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Sport Club Itapira – Itapira (SP): Fundado em 1919

O Sport Club Itapira foi uma agremiação da cidade de Itapira (SP). Fundado no Domingo, do dia 07 de Setembro de 1919, por um grupo de jovens desportistas da cidade, na sala de leitura do Club XV de Novembro. A reunião foi presidida pelo Dr. Mario Fonseca que, em breve palavras, expôs os seus fins, enumerando as vantagens da cultura física.

Por deliberação dos presentes ficou definitivamente fundada a associação, com a denominação de Itapira Sport Club. A primeira diretoria ficou constituída:

Presidente – Dr. Mario Fonseca;

Vice-presidente – João Galvão Filho;

Secretário – Francisco Rocha;

Tesoureiro – José Santiago;

Diretor Esportivo – Carlos Marella.

Após fundar o Itapira, a diretoria filiou a agremiação na Associação Paulista de Sports Athleticos (APSA), com o intuito de participar do Campeonato do Interior de 1920.

Em dezembro de 1920, foi constituída a seguinte diretoria:

Presidente – Dr. Mario Fonseca;

Vice-presidente – Dr. Gilberto Ratto;

Secretário – Francisco Rocha;

Tesoureiro – Durval S. da Cruz;

Diretor Esportivo – Coronel Francisco Vieira.

Em junho de 1923, Francisco Vieira assumiu a presidência do clube. A vice-presidência ficou com Américo Pereira Netto; 1º secretário foi o professor Juvenal de Campos; 2º Secretário Mario Fonseca Filho; Tesoureiro foi Sarkis João; 1º Diretor Esportivo era Francisco Rocha; 2º Diretor Esportivo ficou com Antonio Mello.

No domingo, no dia 08 de julho de 1923, foi até Itajubá (MG), para a disputa da Taça Wenceslau Braz. No final, o Sport Club Itapira derrotou o Itajubense Football Club pelo placar de 1 a 0, e ficou com o caneco.

No domingo, do dia 11 de outubro de 1925, foi realizado um amistoso, em Itapira. No final, num jogo de 11 gols, o Sport Club Itapira bateu o Paulista de Jundiahy por 6 a 5.

No dia seguinte, na segunda-feira, do dia 12 de outubro de 1925, as duas agremiações voltaram a campo para outro jogo amistoso, em Itapira. Dessa vez, a peleja terminou empatada em 3 a 3, entre o Sport Club Itapira e o Paulista de Jundiahy. Nos dois jogos as equipes atuaram com a seguinte escalação:

S.C. Itapira – Bertini; Abelardo e Sau; Didi, Cerillo e Thomaz; Augusto, Mellinho e Octavio.

Paulista de Jundiahy – Dica; Paulino e Villela; Candó, Euclydes e Lamanella II; Batata, Durval, Camargo, Lamanella e Minguta.

Participou do Campeonato Paulista do Interior de 1927 e 1928, conquistando bons resultados, como a goleada, em casa (domingo, dia 19/06/1927), diante da Associação Athletica Pinhelense, pelo marcador de 4 tentos a 1.

FONTE: Correio Paulistano

Distintivo: Livro “Os Esquecidos – Arquivos do Futebol Paulista, de Rodolfo Kussarev

Sociedade Esportiva Palmeiras, da Usina Furlan – Santa Bárbara d’Oeste (SP)

Tendo abandonado em 1945 os campeonatos da Federação Paulista de Futebol, mas seguindo com os amistosos e jogando os campeonatos varzeanos de Santa Bárbara, mandatários da Usina Açucareira Furlan resolvem construir um novo estádio e fazer retornar oficialmente o seu clube na “Cidade Doçura“, como em certo período foi chamada Santa Bárbara d’Oeste (atual “Pérola Açucareira”).

Em 21 de fevereiro de 1960, a família Furlan, todos palestrinos, fundou definitivamente a Sociedade Esportiva Palmeiras, da Usina Furlan. Era, portanto, um segundo período de futebol oficial daquela localidade barbarense.

Conforme afirma o sr. Batista Furlan, o novo estádio recebeu denominação de “João Batista Furlan”, em homenagem ao vovô, o patriarca da família. O novo clube, alvi-verde como o Palmeiras, da capital, teve como presidente inicial Batista Furlan, ele que foi escolhido pela imprensa como o “Esportista do Ano” em 1960.

Os demais diretores eram: Ademar, Eduardo, Florizo, Sebastião, Hermes e Dante (todos Furlan) e também Bento Aparecido Barbosa e Antonio Rosa.  Sem o Cillos F.C., a S.E. Palmeiras-Usina Furlan passou a ser o “caçula” barbarense. Veio para figurar como 5.º clube na ordem cronológica dos registros junto à Federação Paulista de Futebol, como União Agrícola fundado em 1914; o C.A. Usina Santa Bárbara em 1936; a A.E. Internacional em 1947; o E.C. Paulista em 1956; e o Palmeiras em 1960, todos eles, ainda, como clubes amadores.

O Palmeiras, bi-campeão de seu grupo na 3.ª Divisão (64-65) - em pé: João Furlan, já um veterano goleiro, Nicola, Ado Jongo, Ari Mutti, Juca de Campos, Tati, Romeu Mutti, outro goleiro Casteleti e Paulo Calvino (técnico); agachados estão: Jacaré (ex-goleiro e agora como massagista), Cláudio Bignotto, Miúdo, Saulo Fornazin, Aurélio Domingues, Nílson Furlan e Pedrinho Mutti.

Em 27 de março de 1960 o Palmeiras inaugurou seu estádio recebendo festivamente a equipe dos Cadetes do Palmeiras, de São Paulo, que venceu por 4×3. O quadro da Usina Furlan em seu reaparecimento foi este: João Furlan, Nicola e Romeu Mutti; Didão Furlan (depois Izael Pavan), Rubinho e Mica; Saulo Fornazin (depois Bêni Gálter), Miúdo, Aleoni, Nelsinho Furlan e Nêne Juliato. Também integraram o elenco: Negota, Percides, Pedrinho Mutti e Aparecido.

No ano de 1960 a Liga Barbarense de Futebol não promoveu a edição da “Taça Cidade“, que estava na sede do bi-campeão 58-59, o C.A.U.S.B. Desta forma, os 5 representantes de Santa Bárbara d’OesteUnião, C.A.U.S.B., Internacional, Paulista e Palmeiras – foram a campo nas disputas do Campeonato Amador do Interior, sempre regionalizado, com o patrocínio da F.P.F. (a Usina Ester foi a campeã).

E o Palmeiras, da Usina Furlan, começou assustando a todos, sendo o vice-campeão do Setor. No finalzinho de seu primeiro ano de atividades, o “verdão” usineiro confirmou suas boas qualidades, ao ganhar a taça do triangular denominado “Cidade Doçura”, enfrentando a Internacional e o E.C. Paulista.

Devido a transferência de praticamente todos os atletas do Paulista para o Palmeiras – eram amadores – pensou-se na época que o tricolor da cidade seria extinguido, porém, sua diretoria, liderada por Neco Wiezel, Nivaldo Batagin e Virgínio Matarazzo, conseguiu armar um novo time. Uma de suas novas formações era esta em 1960: Milton, Tupi I e Zinhão; Jair, Nivaldo e Tupi II; Leôncio Amaral, Zeca latarolla, Tito, Perdigão e Osmair Sachetto.

Era simples trocar-se de clube. Sendo assim, alguns jogadores chegaram a vestir as camisas de praticamente todas as agremiações locais. O E.C. Paulista ainda contou para a mesma temporada de 60 com os atletas Tébo, Cunha, Cido, Zú, Ivajar e Colé.  Nas demais equipes barbarenses, seus respectivos elencos eram os seguintes em 1960  –  C.A.U.S.B.: Gilberto Muniz, Arze, Galo Claus, Pote, Natal Prando, Vetão, Nélson Carboni, Neguinho, Mosquito, Lau Mathias, Chiquito de Lima, Lelé, Toinho, Pedro Lima, Zail Cardoso, Chama Bellani, Dilermando e Fornaia. União: Gilberto Ometto, Diamante, Wanderley, Nivaldo Surge, Roberto Silva, Zé Maria Araújo, Aníbal, Rubens Giacomelli, Válter Forti, Ditinho Guedes, Nílson Furlan, Juca, João Caetano, Petrini-Peixinho, Barba Azul, Algodão e Fio. Inter: Casteleti, Nego, Cascão, Cabrito, Osório Ganéo, Tuta, Ovaguir Martorini, Leite, João Barbosa, Quibao, Ataliba Penachione, Póla, Tatu, Sidney, Alcindo Bagarollo, Claudinho Bignotto e Gazeta.

FONTES: Livro “A Memória do Futebol Barbarense… Até os dias de Hoje”, de autoria de J.J. Bellani – Waldomiro Junho

Esporte Clube Paulista – Santa Bárbara d’Oeste (SP)

Antes mesmo do clube registrar-se na Federação Paulista de Futebol, o Paulistinha participava dos campeonatos varzeanos de Santa Bárbara, tendo em seu comando Geraldo Matarazzo. A partir de 1956, o caçula oficial da cidade passou a ser o Esporte Clube Paulista, outro tricolor, das cores preta, vermelha e branca. O Paulista, o 5.º  time de futebol de Santa Bárbara d’Oeste, também teve autorização para utilização da praça de esportes da Rua Santa Bárbara. Portanto, naquele local aconteciam tanto os jogos do novo tricolor como os da Internacional.

Ordival Wiezel-Necão, Nivaldo Batagin e Virgínio Matarazzo eram tidos como os “donos da bola” neste clube recém-oficializado. O E.C. Paulista tem em seus registros como diretores fundadores os senhores Ordival Wiezel (1º presidente), Alceu Calori, Nivaldo Batagin, Dercy Giubbina, Virgínio Matarazzo, Orlando Mariano, Ismael Batagin, José Lando Sobrinho, Geraldo Matarazzo e Mílton de Oliveira.

O Paulista competiu como estreiante em dois triangulares no ano de 56, ocasião em que o União Barbarense e o Cillos obtiveram licença junto à Federação Paulista. Sendo assim, o Paulista enfrentou o C.A.U.S.B. e a Internacional pela “Taça Cidade” e pelo “Campeonato Citadino do Interior“.  Nas duas fotos a seguir, poderemos ver um dos times do E.C. Paulista, quando ainda era apenas da várzea barbarense, no início da década 50, e outro após o registro oficial junto à Liga Barbarense e Federação Paulista de Futebol.

 

O E.C. Paulista e uma de suas formações de 56 com Mílton de Oliveira (diretor), Toninho Cunha, Nivaldo Batagin, o goleiro João Furlan, Nei, Avelino Agnese, Waldemar Vital e Virgínio Matarazzo (diretor); agachados: os dois ponteiros são os irmãos gêmeos Femando e Orlando Sachetto, mais Wilson Garrido, Suzana (com a bola) e Amendoim.

FONTES: Livro “A Memória do Futebol Barbarense… Até os dias de Hoje”, de autoria de J.J. Bellani – Waldomiro Junho

Associação Esportiva Internacional – Santa Bárbara d’Oeste (SP)

Tudo começou em 1930 com o time do Democrático que, por questões e exigências políticas incompreensíveis por parte de autoridade municipal da época, teve que mudar a denominação. Chamou-se Esperança em outro período, até que se chegou ao quadro da Fiação e Tecelagem Santa Bárbara no final do decênio de 30.

Após ter participado do Campeonato da Região em 1944, em sua fase municipal, tendo enfrentado União, Cillos, C.A.U.S.B. e Usina Furlan, a representação da Fiação interrompeu suas atividades futebolísticas, por determinação da diretoria da empresa. Em 1945 a praça de esportes da Rua Santa Bárbara encontrava-se fechada.

No campo tudo era matagal, até que uma equipe de atletas ainda juvenis solicitou do Sr. Rafael Cervone autorização para reativá-lo, pois onde os rapazes praticavam o futebol – no chamado campo do “sapo”, atual Centro Social Urbano – não se tinham mais condições de uso. Entretanto, a praça de esportes da Rua Santa Bárbara também necessitava de amplas reformas, principalmente quanto ao nivelamento do campo de jogo.

Na foto, uma de suas escalações de 1947-48: Em pé, começando da esquerda: Corintiano, Izaias Preto, João Pinto, Tavico e Testa; agachados estão os defensores: Toninho Largueza, Toninho de Cillo, o goleiro lnocêncio, Wadí Baruque, Adriano Rocha e Leonel Rodrigues.

Foi então que se recorreu ao Dr. Adriano Arcani, superintendente da Usina Santa Bárbara, o mesmo fundador do C.A.U.S.B.. Dr. Arcani, atendendo ao novo grupo, aliado naquela época àqueles que integravam a equipe da Fiação, autorizou que as máquinas da Usina Santa Bárbara procedessem os reparos necessários no estádio localizado em terreno sempre pertencente à Companhia Fiação e Tecelagem Santa Bárbara.

Antes de 1947, ainda na etapa de preparação ao surgimento do novo clube, o mesmo grupo de jogadores juvenis ganhou o uniforme da equipe IMOR, de Indústrias Romi, cujas camisas continham no distintivo a letra “I”. Na foto a seguir, nota-se melhor o “I” na camisa do goleiro Inocêncio Perissinoto.

Assim, no despertar de 1947, exatamente no dia 3 de março, estava fundada a ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA INTERNACIONAL. Era praticamente o mesmo conjunto de abnegados, desde o Democrático, agora fortalecido por outros simpatizantes do “esporte-rei” do Brasil. Todos continuavam em ação para o trabalho realmente apaixonante em nome da recreação e do lazer para determinada parcela da população barbarense.

A A.E. Internacional, das cores vermelha e verde, mandava todos os seus jogos no estádio em pleno centro da cidade, bem próximo à linha férrea da FEPASA, entre as ruas Santa Bárbara e Duque de Caxias. Seus diretores fundadores foram: Roberto Leite (presidente e funcionário da COFITESBA), Luiz Rosa, Aramiz Bóttene, Cesário Modenese, Antonio de Toledo Mello, Nazareno Voltani, Mário Largueza, Sílvio Ferreira de Albuquerque, Roldão de Oliveira e Alberto Largueza.

Em pé, começando da esquerda: Bí Lopes, Toninho de Cillo, Osório Ganéo, Adriano Rocha, Sinhá e Flávio Sans; agachados: Airton-Gaio, Xandú, João Pinto, Mingue Soares e Maurinho

A Internacional fez o seu jogo de estréia em amistoso diante do poderoso time da Usina Santa Bárbara. E os rubroverdes venceram esplendidamente pelo placar de 3×1.  Em seus primeiros anos de atividades futebolísticas, a Internacional teve em seu plantel jogadores como Bentinho Ribeiro (o goleiro), o veterano Eusébio Silva (pai do Zezé e Geraldinho), Toninho de Cillo, Augusto Sartori, Adriano Rocha, Burgre, Waldir Zamuner, Baianinho, Dane, João Ananias, Tertuliano, Alfredo Quibao, Paulo Lopes, Izaias Preto (Armindo), Tavico, Airton-Gaio, João Pinto, Toninho Largueza, Pedro Baldassin, Bí Lopes, Testa, Nacyr Lucchette, Maurinho, Xandú, Mingue, Messias Portes, Sinhá e outros.

A Internacional, novo caçula da cidade, logo revelaria dois jogadores para o futebol profissional: o centro médio Fernandinho Quibao e o goleiro Inocêncio Perissinoto, que foram para o XV de Jaú, na antiga 1.ª Divisão da F.P.F.. Inocêncio, após se sagrar campeão da divisão de acesso pelo XV no ano de 51, deixou Jaú para realizar um período de testes em Palestra Itália, na S.E. Palmeiras, tendo, inclusive, atuado pelo alvi-verde no recém-inaugurado Estádio Estadual do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Mas não foi feliz no Palmeiras e regressou a Jaú, onde permanecia seu companheiro de Internacional, o Fernandinho Quibao, além do zagueiro Aristides Serra, que havia defendido em Santa Bárbara as equipes do C.A.U.S.B. por vários anos e do União, em breve período.

No panorama local, A.E. Internacional começava a desfilar pelos campeonatos promovidos pela Liga Barbarense de Futebol que teve o “Municipal” sem a Usina Furlan. Eram 4 os clubes barbarenses: União, Cillos, C.A.U.S.B. e Internacional, pela ordem de fundação.

Também no difícil “Campeonato Amador do Interior”, dirigido e patrocinado pela Federação Paulista de Futebol, Santa Bárbara continuava a ter presença marcante nas competições do Setor e Zona, defrontando-se com clubes dos municípios vizinhos.  Em 1948, o título de campeão de Santa Bárbara foi conquistado pelo Cillos F.C.. Em

 

FONTES: Livro “A Memória do Futebol Barbarense… Até os dias de Hoje”, de autoria de J.J. Bellani – Waldomiro Junho

Clube Atlético Usina Santa Bárbara – Santa Bárbara d’Oeste (SP)

A Fazenda São Pedro já tinha um quadro de futebol no passado, o 7 de Setembro, que fez fusão como União em 1920. Pouco antes da fundação de seu clube oficial, eram disputados torneios entre times formados nas diversas fazendas da redondeza, como Areia Branca, Bom Retiro, Pombal, São Luís e mais outros 4 da Fazenda São Pedro, ou sejam, Estrada de Ferro, Refinação-Escritório, Lavoura e Usina.

Os ânimos eram acirradíssimos nesses jogos e as vezes até ultrapassando os limites. Por isso resolveu-se ficar apenas com um time de futebol na Fazenda São Pedro: o CLUBE ATLÉTICO USINA SANTA BÁRBARA, o C.A.U.S.B., fundado oficialmente em 1936.

O superintendente da companhia que se instalou em nossas terras em 1913 era o Dr. Adriano Arcani. Ele liderou completamente os atos de 36 para a chegada do C.A.U.S.B., o tricolor usineiro, das cores vermelha, azul e branca. Com a desativação do campo antigo, inicialmente a Usina Santa Bárbara também passou a ocupar o campo do União, na cidade, para suas atividades, até a construção do novo Estádio Luizinho Alves.

Cabia ao Dr. Adriano Arcani tratar de todos os assuntos relacionados ao futebol do clube caçula de Santa Bárbara d’Oeste. Ele gostava de ver times fortes, valentes! Quando alguém indicava certo jogador de grandes qualidades, Dr. Arcani  “mandava”  buscá-lo para o

C.A.U.S.B. Foi assim que o centroavante Baltazar,  o “cabecinha de ouro”, veio de Santos aos 17 anos iniciar uma brilhante carreira de futebolista na Usina Santa Bárbara. No C.A.U.S.B. o Baltazar jogou em brevíssimo espaço de tempo no ano de 1942, foi de agosto a setembro e ele logo transferiu-se ao União Monte Alegre, de Piracicaba, onde atuou até maio de 1944 para depois passar ao Jabaquara, de Santos, e finalmente consagrar-se no Corinthians que o levou á Seleção Brasileira em 50.

Assim como Baltazar, sucederam-se vários atletas famosos para os torcedores do C.A.U.S.B. que chegaram como “contratados” pela companhia, mas apenas para jogar futebol, como Parente, Hilário, Ditinho Mole, Servando, Luiz Gonçalves, Reis, Silvestre e outros.

Como se pode perceber, o futebol em Santa Bárbara começava a deixar de ser um “puro amadorismo”, eis que jogadores passavam a ser contratados… quando ainda não existia o profissionalismo no interior paulista, época em que se disputava apenas o campeonato regional, sem o aval da A.P.E.A., entidade extinguida no ano de 1936.

O C.A.U.S.B. teve como sede o próprio Estádio Luizinho Alves, denominação que homenageou o Coronel Luiz Alves de Almeida, falecido em 4 de dezembro do mesmo ano da fundação do clube. Seus diretores fundadores em 1936 foram: Argemiro Dias – Presidente, Júlio Pires Barbosa, João Baptista Machado, Benedito Vitorino da Silva, Celso Arruda Ribeiro, Mário Pereira, Dr. Adriano Arcani e o diretor de futebol Plínio Dias.

Conforme informações colhidas com os seus antigos jogadores, a primeira escalação do C.A.U.S.B. foi a seguinte: Omar Pires Barbosa era o goleiro, Antonio Ribeiro e Reinaldo Azanha; Juvenal, Chico Camargo e Bonzão; Luizinho Camargo, Rodrigues, Chico Veríssimo, Tilim e Zé de Brito. Também foram ingressando nas fileiras do clube usineiro jogadores como Eduardo Camargo, Arturzinho, Patativa, Ernesto Guardini, Moisés, Chiquito Cruz, Chico Bordadágua, Isaltino Amaro, Manoelito, Índio, Luiz Campos, Carlito, Durval, Bilo, Danilo dos Santos, Mário Euphrázio, Zé Faria, Zelão Novo, Martelão, Zé Godoy, Américo Leite, Maneco Gerônimo, Adélio Pires, Abelarba, Genézio, Hermour, Quirino, Beu, Abacaxi, Léo, Isidoro, Gerônimo, Fuminho, Tito Brocatto, Adolfo Camargo, dentre outros.  As fotos a seguir mostrarão formações de equipes do C.A.U.S.B. em seus primeiros anos:

Com pouco mais de dois anos de existência, destacamos um dos jogos do CAU.S.B. no início de 1939, no dia 5 de fevereiro, quando o tricolor usineiro derrotou o poderoso União Monte Alegre, de Piracicaba, pela contagem de 2×1 em seu campo. Neste cotejo amistoso o time da Usina Santa Bárbara alinhou-se assim: Eduardo Camargo, Bilo e Reinaldo Azanha; Mário Euphrázio, Chiquito Cruz (depois entrou Miguelzinho) e Durval; Ismael Alves, Danilo dos Santos, Manoelito (depois Arturzinho), Rodrigues e Luizinho Camargo.

Nessa mesma época do futebol local, o União Agrícola, o maior rival do C.A.U.S.B., iniciava a última temporada da década tendo em seu elenco os atletas Bentinho Ribeiro, Lauro Bignotto, Samuel, Lázaro Gaspar, Bepe Machado, João Ribeiro, Isaltino Amaro, Nego Posseiro, Zé Arruda, João Calvino, Batista Furlan, José Previtalli, Luiz Rosa, Antonio Rodrigues, João de Castro, Cícero Martins e outros.

Mas Santa Bárbara d’Oeste apresentava um novo concorrente em seu futebol: FIAÇÃO E TECELAGEM SANTA BÁRBARA, equipe representante da empresa de propriedade dos irmãos Alberto e Rafael Cervone. A Fiação acabava de construir sua praça de esportes, em área vizinha ao pátio da Cia. Paulista de Estrada de Ferro (atual FEPASA), com a qual houve sérios problemas em seguida, isso no tocante à posição do campo de futebol.

O time da FIAÇÃO veio, na verdade, ocupar o espaço deixado inicialmente pelo Democrático e depois pelo Esperança. Eram sempre os mesmos jogadores, claro que com algumas renovações, também os mesmos diretores e grupo de torcedores.

Santa Bárbara passava a contar a partir de então com 4 associações: União, Cillos, C.A.U.S.B. e Fiação.  A história do futebol barbarense não revela com precisão o início das atividades do quadro da Fiação. Um de seus diretores, o sr. José Leme, irmão do grande jogador Antonio Leme, afirma que é por volta de 37, quando o presidente era Pedro Simão. Zé Leme, também atleta, exibe uma foto do time alvinegro da Fiação e Tecelagem Santa Bárbara da citada época:

A esse time, sucederam por Volta de 1939 os jogadores Bentinho Ribeiro, Alberto Largueza, Zé Geraldo, Waldir Zamuner, Tite, Euzébio Silva, João Leme, Guido Furlan, Mário Largueza, Osvaldinho Kuhl e outros.  Enquanto a Fiação debutava no futebol barbarense, pelos lados da Usina de Cillos novos bons quadros eram compostos, quando chegavam outros valores.

Em 1941, sua constituição já era diferente a partir do “Torneio Início” do Campeonato Amador. O Cillos F.C. mostrava um time-base com Cangica em sua meta, Orlando Pompermeier e João Lopes; Alberto Brigoni, Bal Crisp e Trajano Crisp; Cardoso, Batata, João Grande, Domingos de Moura e Sílvio Bento, tendo também Chiquinho de Cillo e os irmãos Roberto, Olímpio e Ferrúcio Gazeta.

Quanto a essas fases do futebol de Santa Bárbara, alguns dos nossos entrevistados chegaram a dizer que sendo os times amadores e comparando-os aos quadros profissionais que se formaram após os anos 70 por aqui, “não se tem comparação, a diferença é grande, os jogos eram muito mais emocionantes na raça, na valentia e também no aspecto técnico.

Não existiam as “retrancas” que tiram todo o brilho, a beleza do futebol”. Antigamente a preocupação maior dos treinadores e dos jogadores era a de marcar o maior número de tentos possíveis, dai a explicação para contagens dilatadas.

Ainda em 1941, nas disputas regionais entre seleções amadoras municipais, Santa Bárbara d’Oeste enfrentou Piracicaba, em eliminatórias. Este tipo de promoções era mais freqüente no passado. No primeiro jogo das seleções, realizado na “Noiva da Colina”, os piracicabanos golearam por 5×0, porém, no prélio seguinte, efetuado em Santa Bárbara, os barbarenses deram o troco, vencendo a partida por 4×2, ocasião em que o goleiro dos nossos representantes, o Virgínio Matarazzo, defendeu duas penalidades máximas.

Pela diferença de gols, foi Piracicaba quem se classificou. A Seleção Barbarense de 1941 foi defendida pelos seguintes jogadores: no gol Virgínio Matarazzo (do C.A.U.S.B.); na linha de zagueiros Lauro Bignotto (do União) e Hermour (do C.A.U.S.B.); Alberto Brigoni (do Cillos), Bepe Machado (do União) e Reinaldo Azanha (do C.A.U.S.B.); no ataque, Cardoso (do Cillos), Isidoro Brigoni (do Cillos), Chiquinho de Cillo (do Cillos), Zé Arruda (do União) e Luizinho Camargo (do C.A.U.S.B.).

 

FONTES: Livro “A Memória do Futebol Barbarense… Até os dias de Hoje”, de autoria de J.J. Bellani – Waldomiro Junho

Escudo antigo do C.R. Tietê (SP)

Segue o escudo antigo (em preto e branco) do Clube de Regatas Tietê, clube paulistano fundado em 1907.

Pesquisa: Paulo Sérgio Regatieri

O clube destacou-se no Remo, sendo campeão paulista em 1939, 1940, 1941, 1942, 1943, 1945, 1946, 1947, 1948, 1949, 1950, 1951, 1955, 1959, 1960, 1961, 1962.

O Clube registrou sua importância também no futebol, que remonta o ano de 1935, quando comprou o São Paulo, que havia sido campeão paulista em 1931, passando a se chamar Tietê-São Paulo.

Em 2012 fechou as portas.

Fonte: Wikipedia

Cillos Futebol Clube – Santa Bárbara d’Oeste (SP): Fundado em 1934

Atinge-se  o  ano  de  1934  e  é  fundado  o  Cillos Futebol Clube, da Usina  Açucareira de Cillos. Francisco de Cillo, um dos proprietários da companhia, encabeçou o movimento. Além de ser o “dono do time” – como dizia o povo usineiro – Chiquinho de Cillo também jogava futebol.

De início ele ganhou a condição de titular, pois era um atleta muito bom, aliás, por várias vezes foi convocado a defender a Seleção Barbarense.  Dentre os fundadores, o Sr. Augusto Domingues foi outro que se destacou na fase de organização do Cillos Futebol Clube. A nova associação somente conseguiu registrar seus estatutos sociais em 9 de fevereiro de 1936.

Evidente que com a força que recebia da companhia, o clube usineiro teria até melhores condições financeiras que o “veterano” União Agrícola, apenas sustentado e dirigido por um grupo de pessoas abnegadas. E o futebol na Usina de Cillos foi empolgando a todos. O time não chegou ao profissionalismo, limitando-se a competir como clube amador em certames oficiais pela cidade e região.

A foto mostra um acontecimento social no Cillos Futebol Clube. Ano de 1940, quando foi eleita Rainha a srta. Delmira Lacava, ficando Lila Ferreira (à esquerda) como 1.ª Princesa e Zuleica Crisp (à direita) como 2.ª Princesa. No flagrante ainda aparecem (da esquerda para a direita): Jeferson, o maestro da Banda; Sàbato Ferraro, presidente; Chiquinho de Cillo e Lourival de Andrade-Vavà, todos da diretoria fundadora do clube usineiro.

Pelos lados do Cillos, o time das cores azul e branca, bons quadros de futebol se sucederam. Segundo os mais antigos, seu primeiro conjunto que adentrou aos gramados foi este: Luiz Módulo, João Lopes e Orlando Pompermeier; Alberto Brigoni; Ricardo Pompermeier e Mário Euphrázio ou Trajano  Crisp; Cardoso, Batata, Chiquinho de Cillo, Hilário e Antonio Pavan.

Na sequência, nos primeiros anos de existência do novo clube, é lógico que vieram outros valores, como Chico Veríssimo, João Ananias, Tertuliano, João Miguel, Euclides Módulo, Sílvio Bento, Isidoro Brigoni, Domingos de Moura, Alberto Bataglia, João Grande, Avelino Custódio.

FONTES: Livro “A Memória do Futebol Barbarense… Até os dias de Hoje”, de autoria de J.J. Bellani – Waldomiro Junho

Fotos Raras, anos 20: Velódromo de São Paulo

Velódromo de São Paulo ou simplesmente Velódromo Paulistano, foi o segundo campo (estruturas arquitetônicas com conceitos diferentes de estádios, conforme conceitos das primeiras décadas do século XX) e o primeiro estádio de futebol da história do Brasil. Aberto em setembro de 1895 e inaugurado oficialmente em 21 de junho de 1896 para o ciclismo e em 1901 para o futebol, com o nome oficial de Velódromo Paulistano, ficava na rua da Consolação entre as ruas Martinho Prado e Olinda, onde é hoje a rua Nestor Pestana e o Teatro Cultura Artística, na região central da cidade de São Paulo.

Acabou sendo palco da maioria dos jogos da primeira edição do Campeonato Paulista de Futebol, em 1902.

No estádio havia uma placa em que se lia “É expressamente proibido vaiar”, Essa proibição tinha a ver com os valores morais da época, em que a vaia era considerada indelicada. “Se uma pessoa vaiava, logo um torcedor do próprio time desaprovava e um torcedor do outro time também olhava estranho, com espanto”, explicou o jornalista Orlando Duarte, em 2016.

campo-berço do futebol brasileiro é a Chácara Dulley, mas quem escutou pela primeira vez o ruído do pique de uma bola foi a Várzea do Carmo. Ali, Charles Miller deixou cair ao solo brasileiro aquela bola que ele, juntamente com outra, trouxera de Southampton, onde disputara a sua última partida na Inglaterra. A Chácara Dulley ficava localizada no Bom Retiro, onde hoje é a Avenida Tiradentes, entre a Luz e a Ponte Grande. Depois que de lá saiu o São Paulo Athletic Club, foi treinar o Hans Nobilings Team, e mais atrás, na Chácara Witte, onde se instalou o SC Internacional, treinaram e jogaram também os alunos do AA Mackenzie College, enquanto a melhor praça de esportes da cidade passava a ser a do São Paulo Athletic, na Rua da Consolação. Isso até 1899.

Em 1900, o Club Athlético Paulistano surgiu e fez sua sede no Velódromo, construído em 1896 para abrigar competições de ciclismo por Antônio da Silva Prado, primeiro prefeito da Capital, fã do esporte e um dos fundadores do clube. O novo clube adaptou o local para jogos de futebol, e, em 18 de outubro de 1901, enfim foi inaugurado o campo, com um empate por 1 a 1 entre as seleções paulista e carioca. No mesmo ano, o Sport Club Germânia arrendou um terreno no Parque Antártica, lá nivelando o seu campo.

Em sua inauguração, o Campo do Velódromo tinha dois conjuntos de arquibancadas cobertas com capacidade para mil pessoas cada uma, com o restante do público assistindo às partidas de pé, como era comum nos primeiros anos do futebol brasileiro. Foi nesse estádio que se popularizou o conceito de “gerais”, com seus ingressos mais acessíveis. O Velódromo monopolizou durante muitos anos todas as atenções. Raros eram os jogos nos campos do Germânia (Parque Antártica) e do São Paulo Athletic (Consolação).

O destino do Velódromo começou a ser selado em 1910, com a morte de Veridiana da Silva Prado.[3] Os herdeiros foram pressionados pela especulação imobiliária que transformaria a cidade nas décadas seguintes e venderam o local para o Banco Italiano, que pretendia lotear o terreno, abrindo uma rua no meio. O estádio seguiu sendo usado até 1915 e foi pivô da primeira cisão do futebol paulista, em 1913.

Como maior estádio da cidade, ele era usado para a maioria das partidas do Campeonato Paulista, porém a Liga Paulista de Foot-Ball (LPF) tinha de pagar um aluguel ao Paulistano. Insatisfeito com o profissionalismo velado de começava a aparecer no futebol da cidade, ainda predominantemente amador, o clube decidiu aumentar os valores cobrados da LPF para o Campeonato Paulista de 1913. Diante da situação, a liga optou por alugar o Parque Antarctica por um valor menor. A estreia do Paulistano, contra o Americano, foi agendada para o Parque Antarctica, mas o clube do Jardim América compareceu ao Velódromo, alegando que a “mudança” tinha sido comunicada em cima da hora.[3] Quando a LPF decidiu dar os pontos do jogo ao Americano, o Paulistano anunciou sua saída e fundou a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA).

Quando a cisão finalmente terminou, em 1917, o Velódromo já tinha sido não só desapropriado, para a abertura da Rua Nestor Pestana, em 1915, como também demolido, no primeiro semestre de 1916. A derradeira partida no estádio ocorreu em 7 de novembro de 1915, uma vitória da seleção paulista sobre a seleção carioca por 8 a 0.

A APEA, então, levou as arquibancadas do Velódromo para a Chácara da Floresta, que, ampliada, com capacidade para dois mil lugares sentados sobre as antigas arquibancadas e treze mil lugares em pé, passou a ser o principal campo da cidade. Ao lado, os jogadores do Corinthians estavam construindo seu próprio campo (que só ficaria pronto em 1918), em um terreno doado pela Prefeitura na Ponte Grande. Já o Paulistano passou a jogar, a partir do fim de 1917, no Estádio Jardim América.

Em 1919 a Sociedade de Cultura Artística adquiriu o terreno do antigo Velódromo para a construção de sua sede própria, que só seria construída na década de 1950, fundando ali o Teatro Cultura Artística.

 

FONTES: Wikipédia – Lauthenay Perdigão