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Copa Santa Catarina de 2022: Clube Náutico Marcílio Dias se sagrou Bicampeão!

A Copa Santa Catarina de 2022 foi realizado entre os dias de 27 de agosto a 13 de novembro, e contou com a participação de seis equipes. Na primeira fase da competição as equipes jogaram entre si, em turno e returno, se classificando para a segunda fase as quatro melhores colocadas.

Na segunda fase (semifinais) as quatro equipes classificadas foram divididas em dois grupos de duas equipes cada, onde jogaram em jogos de ida e volta, se classificando para a terceira fase a vencedora de cada grupo. Na terceira fase (final) as duas equipes classificadas jogaram entre si em jogos de ida e volta, sendo considerada campeã do torneio catarinense.

As seis equipes que fizeram parte da Copa Santa Catarina de 2022:

Clube Atlético Carlos Renaux (Brusque);

Clube Náutico Marcílio Dias (Itajaí);

Figueirense Futebol Clube (Florianópolis);

Hercílio Luz Futebol Clube (Tubarão);

Joinville Esporte Clube (Joinville);

Nação Esportes Futebol Clube (Joinville).

1ª RODADA

27/08/2022Joinville0X0Marcílio DiasArena Joinville, em Joinville
28/08/2022Carlos Renaux0X0Hercílio LuzAugusto Bauer, em Brusque
30/08/2022Nação0X1FigueirenseGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama

2ª RODADA

03/09/2022Hercílio Luz3X0NaçãoAníbal Torres Costa, em Tubarão
03/09/2022Marcílio Dias2X2Carlos RenauxDr. Hercílio Luz, em Itajaí
06/09/2022Figueirense1X4JoinvilleOrlando Scarpelli, em Florianópolis

3ª RODADA

07/09/2022Marcílio Dias3X2Hercílio LuzDr. Hercílio Luz, em Itajaí
14/09/2022Carlos Renaux0X1FigueirenseAugusto Bauer, em Brusque
14/09/2022Joinville1X1NaçãoArena Joinville, em Joinville

4ª RODADA

09/09/2022Nação0X2Carlos RenauxGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama
10/09/2022Joinville2X1Hercílio LuzArena Joinville, em Joinville
21/09/2022Figueirense1X4Marcílio DiasOrlando Scarpelli, em Florianópolis

5ª RODADA

18/09/2022Carlos Renaux1X0JoinvilleAugusto Bauer, em Brusque
18/09/2022Marcílio Dias0X0NaçãoDr. Hercílio Luz, em Itajaí
28/09/2022Hercílio Luz3X2FigueirenseAníbal Torres Costa, em Tubarão

6ª RODADA

24/09/2022Joinville2X0Carlos RenauxArena Joinville, em Joinville
26/09/2022Nação0X5Marcílio DiasGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama
06/10/2022Figueirense1X0Hercílio LuzOrlando Scarpelli, em Florianópolis

7ª RODADA

29/09/2022Carlos Renaux2X1NaçãoAugusto Bauer, em Brusque
1º/10/2022Hercílio Luz1X1JoinvilleTorres Costa, em Tubarão
03/10/2022Marcílio Dias3X2FigueirenseDr. Hercílio Luz, em Itajaí  

8ª RODADA

07/10/2022Nação2X1JoinvilleGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama
09/10/2022Figueirense0X0Carlos RenauxOrlando Scarpelli, em Florianópolis
09/10/2022Hercílio Luz1X1Marcílio DiasAníbal Torres Costa, em Tubarão

9ª RODADA

12/10/2022Carlos Renaux1X1Marcílio DiasAugusto Bauer, em Brusque
12/10/2022Joinville1X2FigueirenseArena Joinville, em Joinville
12/10/2022Nação1X2Hercílio LuzGenésio Ayres Marchetti, em Ibirama  

10ª RODADA

16/10/2022Figueirense2X0NaçãoRenato Silveira, em Palhoça
16/10/2022Hercílio Luz1X0Carlos RenauxAníbal Torres Costa, em Tubarão
16/10/2022Marcílio Dias2X0JoinvilleDr. Hercílio Luz, em Itajaí

Classificação da 1ª Fase

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Marcílio Dias2010550210912
Figueirense16105141315-2
Hercílio Luz151043314113
Carlos Renaux131034308080
Joinville121033412111
Nação05101270519-14
                        *Em negrito os classificados para as semifinais.

SEMIFINAIS

23/10/2022Carlos Renaux1X5Marcílio DiasAugusto Bauer, em Brusque
23/10/2022Hercílio Luz1X0FigueirenseAníbal Torres Costa, em Tubarão
28/10/2022Figueirense1X1Hercílio LuzOrlando Scarpelli, em Florianópolis
28/10/2022Marcílio Dias0X2Carlos RenauxDr. Hercílio Luz, em Itajaí
*Em negrito os classificados para as finais.

FINAIS

06/11/2022Hercílio Luz0X0Marcílio DiasAníbal Torres Costa, em Tubarão
13/11/2022Marcílio Dias2X1Hercílio LuzDr. Hercílio Luz/Itajaí

C.N. MARCÍLIO DIAS (SC)           2          X         1          HERCÍLIO LUZ F.C. (SC)

LOCALEstádio Dr. Hercílio Luz, “Gigantão das Avenidas“, situado na Rua Gil Stein Ferreira, nº 261, no Centro de Itajaí (SC)
CARÁTERúltimo jogo da final da Copa Santa Catarina de 2022
DATADomingo, do dia 13 de Novembro de 2022
HORÁRIO15 horas (de Brasília)
RENDAR$ 224.495,00 (Duzentos e vinte quatro mil e quatrocentos e noventa e cinco reais)
PÚBLICO5.739 pagantes
ÁRBITRORamon Abatti Abel (FCF)
AUXILIARESThiaggo Americano Labes (FCF) e Henrique Neu Ribeiro (FCF)
4º ÁRBITROEdson da Silva (FCF)
ÁRBITRO ASSISTENTEAndré Eduardo da Silveira (FCF)
DELEGADOJosé Carlos Goulart Júnior (FCF)
INSPETORCantucho João Setúbal (FCF)
CARTÕES AMARELOSRafael Lima, Oliveira, Cleiton, Luan e Emanuel (Hercílio Luz)
CARTÕES VERMELHOSDener e Nando (Marcílio Dias) e Rafael Lima; Wellington; o auxiliar-técnico, André Walter e o treinador de goleiros, Danilo de Souza Carvalho (Hercílio Luz)
MARCÍLIO DIASRenan; Victor Guilherme, Éverton, Léo Rigo e Matheus Müller (Cesinha); Dener (Cap.), Alisson, Juninho (Moisés) e Jean Dias (Allan Roden); André (Daniel Dias) e Nando (João Carlos). Técnico: Rogério Corrêa
HERCÍLIO LUZ Matheus; Cleiton, Rafael Lima (Cap.), Willian Rocha e Oliveira (Ítalo); Emanuel (Gusso), Raynan (Luan), Jonathan Cabeça e Giovani; Da Silva (Wellington) e De Paula. Técnico: Raul Cabral
GOLSNando aos 3 minutos (Marcílio Dias); João Carlos aos 15 minutos (Marcílio Dias); Rafael Lima aos 29 minutos (Hercílio Luz), no 2º Tempo.

O Clube Náutico Marcílio Dias pela segunda vez na sua história se sagrou Campeão da Copa Santa Catarina (2007 e 2022)!! A Campanha foi de 27 pontos em 14 jogos; com sete vitórias, seis empates e uma derrota; marcando 28 gols, sofrendo 13 tentos e um saldo positivo de 15 gols.

Estádio Dr. Hercílio Luz foi o palco do jogo final

Colaborou: Nilson Santos

FONTES E FOTOS: site da Federação Catarinense de Futebol (FCF) – Página do clube no Facebook

Associação Atlética Bancária – Rio do Sul (SC): Jogou o Campeonato Catarinense de 1960

A Associação Atlética Bancária foi uma agremiação do município de Rio do Sul (SC). Fato é, que há poucas informações sobre esse time. Não se sabe o endereço, a data de fundação, e, pouquíssimas pessoas de Rio do Sul sabem algo da Atlética Bancária.

O redesenho do escudo foi baseado nessa suposta foto do clube. Portanto, desde já peço a colaboração dos amigos internautas que ajudem a resgatar um pouco da história desta equipe. 

O grande feito que fez a Atlética Bancária entrar no “radar” do futebol do estado, aconteceu em 1960, quando conquistou uma vaga para disputar o Catarinense daquele ano.  

Após disputar o Campeonato Citadino de Rio do Sul, organizado pela Liga Riosulense, no início de setembro de 1960, Atlética Bancária chegou no último jogo dependendo de um simples empate para ficar com título. Já o Clube Atlético Quinze de Novembro precisava vencer para levantar a taça.

Numa partida de sete gols, a Atlética Bancária acabou derrotada pelo placar de 4 a 3, ficando com o vice. Mesmo assim, assegurou o seu lugar no Campeonato Catarinense de 1960.

A classificação final de Rio do Sul, publicado pelo Jornal O Estado (Florianópolis, no domingo, do dia 04 de setembro de 1960), ficou assim:

Clube Atlético Quinze de Novembro (Campeão): 3 pontos perdidos;

Associação Atlética Bancária (Vice campeã): 4 pontos perdidos;

Rodoviário Futebol Clube (3º colocado): 5 pontos perdidos;

Canto do Rio  (4ª posição): 12 pontos perdidos;

Em seguida, a Associação Atlética Bancária entrou no Campeonato Catarinense, na Zona 3, mas não conseguiu avançar para a fase seguinte. Abaixo os participantes:

Zona Sul (Zona 1): Comerciário, Ferroviário, Hercílio Luz, Metropol, Atlético Mineiro, Minerasil

Campeão: Metropol; Vice: Hercilio Luz

Zona Litoral/Vale (Zona 2): Avaí, Figueirense, Carlos Renaux, Paysandu, Olímpico, Palmeiras, Marcílio Dias, Cimenport

Campeão: Palmeiras; Vice: Marcílio Dias

Zona Planalto/Serra/Alto Vale (Zona 3): Internacional, Guarani(L), Pery Ferroviário, Associação Atlética Bancária, XV de Rio do Sul, Botafogo de Canoinhas, Santa Cruz, Operário de Mafra

Campeão: Pery Ferroviário

Zona Oeste (Zona 4): Comercial, Botafogo(PU), Tamandaré(PU), Grêmio Caçadorense, Vasco de Caçador, Cruzeiro

Campeão: Comercial

Zona Norte (Zona 5): Acaraí, América, Atlético SF, Baependi, Fluminense, Ypiranga

Campeão: Ypiranga; Baependi (vice)

Importante!

Apesar da escassez, essa postagem é uma singela homenagem a tantos times pequenos que ajudaram a construir o futebol brasileiro! Por isso, peço aos amigos internautas que ajudem nesse resgate, pois você pode ter no seu “baú” documentos, fotos, flâmulas, bandeiras, etc., de equipes que fizeram parte dessa história, e vocês nem tenham conhecimento! Vamos entrar nessa correte e resgatar essas equipes!

FONTES: Futebol Nacional – O Estado (SC) – Página do Facebook “Antigamente em Rio do Sul”

Aquiles (ex-Marcílio Dias, Barroso e Internacional)

por Fernando Alécio
Diretor de Memória e Cultura do C. N. Marcílio Dias

Funcionário do banco Inco, Achilles Pagnoncelli chegou a Itajaí em 1959, aos 19 anos, transferido da agência de Concórdia, onde nasceu em 20 de setembro de 1940. Na cidade natal, jogava pelo time do Guaycurus e seu apurado faro de gol começou a despertar o interesse de clubes de outras regiões de Santa Catarina.

Jorginho e Aquiles no Guaycurus. Ambos jogariam depois no Marcílio Dias. Acervo Fernando Alécio.

A vinda para Itajaí foi uma operação articulada pelo diretor de recursos humanos do banco, Ary Garcia, que também era diretor do Marcílio Dias. “A transferência visava, no fundo, possibilitar que eu jogasse no Marcílio”, explicou o craque em depoimento ao livro Torneio Luiza Mello — Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963.

Ficha de Aquiles na Federação Catarinense de Futebol. Acervo Fernando Alécio.

Sua estreia se deu no dia 11 de outubro de 1959, na goleada de 5 a 0 aplicada pelo Rubro Anil sobre o Estiva, pelo Torneio Prefeito Carlos de Paula Seára, no estádio do Almirante Barroso, ao entrar no lugar de Antoninho Carvalho. Com o manto rubro anil, Aquiles (como seu nome era escrito nos jornais) não tardou para se tornar um dos ídolos da torcida. Artilheiro nato, formou com Idésio e Renê um trio que impunha terror aos goleiros. Juntos, os três atacantes somam mais de 300 gols pelo clube.

Renê, Idésio e Aquiles. Acervo Fernando Alécio

Em 1962, Aquiles foi um dos destaques do time no Campeonato Sul-Brasileiro. Marcou quatro gols na competição, o mais lembrado deles diante do Internacional de Porto Alegre, no 28 de fevereiro, uma quarta-feira à noite. Na época o Estádio Doutor Hercílio Luz não possuía iluminação noturna e o jogo foi realizado em Blumenau, no estádio da Alameda Rio Branco. Aos 32 minutos do segundo tempo, Sombra passou por três adversários e tocou para Idésio. Este serviu Aquiles, que chutou forte para as redes e decretou a vitória marcilista por 1 a 0.

Outro gol de Aquiles especialmente lembrado ocorreu em 17 de junho de 1964, contra o Coritiba do então jovem goleiro Raul Plassmann, no amistoso que marcou a inauguração do sistema de iluminação do Estádio Doutor Hercílio Luz. O Marcílio venceu por 1 a 0. Neste jogo, Aquiles foi observado pelo técnico do Internacional, Sérgio Moacir Torres, que indicou sua contratação ao clube gaúcho.

Gol de Aquiles no goleiro Raul Plassmann do Coritiba em 1964. Acervo Gustavo Melim.

Além de gols, Aquiles também colecionou títulos no Marcílio Dias, sagrando-se tetracampeão da Liga Itajaiense (1960, 1961, 1962 e 1963) e campeão catarinense de 1963. Participou de todos os 18 jogos da campanha do título estadual e marcou 11 gols, quatro deles no massacre de 8 a 1 sobre o Paysandu, em Brusque. Também deixou sua marca em outra goleada, novamente em Brusque, desta vez contra o Carlos Renaux, anotando um dos gols da vitória por 4 a 1 no jogo que garantiu o título com uma rodada de antecipação, no dia 23 de fevereiro de 1964.

Aquiles com a faixa de campeão do centenário (Liga Itajaiense de 1960). Acervo Fernando Alécio.

Duas semanas depois, em 8 de março de 1964, voltaria a fazer gols decisivos: balançou as redes duas vezes na final do torneio da Liga Itajaiense de 1963, na vitória por 3 a 2 sobre o Almirante Barroso, no Estádio Doutor Hercílio Luz. A vitória valeu ao Marcílio Dias a Taça Lauro Müller e a conquista do campeonato citadino pelo quarto ano consecutivo.

Internacional (1964)

O ímpeto goleador de Aquiles chamou a atenção de grandes clubes e ele foi contratado pelo Internacional em junho de 1964 por 10 milhões de cruzeiros, mas ficou pouco tempo em Porto Alegre. Fez seu primeiro jogo com a camisa colorada no empate sem gols contra o Grêmio Atlético Farroupilha, em Pelotas, no dia 9 de agosto de 1964, pelo Campeonato Gaúcho.

Carta de despedida da diretoria do Marcílio Dias a Aquiles, na qual destaca que foi um atleta exemplar. Acervo Gustavo Melim.

Onze dias depois, em 20 de agosto, o centroavante catarinense disputaria seu primeiro e único Grenal: vitória do Inter por 2 a 0, num amistoso realizado no Estádio Olímpico em homenagem ao Dia do Cronista. Naquela partida, Aquiles jogou improvisado no meio-campo, o que prejudicou seu rendimento no clássico. Aquiles atuou em apenas quatro jogos pelo Internacional, de acordo com o Almanaque Colorado, de Alessandro Moraes.

O Marcílio não viu a cor da grana da transferência e a cobrança virou uma anedota. Em 1966, o presidente Antônio Célio Moreira mandou o então diretor jurídico do clube, Delfim de Pádua Peixoto Filho (ex-presidente da Federação Catarinense de Futebol, falecido em 2016 na tragédia da Chapecoense) ir a Porto Alegre cobrar a dívida. O Inter alegou que não possuía dinheiro e ofereceu dois jogadores. Moreira não aceitou e ordenou que Delfim executasse a dívida judicialmente. “Foi a cobrança mais rápida na história da Justiça de Porto Alegre. O oficial era gremista e o juiz também”, contou Delfim, entre risos, em depoimento ao já mencionado livro sobre o título estadual de 1963.

Retorno ao Marinheiro

Em 1965, o atacante estava de volta ao Marcílio Dias. Permaneceu até fevereiro de 1967, quando rescindiu o contrato e recebeu passe livre. Em maio daquele ano, Aquiles “atravessou a avenida” e foi jogar no rival Almirante Barroso. Retornou pela terceira vez ao Marinheiro em 1969 e reencontrou Idésio, que também regressava ao clube naquela temporada. De acordo com dados apurados pelo pesquisador Gustavo Melim, Aquiles soma mais de 230 jogos e mais de 115 gols em suas três passagens pelo Marcílio Dias, estando entre os três maiores artilheiros da história do clube.

Aquiles: mais de 115 gols pelo Marinheiro.

Fonte: https://medium.com/marciliodias/aquiles-4fad8b7a0e1e

Caxias Futebol Clube – Joinville (SC): Mascote Pinguim

O Caxias Futebol Clube é uma agremiação da cidade de Joinville (SC). A Sede e o Estádio Ernesto Schlemm Sobrinho, o “Ernestão” (capacidade para 5 mil pessoas) estão localizados na Rua Coronel Francisco Gomes, nº 1.000, no Bairro Bucarein, em Joinville (SC). A sua mascote é o Pingüim.

O “Gualicho Alvinegro” foi Fundado na terça-feira, do dia 12 de Outubro de 1920, por vários simpatizantes de um esporte que então ainda dava seus primeiros passos na Manchester Catarinense. Vários clubes se iniciavam na nova arte, sendo o mais proeminente o América Futebol Clube, fundado seis anos antes.

Entre os pequenos de então se encontravam o Vampiro e o Teutônia. Seus adeptos resolveram juntar forças para fundar uma agremiação maior. Reunidos na propriedade dos Marquardt, na esquina das ruas São Pedro (atual Ministro Calógeras) e São Paulo, Antônio Vian, Armandos Paul, Edgar Schneider, Felipe Zattar, Genoviano Rodrigues, Jaser Vieira, Joaquim das Neves, João Lorenzi, Osvaldo Marquardt, Paulo Kock e Rigoletto Conti fizeram surgir o Caxias Futebol Clube, nome dado em homenagem ao Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro.

As cores escolhidas foram o branco do Teutônia e o preto do Vampiro. Surgia assim um adversário à altura do alvirrubro. Seu 1º presidente foi Osvaldo Marquardt. O primeiro prélio registrado entre aqueles que se tornariam os maiores rivais do futebol joinvilense se deu no campo do América, então situado na Rua do Mercado (atual Av. Procópio Gomes), esquina com a atual Rua Padre Kolb, onde hoje está o SENAI.

Foi disputado no domingo, do dia 6 de março de 1921, como parte das festas pelo 70º aniversário da cidade. E o alvinegro ganhou por 2 a 1. Marcaram Afonso Kruger e Waldemar Moreira para o Caxias, descontando Alfredinho Zattar para o América. O time do primeiro clássico foi: Paschoa, Camarão, Braga, Mané Gaspar, Paulo Koch, Joaquim da Neves, Carlos Butschardt, Afonso Kruger, Carlos Lopes, Candinho e Waldemar Moreira.

Abaixo um breve resumo da história do clube entre as década de 30 a 50:

No domingo, do dia 16 de Abril de 1933, o Caxias inaugurava seu Estádio. Depois de ocupar o antigo campo do Vampiro (que ficava na atual Rua Orestes Guimarães, onde hoje se encontra a Fiação Joinvilense) e um terreno emprestado, na Rua Imaruhy (atual Henrique Meyer, onde hoje está o Hotel Tannenhoff), o Caxias resolveu investir na aquisição de uma área própria.

O local escolhido foi o terreno onde até hoje está o seu estádio, na Rua Coronel Francisco Gomes. Pertencia a Ernesto Schlemm Sobrinho, que o vendeu em condições extremamente favoráveis. O pagamento foi concluído somente em 1947.

A partida inaugural, foi contra o Coritiba (clube que aniversaria no mesmo dia do Caxias), com vitória alvinegra por 3 a 1. O 1º gol dessa peleja foi assinalada pelo atacante caxiense, Bananeiro.

ANOS 30

A década de 30 foi uma época conturbada para o futebol catarinense. A Federação Catarinense de Desportos (FCD – nome da LSCDT a partir de 1927) sofria forte oposição por não estar conseguindo organizar as competições no estado. Em várias edições do torneio estadual não houve participação de equipes do interior e em outras ocorreram muitos protestos por favorecimento aos times de Florianópolis.

Assim outras associações de clubes foram formadas no Estado. A ACD, Associação Catarinense de Desportos, reunia os clubes do norte do Estado. Filiou-se à CBD (Confederação Brasileira de Desportos), credenciando-se a ser o representante catarinense no futebol brasileiro. O mesmo não ocorria com a FCD, que então não estava filiada à CBD. Comprovando a tese da representatividade da ACD, no Campeonato Brasileiro de Seleções o Estado de Santa Catarina foi representado por uma seleção formada apenas por jogadores de clubes filiados a essa Associação.

No Campeonato promovido pela ACD o Caxias foi o campeão, ficando o América com o segundo posto. A formação do alvinegro Campeão Estadual de 1935 era a seguinte: Otávio, Lauro, Reco, Onça, Emílio, Boca, Meyer, Marinheiro, Raul Schmidlin, Ata e Parucker.

Na década de 30 o Caxias dominou amplamente a cena no futebol de Joinville, conquistando todos os títulos da cidade de 1935 a 1939. No Estadual, foi Vice-campeão em 1937 (perdeu a final para o Figueirense por 2 a 1) e terceiro colocado em 1938 e 1939.

Foi marcada para o Caxias pelos Vice-campeonatos. Em 1941 perdeu a final para o Figueirense por 3 a 0. Em 1945 venceu o Avaí por 2 a 0 em Joinville. No jogo de volta a equipe azurra da capital venceu por 7 a 2 no tempo normal e por 2 a 0 na prorrogação.

ANOS 40 & 50

No campeonato citadino, levantou os títulos de 1940, 1941, 1944,1945 e 1946. Além de não ganhar o campeonato da cidade desde 1946, o Caxias assistiu o arqui-rival ganhar dois títulos estaduais na década anterior. Os anos 50 começaram mantendo o que se desenhara em 1947 e 1948: o América foi o Campeão Estadual de 1951 e 1952, depois de ter ganhado os títulos citadinos.

Era preciso fazer alguma coisa. E a diretoria do Alvinegro montou um time invejável para o campeonato de 1953. Trouxe, entre outros, o consagrado Teixeirinha. Considerado o melhor jogador catarinense da época, Nildo Teixeira de Melo, o Teixeirinha, havia jogado em grandes clubes do futebol brasileiro, onde consolidou sua fama de grande craque barriga-verde.

Vice-campeão estadual de 1952 no Carlos Renaux de Brusque, chegou ao Caxias como a grande esperança de quebrar a hegemonia do América. E não decepcionou, sendo o grande nome do Caxias na temporada. Porém no último jogo do campeonato da cidade o Caxias precisava ganhar do América para levantar o título.

Quase conseguiu. Com um gol de Renê em completo impedimento, validado pelo árbitro Arthur Lange, ex-jogador do Caxias, o América chegou ao tri-campeonato. O estadual foi ganho pelo Carlos Renaux, com o rubro de Joinville ficando em segundo.

Para 1954 o Caxias juntou um elenco que acabou se transformando naquele que muitos consideram o melhor time do futebol catarinense de todos os tempos. Foi campeão invicto da cidade, com uma campanha incrível: 13 jogos (12 vitórias e 1 empate), marcando 39 gols e sofrendo apenas 8.

Vencida a competição doméstica, era preciso encarar o desafio de ganhar o Estadual, depois de quase 20 anos. A campanha foi igualmente impressionante:

Quartas de finais

Baependy 2 x 4 Caxias

Caxias 10 x 0 Baependy 

Semifinais

Caxias 2 x 1 Carlos Renaux

Carlos Renaux 1 x 2 Caxias 

Finais

Caxias 6 x 3 Ferroviário

Ferroviário 2 x 2 Caxias

Caxias 7 x 0 Ferroviário 

O time base tinha: Puccini; Hélio e Ivo Meyer; Joel, Gungadin e Arno Hoppe; Euzébio, Didi, Juarez, Periquito e Vi.

O atacante Juarez foi o artilheiro do certame, com uma marca estupenda: 18 gols em 7 jogos. Juntamente com Vi (Leôncio Vieira, filho do legendário Cilo, campeão estadual em 1929) saiu do Caxias para jogar por muitos anos no Grêmio de Foolball Portoalegrense.

Ambos vestiram a camisa da Seleção Brasileira em torneios sul-americanos. Foram escolhidos pela torcida gremista para a o “Grêmio de todos os tempos”. Uma curiosidade: o Grêmio os queria imediatamente após o término do campeonato catarinense.

Estavam com as passagens marcadas para ir diretamente de Florianópolis para a capital gaúcha. Depois da goleada no jogo final, a torcida exigiu sua presença para a comemoração do título e ambos vieram a Joinville antes de embarcar para terras gaúchas.

FONTES: Site do clube- Blog Caxienses Fanáticos – Mercado Livre

Esporte Clube Hervalense – Herval D’Oeste (SC): Três participações na Elite Catarinense, na década de 60

O Esporte Clube Hervalense foi uma agremiação do Município de Herval D’Oeste (SC). A localidade foi fundada no dia 30 de dezembro de 1953, e, está situada a 414 km da capital (Florianópolis). A sua população é de 21.233 habitantes, segundo o censo do IBGE/2010

Liga Esportiva do Oeste Catarinense de 1960

O clube foi Fundado nos anos 30, com o nome de Sport Club Hervalense. As suas cores: preto e amarelo. Em 1960, terminou na 3ª colocação a Liga Esportiva do Oeste Catarinense. O torneio contou com quatro equipes: Grêmio Esportivo Comercial, Cruzeiro Atlético Clube, Hervalense e Juventus Futebol Clube, de Tangará.

O Hervalense liderava desde o início, mas na última rodada, acabou perdendo para Comercial, que acabou ficando com o título. Dos 12 jogos, foram realizados nove, uma vez que o Juventus não compareceu em três, sendo duas vezes diante do Cruzeiro Atlético Clube. Ao todo foram assinalados 31 gols, o que deu uma média de 3,4 gols por partida.

O melhor ataque foi do Hervalense com 13 gols e que também teve o artilheiro do certame: o atacante Sadí, que marcou cinco gols. Já o Juventus foi o pior ataque com quatro tentos e também a defesa mais vazada com 11.

Já o Comercial ficou com a defesa mais eficiente com apenas cinco gols sofridos. Aconteceram cinco expulsões: Márcio (Juventus); Celso, Moacir e Sadí (Hervalense); Getulio (Comercial).

Na arbitragem quem mais apitou foram Raul Ferrari e Waldemar Menegoto, com quatro jogos cada. Já Silvio (Juventus) foi o único a marcar um gol contra durante a Liga Esportiva do Oeste Catarinense.

A Classificação final ficou assim: 1º lugar, Comercial com três pontos perdidos; 2º lugar, Cruzeiro Atlético Clube com quatro pontos perdidos; 3º lugar, Hervalense com cinco pontos perdidos; 4º lugar, Juventus com dez pontos perdidos.

Participações na Elite Catarinense

O Hervalense disputou o Campeonato Catarinense da 1ª Divisão, em três oportunidades: 1962, 1964 e 1965. Durante esse período, o time travou grandes duelos contra as equipes joaçabenses. E, contavs com grandes jogadores como: Melsi, Charuto, Cachorro, Pittol, Severo, Canofre, Marlos, entre outros.

Título

EM PÉ (esquerda para a direita): Lucio, Mario Pittol, Nereu Damer, Aderbal Vermelho, Marlos de Souza e Paulinho Peres;
AGACHADOS (esquerda para a direita):  Melsi, Moreira, Ceconello, Sergio Severo e Charuto.

O Hervalense se sagrou campeão do Torneio Início da Liga de Joaçabense de Futebol de 1961. A competição contou com a participação de três equipes: Cruzeiro Atlético Clube, Grêmio Esportivo Comercial e Hervalense.

Colaborou: Rodrigo S. Oliveira

FONTES: Centenário do Município de Joaçaba – Página no Facebook “Antigamente Joaçaba – SC” – O Estado de Florianópolis (SC)

Inédito!! America Futebol Clube (America de Mafra) – Mafra (SC): Fundado em 1933

O America Futebol Clube (America de Mafra) foi uma agremiação do Município de Mafra (SC). Com uma população de 56.292 habitantes, segundo o IBGE/2019. Uma curiosidade da “Perola do Planalto” é que fica a 310 km da capital catarinense e a 105 km de Curitiba, capital do estado do Paraná.

O “Diabo Rubro” foi Fundado na 1ª Quinzena de Junho de 1933. A sua Sede social e a Praça de Esportes, ficavam localizados na Rua Capitão João Bley, s/n, na Vila Ivete, em Mafra. Apesar de possuir um campo próprio, inaugurado em 1939, devido as limitações do espaço, o local não era utilizado nos campeonatos, onde a equipe participava.

Nos três primeiros anos, o America de Mafra realizou diversos jogos amistosos, visando montar um time competitivo. Em 1935, o time base era comporto assim: Elpídio; Sebastião e Walter; Maneco, Chinês e Mario; Ataíde, Abreu, Pedrinho, Tatá e Finka.

Foto de julho de 1939

No ano de 1936, sob a presidência do Sr. João Manoel de Paula (popularmente conhecido por Nenê),  o clube resolveu ‘dar um passo a frente’ e se filiou a Associação Catarinense de Desportos (ACD), sediada na cidade de Joinville e uma entidade de caráter estadual. Paralela a Federação Catarinense de Futebol (FCF).    

No mesmo ano (1936), debutou no Campeonato Estadual da ACD, fazendo parte da 3ª Região, juntamente com o Peri Ferroviário e Operário Sport Club, ambos também do município de Mafra. A equipe base era formada com: Manasses; Mios e Andrade; Sebastião, Juvenal e Pinto; Silveira, Bolesio, Manoel, José e Fermino.

Em 1937, o America ajudou a fundar a Liga Esportiva Catarinense (LEC), com sede em Mafra. A LEC, conhecida como Zona Serrana, definiu a diretoria, tendo João Manoel de Paula como presidente, Ivo Pinto Cordeiro na vice-presidência e Abelardo Luiz de Oliveira no cargo de Secretario Geral.   

Ainda nesse ano o America disputou o certame classificatório para o Campeonato Catarinense. O time base formou assim: Manasses (Irineu); Sebastião (Rodrigues) e Valter (Neves); Abel (Ângelo), Chico e Antonio (Siqueira); Silvestre (Maneco), Bolesio (Vadeco), Aldo (Ponta Grossa), Otacílio (Gabardo) e Arturzinho (Janguito).

Reportagem de maio de 1939

Após terminar na lanterna no Campeonato Serrano em 1937 e 1938, O America de Mafra fez bonito na temporada de 1939, ficando com o vice-campeonato. O time base formou com: Miro (Hugo); Sebastião e Marçal (Brandalize); Marinho (Beltrão), Trancoso (Nino) e Tite; Miguel (Irineu), Nuti (Machado), Heitor (Pfau), Ponta Grossa e Osmenio (Luiz).

Em 1940, oDiabo Rubroterminou na 3ª colocação da Zona Serrana, além de ter faturado o título da Taça Relojoaria Müller, vencendo o Grêmio Esportivo Rionegrense, de Rio Negro (PR).

O time base formou com: Tadeu (Miro); Domingos (Marçal) e Zanon (Brandalise); Chichita (Tite), Bento (Nino) e Mendes (Mala); Jonas (Chico), Otacílio (Nuti), Juca (Jonas), Miguel (Abílio) e Ford (Ponta Grossa).

Na temporada de 1941, o America de Mafra, novamente fechouna 3ª colocação da Zona Serrana. O time base formou com: Tadeu; Marçal e Ponta Grossa; Beltrão (Tatu), Chichita e Mendes; Gonçalves (Chico), Bento (Jonas), Otacílio, Abílio (Barbosa) e Miguel.

Em 1942, a equipe rubra mafrense terminou com o vice-campeonato Serrano. O time base formou com: Tadeu; Rumor e Ponta Grossa; Rosário, Batista e Vergulino; Bento, Otacílio, Gurski I, Lauro e Domingues.

Na sua última temporada que se tem registro, em 1943, o America de Mafra ficou na terceira posição da Zona Serrana.

Colaboração: Cícero Urbanski

Desenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FONTES: O Estado (SC) – O Estado de Florianópolis (SC) – A Notícia (SC) – Rio Negrenser Zeitung (PR)

Joel Honorato Santana (ex-Internacional e Marcílio Dias)

por Fernando Alécio
Diretor de Memória e Cultura do C. N. Marcílio Dias

Filho de Honorato Silvério Santana e Martinha Silveira Santana, nasceu em 9 de outubro de 1935, em Itajaí, aquele que seria um dos grandes nomes da história do Clube Náutico Marcílio Dias. Joel Honorato Santana (também conhecido como Joel I para não confundir com o companheiro de time Joel Reis Alves, o Joel II) atuava tanto de médio como de zagueiro e fez sua estreia num jogo oficial de competição com apenas 15 anos de idade.

Ficha de Joel na FCF, com data de nascimento errada. Acervo Fernando Alécio
Ficha de Joel na FCF, com data de nascimento errada. Acervo Fernando Alécio

Naquele 15 de abril de 1951, o Marinheiro do técnico Leleco venceu o Grêmio Esportivo Olímpico pelo Torneio Extra da Liga Blumenauense de Futebol, no Estádio Doutor Hercílio Luz, com o seguinte time: Castro; Ari Cartola e Gaya; Vitor, Joel e Schoenau; Oscar (Sedú), Adãozinho, Dirceu, Wanildo e Rainha (Curitiba). O gol foi marcado por Oscar Maes.

O jovem Joel com apenas 15 anos é o último em pé. Acervo Gustavo Melm
O jovem Joel com apenas 15 anos é o último em pé. Acervo Gustavo Melim

Caxias (1954–1957)

No dia 15 de março de 1954, Joel assinou contrato com o Caxias Futebol Clube, de Joinville, onde viveu momentos de glória, sagrando-se bicampeão catarinense (1954 e 1955). Participou de todas as 14 partidas da campanha do bicampeonato estadual, tendo inclusive marcado um gol no empate em 2 a 2 contra o Palmeiras, em Blumenau, no dia 13 de maio de 1956, em jogo do Campeonato Catarinense de 1955.

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Em pé: Juca, Puccini, Ivo Meyer, Hoppe, Hélio e Joel. Agachados: Filo, Boca, Cleuson, Didi e Carioca.

Além dos títulos estaduais, também conquistou os títulos do campeonato da Liga Joinvillense de Desportos de 1954 e 1955. No time alvinegro, Joel atuou ao lado de Ivo Meyer, com quem anos depois formaria a melhor dupla de zaga da história do Marcílio Dias.

Internacional (1957–1959)

Em 24 de fevereiro de 1957, Joel disputou um amistoso pelo Internacional de Porto Alegre. O adversário foi nada menos que a seleção uruguaia, no Estádio Centenário, em Montevidéu. Apesar da derrota colorada por 3 a 1, o desempenho do catarinense agradou aos dirigentes do time gaúcho, que acertaram a contratação em definitivo de Joel junto ao Caxias. E ele não demorou para conquistar seu primeiro título pelo novo clube: o Torneio Início, no dia 6 de maio.

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Joel posa com o manto colorado. Acervo FGML/Colorização: 1909 em Cores

O primeiro jogo oficial de Joel com a camisa colorada ocorreu em 14 de julho de 1957, no empate em 2 a 2 contra o Aimoré, no Estádio Taba Índia, em São Leopoldo, válido pelo Campeonato Citadino de Porto Alegre. Pela mesma competição, Joel participou de seu primeiro “Grenal”: foi no dia 23 de dezembro, com vitória do Inter por 2 a 1 no Estádio Olímpico.

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Joel no Inter em 1957. Em pé: Ezequiel, La Paz, Florindo, Barradas, Zangão e Joel;
Agachados: Joaquinzinho, Larry, Bodinho, Chinesinho e Canhotinho. Acervo 1909 em Cores

O atleta itajaiense também participou da goleada de 5 a 1 que o time gaúcho aplicou no Santos de Pelé, no amistoso realizado em 25 de setembro de 1958, no Estádio dos Eucaliptos. Em sua passagem pelo Internacional, Joel disputou 55 partidas, sendo presença constante nas escalações coloradas principalmente na temporada de 1958.

Marcílio Dias (1959–1966)

Em julho de 1959, Joel retorna ao clube que o revelou para se tornar um dos pilares da fase mais gloriosa da história do Marcílio Dias. A reestreia pelo Marinheiro se deu em grande estilo, em 19 de julho de 1959, na vitória por 4 a 2 sobre o Paysandu de Brusque, no Estádio Doutor Hercílio Luz, em jogo do segundo turno do Campeonato Catarinense.

Nos primeiros dois anos após seu retorno, Joel atuava como médio, o volante dos tempos atuais. A partir de meados de 1961, sob o comando do técnico Ada Pfeilsticker, passou a jogar como zagueiro. Ao lado de Ivo Meyer, com quem já havia atuado no Caxias de Joinville, formou aquela que é considerada a melhor dupla de zaga que o Marcílio Dias já teve.

1961 — Joel Reis, Antoninho, Cleuson, Zé Carlos, Ivo Meyer e Joel Santana; Renê, Idésio, Aquiles, Laranjinha e Jorginho.
1961 — Joel Reis, Antoninho, Cleuson, Zé Carlos, Ivo Meyer e Joel Santana; Renê, Idésio, Aquiles, Laranjinha e Jorginho. Acervo FGML/CNMD

Joel conquistou quatro vezes o título da Liga Itajaiense (1960, 1961, 1962 e 1963). Marcou um gol importante no dia 1º de julho de 1962. Marcílio e Barroso duelavam na final do campeonato da Liga Itajaiense e o rival vencia por 1 a 0. Joel, de cabeça, marcou o gol de empate. Idésio Moreira fez 2 a 1 e garantiu o título para o Rubro Anil.

primenta jogador do Metropol, observado pelo árbitro Romualdo Arppi Filho
Joel cumprimenta jogador do Metropol, observado pelo árbitro Romualdo Arppi Filho, em 23 de janeiro de 1962. Acervo FGML/CNMD

Também foi vice-campeão do Campeonato Sul-Brasileiro de 1962, torneio que reuniu os campões e vices dos três estados sulinos. E foi o capitão do time na conquista do Campeonato Catarinense de 1963. De acordo com o livro Torneio Luiza Mello — Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963, Joel atuou em todas as 18 partidas do Marinheiro na competição.

Joel, ao lado de Zé Carlos e Sombra, recebe medalha de campeão do Torneio Luiza Mello da própria senhora Luiza Mello. Acervo
Joel, ao lado de Zé Carlos e Sombra, recebe medalha de campeão do Torneio Luiza Mello da própria senhora Luiza Mello. Acervo FGML/CNMD.

No total, Joel atuou em mais de 240 partidas e fez três gols pelo Rubro Anil, conforme dados levantados pelo pesquisador Gustavo Melim Gomes. O último jogo oficial de Joel com a camisa do Marcílio Dias foi no empate sem gols diante do Metropol, no Estádio Euvaldo Lodi, em Criciúma, pelo Campeonato Catarinense, no dia 17 de julho de 1966.

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Joel faleceu em 11 de outubro de 1997, em Porto Alegre, onde fixou residência após pendurar as chuteiras.

Colaboraram: Adalberto Klüser e Gustavo Melim Gomes

FONTE

Artigo originalmente publicado em Clube Náutico Marcílio Dias – Diretoria de Memória e Cultura.