Duas vezes 5 x 5 não se vê toda hora….menos ainda na mesma semana!

CORINTHIANS (SP) 5 x 5 VASCO DA GAMA (RJ)
Data: 17/04/1955
Torneio Rio-São Paulo
Local: Pacaembu
Renda: Cr$ 506.375,00
Juiz: José Gomes Sobrinho
Gols: Pinga, Rafael, Vavá (3), Carbone, Ademir, Cláudio (pênalti), Baltazar(2)
CORINTHIANS: Gilmar, Homero e Alan, Olavo, Goiano e Roberto, Cláudio, Luizinho, Baltazar, Rafael (Carbone) e Simão /Técnico: Oswaldo Brandão
VASCO DA GAMA: Vitor Gonzalez (Hernâni), Paulinho e Belini, Jofre (Amauri), Adésio e Dário, Sabará, Ademir de Menezes (Iedo), Vavá, Pinga e Alvinho / Técnico: Flavio Costa.
Obs: Goiano foi expulso

CORINTHIANS (SP) 5 x 5 PORTUGUESA DE DESPORTOS (SP)
Data: 14/04/1955
Torneio Rio-São Paulo
Local: Pacaembu
Renda: Cr$ 178.618,00.
Juiz: João Etzel Filho.
Gols: Nonô (2) , Ortega, Julinho, Airton, Claudio, Simão, Luisinho, Edmur e Átis
CORINTHIANS: Gilmar (Cerri), Homero e Olavo, Idário, Goiano e Roberto, Cláudio, Luisinho, Carbone, Nonô e Simão. Técnico / Oswaldo Brandão.
PORTUGUESA DE DESPORTOS: Lindolfo, Nena e Floriano, Djalma Santos, Ceci e Zinho; Julinho (Átis), Zé Amaro, Airton (Ipojucã), Edmur e Ortega / Técnico / Délio Neves

site Só sumulas

O Jogo: Fla x América de 06/12/1960 – O craque: Calazans

No dia 6 de Dezembro de 1960, num domingo, América e Flamengo se enfrentaram
no Maracanã pelo 2ºTurno do campeonato carioca desse ano e houve o empate de
1 tento a 1. Nesse ano os americanos foram os campeões estaduais.

Principais artilheiros do campeonato

Quarentinha (Botafogo) 25 gols.
Waldo (Fluminense) 14.
Pinga (Vasco) 12.
Gérson (Flamengo) e Maurinho (Fluminense) 10.

O Jogo

AMÉRICA (RJ) 1 X 1 FLAMENGO(RJ)
Data: 06/11/1960
Campeonato carioca
Local: Maracanã
Juiz: Armando Marques
Gols: Calazans (AME) e Henrique (FLA)
AMÉRICA: Pompéia, Jorge, Djalma Dias, Wilson Santos, Ivan, Amaro, João
Carlos, Calazans, Quarentinha, Antoninho, Nilo / Técnico: Jorge Vieira
FLAMENGO; Ari, Bolero, Monim, Jadir, Vanderlei, Carlinhos, Moacir, Othon,
Henrique, Luis Carlos,Germano / Técnico:

O Craque: Calazans

José Alves Calazans, nasceu em 13 de agosto de 1934 em Salvador (BA).
Ex-ponta-direita do América do Rio, campeão carioca de 1960, está aposentado
como oficial de fazenda do Governo do Rio de Janeiro e continua morando na
ex-capital do estado da Guanabara. Lá, ele já foi motorista particular de
deputado da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

O Atacante iniciou sua bela carreira no Bangu AC, onde jogou ao lado de seu
saudoso irmão Zózimo Alves Calazans (o Zózimo, bi-campeão mundial pelo
Brasil nas Copas de 1958 e 1962) e de Zizinho, Nívio, Décio Esteves, dentre
outros grandes jogadores.

De lá, do Bangu, Calazans transferiu-se para o América do Rio, quando foi
contratado como substituto do badalado e célebre Canário, que fora vendido
para o Real Madrid, da Espanha. Depois do América, Calazans, em 1961,
transferiu-se para o Fluminense onde encerrou a carreira.

Foi campeão carioca em 1960 numa memorável final contra o Fluminense, onde
bastava aos tricolores somente um empate, mas, com uma grande atuação de
Calazans e companheiros, O América sagrou-se campeão.

Um dos fatos mais marcantes da carreira de Calazans foi o encontro que ele
teve mais o resto do elenco com a torcedora símbolo do América Tia Rute,
antes da final de 1960. Ela estava Grávida e passando mal Foi atendida no
posto médico e aconselhada a ir para casa. Calazans levantou-se e chegando
perto de Tia Rute disse: “Tranqüilize-se minha senhora, nós sabemos da
missão que temos a cumprir”. Ela acabou tendo permissão médica para assistir
ao jogo e ver o seu Mequinha ganhar do Flu e levar o campeonato. Após o jogo
teve outro encontro com os campeões onde Calazans falou emocionado: “Minha
senhora com está se sentindo? A senhora nos impressionou de tal forma que
nós precisávamos ganhar, não só por nós, mas pela senhora também. Essa
vitória foi dedicada a senhora. Já falei em várias emissoras a seu respeito”
. “Beijei-o e agradeci”- disse Tia Rute.

Clubes:
Bangu-RJ(1953-1959)
America-RJ(1960)
Fluminense(1961-1963)

Títulos
Copa Oswaldo Cruz: 1956(Brasil)
Copa O’Higgins: 1956(Brasil)
Campeonato Carioca: 1960(América)

Foto do 1° gol do Morumbi

Peixinho (camisa 7) marca de cabeça o primeiro gol da história do Morumbi, na vitória do São Paulo contra o Sporting de Portugal por 1 a 0, em amistoso internacional. A foto é do dia 2 de outubro de 1960 e do lado esquerdo, entre dois marcadores lusitanos, você confere o meia Gonçalo.
[img:Gol_de_Peixinho_1.jpg,resized,vazio]

Ainda inacabado, veja a foto do dia da inauguração, dia 2 de outubro de 1960, com um jogo contra o Sporting de Lisboa. O time do São Paulo: Poy, Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátiro e Vítor; Peixinho, Jonas (Paulo), Gino, Gonçalo (Cláudio) e Canhoteiro.
[img:morumbi_inacabado.jpg,resized,vazio]

Tricolor Paulista Net
Milton Neves

Time dos jornalistas em SP

Descubra os times dos jornalistas
e apresentadores que você tanto gosta… ou não gosta!

Jornalista Time Jornalista Time
Adriana Bittar São Paulo José Silvério Cruzeiro
Angelo Ananias São Paulo José Trajano América RJ
Acaz Felleger Palmeiras Jota Júnior Palmeiras
Alberto Helena Júnior São Paulo Juarez Soares Corinthians
Alberto Nascimento Corinthians e V.Gama Juca Kfouri Corinthians
Alessandra do Valle São Paulo Juninho Furacão Palmeiras
Alessandro Nunes Corinthians Leandro Quesada Corinthians
Alex Müller Palmeiras Lélio Santos
Alexandre Silvestre São Paulo Ligeirinho Corinthians
Alexandre Vianna Corinthians Lourenço DiaférriaCorinthians
Ana Paula Abrão São Paulo Luciana di MichelliPalmeiras
André Cardoso Palmeiras Luciano do Valle PontePreta
André Galvão Palmeiras Luciano Faccioli Santos
André Henning Corinthians Luciano Huck Corinthians
André Kfouri Corinthians Luis Augusto Maltoni SãoPaulo
André Müller São Paulo Luis Carlos QuartaroloSantos
André Plihal São Paulo Luis Henrique GurianCorinthians
Antonio Édson Corinthians Márcio Bernardes Comercial
Armando Nogueira Botafogo Marco Bello Corinthians
Astrid Fontenelle Corinthians Marcos Luiz Corinthians
Beto Hora Corinthians Marcos Mion São Paulo
Bruno Prado São Paulo Marcos Roberto São Paulo
Bruno Filho Corinthians Marília GabrielaCorinthians
Cacá Rosset Corinthians Maurício Noriega Palmeiras
Caroline Knoploch São Paulo Mauro Betting Palmeiras
Casagrande Corinthians Mauro Miranda Santos
Cássio Politi Corinthians Mauro Naves Corinthians
Celso Kinjô Corinthians Milton Leite Corinthians
César Augusto Guarani Milton Neves Santos
César Filho São Paulo Nílson César São Paulo
Chico Anísio Palmeiras e Vasco da Gama Octávio Muniz Corinthians
Chico Lang Corinthians Osmar Santos Palmeiras
Chico Sobrinho Corinthians Oswaldo Maciel São Paulo
Ciro Jatene Corinthians Otávio Mesquita Palmeiras
Claudio Carsughi Fiorentina Paulinho Arapuã Cruzeiro
Cléber Machado Santos Paulo Henrique AmorimFluminense
Cléo Brandão São Paulo Paulo Roberto MartinsSantos
Débora Menezes Corinthians Paulo Vinícius CoelhoPalmeiras
Dirceu Maravilha Palmeiras Pedro Bassan Corinthians
Domenico Gato Palmeiras Pedro Luiz Ronco Corinthians
Éder Luiz Marília Porpetone Corinthians
Eduardo Afonso Portuguesa Ratinho Palmeiras
Eduardo Castro Palmeiras Raul Drewnick Corinthians
Eduardo de Menezes Palmeiras Raul Drewnick FilhoCorinthians
Eduardo Maluf São Paulo Reinaldo Porto Corinthians
Elia Júnior Palmeiras Ricardo Andreoni (Madureira)Flamengo
Fabio Seródio São Paulo Ricardo CapriottiCorinthians
Fausto Silva Santos Ricardo Perrone São Paulo
Fernanda Gonçalves Palmeiras Roberto Avallone Palmeiras
Fernando Fernandes Juventus Roberto Benevides Vasco daGama
Fernando Fontana Corinthians e Newcastle Roberto Carmona Atlético Paranaense
Fernando Solera São Paulo Roberto Hais Corinthians
Fernando Vanucci Botafogo Roberto Monteiro Palmeiras
Ferreira Martins Corinthians Rodrigo Vessoni Corinthians
Fiori Gigliotti Palmeiras Romeu César Francana
Flávio Adauto Corinthians Salomão Ésper Corinthians
Flávio Gomes Portuguesa Serginho Groismann Corinthians
Flávio Prado Ponte Preta Sérgio Loredo Corinthians
Fuzil Corinthians Sílvio Luiz São Paulo
Galvão Bueno Flamengo Thomaz Rafael Corinthians
Gastão Moreira Corinthians Thunderbird São Paulo
Gérson São Paulo e Fluminense Tiago Torriceli São Paulo
Gílson Ribeiro Corinthians Toni José Corinthians
Gustavo Villani São Paulo Valmir Jorge Corinthians
Henrique Guilherme São Paulo Valmir Storti Santos
Hermano Henning Corinthians Vanderlei Ribeiro São Paulo
Heródoto Barbeiro Corinthians Vinicius Saponara Corinthians
Ivo Morganti Santos Wanderlei Nogueira São Paulo
Jô Soares Fluminense Wellington Campos Fluminense
João Zanforlin Corinthians Zé Luiz Corinthians
José Calil Santos Zé Paulo Corinthians
José Paulo de Andrade São Paulo

http://www.thomazrafael.com.br

Grandes que ja “cairam” pelo mundo

No Brasil era inimaginável pensar há alguns anos em um time grande
disputando a segunda divisão. Viradas de mesa, como se define maracutaias
para evitar o descenso deste ou daquele eram comuns, até 2002. Naquele ano,
os grandes e ex-campeões nacionais Palmeiras e Botafogo foram rebaixados. E
em 2003 tiveram que disputar a Segundona.

Voltaram à Série A no campo, mas depois foram seguidos por Grêmio (2003) e
Atlético-MG (2004). E finalmente o futebol brasileiro pôde se assemelhar em
algo ao futebol de outros países: por lá, diversas potências já tiveram sua
passagem pela divisão de acesso. Vejamos:

ITÁLIA

Dos poderosos, apenas o Internazionale de Milão nunca flertou com o
descenso. Mas curiosamente os rebaixamentos de dois grandes, o Juventus e o
Milan, se assemelham um pouquinho ao que aconteceu com o Corinthians em
2007: escândalos.

O Timão foi rebaixado no campo, ao contrário dos italianos, que caíram por
decisão de cartolas depois que vieram à tona denúncias. Em 1980, o Milan se
envolveu na máfia da loteria, que arrumava resultados com jogadores
envolvidos. Foi para a Série B, se desestruturou, voltou, mas em 82 caiu de
novo, desta vez nas quatro linhas.

O Juventus esteve envolvido nos problemas de arbitragem, em 2006, pouco
antes da Itália ser campeã do mundo. Foi para a Segundona e voltou na
temporada seguinte, segurando muito dos figurões em seu time, apesar da
queda.

O Corinthians teve devassada sua parceria com o Grupo MSI este ano.
Denúncias de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, que acabaram
refletindo no desempenho do time em campo e no rebaixamento.

FRANÇA

O Olympique de Marselha era a potência da França, algo como o Lyon é hoje.
Mas no início dos anos 90, o time teve suas finanças investigadas e foram
encontradas irregularidades que rebaixaram o Olympique. Para piorar, o time
perdeu o direito, em 93, de disputar a final do Mundial Interclubes contra o
São Paulo, em Tóquio, já que perdeu seu título de campeão europeu para o
Milan naquela temporada. Eles nunca mais foram os mesmos após a queda.

INGLATERRA

Não há grande que não tenha caído na Inglaterra. O Manchester United, que já
foi considerado o clube mais rico do planeta e prioriza o planejamento, caiu
em 1974, voltando no ano seguinte. O Liverpool, campeão europeu em 2005,
visitou a segundona inglesa por cinco oportunidades: 1892, 1895, 1904, 1942
e 1954.

E o Arsenal, da capital Londres, caiu já faz tempo, mas caiu: foi 1913. Lá
não tinha virada de mesa nem na época do amadorismo…

ARGENTINA

Boca Juniors, River Plate e Independiente jamais disputaram a segundona. Mas
nossos hermanos têm um regulamento que facilita para os grandes, sempre mais
ricos que os rivais: o rebaixamento é feito com base na média na
participação de oito (quatro clausuras e quatro aperturas) campeonatos
seguidos. E fica impensável imaginar Boca ou River dando vexames algumas
temporada seguidas.

O PIONEIRO NO BRASIL
Fluminense Football Club: O Pioneiro da queda dos grandes no Brasil

Em 1996, o clube foi rebaixado para a segunda divisão. Devido a um escândalo
envolvendo compra de árbitros e manipulação de resultados, cujo pivô era o
diretor da Comissão de Arbitragem na época, Ivens Mendes, o Fluminense foi
reconduzido à Série A.

Mas a lição não foi aprendida e os mesmos erros continuaram a ser cometidos.
O clube sofreu sua segunda queda seguida. Desta vez, caiu mesmo. Em 1998, o
momento mais humilhante da história do Fluminense. O time foi rebaixado para
a terceira divisão.

Dos grandes do Brasileirão, os times que nunca disputaram a série B do
Brasileirão está ficando num “clube” cada vez menor:
Flamengo, Cruzeiro, São Paulo, Internacional, Vasco e Santos.
A tendência é este ” clube ” ficar menor ainda.

Conforme o site www.forumdeprima.com, segue mais uma informação para
enriquecer o tópico dos grandes clubes:
Inglaterra: todos já caíram
França: todos já caíram
Itália: apenas a Inter nunca caiu
Alemanha: apenas o Hamburgo nunca caiu
Espanha: apenas Atletic Bilbao, Real Madrid e Barcelona nunca caíram.

Como o rebaixamento deixa muita tristeza em seus torcedores, fica aqui registrado o depoimento de uma jornalista que viajou para Porto Alegre com a Fiel na última partida do Corinthians no Brasileirão de 2007:
Porto Alegre, 2 de dezembro de 2007.

Querido Corinthians,

Escrevo-te para pedir desculpas. Desculpa-me por eu ter fraquejado, por ter perdido as esperanças, por não mais ter tido voz para te empurrar nem forças para ficar de pé. Peço perdão por não ter conseguido conter a emoção e ter derramado lágrimas diante de nossos opositores.

Desculpa-me por eu ter te deixado, meu amado Corinthians, por tanto tempo nas mãos de corruptos. Sei que demorei demais para correr em seu socorro. Perdão por eu ter tolerado, por tanto tempo, jogadores que não honraram seu nome e tradição, que não deram valor à sua camisa.

Grande Corinthians, mais que tudo, me perdoe por estar sentindo raiva. Você, que sempre me deu tanto orgulho e alegria, não merece nada disso. Não merece o desprezo, a humilhação, não merece o rebaixamento. Desculpe mais uma vez por eu ter deixado que tudo isso te atingisse.

Prometo que esses erros jamais se repetirão. Prometo a ti, Corinthians amado, não perder mais um minuto me lamentando. Gastarei minhas energias lutando por seu renascimento. E se você vai para a Segundona, é para lá que eu vou também!

“Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo. Eu sou Corinthians!”

Débora Miranda tem 28 anos e é repórter do G1

Fonte: Globoesporte.com

Histórias de paradinhas

Histórias de paradinhas

Ela voltou, e está causando a maior polêmica. Popularizada por Pelé nos anos 60, a paradinha na hora de cobrar o pênalti andou meio esquecida. Agora, tem sido usada com freqüência neste Brasileiro. Às vezes vale, às vezes não — e ninguém entende por quê. A paradinha consiste em travar a corrida antes de bater na bola na hora de cobrar o pênalti. Geralmente, o goleiro se mexe para um dos lados, e aí é só tocar para o outro. Segundo o ex-goleiro Lalá, reserva de Laércio e, depois, de Gilmar no grande Santos de Pelé, a paradinha foi inventada nas brincadeiras entre os jogadores daquele time, que aconteciam logo depois dos treinos. Quem gostava muito de usar a paradinha para divertir-se às custas do próprio Lalá era o lateral Dalmo. Pelé observou a jogada. E um dia resolveu aplicá-la nos jogos para valer. ***************************************************************************
No dia 6 de fevereiro de 1962, o Santos enfrentou o River Plate, em Buenos Aires, durante uma excursão à América do Sul. Acabou perdendo por 2 a 1, mas naquele jogo teve um pênalti a seu favor, cobrado por Pelé pela primeira vez com a paradinha.O árbitro argentino Aurélio Bossolino não só invalidou o lance como marcou falta contra o Santos. Algum tempo depois, a FIFA pronunciou-se considerando errada a atitude do árbitro, por ter beneficiado o infrator. Porém, durante um bom tempo, não mais se pronunciou sobre o assunto paradinha. ***************************************************************************
Bossolino era considerado um árbitro imparcial, independente. Tão imparcial e independente que muitas vezes não interessava tê-lo apitando certos jogos. Foi o que aconteceu em um certo Brasil x Uruguai, disputado no Pacaembu, pela Copa Rio Branco, em 1967.Premeditadamente, o então presidente da Federação Paulista de Futebol, João Mendonça Falcão, mandou buscar o árbitro argentino de carro. E orientou para que o motorista ficasse rodando com ele pelas ruas da cidade, indefinidamente. Com isso, Bossolino acabou se atrasando, e quando chegou ao Pacaembu a partida já estava sendo apitada por um de seus auxiliares, o brasileiro Romualdo Arppi Filho. O Brasil ganhou por 2 a 0.
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Ainda sobre a paradinha: também é falsa a idéia de que a FIFA um dia a tenha proibido ou liberado. O assunto só foi tratado em deliberação do International Board após a Copa do Mundo de 1998 e antes da Eurocopa de 2000, quando se definiu que na hora da cobrança do pênalti o goleiro poderia se movimentar, desde que em cima da linha do gol. Pelo princípio de isonomia, procurando dar a mesma vantagem para os dois lados, o atacante também passou a poder fazer o seguinte, conforme explicita o texto das leis do futebol:“UTILIZAR FINTAS DURANTE A EXECUÇÃO DE UM TIRO PENAL PARA CONFUNDIR OS ADVERSÁRIOS É PARTE DO FUTEBOL E ESTÁ PERMITIDO. NO ENTANTO, O ÁRBITRO DEVERÁ ADMOESTAR O JOGADOR SE CONSIDERA QUE ESTA FINTA REPRESENTA UM ATO DE CONDUTA ANTIESPORTIVA”.Mesmo assim, a regra não fala explicitamente da paradinha, mas, sim, de “fintas”. E como definir o que é finta e o que é conduta antiesportiva? Durma-se com um barulho desse…

Por Celso Unzelte

“Causos” de Norte a Sul no futebol – Letra A

Para homenagear os torcedores de todos os Estados brasileiros, a coluna de Celso Unzelte começa a publicar nesta semana curiosidades e pequenas histórias de futebol colhidas de Norte a Sul, com os devidos créditos a seus autores ou às publicações de onde foram retiradas. Comecemos pela letra “A”. No Acre, campeonatos de futebol são disputados desde 1921, quando a Liga Acreana de Esportes Terrestres(Laet) organizou a primeira disputa amadora. Naquele período extra-oficial, o Rio Branco chegou a ganhar 13 títulos seguidos, entre 1935 e 1947.Seria um verdadeiro recorde nacional, batendo, até, os decacampeonatos do ABC (campeão potiguar dez vezes seguidas, de 1932 a 1941) e do América (também dez vezes seguida campeão mineiro, de 1916 a 1925). Mas como a Federação local oficializa apenas os resultados dos campeonatos a partir de 1947, o Rio Branco não pode se gabar desse recorde. Futebol profissional no Acre, só de 1989 para cá. ***************************************************************************
Talvez o maior craque de toda a história do futebol de Alagoas tenha sido Edevaldo Alves de Santa Rosa, o Dida, campeão mundial pela Seleção Brasileira em 1958 e maior artilheiro da história do Flamengo até o surgimento de Zico. Curiosa é a história de como ele trocou o Centro Sportivo Alagoano (CSA), de Maceió, pelo rubro-negro carioca.“Como cheguei ao Flamengo? Foi praticamente um seqüestro”, afirmou o velho craque, em 1990, a Edilberto Coutinho, autor do livro Nação Rubro-Negra, da coleção Grandes Clubes do Futebol Brasileiro e Seus Maiores Ídolos, da Fundação Nestlé de Cultura. Quem descobriu Dida, na verdade, foi a delegação do time de vôlei do Rubro-Negro, que excursionava pelo Nordeste. Em um momento de folga, os cariocas resolveram ver um jogo entre as Seleções de Alagoas e da Paraíba, em que Dida marcou três gols. De volta ao Rio, recomendaram o nome dele ao técnico do time de futebol, Fleitas Solich, que mandou buscar o jogador em Alagoas.
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Diz a lenda que a linha demarcatória do meio de campo do gramado do Estádio Milton Corrêa, em Macapá, capital do Amapá, fica bem em cima da Linha do Equador. Metade do campo ficaria no Hemisfério Norte e a outra metade no Hemisfério Sul. ***************************************************************************Carlos Zamith, autor do livro Baú Velho, é o grande historiador do futebol do Amazonas. É ele quem conta a seguinte história.“No ano de 1939, o Paysandu, de Belém, veio a Manaus sob o patrocínio do Fast Club para uma série de jogos amistosos. […] O time paraense era o campeão da temporada 1939 em seu Estado, após 25 anos de espera. […] A delegação visitante ficou alojada na sede do Fast, na época nos altos de um prédio da rua Tamandaré.O Paysandu estreou contra a União Esportiva Portuguesa e venceu pela contagem de 3 a 1 […]. O jogo seguinte foi contra o Olympico Clube […]. O marcador acusava 2 a 2 até os 30 minutos do segundo tempo. Houve um tremendo sururu em campo em virtude de uma jogada violenta do zagueiro Tuta no atacante paraense Heitor. O jogo ficou por algum tempo parado e não chegou a ser concluído. Os paraenses, inconformados com a atitude do árbitro, que não expulsou o jogador amazonense, retiraram-se de campo.No dia seguinte, a notícia correu a cidade: os jogadores do Paysandu viajaram de volta pelo navio Almirante Jaceguai, mas em represália fizeram xixi e cocô nas taças conquistadas pelo Fast em outras batalhas, que estavam bem guardadas em uma estante… ***************************************************************************