Campanha do Mixto Campeão Cuiabano de 1949

Mixto 2 x 2 Dom Bosco
Data: 24/04/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: Alberto Figueiredo
Gols do Mixto: Batico e Edgar Curvo
Mixto: Dito, José Bais, Uir, Clarindo, Edgar Curvo, Gerbes, Batico, Iris, Cajabi, Uirton e Mingote.

Mixto 2 x 0 Moto
Data: 29/05/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: Edu Xavier
Gols do Mixto: Batico e Uirton
Mixto: Dito, José Bais, Uir, Clarindo, Edgar Curvo, Gerbes, Cajabi, Uirton, Mingote, Iris e Batico.

Mixto 3 x 1 Paulistano
Data: 12/06/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: Benedito de Carvalho
Gols do Mixto: Batico (2) e Uirton
Mixto: Dito, José Bais, Uir, Clarindo, Iris, Gerbes, Cajabi, Hugo, Mingote, Uirton e Batico.

Mixto 3 x 0 Atlético
Data: 03/07/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: Rafael Di Giorgi
Gols do Mixto: Uirton (2) e Mingote
Mixto: Dito, José Bais, Uir, Gerbes, Clarindo, Cajabi, Uirton, Mongote, Iris, Batico e Darcy.

Americano 2 x 0 Mixto
Data: 31/07/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: Benedito de Carvalho
Mixto: Dito, José Bais, Uir, Clarindo, Iris, Gerbes, Alan, Uirton, Mingote, Batico e Cajabi.

Mixto 2 x 0 Dom Bosco
Data: 14/08/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: Edu Xavier
Gols do Mixto: Cajabi e Iris
Mixto: Dito, José Bais, Uir, Clarindo, Alan, Gerbes, Iris, Mingote, Uirton, Cajabi e Batico.

Mixto 2 x 2 Moto
Data: 11/09/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: José Affi
Gols do Mixto: Batico e Mingote
Mixto: Dito, José Bais, Uir, Gerbes, Alan, Chupapalha, Cajabi, Iris, Uirton, Mingote e Batico.

Mixto 6 x 1 Paulistano
Data: 25/09/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: Benedito do Nascimento
Gols do Mixto: Batico (3), Bagaço, Alan e Uirton
Mixto: Dito, Uir, Chupapalha, Clarindo, Alan, Gerbes, Bagaço, Cajabi, Iris, Uirton e Batico.

Mixto 4 x 1 Atlético
Data: 02/10/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: Rubens Ramos de Morais
Gols do Mixto: Alan, Bagaço, Uirton e Batico
Mixto: Dito, Chupapalha, Uir, Gerbes, Alan, Clarindo, Bagaço, Cajabi, Iris, Uirton e Batico.

Mixto 4 x 2 Americano
Data: 16/10/1949
Validade: Campeonato Cuiabano
Local: Campo do Bosque Municipal
Árbitro: José Affi
Gols do Mixto: Batico (3) e Iris
Mixto: Dito, Edgar Curvo, Uir, Clarindo, Gerbes, Cajabi, Bagaço, Iris, Uirton e Batico.

 

FONTE: Jornal O Estado de Mato Grosso – Arquivo Pessoal

Fotos raras de 1931: Seleção Paulista de Futebol (APEA)

O Scratch Paulista que disputou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1931. Nessa edição, São Paulo terminou com o vice-campeonato, atrás do Distrito Federal (Rio de Janeiro)

EM PÉ (esquerda para a direita): Grané (zagueiro direito), Lo Schiavo (zagueiro esquerdo), Newton (médio direito), Gogliardo (centro médio) e Munhoz (médio esquerdo);    

AGACHADOS (esquerda para a direita): Luiz (ponta direita), Heitor (meia direita), Arthur Friedenreich (Centroavante), Feitiço (meia esquerda) e Siriri (ponta esquerda).

SENTADO (no centro): Athié (goleiro).

FOTOS: A Noite: Supplemento: Secção de Rotogravura (RJ) – A Gazeta (SP)

Santa Luzia Futebol Clube, de Sampaio Corrêa – Saquarema (RJ): Existiu entre 1936 a 1977

Fundado pouco depois da usina de açúcar, em 1936, o Santa Luzia Futebol Clube teve seus primeiros times formados por funcionários da indústria, cujo proprietário e patrono do clube, Dr. Durval Cruz, tinha inicialmente a intenção de dar aos trabalhadores, em sua maioria vindos de Campos e Espírito Santo, um domingo de lazer, já que no decorrer da semana o trabalho na plantação e corte da cana era muito duro.

Mas a paixão pelo futebol logo foi crescendo. Foi formada uma diretoria, que filiou o clube à Liga Saquaremense de Desportos e à Federação Fluminense de Desportos que, com a fusão do estado da Guanabara e ao antigo Rio de Janeiro, passou a se chamar Federação do Estado do Rio de Janeiro (FERJ).

Assim, o Santa Luzia virou, como a usina, uma potência também no futebol, formando grandes equipes com atletas locais onde podemos destacar Dode, Jorginho Barbosa, Pituta, Roló, Elias, Euclides, Jorge Luiz, Geneci e Jorge Luiz Cardoso. Esses 3 últimos são um capítulo a parte; Canidé elevou o nome do clube e do 3º distrito, chegando ao futebol profissional do Clube Atlético Mineiro.

Delmir, com sua garra e dedicação, iniciou e encerrou sua carreira no Santa Luzia e Pintinho, também conhecido como “Pai Velho”, além de grande atleta, dedicou sua vida como auxiliar técnico, massagista, zelador e técnico da escolinha, sem dúvida um verdadeiro mito, respeitado e amado por todos.

Além destes, Balzinho foi outro grande jogador do terceiro distrito, que brilhou no clube, tendo sido considerado na época o melhor atacante em atividade no município. Mais tarde, o clube resolveu investir no mercado de fora e trouxe atletas de excelente qualidade, entre eles Arthur, João Carlos, Didi, Pelezinho, Carrete, Cleber, Paulinho, Josué, Chicão, Mamão e Gabriel.

Rodolfo, Boquinha, Vavá e Luiz Carlos foram contratados pelo Santa Luzia a outros clubes do nosso próprio município. O terceiro distrito também teve grandes diretores como José de Azevedo Pinto (Zéquito), Lucio Couto, Arí Fonseca, Chiquinho Batista, Divaldo e Mertodinho.

E não podemos deixar de mencionar os torcedores fervorosos como o Matinada, Dona Ana e Seu Pedro Delfino que chamavam atenção no campo, torcendo, e pelas nas laranjas e pão com mortadela que vendiam no estádio.

Em 1966, surgiu o Esporte Clube Sampaio Corrêa e a rivalidade foi grande com o Santa Luzia, já que alguns atletas insatisfeitos no tricolor se transferiram para o novo clube que também formou grandes elencos e diretorias, sendo Roberto Marques Ferreira (Sargento) e Ricardo Reis, dois baluartes.

Mas, assim como ocorreu com o Santa Luzia, o Sampaio também encerrou suas atividades, entre outros locais como o Fundo de Quintal e o Esperança, restando hoje apenas o Baziléia, o Tropa de Elite e o Gelobol, no futebol amador e o Sampaio Corrêa no profissional. Já o velho estádio Durval Cruz, palco de grandes recordações de jogos memoráveis, hoje está totalmente abandonado. Dá pena de ver…

O terceiro distrito, além do forte futebol local, ainda revelou atletas para o profissional como Canidé, Rômulo e Zú que representaram o futebol saquaremense na Holanda. Romerito disputou o último Campeonato Brasileiro pela Ponte Preta e Fábio Neves, que já atuou no Fluminense, hoje se encontra no futebol internacional, jogando na Coréia do Sul.

O distrito de Sampaio Corrêa revelou também grandes árbitros que fizeram parte do quadro da Liga Saquaremense: Fernando Goiaba, Brandão, Jorge Pezão, Bazilêu, Carlinho Alicate, Rubens, Carlos Conceição, Ricardo Gazoni e a grande revelação Carlos Cordeiro.

João Carlos, zagueiro do Santa Luzia

Ele mora em São Gonçalo, mas durante muitos anos fez parte da equipe do Santa Luzia, antes de jogar pelo clube de Saquarema, inclusive na Seleção de Saquarema que competia com outros municípios da Região dos Lagos e no time veterano do Saquarema.

Em 1977, quando a usina já não estava mais funcionando, o Santa Luzia Futebol Clube ainda resistia, tanto que conquistou a Taça Mário Castanho, que congregava os clubes da região, tendo como zagueiro o então cabeludo João Carlos.

Hoje, casado com Marli, uma das sobrinhas do Dr. Tatagiba, pioneiro da medicina local, João Carlos frequenta Saquarema apenas como veranista, mas não esquece seu tempo de glória no Santa Luzia e no Saquarema.

Curiosidade

Em 1972, a supersafra da usina foi comemorada com um show de escolas de samba do 1° grupo que veio do Rio: a Imperatriz Leopoldinense, o Salgueiro e Mangueira”, conta Gervásio, hoje o funcionário mais antigo da Prefeitura Municipal.

Ele também se recorda, mas sem muita certeza, que a Imperatriz chegou a fazer um enredo falando da usina, inclusive do time de futebol da fábrica que era o Santa Luzia Futebol Clube.

O Santa Luzia foi uma agremiação que realizou grandes acontecimentos e fez história no futebol de Saquarema, revelando jogadores para o cenário nacional e até internacional, conquistando vários títulos. Em 1958, a equipe do Santa Luzia realizou um jogo treino com a seleção brasileira campeã do mundo”, afirma o ex-funcionário da usina que começou trabalhando em pequenas funções e acabou sendo um dos mais importantes técnicos da área administrativa da Santa Luzia, na área de recursos humanos

 Participações no Campeonato Fluminense de Clubes Campeões

O Santa Luzia F.C., como o campeão do Campeonato Citadino de Saquarema de 1944, disputou o Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1944, realizado em 1945. Acabou sendo eliminado na primeira fase, tendo o Petropolitano, de Petrópolis como o grande campeão daquela edição.

O Esperança Futebol Clube, de Nova Friburgo ficou com o vice.  Com o título de campeão do Campeonato Citadino de Saquarema de 1969, participou do Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1969. O campeão de 1969 foi o Americano FC, de Campos.

FONTES & FOTO:  O Saquá – ‘O Jornal de Saquarema’

CROL Futebol Clube – São Gonçalo (RJ): Fundado em 1958

O CROL (Cerâmica Rio do Ouro Ltda.) Futebol Clube é uma agremiação da cidade de São Gonçalo (RJ). Fundado na quarta-feira, do dia 17 de Setembro de 1958. O seu Estádio Ivan de Azevedo está localizado na Avenida Plínio Gomes de Matos Filho, s/n, no Bairro de Várzea das Moças, em São Gonçalo. Acrescentado que o CROL Futebol Clube participou do Campeonato Fluminense de Clubes Campeões de 1969. Nesse período foi campeão do Campeonato Citadino de São Gonçalo, em 1969 e 1971.

FONTE: Auto Esporte do Brasil – Cultura Niterói  

Amistoso de 1972: Seleção Brasileira Olímpica fica no empate com a C.R. Espanhol, de Niterói

Em partida realizada no Estádio Caio Martins, em Niterói, a Seleção Brasileira Olímpica e Centro Recreativo Espanhol empataram pelo placar de 2 a 2. Paulinho e Vagner marcaram para aos espanhóis, enquanto Zé Carlos assinalou os dois tentos para a seleção canarinho.

O Sr. Antônio do Passo viu o jogo e o prefeito de Niterói, Sr. Ivan Fernandes de Barros (governou de 7 de janeiro de 1972 a 15 de março de 1975), deu o pontapé inicial da partida que foi fraca tecnicamente.

O Espanhol chegou a dominar os primeiros 30 minutos e depois foi vencido pelo melhor preparo físico dos comandados por Antoninho. A defesa do Espanhol bobeou no primeiro gol do Brasil e no segundo houve um cochilo da direção por causa da substituição de Paulo César.

Mesmo assim o campeão da cidade continuou invicto contra equipe de fora. O jogo por um triz, não seria realizado porque o Sr. Tomás Leite Ribeiro, do Departamento de Educação Física não gostou da maneira com que Tito Jacomini, supervisor do Espanhol solicitou o campo. A discussão ocupou boa parte da tarde. Quem sofreu mesmo foi o grande público de Jurujuba que não pode ver a sua equipe no primeiro encontro da noite.

O Jogo

O Espanhol foi melhor até os 30 minutos da fase inicial. Tocou a bola como manda o figurino, com Wilsinho fazendo exibição primorosa no meio de campo. Os olímpicos procuraram também tocar à bola, com algumas peças querendo aparecer. Houve muito cuidado para que nenhum olímpico se contundisse. Mas a primeira grande chance da noite foi da seleção brasileira: Gilvan pegou a bola, passou com quis por Paulo César e cruzou da linha de fundo.

Cantareira e Osmar não subiram e Zé Carlos, do selecionado, obrigou Paulão a fazer uma defesa sensacional. O gol do Espanhol veio pouco depois. Marcelo esticou para Paulinho no bico da grande área, pelo lado esquerdo. O cantorriense atirou violentamente, sem defesa para Vitor. Espanhol 1 a 0.

Com o decorrer do tempo, os olímpicos apareceram mais. Zé Carlos, num lance de muito oportunismo, foi entrando pelo setor onde se encontrava mais Paulo César, depois de haver recebido excelente passe de Gilvan. O negão olímpico chutou e Alfredo largou, e no chuta-chuta, a bola voltou a Zé Carlos que marcou o primeiro gol. Brasil 1 a 1.

Logo depois Zé Carlos, novamente, voltou a marcar com auxílio da defesa espanhola que não se mexeu para evitar o gol. Brasil 2 a 1.

Para o segundo tempo, o Espanhol voltou com Wilsinho mais adiantado e o time melhorou um pouco. Os olímpicos, entretanto, já haviam melhorado, tanto que dominaram nos minutos finais. Coube a Vagner a empatar o jogo, num trabalho todo de Renato. O louro de São Domingos cabeceou um cruzamento vindo da direita e Vagner só teve o trabalho de completar o lance. Seria gol de qualquer forma. Espanhol 2 a 2.

C.R. ESPANHOL (RJ)

2

X

2

SELEÇÃO BRASILEIRA OLÍMPICA

LOCAL:

Estádio Caio Martins, em Niterói/RJ

CARÁTER:

Amistoso Internacional

DATA:

Sábado, dia 17 de Março de 1972

ÁRBITRO:

Beethoven Neves (DNF)

AUXILIARES:

Heraldo Prevot (DNF) e Aílson Oliveira (DNF)

C.R. ESPANHOL:

Paulão (Alfredo); Artur, Osmar, Cantareira e Paulo César (Irineu); Wilsinho, Marcelo e Cláudio; Vagner, Renato e Paulinho. Técnico: Juarez

SELEÇÃO BRASILEIRA:

Vitor (Cantarelli); Mangabeira, Piscina (Márcio), Levi e Tereso; Falcão, Carlos Alberto Pintinho (Gilberto), Bolívar (Tuca); Gilmar, Zé Carlos (Washington) e Manoel. Técnico: Antoninho

GOLS:

Paulinho (Espanhol); Zé Carlos, duas vezes (Seleção Brasileira Olímpica), no 1° Tempo. Vagner (Espanhol), no 2° Tempo.

FONTE: Jornal O Fluminense

Centro Recreativo Espanhol Tricampeão do Campeonato Citadino Niteroiense de 1971-72-73


Fúria deu o Tricampeonato Niteroiense ao Espanhol

 O Espanhol conquistou pela terceira vez consecutiva (1971, 1972 e 1973) o título máximo do futebol Niteroiense, ao vencer o Tiradentes por 1 a 0, em 30/09/1973, gol de Renato, aos sete minutos da segunda fase. O Comando-Geral da Polícia Militar viu o jogo que o Major Durval Lobato, da CND, iniciou.

Foram 90 minutos de excelente futebol, com os dois quadros se empenhando a fundo pela vitória. Heraldo Prevot teve atuação magnífica e se todo mundo que foi ao Assad Abdala tivesse pago ingresso a renda ultrapassaria os 15 mil cruzeiros.

O Tiradentes caiu de pé, mas saiu traumatizado com a derrota, produto de uma infelicidade de Camundongo, seguida de uma outra de Paulão. Os dois quadros, além de bom futebol, mostraram excelente preparo físico. Após o jogo os espanhóis comemoraram a vitória no centro do gramado onde receberam homenagem da torcida do Tira. Depois os campeões foram a Itaipu e lá permaneceram até de madrugada.

Completando com felicidade um trabalho primoroso de César, Renato deu ao Espanhol o tão cobiçado título de tricampeão niteroiense, ao marcar aos sete minutos da fase final, o gol que liquidou o Tiradentes. Foi mais movimentado jogo da Copa-400, promoção jornal O Fluminense e Departamento Niteroiense de Futebol (DNF).

O Tiradentes teve uma atuação irrepreensível, o mesmo acontecendo com o Espanhol. O Major Durval Lobato, do CND, deu o pontapé inicial e Heraldo Prevot mereceu nota dez pela magnífica arbitragem. Um público recorde de Cr$ 3.318,00 superlotou o Assad Abdala, ressuscitando o futebol da cidade, agora em grande fase.

O Flamenguinho conseguiu um honroso lugar de vice-campeão, ao lado do Tiradentes, ao vencer o Fluminense por 3 a 2. Os tricolores jogaram com suas peças fora do lugar e por isso, de nada valeu o sacrifício de uma equipe que nunca parou de lutar. Cantareira, Marcelo, César foram as grandes figuras espanholas; enquanto Paulão, Evandro e Micinho foram os grandes destaques dos alvinegros.

O Espanhol viveu dez minutos de pânico após a entrada de Marrom e Popeye. A torcida organizada do Tira, com o cabo Maurício à frente, teve uma conduta muito elegante ao entrar em campo para homenagear os campeões.

 

Primeiro tempo

Vinte e dois jogadores com os nervos à flor da pele iniciaram o jogo, tocando a bola de pé em pé, proporcionando os lances mais emocionantes. O Espanhol estava melhor situado, mas aos poucos o Tiradentes crescia e não demorou muito já havia equilíbrio. Mesmo assim, coube ao ataque espanhol oferecer mais perigo. Renato e César estiveram por marcar, mas Paulão mais uma vez provou que é goleiro.

Cessados estes momentos, o jogo ganhou nova feição e as duas equipes exploravam os contra-ataques. A cada investida um perigo eminente de gol. Foi assim até o fim. Nessa fase, três lances chamaram atenção: aos 15 minutos, Renato quase marcou, após um cruzamento de Cláudio. Belo esteve para inaugurar o marcador aos 21 minutos e Marcelo foi severamente advertido por Heveraldo Prevot aos 40 minutos. O zero a zero foi justo e o nível técnico não poderia ter sido melhor.

Segundo tempo

Tudo como no primeiro tempo, dois quadros nervosos e o Espanhol mais desembaraçado. Houve lances primorosos no meio de campo e num de seus contra-ataques o Espanhol avançou pela esquerda, com César correndo pela lateral. Recebeu lançamento de Marcelo e correu pela ponta-esquerda para cruzar. Foi batido por Aílton, ambos caíram, mas o ponteiro foi mais rápido e levantou-se e jogou a bola na porta do gol. Camundongo saiu mal, Paulão quis socorrê-lo e abandonou a meta. Renato estava no lance e meio inclinado mandou para as redes. César e Renato receberam os cumprimentos dos companheiros: Espanhol 1 a 0.

Tira não esfriou

Quando se pensava que o Tiradentes esfriaria com aquele gol, eis que seus jogadores dobraram seus esforços. Agora, não para marcar um gol e sim dois. O time cresceu e com isso quem pagou caro foi a defesa do Espanhol. Só Cantareira tirou uma dez bolas super perigosas de seu arco, Paulo César, Artur e Tainha se multiplicaram. Não fosse o grande auxilio de Marcelo, Gutinho e Marquinhos e o resultado teria sido outro.

Um pouco tarde

O pior veio depois, Nilson Lamparina, precisando dar maior agressividade ao ataque, colocou Popeye no lugar de Domingos, deslocando Belo (aquela altura mal) para a ponta-direita, passando Evandro para a esquerda e momentos depois pôs Marrom no lugar de Melo. Essas modificações aumentaram o poderio ofensivo do Tiradentes, tanto que houve pânico de dez minutos na defesa amarela. Se o time não sofreu gol de empate, agradeça a Cantareira em primeiro lugar.

Depois aos demais elementos da zaga e ainda ao meio de campo que passou a tirar bola de dentro do gol. Tivesse Nilson Lamparina procedido as alterações aos 20 minutos e não aos 35 minutos, talvez domingo tivesse outro jogo, na pior das hipóteses. Juarez usou a cabeça; pôs Benedito no lugar de Cláudio, no momento “H”.

Todo mundo bem

Vinte e cinco jogadores tiveram grande atuação. Apenas o trabalho de alguns estiveram em maior evidência como Marcelo, Gutinho, César, Cantareira (o melhor de todos), pelo Espanhol e Paulão, que depois se redimiu, Micinho, Evandro e Souza pelo Tiradentes.

Espanhol e Tiradentes dificilmente repetirão a excelente atuação de domingo. O Espanhol ganhou o Tri e o título de campeão do IV Centenário, graças ao oportunismo de Renato, e o Tiradentes perdeu o título por causa de infelicidade de Camundongo e Paulão.

 

Classificação Final

1º Espanhol 1 ponto perdido (pp);

2º Tiradentes 3 pp;

2º Flamenguinho 3 pp;

4º Fluminense 5 pp.

ESPANHOL (RJ)

1

X

0

TIRADENTES (RJ)

LOCAL:

Estádio Assad Abdala, na Rua Dr. March, no Barreto, em Niterói/RJ

CARÁTER:

Final do Campeonato Citadino de Niterói de 1973

DATA:

Domingo, dia 30 de Setembro de 1973

RENDA:

Cr$ 3.318,00 (Recorde)

ÁRBITRO:

Heraldo Prevot (DNF)

AUXILIARES:

Sílvio Silva (DNF) e Aílson Oliveira (DNF)

ESPANHOL:

Carlos; Artur, Paulo César, Cantareira e Tainha; Marcelo, Gutinho e Marquinhos; Cláudio (Benedito), Renato e César. Técnico: Juarez

TIRADENTES:

Paulão; Aílton, Camundongo, Conrado e Pelé; Micinho, Melo (Marrom) e Evandro; Domingos (Popeye), Belo e Souza. Técnico: Nilson Lamparina

GOL:

Renato aos sete minutos (Espanhol), do 2º Tempo.

 FONTE: Jornal O Fluminense


Riachuelo Atlético Clube – Niterói (RJ): História da Fundação de 1973

O Riachuelo Atlético Clube é uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). A sua Sede fica na Rua Dr. Mario Viana, 576 – Bairro de Santa Rosa, em Niterói. Fundado no sábado, do dia 13 de Janeiro de 1973. Na sua primeira temporada o Riachuelo realizou 22 jogos, com 14 vitórias, dois empates e seis derrotas.  A 1ª Sede ficava na Rua Martins Torres, em Santa Rosa.

Em 1974, se filiou no Departamento Niteroiense de Futebol (DNF), a fim de disputar os certames do Pingo de Gente (nomenclatura da categoria Infantil) e Infanto-Juvenil.

História da Fundação

Segundo o 1º Presidente da agremiação, Polidoro Fontenelle o Riachuelo foi forjado numa mesa de bar, na mercearia do jovem português Antônio Abreu, situado na Rua Martins Torres, com a Travessa Martins Torres, no Bairro de Santa Rosa.

Entre cervejas, drinques e inspirações que sempre rodeiam tais ambientes. Um grupo formado Antonio Elias Pinto, Duilzio Martins Borges, Nelson Oliveira, José Lucena, Nelson Lima, Hélio Magalhães, José Teixeira, Milton de Souza, Jorge Foças, José Bichacra e o próprio Polidoro.

A fundação deve-se a pressão da garotada que sem praça de esportes para se divertir, punha em pânico os moradores locais com suas “peladas” que causavam prejuízos diversos. Os que não aceitavam os prejuízos, tomavam providências severas como chamada da Polícia; rasgar a bola que caiam nas áreas residenciais e até a aquisição de cães policiais como repressão.

O combate acintoso, motivou o movimento de solidariedade dos adultos que gostavam de futebol  e daí para a formação de um clube foi só questão de tempo. A entidade conta com duas equipes que realizam jogos aos sábados e domingos, no campo do Atlético Futebol Clube, em Pendotiba.

Metas

O presidente Poli (Polidoro Fontenelle) já está na fase final da documentação que possibilitará a filiação do clube no DNF e demais órgãos exigidos por lei. Nesse particular, conta com  ajuda substancial de Paulo Newton de Moraes que no passado formaram uma grande “dobradinha” no futebol da cidade.

Paulo e Poli têm um passado brilhante e inteiramente dedicado ao nosso futebol. UM, no Fonseca Atlético Clube onde PD foi presidente por largo período e o outro, em várias agremiações da cidade de Niterói como: Humaitá, Fonseca, Manufatora, etc. Depois da filiação o Riachuelo partirá para uma melhor infraestrutura que possibilitará marcar a sua presença no cenário esportivo fluminense. Para tanto, pois conta em sua diretoria com os seguintes auxiliares:

Presidente – Polidoro Fontenelle;         

Vice-Presidente – Luís Paulo Moreira;

Secretários – Antônio Elias Pinto e Duilzio Martins Borges;

Tesoureiro – Nelson de Oliveira e Décio de Oliveira;

Diretor Social – José Lucena;

Diretor de Esportes – Milton de Souza;

Diretor de Patrimônio – Marcos Antônio de Azevedo;

Diretor de Futebol – Sebastião Mendonça;

Diretor do Departamento Feminino – Hélio Magalhães;  

Técnico do Infanto-Juvenil – Mendonça;

Técnico do Pingo de Gente – Lima.

 

FONTE: Jornal O Fluminense

FOTOS: O Fluminense – Página do clube no Faebook