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Futebol Amazonense: América Sport Club não foi páreo para as equipes amazonense, em 1928

Após 27 dias na capital amazonense, o América Sport Club, de São Luís (MA), realizou um total de seis jogos. Uma vitória, um empate e quatro derrotas; marcando nove gols e sofrendo 18, um saldo negativo de nove. A equipe alvirrubra começou a série de jogos amistosos no dia 26 de janeiro de 1928, num domingo.

Os ingressos para o jogo do time visitante contra o Nacional ficaram á venda no Pavilhão Universal, Leitaria Amazonas, Ponto Chic e Leitaria do Mercado.  Desde cedo, os bondes da “Manáos Tranways” e automóveis começavam a chegar cheio de passageiros, pois era a primeira vez que um clube do Maranhão (e do nordeste) jogaria em Manaus.

1°JOGO: NACIONAL X AMÉRICA

O Parque Amazonense estava lotado e, contando com a ilustre presença do Governador do Amazonas, Efigenio Salles. Antes do jogo houve uma partida preliminar de basquete entre dois times do 27° batalhão de caçadores. Precisamente as 16 horas e 10 minutos,o árbitro Paulo Cerqueira entrava em campo com os dois times.

NACIONAL: Zé Lopes; Rodolpho e Pequenino; Luiz, Eduardo e Sócrates; Orlando, Leonardo, Marcolino, Secundino e Rochinha.

AMÉRICA S.C.: Manoelzinho; Rayol e Negreiros; Câmara, Clarindo e Travassos; Almeida, Cardoso, Teixeira, Nonô e Guimarães.

Ao entrar em campo, o Nacional foi recebido com uma grande salva de palmas. Depois, era a vez do governador ser saudado e, por último, os jogadores do América.

O pontapé inicial coube ao América. Mas quem abriu o placar foi o Nacional. Aos 17 minutos, Rochinha, aproveitando um cochilo da defesa americana, marca o primeiro gol dos donos da casa. A equipe maranhense bem que tentou, criando duas boas chances, mas o goleiro Zé Lopes praticou defesas arrojadas.

Veio o segundo tempo e com ele, o Nacional conseguiu se impor. Rochinha novamente voltou a marcar.O goleiro Manoelzinho machuca-se e o jogo é suspenso por alguns minutos. Com a bola rolando novamente, é a vez de Secundino marcar o terceiro gol. E, aproveitando uma falha da defesa contrária, Leonardo escapa e assinala o quarto gol, decretando assim o placar final: NACIONAL 4 X 0 AMÉRICA.

 

Estádio Parque Amazonense, em Manaus

2° JOGO: AMÉRICA X COMBINADO LUSO-BRASILEIRO

O segundo compromisso do time de São Luis seria contra o combinado Luso-Brasileiro que, como o nome acusa, era formado pelos melhores jogadores amazonenses e portugueses de Manaus. O jogo foi marcado para o dia 29 de janeiro, no Parque Amazonense.

Devido a forte chuva que caiu naquele domingo pela manhã, acabou impedindo a presença de um público numeroso. Foi posta a Taça Magalhães de Almeida, para ser entregue ao time vencedor. Às 16 horas e 10 minutos deu entrada o juiz Mem Xavier, junto com os dois times.

COMBINADO: Francis; Gentil e Manteiga; Carlito, Ricardinho e Luiz; Pedro, Patrício, Leopoldo, Tácito e Pombinho.

AMÉRICA S.C.: Manoelzinho; Agenor e Rayol; Câmara, Negreiros e Travassos; Almeida, Pedro, Clarindo, Cardoso e Guimarães.

O professor Coriolano, representante do prefeito, deu o pontapé simbólico da peleja. Logo no primeiro minuto, Clarindo abre o marcador para os maranhenses. Clarindo ainda marcou outro gol, mas foi anulado devido ele ter posto a mão na bola. Logo depois é a vez de Cardoso marcar o segundo do América. E assim terminou o primeiro tempo com a vantagem do time visitante.

No segundo tempo, Patrício pegou a bola e, cara a cara com o goleiro americano, perdeu um gol feito, chutando por cima do travessão. Logo depois, Pedro deu belo passe para Tácito, que diminuiu para o Combinado. E assim terminou o jogo: AMÉRICA 2X1 COMBINADO LUSO-BRASILEIRO.

O zagueiro Oliveira do Rio Negro e que jogou contra o América

3°JOGO: RIO NEGRO X AMÉRICA

O penúltimo compromisso do América seria contra o campeão amazonense,o Rio Negro, no dia 2 de fevereiro. Mesmo de baixo de forte chuva, que caiu antes do jogo, a presença da torcida foi grande. A colônia maranhense de  ofereceu aos dirigentes a Taça Eduardo Ribeiro a ser ofertada ao time vencedor. Os times entraram em campo com a seguinte escalação:

RIO NEGRO: Luciano; Tininga e Oliveira; Catita, Maluco e Osvaldo; Augusto, Vidinho, Cyro, Waldemar e Jacy.

AMÉRICA S.C.: Manoelzinho; Agenor e Rayol; Câmara, Negreiros e Travassos; Almeida, Clarindo, Guimarâes, Pedro e Cardoso.  

A saída coube ao Rio Negro. Logo no início, Augusto bombardeia a trave americana. Cyro atira ao gol, Vidinho divide a bola com Manoelzinho e assinala o primeiro gol do Rio Negro. Waldemar,bem colocado, recebe ótimo passe e marca o segundo gol.E assim terminou o 1º Tempo com vantagem dos rio negrinos por 2 a 0.

No segundo tempo, é a vez de Vidinho balançar pela terceira vez as redes do América. Depois,Waldemar recebe a bola e, sem marcação, de frente para Manoelzinho, marca o quarto e último gol do time barriga-preta. O América passa a atuar com nove homens por se haverem retirado os jogadores Cardoso e Travassos. Mesmo em desvantagem numérica,o alvirrubro maranhense ainda conseguiu fazer seu gol de honra através de Pedrinho. Placar final: RIO NEGRO 4 X 1 AMÉRICA.

O atacante da seleção do Amazonas Leonardo que marcou três gols contra o América.

4 °JOGO: SELEÇÃO DO AMAZONAS X AMÉRICA

Era o último jogo da série de quatro do time visitante.O adversário dos maranhenses era agora a seleção amazonense. O jogo foi realizado no dia 5 de fevereiro, no Parque Amazonense.

Para o time vencedor havia um outro prêmio, a Taça Efigenio Salles. O juiz escolhido foi Lucano Antony. Dessa vez fez sol forte, o que ocasionou a  presença de muitos torcedores. Às 16 horas e 20 minutos iniciava-se o jogo com os seguintes times:

AMAZONAS: Zé Lopes; Manteiga e Rodolpho; Luiz,Eduardo e Sócrates; Orlando, Pedro, Rochinha, Leonardo e Marcolino.

AMÉRICA S.C.: Manoelzinho; Agenor e Rayol; Travassos, Negreiros e Câmara; Almeida, Pedro, Clarindo, Cardoso e Guimarães.

Na preliminar houve um jogo em que o Independência ganhou de 3 a 1 do Manáos Sporting. Começado o jogo, o goleiro maranhense Manoelzinho faz duas excelentes defesas. Aos 10 minutos Leonardo recebe de Eduardo e assinala o 1º gol do Amazonas. Depois, Rochinha recebe de Orlando e marca, mas o juiz anula por impedimento. Após um chute de fora da área, o goleiro Zé Lopes não conseguiu segurar, e no rebote, Almeida tocou para o fundo das redes, deixando tudo igual.

Depois, Marcolino atira para a direita, Rayol fura e Orlando, soltou uma bomba para recolocar o Selecionado Amazonense em vantagem. Na etapa final, Rodolpho faz marcou o terceiro gol do Amazonas. Mas o América revida através de Cardoso que,aproveitando uma rebatida de Zé Lopes, empurra a bola para as redes, marcando o segundo de seu time.

Mas a reação maranhense dura pouco, já que Leonardo recebe de Luiz, livra-se da defesa americana e assinala o quarto. E, na seqüência, Orlando apodera-se da bola e a cruza. A bola bate em Travassos e desvia, sobrando para Leonardo que chuta e assinala o quinto tento. Já quase no final do jogo o atacante americano Guimarães se revolta contra uma decisão do juiz e o ofende com gestos obscenos, acabando por ser expulso. Leonardo foi o melhor do Amazonas e Clarindo foi o destaque do América.  Placar final: AMAZONAS 5 X 2 AMÉRICA

A PERMANÊNCIA E MAIS DOIS JOGOS

Concluída a série de quatro jogos, o time maranhense resolve estender sua estadia em Manaus e é convidado para realizar mais dois jogos. O primeiro foi contra o Manáos Sporting, no dia 9 de fevereiro, no Parque Amazonense. Foi posta a Taça Estado do Amazonas para o time vencedor.

Em campo o Sporting ganhou por 1 a 0, gol de Leopoldo.O segundo jogo foi novamente contra o Nacional, no dia 12 de agosto. O jogo foi também realizado no Parque Amazonense e promovido pelo dispensário maçônico.Dessa vez não houve goleada do Nacional e sim um empate de 3 a 3. Pedrinho, Almeida e Clarindo marcaram para o América; enquanto Leonardo, Rochinha e Travassos (contra) para os nacionalinos.

ssim, depois de 22 dias em Manaus, a delegação maranhense finalmente embarcava no vapor “Prudente de Moraes“, no dia 15 de fevereiro, às 22 horas, despedindo-se do Amazonas e retornando a São  Luis, no Maranhão.

 

FONTE & FOTOS: Professor e Pesquisador do Futebol Amazonense, Gaspar Vieira Neto – Baú Velho

 

Associação Tresmaiense de Esportes -Três de Maio (RS): Duas edições na Segundona Gaúcha

A Associação Tresmaiense de Esportes (ATE) foi uma agremiação efêmera do Município Três de Maio (com uma população de 23.726 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2010), localizado a 480 km da capital gaúcha. Fundado no dia 13 de Janeiro de 1992, graças a fusão entre duas equipes três-maienses: Botafogo Esporte Clube e Oriental Futebol Clube. A duração desta equipe não completou dois anos. Nesse curto espaço de tempo, o ATE disputou o Campeonato Gaúcho da Segunda Divisão em duas edições: 1992 e 1993, realizando excelentes campanhas.

Alguns jogadores conhecidos defenderam suas cores, entre eles o atacante Pedro Verdum, ex-Seleção Brasileira, o goleiro Luciano ex-Santa Cruz, Pelotas, Santo Ângelo, e que no Campeonato Gaúcho da Segunda Divisão de 1993, chegou a marcar um gol de pênalti, e Leandro Tinga (Gilnei Leandro da Rosa) que defendeu o São Paulo Futebol Clube (SP).

Foi lá também que um promissor técnico iniciou sua carreira, Nestor Simionato, ex-lateral de Grêmio, Pelotas, São Paulo de Rio Grande, Caxias, Figueirense e Atlético-PR. Nestor Simionato juntamente com Adenor Leonardo Bacchi – o Tite, travaram grandes batalhas na Segundona de 1993, Simionato pelo Tresmaiense e Tite pelo Veranópolis.

A Associação Tresmaiense de Esportes, parece ter nascido para não dar certo, pois a rivalidade estava exposta até mesmo em seu escudo onde além da sigla Botal, cores e distintivos ficaram separados ao meio, o verde do Oriental de um lado e o Preto do Botafogo de outro.

 

FONTE: Wikipédia

Santa Cruz Esporte Clube – Goiana (PE): Fundado em 1934

O Santa Cruz Esporte Clube foi uma agremiação do Município de Goiana (PE). O Tricolor Goianense foi Fundado no dia 29 de maio de 1934, como Santa Cruz Futebol Clube por um grupo de desportistas da cidade, liderados por Anamesio Borges da Fonseca, que foi o 1º presidente.

A escolha do nome foi uma homenagem ao Santa Cruz do Recife, então tricampeão Estadual em 1931, 1932 e 1933. Além do nome, o clube adotou as cores (vermelho, preto e branco), o uniforme e o escudo (bem similar). O Diário de Pernambuco assim noticiou o surgimento do Santa Cruz de Goiana:

Acaba de organizar-se na cidade de Goiana mais uma agremiação esportiva a qual ganhou o nome de Santa Cruz F.C.

Falando ao nosso repórter, um membro da diretoria do novo grêmio, fez ver que o nome escolhido para o mesmo, representa uma homenagem ao clube tricolor recifense, tricampeão da cidade.

O novo clube goianense está filiado a Liga Desportiva de Goiana.

Foi escolhida a seguinte diretoria para o período social de 1934-35.

Presidente – Anamesio Borges da Fonseca;

Vice – Firmo de Sousa;

Tesoureiro – Guilherme Fialho;

Vice- Tesoureiro – Osvaldo Oliveira;

Orador – Luiz Galvão;

Vice-Orador – Ezegino Barreto;

1º Secretário – Izaltino Galvão;

2º Secretário – Renato Regueira;

Diretor de Esportes – José Bonifácio;

Vice de Esportes – Rafael Américo;

Fiscal – João Alves“.

Nas décadas de 40 e 50, o Santa Cruz teve no nome de Fernando Medeiros, não apenas um presidente, mas também uma pessoa que lutou até o seu último dia para manter vivo clube, que passou por diversas dificuldades financeiras.

Fora, as competições citadinas, a participação mais importante do clube aconteceu no ano de 1973, quando disputou a competição profissional: Copa Governador Eraldo Gueiros, popularmente conhecida como a Copa do Interior. Santa Cruz de Goiana fez diversos  confrontos com equipes da região, como também contra equipes profissionais como o Sport Recife, Náutico e Santa Cruz, assim como algumas excursões na Paraíba, enfrentando as principais forças.

 

FONTES: Diário de Pernambuco – Jornal de Recife – A Província 

Leão XIII Futebol Clube – Goiana (PE): Fundado em 1971

O Leão XIII Futebol Clube é uma agremiação do Município de Goiana (PE). A sua Sede fica situada na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, 53, no Centro de Goiana. Fundado no dia 13 de agosto de 1971, um grupo de jovens esportistas (na etária de 9 a 13 anos, oriundos das famílias Veloso, Magalhães,Rodrigues e Araújo), que praticavam futebol numa área livre de um local chamado fazenda estância em Goiana.

Ao longo das décadas o Leão XIII sempre foi referência na região e estado pela sua filosofia de contribuir para o desenvolvimento dos seus atletas norteando-se pelo lema: “Na vida como no esporte.

O futebol, futsal, handebol, atletismo e voleibol foram as modalidades que o clube ofereceu ao longo dos anos. Ainda com participações efetivas nas comemorações de épocas junina, carnavalesca e cívica.

No campeonato citadino, sobretudo na década de 70, foi o arqui-rival da extinta Associação Esportiva DR-5 ou, popularmente conhecida na cidade como Grêmio Celpe. 

 

FONTE: Página do clube no Facebook

Esporte Clube Treze de Maio – Frutal (MG) e o Clássico contra o Arsenal Futebol Clube

Toda cidade tem seu clássico e a cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba não deixa por menos. Durante décadas, o Arsenal Futebol Clube e o Esporte Clube Treze de Maio protagonizaram o clássico das multidões, uma rivalidade que dividia a cidade em duas.

Há décadas atrás, onde hoje se encontra a Praça dos Três Poderes, existia o estádio chamado Woyames Pinto, com capacidade para 1.500 pessoas, onde os clássicos eram realizados.

Havia na cidade um time chamado Esporte Clube XV de Novembro, onde atuavam os amigos Edgar e Dêgo, dois grandes craques da época. Certa feita, ambos de desentenderam e, em consequência disso, deixaram o Esporte Clube XV de Novembro, indo, cada um deles jogar por uma nova equipe.

Assim sendo, Edgar passou a atuar pelo Esporte Clube Treze de Maio e Dêgo foi jogar no Arsenal Futebol Clube, que era formado por trabalhadores de uma fábrica de bebidas. Nascia aí a grande rivalidade. O Derby frutalense.

O Arsenal Futebol Clube tinha um retrospecto vantajoso nos confrontos, porém, de 1974 até 1982, ano em que o clássico praticamente morreu, o Esporte Clube Treze de Maio reverteu a situação, conquistando títulos importantes, como o Torneio Tubal Vilela no ano de 1979, do qual participavam grandes equipes do Triângulo Mineiro.

A final foi realizada contra o time do Alvorada Futebol Clube, da cidade de Perdizes, que era o bicampeão do torneio. O Esporte Clube Treze de Maio jogava pelo empate, tendo em vistas que no jogo anterior, na cidade de Perdizes, havia vencido por 1 x 0.

O placar final foi 4 x 1 para o Esporte Clube Treze de Maio. Toninho Borges, Olímpio Gonçalves, Paulinho Silva e Garrafinha anotaram para o Esporte Clube Treze de Maio.  O gol de honra do Alvorada Futebol Clube foi feito por Luiz Alberto.

As equipes alinharam assim:

Esporte Clube Treze de Maio: Artur (Bicalho), Braquiária, Branco, Marinho e Reinaldo (Tidas); Vanone, Toninho Borges e Paulinho Silva; Olímpio Gonçalves (Garrafinha), Zanto (Tonhão) e Olimpinho.

Alvorada Futebol Clube: Fernando, Joãozinho, Paulo, Valdir, Carlos, Eduardo (Luiz Alberto), Elvécio (Galo), e Aender; Edeval, Reinaldo e Garnizé.

Esporte Clube Treze de Maio disputou vinte partidas, obtendo 14 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Ou seja, disputou 40 pontos, ficando com 32 deles e perdendo apenas oito. O artilheiro da equipe foi o atacante Zanto.

Participaram ativamente do Torneio a seguinte relação de jogadores, comandados por Chiquito: Artur, Pedro Bicalho, Braquiara, Brancão, Marinho, Reinaldo, Toninho Borges, Vanone (Banana), Pontinha, Olímpio Gonçalves, Garrafinha, Zanto, Tonhão, Olimpinho, Paulinho Silva, Tidas, Melado, Pintinho, Elton Pirrolho, Delamar e Mancha.

Nos anos setenta, as duas equipes participaram da Taça Minas Gerais, porém, suas campanhas não foram muito expressivas e a vida de ambas na elite mineira foi curta.

Acredita-se que a demolição do estádio Woyames Pinto em muito contribuiu para que o clássico chegasse ao fim.

Apesar de que a rivalidade dentro de campo não exista mais, a rivalidade entre as torcidas existe até hoje.

 

Fabio Farias – Cidade alvi-negra Treze de Maio F.C.

“Hoje Frutal não possui mais times profissionais. Quando se fala de 13 e Arsenal é como se falássemos de um tempo tão distante que mal podemos vislumbrar. Às vezes a própria imaginação conta mais que a memória. Dos clássicos, nada ficou, senão histórias quase esquecidas. Alguns esqueletos na cidade ainda trazem os nomes e símbolos dos clubes, mas não passam de nomes. Quem olha pra um muro com um símbolo antigo muitas vezes nem sabe do que se trata. Os que sabem, já nem olham mais. Os que olham, vêem algo esquecido sob a poeira do tempo. Talvez isso se deva à triste certeza de que o futebol mudou, tudo mudou. E aconteça o que acontecer, esse duelo não mais existirá nem mobilizará as multidões, como nos tempos áureos do futebol de Frutal.”

 

Alunos da UEMG homenageiam times de futebol de Frutal

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de quatro alunos do curso de Comunicação Social da UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) homenageou dois importantes times de futebol da cidade de Frutal. A apresentação do vídeo documentário que contou a história de rivalidade entre o Arsenal e o Treze foi feita no anfiteatro da universidade, na última semana e contou com a presença de várias pessoas da comunidade.

De acordo com o orientador do trabalho e coordenador do curso, Lausamar Humberto, o curta-metragem ‘Arsenal vs Treze: um clássico nos grotões de Minas. Uma reconstituição sentimental’ é uma narrativa da paixão de duas torcidas por seus times. “Os alunos fizeram uma reconstituição sentimental da época de ouro do futebol em Frutal. Um documento de inestimável valor histórico”, destaca.

Um dos alunos que produziu o documentário, Rafael Del Giudice Noronha, comenta que o principal desafio ao desenvolver o trabalho foi a falta de registros históricos. “Nós tratamos da primeira fase dos times, que começou em 1959. A parte mais difícil foi vender a ideia e convencer os personagens a participar do curta metragem. O desafio valeu a pena, pois o resultado ficou muito bom”.

Segundo o ex-jogador do Arsenal, atual advogado Antenor Castro, o resgate histórico feito pelos estudantes é muito importante para a preservação da memória dos times. “O Arsenal e o Treze foram as equipes de futebol mais importantes do município, até hoje se discute os motivos que os levaram ao fim. A paixão de quem viveu essa época nunca vai acabar, estou feliz por poder fazer parte desse trabalho”, afirma.

O aposentado, ex-jogador do Treze, Manoel Neto de Oliveira, conta que relembrar a história do futebol frutalense é reviver uma das melhores épocas. “Eu fui jogador por 15 anos e aprendi muita coisa no Treze, é indescritível a sensação de ter feito parte desse momento. Serei sempre grato pela oportunidade de representar o esporte em um dos mais importantes times da cidade”. (SECOM)

 

Fontes:

360frutal.blogspot.com.br – Rafael Del Giudice Noronha

Fudibol.blogspot.com.br – Fabio Farias

www.frutal.mg/gov/br

www2.lidercomp.com.br

www.facebook.reviverfrutal

http://youtu.be/OahmwdsF8l0

 

Associação Esportiva Central Barreiros – Barreiros (PE)

A Associação Esportiva Central Barreiros foi uma agremiação do Município de Barreiros (PE). Localizado 102 km da capital pernambucana, Barreiros conta com uma população de 42.105 habitantes (Segundo o IBGE de 2014). O clube barreirense foi Fundado no dia 12 de Setembro de 1939, por funcionários da Usina Central Barreiros, no setor da cana-de-açúcar.

A Sede da A.E. Central Barreiros ficava na Avenida Senador Felisbino Vasconcelos, s/n, no Centro de Barreiros. O time mandava os seus jogos no Estádio Municipal Luiz Brito Bezerra de Melo, com capacidade para 5 mil espectadores.

Time de 1969

HISTÓRIA

Um pioneiro. Assim poderíamos definir o Central Barreiros que faturou títulos expressivos e se tornando o 1º clube a faturar títulos em nível estadual. O clube barreirense  se sagrou Campeão da II Taça Pernambucana de 1964. Sete anos depois debutou no Campeonato Pernambucano da 2ª Divisão, em 1971. Já na temporada seguinte, o clube fez história!

1º CLUBE DO INTERIOR CAMPEÃO DA 2ª DIVISÃO

Em 1972, Associação Esportiva Central Barreiros fez história. Pela primeira vez um clube fora do Recife faturou um título estadual. O Central Barreiros chegou na fase final diante do Caxangá, numa melhor de três, chegou ao inédito título de Campeão do Campeonato Pernambucano da 2ª Divisão de 1972.

No primeiro jogo, no domingo, do dia 14 de maio de 1972, o Central Barreiros, mesmo jogando como visitante, venceu o Caxangá por 2 a 0, deixando o título bem encaminhado.

Uma semana depois, no domingo, do dia 21 de maio de 1972, atuando no Estádio Municipal Luiz Brito Bezerra de Melo, em Barreiros,  o Central Barreiros não desperdiçou a oportunidade e, de forma contundente, goleou o Caxangá por 4 a 0, faturando o caneco.

Time posado de 1973

FESTA DA ‘ENTREGA DAS FAIXAS’

Na quarta-feira, do dia 31 de maio, no jogo da ‘entrega das faixas’, o Central Barreiros recebeu a visita do Náutico Capibaribe (vice-campeão da 1ª Divisão ao lado do Sport Recife), mas acabou derrotado pelo placar de 3 a 1. Gols de Camutanga, duas vezes, e Dimas, contra; enquanto Lulinha fez o de honra do clube barreirense.

Em 1977, o Central Barreiros participou do Torneio Governador Moura Cavalcanti Torneio Seletivo, organizado pela Federação Pernambucana de Futebol, que na prática era uma Segunda Divisão, numa versão profissional. A motivação pela competição contagiou desde os funcionários da Usina Central Barreiros até o prefeito da cidade.

Contudo, o que era confiança se transformou num grande fiasco, com a fraca campanha do clube. Apesar de ter jogado como mandante em seis das nove rodadas, o Central Barreiros não venceu nenhum jogo, somando apenas um pontinho em 18 disputados. 

Time posado de 1977

Time-base de 1951: Tempestade; Dida e Béu; Chico, Figueira e Paraíba; Chocolate, Zé Pequeno, Alcides, Dija e Eures. Técnico: Nelson Fonseca

Time-base de 1970: Reginaldo; Zoni, Dema, Lima e Paulo; Paulo Roberto e Cacá; João, Biola, Lulinha e Doge.

Time-base de 1971-72: Maurício; Zome, Dema (Dimas), Lima e Luís (Doge); Bagé e Cacá; Matuto, Frazão, Lulinha e Tana.

Time-base de 1973: Maurício; Ernane (Louro), Zé de Lima, Amaro e Dimas; Géo e José Alfredo; Prego, Pajé, Ariba e Beto (Doge). Técnico: Onildo Belo.

Time-base de 1977: Luizito; Zone, Neném, Neto e Silva; Arnon e Moacir; Rubens, Edvaldo, Cacá e Moisés. Técnico: Paulo Domingues.

  

FONTES: Diário de Pernambuco – Jornal de Recife – A Província

Arsenal Futebol Clube – Frutal (MG): Uma edição na Elite Mineira de 1976

O Arsenal Futebol Clube é uma agremiação do Município de Frutal (MG). O Galo Alvi-grená foi Fundado no dia 03 de Janeiro de 1962, o Arsenal mandava os seus jogos no saudoso Estádio Woyames Pinto.

O momento ímpar, na história do clube, aconteceu no ano de 1976, quando participou do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão. O Arsenal terminou na 8ª colocação no Grupo B (e, no geral, ficou em 16º lugar, num total de 22 clubes).

No total, foram sete pontos, em 10 jogos: duas vitórias, três empates e cinco derrotas; nove gols pró e 21 contra, com saldo de 12 negativos. Atualmente, o Arsenal de Frutal disputa apenas campeonatos de categorias de base.

 

FONTES: Rsssf Brasil – Wikipédia

 FOTOS: Leila Maria Chagas Demétrio

Tamoio Futebol Clube – Santo Ângelo (RS): Uma participação na Elite Gaúcha

O Tamoio Futebol Clube foi uma agremiação da Cidade de Santo Ângelo (RS). O Tricolor (vermelho, azul e branco) foi Fundado no dia 1º de Julho de 1944, mandava os seus jogos no Estádio Assis Ramos Escobar, com capacidade para 6 mil espectadores.

Ao longo de quase três décadas de existência, o Tamoio foi Campeão do Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão em 1960 e 1970 (quando venceu a Chave 4, uma vez que não havia finais). Na Elite do Futebol Gaúcho, o Tamoio participou de uma edição de 1971. Na Segundona foram oito participações: 1960, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968 e 1970.

Fusão deu origem a Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA)

Em assembléia realizada no dia 21 de abril de 1972, foi decidido fusão entre os clubes santo-angelenses: Tamoio e Grêmio Sportivo Santo-angelense, dando origem a Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA).

Na época, o estádio do Tamoio tinha capacidade para 6 mil pessoas. Com a fusão, o objetivo era construir um estádio para abrigar 30 mil torcedores. O presidente do Conselho Deliberativo Irany Araújo dos Santos e o secretário Jorge Meneghetti comandaram a assembleia, que, formou a Comissão Pró-Fusão com Rolando Stümpfle, Clemente Bandeira, João Carlos Medeiros, Newton Furtado Fabrício, Assis Brasil Ramos Escobar, Celso Ritter e Armindo Bratz.

 Depois, o Esporte clube Santo Ângelo foi a fusão do Tamoio, Elite, Grêmio e a AESA,  em 02 de fevereiro de 1976. Dois anos depois (1978), foi extinto e a fusão desfeita. A SER Santo Ângelo foi a fusão do Tamoio, Elite e Grêmio,  em 26 de Setembro de 1989. Em 2011 mudou para AER Santo Ângelo, mas continua sendo conhecida como SER.

 

FONTES: Blog Times do RS – Jornal & Revista O Mensageiro  

FOTO:  Livro As Glórias do Futebol Santo-Angelense.