Grande Clássico de Joaçaba (SC), nos anos 50 e 60: ATLECIAL

O esporte bretão sempre despertou a paixão dos brasileiros seja nos grandes estádios quanto naqueles mais acanhados. Muitas histórias podem dar um esboço de tal amor. Como o clássico de Joaçaba (SC), ATLECIAL, nos anos 50 e 60: Clube Atlético Cruzeiro e Grêmio Comercial. Ambos tiveram participações nos campeonatos catarinenses.

O precursor foi o Cruzeiro Atlético Clube, responsável pela difusão do esporte por aqui a partir de 1941. Conquistou 11 de 17 campeonatos promovidos pela Liga Esportiva Oeste Catarinense, oito deles de maneira consecutiva: octa-campeão entre 1950 e 1957, período em que era o terceiro melhor time estadual/regional.

Entre seus presidentes alguns notáveis da época, como o prefeito Oscar Rodrigues da Nova (que emprestou seu nome ao Estádio Municipal recém-demolido); o deputado Nelson Pedrini; os srs. Gérson Sauer, Euridio Cunha, Martin Herminio Quintilhan, Faustino Baretta, além de Raul Anastácio Pereira, considerado o torcedor número um do glorioso Tricolor do Vale do Rio do Peixe e proprietário do Bar e Café Itajaí, o Bar do Atlético. “Seo” Raul recorda do massagista Barufa, “que à meia-noite ia ao campo enterrar objetos para azarar os adversários. Certa vez, também enterramos em um cemitério do interior bonequinhos representando os jogadores do Comercial, e ganhamos de 1 a 0”.

O tradicional adversário era o Grêmio Esportivo Comercial, fundado em 1946 e que teve entre seus presidentes o prefeito de Herval d’Oeste Alcides Saraiva; o deputado estadual Agostinho Mignoni, os srs. Victorino Torriani, Mário de Déa, Darcy Mendes, Djalma Ouriques e seu torcedor símbolo, o “seo” Zigue, Zigmunt Vesoloski, que faleceu em 1967, ainda muito novo – seu coração não resistiu às emoções de uma vitória no clássico ATLECIAL. Um dos craques do time era Clóvis dos Santos, o Bode, que recorda: em 1964 ele e o arqueiro Valdinho foram convocados pelo técnico Saulo Vieira para a Seleção Catarinense, e a Federação mandou um táxi buscá-los para irem ao litoral, mas aí aconteceu o golpe de estado que derrubou Jango e o sonho foi desfeito.

Contudo, o capitalismo cresceu no Brasil, e, consequentemente, as altas despesas e dificuldades financeiras determinaram o fim desses times de futebol, deixando uma lacuna no povo joaçabense.

 

FONTES e FOTOS:  http://osdiscosdobolinha.blogspot.com.br/2014/04/futebol-os-bons-tempos-do-atle-cial.html

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Sobre Sérgio Mello

Sou jornalista, desde 2000, formado pela FACHA. Trabalhei na Rádio Record; Jornal O Fluminense (Niterói-RJ) e Jornal dos Sports (JS), no Rio de Janeiro-RJ. No JS cobri o esporte amador, passando pelo futebol de base, Campeonatos da Terceira e Segunda Divisões, chegando a ser o setorista do América, dos quatro grandes do Rio, Seleção Brasileira. Cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, Eliminatórias, entre outros. Também fui colunista no JS, tinha um Blog no JS. Sou Benemérito do Bonsucesso Futebol Clube. Também sou vetorizador, pesquisador e historiador do futebol brasileiro! E-mail para contato: sergiomellojornalismo@msn.com Facebook: https://www.facebook.com/SergioMello.RJ

2 pensou em “Grande Clássico de Joaçaba (SC), nos anos 50 e 60: ATLECIAL

  1. Sergio Mello Autor do post

    Obrigado Virginio.
    Mas o bacana neste Blog é justamente os estilos diferentes! Cada um nos proporciona um colorido distinto. Por isso que o Blog é forte. Espero que a partir de agora cresça e se fortaleça!
    Parabéns para todos nós!

  2. Virginio Saldanha

    Grande artigo, Sérgio. Continue com esses posts excelentes e inéditos. Só tem você com esses escudos inéditos.

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