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América Pontagrossense F.C. – Ponta Grossa (PR): escudo e cores diferentes da década de 40

O América Pontagrossense Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Ponta Grossa (PR). A sua Sede e o Estádio Coronel Miró de Freitas, estão situados na Rua Cel. Miro Freitas, nº 290, no bairro de Nova Russia, em Ponta Grossa (PR).

Fundado na segunda-feira, do dia 27 de Junho de 1938, no bairro de Nova Rússia, por esportistas amigos que reunidos num movimentado jogo de truco, discutiam futebol. O clube teve ainda a ajuda do saudoso Senador Flávio Carvalho Guimarães.

Entre eles, observando à certa distância estavam João Fernandes de Castro e seu filho Walter Fernandes, que comentavam a respeito. Na mesma época alguns freqüentadores da barbearia do saudoso João Fernandes de Castro, onde só se falava de futebol, numa dessas surgiu a conjectura de criar um clube.

Da idéia surgiu a concretização final. Muitos nomes foram ventilados para a nova agremiação, entretanto, o apresentado por Walter Fernandes, que era ardoroso fã do America Football Club do Rio de Janeiro foi aprovado. Foram fundadores do querido clube de Ponta Grossa:

Orlando Henneberg, João Fernandes Castro, Walter Fernandes, Washington Fernandes, Eduardo Selski, Waldomiro Hart, José Zambriski, Arthur Starke, Paulo Raitz, Honório Vargas, Mário Ribas, Felinto Schifer, Ovídio Pontes e Osvaldo Jansen, que concretizaram a brilhante iniciativa da família Fernandes.

Estes em sua 1ª reunião deliberaram escolher o nome de Eduardo Selski como seu 1º presidente, por ter o mesmo longa experiência no futebol, com considerável bagagem no esporte bretão.

Final da década de 30

Somente quando o América ganhou personalidade jurídica, contendo os seus próprios estatutos é que assumiu a 1ª Diretoria composta pelos seguintes membros:

Presidente – João Fernandes de Castro;

Vice-presidente – João Pedro Maier;

1º Secretário – Ervino Schade;

2º Secretário – Lauro Fernandes;

Orador – Antônio Rossetto;

Conselho Fiscal – Otto Hart, Onofre Borazo, Alfredo Jansen;

Conselho de Futebol – Alfredo Henneberg, Valentin Schwab e João (Tamanduá) de Oliveira.

1º campo

Os primeiros treinos do América foram realizados no “Campo do Calipiá”, como era denominado, em virtude de ser circundado de eucaliptos, situado nas proximidades onde hoje está a Metalúrgica Schiffer.

A escolha do nome

Embora os treinos se sucedessem, a nova agremiação recém fundada não tinha um nome. Foi feito uma reunião para tal e na mesma, marcada para 12 de fevereiro de 1938, foi escolhido o nome do clube.

Muitas sugestões surgiram entre as quais: Madureira Esporte Clube, Brasa Verde Futebol Clube, e até mesmo à guisa de brincadeiras, Arranca Toco Esporte Clube, todavia, por idéia do jovem entusiasta Walter Fernandes, que indicou o nome de América Futebol Clube, nome este bem recebido entre os presentes.

Por unanimidade o nome foi escolhido e oficialmente aceito para a nova agremiação. Desde então, partiram os americanos para sua filiação junto à Liga Atlética Municipal (LAM), que na ocasião congregava onze equipes varzeanas.

Foto de 1949

Fusão deu origem ao América Pontagrossense Futebol Clube

No intuito de fortalecer a equipe para as disputas oficiais da Liga, os dirigentes do América Futebol Clube acharam de bom alvitre fazer uma fusão com a equipe da Pontagrossense Futebol Clube, no início da década de 40.

As duas forças unidas deram uma unidade maior na estrutura do clube, possibilitando um futuro de glórias. Em virtude da exigência da Liga, os clubes filiados a ela tiveram que providenciar seus estatutos e o América Pontagrossense Futebol Clube não poderia fugir à regra.

Em fase disso, a data de fundação da agremiação criada ficou sendo em 27 de junho de 1938, ficando ao mesmo tempo oficializada a sua 1ª diretoria, que ficou assim constituída:

Presidente – Paulo Roberto dos Santos;

Vice-presidente – Lucinei Festa Freitas.

O clube era rubro-anil

O que poucos sabem é que o América Pontagrossense Futebol Clube até o final da década de 40, tinha nas suas cores o vermelho e azul. Somente em meados dos anos 50, que o clube passou a adotar a “Jaqueta Encarnada“. De lá pra cá,  o “Diabo Rubro” segue com as suas cores inalteradas até os dias atuais.

Na cidade mais de trinta títulos

No Campeonato Citadino de Ponta Grossa, o  América Pontagrossense se sagrou campeão 26 vezes: 1961, 1963, 1966, 1967, 1968, 1969, 1974, 1976, 1979, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1990, 1991, 1992, 1993, 1997, 1998, 2000, 2004, 2007, 2012, 2015 e 2018. Enquanto pela Taça da Cidade de Ponta Grossa, o time foi campeão em sete oportunidades: 1963, 1965, 1967, 1968, 1993, 1994 e 1995.

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FOTOS: Acervo de Lenilton Cardoso

FONTES: Google Maps – Página do clube no Facebook – Site do Clube – Livro “Futebol Pontagrossense – Recordes da História”, de José Cação Ribeiro Júnior – O Dia (PR) – Paraná Esportivo (PR)

Inédito!! Paysandu Foot-Ball Club – Rio de Janeiro (RJ): Fundado em 1915

O Paysandu Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado no domingo, do dia 30 de Maio de 1915, por um grupo de rapazes desportistas. A escolha do nome foi uma homenagem ao time homônimo campeão Carioca em 1912.

Após fundar o novo clube, foi definido a composição da 1ª Diretoria, constituída da seguinte forma:

Presidente – Dr. Henrique de Vasconcellos;

Vice-Presidente – Henrique Nunes Pereira;

1º Secretário – Adolpho Rodrigues;

2º Secretário – Luiz do Rego Pontes;

Tesoureiro – Luiz Bandeira de Mello;

Fiscal de Campo e Comitê – Fernando Carneiro.

A sua Sede provisória ficava na Ladeira do Leme, nº 27. Posteriormente se transferiu para Rua D. Polyxena, nº 66, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio (RJ). O seu Ground de treinos ficava na Rua Alpha (entre os números 5 e 6, no Cais do Porto), s/n, no bairro de Santo Cristo, na Zona Central do Rio. Já a sua Praça de Esportes estava situado no belo e bem tratado Velódromo, na Praia Vermelha, no bairro da Urca

O Paysandu disputou o Campeonato da Liga Sportiva Carioca (LSC), de 1918, que contou com a participação de oito equipes:

Foto de 1921

Aymoré Football Club (Sede: bairro das Laranjeiras/Catete, fundado em 03-07-1914, por funcionários da Western Telegraph);

Benjamin Constant Football Club (Sede: bairro da Glória);

Combinado Humaytá (Sede: bairro do Humaitá);

Sport Club Curupaity (Sede: bairro do Catete, fundado em 13-06-1914);

Sport Club Emulação (Sede: bairro do Flamengo-Catete);

Leme Athletico Club (Sede: bairro do Leme, fundado em 1905);

Pedro Ivo Football Club (Sede: Bairro de São Cristóvão).

A competição seria disputada com as equipes do 1º, 2º e 3º Quadros. No entanto, o Humaytá e o Aymoré foram a base da Liga, que infelizmente deixou de existir, devido a politicagem, acabou obrigando que os clubes a abandonarem, o que, no final, gerou a falência da mesma.

Time-base de 1915: Oscar; Castro e Waldemar; Manuel, Máximo e Curió; Seraphim, Octavio, Bahiano, Macau e Joaquim.

Time-base de 1918: Toledo; Alvim e Annibal; Macedo (Cap.), Drummond e Abaeté; Vallim, Rubens, Carlos, Menezes e Gastão. Reservas: Mattos, Level, Mauro e Sete.

FONTES: RSSSF Brasil – Gazeta de Notícias (RJ) – O Tico-Tico (RJ) – O Imparcial (RJ)

Saltinho Futebol Clube – Saltinho (SP): Existiu entre 1930 a 1968

O Saltinho Futebol Clube foi uma agremiação do município de Saltinho (SP). Fundado na década de 30, tinha quase todos os seus jogadores eram oriundos do Bairro Chicó, sendo completado por outros atletas da região adjacente.

Entre os anos de 1942 e 1943

Foi traçada a Estrada Estadual Piracicaba-Tietê, e essa Rodovia passou justamente sobre o lugar onde era localizado o campo do Saltinho Futebol Clube, que ficou sem praça de esportes por alguns meses. Mas, com a doação de um terreno pela família Bernardino em 1943, foi inaugurado, no ano de 1944, no início da Avenida Sete de Setembro, uma nova praça de esportes com um campo de futebol, que se tornou o campo do Saltinho Futebol Clube.

Em 1946, o Saltinho Futebol Clube participou do campeonato Rural da Liga de Futebol Piracicabano, e sabe-se que o time saltinhense teve uma posição razoável ao término do campeonato. Foi vice-campeão desse mesmo campeonato em 1948 e 1949; em 1950 não participou.

Em 1952 retornou às disputas, mas, desta vez, no campeonato Amador de Piracicaba – do qual participou até 1954. A partir daí, o futebol saltinhense entrou em decadência, e os jogadores estavam desmotivados. Porém, um grupo de jovens jogadores decidiu formar um novo time para o Saltinho Futebol Clube, e os jogadores mais velhos assumiram a diretoria do clube:

Presidente: Núncio Hyppólito;

Tesoureiro: Armando Cassano;

Secretário: Irineu Bernardino;

Diretor: Luiz Leite da Cruz;

Existiam também outros cidadãos saltinhenses que participavam dai diretoria. O 1º jogo dessa equipe revigorada foi contra o Unidos Clube (campeão varzeano de Piracicaba em 1954), e o time saltinhense teve vitória espetacular.

Em 1958, o Saltinho Futebol Clube foi às finais do campeonato do Esporte Clube XV de Piracicaba e se consagrou campeão de tal campeonato em partida contra o Campestre.

Por volta de 1960, a diretoria do Saltinho Futebol Clube passou a ser presidida pelo senhor Domingos Pilon, e o diretor ficou sendo o senhor Mário Bernardino. O time disputou o campeonato Amador de Piracicaba e obteve boa colocação.

Em 1963, o Saltinho Futebol Clube foi para a final desse campeonato, mas perdeu o título para o time Esporte Clube Vera Cruz de Piracicaba. A diretoria do Saltinho F. C. estava sendo presidida por Ubaldo César Cardinalli, os diretores eram Moacyr Torrezan e Pedro Salvador.

Em 1964 o time saltinhense também foi vice-campeão desse mesmo campeonato. O presidente era o senhor Domingos Setem e os diretores eram Pedro Salvador, Oswaldo Silvestrini, Irineu Bernardino, tendo como técnico Jacó de Parsia.

Em 1968, o clube era presidido pelo senhor Florindo Cassano Neto, mas a motivação dos jogadores e diretores caiu, fazendo o time encerrar suas atividades.

Colaborou: Waldomiro Junho

FONTE: Livro “Histórico do Município de Saltinho – Edição de 2018”, de autoria da Câmara Municipal de Saltinho/SP

Inédito!! America Foot-Ball Club (alvinegro) – João Pessoa (PB): Campeão Paraibano em 1913

O America Foot-Ball Club (alvinegro) foi uma agremiação da cidade de João Pessoa (PB). Fundado no Sábado, do dia 22 de Julho de 1911. O seu Ground (1912) era a Praça da Independência.

Na manhã de domingo, às 10 horas, do dia 19 de Novembro de 1911, na Sede do America ocorreu uma sessão extraordinária a fim de tratar o distintivo, bandeira e uniforme do clube.

Depois de serem lidas pelo 1º secretário, o Sr. Leão Caçador, as atas das sessões anteriores, foi exposto em um ofício do Sr. Pedro Jayme o projeto da bandeira do clube, o qual foi aceito por unanimidade.

Vitória do America teve a presença do governador do estado

Na tarde da quarta-feira, às 16h30min., do dia 15 de Novembro de 1911, o America goleou o Red Cross pelo placar de 4 a 0, pelo Campeonato Paraibano. No primeiro tempo, João Jayme abriu o placar e logo depois o mesmo ampliou numa cobrança de pênalti.

Na etapa final, Jayme Neiva, avançou pela direita e deu passe para Walfredo chutou forte para marcar o terceiro para o America. No final da partida, Lourinho deu belo passe para Memeu que na linha da marca do pênalti, ao sentir que o zagueiro iria interceptar a jogada, ele tocou para Leão, que tocou para Lourinho que completou para o fundo das redes, dando números finais da peleja.

Uma curiosidade dessa partida, é que nas arquibancadas, estava presente o governador do estado da Paraíba, o Sr. João Lopes Machado (governou entre 28/10/1908 a 22/10/1912), acompanhado do seu ajudante de ordens, major Milanez e o desembargador Heráclito Cavalcante.

Comprovando que nessa época o futebol já despertava o interesse do povo e, por conseqüente, dos políticos. Nessa partida a estimativa do público presente era de cerca de 2 mil pessoas.

Campeão Paraibano de 1911: America ou Parahyba Sport?

Outra dúvida ficou pendente: Afinal, quem foi o campeão Paraibano de futebol em 1911? O que encontramos em alguns sites que apresentam a lista dos campeões da Paraíba, o Parahyba Sport Club, como vencedor daquele ano.

No entanto, no jornal O Norte (PB), por diversas vezes o America foi citado como o campeão, nas reportagens de 1912. Em 25/09/1912, o periódico destacou na sua reportagem:

“Num sensacional “match” o “Spartano F.C.” derrota brilhantemente o “America F.C.“, campeão parahybano, por 3 goals contra 1.         

Em 12/10/1912, outra vez é citado na matéria:

“Realizar-se-á amanhã o primeiro encontro interestadual entre o 1º team do America Foot-Ball Club, campeão parahybano e o 1º team do Minas Gereas Foot-Ball Club, vice-campeão pernambucano”.

Por enquanto, devido as poucas fontes para diluir essas e outras dúvidas a pergunta persistirá: “Quem foi o grande campeão de 1911?”

1º jogo nacional em 1912

Na tarde de domingo, às 16 horas, do dia 13 de Outubro de 1912, o America enfrentou, em amistoso, o time pernambucano do Minas Geraes Foot-Ball Club, do Recife, vice-campeão (não foi mencionado de qual competição a equipe detinha tal conquista), no Ground da Praça Independência.

Diante de um público de aproximadamente 2 mil pessoas, o America acabou derrotado pelo placar de 4 a 0. Os gols foram de Pedro Jayme e João Jayme, ambos marcando contra. Eduardo e Arlindo completaram o marcador.

America: Amstein; João Jayme e P. Barbosa; Jack Romaguera, Walfredo Rodrigues e Pedro Jayme; V. Mello, Edgard von Sohsten e Jayme Neiva, Trajano Chaves e M. Penna

Minas Geraes: Rubens; Lopes e Novaes; Arruda, Correia e Nelson; Gastón, Lorega, Eduardo, Alberto e Arlindo.

O seu maior feito aconteceu no Campeonato Paraibano de 1913, quando a equipe alvinegra se sagrou campeão!   

No começo de 1914, o Americaalvinegro”, deixou de existir. Alguns remanescentes, liderados por Oscar Machado, fundaram o Independente.

Na quarta-feira, do dia 29 de Setembro de 1914, houve uma movimentada reunião, num sobrado à Rua Duque de Caxias, na tentativa de reviver o America, de Aurélio Filgueiras.

Estiveram presentes à reunião, os seguintes desportistas: Walfredo Rodriguez, Aurélio Filgueiras, João Jayme, Pedro Barbosa, Horácio Rabelo, Bartolomeu Barbosa, Lourinho Carvalho, José Barbosa e Pedro Jayme.

Com a escassez de informações, o que foi possível apurar é que o retorno acabou não se concretizando. Por conseqüente o Americaalvinegro” estava extinto em definitivo.

Time base de 1912: João Jayme; Aurélio Filgueiras e P. Barbosa (M. Penna); Oscar Machado (Atoalba), Raul Silva (Mathias Tavares) e Pedro Jayme (Luciano); Delmiro de Andrade (Jack Romaguera), Jayme Neiva (Celso), Lourinho (Edgard von Sohsten), Leão Caçador (Walfredo Rodrigues) e Memeu (Trajano Chaves).   

FONTES: O Norte (PB) – livro “A História do Futebol Paraibano”, de Walfredo Marques

America Foot-Ball Club (rubro-negro) – João Pessoa (PB): Bicampeão Paraibano em 1923 e 1925

O America Foot-Ball Club (rubro-negro) foi uma agremiação da cidade de João Pessoa (PB). Na terça-feira, do dia 06 de Fevereiro de 1923, o jornal informou que um outro America Foot-Ball Club foi fundado, nas cores em vermelho e preto. O local onde ocorreu a reunião, foi na Sede da sociedade “União dos Retalhistas“.

A 1ª Diretoria da agremiação rubro-negra foi constituída da seguinte forma:

Presidente – Nelson Lustosa;

Vice-Presidente – Gilberto Leite;

1º Secretário – Milton Rodrigues de Carvalho;

2º Secretário – Orris Barbosa;

Tesoureiro – José Felix Cahino;

Vice-Tesoureiro – José Gomes;

Diretor de Esportes – José de Albuquerque;

Orador – José Rodrigues de Carvalho Júnior.

A sua Sede ficava localizado na Avenida General Osório, s/n. Em 1925, se transferiu para Rua Duque de Caxias, nº 413, ambos no Centro de João Pessoa.

O Campeonato Paraibano da 1ª Divisão de 1923, em tese, deveria ser organizado pela Liga Desportiva Parahybana (LDP, existiu entre 1919 a 1940). No entanto a entidade ficou sem promover um jogo por quase dois anos (1922 e 23).

Graças ao esforço do America e do Cabo Branco, a LDP foi reorganizada, em reunião realizada na sexta-feira, do dia 15 de Junho de 1923, na Sede do próprio America.

Vinte três dias depois, aconteceu o Torneio Início, no domingo, do dia 08 de Julho de 1923. A competição contou com a participação de seis equipes: America, Cabo Branco, Brazil, Palmeiras, Pytaguares e Sanhauá. Na final, o Palmeiras, após duas prorrogações, bateu o Cabo Branco por um escanteio a zero, se sagrando campeão

America conquista o título Estadual de 1923

Pelo Campeonato Paraibano da 1ª Divisão de 1923, o America estreou na sexta-feira, do dia 27 de Julho, com um empate em 1 a 1 com o Pytaguares. O gol americano foi assinalado por Togo, que mais adiante passou a ser o goleiro titular da equipe. Já pelo Pytaguares o tento foi marcado por Aurélio, grande revelação da competição.

Na grande final, America e Cabo Branco decidiram o título da temporada, no domingo, às 15 horas, do dia 11 de Novembro de 1923. A luta foi titânica pela rivalidade. O Cabo Branco, obrigava que o goleiro do americano Simeão Leal a praticar defesas difíceis.

No final do primeiro tempo, Simeão fez grande defesa, caindo sobre o mesmo. Nesse instante o atacante Brandão acabou acertando um chute no arqueiro. A partir daí, resultou numa séria confusão, com direito a troca de murros, invasão de campo e a intervenção da polícia para conter os mais exaltados.

A essa altura o Cabo Branco vencia por 1 a 0, porém pelos lamentáveis incidentes, o jogo foi interrompido pelo árbitro William Robson, com uma atuação ruim. 

Os jornais muito reclamavam o marasmo em que se encontrava a Liga e disto resultou numa reunião da entidade para uma solução. Após muito debate, a Liga Desportiva Parahybana decidiu jogar o tempo restante da partida.

O jogo foi realizado, no domingo, do dia 18 de Novembro de 1923, com os portões abertos, e assim, um grande público compareceu. No final, o America bateu o Cabo Br

O jogo foi realizado, no domingo, às 15h45min., do dia 18 de Novembro de 1923, com os portões abertos, e assim, um grande público compareceu. O time americano jogou desfalcado de Jair e Chaguinha, enquanto o Alviceleste não pode contar com Fritz e Brandãozinho.

O jogo recomeçou com o Cabo Branco vencendo por 1 a 0. O America começou melhor e chegou ao empate. No 1º tempo, Sylvestre cobrou escanteio. A bola chegou na medida para Pimenta que testou de forma inapelável, sem chances para o goleiro Mirocem.     

Na etapa final, apesar do Cabo Branco ter sido melhor e criando as principais chances, a partida terminou empatada em 1 a 1. Assim, o árbitro Arnaldo Costa e Silva, o ‘Poty’ (do Brazil F.B.C. e da Comissão de jogos da Liga Desportiva Parahybana), informou as duas equipes que a prorrogação seria de 20 minutos.

Na saída de bola, com menos de um minuto de jogos, os americanos partiram pra cima, e numa bela combinação Sylvestre acertou um forte chute, sem chances para Mirocem.

O jogo foi acirrado, com as duas equipes se revezando em criar chances de gols. No final, o America bateu o Cabo Branco pelo placar de 2 a 1, se sagrando o grande campeão do Estadual de 1923.

America: Simeão Leal; João Augusto e João de Albuquerque; Rabelo, Tonico e Togo; Sylvestre, Meireles Edgard, Pimenta e Queiroz.

Cabo Branco: Mirocem; Antonino e Solon; Ferreira, Vinagre e Everaldo; Amaral, Reis, Bahia e Trajano.

A torcida americana deixou o estádio aclamando os novos campeões, chegando mesmo a acompanhá-los até a Sede situado na Rua Duque de Caxias, nº 413, no Centro de João Pessoa, que esteve em festas, durante as primeiras horas da noite. 

Bicampeão Paraibano em 1925

Na estreia, no domingo, do dia 16 de Agosto, o America venceu o Pytaguares, por 1 a 0. O gol da vitória saiu aos 15 minutos do segundo tempo, após excelente passe de Chaguinha para Pitota colocar a bola no fundo das redes.

No final, o America faturou o bicampeonato paraibano (1923 e 1925). O jogador Togo Albuquerque, que antes era atacante, nessa temporada atuou como titular na meta americana. Além dessa curiosidade, Togo também chamou a atenção por atuar no gol utilizando óculos.

Era comum os torcedores atrás do gol fazendo gozações, mas o arqueiro permanecia concentrado no jogo. Porém, num certo jogo, Togo perdeu os óculos e por alguns instantes ficou sem saber o destino da pelota, que passou rente ao travessão.

Vale ressaltar que o goleiro Togo chegou a defender a meta da Seleção Paraibana de futebol, na Bahia, diante do selecionado local.    

Time base de 1923: Simeão Leal; João Augusto (Chaguinha) e João de Albuquerque; Jair (Freipa), Luiz (José Ramalho) e Osmânio (Rabelo); Sylvestre (Brandão), Meireles Edgard (Togo), Pimenta (Orris), Aluizio e Queiroz (Edgard de Holanda).

Time base de 1925: Togo (Simeão Leal); João Augusto (Chaguinha) e João de Albuquerque; Jair, Marinho e Neco (Estácio); Ernesto (Meireles Edgard), Birica (Sylvestre), Queiroz (Edgard de Holanda), Pimenta e Pitota.

FONTES: O Norte (PB) – O Jornal (PB) – livro “A História do Futebol Paraibano”, de Walfredo Marques

Existiram dois America Foot-Ball Club, de João Pessoa (PB): um campeão em 1913 e o outro bicampeão em 1923 e 1925

Nas minhas andanças, ao pesquisar um pouco do futebol paraibano descobri algo importante e quero compartilhar com vocês. Ao buscar todos os campeões do Campeonato Paraibano de futebol, consta que o America Foot-Ball Club, de João Pessoa é detentor de três títulos: 1913, 1923 e 1925.

No entanto, dentro das pesquisas que realizei, descobri que na realidade existiram dois times de João Pessoa chamado: America Foot-Ball Club. O 1º surgiu em 1911, nas cores preto e branco, foi o campeão de 1913. No ano seguinte acabou fechando às portas. Apesar da tentativa de alguns sócios em salvar o alvinegro, o clube findou em 1914.

Nove anos depois surgiu outro clube homônimo. Em 1923, surgiu o outro America Foot-Ball Club. Comparando os dois, se tratam de clubes com cores, escudos, bandeiras e uniformes diferentes.

Postarei os dois America’s, com os seus escudos, cores e uniformes, a fim de esclarecer e dissipar as dúvidas entre as duas agremiações, que até aonde pesquisei, tirando o nome igual, não há relação entre as duas equipes de João Pessoa (PB).

FONTES: O Norte (PB) – livro “A História do Futebol Paraibano”, de Walfredo Marques

Santa Cruz Esporte Clube – João Pessoa (PB): 3º lugar no Estadual de 1931

O Santa Cruz Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de João Pessoa (PB). A sua Sede ficava localizada na Rua Direita (atual: Duque de Caxias), nº 326, no Centro de João Pessoa.

O “Clube de Tourinho” foi Fundado no domingo, do dia 06 de Abril de 1930, com o nome de “Santa Cruz Sport Club“, por importantes famílias da cidade. Na reportagem de O Norte, foi descrito com detalhes de como era o escudo, bandeira, uniforme da equipe e as suas cores: vermelho e branco.

O clube se filiou na Liga Desportiva Paraibana (LDP), na terça-feira, do dia 31 de Março de 1931. Nesse momento, o Santa Cruz era constituído da seguinte Diretoria:

Presidente – Antonio Tourinho Paes Barreto;

Vice-Presidente – Deraldo de Almeida;

1º Secretário – Manuel Pereira do Nascimento;

2º Secretário – Francisco Espínola;

Tesoureiro – Gilberto Stuckert;

Diretor de Esportes – Walfredo Alcântara.

Atletas transferidos com ‘Passe’ para o Santa Cruz

Cabo Branco: Juvenal Silva – Raul Coutinho – José Rodrigues Albuquerque;

Vasco da Gama: Alcino Ribeiro de Lira – Manoel Aragão – José Pessoa Pimentel;

Internacional: Aluizio Monteiro da França – Luiz Von Sohsten;

Palmeiras e do America: Lourival Ribeiro – Luiz Pinheiro – Fernando Falcão.

Jogadores que não renovaram com o alvirrubro

Manoel Corrêa Lima (grande goleiro da época); Petrarca Grisi; Gilberto Stuckert; Mario Romero; Nelson Murilo Lemos; Fernando Murilo Lemos; Orlando do Rêgo Luna (em 1955, era presidente do Santos); Carlos Jatahy Filho; Orlando Menezes; Mathias de Oliveira; Manoel Deodato; Dr. Everaldo Soares; Walfredo Alcântara do Nascimento; Astrogildo Miranda; Mario Corrêa; João Lins Fialho, entre outros.

Primeiros jogos realizados após filiação

Derrota para o Pytaguares (3 a 0); empate com o Vasco da Gama (2 a 2); vitória sobre o Internacional (2 a 0); derrota para o Cabo Branco (6 a 3); triunfos em cima do Palmeiras (2 a 1), Pytaguares (4 a 1) e Vasco da Gama (2 a 1); derrota para o Internacional (2 a 1); vitória sobre o Pytaguares (3 a 1); nova derrota para o Internacional (1 a 0).

Terceiro lugar no Estadual de 1931

No final, a equipe alvirrubra terminou na 3ª colocação, no geral, do Campeonato Paraibano de 1931. Ao todo, a campanha foi a seguinte: foram dez jogos e 11 pontos; com cinco vitórias, um empate e quatro derrotas; marcando 19 gols, sofrendo 18 e um saldo positivo de um tento.

Representantes junto à Liga

Por designação da Diretoria foram, credenciados como representantes junto à Liga os desportistas João Elias Bernardo e Waldemar Leite, ficando na suplência, Manoel Pereira do Nascimento.   

Na terça-feira, do dia 08 de Setembro de 1931, o clube apresentou o desportista Manoel Pereira do Nascimento para prestar exame para árbitro, o Presidente da Liga, Dr. João Santa Cruz, designou a seguinte comissão para examiná-lo: Anchises Gomes, Luiz França Sobrinho e Severino de Carvalho.    

Um ex-presidente da FPF que também jogou no Santa Cruz com 16 anos, ainda no colegial, defendeu as cores do Santa Cruz, o estimado desportista França Neto, presidente da FPF em 1951. Também jogaram pelo alvirrubro os seguintes atletas: Adhemar Sorrentino, Alberto Grisi, Domingos Sorrentino, Clóvis Procópio e João Correia Teixeira.   

Deixou a presidência Antonio Tourinho

Na terça-feira, do dia 22 de março de 1932, em ofício dirigido a Liga, por questões de ordem interna o Santa Cruz, foi licenciado, para com sete dias depois de voltar a declinar da licença; quando assumiu a Presidência o Dr. Orris Barbosa.

FONTES: Livro “A História do Futebol Paraibano”, de Walfredo Marques – O Norte (PB)

Foto Rara de 1970: Madureira Atlético Clube (RJ)

O Madureira Atlético Clube, sob o comando de Jair da Rosa Pinto, disputou o Campeonato Carioca da 1ª Divisão, em 1970, onde terminou na 7ª colocação no geral, com 11 pontos, em 18 jogos; três vitórias, cinco empates e dez derrotas; marcando 13 gols, sofrendo 30 e um saldo negativo de 17.

Fazendo um Raio X do Madureira, no Estadual de 1970, os atacantes Luís Carlos Feijão e Alcino foram os artilheiros da equipe com cinco gols, cada. Outro atacante, Diogo assinalou três tentos.

O time só teve um atleta expulso: o lateral-direito Danilo que recebeu o vermelho contra o Vasco da Gama. No campeonato aconteceram nove gols contra, mas nenhum de responsabilidade de algum jogador do Madureira.

Um gol antológico: de goleiro para goleiro

Um curiosidade aconteceu na última rodada do Carioca – no sábado, do dia 18 de Setembro de 1970 – na derrota do Madureira para o Flamengo, por 2 a 0, no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. Com uma Renda de Cr$ 5.745,00 e um pequeno público de 1.075 pagantes.

Com o gramado num estado ruim, somado a uma partida tecnicamente fraca, não parecia que algo incomum fosse ocorrer. Aos 39 minutos, do primeiro tempo, Rodrigues Neto penetrou pelo lado esquerdo e o zagueiro Leléu dividiu a jogada dentro da área. O árbitro José Mário Vinhas marcou pênalti. Zanata cobrou com firmeza para abrir o placar. E assim, terminou a etapa inicial, sem nenhum entusiasmo.

No 2º tempo, o jogo seguiu morno sem grandes emoções. No entanto, aos 26 minutos, o lateral Onça recuou a bola para o goleiro Ubirajara, que imediatamente deu um chutão para o atacante Nei. Contando com a ajuda do vento, viajou até dentro da área.

A bola quicou no campo duro e acabou encobrindo o goleiro Paulo Roberto! Assim, Ubirajara se tornou o 1º goleiro do Flamengo a marcar um gol em jogos oficiais.            

Na foto posada (acima) do Madureira, no Estádio Mario Filho, o Maracanã, a formação é a seguinte:

EM PÉ (esquerda para a direita): Ivan, Silva, Edmar, Paulo Roberto, Pitico e Leléu;

AGACHADOS (esquerda para a direita): Cléber, Luiz Carlos Feijão, Osni, Teles e Diogo.

Dos 18 jogos realizados, essa formação citada acima, jogou em sete oportunidades, sendo que em seis foram partidas no Maracanã. O 1º jogo com esses 11 jogadores, aconteceu na 8ª rodada do 1º Turno, na terça-feira, do dia 28 de Julho de 1970, na derrota para o Botafogo por 2 a 0, no Estádio de General Severiano.

Os demais jogos, foram realizados no Maracanã, válidos pelo returno:

1ª Rodada (23/08/70) – América 1 x 1 Madureira;

2ª Rodada (29/08/70) – Fluminense 5 x 1 Madureira;

3ª Rodada (05/09/70) – Vasco da Gama 2 x 0 Madureira;

4ª Rodada (09/09/70) – Botafogo 0 x 1 Madureira;

5ª Rodada (13/09/70) – Olaria 3 x 1 Madureira;

6ª Rodada (17/09/70) – Campo Grande 2 x 0 Madureira.


Alguns pitacos:

No Madura, Pitico, Osni e Luiz Carlos Feijão vieram do Santos e Diogo e Leléu, do futebol paulista. 

O lateral Ivan foi para o América, do Rio Grande do Norte, onde foi ídolo e considerado o melhor lateral da história da equipe rubra.

Em 1971, o treinador do Olaria, Jair da Rosa Pinto, levou para a Rua Bariri, Osni, Luiz Carlos Feijão e Leléu, que participaram da grande campanha naquele ano.

FOTO: Acervo de José Leôncio Carvalho

FONTES: Jornal dos Sports – Arquivo pessoal