Em partida realizada no Estádio Caio Martins, em Niterói, a Seleção Brasileira Olímpica e Centro Recreativo Espanhol empataram pelo placar de 2 a 2. Paulinho e Vagner marcaram para aos espanhóis, enquanto Zé Carlos assinalou os dois tentos para a seleção canarinho.
O Sr. Antônio do Passo viu o jogo e o prefeito de Niterói, Sr. Ivan Fernandes de Barros (governou de 7 de janeiro de 1972 a 15 de março de 1975), deu o pontapé inicial da partida que foi fraca tecnicamente.
O Espanhol chegou a dominar os primeiros 30 minutos e depois foi vencido pelo melhor preparo físico dos comandados por Antoninho. A defesa do Espanhol bobeou no primeiro gol do Brasil e no segundo houve um cochilo da direção por causa da substituição de Paulo César.
Mesmo assim o campeão da cidade continuou invicto contra equipe de fora. O jogo por um triz, não seria realizado porque o Sr. Tomás Leite Ribeiro, do Departamento de Educação Física não gostou da maneira com que Tito Jacomini, supervisor do Espanhol solicitou o campo. A discussão ocupou boa parte da tarde. Quem sofreu mesmo foi o grande público de Jurujuba que não pode ver a sua equipe no primeiro encontro da noite.
O Jogo
O Espanhol foi melhor até os 30 minutos da fase inicial. Tocou a bola como manda o figurino, com Wilsinho fazendo exibição primorosa no meio de campo. Os olímpicos procuraram também tocar à bola, com algumas peças querendo aparecer. Houve muito cuidado para que nenhum olímpico se contundisse. Mas a primeira grande chance da noite foi da seleção brasileira: Gilvan pegou a bola, passou com quis por Paulo César e cruzou da linha de fundo.
Cantareira e Osmar não subiram e Zé Carlos, do selecionado, obrigou Paulão a fazer uma defesa sensacional. O gol do Espanhol veio pouco depois. Marcelo esticou para Paulinho no bico da grande área, pelo lado esquerdo. O cantorriense atirou violentamente, sem defesa para Vitor. Espanhol 1 a 0.
Com o decorrer do tempo, os olímpicos apareceram mais. Zé Carlos, num lance de muito oportunismo, foi entrando pelo setor onde se encontrava mais Paulo César, depois de haver recebido excelente passe de Gilvan. O negão olímpico chutou e Alfredo largou, e no chuta-chuta, a bola voltou a Zé Carlos que marcou o primeiro gol. Brasil 1 a 1.
Logo depois Zé Carlos, novamente, voltou a marcar com auxílio da defesa espanhola que não se mexeu para evitar o gol. Brasil 2 a 1.
Para o segundo tempo, o Espanhol voltou com Wilsinho mais adiantado e o time melhorou um pouco. Os olímpicos, entretanto, já haviam melhorado, tanto que dominaram nos minutos finais. Coube a Vagner a empatar o jogo, num trabalho todo de Renato. O louro de São Domingos cabeceou um cruzamento vindo da direita e Vagner só teve o trabalho de completar o lance. Seria gol de qualquer forma. Espanhol 2 a 2.
C.R. ESPANHOL (RJ) |
2 |
X |
2 |
SELEÇÃO BRASILEIRA OLÍMPICA |
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LOCAL: |
Estádio Caio Martins, em Niterói/RJ |
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CARÁTER: |
Amistoso Internacional |
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DATA: |
Sábado, dia 17 de Março de 1972 |
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ÁRBITRO: |
Beethoven Neves (DNF) |
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AUXILIARES: |
Heraldo Prevot (DNF) e Aílson Oliveira (DNF) |
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C.R. ESPANHOL: |
Paulão (Alfredo); Artur, Osmar, Cantareira e Paulo César (Irineu); Wilsinho, Marcelo e Cláudio; Vagner, Renato e Paulinho. Técnico: Juarez |
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SELEÇÃO BRASILEIRA: |
Vitor (Cantarelli); Mangabeira, Piscina (Márcio), Levi e Tereso; Falcão, Carlos Alberto Pintinho (Gilberto), Bolívar (Tuca); Gilmar, Zé Carlos (Washington) e Manoel. Técnico: Antoninho |
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GOLS: |
Paulinho (Espanhol); Zé Carlos, duas vezes (Seleção Brasileira Olímpica), no 1° Tempo. Vagner (Espanhol), no 2° Tempo. |
FONTE: Jornal O Fluminense