 22 de Março de 1968, a diretoria do Dez de Abril Futebol Clube enviou um oficio ao Departamento Autônomo (DA), solicitando a licença por dois anos e o Sr. João Ellis Filho, Diretor Geral da entidade, homologou o pedido.

O modesto clube resistiu o que foi possível. Com pouca grana e somado as campanhas ruins, a direção saiu da competição de 1968. A expectativa era retornar em 1970, mas a intenção não se confirmou. Sem destaque, o Dez de Abril desapareceu silenciosamente, sem deixar vestígios.

Algumas formações:

Time base de 1958: Alberto; João e Paulo; João II, Ubirajara e Paulo II; Luís, Sérgio, Nedir, Edison e Dalphino.

Time base de 1962: Cid; Badinho, Dedeca, Tio e Otávio; Zezinho e Tuiste; Beto, Sérgio (Hilton), Beto II e Serica.

Time base de 1964: Duque; Agenor, Antônio, Almir e Décio; Cléber e Dilson; Valdir, Ailton, Lourenço e Emanuel.

Time base de 1967: Luís; Delê, Osvaldo (Dexeda), Cheiroso e Inho; Amauri e Bolinha; Baiano (Nilton), Ailton (Dilon), Jorge (Zeca) e Luís Carlos (Celinho).

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTOS: O Globo Sportivo (RJ) – Google Maps

FONTES: A Luta Democrata (RJ) – A Noite (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – O Globo Sportivo (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – Tribuna da Imprensa (RJ) – Última Hora (RJ)

Rio Branco Esporte Clube – Rio de Janeiro (RJ): Disputou três edições do Departamento Autônomo

Por Sérgio Mello

O Rio Branco Esporte Clube foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no sábado, do dia 15 de novembro de 1947, por um grupo de desportistas do bairro de Santa Cruz. A razão da escolha do nome foi que um dos fundadores morou, na cidade de Alegre, no Espírito Santo. Lá existia um clube com esse nome e prestaram uma homenagem.

A 1ª Diretoria do Rio Branco E.C. foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – Joaquim Batista;

Vice-presidente – Brás Augusto;

Tesoureiro – Honório Rodrigues Barreto;

Secretário – José Antônio Cesário de Melo;

Diretor de Esportes – Casimiro Fernandes da Silva;

Diretor-Social – Francisco Lemos.

As cores escolhidas foi o azul e amarelo. A sua Sede social ficava localizado na Estrada Môrro do Ar (atual: Avenida Padre Guilherme Decaminada), nº 49, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio/RJ.

Em 1967, o clube contava com 200 sócios, contribuintes, pagando NCr$0,50 mensais. O Sócio nº1 foi o Sr. Brás Augusto. Além do futebol, o clube realizava boliche, tênis de mesa e Bailes.

Em 1967, o clube contava com 55 atletas inscritos: Alim, Agrinaldo, Adair, Arino, Ailton, Antônio, Alvacir, Αnísio, Carlos Brás, Carlos Roberto, Carlos, Deocleciano, Daniel, Ezilo, Edinaldo, Ênio, Félix, Francisco, Gessi, Geraldo, Geneci, Genésio, Geraldo, Humberto, José de Oliveira, José Pereira, José Antunes, Jorge, João Moreira, João Eneas, João, José Carlos, Jair, Jorge, Costa, Jorge Roberto, Laci, Luís, Laércio, Maurício, Manuel, Mauri, Nélson, Osvaldo, Odário, Petronilio, Videl, Valdir, Valdir II, William e Wilson.

A Diretoria do Rio Branco E.C., no ano de 1967, contava seguintes componentes:

Presidente – Brás Augusto;

Vice-presidente – Nadir Vargas;

Tesoureiro – Cândido Fonseca;

2º Tesoureiro – Castor Fernandes da Silva;

Diretor de Esportes – José da Silva;

Secretário – Jaci dos Santos;

Diretor Social – Antônio Honorato do Carmo;

Assessor da Presidência – Gibson Nogueira;

Conselho Deliberativo:

Presidente – Edmundo Holzer;

Secretário – Vidal Carlos da Silva;

Membros – Hafez Asael Maleck, Jorge da Silva e Acendino Francisco de Jesus.

O Rio Branco está incluído entre os cinco principais clubes do subúrbio de Santa Cruz. Apesar de sua modesta sede e não ter campo para disputar os jogos do Campeonato do Departamento Autônomo, o Rio Branco tem um valente quadro de futebol estando entre os primeiros na tábua de colocações da série IV Centenário de Santa Cruz

O Rio Branco contava com as categorias de Infanto-juvenil, Aspirantes e Amadores. Como o clube não possuía campo próprio, mandava os seus jogos no campo do Guanabara. O Rio Branco faturou vários títulos entre os torneios dos clubes independentes.

Disputou o Campeonato Carioca de Futebol Amador, pelo Departamento Autônomo, em 1966 (Série Isolina Sofia), 1967 (Série IV Centenário), 1968 (Série Gladstone José de Almeida).

Em 1967, o clube participando do Departamento Autônomo, disputou a Série IV Centenário de Santa Cruz, foi um dos finalistas do Torneio Início. O time base era formado assim: Mulato (Sulapa); Manuel, Carvalho, Carlinhos e Valci (Grisola); Bozano e Didal (Catarino); Élson (Umberto), Natalino (Laércio), Dida e Amauri (Anísio).

FONTES: Diário de Notícias (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo Esportivo (RJ)

Colégio Militar – Fortaleza (CE): Disputou o Estadual da 1ª Divisão de 1938

Por Sérgio Mello

O Colégio Militar foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Fundado no domingo, do dia 1º de Junho de 1919. A sua Sede ficava no regimento, localizado na Avenida Santos Dumont, nº 485, no bairro da Aldeota, em Fortaleza/CE.

O time fez parte do Campeonato Cearense da 1ª Divisão de 1938, organizado pela Associação Desportiva Cearense (ADC), quando terminou na honrosa 5ª colocação, o time era formado, basicamente, por alunos do colégio.

Ao contrário do que estamos acostumados a ver, no Colégio Militar os jogadores não eram chamados pelos nomes ou mesmo pelos apelidos. Na verdade, eram chamados pelos números de matrícula dos alunos do Colégio Militar.

A competição contou com a participação de 12 clubes, divididos em dois grupos de seis equipes cada:

No Grupo A: América, Cavalaria, Ceará Sporting Club, Ginásio São João, Maguari e Penarol Sport Club.

No Grupo B: Carioca, Colégio Militar, Estrela do Mar Foot-Ball Club, Ferroviário Atlético Clube, Fortaleza Sporting Club e Iracema. Abaixo alguns resultados:

Colégio Militar de 1938

Colégio Militar 3 x 2 Ferroviário

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: quinta-feira, do 21 de abril de 1938.

Árbitro: Agenor Ramos Pinto (ADC).

Colégio Militar: 110; 255 e 243; 43, 308 e 66; 295, 97, 29, 221 e 157.

Ferroviário: Gumercindo, Tomé e Baiano; Boinha, Gonzaga e Zimba; Pirão, Barroso, Procopio, 56 e Izaquiel.

Gols: 221, duas vezes, e 295 um tento (Colégio Militar). Procópio com dois gols (Ferroviário).

Colégio Militar 4 x 4 Carioca

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: terça-feira, do 03 de maio de 1938.

Árbitro: Aécio de Menezes (ADC).

Renda: 1:394$500 Réis.

Colégio Militar: 110; 252 e 243; 43, 308 e 97; 295, 331, 29, 221 e 157.

Carioca: Zequinha, Cazuqué e Bidico; Gedeão, Odilon e Chico; Teixeira, Zé Dágua, Nicolau, Liberato e Clóvis.

Gols: 1º tempo terminou empatado em um gol; No 2º tempo – 221, três vezes (Colégio Militar); Nicolau, duas vezes e Teixeira um tento (Carioca).

Fortaleza 5 x 3 Colégio Militar

Local: Campo do Prado – Fortaleza (CE).

Data: domingo, do 15 de maio de 1938.

Árbitro: Agenor Ramos (ADC).

Fortaleza: Zé Augusto, Pé Duro e Cabral; Jaburu, Babau (Corado) e Carinha; Róseo, Vem-vem, Alemão, Bacurim e Sérgio.

Colégio Militar: 110; 252 e 243; 43, 308 e 97; 295, 331, 29, 221 e 157.

Gols: Fred, três vezes, Jombrega e Vem-vem, um tento cada (Fortaleza); 221, de pênalti, 295 e 97 (Colégio Militar).

No domingo, do dia 24 de julho de 1938, o Colégio Militar e o Ferroviário ficam no empate em 3 a 3, no Campo do Prado, em Fortaleza (CE). Na quinta-feira, do dia 08 de dezembro de 1938, o Colégio Militar sofreu uma sonora goleada para o Estrela do Mar pelo placar de 8 a 0, no Campo do Prado, em Fortaleza (CE). A partida teve arbitragem do Sr. José Augusto Lopes, o ‘Zé Augusto’. Os gols da peleja foram assinalados por Dandoca e Joãozinho, com dois gols cada e Masseteiro foi o destaque com quatro tentos para o Estrela do Mar.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Fotos e Colaboração: Fabiano Batista

FONTES: Instagram “Câmara de Histórias”, de Ciro Câmara – Blog do Marcão – jornal O Povo – História do Campeonato Cearense de Futebol

1º escudo de 1925: Associação Atlética Caldense – Poços de Caldas (MG)

A Associação Atlética Caldense é uma agremiação da cidade de Poços de Caldas, que fica a 461 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais. A localidade conta com uma população de 163.742 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022.

Breve histórico

O futebol bretão surgiu em Poços de Caldas, em 1904, graças ao sr. Paulino de Souza, que foi um dos fundadores do Football Club Caldense. Posteriormente surgiram o Local Football Club e o Internacional Football Club (extinto em fevereiro de 1925).

Alguns remanescentes dessas agremiações: Após as comemorações do Dia da Independência, numa noite fria e chuvosa um grupo, liderados pelos senhores Fosco Pardini (presidente do Grambinus F.B.C.), Affonso Junqueira (ex-presidente do Internacional F.B.C.), João de Moura Gavião (presidente do Local F.B.C.) e Hugo de Vasconcellos Sarmento (presidente da Liga Caldense de Football), se uniram no Bar do Mendonça, no fundo Cineteatro Polytheama para fundar a Associação Athletica Caldense, na segunda-feira, do dia 07 de Setembro de 1925, para a disputa do Campeonato Citadino de Poços de Caldas.

Primeira Diretoria da Caldense

A Associação Athletica Caldense definiu a sua 1ª Diretoria que foi constituída pelos seguintes membros:

Presidente – João de Moura Gavião;

Vice-presidente – professor Hugo Sarmento;

1º Secretário – Romeu Chiacchio;

2º Secretário – Cherubim Borelli;

Tesoureiro – Caetano Pereira;

Procurador – Flamínio Maurício;

Diretor Esportivo – Octávio Mantovani;

Comissão de Sindicância – João de Oliveira Carmo, Antônio Ricci Júnior, Domingos Lamberti, Vitor Fortunato e Adolpho Guetti

Reorganizado em 1926

Apesar das dificuldades enfrentadas no começo, a associação despertou grande interesse da juventude de Poços de Caldas pelo futebol. No sábado, do dia 03 de abril de 1926 a Associação Athletica Caldense se fundiu com o Gambrinus Football Club para dar origem ao grêmio esportivo social.

Os jogos aconteciam no Chalet Procópio, um campinho de terra localizado na propriedade do Coronel Cristiano Osório de Oliveira, fazendeiro que morava em São João da Boa Vista.

Foto: 28 de maio de 1927
Aspecto da festa oferecida, em homenagem ao Presidente da A.A. Caldense, o Sr.  Fosco Pardini, em Poços de Caldas/MG

Aquisição do 1º estádio

Em 1929, uma comissão chefiada pelo prefeito Carlos Pinheiros foi a São João da Boa Vista e conseguiu junto ao Coronel Cristiano Osório a cessão do imóvel a título precário.

Com o falecimento de Cristiano Osório em 1938, a diretoria alviverde resolveu homenageá-lo cinco anos depois, em 1943, com a mudança do nome do estádio, de Chalet Procópio para Estádio Coronel Cristiano Osório.

Em 1947, a diretoria do presidente José Anacleto Pereira conseguiu da família de Cristiano Osório um comando de uso, com o prazo de 20 anos, para as instalações do clube.

Sedes sociais

A Caldense teve sede em diferentes locais ao longo dos anos: Palacete Cobra, na praça Pedro Sanches; antigo Cassino Gibimba, de 1938 a 1942; no Polytheama, na avenida Francisco Salles até 1959; edifício Imperial até 1962 e, finalmente, em 1962 junto ao estádio Cristiano Osório, na gestão do presidente Antônio Megale.

O terreno da sede social foi obtido no mesmo ano, após uma negociação entre Caldense, Prefeitura e a família de Cristiano Osório, onde a “Veterana” passou a ser a dona definitiva do espaço.

Essa transação foi realizada graças ao empenho do prefeito David Benedicto Ottoni que, com a aprovação da Câmara Municipal, se comprometeu em troca a proceder o arruamento da chácara Osório pela prefeitura. Com a posse do imóvel, vários melhoramentos foram realizados pelas diretorias subsequentes, como a construção da piscina.

Entre 1960 e 1961 o futebol da Veterana teve repercussão nacional pela campanha de 1957 com uma sequência de partidas invictas, o que proporcionou uma onda de entusiasmo entre associados e moradores de Poços de Caldas.

Lutando em seu próprio estádio, que foi durante muitas décadas o palco de memoráveis vitórias do Verdão, e com a construção das quadras cobertas que possibilitaram a realização dos saudosos Jogos Abertos de Poços de Caldas, a Caldense pôde se destacar nos meios esportivos, tornando-se orgulho dos poços-caldenses de nascimento e de coração.

Debutou na Elite do Futebol Mineiro em 1972

Na década de 70, a equipe profissionalizou o departamento de futebol e viveu sua era de ouro. Chegou à elite do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão pela primeira vez em 1972. Foi tetracampeã do interior (1974, 1975, 1976 e 1977) e conquistou títulos de diversos torneios regionais.

Estádio Ronaldão é inaugurado em 1979

Com a ascensão da equipe, o Cristiano Osório ficou pequeno. Na terça-feira, do dia 04 de setembro de 1979, foi inaugurado o Estádio Municipal Dr. Ronaldo Junqueira, o “Ronaldão”, com capacidade atual para 7.600 pessoas, na Avenida João Pinheiro, s/n, no Centro da cidade. Na ocasião, a Caldense acabou derrotada pelo Sport Club Corinthians Paulista pelo placar de 3 a 0. Basílio foi o autor do 1º gol no estádio.

Velho estádio virou a Sede social

O antigo estádio Cristiano Osório foi desativado dois anos depois, em 1981. Em seu lugar foram construídas quadras de tênis, de peteca, um parque infantil, assim como uma nova piscina para atender o número de associados que a cada ano crescia. A sua Sede social está localizada na Rua Pernambuco, nº 1.145, no Centro de Poços de Caldas/MG.

Centro de Treinamento Ninho dos Periquitos

Posteriormente, o clube adquiriu, no bairro Parque Pinheiros, uma área de treinamento para o futebol profissional, denominada Centro de Treinamento Ninho dos Periquitos, situado na Avenida Presidente Wenceslau Braz, s/n, no Parque Pinheiros, em Poços de Caldas/MG.

A Caldense inaugurou o CT em dezembro de 1995, o local conta com alojamento, campos de futebol, academia, refeitório, vestiários, escritório e piscina para a preparação dos jogadores.

Foto: Acervo de Renan Muniz

Campeão Mineiro da 1ª Divisão de 2002

Em 2002, a Caldense conseguiu o maior título de sua história, o Campeonato Mineiro. Com uma campanha brilhante na competição de pontos corridos, a equipe verde e branca mostrou toda sua capacidade em jogos memoráveis. Na rodada final, venceu o Nacional de Uberaba por 2 a 0 e levantou a taça.

Lembrando que a competição não contou com o Trio de Ferro: Atlético, Cruzeiro e América, que naquele período jogaram a terceira e última edição da Copa Sul-Minas.

Vice-campeão do Supercampeonato Mineiro de 2002

Depois do torneio regional disputaram o Supercampeonato Mineiro, juntamente com o Mamoré e a Caldense, Campeã estadual de 2002. A Veterana voltou a fazer uma bela campanha, terminando com o mesmo número de pontos do Cruzeiro: nove. Acabou com o vice-campeonato, pois no critério saldo de gols foi superado pela Raposa por cinco contra dois.  

Vice-campeão Estadual de 2015

Em 2004 obteve o título de campeã do interior em uma trajetória marcante. Na temporada de 2015, a Veterana realizou uma campanha incrível no Campeonato Mineiro. Chegou invicta na final contra o Atlético Mineiro e foi superada por 2 a 1 com um gol irregular, sendo vice-campeã e campeã do interior.

Nos últimos anos a Veterana fez grandes campanhas no estadual, chegou à semifinal em 2020, venceu Cruzeiro, Atlético e América. Em 2021, e novamente foi semifinalista. Em 2022, disputou o título do interior diante do Athletic, de São João Del Rei.

Um polo esportivo, cultural e social

No esporte especializado, a Caldense alcançou inúmeros feitos. Sediou treinos das seleções brasileiras de basquete, vôlei, futsal, tênis de mesa. Conquistou incontáveis títulos nas mais diversas modalidades.

Na parte social, se destaca pela realização de bailes e eventos. Já recebeu apresentações ao longo dos anos de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Titãs, Engenheiros do Hawaí, Chacrinha, Costinha e muitas outras celebridades.

A Caldense oferece treinos de basquete, vôlei, futsal, handball, tênis de campo, tênis de mesa, cricket, natação, beach tennis, peteca, futebol society, squash e artes marciais.

Atualmente a Caldense é um dos clubes sociais mais bem estruturados do país, e um dos maiores de Minas Gerais. Conta com 2.980 sócios quotistas e 11.677 dependentes, totalizando um quadro associativo de mais de 14.650 pessoas.

Curiosidade: Essa camisa, que completará esse ano 100 anos, está à venda. Para maiores informações basta acessar a página clube no Instagram.

ARTE: desenho do escudo e uniforme – Sérgio Mello

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTOS: O Malho (RJ) – TV Caldense

FONTES: Site oficial do clube – Diário Nacional (SP)

Escudo raro de 1956: Usina Ceará Atlético Clube – Fortaleza (CE)

Por Sérgio Mello

Usina Ceará Atlético Clube foi uma agremiação da cidade de Fortaleza (CE). Localizado no Bairro Otávio Bonfim, a equipe alvianil foi Fundado no dia 1º de Setembro de 1949, por funcionários da Indústria Têxtil Siqueira Gurgel Companhia Limitada, para a prática, em especial, do futebol.

Conhecido como Time Fabril, mandava seus jogos no seu Estádio Teófilo Gurgel, localizado na esquina Avenida Duque de Caxias com a José Bastos, no Centro de Fortaleza/CE.

A década de 50 é marcada pelo presença do Usina nas disputas do Campeonato Cearense de Futebol, em seu 1º ano de disputa em 1953 termina na 5ª posição. No ano seguinte fica na oitava colocação. Em 1955 repetiu a dose, terminando em quinto lugar.

Fábrica Siqueira Gurgel, onde surgiu o Usina Ceará A.C.

Os bons resultados, ajudaram para o maior investimento do Usina Ceará A.C., que veio para disputar dos estaduais e entrar na história do futebol cearense. Em 1956 fica com o vice-campeonato do estadual, que teria dois turnos, mais por ausência de datas foi disputado por um turno único e tendo o Gentilândia como campeão, o artilheiro foi Luis Martins da equipe fabril com 10 gols.

Em 1957 conquista o segundo turno e disputa a final com o vencedor do primeiro turno Ceará, perdendo a primeira partida da final, vencendo a segunda partida e perdendo a terceira e decisiva partida com o famoso gol de mão de Honorato para o alvinegro.

Usina Ceará enfrentou o Botafogo de Mané Garrincha

Na quarta-feira, do dia 16 de julho de 1958, o poderoso Botafogo (RJ) estreou no Norteste do País, derrotando o Usina do Ceará, em Fortaleza, por 3 a 1. Já no primeiro tempo os cariocas venciam por 2 a 0. ambos os tentos marcados pelo ponteiro Garrincha.

Na segunda parte, Rossi marcou o terceiro ponto dos alvinegros, enquanto Honorato assinalava o gol único do Usina do Ceará. Formou o Botafogo: Ernani; Cacá, Tome e Nilton Santos (Ney); Beto e Servilio; Mané Garrincha (Garrinchinha), Didi (Rossi), Paulinho, Quarentinha (Edson) e Neivaldo. Técnico: João Saldanha.

Terceiro lugar no Cearense

No ano seguinte fica apenas na quinta colocação e em 1959 na terceira colocação do estadual. Em 1960 em 6ª lugar do estadual. Em 1961 conquista o terceiro turno do estadual e disputa mais uma final com o Ceará, jogo único e derrota por 1 a 0.

Em 1962 conquista o segundo turno do estadual e disputa o triangular final com Ceará e Fortaleza,o Usina empata em 1 a 1 com o Ceará, 1 a 1 e com o empate de 2 a 2 com o Fortaleza, dar adeus ao título de 1962.

Com a derrota do Fortaleza no último jogo, a equipe fabril fica na segunda colocação final. Em 1963 fica na quarta colocação do estadual atrás do trio de ferro da capital, no ano seguinte repete a mesma colocação sendo o ano de seu último campeonato estadual.

Títulos

  • Campeão da Copa Suburbana: 1950;

Campeão da Torneio Companhia Johnsen: 1951;

Campeão da 2ª Divisão: 1951;

Torneio Início do Ceará: 1954;

Campeão do Torneio Quadrangular: 1955;

Vice-Campeão Cearense : 1956, 1957, 1961 e 1962;

Segundo Turno do Cearense : 1957 e 1962;

Terceiro Turno do Cearense : 1961.

ARTE: escudo e uniforme – Sérgio Mello

FOTO: Blog Zé Duarte Futebol Antigo

FONTES: Última Hora (RJ) – Revista do Esporte (RJ) – Blog Zé Duarte Futebol Antigo