O Clássico da Paz

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Chamado assim, depois de um amistoso em comemoração ao fim das brigas “politicas” entre os clubes de futebol do Rio de Janeiro ligados a LCF – Liga Carioca de Futebol e a FMD – Federação Metropolitana de Desportos, que acabou após a fusão das duas para a criação da Liga de Football do Rio de Janeiro – LFRJ. Os Presidentes do Vasco e América promoveram um amistoso (em melhor de três) entre os dois clubes para comemorar a pacificação do futebol carioca. Houve muita festa, salva de 21 tiros, fogos de artifício. Na primeira partida o Vasco venceu por 3×2, na segunda deu América 3×1 e no terceiro jogo deu América novamente. Daí surgiu a designação “Clássicos da Paz” para os jogos entre as duas equipes.
O curioso é que o Vasco, anos depois, solicitou a Taça por empréstimo. Mas nunca devolveu!!!!

Em 1950 os dois times decidiram o campeonato carioca e segue abaixo foto do gol de Ademir de Menezes .
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– Trechos do comentário de LUIS MENDES para a Revista – O ESPORTE ILUSTRADO –
A decisão do campeonato carioca, verificou-se no Estádio Municipal do Maracanã, e foi, indiscutivelmente, o fecho de ouro do certame guanabarino. Os quadros que mais fizeram de bom dentro do campeonato, em confronto decisivo, ofereceram ao maior publico já presente a um jogo de certames regionais, um espetáculo colorido, onde nada faltou para arrebatar de emoções os torcedores que estiveram no estádio. Vasco e América não tiveram medo da derrota e procuram jogar para a vitória.

E o encontro, cuja decisão mais parecia ser fruto da maior classe do Vasco, teve duas fases distintas. A primeira, em que o América foi mais time, mais conjunto e, por isso mesmo, o dominador da cancha. A segunda, em que o Vasco tomou conta da situação, penetrando seguro no rumo certo da conquista suprema. A objetividade do Vasco se fez notar, uma vez mais nessa peleja. No primeiro tempo, o América, mesmo dominando, marcou um gol, mas sofreu outro. Na etapa final, quando o controle das ações pertenceram ao onze cruzmaltino, o Vasco voltou a marcar um gol sem que o América conseguisse mais outro. E se o empate já era bastante para a conquista do Vasco, a vitória lhe sobrava.

Logo aos três minutos, Ademir assinalou um gol. Uma boa virada que cobriu Osni, no momento em que o goleiro saia para cortar a trajetória da bola. Esse gol deu maior tranqüilidade a família vascaina, pois ao América se tornou muito mais longínquo a hipótese de atingir o campeonato, já que o Vasco levava a vantagem do empate. Sacudindo o nervosismo que esse gol lhe causou, o América reencontrou o seu melhor jogo e começou a empurrar o Vasco para dentro do seu próprio campo, que somente atacava as custas de manobras isoladas que pontificavam em escapadas perigosas de Ademir, Ipojucan e Djair. E, Maneco, aos 33 minutos, valendo-se da sua superioridade, conquistou o empate que o time vinha fazendo por merecer. Foi um belo gol do Saci, depois de uma finta espetacular em Eli.

O América prosseguiu dominando até o final da etapa inicial, mas o Vasco continuava a ser quase invulnerável , mesmo quando o antagonista o dominava. No tempo complementar, o Vasco tomou as rédeas da contenda, dominou por sua vez o adversário e fez o gol da vitória pela sua categoria superior e da sua classe bem maior que a do América. O merecimento da vitória vascaina está precisamente na sua maior superioridade clássica. Seus homens são mais experimentados que os do América. Ademir, numa carga isolada, empurrou a bola as redes de Osni, como só ele podia empurrar. O Vasco agora, era o detentor do titulo que nunca conseguira, o de bi campeão carioca, está de parabéns.

Cabe elogios ao Vasco, cujo titulo ninguém contestará, e exaltar o América pela sua campanha brilhante, que o levou de um mero participante despretensioso, a finalissima do campeonato. Se o vasco foi grande por ter encontrado seu jogo que parecia perdido, o América também foi grande por ter ultrapassado a própria expectativa.

Jogo disputado no Maracanã no dia 28 de janeiro de 1951.
Vasco 2 x América 1
Primeiro tempo: 1×1, gols de Ademir e Maneco.
Segundo tempo: Vasco 2×1, gol de Ademir.
Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro.
Renda: 1.577.014,00.
Vasco: Barbosa. Augusto e Laerte. Eli. Danilo e Jorge. Alfredo. Ipojucan. Ademir. Maneca e Djair.
América: Osni. Joel e Osmar. Rubens. Osvaldinho e Godofredo. Natalino. Maneco. Dimas. Ranulfo e Jorginho.

Estatísticas
* Número de Jogos : 252 .
* Vitórias do Vasco : 142 .
* Vitórias do América : 56 .
* Empates : 54 .
* Gols do Vasco : 457 .
* Gols do América : 283 .
* Maior goleada do Vasco : 8 a 2 em 14 de agosto de 1949 .
* Maior goleada do América : 5 a 1 em 19 de novembro de 1943 .
* Empate com mais gols : 4 a 4, em 2 de junho de 1951 .

Maiores públicos do Clássico da Paz

1. América 1 a 2 Vasco, 121.765 (104.775 pags.), 28 de Janeiro de 1951
2. América 3 a 1 Vasco, 79.922, 13 de Agosto de 1967
3. América 0 a 2 Vasco, 60.542, 3 de Novembro de 1974
4. América 0 a 1 Vasco, 53.434, 28 de Novembro de 1982
5. América 1 a 3 Vasco, 47.164, 27 de Fevereiro de 1982
6. América 1 a 2 Vasco, 45.484, 2 de Dezembro de 1984

Uniformes
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Wikipedia
www.campeoesdofutebol.com.curiosidades
foto do gol do museu dos esportes

Um comentário em “O Clássico da Paz

  1. Gilvanir Alves

    Parabéns aos dois times. Espero que eles sempre tenham dias melhores, daqui prá frente.
    E represente muito bem o futebol carioca.

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