ZICO, Ponta-de-lança – Rio de Janeiro (RJ) 03.03.1953

Em uma pesquisa realizada (novembro de 2006) pelo jornal italiano La Repubblica, sobre os maiores jogadores brasileiros na Itália, Zico aparece em primeiro. A pesquisa apontou os dez brasileiros que mais marcaram o futebol do país, são eles: Zico, Falcão, Kaká, Careca, Júnior, Ronaldo, Cerezo, Aldair, Cafu e Emerson.

ZICO
Arthur Antunes Coimbra – Ponta-de-lança – Rio de Janeiro (RJ) 03.03.1953
Extrema habilidade, excelente visão de jogo, inteligência acima do comum e dribles espetaculares eram apenas algumas das características que formavam seu futebol de sonhos. Era um artilheiro nato e um gênio em cobranças de faltas.

Jogava no meio-campo avançado , mas chegava ao gol com grande qualidade parar marcar gols. Tinha classe, categoria e técnica que o fizeram um dos melhores e mais completos jogadores de futebol da história.

O apelido de Zico surgiu na infância, como uma corruptela de “Arthurzinho” e “Arthurzico”. Veio de uma família apaixonada por futebol e pelo Flamengo. Seu pai, seu Antunes, quase chegou a ser goleiro profissional. Dois de seus irmãos mais velhos, Antunes e Edu, foram jogadores profissionais destacados. Passaram para a história apenas como “irmãos de Zico”, injustamente. Era em Antunes que ele tinha sua maior influência e era seu principal modelo.
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Faltava nas aulas para acompanhar a jogos do irmão. Seu maior e único ídolo no futebol foi, entretanto, o atacante Dida, principal jogador do Flamengo durante toda sua infância. Começou no Flamengo aos 13 e tornou-se o maior jogador da história do clube. Estreou nos profissionais aos 18 anos e com o clube ganhou cinco títulos cariocas, quatro brasileiros, um sul-americano e um Mundial Interclubes. É o maior goleador da história do rubro-negro – superando seu ídolo Dida- com 508 gols em 731 jogos. Foi artilheiro em cinco campeonatos cariocas. Em toda sua carreira, marcou mais de 800 gols.

É, além de maior artilheiro da história do Flamengo, o maior artilheiro do Rio de Janeiro e do Maracanã. Era conhecido também como “Galinho de Quintino”, em referência ao bairro aonde morou em sua infância. Seu início no futebol foi muito difícil. Ninguém negava sua qualidade, mas era muito criticado por ser muito pequeno. Era franzino e fraco fisicamente, perdendo muitas jogadas por causa disso. Com a ajuda da direção do Flamengo, passou a fazer um tratamento para ganhar massa muscular. Tomava vitaminas e hormônios, fazia musculação diariamente e treinava mais que os outros garotos. O resultado foi que ficou mais forte fisicamente e pôde vencer no Flamengo e no futebol. Foi sem dúvidas o responsável pela projeção nacional e internacional do clube carioca e levava legiões de fãs aos estádios.

Faz parte da Seleção do Flamengo de todos os tempos e foi votado como um dos 10 maiores gênios do futebol brasileiro. Representa a vitória da dedicação, do esforço, do profissionalismo e do talento. Sempre foi totalmente dedicado à sua profissão e um exemplo de jogador. Aos 18 anos foi convocado para a Seleção Brasileira de Juniores e cinco anos mais tarde fazia sua estréia na profissional. Disputou as Copas de 78, 82 e 86. Ficou marcado por ter perdido um pênalti que podia ter dado a vitória ao Brasil contra a França, em 86, mas nunca se abalou com isso. Marcou 68 gols em 94 jogos pela Seleção, ficando atrás apenas de Pelé.
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Em 81 conquistou os dois maiores títulos da história do Flamengo: a Libertadores da América e o Mundial Interclubes, sendo o principal jogador do time. Em 83 foi negociado com o futebol italiano e jogou por quase dois anos na Udinese. Foi vice-artilheiro do campeonato italiano jogando por um clube mediano, atrás apenas de Platini, que jogou 6 partidas a mais defendendo a fortíssima Juventus. Entretanto, Zico foi eleito o melhor jogador da competição. Em 85 voltou ao Brasil e ao Flamengo e passou por um dos períodos mais difíceis em sua carreira.

Sofreu uma entrava violentíssima do lateral Márcio Nunes, do Bangu, que atingiu em cheio seu joelho esquerdo. Passou por várias operações e foi desacreditado por muitos, mas conseguiu voltar ao futebol. Encerrou a carreira em 90, jogando pelo Flamengo. No mesmo ano, assumiu a Secretaria Nacional dos Esportes, fazendo parte do governo Collor. Seu projeto mais famoso foi a “Lei Zico”, que criou vários dispositivos que mudaram o futebol brasileiro. No ano seguinte, voltou ao futebol, dessa vez para iniciar um ambicioso projeto no Japão. Tornou-se técnico e jogador do Sumimoto, que depois passaria a se chamar Kashima Antlers. Zico foi o principal responsável pela implantação do futebol no Japão e até hoje é um dos maiores ídolos do país. Encerrou definitivamente a carreira em 94, jogando pelo Kashima contra o Flamengo.

Voltou ao Brasil e fundou seu próprio clube, o CFZ Rio de Janeiro. Em 98 foi chamado a fazer parte da comissão técnica da Seleção Brasileira que ia a Copa do Mundo. Foi o diretor técnico da Seleção, que conquistou o vice-campeonato. Inspirou a toda uma geração nascida depois de 70, que tem em Zico seu maior ídolos.

DEPOIMENTOS E FRASES SOBRE ZICO
Vários jogadores brasileiros, como Raí e estrangeiros, como Roberto Baggio, afirmam terem tido em Zico sua maior fonte de inspiração e admiração. Escreveu uma autobiografia (Zico conta sua história) e foi motivo de inúmeros filmes, livros, documentários, análises, crônicas e homenagens. A torcida do Flamengo até hoje reverencia seu maior craque e espera que um dia ele possa se tornar presidente do clube.

“Como no Brasil nós gostamos de arrumar um culpado, essas coisas negativas marcam muito. Você faz 300 gols de pênalti, perde um e é esse que marca.”
(Zico, sobre o pênalti que perdeu em 86, contra a França)

“Louvemos o poeta Zico, que jogava futebol como se a bola fosse uma rosa entreaberta a seus pés.”
(Armando Nogueira, jornalista e escritor)

“Aquela armação de meio campo foi perfeita”
(Zico, sobre o quadrado mágico Falcão, Cerezo, Sócrates, Zico)

“Romário pensa que é o rei da cocada preta. O que esperar de um cara que se acha Deus?”
(Arthur Antunes Coimbra – Zico)

“Quando eu jogava de goleiro, não admitia sofrer gols de falta. Zico não iria fazer esses gols em mim.”
(Seu Antunes, pai de Zico)

“Zico é mais completo do que eu. Além de artilheiro, arma as jogadas, cria oportunidades para os companheiros, dá gols para todos eles. Ah, se eu tivesse a firmeza do chute de Zico, nem sei o que teria feito no futebol…”
(Dida, ex-jogador da Seleção Brasileira e maior artilheiro do Flamengo antes de Zico)

“Tenho dito e repetido que Zico é o maior jogador do mundo. Há os que negam, cegos pelo óbvio ululante. Mas, se a evidência quer dizer alguma coisa, não cabe dúvida, nem sofisma.”
(Nelson Rodrigues, jornalista, escritor e dramaturgo, sobre Zico)

“Ele mudou a história do clube. Existem dois Flamengos: antes e depois de Zico.”
(George Helal, ex-diretor do Flamengo, sobre Zico)

“Porém, meu adeus será colorido de gratidão por poder dizer de boca cheia, como tantos: Eu vi o Zico jogar.”
(Francisco Horta, ex-presidente do Fluminense, na despedida de Zico)

“Adeus, Zico. Nós, vascaínos, tricolores, botafoguenses, etc., dormiremos mais tranqüilos sabendo que uma falta cometida nas proximidades de nossa área não será tão perigosa assim. Que não teremos de enfrentar seus dribles, seus lançamentos, suas soluções inteligentíssimas para as jogadas mais difíceis, a sua movimentação que o levava, em frações de segundo, da intermediária à porta do gol e aos gritos de ‘Zico! Zico! Zico!’ quando você fazia uma das suas e chutava aquelas bolas que tocavam na rede e batiam em cheio em nossos corações. Em compensação, nós, que tanto amamos nossos clubes quanto o futebol, estaremos com as nossas tardes de domingo mais pobres. E aí, veja que ironia, teremos saudades de você.”
(Sérgio Cabral, escritor, jornalista e torcedor do Vasco, na despedida de Zico)

“O Zico é um jogador completo. Tem uma extraordinária visão de jogo, uma habilidade fantástica e um toque de bola que eu invejo.”
(Roberto Dinamite, ex-atacante da Seleção Brasileira)

“Zico é ao mesmo tempo sofisticado e simples, pois até seu drible mais espetacular ou o seu passe de maior efeito tem como objetivo único o caminho mais curto em direção ao gol. Zico consegue ser artilheiro sendo ao mesmo tempo um criador de jogadas e de gols para os companheiros.”
(Fernando Calazans, jornalista esportivo)

“Foi o maior exemplo de jogador para as gerações futuras.”
(Zagallo, ex-jogador e técnico da Seleção Brasileira, sobre Zico)

“Ao longo desses 100 anos sem a menor dúvida Zico foi a figura mais expressiva do mais importante e popular clube do país. Quem é rubro-negro sabe: ninguém deu mais alegrias a esta nação que Zico. Em termos de Flamengo todo mundo sabe: ZICO é princípio, meio e fim.”
(Kléber Leite, ex-radialista e ex-presidente do Flamengo)

“Eu pude ter uma casa com piscina, com conforto, tudo graças ao Zico, ao Flamengo…. Nunca tive oportunidade de agradecer, e hoje tenho: obrigado Zico, obrigado Flamengo.”
(Mozer, ex-jogador da Seleção Brasileira e do Flamengo)

“Depois de Pelé, Zico foi o maior.”
(Rummenigge, ex-jogador da Seleção Alemã)

“Eu tive o privilégio de participar do mesmo time que o Zico participou… Tudo que se fala do Zico, toda homenagem que é prestada a ele, é pouco pelo que ele merece.”
(Leandro, ex-jogador da Seleção Brasileira e do Flamengo)

“Gol é uma explosão de alegria, um desabafo de nossa alma, o resultado final de um árduo trabalho de aplicação.”
(Zico, ex-jogador da Seleção Brasileira e do Flamengo)

“Realmente na minha veia corre sangue vermelho e preto.”
(Zico, ex-jogador da Seleção Brasileira e do Flamengo, sobre seu amor pelo Fla)

“Gérson e Zico foram os maiores jogadores que o futebol carioca produziu depois dos anos 50. Olhando para um, vejo o Jair Rosa Pinto. Para outro, Zizinho.”
(Ademir de Menezes, ex-jogador da Seleção Brasileira)

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www.wikipedia
http://www.geocities.com/RodeoDrive/4510/fotos.htm

“Não quero saber por onde anda” – Jogadores do Corinthians

O GLOBOESPORTE.COM lançou a seção “Não quero saber por onde anda”, com alguns micos que fracassaram nos clubes brasileiros. Lembra daquele zagueiro que deu aquela entregada no jogo em que o seu time perdeu o título? Lembra daquele atacante que não acertava o gol mesmo sem goleiro? Lembra daquele volante que não passava dois jogos sem fazer um pênalti? E daquele outro, que adorava fazer gols…contra? Lembra? Não? Quer saber deles? Não!!!

Será este o espírito. Foram selecionados três candidatos, contando um pouco da carreira do jogador e das lambanças que ele aprontou. O vencedor da enquete, é claro, você não vai saber por onde anda…

NÃO QUERO SABER POR ONDE ANDA , Corinthians: Roger, Fininho ou Gustavo? Qual deles o corintiano faz questão de esquecer? Qual deles merece aquela frase “não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe”? Veja abaixo o perfil dos concorrentes e clique aqui para fazer a sua escolha.

ROGER – Em 2003, o lateral-esquerdo virou símbolo de mais uma eliminação da Libertadores. Na ocasião, o Timão, melhor campanha da fase de grupos, teve o River Plate (ARG) como adversário nas oitavas-de-final. A derrota de 2 a 1, em Buenos Aires, não desanimou os corintianos, que confiavam na virada na volta. Mas o Morumbi, com 66.666 torcedores, foi palco de um desastre que começou no primeiro tempo. Confuso, Roger obedeceu à risca aos gritos de “pega, pega” do técnico Geninho, deu entrada dura em D´Alessandro e recebeu cartão vermelho antes do intervalo. Com o placar empatado em 1 a 1, o Timão se descontrolou, tomou mais um gol, teve outro atleta expulso e foi eliminado.

FININHO – O lateral-esquerdo saiu do Corinthians para não deixar saudade. Depois de colecionar atuações desastrosas, seu ponto alto – ou melhor, baixo – foi numa partida em que o Timão venceu o Sampaio Correa por 3 a 0, no Pacaembu, em confronto válido pela segunda fase da Copa do Brasil de 2005. Mesmo com a vitória do Corinthians, Fininho abusou. Ao ser substituído por Coelho, o ala deixou o campo vaiado pela torcida. Irritado, respondeu aos torcedores com gestos obscenos. Mesmo fora de campo, foi expulso pelo árbitro.

GUSTAVO – Talvez um dos últimos grandes micos do Parque São Jorge. O zagueiro, que chegou a ser campeão brasileiro pelo Atlético Paranaense em 2001, não deixará saudade no Corinthians. Alto e lento, Gustavo foi muito mais xingado que elogiado pelos corintianos. O defensor até chegou a fazer gols, mas fazia a favor e contra, como ocorreu no empate de 1 a 1 com o Pirambu, na primeira fase da Copa do Brasil deste ano: em quatro minutos, ele abriu o placar – para o adversário – e depois empatou.

0 SITE APRESENTOU A PERGUNTA:QUAL DESSES JOGADORES VOCÊ FAZ QUESTÃO DE ESQUECER? VOTE AQUI!

Qual ex-jogador do Timão você não quer saber por onde anda? Após colocar o código no quadrinho apresentado, vejam a votação dos internautas:
O lateral-esquerdo Roger: aquele do “pega, pega, pega…” na eliminação da Libertadores-2003;
25.4%
O também lateral-esquerdo Fininho: aquele que, após uma série de trapalhadas, fez gestos obscenos à torcida;
32.83%
O zagueiro Gustavo: aquele que, na última Copa do Brasil, fez um gol a favor e um outro diante do Pirambu.
41.77%

Temporada Internacional do Atlanta!!!

A vinda do Atlanta à nossa càpital teve a responsabilida de da Confederação Brasileira de Desportos, que para aqui mandou, precedendo à delegação argentina, o dirigente Irineu Chaves para tomar as providências, junto à Federação, referente à hospedagem, preço dos ingressos, árbitro, campo e adversários.

A embaixada estrangeira chegou a Recife a 27 de janeiro de 1937, viajando pelo navio “Pará” e estava assim formada:
Chefe – Ernesto Lubet; Médico – Gregório Cupesode; Técnico- Garay; Secretário – Elias Slinin; Jornalista – Isac Slinin e os seguintes jogadores: Herrera, Cargliano, Muna, Ibanez 1, Ibanez II, Bianco, Dei Felice, Valdatti, Speron, Freye, Spitali, Morales, Tornarolli, Irazogui, Martins, Lozano, Perez, Miranda, Cripi e
Lamas.

Os argentinos ficaram hospedados no Hotel Avenida.
A estréia do time portenho foi numa sexta-feira, à noite, no campo da Avenida Malaquias, perante um público bem numeroso. Seu adversário, o Náutico, enxertou o time com jogadores de outros clubes, o que era comum no futebol do passado. Os visitantes foram muito aplaudidos ao entrarem em campo com a bandeira brasileira esticada nas mãos dos seus jogadores. Ao término dos 90 minutos, receberam grande ovação pelo rico futebol que apresentaram.10×6, ao seu favor, foi o resultado da partida, que chegou a ficar empatada em 5×5.
Artur Carvalheira, estrela do Náutico, confirmou todo seu cartaz de artilheiro, assinalando quatro dos seis gols feitos por sua equipe, que esteve numa noite de muita inspiração, só perdendo a partida porque o Atlanta era de fato um time de alta categoria.
Todos os jornais foram unânimes em elogiar a estréia dos argentinos.O Diario de Pernambuco encerrou a crônica da partida, dizendo: “Recife pode ter assistido a um jogo de conjunto superior ao do Atlanta, mas não nos lembramos…”.

Equipes

Náutico – Orlando (Muniz); Fernando e Salsinha; Zé Orlando, Edson e Ernani; Zezé, Artur, Fernando, Bermudes (Sidinho) e Celso (Siduca).

Atlanta – Herrera; Blanco e Ibanez II; ibanez 1, Del Felice e Speron; Freye, Morales, Miranda, Irazogui e Martino.

Manoel Pinto foi o juiz e Alonso Rodrigues o cronometrista.

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Outra goleada

O segundo jogo, contra o Sport, que foi derrotado por 7×2, caracterizou-se pela violência por parte dos jogadores do Sport, que começaram a apelar quando o placar começou a se dilatar. Os argentinos revidaram os pontapés, mas a partida chegou ao seu final sem graves conseqüências. Fernando Carvalheira e Siduca, que reforçaram o time rubro-negro, foram os autores dos tentos do Sport, cujo time alinhou da seguinte maneira: Muniz; Morato (Domingos) e Fernando; Gersomino, Edson e Horácio; Alcides, Ornar, Artur, Marcílio (Fernando) e Siduca.

Harry Leça foi o árbitro.

Por causa dos incidentes havidos entre brasileiros e argentinos, no Sul-Americano que se realizava e sobre os quais os jornais recifenses deram grande destaque, a Federação houve por bem não consentir a terceira apresentação do Atlanta contra o Tramways, “sem que esta deliberação importe numa desconsideração à distinta delegação argentina que ora hospedamos”, concluía a nota oficial da entidade.

Fonte:Historia do Futebol em PE

São Paulo Madrid, o primeiro estrangeiro a criar uma filial espanhola.


O São Paulo Madrid abre o caminho.

O clube brasileiro de futebol, o primeiro estrangeiro a criar uma filial espanhola.

Por Napoleón Fernandez.

A estratégia do (Real) Madrid e do Barça de expansão internacional de suas marcas na busca de novas fronteiras comerciais tem ganhado adeptos entre outros grandes clubes, o que pode criar competidores forasteiros em um dos principais mercados do futebol: Espanha. E o primeiro grande estrangeiro em o atacar será o São Paulo, brasileiro. A diferença está em que não somente quer difundir seus produtos, mas mais além. Quer competir com os clubes espanhóis. Assim, fará a inscrição do São Paulo Madrid à próxima temporada na Federação Espanhola. Será a primeira filial de um clube de fora nas competições oficiais espanholas.

O presidente do São Paulo Madrid é o economista espanhol Gerardo Aranda, que divide o papel de treinador da equipe com a direção de uma empresa de informática. Explica que a estratégia é inscrever a equipe na categoria regional madrilenha e ascender a cada ano: “Para entrar no futebol espanhol existem duas alternativas. Uma é a compra de ações de um clube profissional, como aconteceu com o Leganés – um desastre. Outra, como a Cidade de Murcia, que ascendeu de uma equipe de bairro à Segunda Divisão em seis anos. Também o Chievo Verona, na Itália, saiu das catacumbas e agora está na Primeira”.

O São Paulo Madrid começou em 2003 em um encontro de negócios entre Aranda, então executivo de uma empresa de sistemas de segurança, e os dirigentes do clube (brasileiro) Édson Lapola e Marcos de Almeida. Os dirigentes paulistas inspecionavam os estádios espanhóis para melhorar a segurança do Morumbi, com capacidade para 80.000 torcedores, e o patrimônio de seu clube. Aranda os convidou a presenciar uma partida entre o Santangelo, um clube amador de sua propriedade que joga a Liga de San Gabriel, a melhor competição privada e amadora de Madrid. Para surpresa de todos, os dirigentes do São Paulo chegaram com um presente, um jogo completo de uniformes. A empatia foi imediata e Aranda disse brincando: “Agora somos o São Paulo Madrid”.

O “sim” dos espanhóis desencadeo os acontecimentos. O Santangelo mudou seu nome para São Paulo Madrid; recebeu 4.300 euros para os pequenos gastos, editou uma pagina da internet (www.saopaulomadrid.com); os jogadores contam com o material esportivo paulista e já possuem um patrocinador com 12.000 euros para se federarem. O departamento de marketing do São Paulo tam´bem criou um jogo de uniformes exclusivos para o São Paulo Madrid, com um escudo com a palavra Madrid substituindo as quatro estrelas que simbolizam as duas Copas Libertadores e os Intercontinentais em 1992 e 1993 (sic).

A história do São Paulo está escrita por futebolistas como Leônidas, Gérson, Careca e Raí.

“O objetivo é ascender uma equipe de bairro, em seis anos, à Segunda Divisão”.

Sua fase mais gloriosa foi o bicampeonato mundial. Em 1992, sob a batuta de Telê Santana, dois gols de Raí desmontaram as ilusões do Barça de Cruyff, Koeman, Laudrup e Stoichkov. em 1993, um magistral Toninho Cerezo e um gol de calcanhar de Müller deram a vitória frente ao Milan de Capello.

“Seremos um clube espanhol com filosofia brasileira”, proclama Aranda, que descarta o desembarque de jogadores brasileiros porque a legislação desportiva proíbe estrangeiros nas divisões inferiores. Por sua vez, Lapola sonha que um dia a marca São Paulo seja tão conhecida como a Seleção Brasileira. Acaba de chegar ao Brasil vindo da China, onde inaugurou o São Paulo Liaoning, outra filial na Segunda Divisão daquele país. Porém neste caso o clube exportou para lá 22 jogadores, o treinador e até o massagista e contará com 11 chineses para ensiná-los em suas instalações esportivas. “Mas isso não acontecerá em Madrid porque não há que se ensinar aos espanhóis como jogar”, reconhece.

www.saopaulomadrid.com.

Associação Cabofriense vai ressucitando

A Associação Atlética, a verdadeira Cabofriense, está ressurgindo das cinzas. O clube da rua 13 de novembro, que tem 52 anos de história, estava abandonado, cheio de dívidas, passando pela pior fase de toda sua história. Mas aos poucos e com muito trabalho pela frente, a diretoria do clube, comandada pelo experiente presidente Almir Carvalho, vem quitando as dívidas e reformando o clube. E o projeto de uma nova Associação, como é carinhosamente chamado o clube, é bastante audacioso.

Mas antes de mexer na sede, tinha que pagar as dívidas. O clube tem três ações no ministério público, e vem pagando uma destas ações em várias parcelas. Tenta um acordo na justiça para as outras duas. Essas ações foram movidas quando o clube alugava suas dependência para bailes funk. Outras dividas vem sendo pagas pela administração.

O quadro social do clube é a menina dos olhos de Almir Carvalho. Depois que terminar a reforma do Ginásio, o salão de festas será todo reformado. Segundo Almir, o clube cobra muito barato em aniversários e casamentos, pois não tem um bom salão. E grande parte da receita do clube vem de aluguéis para festas. Uma reforma completa, modernizando o salão de festas, está nos seus planos. Na parte do bar, outra reforma. Salas com seus determinados departamentos serão criados, organizando a vida no clube.

Atualmente o clube tem um pouco mais de 450 sócios, com 99% destes sendo inadimplentes. O projeto do clube é resgatar estes sócios, adquirir outros, e se manter com suas próprias pernas. Mas para isso, precisa ser atrativo. Para isso, Almir planeja no projeto construir uma piscina, sauna e salão de jogos. Mas segundo ele, isso pode demorar anos.

– Estamos trabalho forte para reerguer a A.A. Cabofriense, que é um patrimônio de Cabo Frio. Quando assumi o clube, ele estava abandonado, cheio de dividas. Estamos pagando tudo, e mesmo assim, tentando reformar nossas dependências. Nosso projeto é muito bom, mas na minha gestão só devo acabar com as reformas no Ginásio e no salão, que nos dá receitas para manter o clube. Outro presidente que entrar terá que dar prosseguimento a esse trabalho que estamos fazendo. Queremos voltar a ser aquele grande clube. E acima de tudo, que os sócios possam pagar e usufruir o clube, coisa que hoje não acontece.

O mesmo caminho de reestruturação e pagamento de dividas que a Associação faz, o Tamoyo vem realizando há mais tempo, com o presidente Ivan Ferreira. Almir cita o presidente do clube co-irmão e é neste exemplo que ele quer levantar novamente a Cabofriense.

– O Ivan levantou o Tamoyo. Está fazendo um grande trabalho lá. E assim como ele está trabalhando bastante lá, estamos fazendo aqui também. Esses dois clubes são a história esportiva na cidade e não podem parar nunca. São os maiores clubes de Cabo Frio.

Parte esportiva não está esquecida
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A Cabofriense sempre foi um ícone no esporte. Futebol amador, futsal, vôlei e basquete, sempre foram motivos de orgulho para o clube. Mas ultimamente o clube não participa de nada. Hoje, existem escolinhas de futsal, ginástica e artes marciais, mas como parcerias.

Segundo Almir, o esporte amador não foi esquecido, apenas o clube não tem dinheiro para bancar. Toda ajuda, segundo Carvalho, será bem vinda.

O presidente sonha em um retorno do clube ao futebol profissional, mas não quer que seja com ele.

– Agora é lógico que é impossível. No futuro quem sabe, pode até ser. Mas certamente não quero que seja enquanto eu for presidente.

Quando o futebol amador de Cabo Frio era forte, a rivalidade entre Tamoyo e Cabofriense era muito grande. Faziam grandes embates no Estádio Barcelão, em Arraial do Cabo, e no Aracy Machado, em Cabo Frio. Chegaram a se enfrentar na 3° divisão do Estado do Rio de Janeiro, no meado dos anos 80. Tudo é lembrado com muito carinho por Almir.

– Que época! Nossa, passa um filme na cabeça. Eram grandes jogos, com os estádios lotados. Os clubes sempre foram rivais nas práticas esportivas. Mas sempre houve respeito e hoje estreitamos os laços. O Tamoyo era o clube da elite, e a Cabofriense do povão.

O presidente sonha em fazer a Cabofriense funcionar a todo vapor, assim como seus sócios e seus torcedores.

Fonte: http://www.najogada.com.br

Um pouco de Nelson Rodrigues no futebol

Nelson criou as personagens, imagens e expressões mais perenes. Por exemplo: o “Sobrenatural de Almeida”, responsável pelo inexplicável no futebol; a “grã-fina de narinas de cadáver”, que, em pleno Maracanã, costumava indagar “quem é a bola?”; o ceguinho tricolor, seu álter-ego; o óbvio ululante; a burrice do vídeo-teipe e dos intelectuais, verdadeiros “idiotas da objetividade” e seres incapazes de cobrar um mísero lateral e muitos outros.

Nelson Rodrigues escreveu para a Manchete Esportiva no período de 1955 a 1959. com o título de ‘O Berro Impresso nas Manchetes’.
Como seriam os comentários de Nelson Rodrigues nos dias de hoje? Será que falaria que estava escrito há 5000 anos nas estrelas a derrota do Flu para a LDU? A falta de encanto do nosso atual futebol faria um Nelson amargurado em seus comentários.

Em algumas crônicas o autor tratava das origens do Flamengo, louvando a raça da camisa rubro-negra. Falava que chegaria o dia em que o Flamengo não precisaria de técnicos, jogadores e técnicos. A sua camisa seria uma bastilha inexpugnável. É nestes momentos que vemos que Nelson conseguia ser simplesmente escritor.

Vamos ser objetivos: Se fosse um boleiro, Nelson Rodrigues certamente cruzaria uma bola para a grande área e jamais a retrocederia como faz alguns de nossos atuais jogadores. Jamais se perderia em firulas desnecessárias. Seria decisivo como a simplicidade do gol de barriga de Renato, dando um título carioca ao Fluminense.

ALGUMAS FRASES ANTOLÓGICAS DE NELSON RODRIGUES

Não há bola no mundo que seja indiferente a Zizinho.

A humilhação de 50, jamais cicatrizada, ainda pinga sangue. Todo escrete tem sua fera. Naquela ocasião, a fera estava do outro lado e chamava-se Obdulio Varela.

Djalma Santos põe, no seu arremesso lateral, toda a paixão de um Cristo negro.

Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos.

Um jogador rigorosamente brasileiro, brasileiro da cabeça aos sapatos. Tinha a fantasia, a improvisação, a molecagem, a sensualidade do nosso craque típico.

Não me venham falar em Di Stéfano, em Puskas, em Sivori, em Suárez. Eis a singela e casta verdade: não chegam aos pés de Pelé. Quando muito, podem engraxar-lhe os sapatos, escovar-lhe o manto.

Um time que tem Pelé é tricampeão nato e hereditário.

O futebol é passional porque é jogado pelo pobre ser humano.

Um Garrincha transcende todos os padrões de julgamento. Estou certo de que o próprio Juízo Final há de sentir-se incompetente para opinar sobre o nosso Mané.

Eu digo: não há no Brasil, não há no mundo ninguém tão terno, ninguém tão passarinho como o Mané.

Associação Atlética Santo Amaro, de Pernambuco, um dos piores times do mundo.

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Fundado em 1 de janeiro de 1950 com o nome de Associação Atlética das Vovozinhas só disputou jogos e torneios amadores até 1965. Em 1966 o clube se profissionalizou para disputar campeonato pernambucano, onde se destacava pelas péssimas campanhas, alternando com o Íbis Sport Club.

Folclore à parte, disputou com o famoso Íbis o rótulo de pior time do mundo por muitos anos. Em 1994, sem dinheiro para manter o elenco profissional, os diretores do Santo Amaro o venderam para uma rede de drogarias denominada Casa Caiada.

O Santo Amaro é lembrado até hoje por uma partida em especial. No dia 07 de abril de 1976, perdeu para o Sport por 14 a 0, com 10 gols de Dadá Maravilha. Com essa marca, o atacante, junto com Tará, do Náutico e Caio, do CSA de Alagoas, tornou-se o maior artilheiro do futebol brasileiro em apenas uma partida.

No entanto, cabe dizer que essa não foi a maior goleada sofrida pelo Santo Amaro. Em 09 de março de 1969, o time havia sido humilhado pelo Santa Cruz por incontestáveis 15 a 2.

O único momento em que o time realmente deu alegrias para a sua torcida ocorreu em 1981, quando chegou ao vice-campeonato da Taça de Bronze, então a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. A decisão foi contra o Olaria, do Rio de Janeiro, treinado pelo saudoso Duque.
SÚMULAS:
No dia 25 de abril, no Estádio Marechal Hermes (Rio de Janeiro), o Santo Amaro perdeu por 4 a 0 para o Olaria, com gols de Chiquinho (13′), Zé Ica (59′) e Leandro duas vezes (68′ e 70′). O árbitro da partida foi o baiano Nei Andrade Maia, e os times entraram com a seguinte escalação – OLARIA: Hilton, Paulo Ramos, Pino, Marcos e Gilmar (Edvaldo), Ricardo, Lulinha e Leandro; Chiquinho, Sérgio Luís (Aurê) e Zé Ica. Técnico: Duque. SANTO AMARO: Pimenta, Lula, Figueiroa, Moacir e Zuza; Rubem Salim, Luís Carlos e Valtinho; Savinho, Fabinho e Eliel. Técnico: Rubem Salem. O jogador Zé Ica, do Olaria, foi expulso.

Na partida de volta, dia 1 de maio, o Santo Amaro venceu por 1 a 0 no Estádio Arruda, com gol de Derivaldo aos 80 minutos de jogo. O árbitro da partida foi o cearense José Leandro Serpa e os times entraram com a seguinte escalação – SANTO AMARO: Pimenta, Lula, Moacir, Figueiroa e Zuza; Eliel, Betuca (Rubem Salim) e Luis Carlos, Savinho, Fabinho e Birino (Derivaldo). Técnico: Rubem Salem. OLARIA: Hilton, Paulo Ramos, Salvador, Mauro e Gilcimar, Ricardo, Lulinha e Orlando; Chiquinho, Aurê (Nunes) e Leandro (Serginho). Técnico: Duque.

Em 1994 seus dirigentes venderam a equipe para uma rede de drogarias chamada Casa Caiada, pois o clube não tinha mais condições de se manter no profissionalismo e passou a ser denominado Recife Futebol Clube e transferiu sua sede para a cidade de Goiana. Hoje é conhecido como Manchete Futebol Clube do Recife, desde 2004.

Por Marcelo Rozenberg
por Wikipedia

Ligas pelo Brasil!!!

Amigos eu vi essa proposta e achei interessante, a criação de Ligas dentro dos estados, que poderiam ser classificatórias para os estaduais em que juntassem clubes de cidades onde existem muitas rivalidades.Acho a ideia excelente para dar uma alternativa aos clubes menores e aumentar o interesse no futebol nestas regiões.Com certeza os estádios iriam lotar.Poderia ser criada até uma 2° divisão, para resgatar clubes tracionais que ficaram pelo profissionalismo.
Um exemplo muito bom foi a “criação” da Liga do Triângulo Mineiro, Copa do Triângulo, qualquer nome desses.

Participariam os seguintes clubes:

Ituiutaba
Uberaba
URT
Araxa
Nacional de Uberaba
Fluminense F. C. Araguari
Araguari AC
Mamoré
Patrocinense
Uberlandia

Quem quiser “viajar’ nessa ideia e criar outras “Ligas’ seria legal para termos uma noção de como seria.