O Transviário Sport Club foi uma agremiação da cidade de Belém (PA). O “Grêmio Tricolor ou Grêmio Elétrico” foi Fundado na terça-feira, do dia 05 de Maio de 1936, por funcionários da extinta Pará Elétrica (empresa paraense que cuidava dos bondes). As cores escolhidas foram o vermelho, preto e branco.
A sua 1ª Sede ficava localizado na Travessa Três de Maio, nº 212, na bairro de Fátima, em Belém do Pará. Posteriormente se mudou para a Praça Floriano Peixoto, nº 890, no bairro de São Brás, em Belém.
Em 1938, o clube se filiou a Associação Paraense de Foot-Ball (APF). Pelo que foi encontrado, o Transviário participou de nove edições do Campeonato Paraense da 1ª Divisão: 1938, 1939, 1940, 1941, 1942, 1943, 1944 e 1945, na era do amadorismo e 1945 e 1947, na era do profissionalismo.
Em 1947, com a falência da Pará Elétrica, o clube ficou a míngua, passando por grave crise. A estrutura do clube foi abalada, e o time praticamente deixou de existir, porém, oficiais da Aeronáutica, compadecendo-se da situação, resolveram continuar treinando o clube, para o restante do campeonato daquele ano.
Time base de 1938: José; Purifica e Aristeu; Melo, Teteco e Serra II; Pedro, Mota, Cabeça e Cará; Moacir e Pereira.
Time base de 1947: Bocage; Rodrigues e Loi; Humberto, Veiga e Areias; Pinheirense, Tatá, Panela, Mindó e Geraldo (Negrito).
Acervo do estatuto:Professor, historiador e pesquisador,Itamar Gaudêncio
FONTES: Folha do Norte – Jornal O Liberal – Livro Parazão Centenário
A Revista do Esporte assim descreveu o grande feito: “Pela quarta vez consecutiva o Centro Esportivo Alagoano (CSA) sagrou-se campeão de seu Estado. Integrado de elementos que possuem bom futebol (e sendo o clube onde Dida se iniciou), o tetra das Alagoas mais e mais aumenta a sua legião de aficionados”.
A foto (abaixo) nos mostra a equipe do Centro que tem a seguinte constituição: Em pé, da esquerda para direita –Bandeira, Masso, Paulo Santos, Nazareno, Bolendo e Moura;
Agachados, da esquerda para direita –Clóvis, Perereca, Santos, Tonho e Ítalo.
O Caxias Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Joinville (SC). A Sede e o Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho, o “Ernestão” (capacidade para 5 mil pessoas) estão localizados na Rua Coronel Francisco Gomes, nº 1.000, no Bairro Bucarein, em Joinville (SC). A sua mascote é o Pingüim.
O “Gualicho Alvinegro” foi Fundado na terça-feira, do dia 12 de Outubro de 1920, por vários simpatizantes de um esporte que então ainda dava seus primeiros passos na Manchester Catarinense. Vários clubes se iniciavam na nova arte, sendo o mais proeminente o América Futebol Clube, fundado seis anos antes.
Entre os pequenos de então se encontravam o Vampiro e o Teutônia. Seus adeptos resolveram juntar forças para fundar uma agremiação maior. Reunidos na propriedade dos Marquardt, na esquina das ruasSão Pedro (atual Ministro Calógeras) e São Paulo, Antônio Vian, Armandos Paul, Edgar Schneider, Felipe Zattar, Genoviano Rodrigues, Jaser Vieira, Joaquim das Neves, João Lorenzi, Osvaldo Marquardt, Paulo Kock e Rigoletto Conti fizeram surgir o Caxias Futebol Clube, nome dado em homenagem ao Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro.
As cores escolhidas foram o branco do Teutônia e o preto do Vampiro. Surgia assim um adversário à altura do alvirrubro. Seu 1º presidente foi Osvaldo Marquardt. O primeiro prélio registrado entre aqueles que se tornariam os maiores rivais do futebol joinvilense se deu no campo do América, então situado na Rua do Mercado (atual Av. Procópio Gomes), esquina com a atual Rua Padre Kolb, onde hoje está o SENAI.
Foi disputado no domingo, do dia 6 de março de 1921, como parte das festas pelo 70º aniversário da cidade. E o alvinegro ganhou por 2 a 1. Marcaram Afonso Kruger e Waldemar Moreira para o Caxias, descontando Alfredinho Zattar para o América. O time do primeiro clássico foi: Paschoa, Camarão, Braga, Mané Gaspar, Paulo Koch, Joaquim da Neves, Carlos Butschardt, Afonso Kruger, Carlos Lopes, Candinho e Waldemar Moreira.
Abaixo um breve resumo da história do clube entre as década de 30 a 50:
No domingo, do dia 16 de Abril de 1933, o Caxias inaugurava seu Estádio. Depois de ocupar o antigo campo do Vampiro(que ficava na atual Rua Orestes Guimarães, onde hoje se encontra a Fiação Joinvilense) e um terreno emprestado, na Rua Imaruhy (atual Henrique Meyer, onde hoje está o Hotel Tannenhoff), o Caxias resolveu investir na aquisição de uma área própria.
O local escolhido foi o terreno onde até hoje está o seu estádio, na Rua Coronel Francisco Gomes. Pertencia a Ernesto Schlemm Sobrinho, que o vendeu em condições extremamente favoráveis. O pagamento foi concluído somente em 1947.
A partida inaugural, foi contra o Coritiba (clube que aniversaria no mesmo dia do Caxias), com vitória alvinegra por 3 a 1. O 1º gol dessa peleja foi assinalada pelo atacante caxiense, Bananeiro.
ANOS 30
A década de 30 foi uma época conturbada para o futebol catarinense. A Federação Catarinense de Desportos (FCD – nome da LSCDT a partir de 1927) sofria forte oposição por não estar conseguindo organizar as competições no estado. Em várias edições do torneio estadual não houve participação de equipes do interior e em outras ocorreram muitos protestos por favorecimento aos times de Florianópolis.
Assim outras associações de clubes foram formadas no Estado. A ACD, Associação Catarinense de Desportos, reunia os clubes do norte do Estado. Filiou-se à CBD (Confederação Brasileira de Desportos), credenciando-se a ser o representante catarinense no futebol brasileiro. O mesmo não ocorria com a FCD, que então não estava filiada à CBD. Comprovando a tese da representatividade da ACD, no Campeonato Brasileiro de Seleções o Estado de Santa Catarina foi representado por uma seleção formada apenas por jogadores de clubes filiados a essa Associação.
No Campeonato promovido pela ACD o Caxias foi o campeão, ficando o América com o segundo posto. A formação do alvinegro Campeão Estadual de 1935 era a seguinte: Otávio, Lauro, Reco, Onça, Emílio, Boca, Meyer, Marinheiro, Raul Schmidlin, Ata e Parucker.
Na década de 30 o Caxias dominou amplamente a cena no futebol de Joinville, conquistando todos os títulos da cidade de 1935 a 1939. No Estadual, foi Vice-campeão em 1937 (perdeu a final para o Figueirense por 2 a 1) e terceiro colocado em 1938 e 1939.
Foi marcada para o Caxias pelos Vice-campeonatos. Em 1941 perdeu a final para o Figueirense por 3 a 0. Em 1945 venceu o Avaí por 2 a 0 em Joinville. No jogo de volta a equipe azurra da capital venceu por 7 a 2 no tempo normal e por 2 a 0 na prorrogação.
ANOS 40 & 50
No campeonato citadino, levantou os títulos de 1940, 1941, 1944,1945 e 1946. Além de não ganhar o campeonato da cidade desde 1946, o Caxias assistiu o arqui-rival ganhar dois títulos estaduais na década anterior. Os anos 50 começaram mantendo o que se desenhara em 1947 e 1948: o América foi o Campeão Estadual de 1951 e 1952, depois de ter ganhado os títulos citadinos.
Era preciso fazer alguma coisa. E a diretoria do Alvinegro montou um time invejável para o campeonato de 1953. Trouxe, entre outros, o consagrado Teixeirinha. Considerado o melhor jogador catarinense da época, Nildo Teixeira de Melo, o Teixeirinha, havia jogado em grandes clubes do futebol brasileiro, onde consolidou sua fama de grande craque barriga-verde.
Vice-campeão estadual de 1952 no Carlos Renaux de Brusque, chegou ao Caxias como a grande esperança de quebrar a hegemonia do América. E não decepcionou, sendo o grande nome do Caxias na temporada. Porém no último jogo do campeonato da cidade o Caxias precisava ganhar do América para levantar o título.
Quase conseguiu. Com um gol de Renê em completo impedimento, validado pelo árbitro Arthur Lange, ex-jogador do Caxias, o América chegou ao tri-campeonato. O estadual foi ganho pelo Carlos Renaux, com o rubro de Joinville ficando em segundo.
Para 1954 o Caxias juntou um elenco que acabou se transformando naquele que muitos consideram o melhor time do futebol catarinense de todos os tempos. Foi campeão invicto da cidade, com uma campanha incrível: 13 jogos (12 vitórias e 1 empate), marcando 39 gols e sofrendo apenas 8.
Vencida a competição doméstica, era preciso encarar o desafio de ganhar o Estadual, depois de quase 20 anos. A campanha foi igualmente impressionante:
Quartas de finais
Baependy 2 x 4 Caxias
Caxias 10 x 0 Baependy
Semifinais
Caxias 2 x 1 Carlos Renaux
Carlos Renaux 1 x 2 Caxias
Finais
Caxias 6 x 3 Ferroviário
Ferroviário 2 x 2 Caxias
Caxias 7 x 0 Ferroviário
O time base tinha: Puccini; Hélio e Ivo Meyer; Joel, Gungadin e Arno Hoppe; Euzébio, Didi, Juarez, Periquito e Vi.
O atacante Juarez foi o artilheiro do certame, com uma marca estupenda: 18 gols em 7 jogos. Juntamente com Vi(Leôncio Vieira, filho do legendário Cilo, campeão estadual em 1929) saiu do Caxias para jogar por muitos anos no Grêmio de Foolball Portoalegrense.
Ambos vestiram a camisa da Seleção Brasileira em torneios sul-americanos. Foram escolhidos pela torcida gremista para a o “Grêmio de todos os tempos”. Uma curiosidade: o Grêmio os queria imediatamente após o término do campeonato catarinense.
Estavam com as passagens marcadas para ir diretamente de Florianópolis para a capital gaúcha. Depois da goleada no jogo final, a torcida exigiu sua presença para a comemoração do título e ambos vieram a Joinville antes de embarcar para terras gaúchas.
FONTES: Site do clube- Blog Caxienses Fanáticos – Mercado Livre
O Esporte Clube Siderantim é uma agremiação esportiva da cidade de Barra Mansa (RJ). O “Periquito do Vale” foi Fundado no sábado, do dia 04 de Agosto de 1951, por um grupo de funcionários da empresa Siderúrgica Barra Mansa (atual: Votorantim).
Com apenas um ano de atividades, o Siderantim, conquistou o seu 1º titulo Campeonato Citadino, mas que, infelizmente, não se possui muitos registros sobre esta edição da competição. No final do mês de Julho de 1952, o Siderantim recebe uma carta da FFD (Federação Fluminense de Desportos) convidando o clube a se profissionalizar para disputar a elite do Campeonato Fluminense, que na época era a competição de maior valor em todo o estado do Rio de Janeiro.
No dia 19 de Março de 1953 o Esporte Clube Siderantim aceita o convite da FFD para a disputa de sua primeira competição profissional. No dia 12 de Abril no Estádio Esperidião Geraidine ocorre o II Torneio de Inicio profissional do Campeonato Fluminense, sendo um torneio de pré-temporada, que apesar de não ser um torneio de extrema importância ele fica marcado como a primeira competição profissional disputada pelo Esporte Clube Siderantim, infelizmente o clube é eliminado já na primeira fase após um empate contra Barra Mansa Futebol Clube, entretanto perde no critério de corners (escanteios) por 2 a 0.
Após 7 dias do Torneio de Inicio no dia 19 de Abril, o Siderantim finalmente estreia no Campeonato Fluminense contra o Tupi de Paracambi, no dia 20 de Abril o Siderantim contrata um reforço para a equipe o jogador Odair de Souza Bueno que estava defendendo o quadro de profissionais do Canto do Rio de Niterói, o clube terminou na 10º colocação no fim do primeiro turno, no dia 18 de Janeiro de 1954 o Siderantim fecha o contrato com o atleta Francisco Régio para a disputa do 2º turno.
Notório clube da região centro-sul fluminense, o Siderantim debuta nas competições realizadas na década de 50, tais quais o Campeonato Estadual Fluminense. Participa dessa competição em 1953 e 1954. No Torneio Início de 53, é eliminado ainda na primeira fase.
Em 54, na chave de sua região se encontravam Barra Mansa Futebol Clube, Associação Atlética Comercial, Guarani Esporte Clube, Resende Futebol Clube e Associação Atlética de Volta Redonda. Se classificaram para a segunda fase: Guarani, Barra Mansa e Resende.
Após a fusão dos antigos estados da Guanabara e Rio de Janeiro, o Siderantim estreia em 1982 no Campeonato Estadual da Terceira Divisão de Profissionais.
Na primeira fase, se classifica para a fase final como líder de sua chave, à frente de União Esportiva Coelho da Rocha, Tomazinho Futebol Clube, Nacional Foot-Ball Club, Heliópolis Atlético Clube e Cruzeiro Futebol Clube. Na fase final é novamente o primeiro colocado, à frente de Clube Esportivo Rio Branco, Rio das Ostras Futebol Clube e União Esportiva Coelho da Rocha, fazendo a final contra o Rio Branco, de Campos, vencendo-o por 2 a 1, e consagrando-se campeão e promovido à Segunda Divisão de Profissionais do estado do Rio de Janeiro. O artilheiro da equipe nesse campeonato foi o hoje radialista Walter Cardoso.
Em 1983, já na Segunda Divisão, fica na sexta posição, atrás dos promovidos Olaria Atlético Clube e Friburguense Atlético Clube, além de Serrano Foot Ball Club, Associação Atlética Portuguesa e Madureira Esporte Clube, e à frente de Rubro Atlético Clube e Mesquita Futebol Clube.
Em 1984, é o segundo colocado ao fim do primeiro turno, atrás somente do Bonsucesso Futebol Clube. No segundo turno, fica apenas em oitavo lugar, último, atrás de Bonsucesso Futebol Clube, Associação Atlética Cabofriense, São Cristóvão de Futebol e Regatas, Associação Atlética Portuguesa, Madureira Esporte Clube, Rubro Atlético Clube e Nacional Foot-Ball Club. O Siderantim acaba tendo que participar de um torneio da morte com Madureira, Nacional e Rubro, que posteriormente é anulado, não havendo descenso.
Em 1985, é apenas o 11º colocado, penúltimo, à frente apenas do Nacional Foot-Ball Club, que já agonizava os seus últimos instantes de sua bela história. O campeonato conheceu naquele ano os acessos de Campo Grande Atlético Clube e Mesquita Futebol Clube, respectivamente primeiro e segundo lugares, cabendo a Associação Atlética Cabofriense, Friburguense Atlético Clube, Serrano Foot Ball Club, Royal Sport Club, Rubro Atlético Clube, São Cristóvão de Futebol e Regatas e Madureira Esporte Clube as colocações seguintes.
Em 1986, é o 12º colocado, último, do campeonato que teve como promovidos Porto Alegre Futebol Clube e Associação Atlética Cabofriense. Em 1987, é 9º colocado ao fim do primeiro turno, ficando à frente de Esporte Clube Nova Cidade, Clube Esportivo Rio Branco e Tomazinho Futebol Clube. No segundo turno é apenas o nono colocado, à frente de Tomazinho Futebol Clube, Serrano Foot Ball Club e Clube Esportivo Rio Branco. O Volta Redonda Futebol Clube foi o campeão e vice foi o Friburguense Atlético Clube.
Em 1988, em acentuada crise financeira e estrutural, demonstrada pelas más campanhas dos anos anteriores, se licencia das competições de âmbito profissional.
Volta apenas em 1992 na 2ª Divisão, na prática uma terceira, visto que a verdadeira segunda virara Módulo B da Primeira Divisão. A campanha não é boa. O clube é apenas o penúltimo colocado em sua chave na primeira fase, sendo logo eliminado da disputa, ficando atrás de Colégio Futebol Clube, Tamoio Futebol Clube, Monte D’Ouro Futebol Clube e Porto Real Country Club. O GREFFEM foi o último porque perdeu 5 pontos devido a ter utilizado um jogador em condição irregular.
Em 1993, disputa novamente a mesma Segunda Divisão. Fica em quinto em sua chave ao fim do primeiro turno, atrás de Barra Mansa Futebol Clube, Bayer Esporte Clube, Heliópolis Atlético Clube e Grêmio Esportivo Km 49. No segundo turno é segundo, atrás do Bayer Esporte Clube, contudo não consegue se classificar para o quadrangular final após o somatório dos dois turnos.
Desde então, a agremiação não mais disputa os campeonatos promovidos pela FFERJ. Foi extinto quando a Siderúrgica Barra Mansa, pertencente ao Grupo Votorantim, resolveu acabar com suas dependências para ampliar a área da empresa.
O Grêmio Sportivo Quintino Bocaiúva (Grêmio de Quintino) foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no domingo, do dia 02 de Abril de 1939. A sua Sede ficava localizada na Rua Nerval de Gouveia, nº 13, em frente à Estação Quintino, que é anexo a Rua Elias da Silva, no bairro de Quintino Bocaiúva, na Zona Norte do Rio.
O clubealvianil era muito atuante nos bailes de carnaval, festas juninas, desfiles e musicais, realizados em sua bela sede. Entre suas atividades praticadas, estavam o atletismo, Tênis de mesa, futebol, bilhar, voleibol, basquetebol, entre outros.
A sua quadra poliesportiva (chamada de “Quadra Olímpica”) foi inaugurada no domingo, do dia 04 de junho de 1950, quando foi realizado um amistoso entre as equipes de basquete masculino do Tijuca Tênis Clube e Clube de Regatas Flamengo. No final, melhor para a equipe tijucana que venceu por 25 a 20.
No domingo, do dia 26 de Agosto de 1945, o clube excursionou até o Município de Rodeio (atual: Engenho Paulo de Frontim), onde enfrentou, em amistoso, o Centro Fluminense de Cultura Física.
No início de setembro de 1949, foi eleito para a presidência do clube, o vereador pelo Partido Republicano (entre 1947 a 1951)Luís da Gama Filho, então com 43 anos.
No final da década de 30, ele assumiu a presidência do River Football Club. Para quem não associou o nome a pessoa, ele comprou em 1939 o Colégio Piedade e em 1951 criou a Universidade Gama Filho.
1º campeão estadual de basquete feminino
Apesar do futebol ter sido o “carro-chefe“, o Grêmio Quintino entrou para a história do estado do Rio de Janeiro no basquete! Após se filiar a Federação Metropolitana de Basketball (FMB), na segunda-feira, do dia 09 de junho de 1952, o Grêmio de Quintino disputou o Campeonato Carioca adulto de basquete masculino e feminino em 1952.
Foi o 1º Campeonato Carioca de Basquete Feminino, realizado na história, e o Grêmio de Quintino fez história ao se sagrar campeão invicto do estadual, com sete vitórias no mesmo números de jogos. O Flamengo acabou com o vice-campeonato.
A competição, que teve início no dia 30 de julho, contou com a participação de oito equipes:
America Football Club;
Botafogo Futebol e Regatas;
Carioca Esporte Clube;
Clube de Regatas Flamengo;
Clube de Regatas Vasco da Gama;
Fluminense Football Club;
Grêmio de Quintino;
Madureira Atlético Clube.
Uma curiosidade é que o treinador da equipe (masculino e feminino) foi o lendário Charles de Macedo Soares, o “Charles Borer“, que trabalhou no cargo, sem nenhuma remuneração, de forma filantrópica. Lembrando que, entre 1976 a 1981, Charles Borer foi presidente do Botafogo de Futebol e Regatas.
O time titular era formado pelas seguintes atletas: Nívea (Nívea Figueiredo de Andrade e Silva), Norma, Ivone (Ivone de Araújo Santos), Irani (Irani P. da Costa) e Eugenia (Eugenia Rindeika). As reservas: Glicínia (Glicínia Clara Leal de Carvalho), Lourdes (Lourdes de Jesus Dias), Abigail, Marina, Dircí, Eunice, e Zombinha.
Vice-campeão de basquete feminino em 1953
No ano seguinte, voltou a fazer bonito, e ficou com vice-campeonato estadual de 1953, com oito vitórias e duas derrotas(O Fluminense foi campeão com dez vitórias), quando sua jogadora Ivone foi a cestinha da competição, com 161 pontos.
O time formou com: Maria Teresinha Paz, Abigail dos Santos, Joana Rindeica, Estefania Nair Chalodwski, Lais Gomes Mourão, Norma Rosa Paz, Efigênia Rindeica, Lourdes de Jesus Dias, Ivone de Araujo Santos.
No futebol, disputou os campeonatos amadores menores. A Praçade Esportes utilizado para os jogos era o da Escola 15 de Novembro, atual ETE República, dentro do campus da FAETEC Quintino, que ficava na Rua Clarimundo de Melo.
O campo era conhecido como “Estádio do Instituto 15 de Novembro“, inaugurado no domingo, do dia 14 de novembro de 1943, com a goleada do Clube de Regatas Flamengo(então bicampeão da 3ª categoria da Federação Metropolitana de Futebol) por 5 a 2, em cima do Botafogo de Futebol e Regatas.
O Grêmio de Quintino era ligado ao político Jorge Leite, e entrou em decadência ao mesmo tempo em que este perdeu prestígio eleitoral.
Sua antiga sede ainda é conhecida popularmente pelo nome de Grêmio de Quintino, e alugada para eventos. Em 2012, o nome “Baixo Quintino” foi usado comercialmente.
Time base de 1945: Sylvio; Nico (Ivo) e Alberto (Carlos); Cito, Bira e Aloísio; Orlando (Djalma), Zequinha, Gerente, Nelson e Canhoto (Aldo). Reservas: Germano e Helio.
Imagem da carteirinha: site ‘Leilão Naira Santos’
FONTES:A Luta Democrática – A Noite – Diário Carioca – Diário de Notícias – Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro – Imprensa Popular – Jornal dos Sports – O Imparcial – O Jornal (RJ) – Tribuna Popular
A Liga Piracicabana de Futebol (LPF), Fundado na quarta-feira, do dia 1º de Maio de 1940, tem a sua Sede localizada na Rua Silva Jardim, nº 759, no bairro Alto, em Piracicaba, no interior Paulista. A entidade máxima de Piracicaba é filiada a Federação Paulista de Futebol (FPF).
O Potyguar Futebol Clube (atual: Associação Cultural e Desportiva Potyguar Seridoense) foi uma agremiação do município de Currais Novos, que fica na região do Seridó, a 182 km da capital (Natal) do estado do Rio Grande do Norte. A localidade conta com uma população de 45.060 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2015.
O “Leão do Seridó” foi Fundado na sexta-feira, do dia 15 de janeiro de 1960, com o nome de “Potiguar Futebol Clube“, nas cores em vermelho e branco. Já a sua Sede ficava na Avenida Coronel José Bezerra, s/n, no Centro da cidade. Em 1976, a Sede passou a ser na Rua Bernadete Xavier, s/n, no bairro de Currais Novos, na cidade homônima, aonde ficava o Estádio Municipal Coronel José Bezerra.
Alguns títulos na esfera amadora
Em 1967, o clube se sagrou campeão do Campeonato de futebol Interiorano, o “Matutão“. Em 1973, foi campeão do Campeonato Seridosão de Futebol, considerado o mais importante torneio amador da região do Seridó.
Mané Garrincha jogou em Currais Novos
Um dos maiores jogadores de todos os tempos do futebol brasileiro e mundial Mané Garrincha jogou em 1973, vestindo a camisa da Liga Desportiva Curraisnovense, que era a seleção local, cujo a base era do Potyguar, para disputar um amistoso contra o seu maior rival na época o tradicional Centenário de Parelhas.
A “Seleção de Currais Novos” venceu por 2 a 1, com dois gols de Nabor Filho um dos maiores ídolos da história do clube. Nessa época o time era chamado de “seleção currais-novense“.
Dedé de Dora: um capítulo à parte
O maior ídolo da história do Potyguar foi José Gomes de Medeiros, o “Dedé de Dora” revelado pelo próprio clube e mais tarde se tornaria ídolo nos dois maiores clubes do estado o ABC e o América de Natal.
Convite para jogar na elite do futebol do estado fez o clube realizar mudanças
O clube permaneceu amador até 1976, quando recebeu o convite da Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol (FNF), para debutar no Campeonato Potiguar da 1ª Divisão daquele ano.
Talvez uma das razões de receber o convite é que o presidente de honra do clube, na época, era o senador da república Agenor Nunes de Maria (entre 1975 a 1983); também o apoio do prefeito de Currais Novos, Bitamar Bezerra Barreto(ARENA, governou entre 1973 a 1977), o empresário Radir Pereira de Araújo, que era o patrono do clube e o presidente Benedito Targino.
Após aceitar o convite, foi realizado no cinema da cidade, um plebiscito, para definir qual seria o nome da equipe: Potyguar ou Seridó? E, evidentemente, o escolhido foi o primeiro nome.
Como já existia o alvirrubro Potiguar de Mossoró, a diretoria para se diferenciar resolveu agregar a letra ‘Y‘, passando a se chamar “ Potyguar Futebol Clube“.
A grafia do nome do time mereceu charges na imprensa natalense que passou a chamá-lo de “Potyguar com Ípsilon“. O comércio, das minerações de Currais Novos, e os próprios torcedores ajudavam financeiramente o clube.
Depois, viajaram até a cidade de Fortaleza (CE), e, compraram o novo material esportivo, similar ao Fortaleza Esporte Clube. Dessa forma o vermelho e branco, ganhou a companhia do azul, passando a ser Tricolor.
A prefeitura de Currais Novos realizou uma reforma completa no Estádio Municipal Cel. José Bezerra, com capacidade para cerca de 2 mil pessoas, num custo de mais de 200 mil cruzeiros. Dentre as melhorias destaque para as cabines de rádios, vestiários, o túnel de acesso ao campo e a instalação da drenagem para o gramado.
Nove participações na elite do Estadual
A estreia aconteceu no domingo, do dia 07 de março de 1976. Diante da sua torcida, o Tricolor Curraisnovense venceu o Baraúnas por 2 a 1, no Estádio Coronel José Bezerra, em Currais Novos.
O atacante Pedrinho abriu o placar logo aos 5 minutos e ampliou aos 36, da primeira etapa. No segundo tempo, Robson, aos 38 minutos, fez o gol de honra dos visitantes. O Potyguar formou assim: Inácio; Gilvã, Ivo, Luisão e Carlos; Carlinhos, Chiquinho e Imagem; Carlinhos II, Pedrinho e Dinha. Técnico: Manuel Veiga.
A 1ª vitória da história em cima do América de Natal
No primeiro turno, em Currais Novos, o América goleou o Potyguar por 4 a 1(gols de Aluísio, três vezes; e Alberí para o América; descontando Dinha, para o Potyguar). Dessa forma, a expectativa era que jogando nos seus domínios, o América venceria com tranquilidade.
Porém, no sábado, do dia 16 de julho de 1977, no estádio Castelão, em Lagoa Nova, em Natal, o Potyguar de Currais Novos surpreendeu o América de Natal, em jogo válido pela 2ª rodada do Returno.
Foi um jogo com mais oportunidades de gols para o América e com grandes defesas do goleiro Índio, do “Leão do Seridó“. Porém, o antigo ditado “Quem não faz leva“, aconteceu aos 11 minutos da etapa final, em jogada de contra-ataque, o atacante Djalma ficou na cara do gol do goleiro Cícero, do América, e fez o tento da vitória.
América de Natal 0 X 1 POTYGUAR-CN
LOCAL
Estádio Castelão, no bairro de Lagoa Nova, em Natal (RN)
CARÁTER
2ª rodada do Returno do Campeonato Potiguar de 1977
DATA
Sábado, do dia 16 de julho de 1977
RENDA
Cr$ 10.540,00 (dez mil e quinhentos e quarenta cruzeiros)
PÚBLICO
586 pagantes
ÁRBITRO
César Virgílio (FNF)
AMÉRICA
Cícero; Ivã, Argeu, Ivã Xavier e Olímpio; Zéca, Rogério (Garcia) e Ronaldo; Marinho (Santa Cruz), Aluísio e Soares.
POTYGUAR
Índio; Gilvan, Guri, Luizão e Gonzaga; Naldo, Carlinhos e Valdeci Santana; Vandinho, Djalma (Vã) e Dinha.
GOL
Djalma aos 11 minutos (Potyguar), no 2º tempo.
No Estadual de 1977, o Potyguar jogou 16 vezes, com seis vitórias, cinco empates e cinco derrotas, marcando 11 gols e sofrendo 14. Os artilheiros da equipe foram: Vandinho com cinco gols; Djalma e Pereira, com dois tentos cada; e Gilvan e Dinha com um gol.
No Potyguar de Currais Novos, o atacante Djalma atuou como jogador amador e depois como profissional. Posteriormente, foi presidente e técnico do Potiguar time amador (jogava, dirigia e ainda batia os pênaltis).
Alem do Potyguar-CN, Djalma jogou nos clubes potiguares: ABC, América, Alecrim, Riachuelo; Treze, de Campina Grande (PB); Central, de Caruaru (PE) e Potiguar, de Mossoró (RN).
1º confronto diante de um clube carioca
Um fato importante na história do Potyguar foi o amistoso nacional, no domingo, do dia 06 de dezembro de 1981, diante do Botafogo (RJ), no estádio Coronel José Bezerra. Até hoje foi o único grande clube carioca que jogou em Currais Novos. No final, o Clube da Estrela Solitária venceu por 2 a 1, com gols de Mendonça e Jerson.
O clube também jogou na Elite do Futebol do Rio Grande do Norte em 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983 e 1984. Num total de nove participações. A partir daí, o clube se retirou em razão de muitas dívidas, que por pouco não causou a extinção da agremiação.
A estratégia para salvar o clube foi refundá-lo, na terça-feira, do dia 1° de agosto de 1989, com o nome de “Associação Cultural e Desportiva Potyguar Seridoense“. A partir daí, é uma outra história para um outro momento.
Colaborou: Adeilton Alves
FONTES: João Cesário, do Blog Terra da Xalita – Blog do Futebol de Seridó – Luís Sátiro ‘Lulinha’ do Blog Escrete de Ouro – Walter Irís – Diário de Natal (RN) – Jornal O Poti (RN) – Revista de Currais Novos
O Torneio Início da Liga Uberabense de Futebol (LUF) de 1953, foi realizado no domingo, às 13 horas, do dia 17 de maio de 1953, no Estádio Dr. Boulanger Pucci, no bairro Alto das Mercês, em Uberaba (MG).
A competição contou com a participação de nove equipes:
Asas Futebol Clube;
Associação Esportiva Merceana;
Botafogo Esporte Clube;
Clube Atlético Mineiro;
Clube Recreativo Ferroviário (Ibiá);
Esporte Clube Fabrício;
Independente Atlético Clube;
Nacional Futebol Clube;
Uberaba Sport Club.
Os Preços dos ingressos para a peleja foram definidos assim:
Cavalheiros – Cr$ 10,00;
Senhoras – Cr$ 5,00;
Crianças – Cr$ 3,00.
Com uma Renda de Cr$ 8.200,00, o evento não lotou às dependências do Estádio Dr. Boulanger Pucci. Talvez um dos fatores tenha sido o forte calor que aconteceu no dia e acabou afastando boa parte dos torcedores.
Na final, o Nacional se sagrou campeão ao derrotar o Clube Recreativo Ferroviário(Ibiá) pelo placar de 2 a 0. Abaixo os resultados do Torneio Início da LUF de 1953.
1º jogo – Uberaba Sport Club 0 x 1 Clube Recreativo Ferroviário (1 x 2 escanteios)
Ferroviário: Nivaldo; Bigode e Lola; Ataíde, Paulo e Mário; Tuna, Nelito, Manoel, Juliano e Ivanir.
Uberaba: Caju; Aflaton e Beco; Santista, Tiago e Cocada; Sapinho, Jarbas. Maquinista, Celom e Lolo.
Árbitro: Joaquim Praxedes.
2º jogo – Associação Esportiva Merceana 0 x 0 Nacional Futebol Clube (0 x 1 escanteio)
Nacional: Osvaldo; Plínio e Sebastiãozinho; Ingronga, Geraldo e Rossi; Nicotina, Rubinho, Pé de Ferro, Domingos e Zé Pedro.
Merceana: Nenzico; Claiton e Acrisio; Nego, Olavo e Geraldo; Tucha, Betinho, Toró, Paulo e Aquino.
Árbitro: Policarpo Santos.
3º jogo –Asas Futebol Clube 0 x 0 Clube Atlético Mineiro (5 x 4, nos pênaltis. Milionário converteu os cinco para o Asas, enquanto Brauer errou o segundo).
Asas: Nenem; Fio e Ley; Demerval, Helio e Nego; Lazinho, Galo, China, Waldomiro e Milionário.
Atlético: Rui; Helio e Inelo; Brauer, Hely e Lecha; Ari, Nonô, Azambuja, Calmon e Barriga.
Árbitro: Arlindo de Oliveira.
4º jogo –Independente Atlético Clube 0 x 0 Botafogo Esporte Clube (4 x 2, nos pênaltis. Nilo assinalou os quatro para o Independente, enquanto Joãozinho desperdiçou as duas primeiras cobranças).
Independente: Nivaldo; Mané e Nonato; Ditinho, Zezão e Darinho; Rogério, Márcio, Jorge, Nilo e Sargento.
Botafogo: Bruno; Roldan e Biguá; Gringo, Galo e Joãosinho; Barba, Baiano, Gato, Tatão e Ronaldo.
Árbitro: Joaquim Praxedes.
5º jogo –Clube Recreativo Ferroviário 0 x 0 Esporte Clube Fabrício (5 x 4, nos pênaltis. Nelito acertou todas as cobranças para o Ferroviário; enquanto Chiquinho perdeu a última cobrança).
Fabrício: Nicácio; Almir e Tonico; Vico, José e Roldan; Colmaneti, Chiquinho, Totonho, Zé Vieira e Pirilo.
Ferroviário: Nivaldo; Bigode e Lola; Ataíde, Paulo e Mário; Tuna, Nelito, Manoel, Juliano e Ivanir.
Árbitro: Waldemar Gomes.
6º jogo –Nacional Futebol Clube 1 x 0 Asas Futebol Clube (gol de Domingos)
Nacional: Osvaldo; Plínio e Sebastiãozinho; Ingronga, Geraldo e Rossi; Nicotina, Rubinho, Pé de Ferro, Domingos e Zé Pedro.
Asas: Nenem; Fio e Ley; Demerval, Helio e Nego; Lazinho, Galo, China, Waldomiro e Milionário.
Árbitro: João de Melo.
7º jogo – Clube Recreativo Ferroviário 0 x 0 Independente Atlético Clube (5 x 4, nos pênaltis. Nelito acertou todas as cobranças para o Ferroviário; enquanto Nilo desperdiçou uma cobrança).
Ferroviário: Nivaldo; Bigode e Lola; Ataíde, Paulo e Mário; Tuna, Nelito, Manoel, Juliano e Ivanir.
Independente: Nivaldo; Mané e Nonato; Ditinho, Zezão e Darinho; Rogério, Márcio, Jorge, Nilo e Sargento.
Árbitro: Policarpo Santos.
8º jogo (Final) –Nacional Futebol Clube 2 x 0 Clube Recreativo Ferroviário
Na final, teve a duração de 60 minutos. Os gols foram assinalados por Nicotina aos 15 minutos da etapa inicial; e Bel aos 23 minutos da segunda etapa.
Bel e Tinoco entraram no quadro do Nacional, enquanto Croner e Baiano no Ferroviário.
Nacional: Osvaldo; Plínio e Sebastiãozinho; Ingronga, Geraldo e Rossi; Nicotina, Rubinho, Pé de Ferro, Domingos e Zé Pedro.
Ferroviário: Nivaldo; Bigode e Lola; Ataíde, Paulo e Mário; Tuna, Nelito, Manoel, Juliano e Ivanir.