Arquivo da categoria: 04. Eduardo Cacella

Copa de 78, uma história obscura!!!!!

Ezequiel Fernández Moores(AFP)
Buenos Aires, Argentina

“Em minha própria terra, senti, eu juro, o pior de tudo… Todo mundo falando a mesma coisa: ‘este traidor da pátria, por que vem aqui…'”. Rodulfo Manzo nem sequer pode escapar à vergonha em San Luis de Cañete, a 140 km de Lima, sua terra natal. Confessou há alguns anos. Mas essa vergonha ameaça persegui-lo por toda a vida. Manzo foi um dos zagueiros-centrais da seleção peruana que foi goleada em 6 a 0 pela Argentina na Copa de 1978, em uma das partidas mais escandalosas da história das Copas do Mundo e cujos fantasmas foram resgatados esses dias por Fernando Rodríguez Mondragón.

O filho de Gilberto Rodríguez Orejuela e sobrinho de Miguel Rodríguez Orejuela, líderes do Cartel de Cali, revelou um dado inédito ao assegurar que o narcotráfico contribuiu com dinheiro para subornar o Peru. Saberá por acaso se o Cartel de Cali tinha algum vínculo com hierarcas da ditadura que governava a Argentina e com alguns de seus membros interessados em que o mundial servisse de plataforma a suas ambições políticas?
Esse suposto vínculo, que me foi sugerido anos atrás por fontes ligadas à própria ditadura, teria servido à goleada de 6 a 0 que permitiu à Argentina estar à frente do Brasil por melhor saldo de gols e classificar-se para a final do mundial que aconteceu em sua própria casa. Jamais houve evidências concretas. Mas os próprios jogadores reabriram as portas às suspeitas em torno do desenvolvimento e do resultado final desta partida, fundamental para que a Argentina ganhasse justamente esse Mundial, para a alegria não só de seu povo, mas também da sangrenta ditadura comandada pelo general Jorge Rafael Videla.

Ainda tenho fresca a imagem de Juan Carlos Oblitas, outro integrante daquela seleção peruana, quando o perguntei sobre essa partida na tribuna de imprensa no Estádio Azteca, no dia da abertura da Copa do México de 86. “Essa partida não foi normal, nessa partida houve coisas raras”, revelou Oblitas.
Já no ano de 1982, numa investigação que realizei para a Rádio Continental, de Buenos Aires, o falecido jornalista argentino Carlos Juvenal contou que, depois do 6 a 0, encontrou-se com um grupo de jogadores peruanos no centro de Buenos Aires e que o próprio capitão da equipe, Héctor Chumpitaz, lhe confessou sobre “um dinheiro adicional”, mas completou que nunca o admitiria em público.
Chumpitaz, é claro, sempre rechaçou as suspeitas. O fez inclusive há alguns dias, logo quando houve a denúncia do colombiano Fernando Rodríguez Mondragón e o havia desmentido em outro programa de investigação cujo roteiro escrevi e que foi transmitido em 2003 pelo canal Telefe da Argentina, logo retransmitido em diversos países pelo History Channel (“A festa paralela”).

Foi nesse mesmo programa que Manzo, então um humilde pedreiro, contou que até seu próprio povo o chamava de “o vendido”. Por que ele e não outro dos jogadores peruanos que atuaram naquela partida? Ocorreu que um ano depois, comprado pelo clube argentino Vélez Sarsfield, Manzo, numa conversa informal sobre aquele 6 a 0, respondeu uma piada em Buenos Aires afirmando que a Argentina teve que pagar em dinheiro para lograr essa goleada. Só horas depois teve que assinar uma retratação diante das câmeras de TV assegurando que jamais havia dito isso.
Também o goleiro argentino daquela seleção peruana, Ramón Quiroga, rachaçou sempre as suspeitas sobre sua figura, mas não sobre a de outros. “Dos que agarraram a grana, vários morreram e outros morreram para o futebol”, disse Quiroga, numa entrevista ao diário La Nación, de Buenos Aires, do dia 8 de outubro de 1998, que logo, igual a Manzo, se encarregou de desmentir.
“Nesta partida jogou (Roberto) Rojas, um tipo que nunca havia jogado. Ele morreu em um acidente… Marcos Calderón morreu na queda de um avião”, seguiu Quiroga na entrevista. E adicionou que no intervalo dessa partida ele e também Chumpitaz pediram a Calderón que tirasse Manzo, porque “não parava ninguém. No gol de (Alberto) Tarantini, o “Negro” Manzo agachou-se e o deixou sozinho. Não sei nem por onde anda Manzo agora. Era um bom jogador, mas não o queríamos”.
Quiroga afirmou que contra a Argentina “jogaram jogadores que não haviam estado em nenhuma outra partida”, e mencionou Raúl Gorriti (“que entregou o quarto ou quinto gol”), a Roberto Rojas e o próprio Manzo, e admitiu que a equipe peruana estava dividida entre os jogadores do Alianza Lima de um lado e os do Sporting Cristal de outro.

Tão dividido estava o time que Calderón foi pressionado por uns jogadores para que não incluísse Quiroga nessa partida, dada sua condição de argentino, mas que o goleiro se manifestou seguro de poder atuar sem pressões e por isso foi finalmente incluído pelo treinador. Vários gols foram feitos debaixo de seu nariz, por rivais sem qualidade. Mas também é certo que, depois daquela goleada e durante muitos anos, no Brasil, cada vez que um goleiro cometia erros grosseiros, dizia-se que era “um Quiroga”. Quinze dias depois do Mundial, a Argentina do general Videla, que antes da partida tinha ingressado ao vestiário peruano junto com o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, “outorgou um crédito não reembolsável” ao Peru “para a aquisição de quatro mil toneladas de trigo a granel”, segundo publicou o diário La Razón daquele dia, na sua página 11 e sob o título “Trigo”. Essa doação, segundo afirmou o escritor inglês David Yallop em seu livro de 1999 “How they stole the game” (“Como eles roubaram o jogo”), formou parte do suposto acordo da ditadura argentina com a peruana, cuja seleção, a pedido do técnico Calderón, atuou nessa partina com a camiseta alternativa (vermelha), “para não passar vergonha com a tradicional alvi-rubra”.
Yallop cita como autor do suborno o almirante Carlos Lacosta, homem forte da ditadura na organização do Mundial, logo premiado pela Fifa, que o designou vice-presidente. Lacoste, falecido em 2004, era mão direita do almirante Emilio Massera, por acaso o mais sanguinário e mais ambicioso politicamente dos três integrantes da Junta Militar que comandava a Argentina. Contra Lacoste e Massera apontou também o então Secretário da Fazenda da Argentina, Juan Alemann, crítico dos gastos que demandava o Mundial e que teve uma bomba explodindo em sua casa, localizada a metros de uma sede policial no elegante bairro Norte de Buenos Aires, no mesmo momento em que a Argentina marcava seu quarto gol no Peru. Era o gol que bastava para classificar-se como finalista do Mundial. “Quem armou toda essa operação sabia que iam ter quatro gols”, disse Alemann no documentário de TV “A festa paralela”.
Poucos sabem que a ditadura argentina já havia se interessado pela seleção peruana alguns meses antes da Copa, quando a equipe conseguiu a classificação para o Mundial diante do Chile, onde mandava o ditador Augusto Pinochet, de pouca afinidade com os militares argentinos. Fato confirmado pelo conflito de Beagle que quase acarretou uma guerra, no fim daquele mesmo 1978. Não agradava à Argentina de Videla e Massera que o Chile jogasse em seu Mundial. E a Junta se interessou, portanto, vivamente, pela classificação do Peru.
O técnico César Luis Menotti e o goleiro Ubaldo Matildo Fillol juraram até por seus filhos, no documentário de TV, que o triunfo era legítimo. Recordaram que a Argentina já tinha vencido com facilidade o Peru, em Lima, num amistoso pouco antes do Mundial e que, quando se enfrentaram no torneio, o Peru era uma seleção debilitada pelas lesões e pelo cansaço e que só queria voltar a seus país.
Mas o testemunho mais notável foi de outro jogador, Osvaldo Ardiles, peça-chave daquela Seleção Argentina e ex-técnico do Huracán: “Se vocês me perguntam se a Junta Militar fez algo, eu vou te dizer que não sei, mas essa gente estava preparada para fazer absolutamente tudo. Tomara que não tenham feito nada, que o triunfo tenha sido simplesmente esportivo. Se não tivesse sido assim, me sentiria muito mal, estaria pensando provavelmente em devolver minha medalha”.

A equipe de futebol que preferiu morrer a perder PARTE 2

Amigos achei uma história um pouco diferente em alguns aspectos,principalmente que não foi o time todo fuzilado e sim 4 jogadores

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as Copas que seriam disputadas em 1942 e 1946 não puderam ser realizadas (a guerra acabou em 1945, mas em 1946 a Europa ainda estava arrasada e tentando se reconstruir). Isso não impediu que um dos momentos mais heróicos e ao mesmo trágicos da história do futebol acontecesse nesse período.

A Ucrânia é um país localizado no leste europeu que teve no século 20 a nada invejável experiência de conhecer a opressão de dois regimes totalitários: o stalinista, da União Soviética, e o nazista, que então vigorava na Alemanha.

Em 1922, a Ucrânia foi incorporada à União Soviética e conheceu os horrores da ditadura de Stalin. Em 1941, a Alemanha nazista decidiu atacar a União Soviética, quebrando o tratado de não-agressão assinado em 1939.
Ocupação nazista na Ucrânia
Assim, a Ucrânia acabou sendo ocupada pelas forças nazistas. Os ucranianos mais otimistas tentaram se conformar com a situação, alegando que, sob o domínio de Stalin, eles já viviam no inferno, e que, portanto, o domínio de Hitler não poderia ser pior. Estavam enganados: a maioria da população ucraniana acabou sendo aprisionada, escravizada e enviada para morrer em campos de concentração e de extermínio.

Um dos principais times de futebol da Ucrânia era o Dínamo de Kiev, formado por funcionários de uma padaria. Durante a ocupação nazista, o time ucraniano mudou o nome para F.C. Start. Em 1942, para conferir uma aparência de normalidade ao país ocupado e conquistar apoio de parte da população ucraniana, as autoridades nazistas permitiram que um campeonato de futebol fosse realizado na Ucrânia.
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Alegria do povo
Para os ucranianos, vitimados pela fome e outras dificuldades decorrentes da ocupação, assistir a uma partida de futebol acabou se tornando uma das poucas formas encontradas para se divertir e esquecer um pouco os problemas.

Nesse campeonato, o Dínamo de Kiev, já rebatizado de Start, venceu todas as partidas. Algumas das partidas foram ganhas contra de times que eram da Ucrânia ou de outros territórios ocupados, não chamando a atenção dos alemães. Isso começou a mudar quando no dia 17 de julho, uma sexta-feira, o time ucraniano disputou uma partida com o PGS, o time de uma unidade militar alemã.

O time alemão acabou sendo goleado pelo time ucraniano (6×0). No dia 6 de agosto daquele ano, o Start disputou uma partida com outro time alemão, o Flakelf, formado por membros da Luftwaffe, a famosa força aérea alemã. Nova vitória dos ucranianos por goleada: 5×1. Os alemães não quiseram acreditar.

Vitória inesquecível
Parecia impossível que um time formado por ucranianos, que estavam sofrendo com a subnutrição e eram considerados uma “sub-raça” pelos nazistas, pudessem vencer os alemães, que estavam muito mais bem alimentados. Inconformados com a derrota, os alemães marcaram uma revanche para o domingo, dia 9 de agosto.

No dia da revanche, o estádio Zenit estava lotado. Os jogadores ucranianos haviam sido instruídos no vestiário a cumprimentar os adversários no início da partida fazendo a saudação nazista “Heil Hitler!”. Num ato de rebeldia, os jogadores ucranianos fizeram outra saudação, gritando “Fizsculthura!”, uma mistura das palavras fitzcultura (“cultura física”) e “hurrah”, que significa “vida longa ao esporte”.

Apesar de o árbitro ignorar todas as faltas cometidas pelos alemães e marcar todas as supostamente cometidas pelos ucranianos, o Start conseguiu vencer o Flakelf na revanche por 5×3. Para os torcedores ucranianos presentes no estádio, aquilo foi mais do que um jogo de futebol, foi um ato de resistência. Os jogadores do Start se transformaram em heróis nacionais, o que incomodava e preocupava as autoridades nazistas.
Prisão, tortura e morte
Os jogadores ucranianos não comemoraram a vitória. Pelo contrário, passaram a temer represálias. Poucos dias depois, na padaria onde trabalhavam, os jogadores foram presos pela Gestapo.

O pretexto usado para prendê-los foi o fato de que a maioria deles fazia parte da NKVD, a polícia secreta soviética. Na verdade, para a maioria dos jogadores do Dínamo de Kiev, a filiação a NKVD não passava de uma mera formalidade que os permitia jogar futebol antes da ocupação nazista.

O que os livrava de problemas com Stalin, acarretou problemas com as forças de Hitler. Levados para interrogatório, os jogadores ucranianos foram torturados pela Gestapo. Quatro deles acabaram sendo mortos pelos nazistas; Nikolai Korotkykh, Nikolai Trusevich, Ivan Kuzmenko e Alexei Klimenko. Dos que sobreviveram, a maioria estava tão debilitada fisicamente que nunca mais puderam jogar futebol.

Após o término da guerra e a derrota dos nazistas, o Start voltou a se chamar Dínamo de Kiev. Uma estátua foi construída em homenagem aos quatro jogadores mortos. Mais detalhes sobre essa emocionante história podem ser encontrados no livro “Futebol e Guerra”, escrito pelo jornalista britânico Andy Dougan, publicado no Brasil pela editora Jorge Zahar.

Fonte:Túlio Vilela*

Nacional Atlético Clube – Rolândia (PR): Fundado em 1947

O Nacional Atlético Clube (NAC) é uma agremiação do Município de Rolândia, que fica a 399 km da capital (Curitiba) do Paraná. A localidade ganhou status de município em 30 de dezembro de 1943, e conta com uma população de 67.383 habitantes, segundo o IBGE/2020.

O “Guerreiro do Norte” foi Fundado na segunda-feira, do dia 28 de Abril de 1947, por onze amigos o 1º clube de futebol de Rolândia. Em seus primeiros anos, o NAC atraía torcedores de cidades vizinhas, como Londrina. As suas cores é o azul celeste e branco. A sua Sede social está localizado na Avenida Presidente Bernardes, nº 786, no Centro de Rolândia (PR).

Em suas primeiras participações no Campeonato Paranaense, a equipe ficou restrita à Zona Norte, não se classificando para as fases seguintes. Mesmo assim foi durante alguns anos a principal equipe de futebol da região Norte Novo.

Isso acontecia pelos amistosos com grandes equipes do Rio de Janeiro, São Paulo, atraía público das cidades vizinhas e até do interior paulista e do Mato Grosso do Sul. O Nacional inspirou alguns desportistas de Londrina e formarem o Londrina F.R. em 1956.

1º amistoso contra uma equipe profissional

A 1ª partida amistosa contra uma equipe profissional deu-se em 1948, sendo derrotado pelo Britânia de Curitiba, pelo placar de 6 a 0. Faltava experiência aos jogadores do Naça, que mesmo sendo goleados mostraram muita disposição e amor à camisa.

Naquela tarde o Nacional teve a seguinte formação: Tarzan; Bil, Gradim, Brito e Zé Austino, Pinheirinho, Lula e Valdevino; Odair, Joãozinho e Neta.

1º Título veio em 1948

Em 1948 foi campeão regional vencendo o GERA, de Apucarana por 5 a 1. O Nacional conquistou o titulo regional com a seguinte formação: Gustavo; Bil e Neta; Zé Remédio, Pixo e Pinheirinho; Valdevino, Lula, Aquino, Ary e Walter.

Para chegar ao título, o Nacional, além de bater o GERA, de Apucarana; o temível Mandaguari; o SERA, de Arapongas; Lavoura e outras.

Em 1949, o Nacional vence o esquadrão da Esportiva de Jacarezinho. O famoso time da Esportiva tinha como maior atração o goleiro Muca, que mais tarde fez sucesso na Portuguesa de Desportos. Escalação do Nacional: Zico; Juve e Portela; Joãozinho, Hugo e Albertinho; Horácio, Pedrinho, Zé Pelota, Zé Ribeiro e Walter. Atuavam ainda: Naldemar Pesenti, Emory, Guilherme Bocatti, Maneco Lemos,Barrica e Luis Liberatti.

Vice-campeão Estadual de 1949

Com a participação de São Paulo, Operário, Atlético, Bancários e União (todos de Londrina); Guarany de Cambé, Esporte Jandaia, Sete de Setembro, de Ibiporã, SERA de Arapongas e GERA de Apucarana, o Nacional mostrou sua força com a seguinte formação: Adalberto; Gradim e Bil; Geraldo, Orlando e Pinheirinho; Baixinho, Lula,Donalson, Olavo e Valter. Atuaram no campeonato: Aquino, Zico, Brito, Hugo, Juve, Valdevino, Joãozinho e Galdino.

Essa equipe jogava por música sob a regência do competente técnico Waldemar de Barros.

1º Campeão Profissional do Norte do Paraná

Sob a presidência do advogado Dr. José Luciano de Andrade, o Nacional de Rolândia foi profissionalizada em 1950. A maior conquista do Nacional foi o título de 1º campeão de futebol profissional do Norte do Paraná. Para começar a mostrar sua força, venceu o torneio início de forma invicta.

As equipes participantes do certame regional foram: Guarany de Cambe, Estrela do Norte, de Ibiporã, XV de Novembro, Atlético e Vasco de Londrina, Jaguapitã Esporte Clube, GERA de Apucarana, Bela Vista do Paraíso, Lavoura de Arapongas.

O Nacional aplicou sonoras goleadas na maioria das equipes, chegando a assinalar 1.211 gols, tomando apenas 22. Os artilheiros foram: Donalson, com 37, Carlinhos, 26 e Niquinho com 20.

A principal formação esteve assim constituída: Costinha; Bil e Lengruber; Chocolate, Nego e Dum; Niquinho, Ryan, Donalson, Nelinho e Carlinhos. Atuaram ainda Casnock, Walter, Galdino, Joãozinho, Juve Brun.

O 1º jogo interestadual foi em 1951

Jogando amistosamente contra a equipe do São Cristóvão do Rio de Janeiro, o Nacional venceu por 2 a 1, com a seguinte formação: Haga; Lengruber e Bil; Tuca, Chocolate e Dum; Pirilo, Niquinho, Casnock, Nelinho e Carlinhos.

Nesse mesmo ano de 1951, o Nacional realizou amistosos contra as equipes do Corinthians Paulista, venceu a primeira por 2 a 1 e perdeu a segunda por 5 a 1.

Depois empatou com o Atlético Mineiro por 2 a 2, e perdeu para a Sociedade Esportiva Palmeiras por 5 a 0. Em 1952, enfrentou em Rolândia, os esquadrões do Vasco da Gama, Santos F.C., Atlético Mineiro, Portuguesa de Desportos, Portuguesa Santista e São Paulo F.C.

Estádio Municipal Olímpico Erich Georg

Estádio Municipal Olímpico Erich Georg (Capacidade para 2.050 pessoas)

Homenagem póstuma ao saudoso desportista Erich Georg, que faleceu em um acidente rodoviário quando se encontrava a serviço de seu querido Nacional. Outro dirigente que marcou época: Carlos Meisen.

Após sua gestão o NAC ficou inativo por longos anos, reiniciando suas atividades com o presidente Cezar de Silvio. Seguindo-se: Ermelindo B. Duarte, o popular Linha Reta, João Usso, Santo Silva e Sérgio Gagliotti, e outros abnegados do futebol rolandense.

Em 1952, foi inaugurado o sistema de iluminação do Estádio, sob a presidência de Waldemar Georg e Ernesto Franceschini, vice.

O grande evento esportivo atraiu um grande público para presenciar a partida entre o Nacional e o Clube Atlético Paranaense, que havia acabado de conquistar o título estadual. O Nacional não se intimidou com a fama do esquadrão da capital e impôs uma goleada de 4 a 0.

FONTES: Wikipédia – Página do clube no Facebook – Interior Bom de Bola

VASCO,Campeão Sul-Americano de Clubes Campeões 1948

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Os vascaínos têm hoje um grande motivo para se orgulhar. Há exatos 60 anos, em 1948, o Gigante da Colina sagrou-se campeão invicto do Sul-Americano de Clubes Campeões. O inesquecível Expresso da Vitória conquistou o primeiro título internacional de um clube brasileiro e, de quebra, assegurou o primeiro caneco do futebol nacionalno exterior. Em 1997, a Conmebol reconheceu o título, considerando o Vasco campeão sul-americano.

O time foi ao Chile por ter conquistado o Carioca de forma invic¬ta em 1947. O Colo Colo, além do campeão chileno do ano anterior, era o anfitrião. River Plate e Nacional detinham títulos argentino e uruguaio,respectivamente. Emelec (EQU),Litoral (BOL) e Municipal (PER) eram os outros participantes.
Depois de estrear com vitória de 2 a 1 sobre o Litoral, o Vasco enfrentou o Nacional. Os uruguaios não seguraram o Expresso da Vitória,que aplicou inapeláveis 4 a 1. Jogadores que cravaram seus nomes na história do Clube da Colina e do futebol brasileiro, como Ademir de Menezes e Friaça, deixaram suas
marcas na goleada.

Na seqüência, foi a vez de o Municipal sentir a força do Expresso.
A goleada de 4 a 0, com dois gols de Friaça, foi a terceira vitória em três jogos. A partida seguinte, contra os equatorianos do Emelec, terminou com vitória vascaína por 1 a 0.
O excelente início de competição permitiu ao Vasco chegar bem posicionado na tabela às duas partidas finais, contra Colo Colo e River Plate. Contra os chilenos, empate em 1 a 1.
Finalmente, em 14 de março, uma nova igualdade em 0x0 contra o River Plate.

Fonte:Lance

O Expresso da Vitória!!!

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Base da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950; três vezes campeão estadual invicto em quatro anos(1945, 1947 e 1949) e, no quinto,bicampeão (1950); primeiro clube brasileiro a ganhar um torneio no exterior o dos Campeões Sul-Americanos, no Chile, em 1948 e dono de um tabu de seis anos sem derrotas para o maior rival (o Flamengo).O que mais um torcedor pode querer de seu time? Nos anos 40, os felizes vascaínos tiveram tudo isso. E muito mais: um esquadrão que, pelas qualidades individuais de seus jogadores e pela força de seu conjunto, entrou para a posteridade como o Expresso da Vitória.

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No começo, chamava a atenção pelo seu fantástico ataque.Djalma, Lelé, Ademir, Jair da Rosa Pinto e Chico marcaram 58 gols em apenas dezoito jogos, na campanha pelo título de 1945.
Treinado pelo uruguaiao Ondino Vieira (que mexeu até no uniforme do time, fazendo-o parecido com o do River Plate) e, posteriormente, por Flávio Costa, o Vasco, porém, era mais que aquela linha demolidora. Contava também com a segurança de Barbosa, cujo prestígio. no clube não seria abalado nem pela perda da Copa do Mundo para o Uruguai,com Maneca, o talentoso meia que chegou em 1946 e viveu toda a fase áurea do Expresso, até 1952; com a regularidade de Eli e Jorge em sua linha-média; e, sobretudo, com Danilo Alvim, o Príncipe, que personificava o toque de classe àquele esquadrão.Impulsionado pelos gols de Ademir de Menezes, que, depois de rápida passagem pelo Fluminense, em 1946, voltaria para ser campeão e artilheiro em 1949 e 1950, com 30 e 25 gols, o Expreso reinou absoluto e a todo o vapor até 1952, quando conquistou mais um título carioca. Em 1947, o Supervasco aplicaria no Canto do Rio a maior goleada do profissionalismo: 14 x 1. O América, derrotado por 8 x 2 em 1949, o Botafogo e o Fluminense, ambos goleados por 4 x 0 em 1950, foram outras vítimas do Expresso. Entre elas, aliás, a maior foi sempre o Flamengo,que, entre abril de 1945 e setembro de 1951, passou vinte jogos sem ganhar do Vasco.
A consagração daquele time viria com a conquista da Taça América del Sur, no Chile, em 1948. O torneio, promovido pelo Colo-Colo, reunia os clubes campeões dos países sul-americanos numa espécie de “campeonato vovô” da Taça Libertadores da América. E o título, o primeiro de uma equipe brasileira no exterior foi ganho com um 0 x 0 contra La Maquina do Ríver Plate. Mesmo assim, porque o juiz anulou um gol do ponta Chico.

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Chico

Mas o melhor estaria ainda por vir: em 1950, na Copa disputada no Brasil, nada menos que oito vascaínos;Ademir, Alfredo, Augusto,Barbosa, Chico, Danilo, Eli e Maneca faziam parte da Seleção que, apesar do brilhante futebol demonstrado, perdeu a final para o Uruguai, por 2 x 1. E quem viu o Expresso da Vitória jogar garante até hoje: se, em vez da Seleção, o Vasco estivesse em campo, o resultado seria outro.

Fonte:Placar

Primórdios do Futebol Piauiense

Várias instituições precederam o que hoje é a Federação de Futebol do Piauí. Na primeira metade do século passado, quando o então chamado esporte bretão ainda sobrevivia de forma amadorista, os campeonatos estaduais tinham, efetivamente, ares citadinos. Uma liga realizava o certame com os clubes de Parnaíba,enquanto a outra com os da capital.

Ressalte-se, por oportuno, que a Confederação Brasileira de Desportos (a CBF de hoje), reconhecia apenas a Liga de Parnaíba. Entre 1916 e 1940 convivemos com esta realidade, sendo o campeonato, ao longo desses anos, promovido pela Liga Sportiva Parnahybana, Liga Piauiense de Esportes Terrestres (Parnaíba), Diretório Piauhyense de Esportes Terrestres, Liga Sportiva Theresinense, Liga Piauhyense de Sports Athleticos, Liga Piauhyense de Sports Terrestres e Liga Teresinense de Esportes Terrestres (Teresina). Esse período ficou marcado pela existência de dois campeões a cada temporada.

A disputa pela supremacia do futebol piauiense, entre Parnaíba e Teresina, começou a acabar quando o Presidente da República, Getúlio Dorneles Vargas, assinou o Decreto-Lei nº 3.199, de 14 de abril de 1941, que estabelecia as bases de organização dos desportos em todo o país, criando o Conselho Nacional de Desportos. Os estados teriam que ter apenas uma Federação e o artigo 47 determinava que esta fosse nas capitais. As outras cidades poderiam ter ligas.

A 25 de novembro de 1941, Automóvel, Artístico, Botafogo, Flamengo e Terríveis fundaram a Federação Piauiense de Futebol, elegendo como primeiro presidente o desportista Raymundo Ney Baumann. Com a implantação do profissionalismo (gestão Alfredo Alberto Leal Nunes), ela passou a chamar-se Federação Piauiense de Desportos e em 1991, por ocasião das comemorações do seu cinqüentenário, transformou-se na atual Federação de Futebol do Piauí.
Nos anos 40, nasceu o maior campeão do Estado, o River. Ele conseguiu o seu primeiro título em 1948, mas foi na década de 50 que pulverizou todos os adversários. Faturou um heptacampeonato entre 1950 e 1956 e um hexa entre 1958 e 1963.
Atualmente também tem destaque é a equipe do Parnahyba tricampeão 2004,05 e 06.

Número de títulos por clube

* 27 – River Atlético Clube
* 15 – Esporte Clube Flamengo
* 5 – Botafogo Esporte Clube,Piauí Esporte Clube e Sociedade Esportiva Tiradentes
* 4 – Sociedade Esportiva Picos
* 3 – Parnahyba Sport Club
* 2 – 4 de Julho Esporte Clube
* 1 – Associação Atlética Cori-Sabbá

* Nota:O título de 1975 foi dividido entre River e Tiradentes.

Fonte:Arquivos pessoais e FPF

Liga Regional Futebol Cataratas

Em 1969, foi fundada a Liga Regional Futebol Cataratas, por Ferdinando Felice Pagot de São Miguel do Iguaçu e teve como seu primeiro presidente Mário Oro. A entidade era filiada à Federação Paranaense de Futebol e realizava campeonatos regionais que reuniam os municípios com as seguintes equipes: Comercial de São Miguel do Iguaçu, União e Grêmio de Medianeira, ABC, Flamengo e Vasco da Gama de Foz do Iguaçu, Aimoré de Matelândia, Botafogo da Agro Cafeeira, Associação Atlética Céu Azul, Atlético Operário de Santa Terezinha e Grêmio Esportivo Missal.

O time campeão adquiria direito a disputar a Taça Paraná, que era o maior título do futebol amador do Estado. A Liga Cataratas durou até 1975, quando iniciou-se um movimento para a criação de ligas municipais. Em Foz, a 5 de abril de 1975 surgiu a Liga Iguaçuense de futebol (LIF), existente até os dias de hoje, fundadapelos clubes ABC, GRESFI, FLAMENGO, VASCO DA GAMA e CLUBE ATLÉTICO OPERÁRIO, que representa os clubes de futebol amador do município. A liga foi fundada com a incumbência de registrar os clubes e seus atletas, organizar os certames esportivos entre seus filiados, manter equipes de árbitros e de assistentes, assim como órgãos de justiça Desportiva (JJD). Foi reconhecida pela Federação Paranaense de Futebol em 6 de maio de 1975, conforme protocolo 1193/75.

Parnahyba Sport Club

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O Parnahyba Sport Club, completa dia 1º de maio, mais um aniversário de sua fundação-95 anos. O Clube fundado a 1º de maio de 1913, por um grupo de jovens desportistas parnaibanos, á frente o industrial José de Moraes Correia, tinha como vice-presidente o Comendador Ozias de Moraes Correia;secretário Colibri Alves, tesoureiro Oton Ramos, orador Hilton Lopes, diretor de esportes José Leite e diretor técnico Mário Reis.

As competições, realizadas na época, aos domingos, tinha a ambição de empolgar os torcedores e os clubes participantes lutavam para ser distinguidos como os melhores. O povo já havia decidido:as preferências eram conhecidas. O Parnahyba era o clube de maior torcida.

No ano de 1920, o industrial José de Moraes Correia levou o título ao Rio de Janeiro para disputa e avaliamento. Lá, o desempenho dos nosso jogadores foi dos melhores, ocupando colunas esportivas nos jornais cariocas, destacando-se os atletas Leiteiro,Colibri,Ramos e Mário. Foi a consagração do nosso futebol e a recompensa por tantos esforços a serviço de um esporte que dava os primeiros passos.

Desativado por algum tempo, por distanciamento dos dirigentes apareceu no ano de 1936, um “salvador” chamado de Pedro Alelaf, atleta e dos melhores, lider de chuteiras, que reuniu outros bons jogadores, como Zé dos Santos,Medeiros,Vavá,Ricardo Lira,Brasilino,Odilon e Aleixo.

O Parnahyba foi reativado,tendo como presidente João Orlando de Moraes Correia, grande desportista e conhecedor profundo das regras e da legislação desportiva. Depois,outros presidentes como: Leônidas Mourão, Nemésio Câmara, Elias Magalhães, Sargento Zomaria, Abelardo Teixeira,Antonio Tutemberg, João Silva Filho,José Caldas e Elias Ximenes do Prado, isto na fase amadoristas.

“Oh! Parnaíba teu nome exprime em nosso peito ardor sublime!

A primeira estrofe do Hino do Parnahyba Sport Clube, com letra de R.Petit e música de ademar Neves. No ano do centenário de Parnaíba, 1944, o hino com ligeiras modificações, passou a ser “canção da Parnaíba no Governo Lauro Correia.

Campeão Piauiense: 3 vezes (2004, 2005 e 2006).Vice-campeão do futebol profissional em 1976, quando perdeu o título por 2 x 1 para o Flamengo, em Teresina, o Parnahyba Sport Club, é o time mais antigo na história do futebol piauiense em atividade. Antes, foi campeão do Centenário da Parnaíba, em 1944.


Campeão do Torneio “Alberto Silva”

Com uma campanha memorável, onde em sete partidas venceu cinco e empatou duas, o azulino praiano conquistou invicto o título de campeão do Torneio Alberto Silva, no dia 21 de abril de 1988. Naquela oportunidade, Pedro Alelaf era o presidente e ficou muito orgulhoso pelo feito praticado dentro de campo, na vitória maiúscula sobre o Tiradentes em duas ocasiões: 2 x 1 em Parnaíba e 3 x 0 em Teresina, estádio Albertão. O troféu é uma das relíquias vivas do museu Pedro Alelaf.
O Torneio Alberto Silva foi na época uma espécie de Torneio Início do Campeonato Estadual promovido pela Federação Piauiense de Desportos (hoje Federação de Futebol do Piauí), de onde reuniu as seguintes equipes do futebol profissional – River, Flamengo, Tiradentes, Auto Esporte, Piauí (Teresina), Parnahyba, Paysandu, 4 de Julho, Comercial e Caiçara (Interior). E por incrível que possa aparecer, dos times da capital apenas o Tigrão da PM se classificou para disputar o título de campeão.
Depois, quando foi para o Estadual, o azulino não fez feio. Muito pelo contrário, no primeiro turno derrotou o Comercial (1 x 0), empatou com o Paysandu (1 x 1), perdeu para o Caiçara (1 x 0) e 4 de Julho (1 x 0), não se classificou. No 2º turno, ganhou do Comercial (2 x 1), empatou com o Paysandu (2 x 2), empatou com o 4 de Julho (0 x 0) e venceu o Caiçara (3 x 0), passando à decisão do quadrangular. Os resultados foram: 0 x 0 Flamengo e Flamengo 2 x 0. E para o 3º turno, o Parnahyba começou perdendo de 2 x 1 para o Caiçara, empatou de 1 x 1 com o 4 de Julho, derrtou o Comercial por 3 x 0 e venceu o Paysandu por 1 x 0, indo novamente para a decisão do quadrangular, onde desistiu de participar e perdeu os dois jogos contra o próprio Flamengo por W x 0.

Fonte:Internet e vários sites