Associação Cabofriense vai ressucitando

A Associação Atlética, a verdadeira Cabofriense, está ressurgindo das cinzas. O clube da rua 13 de novembro, que tem 52 anos de história, estava abandonado, cheio de dívidas, passando pela pior fase de toda sua história. Mas aos poucos e com muito trabalho pela frente, a diretoria do clube, comandada pelo experiente presidente Almir Carvalho, vem quitando as dívidas e reformando o clube. E o projeto de uma nova Associação, como é carinhosamente chamado o clube, é bastante audacioso.

Mas antes de mexer na sede, tinha que pagar as dívidas. O clube tem três ações no ministério público, e vem pagando uma destas ações em várias parcelas. Tenta um acordo na justiça para as outras duas. Essas ações foram movidas quando o clube alugava suas dependência para bailes funk. Outras dividas vem sendo pagas pela administração.

O quadro social do clube é a menina dos olhos de Almir Carvalho. Depois que terminar a reforma do Ginásio, o salão de festas será todo reformado. Segundo Almir, o clube cobra muito barato em aniversários e casamentos, pois não tem um bom salão. E grande parte da receita do clube vem de aluguéis para festas. Uma reforma completa, modernizando o salão de festas, está nos seus planos. Na parte do bar, outra reforma. Salas com seus determinados departamentos serão criados, organizando a vida no clube.

Atualmente o clube tem um pouco mais de 450 sócios, com 99% destes sendo inadimplentes. O projeto do clube é resgatar estes sócios, adquirir outros, e se manter com suas próprias pernas. Mas para isso, precisa ser atrativo. Para isso, Almir planeja no projeto construir uma piscina, sauna e salão de jogos. Mas segundo ele, isso pode demorar anos.

– Estamos trabalho forte para reerguer a A.A. Cabofriense, que é um patrimônio de Cabo Frio. Quando assumi o clube, ele estava abandonado, cheio de dividas. Estamos pagando tudo, e mesmo assim, tentando reformar nossas dependências. Nosso projeto é muito bom, mas na minha gestão só devo acabar com as reformas no Ginásio e no salão, que nos dá receitas para manter o clube. Outro presidente que entrar terá que dar prosseguimento a esse trabalho que estamos fazendo. Queremos voltar a ser aquele grande clube. E acima de tudo, que os sócios possam pagar e usufruir o clube, coisa que hoje não acontece.

O mesmo caminho de reestruturação e pagamento de dividas que a Associação faz, o Tamoyo vem realizando há mais tempo, com o presidente Ivan Ferreira. Almir cita o presidente do clube co-irmão e é neste exemplo que ele quer levantar novamente a Cabofriense.

– O Ivan levantou o Tamoyo. Está fazendo um grande trabalho lá. E assim como ele está trabalhando bastante lá, estamos fazendo aqui também. Esses dois clubes são a história esportiva na cidade e não podem parar nunca. São os maiores clubes de Cabo Frio.

Parte esportiva não está esquecida
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A Cabofriense sempre foi um ícone no esporte. Futebol amador, futsal, vôlei e basquete, sempre foram motivos de orgulho para o clube. Mas ultimamente o clube não participa de nada. Hoje, existem escolinhas de futsal, ginástica e artes marciais, mas como parcerias.

Segundo Almir, o esporte amador não foi esquecido, apenas o clube não tem dinheiro para bancar. Toda ajuda, segundo Carvalho, será bem vinda.

O presidente sonha em um retorno do clube ao futebol profissional, mas não quer que seja com ele.

– Agora é lógico que é impossível. No futuro quem sabe, pode até ser. Mas certamente não quero que seja enquanto eu for presidente.

Quando o futebol amador de Cabo Frio era forte, a rivalidade entre Tamoyo e Cabofriense era muito grande. Faziam grandes embates no Estádio Barcelão, em Arraial do Cabo, e no Aracy Machado, em Cabo Frio. Chegaram a se enfrentar na 3° divisão do Estado do Rio de Janeiro, no meado dos anos 80. Tudo é lembrado com muito carinho por Almir.

– Que época! Nossa, passa um filme na cabeça. Eram grandes jogos, com os estádios lotados. Os clubes sempre foram rivais nas práticas esportivas. Mas sempre houve respeito e hoje estreitamos os laços. O Tamoyo era o clube da elite, e a Cabofriense do povão.

O presidente sonha em fazer a Cabofriense funcionar a todo vapor, assim como seus sócios e seus torcedores.

Fonte: http://www.najogada.com.br

Este post foi publicado em 07. Gerson Rodrigues, Blog História do Futebol, Rio de Janeiro em por .

Sobre Gerson Rodrigues

Sou membro do blog desde 2007, carioca, tenho interesse em catalogar os campeonatos citadinos (fase amadora), estaduais, regionais e nacionais disputados no Brasil. Mantenho uma página onde organizo todos escudos, competições, estádios, jogadores e gols: http://www.futebolnacional.com.br Para quem possuir alguma informação, basta enviar um email para gerson@futebolnacional.com.br que publicarei tanto no blog quanto no meu site, com os devidos créditos. Residente no Rio de Janeiro, sou Engenheiro Eletrônico e de Sistemas, Gerente de Projetos e Diretor da RSSSF Brasil.

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