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Inédito!! Industrial Mineira Foot-Ball Club – Juiz de Fora (MG): Fundado em 1919

O Industrial Mineira Foot-Ball Club foi uma agremiação da cidade de Juiz de Fora (MG). O Tricolor Mariano Procópio e/ou “Campeão do Centenário” foi Fundado na quarta-feira, do dia 08 de Janeiro de 1919, por funcionários da Indústria de Fiação e Tecelagem Mineira.

A sua Sede e a Praça de Esportes, ficava localizado na Avenida dos Andradas, s/n, no bairro de Mariano Procópio, em Juiz de Fora. As suas cores (uma homenagem a bandeira da Grã-Bretanha): vermelho, azul e branco.

Em 1919, ingressou na Sub-Liga Mineira de Desportos Terrestres (SLMDT) de Juiz de Fora. Três anos depois, o Industrial Mineira foi campeão do Centenário do Campeonato Citadino de Juiz de Fora, em 1922. Nos Segundos Quadros se sagrou Tricampeão Citadino em 1922, 1923 e 1924. Nos terceiros Quadros ficou com o vice-campeão em 1923 (perdeu a final para o Sport Club Juiz de Fora por 3 a 1).  

Campeão do Centenário de 1922

Industrial goleou o Sport e ficou com o título de 1922

O título do Centenário de 1922, veio na grande final diante do Sport Club Juiz de Fora. A partida aconteceu no domingo, às 15 horas e 30 minutos, do dia 05 de Agosto de 1923, no campo do Tupy Football Club, situado na Avenida Dr. Francisco Bernardino.

O árbitro foi o Sr. Eduardo Pinto da Fonseca, da Liga Metropolitana, que aceitou a espinhosa tarefa de dirigir a importante peleja. Os seus auxiliares foram os desportistas Antonio Lopes Paranhos e Hugo Zanetti. No final, a atuação do trio agradou as duas equipes.

O delegado da partida foi o Dr. Arthur de Azevedo Filho, da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) e pelo Sr. José Ramos de Freitas, presidente da Liga Brasileira de Desportos (LBD). Como represente da Sub-Liga, serviu o Dr. Miguel Cautiero.  

Industrial Mineira: Durval; Duca e Albino; Acyr, Alencar e Very; Dore, Bibi, Tatu, Chiquinho e Álvaro.

Sport Club: Ruy; Sisipho e Negrão; Dante, Canário e xxx; Bacury, Coelho, Tatão, Theodorico e J. Maria.

O Industrial Mineira começou pressionando e abriu o placar logo aos 5 minutos, após Dore soltar uma bomba, sem chances para o goleiro Ruy. O gol fez o Sport equilibrar as ações, porém, aos 20 minutos,  Álvaro conseguiu burlar a defesa alviverde, marcando o segundo gol do Tricolor de Mariano Procópio.

O Sport não desanimou e aos 27 minutos, diminuiu por intermédio de Tatão. Contudo, um minuto depois, o Industrial ampliou, novamente com Álvaro. O jogo ficou truncado, com muitas faltas de ambos os lados.

Mas, aos 35 minutos, o Industrial chegou ao 4º gol, por intermédio de Dore, que arriscou um chute do meio da rua, surpreendendo o arqueiro Ruy. E assim, terminou o primeiro tempo.

Na etapa final, o Sport conseguiu ter mais domínio da partida, enquanto o Industrial ameaçava em esporádicos momentos. Porém, o placar permaneceu inalterado. Fim de jogo, o Industrial Mineira goleou o Sport Club por 4 a 1, conquistando o título de Campeão do Centenário.

Na preliminar, o Sport Club de Juiz faturou o título do Terceiros Quadros ao bater o Industrial Mineira por 3 a 1. No primeiro tempo, o Tricolor abriu o placar com Leôncio. Na etapa final, veio a vira do Alviverde, por intermédio de Rosa, duas vezes, e Ximbim. O árbitro foi o Sr. Hugo Zanertti, do Tupynambás.     

Elenco do 1º Quadros – Campeão do Centenário de 1922: Durval Gama, Eduardo Xavier, Albino Amaro, Acyr, Alencar Martins, Guilherme Bragança, João Dore, João Acione, João Xavier, Francisco Gomes, Álvaro E. Varsal, Francisco José Lopes, Verydomar Bechtlufft, José C. Maranhas.

Foto rara do ano de 1928

Industrial x Palestra Itália

No domingo, do dia 27 de Julho de 1924, o Industrial enfrentou o Palestra Itália (atual Cruzeiro), de Belo Horizonte, na sua Praça de Esportes, situado na Avenida dos Andradas, em Mariano Procópio.

O vencedor desta partida receberia a Taça Rodolpho Neubauer, oferecido pela empresa Parc Royal. Na preliminar o jogo entre os Segundos Quadros do Industrial e Tupy. Infelizmente, faltou o jornal que traria o resultado.

Mas esse confronto teve o jogo da volta, no domingo, do dia 21 de Setembro de 1924, no Barro Preto, em Belo Horizonte. A partida entre Palestra Itália e Industrial Mineira terminou empatada em 3 a 3.

Industrial faz história e vence o Flamengo/RJ

A princípio o jogo estava marcado para o domingo, do dia 02 de Agosto de 1925. No entanto, por compromissos do rubro-negro carioca a partida foi remarcada o domingo, do dia 04 de Outubro de 1925. O vencedor levaria a Taça Bavária, ofertada pelos industriais V. Stiebler & Filhos

O jogo entre o Industrial Mineira e o Clube de Regatas Flamengo, foi destacado como o maior acontecimento esportivo da cidade de Juiz de Fora, naquele ano. A princípio o árbitro seria o renomado Sr. Leite de Castro, que meses antes tinha apitado o jogo entre Cariocas e Paulistas, sendo considerado pela crítica o melhor árbitro do país. No entanto, quem, de fato, apitou a peleja foi o Sr. Alcides Horta, que teve uma boa atuação.

Enfim, o dia chegou! E, o que parecia impossível aconteceu! Com uma atuação que beirou a perfeição, o Industrial Mineira surpreendeu o Flamengo, e, venceu pelo placar de 2 a 1, na sua Praça de Esportes, na Avenidas dos Andradas, no bairro Mariano Procópio.

O triunfo do “Campeão do Centenário” foi algo muito destacado, uma vez que vencer um gigante carioca, naquela época, de uma equipe mineira era algo raro. Para se ter uma ideia, apenas na década de 30 o Atlético-MG foi vencer um rival da então capital do Brasil.

O 1º gol da partida saiu aos 16 minutos. Lopes avançou e invadiu a área, desferindo um potente chute, obrigando o goleiro Batalha, se esticar todo, espalmando para escanteio. Na sequência, centro na área e Moraes testou de forma inapelável, abrindo o placar para o Industrial.

A partir daí, o “Campeão do Centenário” criou algumas chances, enquanto o rubro-negro pouco ameaçou a meta adversária. Assim, terminou o primeiro tempo, com a vitória parcial de 1 a 0, para o tricolor juizforano.

Na etapa final, o jogo ficou equilibrado, com as duas equipes criando boas chances. Numa delas, o árbitro marcou um pênalti para o Flamengo. Porém, Pennaforte bateu fraquinho e o goleiro Mangueira defendeu, para o delírio da torcida presente.

Depois um fato triste aconteceu. O atacante Lelé, do Industrial, acabou se machucando (depois foi descoberto que foi uma fratura no braço). O jogo ficou paralisado por 15 minutos. O jogador lesionado acabou substituído por Coelho

Gol de empate: Reiniciada a partida, o Flamengo tratou de pressionar a defesa adversária. Nonó dividiu a bola com a zaga. A bola subiu e Candiota cabeceou firme para empatar o jogo: 1 a 1

A partida ficou eletrizante com os dois times buscando a vitória todo custo. Contudo, a sorte sorriu para o Industrial. O zagueiro veterano Ducca avançou e centrou na área. A bola sobrou para Chiquinho, que soltou um foguete para marcar o gol da vitória, levando a torcida local ao êxtase!

O presidente do Industrial, Américo Bernardes Fraga, não escondeu a felicidade pela grande vitória, destacando que foi um resultado histórico:          

A maior glória para o desporto mineiro, pois um team do interior abater um team formidável, como é o Flamengo, composto de elementos famosos, inclusive diversos campeões do Brasil. Não é uma glória só para Juiz de Fora, mas sim para todo o estado de Minas“, destacou Fraga.

INDUSTRIAL MINEIRA F.C.        2          X         1          C.R. FLAMENGO

LOCAL: Av. dos Andradas (Campo do Industrial), Juiz de Fora (MG)

CARATER: Amistoso Nacional

DATA: Domingo, do dia 04 de Outubro de 1925

HORÁRIO: 15 horas e 55 minutos

ÁRBITRO: Sr. Alcides Horta

INDUSTRIAL –  Mangueira; Jovelino e Ducca; Acyr, Alencar e Tatu; Bibi, Moraes, Lopes, Chiquinho e Lelé (Coelho). Técnico: Ground Committe

FLAMENGO – Batalha; Pennaforte e Hélcio; Hermínio, Roberto e Japonez; Newton, Candiota, Nonô, Vadinho e Angenor. Técnico: o uruguaio, Juan Carlos Bertoni.

GOLS: Moraes aos 16 minutos (Industrial), no primeiro tempo. Candiota (Flamengo) e Chiquinho (Industrial), marcaram na etapa final.

Tricampeão dos Segundos Quadros em 1922, 1923 e 1924

Estrutura de primeira

Em 1926, o clube possuía cerca de 1.100 sócios. A sua sede era reputada a melhor do estado de Minas e uma das melhores do país. O campo passou por uma remodelação, com a troca da grama e a construção de uma majestosa arquibancada.

O clube ainda dispunha de uma quadra de tênis e uma piscina de water-polo (pólo aquático). A sua diretoria composta da seguinte forma:

Presidentes de Honra – Ernest Gepp, Francis Wright e Harry Sutcliffe

Presidente – Américo Bernardes Fraga;

1º Vice-Presidente – Aquilino Gomes da Silva;

2º Vice-Presidente – Guilherme Ormrod;

1º Tesoureiro – Antonio Domingues Silva;

2º Tesoureiro – Matheus Clemente (reeleito);

1º Secretário – Reynaldo Madeira de Ley (reeleito);

2º Secretário – Valentim Dilly;

Procurador – Alberto Krentzfeld (reeleito);

Presidente da Comissão de Sports – Harry Sutcliffe (reeleito);

Conselho Fiscal – Acyr Delphim Fonseca, Aristides Sogno (reeleito) e Pedro Giovanetti (reeleito);

Suplentes – José de Landa, Pedro Hansen e José Koehler (reeleitos);

Ground Committe – Domingos Sirimarco, Felippe Schaefer e Guilherme Franck (reeleitos).

Industrial goleia o Villa Isabel/RJ

No domingo, do dia 16 de Maio de 1926, em amistoso nacional, o Industrial Mineira recebeu o time carioca do Villa Isabel Football Club, na sua Praça de Esportes, na Avenida dos Andradas. Novamente, o “Campeão do Centenário” triunfou ao golear o seu oponente pelo placar de 4 a 1.

No primeiro tempo, o Industrial foi pra o intervalo com a vantagem de 1 a 0, com gol de Tatú. Na etapa fina, logo a um minuto e meio, novamente Tatu ampliou. Depois, Lopes fez o terceiro do time da casa.

Os cariocas diminuíram por intermédio de Gallo. Porém, logo depois, de novo Lopes fez o quarto gol, dando números finais a peleja.

INDUSTRIAL MINEIRA F.C.        4          X         1          VILLA ISABEL F.B.C.

LOCAL: Av. dos Andradas (Campo do Industrial), Juiz de Fora (MG)

CARATER: Amistoso Nacional

DATA: Domingo, do dia 16 de Maio de 1926

HORÁRIO: 15 horas e 30 minutos

ÁRBITRO: Sr. Jayme Motta (Sub-Liga)

INDUSTRIAL –  Durval; Jovelino e Peçanha; Acyr, Alencar e Octavio; Bibi, Tatú, Moraes, Lopes e Maranhas. Técnico: Técnico: Ground Committe

VILLA ISABEL – Briani; Jobel e Pedro; Gradim, Sylvio e Evencio; Bonitinho, Tulher, Mintho, Gallo e Fernandes.

GOLS: Tatu (Industrial), no primeiro tempo. Tatu (Industrial), Lopes (Industrial), Gallo (Villa Isabel) e Lopes (Industrial), marcaram na etapa final.

PRELIMINAR: os juvenis do Industrial e Tupy, empataram em 1 a 1.

Clube fecha a porta em 1930

O Industrial Mineira seguiu disputando as competições citadinas e amistosos nacionais, como por exemplo, diante de um Combinado da Guanabara, Sport Club Internacional, de Petrópolis (RJ), entre outros.

Porém, na terça-feira, do dia 15 de Julho de 1930, o clube fechou às portas. Na década de 50, surgiu o Esporte Clube Industrial Mineira. Porém, não foi encontrado provas que essa agremiação tinha alguma relação com o anterior, apesar das cores e o modelo de escudo serem similares.

Algumas formações:

Time base de 1919: Santos (Henrique); Nelson e J. Lopes; Xodó (Albino), Orestes e Dias; Pires (Roque), Bruno (Eurico), Aché (Britto), Parisi (Guyatá) e Germano.

Time base de 1922 e 1923: Durval (Creosotagem); Duca e Albino; Acyr (Coelhinho), Alencar e Very; Dore, Bibi (Tatu), Lopes, Chiquinho e Álvaro.

Time base de 1925: Mangueira; e Ducca; Acyr, Alencar e Tatu; Bibi, Moraes, Lopes, Chiquinho e Lelé (Coelho).

Time base de 1926: Durval; Jovelino (Raul) e Peçanha (Ducca); Acyr, Alencar e Tatu (Octavio); Bibi, Moraes, Lopes, Chiquinho (Maranhas) e Lelé.

Time base de 1928: Durval; Ducca e Lopes; Oliveiras, Bibi e Octavio; Geraldo, Moraes, Bianco, Chiquinho e Egydio.

Desenhos do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Cleber Franck Pessoa

FONTES: Pharol (MG) – A Noite (RJ) – Jornal do Commercio (RJ) – Site Toque de Bola – Museu Mariano Procópio – Livro “A Epopéia dos Vencedores” de Halber Alvim Pedrosa

Sub-Liga Mineira de Desportos Terrestres – Juiz de Fora (MG): escudo e cores diferentes em 1924

A Sub-Liga Mineira de Desportos Terrestres foi uma entidade esportiva da cidade de Juiz de Fora (MG). Fundado na terça-feira, do dia 20 de Fevereiro de 1917, filiada à LMDT (Liga Mineira de Desportos Terrestres – fundado em 05-03-1915).

Existiu até 1933, quando passou a chamar-se Associação Mineira de Esportes (AME). Em 11 de novembro de 1942, ganhou o nome de Liga de Desportos de Juiz de Fora. Em 19 de dezembro de 1977, tornou-se, finalmente, a Liga de Futebol de Juiz de Fora.

Observação: A Fundação da entidade juiz-forano contém um dilema! No a Annuario dos Desportos no Brasil (publicado em 1932) diz ser de 20/02/1917, enquanto a Liga de Futebol de Juiz de Fora afirma ser de 22/02/1918.

Link do 1º escudo redesenhado: https://historiadofutebol.com/blog/?p=117378

FONTES: Página no Facebook da ” Liga de Futebol de Juiz de Fora ” – – Site Toque de Bola – Museu Mariano Procópio – Livro “A Epopéia dos Vencedores” de Halber Alvim Pedrosa

Associação Atlética Bancária – Rio do Sul (SC): Jogou o Campeonato Catarinense de 1960

A Associação Atlética Bancária foi uma agremiação do município de Rio do Sul (SC). Fato é, que há poucas informações sobre esse time. Não se sabe o endereço, a data de fundação, e, pouquíssimas pessoas de Rio do Sul sabem algo da Atlética Bancária.

O redesenho do escudo foi baseado nessa suposta foto do clube. Portanto, desde já peço a colaboração dos amigos internautas que ajudem a resgatar um pouco da história desta equipe. 

O grande feito que fez a Atlética Bancária entrar no “radar” do futebol do estado, aconteceu em 1960, quando conquistou uma vaga para disputar o Catarinense daquele ano.  

Após disputar o Campeonato Citadino de Rio do Sul, organizado pela Liga Riosulense, no início de setembro de 1960, Atlética Bancária chegou no último jogo dependendo de um simples empate para ficar com título. Já o Clube Atlético Quinze de Novembro precisava vencer para levantar a taça.

Numa partida de sete gols, a Atlética Bancária acabou derrotada pelo placar de 4 a 3, ficando com o vice. Mesmo assim, assegurou o seu lugar no Campeonato Catarinense de 1960.

A classificação final de Rio do Sul, publicado pelo Jornal O Estado (Florianópolis, no domingo, do dia 04 de setembro de 1960), ficou assim:

Clube Atlético Quinze de Novembro (Campeão): 3 pontos perdidos;

Associação Atlética Bancária (Vice campeã): 4 pontos perdidos;

Rodoviário Futebol Clube (3º colocado): 5 pontos perdidos;

Canto do Rio  (4ª posição): 12 pontos perdidos;

Em seguida, a Associação Atlética Bancária entrou no Campeonato Catarinense, na Zona 3, mas não conseguiu avançar para a fase seguinte. Abaixo os participantes:

Zona Sul (Zona 1): Comerciário, Ferroviário, Hercílio Luz, Metropol, Atlético Mineiro, Minerasil

Campeão: Metropol; Vice: Hercilio Luz

Zona Litoral/Vale (Zona 2): Avaí, Figueirense, Carlos Renaux, Paysandu, Olímpico, Palmeiras, Marcílio Dias, Cimenport

Campeão: Palmeiras; Vice: Marcílio Dias

Zona Planalto/Serra/Alto Vale (Zona 3): Internacional, Guarani(L), Pery Ferroviário, Associação Atlética Bancária, XV de Rio do Sul, Botafogo de Canoinhas, Santa Cruz, Operário de Mafra

Campeão: Pery Ferroviário

Zona Oeste (Zona 4): Comercial, Botafogo(PU), Tamandaré(PU), Grêmio Caçadorense, Vasco de Caçador, Cruzeiro

Campeão: Comercial

Zona Norte (Zona 5): Acaraí, América, Atlético SF, Baependi, Fluminense, Ypiranga

Campeão: Ypiranga; Baependi (vice)

Importante!

Apesar da escassez, essa postagem é uma singela homenagem a tantos times pequenos que ajudaram a construir o futebol brasileiro! Por isso, peço aos amigos internautas que ajudem nesse resgate, pois você pode ter no seu “baú” documentos, fotos, flâmulas, bandeiras, etc., de equipes que fizeram parte dessa história, e vocês nem tenham conhecimento! Vamos entrar nessa correte e resgatar essas equipes!

FONTES: Futebol Nacional – O Estado (SC) – Página do Facebook “Antigamente em Rio do Sul”

Rio Branco F.C. – Conceição de Macabu (RJ): Fundado em 1914, revelou Policarpo Ribeiro, craque brasileiro da Copa do Mundo de 1930

O Rio Branco Futebol Clube é uma agremiação do município de Conceição de Macabu, que fica na região Norte Fluminense, a 227 km da capital do estado do Rio de Janeiro. Fundado no sábado, do dia 15 de março de 1952, a sua população é de 27.224 habitantes, segundos o censo do IBGE/2010.

A sua Sede e a Praça de Esportes ficam localizados na Avenida Victor Sence, nº 283, no bairro Paraíso, em Conceição Macabu. As suas cores: vermelho, azul e branco.

A sua Praça de Esportes (capacidade para 600 pessoas, com vestiários, refletores), fica situado entre os bairros da Garapa e da Vila Nova (marcando a divisão desses bairros), foi inaugurado no dia 23 de Junho de 1917.

O “Tricolor Macabuense” foi Fundado no domingo, do dia 15 de Fevereiro de 1914, por alunos do Instituto Rio Branco. É o clube mais antigo em atividade no Norte Fluminense e um dos mais antigos do interior do estado do Rio de Janeiro.

Outro orgulho é que Policarpo Ribeiro, o ‘Poly’, atuou no Rio Branco e, posteriormente, jogou no Americano de Campos, onde foi convocado pela Seleção Brasileira para disputar a I Copa do Mundo de futebol, em 1930, no Uruguai.

EM PÉ (esquerda para a direita): Zé Boquinha, Arturzinho, Aridio, Bida, Juca, Geraldo Melo, Paulinho de Cirilo e Sr. Edemir Fidelis;
AGACHDOS (esquerda para a direita): Hélio Araújo, Eliel, Paulo Melo, Antônio Carlos e Acílio.

Foi num amistoso entre o Rio Branco de Macabu e o Americano de Campos, que despertou o interesse da equipe campista, que por fim acabou contratando o craque macabuense.

Quem foi o craque Poly?

Poly é o 1º agachado, de esquerda para a direita

Natural de Conceição de Macabu, Policarpo Ribeiro de Oliveira, nasceu em 26 de Janeiro de 1909 e faleceu aos 77 anos, em Campos dos Goytacazes, em 13 de Agosto de 1986.

Conhecido por ‘Poly’, foi um atacante rápido e habilidoso, que surgiu no Rio Branco de Macabu. Aos 15 anos, se transferiu para o Americano de Campos, em 1924, onde jogou por duas décadas até 1944.

Até hoje, ‘Poly’ foi o 1º e único jogador do Alvinegro Campista a ser convocado para a Seleção Brasileira. Participou da I Copa do Mundo de 1930, onde jogou na partida de estreia, na segunda-feira, do dia 14 de Julho de 1930, entre Brasil e Iugoslávia. No final, o escrete canarinho acabou derrotado pelo placar de 2 a 1.      

Filiado na década de 50, na Federação Fluminense de Desportos (FFD) e na Liga Macabuense de Desportos (LMD), fundada na quarta-feira, do dia 03 de Abril de 1957. O Rio Branco disputou diversas edições do Campeonato Citadino Conceição de Macabu, organizado pela LMD.

Time de 1969

FOTOS: Página no Facebook “Macabu: História & Memória” – Acervo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

FONTES: O Fluminense (RJ) – Livro “Imagens da Nossa Terra”, de autoria de Godofredo Guimarães Tavares – Jornal A Gazeta de Macabu (22/02/1914) – Livro “ABC Macabu”, de Marcelo Abreu Gomes

Américo Machado Futebol Clube – Campos do Goytacazes (RJ): Fundado em 1946

O Américo Machado Futebol Clube foi uma agremiação da cidade de Campos do Goytacazes, no norte fluminense do estado do Rio de Janeiro. Fundado na quinta-feira, do dia 10 de Outubro de 1946. A sua Sede própria ficava localizada na Rua General Pinheiro Machado, nº 26-28, no Parque São Caetano, m Campos. O clube era filiado a Liga Campista de Desportos (LCD).

FONTES: Liga Campista de Desportos – Leonardo Silva

Sport Club Rodrigues – Rio de Janeiro (RJ): Fundado na década de 30

O Sport Club Rodrigues foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O “Trem Azul” foi Fundado no início da década de 30, e a sua Sede ficava no bairro da Saúde – Zona Portuária do Rio (RJ). Além do futebol, o clube contava também com o basquete, onde vários jogadores treinavam nas duas modalidades esportivas.

No domingo, do dia 27 de Março de 1938, o Rodrigues goleou, em amistoso, o forte Sport Club Abolição pelo placar de 5 a 1, no campo do Jornal do Comercio, na Avenida Francisco Bicalho, na estação Barão de Mauá

Em abril, o Sport Club Rodrigues ganhou destaque na mídia, pois convidou para um amistoso, o Glória Sport Club, campeão do Campeonato Citadino de Belo Horizonte (MG). Um ano antes, a equipe mineira viera ao Rio, e vencera o Modesto por 5 a 3 e o Central por 2 a 1.

Assim a incumbência de “defender a honra do futebol suburbano carioca” coube ao Rodrigues.

A partida amistosa, entre S.C. Rodrigues versus Glória S.C., foi realizada  no domingo, do dia 1º de Maio de 1938, às 15 horas e 30 minutos, no campo do Jornal do Comercio, na Avenida Francisco Bicalho, na estação Barão de Mauá, da Leopoldina

O ingresso foi vendido com preços populares: Cadeira – 5$500 (cinco mil e quinhentos réis) e Geral – 3$300 (três mil e trezentos réis). O árbitro da partida deveria ter sido o Sr. Lourival Velloso, da Liga Amadora de Football de Belo Horizonte, no entanto, por alguma razão não explicada na reportagem, acabou substituído pelo sportman Antonio Marques, que teve uma atuação falha. Em razão disso, foi substituído pelo Sr. Waldemiro Silva.

Os times formaram assim:

Rodrigues: Fantasma; Alberto e Carijó; Herculano (Carestia) e Mosquito; Bahianinho, Bahia, Carola, Mulambo, Gato e Alyrio.

Glória: Joãozinho (Randolpho); Brito e Munhoz; Bertho, Juvenal e Nereu; Wilson, Olavo, Cecy, Itagiba e Guaraná.

Apesar do destaque, na partida, o Sport Club Rodrigues não teve dó e goleou o Glória pelo placar de 8 a 1. Os gols da partida foram assinalados por Gato e Carola para o Rodrigues, no primeiro tempo. Na etapa final, Carola marcou outros dois; Bahianinho, Alyrio, Gato e Mulambo completaram o marcador para os cariocas; enquanto Itagiba fez o tento de honra dos mineiros.

Mediante a goleada, o Glória Sport Club pediu revanche e foi prontamente atendida. E, 48 horas depois, as duas equipes voltaram a se enfrentar no mesmo lugar.

Na terça-feira, do dia 03 de Maio de 1938, o Rodrigues voltou a golear por 7 a 1, não deixando dúvidas da sua superioridade perante o adversário. Os gols da peleja foram marcados por Veneno, três vezes; Carola, dois tentos; Gato e Alyrio uma vez cada; para os cariocas. Cecy fez o gol de honra dos mineiros. O árbitro da partida foi Alvarino de Castro (Federação Athletica Suburbana), com excelente atuação.

 Os times formaram assim:

Rodrigues: Fantasma; Alberto e Carijó; Carestia, Mulambo e Mosquito; Bahianinho, Veneno, Carola, Gato e Alyrio.

Glória: Joãozinho (Randolpho); Bibi e Munhoz; Bertho, Juvenal e Nereu; Alencar, Olavo, Cecy, Itagiba e Guaraná.

Em dezembro de 1938, viajou até a capital Paulista, vencendo a equipe da Lapa pelo placar de 1 a 0, e depois bateu o São Cristóvão (esse time é um homônimo sem relação com o clube carioca) por 3 a 1.

Time base de 1933: Criouleba; Gallego e Tupy; Barroso, Didi e Waldir; Oscar, China, Ignora, Veneno (Cap.) e Azuil.

FONTES: A Noite (RJ) – Correio da Manhã (RJ) – O Jornal – Diário Carioca – O Radical

Centenário Esporte Clube – Parelhas (RN): Três participações na 2ª Divisão Potiguar

O Centenário Esporte ClubeCentenário de Parelhas” é uma agremiação do município de Parelhas (RN). A sua Sede está localizada na Rua José Roque, s/n, no Centro, em Parelhas.

O clube manda os seus jogos no Estádio José Nazareno do Nascimento, o “Nazarenão“, com capacidade para 7 mil pessoas, localizado no município de Goianinha. O “Azulão do Seridó” foi Fundado na quinta-feira, do dia 19 de Janeiro de 1956. Porém, só deu início as atividades futebolistas oito anos depois da sua fundação, na quarta-feira, do dia 04 de março de 1964.

O clube surgiu no futebol amador e nele obteve destaque, na região seridó, ganhando a alcunha de “O Papão de títulos do interior” conquistando títulos importantes como o tricampeonato interiorano de futebol em 1988, 1989 e 1990, a maior competição amadora do estado na época.

O time Seridoense teve quatro títulos de campeão (1968, 1988, 1989 e 1990) e dois vice-campeonatos (1985 e 1987) do Matutão. A equipe comandada sempre pelo saudoso Hélcio Jacaré, comandou o futebol do interior na década de 80.

Mané Garrincha jogou pelo Potiguar

Um dos maiores jogadores de todos os tempos do futebol brasileiro e mundial Mané Garrincha vestiu a camisa do Potiguar nos anos 70, para disputar um amistoso contra o seu maior rival na época o tradicional Centenário de Parelhas.

Celeiro de craques

​O clube revelou grandes craques ao longo dos anos, muitos se tornaram profissionais e obtiveram sucesso em clubes da região e outros, chegaram até ser campeão Brasileiro por grandes clubes como Corinthians em 1998, como foi o caso do atacante Didi. Além dele, teve Canteiro, Didi Potiguar, Elian, Evilásio, Hermes, Júnior Potiguar, Luiz Eduardo, entre outros. 

Clube jogou a Segundona Potiguar

O Centenário de Parelhas foi filiado a FNF (Federação norte-rio-grandense de Futebol) entre  o 2010 e 2011. Após comprar o CNPJ do Vênus Esporte Clube se profissionalizou e disputou três Campeonatos  da Segunda Divisão estadual: 2010 (jogando como Vênus Esporte Clube), 2011 e 2019, contudo nunca chegou na elite. Sem apoio financeiro foi desfiliado da FNF.

Em 03 de agosto de 2016, o  Presidente do clube da gestão anterior, Sr. Francisco De Sales Valentim, iniciou tratativas para a cessão permanente do clube aos interessados em realizarem a refiliação e conseqüentemente a retomada das atividades.

Reestruturação

Fechada essas negociações e, no primeiro semestre de 2019, os Srs., Jean Lima Pinheiro e Alexandre de Souza, realizaram a refiliação – com recursos próprios –  junto  a Federação Norte-rio-grandense de Futebol, e anunciaram a sua volta  a Segunda Divisão/Sub-19  potiguar no 2º semestre de 2019.

​Porém no mesmo ano em questão, ocorreram algumas divergências no clube por parte de alguns diretores que criaram resistência em seguir os modelos de gestão  e modernização, implantadas pelo presidente e gestor Jean Pinheiro.

​Após reunião realizado em 10 de agosto de 2019, a qual foi convocada para definir os destinos da então comissão técnica, contratada aleatoriamente por  membros dessa diretoria sem contar com a anuência do Presidente do Clube.

Por este motivo o Presidente (Jean Pinheiro), encaminhou através de e-mail junto à Federação de Futebol Norte Rio-grandense, o comunicado de seu afastamento da presidência do clube, no  de 10 de agosto de 2019 à 31 de Janeiro de 2020.

Sendo assim, passou todas as responsabilidades para quem conduziu esses trabalhos, uma vez que não assinou nenhum tipo de contrato elaborado nessa gestão. Todas as responsabilidades (fiscais, tributarias e jurídicas)  do clube nesse perdido ficaram a cargo dos diretores nomeados para tal, Alexandre de Souza, Marcos Antônio do Nascimento e Francisco de Sales.

​Em 2020 com o retorno do presidente Jean Pinheiro, a suas atribuições, o clube iniciou  uma reformulação estrutural e administrativa, com ações a serem realizadas tanto a distância como “no Local” com parcerias, alianças e intercâmbios, dando oportunidades aos jovens a realizarem seu anseios no futebol ou em outros atividades.

Como é o caso de estudarem em países como Estados Unidos e Canadá. Tem como principal objetivo a construção de um modero centro de treinamento para que o time seja reconhecido como formador de jogadores.

Ou seja, formar atletas de alto nível para o futebol Nacional e Internacional, com descobrimento e desenvolvimento do talento do atleta e também  a sua formação como cidadão. As categorias de base do Centenário Esporte Clube são formadas por atletas entre ​14 e 20 anos.

No mesmo ano, a atual diretoria, composta pelo Presidente (Jean Pinheiro), Vice-presidente (Alexandre Souza) e (CEO) Diretor Executivo: Wallace Alcântara, já realizou o desenvolvimento da nova website do clube, através de recursos próprios para reformulação da logo antiga e a construção de uma nova logo como mascote. Também concretizou parcerias com clube na Rússia, centro de treinamento na África e no Brasil com a Investimentos Rio Soccer United.

Colaborou: Adeilton Alves

FONTES: Terradaxelita com informações do Diário de Natal – Marcos Trindade – Jaílson e atletas da época – Site do clube

Inédito!! Na sua fundação, em 1909: Resende Futebol Clube – Resende (RJ) nasceu alvirrubro

O Resende Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Resende, situado na região sul fluminense do estado do Rio de Janeiro. A sua Sede fica localizado na Praça da Concórdia, s/n, no Centro da cidade. Atualmente, o clube disputa o Campeonato Carioca da 1ª Divisão de 2022.

Nas minhas pesquisas obtive uma descoberta e uma dúvida. A principio o que sabíamos é que o clube nasceu alvinegro, correto? Na realidade, não! A agremiação surgiu alvirrubra!

O que possibilitou essa raridade foi ler o texto que esta atrás da foto de 1909. Nela diz: “Inauguração do Rezende Futebol Clube – ano 1909. Apresenta no verso a inscrição manuscrita – Team encarnado que, no dia da inauguração do Rezende Futebol Club, 6 de junho, jogou contra“.

Foto de 1909 do Rezende Foot-Ball Club

Como é possível ler, o Resende foi chamado de “Team encarnado” ou seja ‘time vermelho’. A partir daí procurei descobrir quanto tempo durou a cor vermelha até ser trocada pelo preto e branco, porém, há poucas notícias sobre o clube.

A dúvida surgiu ao encontrar uma matéria no Jornal A Capital (RJ), na quinta-feira, do dia 25 de Março de 1909, dando conta sobre o clube ou um homônimo. Ou seja, 83 dias antes da sua Fundação no dia 06 de Junho de 1909.  

Dentro em pouco vão se iniciar-se os matches do Rezende Foot-Ball Club installado no Campo do Manejo, a louvaveis empenhos de um punhado de moços ardorosos, entre os quaes sobreleva nomear o sr. J.T. de Carvalho, o captain, foot-baller (jogador de futebol) e instrutor, que não poupa esforços no sentido de tornar apreciado da mocidade o conhecido jogo inglez“.

Nessa transcrição, a impressão que tive era que o clube teria sido fundado nesta data! Como não encontrei outros elementos que ajudassem, ficam alguns pontos de interrogações: teria sido outra equipe? Teria sido a mesma e 83 dias depois foi reorganizado?

Se voltarmos ao texto escrito atrás da fotografia de 1909: “Team encarnado que, no dia da inauguração do Rezende Futebol Club, 6 de junho, jogou contra“.   

Notem, que o texto acima não fala em “fundação“, mas sim “Inauguração“. A minha sensação é que no dia 06 de junho ocorreu um jogo para inauguração do campo. Obviamente, sem mais provas, fica difícil dissipar essa dúvida em questão.

Time base de 1930: Mendonça; Arthur e Moysés; Silva, Gomes e Paquera; Irineu, Messias, Ismael, Joãozinho e Ruy (Mario).

Time base de 1931: Waldemar; Arthur e Gomes; Paquera, Castorino e Silva; Irineu, Bazoca, Ismael, Fernandes e Mario.

Time base de 1933: Antonio; Erdino e Gomes; Paquera, Amadeu e Tourinho; Ismar, Bazoca, Ismael, Belão e Anatolio.

Time base de 1934: Morel; Nelo e Antenor; Galli, Paquetá e Orlando; Sabininho, Marino, Ismael, Ismar e Murtinho.

Time base de 1959: Jairo (Mazinho); Amíler, Êno e Piragibe; Chimbica e Gilson; Marcos, Gulino (Descuidado), Heitor, Hélcio e Lua.

1º jogador do clube a ingressar no profissionalismo

O atacante Ismael do Nascimento começou a jogar no Resende no início da década de 30. Em 1935, se transferiu para o America Football Club e no ano seguinte foi jogar no Andarahy Athletico Club (1936).

Resende virou Utilidade Pública

No mês de julho de 1952, o então governador do estado do Rio de Janeiro, Ernani do Amaral Peixoto (Partido Social Democrático, ficou no cargo entre 30 de janeiro de 1951 a 31 de janeiro de 1955), sancionou lei da Assembléia, declarando utilidade pública o Resende Futebol Clube

Clube abandonou o profissionalismo na década de 70

Após disputar várias edições do Campeonato da Copa Vale do Paraíba, na década de 60, a diretoria do Resende decidiu no sábado, do dia 11 de julho de 1970, solicitar desligamento do DEP (Departamento Estadual de Profissionais). O clube retornou na temporada seguinte, quando ficou com o vice-campeonato na Copa Vale Paraibana.  

coincidência ou destino em que o vermelho faça parte do Escudo e uniforme atuais?

FONTES: A Capital (RJ)  – O Jornal (RJ) – A Batalha (RJ) – Jornal dos Sports (RJ) – O Fluminense (RJ) – A Luta Democrática (RJ) – Diário de Notícias (RJ) – A Noite (RJ)