Arquivo do Autor: Toninho Sereno

Esporte Clube Santa Cruz, de Guaianases – São Paulo (SP)

OS MATHEUS – O IMPÉRIO DAS PEDRAS

No início do século 20, uma família de imigrantes europeus, natural de Toro, província próxima a Samora, na Espanha, chegou ao Brasil, trazendo consigo um grande conhecimento na extração de pedras.

O chefe da família, Luís Matheus, viera para o Brasil para trabalhar na construção da Catedral da Sé, em São Paulo.

Na época, o pedregulho de rio era usado na construção civil e as sobras ou lascas eram consideradas refugos, sem valor comercial. Com auxílio dos húngaros, que durante a noite quebravam as sobras de pedras, a Pedreira Irmãos Matheus tornou-se a pioneira na britagem de pedras.

Concluído seu trabalho, já tendo se apegado às terras brasileiras, os Matheus arrendaram uma mina de pedra na região de Ribeirão Pires, montando seu primeiro negócio: uma fábrica de guias e paralelepípedos, que eram usados na pavimentação de São Paulo. Algum tempo depois, adquiriram uma pedreira em no bairro de Guaianases.

No final dos anos quarenta, quando se iniciou a grande expansão da cidade de São Paulo, com o crescimento acelerado da indústria, o pedregulho de rio não era mais suficiente para suprir a demanda do mercado. Isso deu início ao uso de brita na fabricação do concreto.

A partir daí, Izidoro Matheus teve participação decisiva nos negócios.

A produção de brita em larga escala veio com a construção de um ramal da linha da estrada de ferro Central do Brasil, até dentro das pedreiras em Guaianases, devido ao grande consumo do material para a manutenção das suas linhas.

Os irmãos Vicente Matheus e Izidoro Matheus tinham paixão pelo futebol.

O ESPORTE CLUBE SANTA CRUZ DE GUAIANASES

Na quinta-feira, do dia 7 de setembro de 1950, Izidoro Matheus fundou o Esporte Clube Santa Cruz. Dessa forma, homenageava também a padroeira Santa Cruz, cuja igreja se situa no centro do bairro.

Time de várzea mais popular da cidade de São Paulo e com maior torcida e poder econômico da época, o time contou com muitos jogadores que jogavam em times profissionais.

Uma formação nos 60

Ficou conhecido como o Galo da Central, por causa da estrada de ferro Central do Brasil, na época um dos principais meios de transporte que servia o bairro.

Nos jogos do time, mais de trinta caminhões da pedreira eram disponibilizados para levar a torcida. Todos saiam lotados do bairro de Guaianases.

A Pedreira Irmãos Matheus teve a sua frente Luiz Matheus, Antonio Matheus, Ademir Matheus, Vicente Matheus (ex-presidente do SC Corinthians Paulista) e Izidoro Matheus (fundador do EC Santa Cruz de Guaianases.

O Esporte Clube Santa Cruz foi o maior clube de Guaianases e não era só futebol. Festas, formaturas e os bailes de carnaval eram memoráveis. Nos anos 70, o espaço do clube passou ser usado como pelo “Cine Tupy”.

Nos no início dos anos 80, interrompeu definitivamente suas funções devido desapropriação do prédio que foi demolido para construção do viaduto de Guaianases. Nessa época, o Esporte Clube Santa Cruz também encerrou suas atividades. 

Isidoro Matheus

Isidoro Matheus faleceu em São Paulo, na sexta-feira, do dia 30 de setembro de 1994, aos 77 anos de idade.

Filho de Luiz Matheus e Mangloria Valle Matheus, ambos imigrantes espanhóis, Isidoro, assim como seu irmão, atuou no setor de mineração, pavimentação e construção civil a partir da década de 40, tendo trabalhado em diversas empresas, entre elas a Pedreira São Matheus e Lageado S/A, Empresa Britadora Santa Isabel, Termaco Terraplenagem e Pavimentação S/A e Pavimentadora e Construtora São Luiz S/A, entre outras.

Em 2008, por iniciativa do vereador Gilson Barreto, do PSDB, uma rua foi batizada com o nome de Isidoro Matheus, na Vila Maria, zona norte de São Paulo.

FONTES: Meu acervo – Revista Guaianases City – As pedreiras de Guaianases

Foto rara: Centro Sportivo Alagoano – C.S.A. – Maceió – Campeão alagoano do ano de 1974

Centro Sportivo Alagoano – C.S.A. – Maceió

Em pé, da esquerda para a direita: Espinosa, Dida, Valmir, Ricardo, Tadeu e Maurício.

Agachados, na mesma ordem: Jorge Siri, Valdecir, Djair, Soareste e Ênio.

Fonte: revista Placar

São Paulo Futebol Clube (São Paulo-SP) – vestiu azul e foi campeão do Torneio Colombino, na Espanha em 24 de agosto de 1969

Em pé, da esquerda para a direita: Cláudio Deodato, Roberto Dias, Benê, Edson Cegonha, Jurandir e Picasso.

Agachados, na mesma ordem: Miruca, Terto, Babá, Nenê e Paraná.

No dia 24 de agosto de 1969, há 49 anos atrás, o São Paulo Futebol Clube venceu o espanhol Real Madrid e conquistou o Troféu Colombino, tradicional competição europeia de pré-temporada, com gols de Bené e Babá.

Entretanto, o mais curioso foi, que nessa partida, o São Paulo atuou com um uniforme todo azul, emprestado por um time local.

O torneio começou um dia antes, 23 de agosto, em Huelva, na Espanha. Na estréia (semifinal), o São Paulo venceu o Las Palmas por 3 a 2, com gols de Zé Roberto, Babá e Nelsinho.

A decisão, na noite seguinte, se deu contra o time da capital espanhola, que na rodada inicial superou o Anderlecht , da Bélgica, por 2 a 1.

O Tricolor entrou em campo todo de azul. Ainda que se diga que foi uma homenagem ao Recreativo do Huelva, anfitrião do evento e clube de futebol mais antigo da Espanha, o mais provável é que o São Paulo tenha atuado assim por ausência do segundo uniforme do clube, o listado, visto que enfrentaria o Real Madrid, tradicionalmente de vestes brancas.

O jogo começou favorável aos adversários. Logo aos sete minutos da etapa inicial, o árbitro marcou um pênalti contra os são-paulinos. Gento mandou para as redes e abriu  o placar. O Tricolor não esmoreceu e partiu para o ataque, pressionando os espanhóis. O resultado chegou ainda no primeiro tempo, aos 32 minutos: rebatida da zaga e a bola sobrou para Benê, de fora da área, pegar o rebote e chutar forte e rasteiro para o gol, empatando o jogo.

Nos 45 minutos finais só deu São Paulo. Aos 15 minutos, Paraná foi derrubado na grande área, em lance semelhante ao pênalti marcado no primeiro tempo, mas o juiz, dessa vez, nada anotou. Apesar de todas as investidas são-paulinas, o tento da virada só aconteceu aos 41 minutos. Paraná, pela esquerda, cruzou para a área e Babá, que já havia perdido duas grandes oportunidades, cabeceou certeiro para o fundo do gol.

Nos acréscimos, o Tricolor ainda marcou o terceiro gol, com Téia, mas o árbitro havia “encerrado” o jogo momentos antes.

Não importava o resultado, o São Paulo FC sagrou-se campeão do Troféu Colombino e recebeu um magnífico e famoso troféu “A Caravela de Colombo”.

São Paulo FC 2 x 1 Real Madrid

Data: 24 de agosto de 1969.

Troféu Colombino 1969

Local: Huelva (Espanha), Estádio Huelva

Público – 25.000 pagantes

Árbitro: Ortiz de Mendibil (Espanha)

SPFC: Picasso; Cláudio Deodato, Jurandir, Roberto Dias e Édson Cegonha (Tenente); Nenê e Benê; Miruca, Nelsinho, Babá (Téia) e Paraná. Técnico: Diede Lameiro

Gols: Benê (32 do 1º) e Babá (41 do 2º) (SPFC) e Francisco Gento (7 do 1º) (RM)
Real Madrid: Antonio Betancort; Antonio Calpe (Gregório Benito), Pedro De Felipe e Manuel Sanchís; Sánchez Pirri (José Luis) e Ignacio Zoco; Fleitas, Amancio Varela, Ramón Grosso, Manuel Velázquez e Francisco Gento. Técnico: Miguel Muñoz Mozún

 

Fonte: site do São Paulo Futebol Clube

Foto rara: Cruzeiro Esporte Clube – Belo Horizonte (MG) – tetracampeão mineiro em 1972/73/74/75

Cruzeiro Esporte Clube – Belo Horizonte (MG) – tetracampeão mineiro em 1972-73-74-75

Em pé, da esquerda para a direita: Darci, Nelinho, Moraes, Zé Carlos, Raul e Vanderlei.

Agachados, na mesma ordem: Roberto Batata, Eduardo, Jairzinho, Palhinha e Joãozinho

 

FONTE: Revista Placar

Foto rara: Sampaio Corrêa Futebol Clube – São Luís (MA) – campeão maranhense de 1975 (MA)

Sampaio Corrêa Futebol Clube – São Luís (MA) – campeão maranhense de 1975

Em pé, da esquerda para a direita: técnico Rinaldi Maia, Assis, Sérgio, Célio Rodrigues, Toninho, Brito, Crésio, Paulo Espanha e Sousa Lima.

Segunda fila, na mesma ordem: Mano, Edmilson Leite, Marcos, Airton e Elieser.

Terceira fila, na mesma ordem: auxiliar técnico Ananias, Aci, Mimi, Zimbinha, Garrincha e Patrocinio.

 

FONTE: Revista Placar