Estádio Mario Filho, Maracanã: um pouco da história, entre o planejamento até o fim da década de 50

Antes de ser construido, o Maracanã era assim: Derby Club

Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, ou carinhosamente como Maraca, é um estádio de futebol localizado na Zona Norte da cidade brasileira do Rio de Janeiro. Foi inaugurado em 1950, inicialmente com o nome de Estádio Municipal, durante o mandato do então general de divisão e prefeito do Distrito Federal do Rio de Janeiro Ângelo Mendes de Moraes, tendo sido utilizado na Copa do Mundo de Futebol daquele ano. Quando da sua inauguração, a capacidade oficial de 155 mil lugares fez o Maracanã superar o Hampden Park, de Glasgow, e se tornar o maior estádio do mundo na época.

Desde então, o Maracanã foi palco de grandes momentos do futebol brasileiro e mundial, como o milésimo gol de Pelé, finais do Campeonato BrasileiroCampeonato CariocaCopa Libertadores da América, da primeira Copa do Mundo de Clubes da FIFA e da Copa América de 2021, além de competições internacionais e partidas da Seleção Brasileira.

O estádio foi um dos locais de competição dos Jogos Pan-Americanos de 2007, recebendo o futebol, as cerimônias de abertura e de encerramento. Sediou futebol e as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, que foram realizados na cidade do Rio de Janeiro.[8] Foi também o palco das partidas finais da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo FIFA de 2014.

Ao longo do tempo, no entanto, o estádio passou a assumir caráter de espaço multiuso ao receber outros eventos como espetáculos e partidas de outros esportes, como o voleibol em uma oportunidade. Após diversas obras de modernização, a capacidade do estádio é de 78 838 espectadores, sendo o maior estádio do Brasil.

NOME DO ESTÁDIO

O nome oficial do estádio, Mário Filho, foi dado em homenagem ao falecido jornalista pernambucano, irmão de Nelson Rodrigues, considerado o idealizador do Maracanã. Pelo amplo suporte, Mário Filho era chamado na época de “namorado do estádio”.

Já o nome popular é oriundo do Rio Maracanã, que cruza a Tijuca passando por São Cristóvão, desaguando no Canal do Mangue antes do deságue na Baía de Guanabara. Em língua tupi, a palavra maracanã significa “semelhante a um chocalho“.

Antes da construção do estádio, existia, no local, grande quantidade de aves vindas do norte do país chamadas maracanã-guaçu.[6] Devido à construção do estádio, foi criado o bairro do Maracanã, onde o estádio fica localizado, originalmente parte do bairro da Tijuca.

HISTÓRIA

A construção do estádio foi muito criticada por Carlos Lacerda, na época deputado federal e inimigo político do durante mandato do então General de Divisão e Prefeito do Distrito Federal do Rio de Janeiro, Marechal Ângelo Mendes de Moraes, pelos gastos e, também, devido à localização escolhida para o estádio, defendendo que o mesmo fosse construído em Jacarepaguá.[13] Ainda assim, apoiado pelo jornalista Mário Rodrigues Filho, Mendes de Morais conseguiu levar o projeto para frente.

Após vários debates políticos sobre onde ele seria construído, decidiu-se que ele deveria ser localizado no centro geométrico da cidade, local de acesso fácil por vários meios de transporte. Assim, o espaço escolhido pertencia ao Derby Club, onde eram realizadas corridas de cavalo até a década de 1920, quando perdeu espaço para o Hipódromo da Gávea.

A concorrência para as obras foi aberta pela prefeitura do Rio de Janeiro em 1947, tendo como projeto arquitetônico vencedor o apresentado por Miguel Feldman, Waldir Ramos, Raphael Galvão, Oscar Valdetaro, Orlando Azevedo, Pedro Paulo Bernardes Bastos e Antônio Dias Carneiro.

Estádio ganhando forma

O projeto vencedor previa um estádio para 155 250 pessoas, sendo 93 mil lugares com assento, 31 mil lugares para pessoas em pé, 30 mil cadeiras cativas, 500 lugares para a tribuna de honra e 250 para camarotes. O estádio ainda contaria com tribuna de imprensa com espaço para vinte cabines de transmissão, trinta e dois grupos de sanitários e trinta e dois bares. No total, a área coberta do estádio atingiria 150 mil m², com altura total de 24 m. As obras iniciaram-se em 2 de agosto de 1948, data do lançamento da pedra fundamental. Trabalharam na construção cerca de 1 500 homens, tendo se somado a estes mais 2 000 nos últimos meses de trabalho. Apesar de ter entrado em uso em 1950, as obras só ficaram completas em 1965. Para a construção foram utilizados 500 mil sacos de cimento, o equivalente a três vezes a altura do Corcovado, e ferro em barras suficientes para duas voltas ao redor da Terra.

Em seu projeto original, o Maracanã tinha seu formato oval, medindo 317 metros em seu eixo maior e 279 metros no menor. Media 32 metros de altura, o que corresponde a um prédio de seis andares, e a distância entre o espectador mais distante o centro do campo era de 126 metros. A cobertura protegia parcialmente as arquibancadas em toda a sua circunferência. Na cobertura foram montados os refletores, que funcionavam a vapor de mercúrio. Quando da sua inauguração, a capacidade oficial de 155 mil lugares fez o Maracanã superar o Estádio Queen Park (hoje chamado Hampden Park), de Glasgow, e se tornar o maior estádio do mundo na época.

Selo comemorativo da inauguração do Maracanã e da Copa do Mundo de 1950

Desde 1962, até as reformas realizadas na década de 2000, a medida do gramado era de 110 por 75 metros. Havia um fosso que separava o campo das cadeiras inferiores que media três metros de profundidade com bordas em desnível. O acesso ao gramado dava-se por meio de quatro túneis subterrâneos que começavam nos vestiários. Existiam cinco vestiários no estádio, sendo utilizados normalmente apenas três, um para cada time que disputa uma partida de futebol e outro para a arbitragem.

No total, foram 665 dias de obras. Sua inauguração, ainda com o nome de Estádio Municipal,[7] deu-se com a realização de uma partida de futebol amistosa entre seleções do Rio de Janeiro e São Paulo no dia 16 de junho de 1950, vencida pelos paulistas por 3 a 1. O meio-campista da equipe carioca Didi, do Fluminense, foi o primeiro autor de um gol no estádio e o goleiro Osvaldo Pisoni foi o primeira a levar um gol.

Vista panorâmica do ano de 1976

FOTOS: Acervo pessoal – Jornal dos Sports (RJ) – O Globo

FONTE: Wikipédia

FICHAS TÉCNICAS DO TORNEIO QUADRANGULAR DO TRABALHADOR – 1981

PARTICIPANTES
CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA – RIO DE JANEIRO – RJ.
CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE – CURITIBA – PR.
CORITIBA FOOT BALL CLUB – CURITIBA – PR
CRUZEIRO ESPORTE CLUBE – BELO HORIZONTE – MG.

JOGOS REALIZADOS EM RODADAS DUPLAS.

1ª RODADA
Data: 29 de abril de 1981.
Local: Estádio Couto Pereira – Curitiba – PR.
Renda: Cr$ 1.662.700,00
Público: 9.033.
ATLÉTICO 1-0 CRUZEIRO
Árbitro: Eraldo Palmerini.
Gol: Roldão (32’ do 1º tempo).
Expulsão: Toninho (44’ do 2º tempo).
ATLÉTICO: Roberto; Flávio, Jair Gonçalves, Pedro Paulo e Zé Mário (Oliveira); Bianchi, Evans (Nivaldo) e Sarandi; Roldão (Flavinho), Gilson (Arlindo) e Renato Lima.
CRUZEIRO: Luís Antônio; Nelinho, Zézinho Figueiroa, Marquinhos e Hilton Brúnis; Toninho, Alexandre (Carioca) e Mauro; Eduardo, Edmar e Jésum (Carlinhos).

CORITIBA 0-0 VASCO
Árbitro: Tito Rodrigues.
CORITIBA: Jiménez; Valdoir, Eduardo, Biluca e Serginho; André, Cláudio Gaúcho e Viana (Paulo César); Capitão, Leomir (Lalo) e Bozó.
VASCO: Mazzaropi; Rosemiro, Orlando, Léo e Brasinha; Dudu; Guina e Marquinho; Wilsinho (Flecha), César (Serginho) e Adriano.

2ª RODADA
Data: 01 de maio de 1981.
Local: Estádio Couto Pereira – Curitiba – PR.
Renda: Cr$ 2.194.150,00.
Público: 13.933.
ATLÉTICO 0-1 VASCO
Árbitro: Newton Rodrigues.
Gol: Adriano (35’ do 2º tempo).
ATLÉTICO: Roberto; Flávio, Jair Gonçalves, Pedro Paulo e Zé Mário; Bianchi, Evans e Sarandi; Roldão, Gilson (Arlindo) e Renato Lima (Nivaldo).
VASCO: Mazzaropi; Rosemiro, Orlando, Léo e Brasinha; Dudu; Guina e Marquinho; Wilsinho, César e Adriano.

CORITIBA 5-1 CRUZEIRO
Árbitro: Bráulio Zanotto.
Gols: Viana (45’ do 1º tempo e 32’ do 2º tempo), Capitão (14’ do 2º tempo), Bozó (35’ do 2º tempo) e Paulo César (44’ do 2º tempo) / Edmar (30’ do 2º tempo).
Expulsão: Alexandre.
CORITIBA: Jiménez; Dézinho, Eduardo, Biluca e Serginho; André, Cláudio Gaúcho e Viana (Paulo César); Capitão, Leomir e Bozó (Peninha).
CRUZEIRO: Luís Antônio; Nelinho, Zézinho Figueiroa, Marquinhos e Hilton Brúnis; Toninho, Alexandre e Mauro; Eduardo, Edmar e Jésum.

CAMPEÃO: CORITIBA FOOT BALL CLUB.

Fonte: Tabelão Placar.

JOGO HISTÓRICO – VASCO DA GAMA X COMBINADO CARIOCA

Em partida amistosa disputada entre o CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA (campeão carioca da temporada) e um Combinado Carioca formado pelos melhores jogadores do torneio, terminou com um grande goleada cruzmaltina. Abaixo a ficha desta partida:

VASCO DA GAMA 5 – 0 COMBINADO CARIOCA
Data: 20 de novembro de 1945
Local: Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro – DF
Renda: Cr$ 39.979,00
Juiz: Angelino Medeiros
Gols: Santo Cristo (2), Lelé, Friaça e Chico
Vasco da Gama: Barbosa; Augusto e Rafagneli (Rubens); Beracochea (Newton), Dino (Eli) e Argemiro; Santo Cristo, Ademir (Lelé), Isaías, Jair e Chico (Friaça).
Combinado Carioca: Alfredo; Newton (Mundinho) e Norival (Harold); Índio (Bigode), Danilo e Jaime; China (Lula), Maneco, Anito (Pascoal), Tim e Jorginho (Magalhães).

Fonte: Pesquisa do Autor no Jornal A Tribuna de Santos/SP

Duas fotos do SC Guaraí-TO

Prezados,

Vi que na Internet (inclusive no site Bola na Área) está rolando o escudo de um clube (acho que é SE Guaraí) como o novo integrante da segundona tocantinense, o SC Guaraí.

Seguem em anexo 02 fotos (fonte: http://sportins.blog.uol.com.br/) do novo clube. Percebam que o escudo não tem nada a ver com que está rolando por ai (apesar de o novo clube possuir as mesmas cores : verde e branco).

Será possível extrair os escudos das fotos?

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TORNEIO DA ACEESP – 1977

PARTICIPANTES
Aliança Clube – São Bernardo do Campo – SP.
Associação Atlética Portuguesa – Santos – SP.
Nacional Atlético Clube – São Paulo – SP.
Saad Esporte Clube – São Caetano do Sul – SP.

Obs: Torneio realizado em rodadas duplas.

1ª RODADA
Local: São Paulo – SP.
Data: 16/01/1977
Portuguesa 1-3 Aliança
Nacional 0-1 Saad. Continue lendo

O Clássico da Paz

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Chamado assim, depois de um amistoso em comemoração ao fim das brigas “politicas” entre os clubes de futebol do Rio de Janeiro ligados a LCF – Liga Carioca de Futebol e a FMD – Federação Metropolitana de Desportos, que acabou após a fusão das duas para a criação da Liga de Football do Rio de Janeiro – LFRJ. Os Presidentes do Vasco e América promoveram um amistoso (em melhor de três) entre os dois clubes para comemorar a pacificação do futebol carioca. Houve muita festa, salva de 21 tiros, fogos de artifício. Na primeira partida o Vasco venceu por 3×2, na segunda deu América 3×1 e no terceiro jogo deu América novamente. Daí surgiu a designação “Clássicos da Paz” para os jogos entre as duas equipes.
O curioso é que o Vasco, anos depois, solicitou a Taça por empréstimo. Mas nunca devolveu!!!!

Em 1950 os dois times decidiram o campeonato carioca e segue abaixo foto do gol de Ademir de Menezes .
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– Trechos do comentário de LUIS MENDES para a Revista – O ESPORTE ILUSTRADO –
A decisão do campeonato carioca, verificou-se no Estádio Municipal do Maracanã, e foi, indiscutivelmente, o fecho de ouro do certame guanabarino. Os quadros que mais fizeram de bom dentro do campeonato, em confronto decisivo, ofereceram ao maior publico já presente a um jogo de certames regionais, um espetáculo colorido, onde nada faltou para arrebatar de emoções os torcedores que estiveram no estádio. Vasco e América não tiveram medo da derrota e procuram jogar para a vitória.

E o encontro, cuja decisão mais parecia ser fruto da maior classe do Vasco, teve duas fases distintas. A primeira, em que o América foi mais time, mais conjunto e, por isso mesmo, o dominador da cancha. A segunda, em que o Vasco tomou conta da situação, penetrando seguro no rumo certo da conquista suprema. A objetividade do Vasco se fez notar, uma vez mais nessa peleja. No primeiro tempo, o América, mesmo dominando, marcou um gol, mas sofreu outro. Na etapa final, quando o controle das ações pertenceram ao onze cruzmaltino, o Vasco voltou a marcar um gol sem que o América conseguisse mais outro. E se o empate já era bastante para a conquista do Vasco, a vitória lhe sobrava.

Logo aos três minutos, Ademir assinalou um gol. Uma boa virada que cobriu Osni, no momento em que o goleiro saia para cortar a trajetória da bola. Esse gol deu maior tranqüilidade a família vascaina, pois ao América se tornou muito mais longínquo a hipótese de atingir o campeonato, já que o Vasco levava a vantagem do empate. Sacudindo o nervosismo que esse gol lhe causou, o América reencontrou o seu melhor jogo e começou a empurrar o Vasco para dentro do seu próprio campo, que somente atacava as custas de manobras isoladas que pontificavam em escapadas perigosas de Ademir, Ipojucan e Djair. E, Maneco, aos 33 minutos, valendo-se da sua superioridade, conquistou o empate que o time vinha fazendo por merecer. Foi um belo gol do Saci, depois de uma finta espetacular em Eli.

O América prosseguiu dominando até o final da etapa inicial, mas o Vasco continuava a ser quase invulnerável , mesmo quando o antagonista o dominava. No tempo complementar, o Vasco tomou as rédeas da contenda, dominou por sua vez o adversário e fez o gol da vitória pela sua categoria superior e da sua classe bem maior que a do América. O merecimento da vitória vascaina está precisamente na sua maior superioridade clássica. Seus homens são mais experimentados que os do América. Ademir, numa carga isolada, empurrou a bola as redes de Osni, como só ele podia empurrar. O Vasco agora, era o detentor do titulo que nunca conseguira, o de bi campeão carioca, está de parabéns.

Cabe elogios ao Vasco, cujo titulo ninguém contestará, e exaltar o América pela sua campanha brilhante, que o levou de um mero participante despretensioso, a finalissima do campeonato. Se o vasco foi grande por ter encontrado seu jogo que parecia perdido, o América também foi grande por ter ultrapassado a própria expectativa.

Jogo disputado no Maracanã no dia 28 de janeiro de 1951.
Vasco 2 x América 1
Primeiro tempo: 1×1, gols de Ademir e Maneco.
Segundo tempo: Vasco 2×1, gol de Ademir.
Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro.
Renda: 1.577.014,00.
Vasco: Barbosa. Augusto e Laerte. Eli. Danilo e Jorge. Alfredo. Ipojucan. Ademir. Maneca e Djair.
América: Osni. Joel e Osmar. Rubens. Osvaldinho e Godofredo. Natalino. Maneco. Dimas. Ranulfo e Jorginho.

Estatísticas
* Número de Jogos : 252 .
* Vitórias do Vasco : 142 .
* Vitórias do América : 56 .
* Empates : 54 .
* Gols do Vasco : 457 .
* Gols do América : 283 .
* Maior goleada do Vasco : 8 a 2 em 14 de agosto de 1949 .
* Maior goleada do América : 5 a 1 em 19 de novembro de 1943 .
* Empate com mais gols : 4 a 4, em 2 de junho de 1951 .

Maiores públicos do Clássico da Paz

1. América 1 a 2 Vasco, 121.765 (104.775 pags.), 28 de Janeiro de 1951
2. América 3 a 1 Vasco, 79.922, 13 de Agosto de 1967
3. América 0 a 2 Vasco, 60.542, 3 de Novembro de 1974
4. América 0 a 1 Vasco, 53.434, 28 de Novembro de 1982
5. América 1 a 3 Vasco, 47.164, 27 de Fevereiro de 1982
6. América 1 a 2 Vasco, 45.484, 2 de Dezembro de 1984

Uniformes
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Wikipedia
www.campeoesdofutebol.com.curiosidades
foto do gol do museu dos esportes

Dúvida em São Paulo!!!

Dúvida enviada pelo Marcio Javaroni que em breve retornará ao nosso convívio!Repasso aos especialistas em futebol paulista.

Há alguns anos, como você sabe, pesquiso a história do futebol de Ribeirão Preto para a publicação de um livro, que, digamos, já está bem adiantado e acabei deparando-me com um grande achado: um caderno, manuscrito, de um antigo diretor do Commercial FC (falecido, o material estava com seu filho), no qual ele anotava todos os resultados do clube, com as devidas escalações do alvinegro, de 1928 a 1936, ano em que o Commercial se fundiu com a Sociedade Recreativa.

Neste caderno, um dado me chamou muito a atenção: ele descreve os jogos “conhecidos” do Commercial no Paulistão de 1928 (Palestra Itália, Guarani, Portuguesa, Syrio e Corinthians). No entanto, são citados mais dois jogos, contra o Ypiranga e o Santos, o que daria a entender que o clube terminou a disputa do primeiro turno (pois completaria os sete jogos) antes de abandonar o torneio.
As únicas fontes conhecidas desse campeonato citam que o Commercial abandonou o torneio após o jogo contra o Corinthians, em 26/08, no entanto, o que justificaria uma partida contra o Santos após esse data? Até mesmo porque devemos levar em conta que a APEA proibia jogos de filiados contra não-filiados…

Partindo do pressuposto que todos os jogos pós-1930 estão corretos (a hemeroteca da cidade começa nesta data e, pelas minhas pesquisas, comparei todos os jogos e batem todas as informações), acho difícil o autor ter “inventado” esses dois jogos – um antes, Ypiranga, e outro depois do “tal” duelo contra o Corinthians.
Assim sendo, creio eu que o Commercial tenha completado esses sete jogos, abandonando o torneio talvez após algum determinando julgamento de fatos relativos ao jogo do Corinthians, mas não imediatamente após aquele jogo. Gostaria de ouvir a opinião de vcs a respeito.

Para dar maiores subsídios, os jogos que encontrei são os seguintes:

· Ypiranga 5 x 1 Commercial – 05/08/1928 – Local: São Paulo (SP)

COMMERCIAL: Jota – Tayan e Caty – Dominguinhos, Marquim e Carlito – Pedro, Maia, Eloy, Vespú e Marinho. Gol do CFC: Eloy

· Santos 4 x 3 Commercial – 09/09/1928 – Local: Santos (SP)

COMMERCIAL: Jota – Tayan e Caty – Dominguinhos, Catanduva e Carlito – Maia, Mingo, Waldomiro, Vespú e Marinho. Gols do CFC: Marinho e Vespú (2)

O jogo do Corinthians é citado no livro como tendo ocorrido no dia 26/08, com vitória do Commercial por 2 a 1, gols de Chapa e Maia. Particularmente, minha opinião é de que o clube disputou realmente todos esses jogos, mas depois foi julgado e punido por algo desse jogo contra o Corinthians, daí resolveu retirar-se do campeonato e da APEA, pedindo filiação à LAF.

Vale ressaltar que no mesmo caderno, em outubro, no dia 14, consta um jogo do Commercial contra a AA Palmeiras, na época filiada à LAF, o que comprova sua saída da APEA e entrada na Liga.

FESTIVAL ESPORTIVO DO BEIJA FLOR FUTEBOL CLUBE – 1945

O BEIJA FLOR FUTEBOL CLUBE, tradicional alviverde vicentino realizou em 1945 o seu festival esportivo, em comemoração ao seu 20º aniversário de fundação. Foi convidada para participar das festividades a ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA SULAMERICANA de Santos. Abaixo os dados desta festa:

FESTIVAL ESPORTIVO – 1945

Data: 21 de outubro de 1945
Local: Campo do Beija Flor, em São Vicente/SP

1º JOGO – VETERANOS – BEIJA FLOR 6-4 FEITIÇO

2º JOGO – 2º QUADROS – SULAMERICANA 2-1 BEIJA FLOR

3º JOGO – 1º QUADROS – BEIJA FLOR 2-2 SULAMERICANA

Fonte: Pesquisa do Autor no Jornal A Tribuna de Santos/SP