Arquivo da categoria: Escudos

Campos Athletic Association – Campos dos Goytacazes (RJ): Primeiro escudo

Após um árduo trabalho de pesquisa, o jornalista Wesley Machado, que atualmente atua na assessoria de imprensa da prefeitura de Campos, é o autor do livro Saudosas Pelejas – A História Centenária do Campos Athletic Association. 

Além das excelentes histórias, como no período em que o meia-armador Afonsinho (Afonso Celso Garcia Reis) atuou na equipe campista. Vale lembrar que Afonsinho foi o primeiro atleta do Brasil a ganhar o direito ao passe livre na justiça, em março de 1971 (Esse direito só seria instituído exatamente 27 anos depois, pela Lei n° 9615, de março de 1998.). Na foto abaixo, Afonsinho é o quarto agachado da direita para a esquerda!

Dentre tantas histórias, vale destacar o primeiro escudo do centenário Campos Athletic Association, da cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). O ‘Roxinho da Leopoldina’,  Fundado em 1912. Relembrando que na minha postagem de Primeiro de Outubro de 2012, contei um pouco da história desta agremiação. Caso, alguém desejar mais curiosidades eu recomendo o livro: Saudosas Pelejas – A História Centenária do Campos Athletic Association (capa do livro abaixo).  Esse eu assino em baixo!

Além do livro também disponibilizo um vídeo (12 minutos), contando a história do Campos:

Abaixo a foto do time posado em 1919:

 

 

 

 

 

FONTE & FOTOS:  livro Saudosas Pelejas – A História Centenária do Campos Athletic Association, do autor Wesley Machado

Grande Clássico de Joaçaba (SC), nos anos 50 e 60: ATLECIAL

O esporte bretão sempre despertou a paixão dos brasileiros seja nos grandes estádios quanto naqueles mais acanhados. Muitas histórias podem dar um esboço de tal amor. Como o clássico de Joaçaba (SC), ATLECIAL, nos anos 50 e 60: Clube Atlético Cruzeiro e Grêmio Comercial. Ambos tiveram participações nos campeonatos catarinenses.

O precursor foi o Cruzeiro Atlético Clube, responsável pela difusão do esporte por aqui a partir de 1941. Conquistou 11 de 17 campeonatos promovidos pela Liga Esportiva Oeste Catarinense, oito deles de maneira consecutiva: octa-campeão entre 1950 e 1957, período em que era o terceiro melhor time estadual/regional.

Entre seus presidentes alguns notáveis da época, como o prefeito Oscar Rodrigues da Nova (que emprestou seu nome ao Estádio Municipal recém-demolido); o deputado Nelson Pedrini; os srs. Gérson Sauer, Euridio Cunha, Martin Herminio Quintilhan, Faustino Baretta, além de Raul Anastácio Pereira, considerado o torcedor número um do glorioso Tricolor do Vale do Rio do Peixe e proprietário do Bar e Café Itajaí, o Bar do Atlético. “Seo” Raul recorda do massagista Barufa, “que à meia-noite ia ao campo enterrar objetos para azarar os adversários. Certa vez, também enterramos em um cemitério do interior bonequinhos representando os jogadores do Comercial, e ganhamos de 1 a 0”.

O tradicional adversário era o Grêmio Esportivo Comercial, fundado em 1946 e que teve entre seus presidentes o prefeito de Herval d’Oeste Alcides Saraiva; o deputado estadual Agostinho Mignoni, os srs. Victorino Torriani, Mário de Déa, Darcy Mendes, Djalma Ouriques e seu torcedor símbolo, o “seo” Zigue, Zigmunt Vesoloski, que faleceu em 1967, ainda muito novo – seu coração não resistiu às emoções de uma vitória no clássico ATLECIAL. Um dos craques do time era Clóvis dos Santos, o Bode, que recorda: em 1964 ele e o arqueiro Valdinho foram convocados pelo técnico Saulo Vieira para a Seleção Catarinense, e a Federação mandou um táxi buscá-los para irem ao litoral, mas aí aconteceu o golpe de estado que derrubou Jango e o sonho foi desfeito.

Contudo, o capitalismo cresceu no Brasil, e, consequentemente, as altas despesas e dificuldades financeiras determinaram o fim desses times de futebol, deixando uma lacuna no povo joaçabense.

 

FONTES e FOTOS:  http://osdiscosdobolinha.blogspot.com.br/2014/04/futebol-os-bons-tempos-do-atle-cial.html

Frigor Esporte Clube – Blumenau (SC)

O Frigor Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Blumenau (SC). A equipe alvianil foi Fundada em 1925, por funcionários e colaboradores da Companhia Jensen (criada em 1872). A sede ficava localizada em Itoupava Central. A estrutura do Frigor E.C. causaria inveja há muitos clubes grandes daquela época como o vídeo mostra. O clube marcou época no cenário esportivo da região.

Time do Frigor Esporte Clube em 1957

A Jensen era uma potência nas décadas de 1950 e 1960 e surgiu como expoente na produção de leite pasteurizado, lacticínios e derivados de carne suína no Vale do Itajaí.

Foi nessa época de ouro que foi produzido um vídeo (abaixo) sobre a companhia. Nele estão incluídas imagens de um jogo entre o time Frigor E.C. e o Botafogo de Jaraguá do Sul.´

https://www.youtube.com/watch?v=4MVk3OHOsXw

Em 1984, a empresa decretou falência. O empresário João Batista Sérgio Murad pleiteou os terrenos que eram da Jensen para a construção de um grande parque.
O intento não foi alcançado e hoje o Parque Beto Carrero World está instalado em Penha-SC. O Frigor participou de competições promovidas pela Liga Blumenauense, torneios e festivais. O campo de futebol era frequentemente utilizado para treinos pelos times profissionais de Blumenau.

FONTES: Almanaque do Vale, hhenkels.blogspot.com, Cristina Ferreira, blog Adalberto Day (pesquisador e cientista social)

 

FOTO: acervo Alex Katz

 

Vídeo: produção da Cia Jensen

Matarazzo Futebol Clube e Associação Atlética Matarazzo – Antonina (PR)

Acrescentando informações a postagem do amigo e membro Mario Ielo (26-08-2011), o Matarazzo Futebol Clube da cidade de Antonina. Fundada em 1918, no bairro homônimo o clube alviverde chegou ao ápice no Pentacampeonato citadino de Antonina: 1933, 1934, 1935, 1936 e 1937, o que lhe rendeu o direito de participar do Campeonato Paranaense dos mesmos anos. O time ainda faturou o seu sexto título em 1948.

MUDANÇA

No final dos anos 50, o clube trocou o verde pelo grená e também mudou a sua nomenclatura, passando a se chamar: Associação Atlética Matarazzo.

 

Então, depois de vários anos seguidos em que o futebol citadino de Antonina foi dominado pelo A.A. 29 de Maio, C.A. Batel e XV de Novembro, eis que… No ano de 1966 e 1968 a Associação Atlética Matarazzo surpreendeu e levantou o caneco, nas duas oportunidades.

Abaixo a foto da equipe da Associação Atlética Matarazzo de 1966 (abaixo), e do ano de 1968 (acima), quando faturou o bicampeonato Citadino de Antonina.

 

Fonte e fotos: Blog Marcus Porvinha Futebol Clube

Guarany Esporte Clube – Ponta Grossa (PR). Escudo e Uniforme de 1959

Agregando as informações apresentadas pelo amigo e membro Mario Ielo (postado no dia 17 de setembro de 2009), encontrei outro escudo e o uniforme do Guarany Esporte Clube da cidade de Ponta Grosa (PR). O Rubro-negro foi Fundado no dia 30 de Julho de 1914, a sua atual Sede fica na Rua Dr. Joaquim de Paula Xavier, s/n – no bairro de Vila Estrela.

FONTE: Jornal Correio da Noite (30 de setembro de 1959)

Universal Esporte Clube – Curitiba (PR)

O Universal  Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). O Alvianil, do Bairro do Prado Velho,  foi Fundado no dia 06 de Maio de 1931. Dois anos depois do seu surgimento o Universal fez fusão com a Ponte Preta, também do mesmo bairro, passando a se chamar: Ponte Preta Universal.

Contudo, essa união só durou dois anos e, em 1935, cada time retornaram o seu antigo nome e seguiram caminhos diferentes. Em 1948, o  Universal se filiou a Federação Paranaense de Desportos (FPD) e participou do seu primeiro campeonato em 1950.

O Universal acumulou vários títulos na famosa ‘Série Branca’, onde o seu maior rival era o Vila Hauer Esporte Clube,  ganhando a alcunha de: ‘Ciclone da Suburbana‘. Contudo, no supercampeonato, contra os campeões das outras séries a sorte sempre era adversa, principalmente quando enfrentava o Bangu, o temível ‘Rolo Compressor’ da Campina Grande. O Universal seguiu disputando as competições da Federação até 1963, quando fechou as suas portas e colocando um ponto final da sua história futebolística.

 

Fontes:  Paraná Online e Jornal Correio da Noite

Esporte Clube Água Verde – Curitiba (PR)

O Esporte Clube Água Verde foi uma agremiação da cidade de Curitiba (PR). O Tigre Alviverde foi fundado no dia 17 de dezembro de 1914, no bairro homônimo da capital curitibana.

Em 1926, uniu-se ao Savóia Futebol Clube, originando o Savóia-Água Verde. Posteriormente, na Segunda Guerra Mundial, o Savóia-Água Verde foi obrigado pelo governo brasileiro a alterar seu nome, já que o país havia declarado guerra à Itália e o presidente Getúlio Vargas havia proibido que agremiações esportivas usassem nomes que lembrassem países do Eixo.

Correio da Noite - 15-06-1959

O Savóia havia sido criado por descendentes de italianos, além de possuir as mesmas cores do país europeu. Logo, o Savóia-Água Verde passou a se chamar Esporte Clube Brasil em 3 de março de 1942.

Uma nova proibição por parte do governo federal fez com que o clube voltasse a ser chamado Água Verde Futebol Clube em 1944. No dia 15 de agosto de 1953, inaugurou o Estádio Orestes Thá (onde hoje é a sede social do Paraná Clube), na Vila Guaíra.

Foi campeão paranaense no ano de 1967, vencendo o Grêmio Maringá por 1 a 0 no dia 19 de dezembro, após empatar as outras partidas extras em 0 a 0 e 2 a 2. Em 12 de agosto de 1971, o Água Verde passou a se chamar Esporte Clube Pinheiros e adotou as cores azul e branco.

 

Fontes e recortes: Wikipedia – Jornal Correio da Noite (ano de 1959)

O Pontapé inicial do futebol no Brasil: São Paulo Gás Company vs São Paulo Railway Company

A equipe do São Paulo Gás Company

Há muitas histórias bacanas sobre o surgimento do futebol no Brasil. Uma delas, é sobre o primeiro jogo realizado no território nacional. Os funcionários da São Paulo Gás Company (empresa responsável pela iluminação pública a gás na cidade) enfrentou os trabalhadores da São Paulo Railway Company (primeira ferrovia do Estado de São Paulo), no dia 14 de abril de 1895, num descampado da Várzea do Carmo, região central de São Paulo.

Num jogo de seis gols, o São Paulo Railway Company venceu pelo placar de 4 a 2. Um dado interessante foi que o promotor da partida inédita era um dos jogadores do time ferroviário, vencedor: Charles Miller, hoje considerado o pai do futebol no Brasil.

 

 Introduzido em São Paulo no final do século 19, o futebol era, de início, um esporte praticado apenas pela elite e pela colônia inglesa. No entanto, sua popularização não tardaria a acontecer, com o surgimento dos times de várzea e das associações desportivas que reuniam os operários das fábricas. Foi por meio destas duas vias que, no decorrer das primeiras décadas do século 20, o futebol ganhou força para se profissionalizar no Brasil.

A primeira partida noturna no mundo

Como outras empresas de origem britânica, a Light, companhia responsável pela implantação de energia elétrica em São Paulo, incentivou a prática do futebol entre seus funcionários desde o início de seu estabelecimento na Capital, em 1900. Em 1903, as medalhas usadas na consagração dos bicampeões da Liga Paulista de Futebol, criada dois anos antes, foram ofertadas pela diretoria da Light, trazidas de Londres.

Outro mérito da empresa foi ter organizado o primeiro jogo noturno no mundo – e iluminado por luz elétrica. A partida aconteceu em 24 de junho de 1923 em um campo da Light na Rua do Glicério, no Cambuci, entre as equipes da Sociedade Esportiva Linhas & Cabos (depois passou a se chamar: Associação Atlética Light & Power), composta por empregados da companhia, e da Associação Atlética República, time paulistano. Após as dificuldades de se enxergar a bola neste jogo – até então a pelota era marrom, de couro natural -, teve-se a ideia de pintar a bola de branco para a disputa seguinte.

 

 Fonte e acervo: Fundação Energia e Saneamento / Site Alô Tatuapé