Amistoso Histórico!!!

O primeiro jogo da história do Frigorífico foi realizado a 7 de setembro de 1919 entre os dois quadros do clube, com a finalidade de inaugurar o campo de futebol da Vila Vestey e apresentar a banda de música recém-organizada.
Embora a prática do futebol fosse uma atividade sazonal, limitada na época à chamada estação esportiva, o clube desenvolveu uma intensa atuação, chegando mesmo a ser considerado o melhor time do Estado, em virtude de uma série de 27 partidas invictas, só interrompida pelo Fluminense FC, em 1921, com a sua equipe integrada pela maioria dos jogadores que haviam levantado o tricampeonato carioca em 1919.

A realização deste encontro histórico foi uma iniciativa de Henry Welfare, da “Brazilian Meat Co. ” (a razão social °S. A. Frigorífico Anglo(só seria adotada no ano de 1941), e grande jogador do tricolor carioca, do qual foi um dos grandes goleadores. Welfare, que depois se transferiu para o Vasco da Gama, também atuou várias vezes pelo Frigorífico. O Fluminense foi calorosamente recebido com a realização de um banquete na plataforma de embarques do matadouro-frigorífico e o oferecimento de um cartão de prata alusivo à visita, momentos antes do jogo.

O jogo terminou com a vitória do Fluminense por 2×1, e se constituiu num grande evento social e esportivo. Infelizmente, as fotografias que registravam este acontecimento encontravam-se afixadas no vestiário do estádio da Vila Vestey e foram destruídas pela grande enchente de 1945, que danificou enormemente as dependências do clube.

O time do Frigorífico formou com Gastão, João Soares e Gramofone; Alcindo, Décio Monteiro e Chiquito: Jair Taubaté, Rômulo Guariento, João Guariento, Manoel Braga e Gasolina.

O atacante Manoel Braga era filho do coronel Júlio Braga. Os irmãos Guariento procediam de um clube de Bangu, chamado Esperanca, e acabaram eternizando esse apelido, que se transformaria numa legenda dentro do clube, e do qual o inesquecível Humberto Guariento foi um extraordinário continuador..

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Fonte:Uma Trajetória Gloriosa-Frigorífico AC

Mesa redonda sobre futebol através dos tempos

Esta expressão, mesa redonda, é usada para denominar programas de televisão onde são mostradas discussões e comentários sobre esportes, em sua maioria sobre futebol. Portanto resolvi pesquisar e fazer um breve relato do início da trajetória na televisão, durante seus vinte primeiros .

Por emblemática e histórica eis a foto da primeira (ou de uma das primeiras) mesa-redonda esportiva da TV brasileira. A foto, tirada no dia 12 de abril de 1961, de autoria do saudoso Sarkis, é emocionante pela presença de ícones do mundo esportivo, à época, do sumido e importantíssimo homem de rádio e TV Clóvis José de Azevedo e da… mesinha!!! Ali, nasceu a expressão ´´mesa-redonda´´ e a mesinha era… retangular!!! O flagrante nos antigos estúdios da TV Paulista, Canal 5, na região da Rua da Consolação, abriga Pedro Luiz, Paulo Planet Buarque, Edson leite, Clóvis Azevedo, Leônidas da Silva e Vicente Feola. Só fera.
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CLOVIS DE AZEVEDO
Sua participação foi marcante para a história das transmissões esportivas na televisão. Especialmente pela idéia da inclusão de um comentarista durante as partidas, função até então inexistente. “Na TV Paulista, contratei o Leônidas da Silva, que conhecia o futebol como poucos. Era necessário que o telespectador tivesse alguma referência para explicar o comportamento tático das equipes”. Tempos depois, inovou mais uma vez ao participar da primeira mesa redonda esportiva de TV em nosso país, ao lado de Pedro Luiz, Paulo Planet Buarque, Edson leite, Leônidas da Silva e Vicente Feola.
A foto foi tirada nos estúdios da saudosa TV Paulista, canal 5 (antecessora da Rede Globo), no início dos anos 60. A incrível mesinha e as cadeiras eram aquelas que as cervejarias ainda cedem para os barzinhos do Brasil.

MILTON PERUZZI E A MESA REDONDA É COM A GAZETA
Ele comandou por anos e anos, como ninguém, a nitroglicerínica “Mesa Redonda Futebol é com 11”, na TV Gazeta de São Paulo e o programa esportivo radiofônico “Disparada no Esporte”, na Rádio Gazeta da capital paulista. Seu auge aconteceu durante os anos 70 e 80.
Além disso, Peruzzi inventou a expressão “Tudo terminou em pizza”, quando retratou um momento político conturbado do Palmeiras nas páginas de “A Gazeta Esportiva”. É que o conflito político palmeirense terminou nas mesas de uma pizzaria próxima ao Parque Antártica. Hoje, o jornalismo brasileiro, político, econômico ou esportivo, sempre registra a frase “patenteada” por Peruzzi quando quer definir que alguma situação polêmica não teve um final feliz, principalmente quando a opinião pública exige uma punição exemplar acabando por se decepcionar.

GRANDE RESENHA FACIT
O programa contava com grandes personalidades, como o Luiz Mendes, João Saldanha, Armando Nogueira, José Maria Scassa, Nélson Rodrigues, Vitorino Vieira, Alain Fontain e Hans Henningsen – que Nélson Rodrigues apelidou de “O Marinheiro Sueco. Foi a melhor porta de entrada para o debate esportivo na TV, revestido, ao mesmo tempo, de inteligência e de paixão. Esse binômio foi irresistível para perenizar a atração, dirigida pelo saudoso companheiro Augusto Melo Pinto, que deu forma a uma idéia de Walter Clark.
Durante o programa, os comentaristas eram torcedores fanáticos dos clubes cariocas. Eram constantes as discussões acaloradas entre o botafoguense Saldanha e o tricolor carioca Nelson Rodrigues, por exemplo. Até hoje esse modelo está presente em várias emissoras, em diversas formas.
Entre tantos momentos memoráveis, houve o dia em que viu Nelson Rodrigues se referir a uma vitória do Fluminense como sendo “uma vitória santa do tricolor”, provocando uma reação do Scassa. Ele interrompeu a fala de Nelson dizendo que a vitória se devia à competência da equipe e não tinha nada a ver com religião. Nelson prosseguiu, como se não tivesse sido interrompido. Encerrou o assunto de forma inesquecível, clamando: “Vejam só, amigos. O Scassa está querendo proibir a entrada de Deus no Maracanã como se ele fosse um carona abominável.”

Um pouco dos grandes momentos do futebol carioca

Homenagem ao América e seu hino, A Garrincha, ao gol de placa de Pelé, às torcidas e aos craques .

AMÉRICA
O América serviu de fonte de inspiração para a criação de muitos outros Américas, no Brasil e no exterior .
1950-1960: Grandes times e mais um título carioca
O América disputou a primeira final do Campeonato Carioca no Maracanã tendo sido vice-campeão de 1950 ao perder a final para o Vasco por 2 a 1 perante 121.765 espectadores (104.775 pagantes), com gols de Ademir Menezes para o Vasco e Maneco para o América no primeiro tempo, com Ademir marcando o gol da vitória vascaína no segundo tempo. Em 20 jogos o América teve 14 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, fazendo 52 gols e sofrendo 30, tendo vencido todos os primeiros clássicos disputados no Maracanã (4 a 2 no Botafogo, 3 a 1 no Fluminense, 3 a 2 no Vasco e 3 a 1 no Bangu), exceto o jogado contra o Flamengo, com quem empatou de 2 a 2.
Tendo conquistado sete Campeonatos Cariocas em sua história, não teve a felicidade de ver o seu melhor time campeão, em 1955 , mas antes disso mostrou a qualidade que seu time de futebol tinha na década de 1950 .

Em 1951 as equipes inglesas do Arsenal e do Portsmouth FC excursionaram pelo Brasil, tendo ambas enfrentado o América no Maracanã. No dia 27 de Maio o América derrotou o Arsenal perante 20.856 espectadores (14.574 pagantes), com gols de Dimas e Rubens, descontando Gudmursson para os ingleses. Já no dia 8 de Junho o América venceu o Portsmouth por 3 a 2, com gols de Rubens, Ranulfo e Dicknson (contra), com Reid marcando os gols dos ingleses perante 24.005 espectadores (17.864 pagantes).
No dia 18 de julho de 1951, o América conseguiu uma vitória que entrou para a sua história . Convidado para disputar um torneio na cidade de Montevidéu, quando lá chegou verificou que não iria disputar um torneio, e sim um jogo contra o Peñarol, base da Seleção Uruguaia de 1950, que queria reafirmar a superioridade do futebol daquele país. A partida foi marcada para o dia 18 de julho de 1951, data nacional uruguaia e estava decretado feriado desde o dia 16, para comemorarem também o primeiro aniversário da conquista da Copa do Mundo de 1950 . Perante 65.000 uruguaios, o América fez uma grande partida e ganhou o jogo por 3 a 1.

Na conquista do Torneio Extra Carlos Martins da Rocha (torneios extras eram campeonatos disputados nos mesmos anos que os campeonatos cariocas oficiais de determinado ano e este em especial homenageou um ex-dirigente do Botafogo dando-lhe seu nome)em 1952, o América derrotou o Flamengo por 1 a 0 após 148 minutos de futebol, pois o regulamento previa que haveriam tantas prorrogações de 15 minutos quanto fossem necessárias até que um time conquistasse a vitória, fazendo o gol necessário para isto, com o meia-esquerda Ari, fazendo o gol do título americano, com um forte chute de fora da área.
O Jornal dos Sports, de 31 de dezembro de 1954, em sua página 5, divulgou uma pesquisa do instituto de pesquisas IBOPE que apontou a torcida do América como a quarta do Rio de Janeiro, com 6% da preferência dos torcedores , 1% à frente da torcida do Botafogo, o que refletiu o grande momento que o América viveu naquela época.
Pesquisa de torcida em 1954:
1°)CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO : 28%
2°)FLUMINENSE FOOTBALL CLUB : 18%
3°)CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA: 17%
4°)AMÉRICA FOOTBALL CLUB : 6%
5°)BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS: 5%
6°)BANGU ATLÉTICO CLUBE: 2%
7°)SÃO CRISTÓVÃO DE FUTEBOL E REGATAS: 1%

No Campeonato Carioca de 1954 o América garantiu o vice-campeonato ao vencer o Fluminense por 3 a 0, já em 16 de Fevereiro de 1955 , com 2 gols de Alarcon e 1 de João Carlos. Em 27 jogos o América obteve 17 vitórias, 6 empates e apenas 4 derrotas, marcando 59 gols e sofrendo apenas 27.
O América já havia sido vice-campeão em 1950 e 1954 e no Campeonato Carioca de 1955, realizou grandes jogos, goleando adversários tradicionais como o Flamengo (5 a 1), Fluminense (4 a 0 e 5 a 1), Botafogo (3 a 1 e 4 a 0), Bangu (5 a 3, 6 a 1) São Cristóvão (6 a 0), Madureira (4 a 0).

Fato relevante na montagem deste grande time do América, foram as contratações em Abril de 1955,de Canário, Washington e J. Alves ao Olaria, com Canário vindo a ser grande destaque americano e jogador da Seleção Brasileira. Em 1960, Canário foi o primeiro jogador brasileiro a ser campeão da Copa dos Campeões da Europa, jogando pelo Real Madrid, tendo sido um dos grandes destaques dos merengues nesta conquista.
Em Junho e Julho, o América participa do Torneio Charles Miller, em São Paulo e sagra-se vice-campeão, vencendo o Flamengo (1 x 0), o Peñarol (4 a 1), o Benfica (4 a 2) , perdendo para o Corinthians (3 a 1) e empatando com o Palmeiras (2 a 2), sendo campeão o Corinthians com 1 ponto perdido (o América teve 3).

Ainda em Julho o América vence o Torneio Quadrangular Internacional, em Lima, capital do Peru, vencendo o Universitário (3 a 1), o Alianza (4 a 2) e na final, o Santos por 2 a 1, com 2 gols de Alarcon , descontando Vasconcellos para os santistas. Após a conquista, o América ainda vence um combinado Alianza-Universitário, por 3 a 2, com gols de Wassil (2) e Washington.
A saída do treinador Martim Francisco ao final do Campeonato Carioca de 1955, pode ser considerado o fim deste grande time do América, que não obteria resultados tão expressivos após isto, embora jogadores seus viessem a servir a Seleção Brasileira ainda naquele ano, nas Taças Oswaldo Cruz, Atlântico e nos amistosos contra as seleções da Itália e da Argentina.

Tendo sagrado-se Campeão do Terceiro Turno de 1955 (que entrou pelo ano de 1956)[9], ganhando na final do Fluminense por 2 a 0, com mais de cem mil pessoas no Maracanã entre pagantes e não-pagantes, habilitou-se a disputar as finais em melhor-de-três contra o Flamengo, em outros jogos com o Maracanã lotado.
O América perdeu o primeiro jogo, por 1 a 0, no segundo ganhou do Flamengo por 5 a 1. No último, com cerca de 140.000 pessoas no Maracanã, perdeu para o Flamengo por 4 a 1. A nota destoante, é que nesse último jogo, o América teve o meia-esquerda Alarcon atingido de maneira violenta e por isso teve que sair do jogo aos 15 minutos do primeiro tempo . O América atuou o resto do tempo com apenas 10 jogadores, pois naquela época não era possível fazerem-se substituições,o que certamente contribuiu para o desfecho do campeonato.

Em 1955, o América ainda excursionou pela Europa, realizando dezoito partidas, ganhando treze, empatando uma e perdendo duas[10]. O clube rubro montou outro time e acabou fechando a grande década com a conquista do Campeonato Carioca de 1960, ganhando do Fluminense na final[11], com mais de cem mil pessoas presentes ao Maracanã .
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O HINO DE CLUBE MAIS BONITO DO BRASIL
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GARRINCHA
Manuel Francisco dos Santos, o Garrincha, é considerado um dos maiores talentos da história do futebol. O gênio da ponta-direita do Botafogo (RJ), nascido em Pau Grande, no Rio de Janeiro, encantou o mundo com seu estilo original de jogar, com seus dribles abusados e zombeteiros, com sua velocidade desconcertante e com suas jogadas ao mesmo tempo divertidas e belíssimas. Jogou 60 partidas pela Seleção Brasileira e encantou o mundo em três Copas do Mundo: da Suécia (1958) e do Chile (1962), das quais o Brasil foi campeão, e da Inglaterra (1966). Com Garrincha, o Brasil obteve 52 vitórias e sete empates. No final de carreira, jogou também no Corinthians, Flamengo, Olaria e em outros times brasileiros e estrangeiros. Estava com alguns quilos a mais e o joelho arrebentado. Morreu devido à cirrose hepática em 1983. Eternamente admirado, foi homenageado com o poema O Anjo de Pernas Tortas, de Vinícius de Moraes, o documentário Garrincha, Alegria do Povo, de Joaquim Pedro de Andrade, a biografia Estrela Solitária, de Ruy Castro, e os versos de Carlos Drummond de Andrade: “Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios.(…)”
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MOMENTOS DE GLÓRIA DO MARACANÃ
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MAIOR PATRIMÔNIO DO FUTEBOL CARIOCA
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HOMENAGEM AOS CRAQUES
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Homenagem ao torcedor que desde os anos 40 lota os estádios

Neste artigo somente três exemplos dos anos passados, aproveitando as fotos do site Milton Neves:
Homenagem especial ao torcedor, que tanto sofre por seu time. Ao torcedor que tanto pena para conseguir um lugarzinho nos estádios em jogos decisivos. E isso é algo que acontece há muito tempo. E antigamente nem precisava ser uma final. Acima, uma foto sensacional do dia 3 de outubro de 1948 prova isso. Vejam quanta gente empoleirada em uma das quatro torres de iluminação da Vila! E, “cortada”, a foto não mostra outros dois “lances de arquibancada aérea”. É mole? E nas outras três torres da velha Vila ocorria a mesma coisa! Bauer, o número 5 do Tricolor, lamenta. Odair Titica abraça Alemãozinho que fez o primeiro gol do Santos contra o São Paulo. À esquerda,Pinhégas está chegando e, à direita, Zeferino sorri segurando a bola. E Antoninho Fernandes enverga a 8 do Peixe, entre o Monstro do Maracanã e o camisa 6 do Tricolor.
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A segunda foto foi tirada do Parque São Jorge. Veja como nos anos 60 o estádio corintiano ficava lotado, até com gente se segurando no madeirame das placas de propaganda. Em pé: Augusto, Oreco, Cabeção, Cássio (mora na Bélgica), Eduardo e Ari Clemente. Agachados: roupeiro Irineu,Bataglia, Silva, Nei, Rafael, Ferreirinha.
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E para terminar uma foto do Morumbi ainda em construção, mas mesmo assim lotado. Corinthians e Santos se enfrentavam naquele dia da metade dos anos 60. Da direita para esquerda: Olten Ayres de Abreu (pai da polêmica Denise Abreu, ex-ANAC e “grande amiga” de Dilma Rousseff), Sansão e Anacleto Pietrobom . O último, de óculos é Rogelio Rodrigues, que era diretor de árbitros da FPF e diretor da Rádio Record. Quem nos ajudou foi o internauta Jota Roberto. Muito obrigado!
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Site de Milton Neves
Faço uma observação. Reparem que o relógio marca 14h e o estádio já estava lotado. O placar marcava o jogo preliminar.

Pernambuco, terra de estádios lotados

Fiz uma pesquisa com base em dados da CBF para descobrir qual estado do Brasil tem a melhor média de público nas três divisões do Campeonato Brasileiro. Os nordestinos, para variar, são o destaque.

Até agora, ninguém supera os pernambucanos em termos de média de público. Nada mais normal para um estado que tem os líderes de público nas séries A (Sport) e B (Santa Cruz). Em segundo lugar, vem a Bahia, que tem o Bahia, clube da Série C com maior média de torcedores presentes no estádio mesmo se somarmos as três divisões.

Dos “quatro grandes”, quem se destaca é o Rio de Janeiro, em terceiro lugar na lista. Isso graças ao quarteto Vasco-Botafogo-Flamengo-Fluminense, porque o resto é vergonhoso.

O mesmo vale para São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que têm boas médias entre os clubes grandes e ridículas entre os pequenos. Claro, o fato de os pequenos estarem geralmente em divisões inferiores explica um pouco, mas não justifica. Se os torcedores de Recife (três times e 1,5 milhão de habitantes) têm alto índice de presença no estádio, os de Campinas (dois times e 1,2 milhão de habitantes) também poderiam ter.

São Paulo, aliás, é uma falácia. A Federação Paulista sempre se gabou da “força do interior” e coisas do tipo, mas os números não mentem: o povo só quer saber mesmo de Parmera, Curintia e Sum Paulo. Os estádios das grandes e ricas cidades do interior paulista ficam às moscas quando esses times não jogam por lá. É de se destacar, ainda, a inexistência da torcida do Santos, que tem média (6.756, a segunda pior da Série A) inferior à do Barueri (9.962), que está na Série B e é uma grata surpresa entre os pequenos do estado mais populoso do país.

Vamos à classificação, com comentários.

1) Pernambuco – 15.894 torcedores/jogo.
A grande média pernambucana deve-se ao trio de Recife (Sport, Náutico e Santa Cruz). Nenhum dos três clubes do interior que estão na Série C consegue alcançar mil torcedores por jogo. Destaque positivo para o Santa Cruz, que, mesmo com o time brigando para não cair para a Série C, mantém a segunda melhor média do país, com 26.407 torcedores por partida.

2) Bahia – 14.372
O estado não tem nenhum time na Série A. Mesmo assim, Vitória (B), Bahia (C), Atlético (C) e Poções (C) têm todos médias de público entre 6 mil e 29 mil torcedores por jogo. O Bahia é insuperável, com 29.363.

3) Rio de Janeiro – 12.673
O público carioca está voltando aos estádios, acredito que graças às boas campanhas de Vasco e Botafogo, ao título do Fluminense na Copa do Brasil e à paixão da torcida do Flamengo – só com muita paixão para lotar um estádio com um time ruim daqueles. Os pequenos, porém, são lamentáveis. Destaque negativo para o tradicional América, com seus 664 torcedores por partida.

4) Ceará – 9.627
A paixão dos cearenses pelo futebol já foi tratada aqui no OCD, quando citei uma pesquisa do leitor e também blogueiro Sidis. Vale lembrar que, como a Bahia, o Ceará não tem nenhum time na Série A. Pena que, tirando a dupla da capital (Ceará e Fortaleza), ninguém mais arraste multidões aos estádios. A média do vice-campeão estadual Icasa, por exemplo, é de 1.306 torcedores por jogo, em uma cidade (Juazeiro do Norte) com 240 mil habitantes.

5) Minas Gerais – 8.852
Cruzeiro e Atlético Mineiro vão bem, mas o resto… nem os tradicionais Tupi (886) e Villa nova (828) empolgam suas cidades. Destaque para o Cruzeiro, com 21.261 torcedores por jogo, quase 8 mil a mais que o maior rival.

6) Rio Grande do Sul – 8.782
A dupla de grandes (Grêmio e Internacional) tem boa média, mas o estado paga o preço de ter o time de pior média de público do país (Ulbra, 59) e o da Série A (Juventude, 4.814). O tradicional Caxias (951) também decepcionou.

7) Rio Grande do Norte – 7.905
A presença do América na Série A faz aumentar a média potiguar. Apesar de lanterna disparado, o Mecão tem uma média de público (10.955) que é quase o dobro da do rival ABC (5.978), que é atual campeão estadual e está na Série C.

8) Paraná – 6.436
Quem se destaca é o Coritiba, que, mesmo na Série B, tem a melhor média entre os clubes do estado (9.631). No interior, dá para ver pelos números que eles gostam mesmo é de times gaúchos e paulistas. Menção honrosa à Roma, de Apucarana, com seus “extraordinários” 1.442 pagantes por jogo. Pouco, mas bem melhor que o atual campeão Paranavaí (512).

9) Goiás – 5.954
O carro-chefe é o Goiás (12.814), que está na Série A. Dizem que o último jogo do Vila Nova na Série C deu mais de 20 mil pessoas no Serra Dourada, mas ele ainda não entrou nas contas da CBF – o Tigre tem média de 4.565. O atual campeão estadual Atlético Goianiense é o pior dos cinco times do estado nas três divisões do Campeonato Brasileiro (Crac e Itumbiara são os outros dois), com 1.976 torcedores por jogo.

10) São Paulo – 5.872
Foi por pouco, mas o estado mais rico e mais populoso do país entrou entre os dez maiores. Como disse antes, os times grandes da capital, mesmo com todos os problemas de violência, têm boas médias. No interior é que o negócio vai mal. Destaque mesmo é o Barueri, mas como já falei dele, ressalto também a média do Guarani (3.427) na Série C, que, se não é nada de outro mundo, pelo menos é maior que a da rival Ponte Preta (2.706) na Série B.

11) Santa Catarina – 5.573
Ah, o estadinho mais belo dessa federação… se não fosse a média vergonhosa do Avaí (2.280), poderíamos ter ficado à frente de São Paulo. O Joinville, na Série C, teve a maior média: 8.744, um pouco melhor que o Figueirense (8.477), da Série A.

12) Alagoas – 4.699
O CRB (7.206) tem a melhor média.

13) Pará – 3.696
É fácil dizer-se apaixonado pelo clube quando ele está na Série A. Com o Remo caindo pelas tabelas na Série B e o Paysandu escondido na Série C, os paraenses sumiram dos estádios. A tradicional Tuna Luso, na C, tem média de 615 torcedores por jogo, a pior entre os times do estado.

14) Sergipe – 2.872
Entre os estados que só possuem times na Série C, Sergipe é o de maior média de público. Isso graças ao Confiança (3.948). O outro, o América (719), colabora pouco.

15) Acre – 2.841
Uma média um pouco falsa, já que é a média de um clube só – apenas o Rio Branco representa o estado na Série C.

16) Maranhão – 2.398
O tradicional Sampaio Correa (2.888) e o Imperatriz (1.810) são os representantes maranhenses na Série C.

17) Distrito Federal – 1.844
Com 45% dos jogos, o Brasiliense (3.197) é responsável por 80% do público do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro.

18) Piauí – 1.685
Só dois times: River (2.125) e Barras (1.510).

19) Amazonas – 1.352
Os três times que representam o estado na Série C são tradicionais – Fast (853), Nacional (1.841) e São Raimundo (1.370) -, mas nem isso parece empolgar o torcedor local.

20) Tocantins – 1.207
Apenas um time, o Araguaína.

21) Espírito Santo – 894
O Jaguaré (1.344) é razoável. O Linhares (668) é um fracasso.

22) Paraíba – 874
Sem os tradicionais Treze, Botafogo e Campinense, coube a Nacional (1.045) e Atlético (731) representarem o estado.

23) Mato Grosso – 741
Cacerense (971) e Jaciara (510). Realmente, não empolga.

24) Mato Grosso do Sul – 661
Cene (411) e Águia Negra (810).

25) Roraima – 263
Só um time, o São Raimundo.

26) Amapá – 227
O Amapá é o representante solitário.

27) Rondônia – 225
Parabéns, Jaruense, único clube rondoniense na Série C. Tua torcida colocou o estado em último lugar no ranking.

Sou Felipe Silva , um apaixonado pelo futebol desde os oito anos, acompanho jogos de tudo que é canto e em 90% das vezes que ligo a TV ou rádio é pra ver futebol. Minha formação é em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Informações contidas no “ondeacorujadorme.blogspot.com” de 03.09.2007.

Jogos do Santos FC – Os 15 maiores públicos da Vila Belmiro

Abaixo a lista dos 15 jogos de maior público na Vila Belmiro:

1) 20/09/1964 0x0 SC Corinthians P (São Paulo) – 32.986 – Campeonato Paulista

2) 15/02/1976 0x5 SE Palmeiras (São Paulo) – 31.662 – Torneio Governador do Estado de São Paulo

3) 18/10/1978 0x2 Guarani FC (Campinas) – 31.172 (público total) – Campeonato Paulista

4) 15/05/1980 0x0 A Desportiva FVDR (Cariacica) (ES) – 31.146 (público total) – Campeonato Brasileiro

5) 02/04/1979 0x1 AA Ponte Preta (Campinas) – 30.779 (público total) – Campeonato Paulista

6) 07/09/1978 0x0 Paulista FC (Jundiaí) – 29.746 (público total) – Campeonato Paulista

7) 14/04/1979 2×1 AA Francana (Franca) – 29.801 (público total) – Campeonato Paulista

8) 30/07/1961 2×1 SE Palmeiras (São Paulo) – 28.800 (público calculado, nºs não oficiais) – Campeonato Paulista

9) 16/03/1983 1×1 Guarani FC (Campinas) – 28.529 (público total) – Campeonato Brasileiro

10) 08/10/1978 0x0 EC São Bento (Sorocaba) – 28.457 (público total) – Campeonato Paulista

11) 07/09/1977 0x2 Botafogo FC (Ribeirão Preto) – 28.254 (público total) – Campeonato Brasileiro

12) 14/11/1962 3×0 SE Palmeiras (São Paulo) – 27.600 (público calculado, nºs não oficiais, sujeito a modificações) – Campeonato Paulista

13) 16/12/1960 2×1 SE Palmeiras (São Paulo) – 27.400 (público calculado, nºs não oficiais, sujeito a modificações) – Campeonato Paulista

14) 04/10/1978 3×1 A Ferroviária E – 27.385 (público total) – Campeonato Paulista

15) 09/04/1983 2×2 C Náutico C (Recife) – 26.796 – Campeonato Brasileiro

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O cantor Jamelão também gostava de futebol

De madrugada, uma passagem contada por Airton Gontow, 47 anos, que é jornalista e cronista.
Estávamos no Sujinho, tradicional reduto da noite paulistana, com a bisteca mais famosa da cidade. Era a noite do jogo do Internacional de Porto Alegre contra o São Paulo, no Morumbi, pela Taça Libertadores. Percebemos alguns colorados, discretos e disfarçados no meio daquele bar lotado de são-paulinos cabisbaixos pela derrota em casa. Lá pelas três da manhã um grupo se aproximou da mesa: “Jamelão, somos gaúchos e teus fãs. Tu podes dar um autógrafo para a gente?” Jamelão olhou fixo para eles e disparou: “só se vocês acertarem qual é a minha musica predileta!”. Cheio de generosidade, deu uma dica: “é do Lupicínio”.

“Nervos de Aço””, exclamou um. “Vingança”, disse outro. “Esses moços, pobres moços, ah se soubessem o que eu sei…”, cantarolou um terceiro. Após mais tentativas, ele finalizou a conversa: “Você erraram, não tem autógrafo”. Deu um leve pontapé em mim por baixo da mesa e começou a cantarolar: “até a pé nós iremos, para o que der e vier, mas o certo é que nós estaremos, com o Grêmio onde o Grêmio estiver”. Os colorados olharam atônitos. Ele abriu um largo sorriso e disse: “sou gremista em Porto Alegre, santista em São Paulo e, principalmente, vascaíno no Rio, mas vocês estão de parabéns pela bela vitória. Para quem dou os autógrafos?” Todos rimos saborosamente…

Este pequeno relato certamente deve ser tratado como curiosidade. Mas julguei oportuno inserir porque quando estava lendo fiquei imaginando qual a música preferida do Jamelão entre tantas do Lupicínio Rodrigues. Quando li ele cantarolar o hino do Grêmio vi que era um final surpresa. Pelo menos para mim.
E quanto aos gauchos, deve estar tudo bem, afinal , os dois grandes de lá foram campeões mundiais e os torcedores do colorado devem até ter achado graça do Jamelão em noite de vitória do Internacional.
Gilberto Maluf

ARTIGO DA SEMANA N°27/2008 Súmulas de jogos e suas particularidades ao longo das décadas

SÃO PAULO(SP) 1 X 1 F.C PORTO(POR)
Data:25 / 01 / 1970
Amistoso Internacional
Local: Morumbi (São Paulo)
Renda: NCr$ 272.965,00
Público: 59.924 pagantes (107.869 presentes)
Gols: Vieira Nunes, 32 e Miruca, 35
Árbitro: José Favilli Neto
SÃO PAULO: Picasso; Édson, Jurandir, Roberto Dias e Tenente; Lourival e Gérson; Miruca (José Roberto), Toninho, Téia (Babá) e Paraná (Claudinho) / Técnico: Zezé Moreira.
PORTO: Vaz; Acácio, Valdemar, Vieira Nunes e Sucena; Pavão e Rolando; Gomes, Chico (Seninho), Pinto (Ronaldo) e Nóbrega.
Obs: Inauguração do Morumbi concluído

Dez anos. Esse foi o tempo que o São Paulo precisou se sacrificar para erguer totalmente a sua sede. Os anos de construção do Morumbi foram difíceis para o tricolor. Eram tempos de contenção de despesas e de pouco investimento no futebol profissional. Com o time fazendo apenas figuração nos campeonatos, os torcedores demonstraram muita paciência e compreensão com a diretoria, cientes do que representava o sonho do Morumbi. Assim como planejavam seus idealizadores, o gigante foi inaugurado como o maior estádio particular do mundo, com capacidade para 150 mil pessoas.A partida teve a presença de várias autoridades, como o presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici, o governador paulista, Roberto Costa de Abreu Sodré, e o prefeito de São Paulo, Paulo Salim Maluf. Era o auge da ditadura militar. A presença mais ilustre, contudo, não foi de nenhum político, mas do dramaturgo Nelson Rodrigues. Uma das raríssimas vezes que o anjo pornográfico saiu do Rio de Janeiro para assistir um jogo de futebol.

BANGU(RJ) 6 X 0 FLAMENGO(RJ)
Data: 20 /08 /1950
campeonato carioca.
Local: Maracanã
Gols: Moacir Bueno(2), Zizinho, Joel, Simões, Sula.
Juiz: Alberto da Gama Malcher
BANGU: Luis Borracha, Rafanelli e Sula, Gualter, Mirim e Pinguela. Djalma, Zizinho, Joel, Simões e Moacir Bueno
FLAMENGO: Garcia, Biguá e Juvenal, Bria, Walter e Bigode, Aloísio, Hermes, Helio, Lero e Esquerdinha.
Uma das mais vergonhosas derrotas da vida do Clube de Regatas do Flamengo, aconteceu no campeonato carioca de 1950. Apresentando em campo um time verdadeiramente desconexo, incorrendo ainda no erro de uma aventura que foi o lançamento precipitado de Hermes, o Flamengo emudeceu os olhos de sua torcida, caindo por uma contagem que atinge tremendamente o prestigio do clube da Gávea. Está de parabéns o Bangu pela sua estupenda vitória. Vitória que veio como efeito natural do amplo domínio exercido pelo seu conjunto , cujas manobras táticas foram perfeitas e cujo padrão de jogo é o que se pode exigir de um grande esquadrão

VASCO DA GAMA(RJ) 2 X 1 SANTOS(SP)
Data: 21/04/1958
Amistoso Interestadual
Local: São Januário
Gols: Laerte(2), Álvaro
Árbitro: José Gomes Sobrinho
VASCO DA GAMA: Helio, Dario, Viana, Ortunho, Écio, Barbosinha (Clever), Ramos, Laerte, Livinho (Artoff), Rubens (Roberto) e Pinga
SANTOS: Manga, Fioti, Juvaldo, Getúlio, Ramiro, Urubatão, Dorval, Álvaro, Pagão (Raimundinho), Ciro (Dom Pedro) e Vasconcelos (Zezinho)
Comemorando a conquista do Torneio Rio-São Paulo, o Vasco recebeu em São Januário a visita do Santos no dia 21 de abril de 1958 para uma partida amistosa. Apesar de o jogo ser considerado uma espécie de revanche para a equipe paulista, que havia perdido por 3 a 1 no último confronto, o que se viu em campo foi um Cruzmaltino inspirado que confirmou sua superioridade e venceu por 2 a 1

FLAMENGO(RJ) 2 X 1 VASCO DA GAMA(RJ)
Data: 17 /10//1954
Local:Maracanã
Campeonato carioca
Gols: Rubens, Índio; Alvinho
FLAMENGO: Garcia, Tomires e Pavão, Jadir, Dequinha e Jordan, Joel. Rubens, Índio, Dida e Bábá.
VASCO DA GAMA: Barbosa, Paulinho e Belini, Eli, Mirim e Dario, Sabará, Ademir, Vává, Maneca e Alvinho.
Dida estreou no time principal do Flamengo no dia 17 de outubro de 1954 no clássico carioca Flamengo e Vasco da Gama com o maracanã lotado.
Eis o comentário para a revista, O Esporte Ilustrado, do conhecido jornalista Luiz Mendes:“Ainda há poucos meses eles estavam em suas terras, ouvindo pelo rádio os grande jogos do Rio, apenas sonhando com o maracanã. Hoje, como eles vivessem a história de um desses contos maravilhosos de Alice no país da maravilha, eram, de verdade, protagonistas daquela beleza toda, transformando, de um momento para outro, em ídolo de uma platéia que se dá ao luxo de ser considerada a maior do Brasil. E os dois meninos da ala esquerda rubro negra, vivendo essa realidade empolgante, fizeram algumas travessuras”.
“Numa fugida de Bábá, o magnifico “scratchmam” nacional Paulinho de Almeida teve que usar de recursos extremos para evitar o gol, derrubando o ponteiro antes que ele entrasse na área. E disso nasceu o golaço de Rubens, cobrando a falta de maneira notável, chutando ao estilo de Jair, contornando a barreira e fazendo a bola chegar as redes”.
“O começo da vitória, portanto, teve inicio na manobra dos dois garotos. Um deles, o meia Dida, livrou-se do robusto Eli do Amparo, que parecia um Golias diante de um Davi, e meteu a bola na esquerda para a fuga de Bábá. Depois, no segundo tempo, a verde ala esquerda, formada por dois meninos que vieram do Norte, não teve maior influência de nenhum nervosismo. Paulinho não precisou, entretanto, temer mais as fugidas de Bábá, porque o ponteiro se contundiu e ficou em um pé só, sem poder correr. Apenas Eli continuou caçando Dida, e Dida como se fosse desconhecedor do nome, do prestígio e, até da condição de “scratchmam” do médio do Vasco, prosseguiu passando por Eli como se Eli não existisse”.

GRÊMIO(RS) 2 x 6 INTERNACIONAL(RS)
Data: 26/09/1954
Amistoso Estadual
Local: Estádio Olímpico
Arbitro: Carlos Alberto Vigorito(URU)
Gols: Sarará, Zunino; Larry (4), Jerônimo e Canhotinho.
GRÊMIO: Sérgio, Ênio Rodrigues, Orli, Roberto, Sarará, Itamar, Tesourinha, Milton, Camacho (Vítor), Zunino e Torres (Delém).
INTERNACIONAL: Milton, Florindo, Lindoberto, Oreco, Salvador, Odorico, Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Canhotinho.
No primeiro Gre-Nal da história do Estádio Olímpico, o Inter estragou a festa do seu maior rival. Aplicou um impiedosa goleada de 6 a 2, fazendo da casa do Grêmio, desde então, um palco de vitórias coloradas. O Internacional tinha uma de suas mais temíveis duplas de ataque em todos os tempos: Larry e Bodinho. Um jogo tão festivo que até o árbitro era atração: pela primeira vez um juiz uruguaio apitava, o sr. Carlos Alberto Vigorito. Em campo, o baile foi todo colorado com uma goleada de 6 tentos a 2

SÃO PAULO(SP) 1 x 0 PALMEIRAS(SP)
Data: 10/11/1946
Campeonato paulista
Local: Pacaembu
Árbitro: Bruno Nina
Gols: Renganeschi,38 2ºT Expulsões: Remo, Paulo;Og Moreira, Villadôniga
SÃO PAULO: Gijo; Piolim e Renganeschi; Rui, Bauer e Noronha; Luizinho, Sastre, Leônidas, Remo e Teixeirinha / Técnico: Joreca.
PALMEIRAS: Oberdan; Caieira e Gengo; Og Moreira, Túlio e Waldemar Fiúme; Lula, Lima, Villadoniga, Canhotinho e Mantovani / Técnico: Ventura Cambon
No ano de 1946, o Tricolor entrou no Campeonato Paulista como um dos favoritos.Este time era reconhecido como um dos mais fortes do país e lutava pelo bicampeonato estadual. São Paulo e Corinthians chegaram com chances na rodada final. O alvinegro enfrentaria um time pequeno, enquanto o Tricolor pegaria o Palmeiras. Precisando vencer, o São Paulo entrou de corpo e alma, mas o Palmeiras também jogou com muita garra e complicou ao máximo a vida do São Paulo.O zagueiro argentino Armando Renganeschi mesmo machucado permaneceu em campo para fazer número pois não havia substituições. Aos 38 minutos do segundo tempo, uma bola acerta o travessão do Palmeiras e pinga na grande área. Correndo com grande dificuldade, praticamente arrastando o pé, Renga conseguiu chegar na bola e tocar para o gol. O gol do título.

BENFICA(POR) 2 x 5 SANTOS(SP)
Data: 11/10/1962
Mundial Interclubes
Local: Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Pierre Schinter (França)
BENFICA: Costa Pereira; Humberto, Raul e Cruz; Caven e Jacinto, José Augusto, Santana, Euzébio, Coluna e Simões / Técnico: Otto Glória.
SANTOS: Gilmar; Olavo, Mauro e Dalmo; Zito, e Calvet; Dorval, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe / Técnico: Luís Alonso Peres (Lula).
Gols: Pelé, aos 17 e 26 minutos do 1º tempo; Coutinho, aos três, Pelé, aos 19, Pepe aos 31, Euzébio, aos 41, e Simões aos 44 minutos do 2º tempo.
Foi no dia 11 de outubro de 1962 que o Santos Futebol Clube conquistou o título máximo que um clube de futebol pode alcançar. Nesta data, o Peixe sagrou-se campeão mundial interclubes, em Lisboa. A partida que rendeu o título ao Santos foi um verdadeiro show de bola. Este jogo é tido por muitos dos jogadores daquela época como a melhor apresentação do Santos em toda a sua história. O jogo final foi marcado por muita tensão. O estádio estava lotado e, como não poderia ser diferente, a quase totalidade do público presente torcia para o Benfica. O Santos havia vencido o primeiro confronto, no Maracanã, por 3 a 2, em um jogo muito disputado. O time português confiava tanto na vitória, que ouviam-se rumores de que já estavam sendo vendidos os ingressos para a terceira partida. Na verdade, o que a torcida portuguesa viu foi o completo domínio do Santos, que chegou a estar vencendo por 5 a 0. Os gols do Benfica só foram feitos nos últimos cinco minutos de jogo. Os gols do Santos foram marcados pelo famoso trio: Coutinho, Pelé (3) e Pepe. Pelo bonito futebol, a equipe campeã deu sua volta olímpica sendo aplaudida de pé pela torcida adversária

BOTAFOGO(RJ) 2 X 1 BANGU(RJ)
Data: 18 12 / 1967.
Campeonato carioca
Gols: Roberto e Gerson; Mario
Juiz: Antonio Viug.
Público: 111.641 pagantes.
BOTAFOGO: Manga, Paulistinha, Zé Carlos, Leonidas, Valtencir, Carlos Roberto, Gerson, Rogério, Roberto, Jairzinho, e Paulo Cesar Caju /Técnico: Zagalo.
BANGU: Ubirajara, Cabrita, Mario Tito, Luis Alberto, Ari Clemente, Jaime, Ocimar, Paulo Borges, Del Vechio, Mario, e Aladim / Técnico: Plácido Monsores.
Há 41 anos o Bangu decidia com o Glorioso a final do carioca. Perdeu, mas lutou até o fim, quase conseguindo o empate. Jogava-se por amor à camisa. O Bangu nessa época tinha uma grande equipe e nesse jogo foi valente, busca intensamente o bicampeonato, e teve até um gol duvidosamente anulado.112 mil torcedores estavam presentes, mesmo com uma tarde de chuva forte sobre a cidade.
O Botafogo tinha um timaço, e levou o caneco com um golaço de Gerson no ângulo do Ubirajara

VASCO DA GAMA(RJ) 3 X 2 AMÉRICA(RJ)
Data: 31 de julho de 1937
Amistoso Interestadual
Local: Estádio São Januário Público: 25.000 pagantes
Juiz: Sanchez Diaz (Argentina)
Gols: Lindo (2) e Raul; Nélson e Carola
VASCO DA GAMA: Joel, Poroto e Itália; Oscarino (Rainha), Zarzur e Calocero; Lindo, Kuko, Raul, Feitiço e Luna (Orlando)
AMÉRICA: Tadeu, Vital e Badu; Brito, Munt e Possato (Pellizzari); Valdir, Carola, Plácido, Nélson e Wilson
Em 19 de julho de 1937, os presidentes do América, Pedro Magalhães Correia, e do Vasco, Pedro Pereira Novaes, reuniram-se secretamente na Associação dos Empregados do Comércio, no Centro do Rio, e elaboraram uma estratégia para a pacificação, celebrada enfim com a fusão de LCF e FMD, criando a Liga de Futebol do Rio de Janeiro, aceita imediatamente pelos outros dez clubes que integravam as duas antigas entidades. Logo, em 31 de julho, promoveu-se o amistoso entre América e Vasco, em São Januário, numa festa magnífica. Valeu, então, a Taça Pinto Bastos e o Bronze da Vitória, esse oferecido pela revista “O Cruzeiro”. O Vasco venceu por 3 a 2 e ficou com a posse definitiva de ambos. Estabeleceu-se também um Troféu da Paz, para ser disputado naquele e em outros dois jogos, como de fato aconteceu. O América ganhou a segunda partida, realizada em 5 de setembro de 1937, e a terceira e decisiva, que aconteceu em 25 de agosto de 1938, por, respectivamente, 3 a 1 e 2 a 0, levando a taça para Campos Sales.

PALMEIRAS(SP) 2 X ESPORTIVA(GUARATINGUETA/SP)
Data: 07/09/1964
Campeonato Paulista
Gols: Ademar Pantera e Rinaldo
Árbitro: Teodoro Nitti
Renda: Cr$ 19.600.000,00
Público: 31.900 pagantes
PALMEIRAS: Valdir Joaquim de Morais; Caetano, Djalma Dias e Ferrari; Dudu e Valdemar Carabina; Gildo, Ademar Pantera, Picolé, Tupãzinho e Rinaldo / Técnico: Silvio Pirilo ESPORTIVA: Acosta; Bolar, Jorge e Rubens; Luís César e Zózimo; Roberto, Luís Carlos, Nenê, Sauí e Édson / Técnico: Carlos Silva
Em Setembro de 1964 a Sociedade Esportiva Palmeiras, com uma grande festa, entregava as obras de seu remodelado estádio. Foram entregues as novas numeradas, a arquibancada prolongada com um semi-círculo em seu final e o setor das sociais, aonde havia um lugar específico para os associados. Também foram reformados os banheiros, as cabines de rádio e televisão, a tribuna de honra, autoridades, e também foram criadas as cadeiras cativas, aonde da venda dessas cadeiras foi arrecadado parte do dinheiro investido nas obras.

PONTE PRETA(SP) 0 X 3 XV DE NOVEMBRO(PIRACICABA)
Data: 12 de setembro de 1948
Campeonato Pauista da 2ª Divisão
Local: Etádio Móises Lucarelli, em Campinas
Juiz: Antonio Musitano
Renda: Cr$ 57.730,00
Gols: Sato, Gatão e Picolino
PONTE PRETA: Serafim; Alcides e Sapatão; Nego, Gaspar e Rodrigues; Damião, Gaiola, Vicente, Armandinho e Oliveira
XV DE NOVEMBRO: Ari; Elias e Idiarte; Cardoso, Strauss e Adolfinho; De Maria, Sato, Picolino, Gatão e HenriqueJogo de inauguração do Estádio Móises Lucarelli após vários anos de esforços para ter o seu estádio próprio. A equipe disputava suas partidas no Estádio Horácio da Costa, de propriedade do Mogiana. Este jogo foi válido pelo Campeonato Paulista da 2ª Divisão e foi contra a equipe mais poderosa do interior na época, o XV de Novembro de Piracicaba.

SÃO PAULO(SP) 0 x 0 PALMEIRAS(SP)
Data:03/10/1943
Campeonato PaulistaLocal: Pacaembu
Árbitro: Carlos de Oliveria Monteiro(Tijolo)
SÃO PAULO: King; Piolim e Virgílio; Zezé Procópio, Zarzur e Noronha; Luizinho, Sastre, Leônidas, Remo e Pardal / Técnico: Joreca.
PALMEIRAS: Obderdan; Junqueira e Osvaldo; Brandão, Og Moreira e Dacunto; Caxambu, Gonzalez, Cabeção, Villadoniga e Canhotinho / Técnico: Del Debbio
O primeiro título do São Paulo após o ressurgimento do clube, em 1935, foi conquistado em 1943, já com Leônidas da Silva no time. Naquele ano, diziam que o Campeonato Paulista seria decidido na moedinha. Se desse cara, o campeão seria o Corinthians. Se desse coroa, seria o Palmeiras. O São Paulo só poderia ser campeão se a moeda caísse em pé. E a Portuguesa, se a moeda parasse no ar. Pois a moeda caiu em pé. O São Paulo mostrou superioridade aos rivais ao longo de todo o certame e chegou à ultima rodada precisando de apenas um empate para ficar com a taça. O adversário era o Palmeiras e o 0 a 0 daquela tarde garantiu a primeira conquista tricolor da Era Leônidas. Aquele seria o primeiro de uma série de cinco títulos estaduais naquela década.

VASCO DA GAMA(RJ) 2 x 0 PEÑAROL(URU)
Data: 22/04/1951
Amistoso Internacional
Local: Maracanã
Gols: Friaça e Ademir.Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro, o popular Tijolo.
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto, Clarell. Danilo e Alfredo. Tesourinha. Ademir. Friaça (Ipojucan). Maneca e Djair.
PEÑAROL: Maspoli. Matias Gonzalez e Romero. J.C. Gonzales. Obdulio Varela e Etchegayon (Abadye). Gighia. Piuepoff. Falero (Miguez), Schiafino e Vital.
Vasco da Gama e Peñarol realizaram 2 jogos no Maracanã como praticamente, para os vascaínos, revanches do Mundial de 1950 quando, a Seleção Celeste ganhou por 2 x 1 do Brasil. Vasco da Gama e Peñarol tinham as bases dessas seleções e os cariocas levaram a melhor nestes 2 jogos. No primeiro ganhou por 3 x 0 e no segundo por 2 x 0.

FERROVIÁRIA(SP) 0 x 5 VASCO DA GAMA(RJ)
Data:10 / 06 / 1951
Amistoso Interestadual
Local: Fonte Luminosa(Araraquara)
Juiz: Alberto da Gama Malcher auxiliado pelos bandeirinhas araraquarenses Ernani Salvador Volpi e Rolando Volpi.
Gols: Friaça(4), Tesourinha
VASCO DA GAMA: Barbosa; Augusto (Laerte) e Clarel; Ipojucan (Lola), Danilo e Alfredo; Tesourinha, Ademir (Amorim), Friaça, Maneca e Djair (Chico) / Técnico: Flávio Costa. FERROVIÁRIA: Sandro (Tino); Sarvas (Espanador) e Aléssio; Pierre, Basso e Pimentel (Rudge); Guardinha (Baltazar), Fordinho (Milton Viana), Marinho, Gonçalves e Baltazar (Tonhé) / Técnico: Zezinho
OBS:Friaça marcou o primeiro gol na Fonte Luminosa

Inauguração da Fonte Luminosa:
O majestoso estádio afeano está em parte pronto para ser inaugurado e entre a primeira e segunda rodada da 2ª Divisão a Ferroviária folgou para receber o poderoso esquadrão do CR Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, para um amistoso especial, ou seja a inauguração oficial do Estádio Fonte Luminosa. Cartazes espalhados pela cidade, panfletagem de avião, chamadas nas rádios, milhares de ingressos vendidos na região de Araraquara e o jogo do dia 10 de junho de 1951 entra para a história. De um lado o time base da Seleção de 1950, vice-campeã mundial e de outro um time inexperiente e em formação.

SÃO PAULO(SP) 5 x 0 NACIONAL(SP)
Data: 01/01/1949
Campeonato Paulista
Local: Estádio do pacaembu, em São Paulo
Juiz: Mr. Snape
Renda: Cr$ 153.045,00
Gols: Friaça (2), Ponce de Leon e o juiz…
SÃO PAULO: Mário; Savério e Renato; Bauer, Rui e Jacó; Fraiça, Ponce de Leon, Leônidas, Remo e Teixeirinha.
NACIONAL: Fábio; Dedão e Antide; Damasceno, Riveti e Carlos; Plácido, Neca, Jorginho, Bode e Flávio.
Este jogo se tornou histórico, pois não foi o árbitro José de Assis Aragão o primeiro árbitro a marcar um gol, mas sim o inglês Mr. Snape que nesta partida se tornou o primeiro “árbitro artilheiro” brasileiro . Eis a ficha técnica e o comentário do jornal da época sobre o episódio:
“Depois de um jogo onde predominou amplamante, o tricolor bateu a equipe nacionalista pela contagem de 5 tentos a 0. Deve-se notar contudo que a marcação do 2º e 5º tentos sampaulinos foi muto contestada, notadamente o último. A linha atacante tricolor desceu para o ataque, Leônidas ao visar o gol atingiu o árbitro com a bola e esta foi aninhar-se nas redes guarnecidas por Fábio. Este tento, porém legítimo, sómente foi contestado pelo inedetismo com que foi marcado”

PALMEIRAS(SP) 3 x 0 PORTUGUESA SANTISTA(SP)
Data: 21/01/1951
Campeonato Paulista/1950
Local: Estádio Ulrico Mursa, em Santos/SP
Árbitro: Richard Eason
Gols: Lima 27/1ºT Rodrigues Tatu 7 e 29 /2ºT
PALMEIRAS: Oberdan; Turcão e Palante; Waldemar Fiúme, Luis Villa e Sarno; Nestor, Achilles, Lima, Canhotinho e Rodrigues Tatu / Técnico: Ventura Cambon.
PORTUGUESA SANTISTA: Andu; Pavão e Olavo; Jarbas, Nélson e Cabeção; Plínio, Zinho, Baía, Moacir e Barbosinha.
O Campeonato Paulista de 1950 já tinha um campeão praticamente definido: o São Paulo. Aliás, um tricampeão, já que a equipe tricolor vencera as edições de 1948 e 1949, e já comemorava aquele que seria o seu primeiro tricampeonato estadual. Faltando apenas três rodadas para o término da competição, a equipe do técnico Vicente Feola somava três pontos a mais do que o Palmeiras, segundo colocado na tabela. E, como naquela época as vitórias valiam apenas dois pontos, era quase impossível ultrapassar o rival. Favorecido por três tropeços seguidos do São Paulo o Palmeiras sabia que uma vitória diante da fraca Portuguesa Santista lhe valeria a vantagem de jogar pelo empate na última rodada, justamente contra o São Paulo, o Palmeiras conseguiu segurar o 1 a 1 e impediu o tri são-paulino.

FLAMENGO(RJ) 6 X 4 HONVED(HUN)
Data: Março de 1957
Amistoso Internacional
Local: Maracanã
Gols: Evaristo de Macedo(2), Dida, Paulinho, Henrique, Moacir,Szusza
ÁRBITRO: Mário Vianna.
FLAMENGO: Ari. Tomires e Pavão. Milton. Luis Roberto e Edson. Paulinho. Moacir (Duca). Henrique (Dida). Evaristo e Bábá.
HONVED: Grosic. Rackoszye Baniay. Boszik. Kotasz (Farago) e Lanthos. Budai. Kocsis. SuzSza. Puskas e Czibor ( Sandor).
Obs: 1º jogo de um total de 3 contra o Flamengo nesta excursão.
Em 1957 o famoso Honved de Puskas veio fazer 5 jogos no Brasil. A Fifa havia proibido o Honved de jogar partidas oficiais seja lá em que lugar fosse, ou seja, a Fifa colocou o time na Ilegalidade. Isso ocorreu devido ao fato do ministro dos esportes da Hungria, na época, estar favorável a permanência do regime comunista soviético no país. Naquela época explodia, na Hungria, a revolução anti-comunista, mais conhecida como revolução Húngara de 1956, liderada principalmente por estudantes e populares que tinha como principal objetivo contestar o regime comunista e as medidas impostas pela política stalinista da União Soviética. Grandes autoridades do país estiveram presentes ao jogo: o Presidente Juscelino Kubitschek, o Prefeito Negrão de Lima, o Ministro Luiz Galloti e o Cardeal Dom Helder Câmara.

FLAMENGO(RJ(RJ) 4 X 1 VASCO DA GAMA(RJ)
Data:15 / 12 / 1957
Campeonato carioca
Local: Maracanã
Juiz: Alberto da Gama Malcher
Gols: Joel, Zagalo, Dida, Henrique, Wilson Moreira
FLAMENGO: Fernando, Jouber, Pavão, Jadir e Jordan, Dequinha e Moacir, Joel, Henrique, Dida e Zagalo / Fleitas Solich
VASCO DA GAMA: Carlos Alberto, Paulinho, Belini, Orlando e Coronel. Écio e Rubens. Sabará, Almir, Wilson Moreira e Pinga.
O Flamengo repetiu o placar do primeiro turno. Os rubros negros golearam novamente o Vasco por 4×1, no clássico de ontem no maracanã. O tradicional clássico atraiu um grande público com recorde da rodada. Dentro do campo, também o clássico apresentou um colorido especial que chegou a se confundir muitas vezes com a violência como se houvesse ainda alguma esperança dos dois times em relação ao titulo máximo. Entretanto, no campo valia a rivalidade entre rubros negros e vascaínos. As jogadas bruscas, as entradas violentas registram-se com freqüência, apesar do esforço do juiz Gama Malcher na sua repreensão.

VASCO DA GAMA(RJ) 2 X 2 BANGU(RJ)
Data: 19/08/1923
Campeonato carioca
Local: Rua ferrer
Árbitro: Francisco Paes de FigueiredoGols: Frederico, Antenor, Claudionor, Negrito
VASCO DA GAMA; Nelson, Leitão e Mingote; Arthur, Claudionor e Nicolino; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito.
BANGU: Gabriel, Luiz Antônio e Brilhante; Guerra, Joppert e Waldemiro; Frederico, Anchyses, John Hartley, Dininho e Antenor.
Deixou muito a desejar o jogo realizado entre os times do Vasco e Bangu, no campo deste último. O Vasco da Gama já campeão carioca por antecipado não demonstrou empenho nesta partida e os banguenses aproveitaram isso e fizeram 2 x 0. No finalzinho, os vascaínos demonstrando resistência, empataram o jogo diante de um Bangu que não soube segurar o placar.

FLUMINENSE(RJ) 1 X 3 SANTOS(SP)
Data: 05/03/ 1961Torneio Rio-São Paulo
Local: Maracanã, Rio de Janeiro
GolS: Pelé (2) e Pepe (Santos), Jaburú (Flu)
Árbitro: Olten Aires de Abreu
FLUMINENSE: Castilho, Jair Marinho e Pinheiro; Clóvis
(Paulo), Edmilson e Altair; Telê Santana (Augusto), Paulinho, Valdo, Jaburú e Escurinho.
SANTOS: Laércio, Fioti e Mauro Ramos de Oliveira; Zito, Calvet e Dalmo; Dorval, Mengálvio (Nei), Coutinho, Pelé e Pepe.
Pelé marcou neste jogo que toda a imprensa chamou de gol de placa.
Nesse jogo o Santos já vencia o Flu por 1 a 0, quando uma bola foi atrasada para o goleiro santista Gilmar, que visualizou Pelé como opção de saída de jogo, colocado perto do bico da grande área. Foi então que o Rei, com quase todo o time Tricolor pela frente, resolveu investir para o campo de ataque. Passou por Valdo, Edmilson, Clóvis, Altair e Pinheiro, como se nada ou ninguém estivesse a impedi-lo, até chegar na área adversária, quando cortou Jair Marinho, esperou a saída do goleiro Castilho e tocou para dentro das redes. O estádio, em êxtase, aplaudiu em pé por mais de dois minutos a
obra-prima que acabara de presenciar.

FLAMENGO(RJ) 6 X 2 BOTAFOGO(RJ)
Data:25/101959
Campeonato carioca
Juiz: Amilcar Ferreira
Gols: Henrique(2) Bábá(2) Luis Carlos, Dida; Quarentinha e Paulinho
FLAMENGO: Mauro, Jouber e Santana, Jadir, Carlinhos e Jordan, Luis Carlos, Moacir, Henrique, Dida e Bábá.
BOTAFOGO: Ernani, Cácá e Floriano, Ronald, Pampolini e Nilton Santos, Garrincha, Tião Macalé, Paulinho, Quarentinha e Amarildo.
Obs:Foram expulsos Jouber do Flamengo e Quarentinha do Botafogo.
Em jogo do campeonato de 1959, ano em que o Fluminense foi o Campeão, o Flamengo encontrou, finalmente, a compensação dos tantos dissabores sofridos neste campeonato. Era evidente que o quadro da Gávea estava crescendo nestas ultimas semanas e que somente uma sorte madrasta o privara de resultados mais brilhantes. E todos sentiam que no dia em que o azar deixasse de perseguir o time rubro negro, o adversário iria passar mal. Foi o que aconteceu, ontem, com o Botafogo que, jogando errado taticamente, sofreu uma goleada um tanto humilhante.

CORITIBA(PR) 2 X 1 GRÊMIO MARINGÁ(PR)
Data:15/06/1969
Campeonato paranaense
Local: Estádio Belfort Duarte
Árbitro : Valdemar Antônio de Oliveira
Gols : Paulo Vecchio (letra) aos 44´/ 1ºT, Osvaldo 23´/ 2º Paulo Vecchio / 29 /2º
CORITIBA : Joel; Antoninho, Nico, Roderley e Nilo; Paulo Vecchio e Lucas; Passarinho, Krüger, Kosilek e Rinaldo (Modesto). Técnico: Francisco Sarno.
MARINGÁ : Adílson; Cisca (Valdemar), Zé Carlos (Fausto), Ditão e Japonês; Nenê e Reginaldo; Iaúca, Ademir Rodrigues, Osvaldo e Mair .
O Coritiba enfrenta o Grêmio de Maringá, pelo Campeonato Paranaense, e o primeiro tempo está se encerrandoa quando, o ponta coritibano Passarinho dribla seu marcador e cruza para a área. Paulo Vecchio, que vem na corrida, passa pela bola e, sem outra alternativa, toca de “letra” na bola, que entra no canto direito do goleiro Adilson. Um gol de craque!

VILLA ISABEL(RJ) 5 x 0 CATTETE(RJ)
Data: 24 / 02 / 1918
Campeonato carioca da 2ª divisão
Local: Rua General Severiano
Árbitro: Rubens Portocarrero
Gols: Brandão, Cecy, Othon, Cecy e Brandão
VILLA ISABEL: Heitor, Pinaud e Tavares; Amaral, Caboré e Braga; Sylvio “Cecy”, Júlio, Othon, Brown e Brandão.
CATTETE: Octávio, Vignal e Júlio; Álvaro, Estanislau e Horácio; Mário, Argemiro, Leopoldino, Eduardo e Octávio II.
O Cattete F.C como campeão da 2ª divisão, de acordo com o regulamento,realizou um jogo extra contra o último colocado da 1ªdivisão, o Villa Isabel cujo vencedor jogaria na 1ªdivisão.Saiu vitorioso do embate o time do Villa Isabel F.C.

CRB(AL) 1 X 1 FLUMINENSE(RJ)
Data: 08/01/1961
Amistoso Interestadual
Local: Estádio da Pajuçara
Juiz: Cláudio Regis
Gols: Edmilson,Paulo Nylon:
CRB: Batista, Sucata (Zé Luiz) e Zé Reis, Pingüim, Bernardo e Bôbô, Miro (Aguiar), Corino, Veiga (Geofonso), Paulo Nylon e Marcelo / Técnico: Ivon Cordeiro.
FLUMINENSE: Castilho Jair Marinho e Pinheiro, Edmilson, Dari e Altair (Paulo), Maurinho (Wilson), Valdo, Jaburú (Jair Francisco), Telê Santana e Escurinho.
Em janeiro de 1961, veio a Maceió, a equipe do Fluminense, um dos mais tradicionais clubes do futebol brasileiro. O estádio da pajuçara lotou completamente. Afinal, Castilho. Jair Marinho e Altair eram campeões mundiais. E tinha jogadores que passaram pela seleção brasileira, como Pinheiro, Maurinho. Telê Santana e Escurinho. O grande artilheiro dos tricolores era o centro avante Valdo que mais tarde foi vendido ao Valência da espanha.

CARLOS RENAUX(SC) 0 X 3 FLAMENGO(RJ)
Data:13/01/52
Amistoso Interestadual
Local:Estádio Augusto Bauer(Brusque)
Juiz: Gualter Gama de Castro(RJ)
Gols:Esquerdinha,37/1º; Gringo,39’/2º; Hélio,43’/2º
FLAMENGO: Garcia, Biguá, Pavão, Bria, Dequinha, Almir, Joel, Aloísio, Gringo (Hélio), Índio e Esquerdinha / Técnico: Jaime de Almeida
CARLOS RENAUX: Mosimann, Afonsinho, Ivo, Tesoura, Bolognini, Pilolo, Petruscky, Otávio, Julinho, Teixeirinha e Hélio (Joyne).
Amistoso para coroar as festividades de inauguração da arquibancada social do Estádio Augusto Bauer.

CRUZEIRO(MG) 2 x 1 BOTAFOGO(RJ)
Data: 02/02/1957
Amistoso Interestadual
Local: Estádio Barro Preto / Belo Horizonte
Renda: Cr$56.160
Árbitro: Honver Bilate (RJ)
Auxiliares: Manoel do Couto Ferreira Pires (RJ) e Carlos Henrique Alves Lima (RJ).
Gols: Didi, 17min do 2º tempo, Gilberto aos 33min e aos 44min do 2º tempo.
CRUZEIRO: Mussula; Nozinho, Gérson, Adelino e Lazarotti; Pireco (Salvador), Raimundinho, Gilberto e Pelau; Cabelinho e Airton / Técnico (interino): Colombo.
BOTAFOGO (RJ) : Amauri (Pereira Natero); Orlando Maia, Bob Dr, Nilton Santos, Bob, Pampolini, Juvenal, Neivaldo, Didi, Gato (Paulinho), Garrincha e Gainete / Técnico: Geninho
Nesse tempo, o Botafogo tinha uma equipe muito forte, com vários jogadores presentes nos mundiais de 1958 e 1962 e aceitou um convite do Cruzeiro para um amistoso em Belo Horizonte e estendedou-se também para um confronto junto ao Atlético Mineiro. Nestes amistosos, o Botafogo destinaria sua cota na renda em benefício do zagueiro Gérson dos Santos que havia retornado do alvinegro carioca para o Cruzeiro e também, como parte do pagamento do passe do jogador Paulinho Valentim, que o time da estrela solitária comprara do alvinegro mineiro.

BOTAFOGO(RJ) 6×2 FLUMINENSE(RJ)
Data: 22/12/1957
Campeonato cariocaLocal: Maracanã
Público: 89.100
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Gols: Paulinho Valentim(5), sendo um de bicicleta;Escurinho, Garrincha e Waldo.
BOTAFOGO:Adalberto, Beto, Thomé, Servílio, Pampolini e Nílton Santos; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Édison e Quarentinha / Técnico: João Saldanha.
FLUMINENSE:Castilho, Cacá, Pinheiro, Clóvis, Jair Santana e Altair;Telê, Jair Francisco, Waldo, Róbson e Escurinho / Técnico: Sylvio Pirillo.
Decisão do Campeonato carioca de 1957, bastando somente um empate para o Fluminense levantar o caneco mais, comandandados por João Saldanha e com uma grande atuação de Paulinho Valentim vindo do Atlético Mineiro e que depois fez carreira no boca Juniors o Botafogo fez uma grande partida e goleando o tricolor por 6 x 2 levou o troféu para General Severiano.

SELEÇÃO DE ALAGOAS 3 x 2 RENNER(RS)
Data:27/12/1953
Amistoso Interestadual
Local: Estádio Gustavo Paiva(Mutange)
Juiz: Adalberto Silva(AL)
Gols: Orizon(2 de pênalti)e Géo; Joeci, Enio Andrade(Renner).
SELEÇÃO: Epaminondas, Dirson e Orizon, Piolho, Zanélio e Mourão, Cão (Helio Miranda), Dida, Cécé, Bequinho (Tonheiro) e Géo.
RENNER: Valdir de Moraes, Enio Rodrigues, Ody, Ivo Medeiros, Valdo e Orlando, Carlito, Breno, Pedrinho, Enio Rodrigues e Orcely.

CSA(AL) 1 X 1 RENNER(RS)
Data:30/12/1953
Amistoso Interestadual
Local: Estádio Gustavo Paiva(Mutange)
Juiz: Aparício Viana Gustavo Paiva(Mutange)
Gols: Géo, Juarez
CSA: Almir, Paulo Mendes e Orizon, Piolho, Zanelio e Napoleão, Italo (Deda), Dida, Sued, Netinho e Géo.
RENNER:Valdir de Moraes (Albertino), Enio Rodrigues, Léo(Ody), Ivo Medeiros (Gago), Bonzo (Valdo) e Orlando, Carlito, Breno, Pedrinho (Juarez), Enio Andrade e Joeci (Orely).
Em 1953 o Renner de Porto Alegre jogou duas partidas em Maceió. Era o primeiro clube gaúcho a visitar o estado. Possuía grandes jogadores e foi campeão gaúcho de 1954. Alguns deles terminaram jogando na seleção brasileira defendendo as cores de grandes clubes brasileiros.

PALESTRA ITÁLIA(SP) 6 x 0 BANGU(RJ)
Data: 13/08/1933
Torneio Rio-São Paulo
Local: Estádio Palestra Itália / Parque Antártica
Árbitro: Haroldo Dias da Mota
PALESTRA ITÁLIA: Nascimento, Carnera, Junqueira, Tunga, Dula (Zico), Tuffy, Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara, Armandinho / Técnico: Humberto Cabelli
BANGU: Euclides, Mário, Sá Pinto, Paulista, Santana, Médio, Sobral, Ladislau, Tião, Plácido, Dininho (Vivi) / Técnico: Luiz Vinhaes
Gols: Gabardo(2), Avelino(2),Romeu Pellicciari(2)
Jogo disputado pelo primeiro Torneio Rio-São Paulo da história e a diretoria palestrina promoveu uma grande festa naquele 13 de agosto de 1933. Era a reinauguração do Parque Antárticao e quem pagou o pato foi o Bangu com essa humilhante e impiedosa goleada de 6 x 0.Médio e Ladislau do Bangu eram irmãos do grande Domingos da Guia e tios de Ademir da Guia um dos maiores jogadores do verdão.

Artigo de Jorge Costa, vascaíno, pesquisador amador e um apaixonado por futebol dos velhos tempos, onde o jogador atuava por amor ao clube. Tudo que é relacionado ao futebol do passado me fascina e me atrai, por isso resolvi divulgar as súmulas dos jogos antigos para que o torcedor do presente possa tomar conhecimento da história de seu clube e de seus jogadores