Aos seres pensantes, convido para ler uma reportagem postada, nesta sexta-feira (16/03/12), no Site UOL sobre um absurdo. O governo federal vai liberar R$ 100 milhões para a reforma e ampliação do estádio Flamarion Vasconcelos, na cidade de Boa Vista, capital de Roraima. Inaugurado em 2006, a média de público de 50 pagantes, o estádio com capacidade para 14.500 pessoas é mais um dos desperdícios de grana nesse país.
Só posso concluir uma coisa: desemprego; salário baixo; o caos no trânsito, hospitais, escolas e criminalidade não fazem parte da vida do brasileiro!
O Campeonato Roraimense de 1971 devido a demora na regularização das equipes inscritas só foi iniciado em 09 de janeiro de 1972. Inscreveram-se Baré, Roraima, São Raimundo, São Francisco, Náutico e Sampaio. Ao final do 1º turno a classificação final era a seguinte: Baré 2 pp, Roraima 3 pp, Náutico 5 pp, Sampaio 6 pp e São Raimundo e São Francisco com 7 pp.
Em 25 de março devido a diversas irregularidades na maioria das partidas deste turno, o Tribunal de Justiça Desportiva resolveu anular todo o 1º turno. Com isto a Federação Roraimense de Desportosem Assembléia Geraldeliberou por cancelar o campeonato e promover dois torneios com as mesmas equipes.
A primeira competição foi o Torneio Sesquicentenário que teve o Atlético Roraima Clube como campeão ao vencer os dois turnos, goelado na [última partida do torneio o Náutico por 6 a 2 em 03 de setembro.
A segunda competição foi o Torneio Compensação que teve o Atlético Baré Clube como campeão, inclusive com uma goleada importante sobre o Náutico em 22 de outubro de 1972 por 11 a 0.
Diante destes fatos, podemos afirmar que as listas que existem publicadas na internet sobre os campeões roraimenses está incorreta. Não houve Campeonato Roraimense em 1971, mas apenas duas competições amistosas.
– ATLÉTICO BARÉ CLUBE (BOA VISTA)
– ATLÉTICO RORAIMA CLUBE (BOA VISTA)
– NÁUTICO FUTEBOL CLUBE (BOA VISTA)
– SÃO FRANCISCO FUTEBOL CLUBE (BOA VISTA)
– SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE (BOA VISTA)
– SÃO RAIMUNDO ESPORTE CLUBE (BOA VISTA)
Caros amigos do Blog. Estava navegando hoje pelo site http://clicknoscampeoes.weebly.com e encontrei essa foto como sendo do São Francisco Futebol Clube, campeão roraimense de 1974.
Me chamou a atenção o fato de que o escudo é claramente diferente do que rola na net. Além disso, a cor da camisa do time tem duas cores, ao contrário do tricolor que se comenta.
No centro do escudo, que tem formato de Inter de Limeira e não de Fluminense, parece ter as letras “S” e “F” entrelaçadas.
Coloco aqui para que possamos ver se chegamos ao real escudo e cores do clube.
No sábado, do dia 04 de Novembro de 1995, o Santos Futebol Clube deu um tempo no Campeonato Brasileiro daquele ano, se viajou até Roraima, a fim de realizar um amistoso, diante do Baré Esporte Clube, que valia o Troféu Rei Pelé e um cachê de R$ 60 mil. O jogo foi um preparativo para enfrentar o Flamengo, na quinta-feira, do dia09 de Novembro de 1995, no Maracanã.
A delegação santista desembarcou dois dias antes do jogo, e ficaram alojados no Uiramutã. O promotor do evento, Toninho Silva, disse que a chegada antecipada do Peixe era para o reconhecimento do estádio.
Os ingressos foram vendidos com os seguintes valores: Arquibancada – R$ 10,00 (meia: R$ 5,00) e Cadeiras numeradas – R$ 25,00. A expectativa era de estádio lotado para o jogo.
Santos suou, mas venceu o Baré
Para o jogo diante do Baré, o técnico Cabralzinho aproveitou para testar os jogadores que estavam em período de testes, na Vila Belmiro, como os africanos Kennedy e Arthur.
Na etapa inicial, a equipe Santista começou melhor e abriu o placar aos 16 minutos, quando Giovanni recebeu a bola e ao ver o goleiroMacarrão adiantado, não pensou duas vezes e, por cobertura, fez um lindo gol. O público presente no estádio aplaudiu o belo gol.
No segundo tempo, o Baré voltou com outra atitude e começou a criar chances até que aos 26 minutos, Marquinhos Malaquias fez o tento de empate. Porém, a alegria barelista durou pouco. Para ser mais preciso: três minutos depois, Kennedy recolocou o Santos em vantagem.
O jogo pegou fogo, e aos 31 minutos, Marquinhos Malaquias, mostrando o seu faro de artilheiro, voltou a deixar tudo igual, levando a torcida local ao delírio. No entanto, aos 41 minutos, o árbitro Marcos Ventura, sob protestos dos jogadores barelistas, marcou falta a favor do Santos. Marquinhos Capixaba cobrou com maestria, deixando o goleiro Macarrão sem ação, para recolocar a equipe santista novamente na frente do placar.
Fim de jogo, e o Santos faturou mais um título para a sua sala de troféus: troféu Rei Pelé. Marquinho Capixaba marcou o gol da vitória e conquistando o Mesmo com dois gols, o destaque do Baré foi o meia Betinho, considerado o melhor jogador do futebol roraimense naquela época.
Após a partida, o corre-corre de fãs em busca de fotos de recordação, foi o maior já registrado no estádio Canarinho. Os atletas mais procurados foram Edinho, Narciso, e Jamelli. Giovanni apesar de ser o mais popular, não teve o assédio esperado.
BARÉ E.C. (RR) 2 X 3 SANTOS F.C. (SP)
LOCAL
Estádio Flamarion Vasconcelos, o “Canarinho”, em Boa Vista/RR
CARÁTER
Troféu Rei Pelé
DATA
Sábado, do dia 04 de Novembro de 1995
HORÁRIO
17 horas (18 horas, de Brasília)
RENDA
Não divulgado
PÚBLICO
Cerca de 5 mil pessoas
ÁRBITRO
Marcos Ventura (FRF)
AUXILIARES
Sebastião França (FRF) e Antônio Alves (FRF)
BARÉ E.C.
Macarrão; Zeca, André, Lindomar e Naderlei; Gilnei (Tico), Betinho, Júnior (Carlinhos) e Emerson; Gerson (Marquinhos Malaquias) e Rigoberto. Técnico: Rômulo Bonates
SANTOS F.C.
Edinho (Gilberto): Marcelo Silva (Marquinhos Capixaba), Ronaldo Marconato, Narciso e Marcos Adriano (Marcos Paulo): gallo (Batista), Carlinhos, Jamelli (Marcelo Passos) e Robert (Kennedy); Camanducaia (Arthur) e Giovanni (Whellinton). Técnico: Cabralzinho
GOLS
Giovanni aos 16 minutos (Santos), no 1º Tempo. Marquinhos Malaquias aos 26 minutos (Baré); Kennedy aos 29 minutos (Santos); Marquinhos Malaquias aos 31 minutos (Baré); Marquinho Capixaba aos 41 minutos (Santos), no 2º Tempo.
PRELIMINAR
Não foi realizado com o intuito de preservar o gramado para a partida de fundo
FONTES: Jornal dos Sports (RJ) – Folha de Boa Vista (RR)
Amigos do Blog, aqui vai uma curiosa história. Em 1996, estava fazendo a Revista Placar Especial dos 500 Maiores Clubes do Brasil e no dia do fechamento, faltava apenas um escudo, o do Grêmio Sampaio de Roraima, ou GAS, como eles chamam. Tarde, fechamento, liguei em para o presidente dizendo que dos 500 times só faltava o escudo dele, mas naquela época, sem email e com um pouco de fax, ele nada podia fazer e disse apenas: “deixe em branco”. Numa última e desesperada atitude, liguei pra Federação que disse que no estatuto não havia o desenho, mas sim uma descrição. Baseado nisso, ou seja, numa descrição do diretor técnico da FRF fizemos um esboço do escudo para a revista, que saiu conforme abaixo.
Depois disso, procuramos mais detalhes e falando com o presidente, soubemos que era diferente. Ele nos prometeu uma camisa, que nunca chegou e assim, passamos a utilizar o seguinte:
Em 2007, pude ver uma reportagem no YouTube feita pela Rede Amazonas que mostrava um jogo do GAS e o escudo era filmado em close, baseado nisso, fizemos o escudo que, até prova em contrário era, de fato, o correto.
Pois bem. Ontem fui ver a estréia do Red Bull Brasil na Copinha 2011, aliás um 8×0 contra o nosso querido Grêmio Sampaio e qual não foi a minha surpresa quando vi na camisa não o escudo oficial, mas sim aquele que “inventamos” em 1996, apenas com algumas mudanças de cor!!!!
Isso ilustra como o nosso futebol ainda é amador, mas mais que isso, mostra a força que a Placar tem, bem como passa, a partir de agora, a fazer parte dos anais das curiosas histórias do nosso rico e folclórico futebol.
Abaixo a foto da camisa tirada ontem em Campinas e o desenho do escudo.