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Inédito, Raro e Polêmico: Sport Club Rio Branco – Campos dos Goytacazes (RJ): Fundado em 1917

 

Uma polêmica no ar, no esporte de Campos dos Goytacazes (RJ). Pesquisando os jornais de época, me deparei com uma matéria referente a Fundação no Domingo, do dia 1º de Abril de 1917, do Sport Club Rio Branco, nas cores rubro-negras. Estranhei, pelo fato de que há apenas dois registros de agremiações com esse nome: Clube Esportivo Rio Branco (Fundado em 05 de novembro de 1912) e o Clube de Regatas Rio Branco (Fundado em 24 de janeiro de 1919).

Diante dessas informações quebradas, entrei em contato com o Secretário da Liga Campista de Desportos (LCD), Leonardo Silva para saber se nos anos 10, existiu uma terceira equipe com o nome de Rio Branco. Após verificar, Leonardo Silva foi categórico: “Em nossos registros (LCD) só há o Clube Esportivo Rio Branco e o Clube de Regatas Rio Branco. Não há um outro homônimo, além desses dois citados“, revelou.

Apesar das lacunas, algumas pistas foram encontradas. Apesar da Fundação ter sido em 24 de janeiro de 1919, o Clube de Regatas Rio Branco nasceu com o nome de Sport Club Rio Branco, e as suas cores é o vermelho e preto. Mas a diferença das datas (que é de 21 meses e 23 dias) é o ponto que intriga.

Mas a hipótese de que Clube Esportivo Rio Branco tenha sofrido uma reorganização em 1917, não está totalmente descartada.

 

A reportagem é ampla, pois fala do dia, horário, local, a quantidade de pessoas presentes, membros da imprensa, e a descrição de como seriam os uniformes do Remo e do Futebol, além de como seriam a bandeira e o escudo. Então, colocarei na íntegra a matéria que saiu no jornal O Imparcial:

EM CAMPOS FUNDOU-SE O SPORT CLUB RIO BRANCO

 

Lemos no “Rio de Janeiro”, de Campos

 

Está  finalmente Fundado o Sport Club Rio Branco. anteontem, domingo (1º/04/1017), às 13h30min, no Palacete Mattos Pimenta, situado na Praça São Salvador, nº 31, no Centro de Campos. Estiveram presentes 43 moços de nossa melhor sociedade, tendo a frente o nosso companheiro de redação, o capitão Octavio Cesar e mais os Srs. Arminio Bastos da “A Notícia“, Antonio Ferreira, Gladstone Mello e Ayres Campos, deram início aos trabalhos para a Fundação do Sport Club Rio Branco, que se destina a proporcionar aos seus associados o sport do remo e de diversos sports terrestres.

O Sport Club Rio Branco adotará as cores vermelha e preta. O primeiro uniforme para o Remo será vermelho e preto em linhas verticais, tendo ao peito a cruz de malta branca. O segundo uniforme será igual ao primeiro sem a cruz de malta.

O uniforme de Football será vermelho e preto em xadrez. A sua Bandeira será assim disposta: um retângulo vermelho atravessado por uma faixa preta, obliqua, que terá no centro a cruz de malta branca como emblema.

Os fundadores do Sport Club Rio Branco estão promovendo meios de adquirir já, no Rio de Janeiro, uma canoa a dois remos para poderem participar do Campeonato de maio.

A diretoria provisória designou a quarta-feira (11/04/1917) próxima para assembléia geral da primeira diretoria do S.C. Rio Branco. O “Rio de Janeiro” fica sendo o órgão oficial do novel club.

Finalizando essas ligeiras linhas, damos parabéns  aos esforçados moços que se postaram a frente da ideia que saiu agora vencedora, criando uma sociedade sobre todos os pontos útil a nossa mocidade”.

FONTES: Liga Campista de Desportos (LCD) – O Imparcial

Sport Club Mexicano – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1914

O Sport Club Mexicano foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede provisória ficava localizada na Rua de São Januário, nº 131; e cerca de quatro meses depois se mudou para a Rua Emereciana, nº 7, ambos no Bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Fundado na sexta-feira, do dia 15 de Maio de 1914, por um grupo de desportistas do bairro imperial.

A 1ª Diretoria foi definida, e teve a seguinte composição:

Presidente – Edgard Medina Coeli;

Vice-Presidente – Eurico dos Santos Rosa;

1º Secretário – Anthony Berger;

2º Secretário – Gustavo Menezes;

1º Tesoureiro – Lucio Ferreira Fontes;

2º Tesoureiro – Seraphim Moreira de Andrade;

Captain Geral – José Henrique Gomes;

Procurador – Francisco Braga;

Comissão de Sindicância – Paulo Ferreira, Amaisvindo Baptista, Antonio C. Ferreira.

O S.C. Mexicano mandava os seus no campo que ficava na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, quando participou do Campeonato, organizado pela A Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA), em 1915.

 

Time de 1916: Zenobio; Zeferino (Cap.) e Figueiredo; Raphael, João e Carlos; Lyrio, Joaquim, Claudionor, Olympio e Manoel.

 

FONTES: Jornal do Brasil – O Imparcial

Inédito!! Centro Portuguez de Desportos – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1913

O Centro Portuguez de Desportos foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A sua Sede ficava na Rua São Pedro, nº 120 / Sobrado, Centro do Rio. Vale informar que a Rua São Pedro e Rua do Sabão, deixaram de existir. Ambas, paralelas, foram unidas para a construção da Avenida Presidente Vargas (inaugurada no dia 7 de setembro de 1944), com a demolição dos quarteirões.

O “clube Luso” foi Fundado no domingo, do dia 14 de Setembro de 1913, por um grupo de desportistas portugueses, radicados no Rio. E, de cara, um ponto polêmico, uma vez que o clube só permitia que portugueses que viviam no Rio tivessem o direito de se tornar sócio.

A 1ª Diretoria lusitana ficou formada da seguinte forma:

Presidente – Joaquim Alfredo de Avellar;

Vice-Presidente – Affonso Henriques de Campos;

1º Secretário – Alberto Chamery;

2º Secretário – Manoel Marques Mano;

Tesoureiro – Annibal Jalles;

Conselho Fiscal – Francisco de Oliveira Marques Junior e Jorge Guimarães Daupiás; Vogaes e João de Souza; Antonio Ramoa e Sergio dos Anjos Lamego.

A Sede provisória ficava na Rua do Rosário, nº 133, no Centro do Rio. O clube oferecia atividade de Ginástica, Curso preparatório de educação física, Luta Greco-Romana, Pesos e Alteres, Atletismo, Natação, Tênis e o futebol.

Clube estreia na ABSA

Em 1915, o Centro Portuguez  ajudou a fundar a Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA). Naquele mesmo ano, o clube disputou pela primeira e última vez o Campeonato da ABSA.

 

Denuncia faz Centro Portuguez desistir do futebol  

A campanha foi modesta, mas o que chamou atenção foi a grave denuncia do jogador José Antonio da Costa Junior. Segundo o denunciante os diretores do Centro Portuguez de Desportos com a dificuldade de formar um bom time para disputar os jogos, do seio dos associados do clube aliciavam jogadores de outros clubes, como por exemplo, o Alliança Football Club com promessas financeiras (o que naquela época constituía profissionalismo, algo proibido).

Outra ironia é que, como foi citado lá em cima, o Estatuto do Centro Portuguez de Desportos determinava que apenas os portugueses poderiam defender o time. E, os jogadores que estavam sendo seduzidos para jogar na equipe eram brasileiros.

Para tentar maquiar e/ou burlar, os brasileiros  recrutados recebiam um falso título de naturalização do clube. O fato é que esse episódio causou um enorme constrangimento, acarretando no final do campeonato a saída do Centro Portuguez de Desportos que nunca mais retornou a disputar alguma competição na esfera futebolística.       

Time-base de 1915: Augusto (Moreira); Jacintho e Oswaldo (Cabral); Carlos José da Silva (Cap.), Lourenço (França) e Francisco II; Francisco I, Firmino (Marques III), Antonio, Doutor e Rocha (Marques I).

FONTES: O Imparcial – O Correio da Noite – Jornal do Brasil – Revista da Semana – A Época – A Noite

Inédito!! Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1915

A Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) foi uma entidade futebolística do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no sábado, do dia 20 de Março de 1915. A sua 1ª Sede ficava situado na Rua Rufino de Almeida, nº 48, na Aldeia Campista (Vila Isabel), na Zona Norte do Rio. Depois se mudou para a Rua 24 de Maio, nº 218, Bairro do Rocha, na Zona Norte do Rio.

A assim Revista O Tico-Tico noticiou o surgimento da ABSA:

“Logrou o necessário interesse a iniciativa do Mayrink Football Club, convidando vários clubes esportivos desta capital para constituírem uma nova federação de esportes.

A reunião efetuou-se na Sede do Club dos Bohemios, na Rua 24 de Maio, nº 218, Bairro do Rocha, na Zona Norte do Rio. Num total de 11 agremiações, estiveram presentes seguintes representantes dos clubes:

Tiburcio de Bivar e Lindolpho Ribeiro (Mayrink Football Club);

Edgar Vieira e Raul Castro (Americano Football Club);

Edagar Antunes Leite e Frederico Moncken (Sport Club Rio de Janeiro);

Vicente Antonio Apollazio e Martins Tatu (River Football Club);

Zeferino Pinto Teixeira e Seraphim Moreira de Andrade (Sport Club Mexicano);

Homero Meirelles e Manoel Braga Júnior (Machine Cottons Football Club);

João Almeida Serra e Pedro Lemos (Riachuelense Football Club);

Americo Soares Ornellas (Pereira Passos Football Club);

Alberto de Chamery e A. Pinto Vieira (Centro Portuguez de Desportos);

O São Bento Football Club e o Sport Brasiliense fizeram-se representar por ofício.

A 1ª Diretoria da Associação Brasileira de Sports Athleticos (ABSA) ficou constituída da seguinte forma:

Presidente – Tiburcio Cid Niemeyer de Bivar (Mayrink Football Club);

Vice-Presidente – João Almeida Serra (Riachuelense Football Club);

1º Secretário – Alberto de Chamery (Centro Portuguez de Desportos);

2º Secretário – Edgar Vieira (Americano Football Club);

1º Tesoureiro – Pedro Lemos (Riachuelense Football Club)”.

 

Clubes que disputaram o certame de 1915:

Americano Football Club (do Sampaio-Riachuelo);

Athletique Football Club (do Engenho Velho-Tijuca);

Machine Cotton Football Club (do Sampaio);

Mayrink Football Club (do Rocha);

Sport Club Mexicano (de São Cristóvão);

Centro Portuguez de Desportos (do Centro);

Riachuelense Football Club (do Centro);

Sport Club Rio de Janeiro (do Maracanã);

River Football Club (do Centro);

Sporting Club Rio de Janeiro (de São Cristóvão).

 

FONTES: A Rua : Semanario Illustrado (RJ) – Revista O Tico-Tico: Jornal das crianças (RJ) – O Paiz

Escudo e uniforme raros, de 1979: Bayer Esporte Clube – Belford Roxo (RJ)

O Bayer Esporte Clube é uma agremiação da cidade de Belford Roxo (RJ). Fundado no dia 1º de Junho de 1962. A sua Sede e o Campo ficam localizados na Rua Boa Esperança, nº 650, no Bairro Andrade Araujo, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. As suas cores: verde, branca e azul.

Como era de praxe, o clube nasceu por funcionários da filial da empresa Bayer, como uma forma de entretenimento e lazer para os empregados. E, durante, quase três décadas de existência, o clube participou do Campeonato Citadino de Nova Iguaçu e da Copa Arizona (nos anos 70).

Curiosamente, essa história mudou no dia 03 de Abril de 1990, quando Belford Roxo deixou de ser um distrito de Nova Iguaçu, passando a ganhar status de cidade. Naquele momento, o Bayer Esporte Clube era a agremiação melhor estruturada e com os apoios da empresa e da nova prefeitura, o clube decidiu ingressar na esfera profissional.

 

Estreia na Terceirona de 1991

Dessa forma, o clube debutou no Campeonato Carioca da 3ª Divisão de 1991, organizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). Ao fim de dois turnos, numa única fase, a equipe terminou em 3º lugar, atrás do campeão Esporte Clube Barreira (Saquarema) e do vice Porto Real Country Club (Porto Real), ficando à frente de Everest Atlético Clube (Bairro carioca de Inhaúma), Opção Futebol Clube (Bairro carioca de Realengo), Grêmio Olímpico Mangaratiba (Mangaratiba), Portela Atlético Clube (Miguel Pereira), Nilópolis Futebol Clube (Nilópolis), Bela Vista Futebol Clube (São Gonçalo) e Associação Atlética Colúmbia (Duque de Caxias).
Debuta no Estadual da Série B de 1992

Em 1992, é convidado a integrar o Campeonato Carioca da 2ª Divisão, não a verdadeira Segunda, que virara Intermediária da Primeira, mas o módulo logo abaixo. Na sua chave se classifica na 2ª colocação, atrás do Serrano Foot Ball Club e à frente de Pavunense Futebol Clube, Heliópolis Atlético Clube, Céres Futebol Clube, Tomazinho Futebol Clube e Esporte Clube Nova Cidade.

Na segunda fase, fica em 4º lugar, atrás de Heliópolis Atlético Clube, Pavunense Futebol Clube e Serrano Foot Ball Club, ficando à frente de Tamoio Futebol Clube e Colégio Futebol Clube. Na decisão da sexta vaga, perde para o Serrano por 1 a 0 e fica eliminado da competição.

Em 1993, fica em 2º lugar na sua chave, ao fim do primeiro turno, atrás somente do Barra Mansa Futebol Clube. No segundo turno é o líder do grupo, se classificando para o quadrangular final que reuniu União Macaé Esporte Clube, Duque de Caxias Futebol Clube e Barra Mansa Futebol Clube. O clube de Belford Roxo foi o campeão, ficando na 2ª colocação o Barra Mansa Futebol Clube.

 

Clube alterou o nome em 1994

Em 1994, muda de denominação para Futebol Clube Bayer de Belford Roxo. Disputa a Divisão Intermediária, a que estava abaixo da elite. Ao término da primeira fase, termina em terceiro em sua chave, abaixo de Friburguense Atlético Clube e Saquarema Futebol Clube, e à frente de São Cristóvão de Futebol e Regatas, Olympico Futebol Clube e Serrano Foot Ball Club.

Na segunda fase fica em quarto, abaixo de Friburguense Atlético Clube, São Cristóvão de Futebol e Regatas e Saquarema Futebol Clube, ficando alijado da final que foi disputada entre Entrerriense Futebol Clube e Friburguense Atlético Clube, sendo o clube de Três Rios o campeão daquele ano.

Em 1995, disputa novamente o Módulo Intermediário. Ao fim de dois turnos em fase única jogada em pontos corridos, o clube se sagra vice-campeão do certame, perdendo o título para o Barra Mansa Futebol Clube. O curioso é que havia ainda um outro grupo jogado separadamente no mesmo módulo, que teve Barra Futebol Clube e América Futebol Clube de Três Rios como seus vencedores, mas ninguém obteve acesso à Primeira Divisão do ano seguinte, com exceção do Barra, que ainda jogou uma partida de repescagem contra o Entrerriense Futebol Clube, mas a perdeu.

Tal fato levou a diretoria do Bayer a resignar das disputas profissionais regidas pela FERJ, retirando o seu time das competições. No mesmo ano ainda disputou o Campeonato Brasileiro da Série C, ficando na 61ª colocação.
2006, o clube volta a adotar a antiga nomenclatura

Em 2006, houve uma tentativa de volta da agremiação à Terceira Divisão, mas que não foi concretizada. Desde então, o Bayer só disputa as competições de categorias de base regidas pela  LDNI (Liga de Desportos de Nova Iguaçu). Posteriormente a antiga denominação de Bayer Esporte Clube é retornada.

Foto rara de 1979: escudo e uniforme inéditos

A foto encontrada no Jornal dos Sports, no dia 26 de Abril de 1979, me chamou atenção. Afinal, antes desse achado, os escudos do Bayer eram todos vinculados a logomarca da empresa.

No entanto, essas imagens são todas pós 1991. E a pergunta que ficava era: “Antes da era profissional, o escudo seria esse (da logo da empresa)?” Essa foto mostra que a resposta é, não! Um escudo bonito e sem vínculos com a empresa, no quesito similaridade com a logomarca.

Portanto, essa foto possibilitou dar “vida” ao escudo e uniforme do Bayer Esporte Clube mostrando um pouco da era amadora desta simpática agremiação belford-roxense.

 

FONTES: Wikipédia – Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) – Rsssf Brasil – Jornal dos Sports

Amistoso Estadual, de 1958: G.E. Fábrica Estrêla (RJ) 2 x 2 Irmãos Goulart F.C. (RJ)

G.E. FÁBRICA ESTRÊLA

2

X

2

IRMÃOS GOULART F.C.

LOCAL Estádio da G.E. Fábrica Estrêla, em Magé (RJ)
CARÁTER Amistoso Estadual de 1958
DATA Domingo, do dia 05 de Janeiro de 1958
RENDA Não divulgado
ÁRBITRO Gerônimo M. dos Santos (FFD)
ESTRÊLA Celso; Geir e Gago; Hélcio, Jorge e Angra; Nelson (Rebolo), Toninho, Zé Luiz, Geraldo e Giffoni (Ílio). Técnico: Tenente Soares. Diretor de Esportes: Zeca.
GOULART Olavo (Amaro); Neco e Djalma; Careca, Nelson Farias e Geraldo; Amaral, Tião, Tomesinho, Luisinho e Hélio.
PRELIMINAR Grêmio Estrela  1 x 1 Irmãos Goulart
GOLS Zé Luiz aos seis minutos (Estrêla); Ílio aos 28 minutos (Estrêla); Tomesinho aos 38 minutos (Goulart); Gago, contra, aos 44 minutos (Goulart), no 2º Tempo.

FONTE: Tribuna da Imprensa 

Grêmio Esportivo Fábrica da Estrêla – Raiz da Serra, atualmente em Magé (RJ): Existiu entre 1954 a 1976

O Grêmio Esportivo Fábrica da Estrêla foi uma agremiação do Município de Magé (RJ). A sua Sede e o Estádio ficavam Avenida Automóvel Clube, s/n, na Vila Inhomirim, em Raiz da Serra (atualmente em Magé). Infelizmente, nos dias atuais a sede está abandonada.

Como acontecem com diversas equipes oriundas de fábricas, a data escolhida para o seu surgimento aconteceu no Dia do Trabalhador. Para ser mais exato: Fundado no sábado, do dia 1º de Maio de 1954, por funcionários da Fábrica Estrêla (atual IMBEL: Indústria de Material Bélico do Brasil). O seu 1º Presidente foi o Major Pires Ferreira.

Nos seus dois primeiros anos de vida, a vida futebolística era simples. Trabalho na Fábrica Estrêla entre a manhã e a tarde. Ao final, os homens iam para o campo jogar. Nos finais de semana, faziam jogos com equipes da região.

Ingressou no Campeonato Citadino de Magé

Em 1955, o Grêmio Esportivo Fábrica da Estrêla debutou no Campeonato Mageense de Futebol, que contavam com o Bonfim (campeão daquele ano), Central (vice-campeão do Torneio Início), Mageense, Vila Atlético Clube, Andorinhas, Piabetá e Guarany.

Buscando intensificar os treinos e melhorar o nível dos seus jogadores, a Fábrica da Estrêla convidam clubes da cidade do Rio de Janeiro, onde pagavam o transporte. Essa estratégia atraíram diversas agremiações. Os resultados foram satisfatórios:

Domingo, no dia 15 de Abril de 1956: GE Fábrica da Estrêla 3 x 2 E.C. Lisboa, de Jacarepaguá;

Domingo, no dia

1º de Maio de 1956: Esporte Clube Cocotá  1 x 3 GE Fábrica da Estrêla (jogo realizado na Ilga do Governador);

Domingo, no dia 08 de Maio de 1956: GE Fábrica da Estrêla 5 x 2 Bola Branca;

Domingo, no dia 18 de Novembro de 1956: GE Fábrica da Estrêla 2 x 3 Sporting Clube, de Copacabana.

 

Em 1957, Fábrica Estrêla goleou Internacional por 9 a 1

No domingo, do dia 24 de Março, de 1957, nos seus domínios, o GE Fábrica da Estrêla mostrou o arsenal. O vítima não era “um cachorro morto“, mas sim o vice-campeão de Petrópolis: Sport Cub Internacional, que foi atropelado pelo impressionante placar de 9 a 0. O time atuou assim: Celso; Olio e Gago; Edgar, Canduca e Angra; Toninho, Nelsinho, Luiz, Emidio e Leal.

 

G.E. Fábrica Estrêla é vice-campeão da 3ª Zona do Campeonato Fluminense de 1957

Na Terça-feira, 26 de fevereiro de 1957, se filiou a Federação Fluminense de Desportos (FFD), a fim de disputar na esfera profissional. O fato curioso é que o clube deveria ter ingressado na 4ª Zona, contudo os clubes de Niterói vetaram, obrigando que a FFD colocasse o GE Fábrica Estrêla na Terceira Zona.

A principio, a 3ª Zona do Campeonato Fluminense de 1957 seria composto por seis equipes:

Fazenda Futebol Clube (São João de Meriti);

Nacional Futebol Clube (Duque de Caxias);

São Pedro Futebol Clube (São João de Meriti);

Nova Cidade (Nilópolis);

Brasil Industrial (Paracambi).

 

No entanto, algumas semanas antes do início da competição, o Nova Cidade, de Nilópolis e o Brasil Industrial, de Paracambi acabaram desistindo. Desta forma, o 1º Turno da 3ª Zona do Campeonato Fluminense de 1957 ficou definida assim:

Dia 09/06/57 – Fazenda x Nacional – São João de Meriti;

Dia 09/06/57 – Estrêla x São Pedro – Vila Inhomirim;

Dia 16/06/57 – Estrêla x Fazenda – Vila Inhomirim;

Dia 16/06/57 – Nacional x São Pedro – Caxias;

Dia 23/06/57 – São Pedro x Fazenda – São João de Meriti;

Dia 23/06/57 – Nacional x Estrêla – Caxias;

No terceiro jogo, para definir o campeão, no domingo, 08 de Setembro de 1957, o GE Fábrica Estrêla empatou em 1 a 1 com o Nacional, no Campo do São Pedro, em São João de Meriti. Eduardo, contra, para o Nacional; enquanto Emidio marcou para o Estrêla. Osvaldo Maio foi o árbitro da peleja.

No domingo, do dia 1º de Dezembro, de 1957, o Campeonato Fluminense, organizado pela Federação Fluminense de Desportos, da Terceira Zona, o Nacional de Duque de Caxias, levou a melhor, na série melhor de três, diante do seu maior rival: Grêmio Esportivo Fábrica da Estrêla (campeão do Primeiro Turno).

Clube muda de nome

Na sexta-feira, do dia 17 de Setembro de 1976, o clube mudou o nome para Grêmio Esportivo Estrêla. Depois, se filiou a Liga Petropolitana. No entanto, em 1978, o clube retornou a disputar o Campeonato Mageense de Futebol.

 

Time de 1956: Celso; Geyer (Gil) e Getúlio; João (Hélcio), Canduca e Tonho; Luiz, Moinha, Diquinha, Emidio (Neca) e Ílio (Rime).     

 Time de 1957: Celso (Nelson); Olio (Onofre) e Gago (Eduardo); Edgar (Darcy), Canduca (Giffoni) e Angra (Hélcio); Toninho (Manoel), Nelsinho (Zeca),  Luiz (Geir), Emidio e Leal (Walter).     

 Time de 1958: Celso; Eduardo, Gago e Darcy; Jorge e Hélcio; Rebolo, Antoninho, Chagas, Giffoni e Geir. Técnico: Tenente Soares. Diretor de Esportes: Zeca.

 

FONTES: Diário da Noite – Jornal dos Sports – A Luta Democrática – Diário de Notícias – O Fluminense