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Base da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950; três vezes campeão estadual invicto em quatro anos(1945, 1947 e 1949) e, no quinto,bicampeão (1950); primeiro clube brasileiro a ganhar um torneio no exterior o dos Campeões Sul-Americanos, no Chile, em 1948 e dono de um tabu de seis anos sem derrotas para o maior rival (o Flamengo).O que mais um torcedor pode querer de seu time? Nos anos 40, os felizes vascaínos tiveram tudo isso. E muito mais: um esquadrão que, pelas qualidades individuais de seus jogadores e pela força de seu conjunto, entrou para a posteridade como o Expresso da Vitória.
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No começo, chamava a atenção pelo seu fantástico ataque.Djalma, Lelé, Ademir, Jair da Rosa Pinto e Chico marcaram 58 gols em apenas dezoito jogos, na campanha pelo título de 1945.
Treinado pelo uruguaiao Ondino Vieira (que mexeu até no uniforme do time, fazendo-o parecido com o do River Plate) e, posteriormente, por Flávio Costa, o Vasco, porém, era mais que aquela linha demolidora. Contava também com a segurança de Barbosa, cujo prestígio. no clube não seria abalado nem pela perda da Copa do Mundo para o Uruguai,com Maneca, o talentoso meia que chegou em 1946 e viveu toda a fase áurea do Expresso, até 1952; com a regularidade de Eli e Jorge em sua linha-média; e, sobretudo, com Danilo Alvim, o Príncipe, que personificava o toque de classe àquele esquadrão.Impulsionado pelos gols de Ademir de Menezes, que, depois de rápida passagem pelo Fluminense, em 1946, voltaria para ser campeão e artilheiro em 1949 e 1950, com 30 e 25 gols, o Expreso reinou absoluto e a todo o vapor até 1952, quando conquistou mais um título carioca. Em 1947, o Supervasco aplicaria no Canto do Rio a maior goleada do profissionalismo: 14 x 1. O América, derrotado por 8 x 2 em 1949, o Botafogo e o Fluminense, ambos goleados por 4 x 0 em 1950, foram outras vítimas do Expresso. Entre elas, aliás, a maior foi sempre o Flamengo,que, entre abril de 1945 e setembro de 1951, passou vinte jogos sem ganhar do Vasco.
A consagração daquele time viria com a conquista da Taça América del Sur, no Chile, em 1948. O torneio, promovido pelo Colo-Colo, reunia os clubes campeões dos países sul-americanos numa espécie de “campeonato vovô” da Taça Libertadores da América. E o título, o primeiro de uma equipe brasileira no exterior foi ganho com um 0 x 0 contra La Maquina do Ríver Plate. Mesmo assim, porque o juiz anulou um gol do ponta Chico.
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Chico
Mas o melhor estaria ainda por vir: em 1950, na Copa disputada no Brasil, nada menos que oito vascaínos;Ademir, Alfredo, Augusto,Barbosa, Chico, Danilo, Eli e Maneca faziam parte da Seleção que, apesar do brilhante futebol demonstrado, perdeu a final para o Uruguai, por 2 x 1. E quem viu o Expresso da Vitória jogar garante até hoje: se, em vez da Seleção, o Vasco estivesse em campo, o resultado seria outro.
Fonte:Placar