Arquivo da categoria: Minas Gerais

1° escudo: Terrestre Sport Club – Belo Horizonte (MG), Fundado em 1934

O Terrestre Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O “Grêmio de Lagoinha” foi Fundado na segunda-feira, do dia 1º de Janeiro de 1934 (com o nome de Terrestre Sport Club), pelos desportistas Armando Gomes, Herculano Seixas, Ernesto Rêgo, Osvaldo Freitas Galo e Roberto Tamieti, na Igreja de Lagoinha.

Algumas curiosidades

A palavra Terrestre foi uma homenagem a Companhia Sul America Terrestre e Capitalização. O 1º Presidente foi o Sr. Edward Queiroz, conhecido nas rodas esportivas por ‘Blage’.

Trabalhou por mais de uma década no clube, se destacando, dentro das quatro linhas, sendo o principal jogador, sendo classificado como craque absoluto da várzea em um memorável concurso do jornal “Folha de Minas“.   

A sua Sede ficava localizada na Rua Rutilo, nº 9, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. Além do futebol, o clube alvirrubro também contavam com outras modalidades: basquete, vôlei, atletismo, ciclismo e ping-pong (Tênis de Mesa).

Títulos e a Praça de Esportes

O Terrestre possuía uma rica coleção de troféus, como o Bicampeonato do Departamento de Futebol Amador (ligado a Federação Mineira de Football Amador – FMFA), de Belo Horizonte, o Segundo Quadros foi Campeão Invicto em 1943. No mesmo ano, os Juvenis também levantaram a taça na sua categoria, aplicando uma goleada histórica: 30 a 0, no Esperança (detalhe: o time ainda teve cinco gols anulados pela arbitragem). O título de “Clube mais Querido da Cidade“.

O desejo da torcida e da diretoria era ter a sua Praça de Esportes, no entanto o Conselho Regional de Esportes, de Belo Horizonte não via com “bons olhos” os clubes menores da cidade terem a sua casa, pois para o prefeito da cidade a construções de campos poderiam intensificar ainda mais a educação física dos jovens.  

Celeiro de craques

Em uma década (1934 a 1944), o Terrestre revelou diversos jogadores para o futebol profissional,como: Gerson, Gregorio, Oldack, Zezé Mexe-Mexe, Rubens, Ponte Nova, Luiz Pedro, Hélio, Antoninho, Luquinha, Homero, e muitos outros que brilharam em grandes clubes.

Clube contava com cerca de 600 sócios

Em março de 1944, o “Grêmio de Lagoinha” contava com mais de 600 sócios quites e a maior torcida do setor amadorista. A Diretoria do clube de 1944, contavam com os seguintes membros:

Presidente de Honra – Dr. Amintas de Barros;

Vice-Presidente de Honra – Leão Cabernite;

Presidente – João Trindade do Nascimento;

Vice-Presidente – Miguel Jorge;

Secretário Geral – José Wardi;

1º Secretário – Rui Ferreira Barbosa;

2º Secretário – José Nilson;

Tesoureiro Geral – José Maia;

1º Tesoureiro – Jorge Elias;

2º Tesoureiro – José de Almeida Durões;

Comissão de Festas – Helio Tocafundo, Wilson Rocha e Wilson França;

Representante junto a Departamento de Futebol Amador (DFA) – José Vicente Gomes;

Diretor de Esportes – Tancredo Gomes;

Técnico – Geraldo Zacarias.

FOTOS: Vitor Dias (time posado de 1944) – Acervo de Fabiano Rosa Campos

FONTES: Diário da Noite (RJ) – Vida Esportiva (MG)

Amistoso Nacional de 1950: Atlético Mineiro (MG) 4 X 2 Olaria A.C. (RJ)

Na noite da sexta-feira, do dia 24 de Março de 1950, o amistoso nacional, foi realizado em Belo Horizonte (MG), e o Atlético Mineiro venceu o Olaria Atlético Clube (RJ), pelo placar de 4 a 2.

O jogo foi prejudicado pelas fortes chuvas, que deixou o gramado em condições impraticáveis. O primeiro tempo terminou com vantagem para o Galo que foi para o vestiário vencendo por 2 a 1.

EM PÉ (esquerda para a direita): Juca, Mão de Onça, Afonso Silva, Zé do Monte, Carango e Moreno;
AGACHADOS (esquerda para a direita): Lucas Miranda, Lauro, Alvinho e Nivio.

Na etapa final, quando o Atlético vencia por 3 a 2, houve um pênalti a favor do Olaria. Amaro bateu, mas Mão de Onça voou, espalmando para escanteio. O Galo marcou o quarto tento, dando números finais a peleja.

Ricardo Díez

Na etapa final, quando o Atlético vencia por 3 a 2, houve um pênalti a favor do Olaria. Amaro bateu, mas Mão de Onça voou, espalmando para escanteio. O Galo marcou o quarto tento, dando números finais a peleja.

Curiosidade

O técnico do Olaria era Domingos da Guia (Foto abaixo), considerado por muitos especialistas como um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro. Após encerrar a carreira no Bangu, o Domingos deu os seus primeiros passos como treinador no clube da Rua Bariri.  

ATLÉTICO MINEIRO (MG) 4       X       2       OLARIA A.C. (RJ)

LOCALEstádio Antonio Carlos, no bairro Lourdes, em Belo Horizontes/MG
CARÁTERAmistoso Nacional de 1950
DATASexta-feira, do dia 24 de Março de 1950
HORÁRIO21 horas (de Brasília)
RENDACr$ 11.322,00
ÁRBITROEgidio Nogueira {Federação Metropolitana de Football (atuação regular)}
ATLÉTICOMão de Onça; Juca e Capineiro (Oswaldo); Afonso, Monte (Paulo Curi) e Carango; Lucas Miranda, Lauro (Paulo Maia), Osni, Ubaldo Miranda (Biguá) e Nivio. Técnico: o uruguaio, Ricardo Díez
OLARIAMilton; Amaro e Lamparina; Olavo, Moacir e Ananias; Jarbas, Alcino (J. Alves), Mical (Jair), Maxwell (Washington) e Esquerdinha. Técnico: Domingos da Guia
GOLSUbaldo (Atlético); Nivio (Atlético); Mical (Olaria), no 1º Tempo. Maxwell (Olaria); Osni (Atlético); Nivio (Atlético), no 2º Tempo.

FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Marcelão Marcelo Santos

FONTE: A Noite (RJ)

1º jogo internacional em Minas Gerais, em 1928: Associação Atlética Guaxupé – Guaxupé (MG) versus Peñarol Universitário (URU)

A Associação Atlética Guaxupé foi uma agremiação do município de Guaxupé, com uma população de 51.911 habitantes (segundo o censo do IBGE/2015), situado a 478 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais.

Os Tigres Mineiros foi Fundado em 1924, cuja 1ª diretoria foi composta pelos seguintes membros: Presidente – Carlos Costa Monteiro;

Vice- Presidente – João dos Santos Coragem;

1º Secretário – André Cortez Granero;

Tesoureiro – Osvaldo Moreira.

A diretoria trabalhou arduamente a partir de 1926, para a construção de seu estádio Carlos Costa Monteiro. Além d o futebol ser o seu carro-chefe, o clube social, promovia bailes aos domingos e bailes carnavalescos.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé

Alguns momentos da história do clube

No domingo, do dia 06 de Junho de 1926, em amistoso, o Guaxupé ficou no empate com o Club Athletico Muzambinho em 1 a 1. Segundo a reportagem de A Gazeta, cerca de 6 mil torcedores compareceram para assistir a peleja. Zé Pedro abriu o placar para o Muzambinho. Depois Omar deixou tudo igual para o Guaxupé, na primeira etapa.

No domingo, do dia 13 de Junho de 1926, em amistoso, o Guaxupé bateu, nos seus domínios, o Operário de Tambahu por 3 a 0.

Guaxupé perdeu para o C.A. Silex

No domingo, do dia 31 de Outubro de 1926, em amistoso, o Guaxupé acabou derrotado pelo Club Athletico Silex, em amistoso, pelo placar de 2 a 0. Com o resultado, os paulistas ficaram com a Taça São Paulo-Minas. A partida foi arbitrada pelo Sr. João Resaffe (do Silex).

Após forte chuva, o jogo começou com o estado do campo (que por sinal era de terra) estava ruim. Ocorreram algumas chances de gol, porém sem êxito. Assim o primeiro tempo terminou sem abertura de contagem.

Na etapa final, Pedro centrou na área. Nazareth rebateu e Lara, que num sem pulo acertou o canto direito do goleiro Tatutino, colocando os paulistas em vantagem. Restando 10 minutos para o fim, Pedrinho ampliou para o Silex.

Guaxupé: Matutino; Scafi e Nazareth; Jacy, Rueda e Motta; Sebastião, Bugelli, Miguel, Zezeca e Toninho.

Silex: Nicola; Moretti e Guarnieri; Allemão, Janeiro e Bertocco; Pedro, Figueiredo, Perim, Lara e Cezar

Inauguração da Praça de Esportes

No domingo, do dia 1º de maio de 1927, a Associação Atlética Guaxupé enfrentou o Club Athletico Sorocabano, na inauguração do seu Estádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé. Infelizmente, não foi encontrado o resultado dessa peleja.

Guaxupé enfrentou o Bicampeão Paulista

No domingo, às 16 horas, do dia 23 de outubro de 1927, foi realizado um amistoso nacional, entre a Associação Atlética Guaxupé (MG) versos Club Athletico Paulistano (SP), que tinha se sagrado Bicampeão do Campeonato Paulista daquele ano, pela LAF (Liga dos Amadores de Futebol), em 1926 e 1927.

O árbitro do jogo foi o Sr. Amphiloquo Marques, o “Filó“. A renda da partida foi revertida para a Santa Casa de Misericórdia. A delegação paulista ficou hospedada no Grande Hotel Cobra.

Nessa peleja os valores dos ingressos ficaram definidos:

Arquibancada (adultos) – 10$000 (dez mil réis);

Arquibancada (senhoras e senhoritas) – 5$000(dez mil réis);

Gerais – 5$000 (dez mil réis).

No final, melhor para o “Gloriosopaulista que venceu pelo placar de 3 a 2, no Estádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé. O Paulistano faturou o troféu oferecido pelo Instituto Paulista.

Na primeira etapa, o Paulistano abriu o placar, aos 25 minutos, após Friedenreich, El Tigre, dar passe para Seixas que driblou o zagueiro Scaf e soltou um foguete.

A bola explodiu na trave e quando o goleiro Matutino tentou defender, acabou se enrolando, colocando a bola contra o próprio patrimônio. Cinco minutos depois, o Guaxupé chegou ao empate! Tonin arriscou um chute de fora da área, acertando o ângulo de Rhormens que nada ode fazer.   

Na etapa final, aos 7 minutos, Abbate bateu falta, quase próximo ao centro de campo. A bola subiu e acabou encobrindo o arqueiro Matutino, recolocando os visitantes em vantagem. Novamente o Guaxupé, conseguiu o empate. Sebastião arrancou em velocidade, sem ser alcançado. Dentro da área, tocou na saída do goleiro, colocando para o fundo das redes.  

Aos 25 minutos, o gol da vitória veio com El Tigre, quando escapou pelo centro, driblou dois marcadores, e deu um chute a meia altura, sem chances para Matutino. Dando números finais a peleja.

As equipes foram com os seguintes atletas:

A.A. Guaxupé – Matutino; Scaff e Arnaldo; Motta, Tranquilin e Aziz; Tonin, Carlos, Annibal; Sebastião e Jamillo. Técnico: Waldemar Rheider.

C.A. Paulistano – Rhormens; Clodô e Barthô Faria; Abbate, Rueda e Alves; Formiga, Seixas, “El Tigre” Friedenreich, Miguel e Julio.

 A acolhida feita à caravana paulista foi das mais agradáveis e cativantes. Toda a comitiva foi levada de automóvel a passeio pelas ruas da cidade. Depois do jogo, os paulistanos dirigiram-se à Fazenda Monte Alto, para as devidas comemorações.

“El Tigre” Friedenreich atrás da bola (no centro)

1º jogo com “El Tigre” no Guaxupé

No domingo, às 16h30min., do dia 20 de novembro de 1927, o Guaxupé jogou amistosamente, em casa, contra o Esporte Clube Itapirense, de Itapira, situado no interior Paulista. Em disputa, uma artística taça, ofertada da exma. sra. D. Anna Magalhães Costa. O árbitro foi o Sr. Aracy (do Club Athleico Paulistano).

A.A. Guaxupé – Matutino; Arnaldo e Scaff; Aziz, Tranquilin e Jamillo; Renato, Sebastião, Carlos, “El Tigre” Friedenreich e Tonin. Técnico: Waldemar Rheider.

E.C. Itapirense: Annibal; Rosa e Nico; Garcia, Francisco e Thomaz; Juca, Pepico, Mello, Augusto e Tatico.

No primeiro tempo, o Guaxupé abriu o placar aos 20 minutos. Carlos driblou Garcia, escapando pela esquerda e tocou para Tonin. Na entrada da área, passou pelo zagueiro Rosa e chutou firme, vencendo o goleiro Annibal, que viu a bola morrer no fundo das redes.

Logo depois, Renato recebe passe de El Tigre, avança e passa para Sebastião que toca na saída de Annibal, marcando o gol. O árbitro Aracy apontou para o centro do campo, mas após a reclamação dos visitantes, voltou atrás e anulou o gol, marcando impedimento de Sebastião.

Aos 35 minutos, Augusto recebendo passe de Pepico, tocou para Mello, que livre bateu colocado para deixar tudo igual. 

Na etapa final, o Itapirense chegou a virada. Juca lançou Mello que passa por Arnaldo e chutou forte, sem chances para Matutino. No entanto, pouco depois, nova igualdade. Sebastião avançou pela direita e chutou para o gol. Thomaz na tentativa de interceptar a bola, acabou desviando com mão. Pênalti, que El Tigre cobrou com categoria, colocando a bola no fundo do barbante. O gol da vitória saiu dos pés de El Tigre, no minuto final, dando números finais a peleja.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé

Guaxupé jogou o 1º jogo internacional do estado de Minas

O clube marcou época na história do futebol mineiro, no domingo, às 16 horas, do dia 27 de Maio de 1928, ao realizar a 1ª partida internacional no estado de Minas Gerais. Deu o pontapé inicial, o deputado estadual, Francisco Lessa.

Contando com cerca de 5 mil torcedores, a Associação Atlética Guaxupé venceu o Peñarol Universitário, do Uruguai, pelo placar de 2 a 1. O árbitro foi Augusto de Castro (substituído no 2º tempo por Odilon Penteado do Amaral).

Na primeira etapa, apesar do maior volume dos mineiros, o jogo terminou sem abertura de contagem. Na etapa final, logo aos 4 minutos, os uruguaios abriram placar. Minoli deu belo passe para Lerena que tocou para o gol.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé – Troféu do jogo entre Guaxupé x Peñarol Universitário

Aos 15 minutos, o árbitro marcou pênalti, que Luiz converteu para deixar tudo igual. Minutos depois, Luiz deu belo passe para Marques que tirou do goleiro para decretar a virada do Guaxupé. Após os ânimos serem acalmados, o árbitro foi substituído pelo Sr. Odilon Penteado do Amaral.

Nos 15 minutos finais, o quadro uruguaio dominou por completo o jogo, mas sem conseguir marcar o tento de empate. Essa marcação gerou uma grande confusão e o jogo ficou paralisado por cerca de 15 minutos. Fim de jogo, e vitória do Guaxupé para delírio dos seus torcedores.

O feito histórico valeu uma taça ao time guaxupeano, hoje exposta no salão principal do Museu Histórico e Geográfico Comendador Sebastião de Sá, em Guaxupé.

Foto tirada nesse jogo do “El Tigre” Friedenreich

A.A. GUAXUPÉ (MG)         2          X         1          PEÑAROL UNIVERSITÁRIO (URU)

LOCALEstádio Carlos Costa Monteiro, em  Guaxupé/MG
CARÁTERAmistoso Internacional
DATADomingo, do dia 27 de Maio de 1928
HORÁRIO16 horas
PÚBLICOCerca de 5 mil pagantes
ÁRBITROAugusto de Castro (depois Odilon Penteado do Amaral)
GUAXUPÉRaposo; Scaff e Tranquinha; Assis, José e Janillo; Marques, Macha, “El Tigre” Artur Friedenreich, Luiz e Torrinho.
PEÑAROL UNIVERSITARIOSposito; Arminana e Oddo; Dominguez, Carbone e P. Campo; Cambon, Chelsi, Minoli, Fierro e Lerena. Técnico: E. Diaz.
GOLSLerena aos 4  minutos (Peñarol); Luiz, de pênalti, aos15 minutos (Guaxupé); Marques aos 22 minutos (Guaxupé), no 2º Tempo

Club Peñarol Universitário

Foto posada da A.A. Guaxupé na partida diante do Peñarol Universitário

A história desse clube em solo brasileiro, rendeu muitas críticas. Seja pelo comportamento dentro e fora de campo, a postura de cobrar dinheiro para cada partida realizada no Brasil, o que na época foi considerado inadequado.

Vale lembrar que na década de 20, o futebol brasileiro era amador e a imprensa não aceitava descobrir que um clube atuasse de forma profissional. Portanto, o fato da reportagem do jornal paulista “Diário Nacional” ter publicado uma nota do Presidente do Club Atletico Peñarol, o Sr. Juliano Soares, afirmando que o Club Peñarol Universitário, não tinha nenhum vinculo com o aurinegro foi mais uma forma de tirar a credibilidade do que um fato grave.

Pelo que pesquisei, o Club Peñarol Universitário não veio ao país declarando ser um “genérico” do original. O que entendi era que o que incomodou a imprensa foi a forma ríspida nos jogos, atitudes deselegantes nos locais aonde esteve hospedado e, principalmente, ter agido de forma comercial a sua participação nos amistosos! Acredito que esse foi o ponto que mais desagradou a imprensa e aos clubes.               

Dito isso, essa agremiação uruguaia, era filiada a Liga Universitária de Football (subordinada à Associação Uruguaya de Football), 565excursionou no Brasil, em maio de 1928. O Correio Paulistano foi passando algumas informações.

No dia 18 de Maio daquele ano, citou que a Associação Uruguaya de Football, tinha autorizado o Peñarol Universitário a viajar para o Brasil a fim de realizar alguns jogos.

Seis dias depois, desembarcou do navio Werra, em Santos/SP, chefiada pelo Sr. Alberto Corchis, doutorando de medicina da Universidade de Montevidéo; o secretário Jorge Belhot; jornalista Ricardo L. Zécca, do jornal ‘El Imparcial’ de Montevidéu; Pedro Belhot, representante da República Oriental e os seguintes jogadores:

Goleiros – Sposito (Olimpia F.C.) e Nario (Missiones);

Zagueiros – Oddo (Sul-Americain) Arminana (Central) e João Belhot (AC Peñarol e capitão do Peñarol Universitário);

Médios – Uslenghi (Nacional), Carbone (Uruguay FC), P. Campo (Rosarino), Dominguez (Lito FC) Rios (Racing) e Nunez (Belgrado);

Atacantes – Fierro (Missiones), Lerena (Capurro), Cheschi (AC Peñarol), Chelsi (Defensor), Miloni (Racing), Cambon (Nacional), Sosa (Uruguay-Positos) e Hernandez (Defensor) e o massagista e técnico, E. Diaz.

Abaixo os resultados, na ordem, com a data, resultado e local:

29 de abril de 1928Palestra Itália/SP2X2Peñarol UniversitárioParque Antarctica
1º de maio de 1928Sport Club Corinthians Paulista1X2Peñarol UniversitárioParque Antarctica
06 de maio de 1928Seleção Paulista4X0Peñarol UniversitárioParque Antarctica
13 de maio de 1928Seleção Santista4X1Peñarol UniversitárioPortuguesa Santista
17 de maio de 1928Portugueza de Esportes1X3Peñarol UniversitárioRua Cesario Ramalho, no Cambucy
20 de maio de 1928Guarani FC (Campinas)0X0Peñarol UniversitárioCampinas
24 de maio de 1928Floresta AC (Amparo)0X0Peñarol UniversitárioVilla Afonso Celso
27 de maio de 1928A.A. Guaxupé/MG2X1Peñarol UniversitárioGuaxupé/MG
17 de junho de 1928Comercial FC (Ribeirão Preto)2X0Peñarol Universitário Estádio da Rua Tibiriçá
29 de junho de 1928Associação Athletica Ferroviária1X1Peñarol UniversitárioAraraquara
05 de julho de 1928Rio Preto Sport Club2X4Peñarol UniversitárioSão José do Rio Preto
08 de julho de 1928Rio Preto Sport Club1X1Peñarol UniversitárioSão José do Rio Preto
18 de agosto de 1928XV de Novembro de Piracicaba2X1Peñarol UniversitárioPiracicaba
29 de setembro de 1928Flamengo/RJ2X1Peñarol UniversitárioLaranjeiras

Pelo levantamento que fiz, o Peñarol Universitário realizou 14 jogos (citados acima), em território brasileiro. Foram três vitórias, cinco empates e seis derrotas; marcando 17 gols, sofrendo 24 e um saldo negativo de sete.  

Guaxupé bateu o Palestra Itália

No domingo, do dia 26 de maio de 1929, o Guaxupé enfrentou, em amistoso, em casa, o poderoso Palestra Itália (SP). Diante de grande público, os donos da casa venceram a equipe paulista pelo placar de 2 a 1.

Em agosto de 2018 – A secretaria de cultura esporte e turismo promoveu no foyer do teatro municipal, uma exposição sobre a história do futebol de Guaxupé no século XX.

Dentre várias fotos memórias, foi exposto o troféu conquistado pela antiga Associação Atlética Guaxupé contra o Peñarol do Uruguai. A exposição fez parte de uma série de eventos pelo dia do profissional da educação física.

COLABOROU: Moisés H G Cunha

FOTOS: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé/MG

FONTES: Secretaria de Cultura Esporte e Turismo da Prefeitura de Guaxupé/MG – Jota Araújo – Rádio Comunitária 87 FM (juracelio87.blogspot) – Revista Placar – A Lavoura (MG) – A Noite (RJ) – A Gazeta (SP) – Diário Nacional (SP) – Correio Paulistano (SP)

Fotos raras: Estádio Juca Ribeiro – Uberlândia (MG)

Vista panorâmica

Inaugurado em 1933, o Estádio Juca Ribeiro tinha capacidade para 7 mil pessoas. Localizado na Avenida Afonso Pena, nº 372, no Centro de Uberlândia, no triângulo mineiro (MG), era de propriedade do Uberlândia Esporte Clube.

Corinthians entrando em campo para amistoso com o UEC

Após a inauguração do Estádio do Sabiá, o velho campo era usado apenas para treinos e jogos oficiais da categorias de base do clube. Mas o Grupo Supermercadista e Hipermercadista Bretas, alugou o terreno do estádio, demolindo-o, em 2010, para construir um supermercado.

Arquibancadas de madeira tinham capacidade para 600 pessoas

Já havia um supermercado Bretas no complexo do estádio, porém a Rede Bretas, transferiu para parte interna do estádio a estrutura da loja. A Rede Bretas, tem 09 lojas, em Uberlândia.

FONTES E FOTOS: Wikipédia –  Ed. Gráficos Brunner Ltda. – Alberto Lopes Leiloeiro Público – Arquivo Público de Uberlândia

Foto Rara dos anos 70: Estádio do Mineirão – Belo Horizonte (MG)

Estádio Governador Magalhães Pinto, o ‘Mineirão’ – Belo Horizonte (MG) – Cartão Postal: Vista aérea do Estádio Minas Gerais
Estádio Governador Magalhães Pinto, o ‘Mineirão’ – Belo Horizonte (MG) – Cartão Postal:Vista da Represa Pampulha

FONTES: Série Brasil Turístico – Mercator – Alberto Lopes Leiloeiro Público

Escudo Inédito!! Esporte Clube Palmeirense – Ponte Nova (MG): Há 60 anos, se sagrava Campeão da Zona Centro e vice Mineiro da 2ª Divisão!

O Esporte Clube Palmeirense é uma agremiação do município da Ponte Nova (cerca de 60 mil habitantes), que fica a 180 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais.

Fundado no domingo, do dia 10 de outubro de 1943, a sua Sede está localizada na Rua Aldo Aviani, nº 91, no bairro Guarapiranga, em Ponte Nova. Mais informações está na postagem:

Na esfera profissional, o Palmeirense disputou duas edições do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão, organizado pela Federação Mineira de Futebol (FMF): 1961 e 1962.

Na estreia no profissionalismo, caiu na primeira fase

Nessa postagem, vamos relembrar o título que nesse ano completa 60 anos. O Palmeirense estreou literalmente com a “cara e a coragem“. Somado a falta de estrutura e “grana curta” a sua participação no Campeonato Mineiro da 2º Divisão de 1961, com a presença de 20 equipes, distribuídas em quatro grupos de cinco times, foi aquém.

O Palmeirense ficou no Grupo A, da Zona Centro, juntamente com Ferroviário Atlético Clube (Divinópolis), Esporte Clube Caratinga (Caratinga) e Minas Esporte Clube (Nova Era).

Mesmo sofrendo duas goleadas, a equipe do Pau D’Alho fez boas partidas tanto em Ponte Nova como em outras cidades. O estádio ganhou às pressas, arquibancadas e algumas reformas.

Como apenas o primeiro colocado avançava, o Palmeirense não passou da primeira fase ao terminar na 4ª colocação, com cinco pontos em oito jogos: duas vitórias, um empate e cinco derrotas; oito gols pró, 21 tento contra e um saldo positivo de 12.

Era presidente do clube Mário Lobo de Medeiros e o treinador José Tavares, o ‘Zé Biscoito’. O elenco foi montado com os seguintes atletas: Itamar, Carlos, Neri, General, Zé Galli, Zé Geraldo Cabeção, Fernando, Wilson Serrano, Júlio, Zin Lolli, Dodô Lolli, Darci, Roberto Villar, Lauro e Rubinho. O destaque era Lauro, com passagens pelo Atlético Mineiro, Ponte Preta/SP e São Paulo/SP.

EM PÉ (Esquerda para a direita): Paulo Castanheira (técnico), Itamar Borboleta, Wilson Serrano, Luiz Batatinha, senhora não identificada, Zé Galli, General, Isaías e Alfredo Amora (dirigente);
AGACHADOS (Esquerda para a direita): Domingos Surdo (massagista), Jaci, Pelezinho, Darci Guimarães, Faixa Branca, Zin Loli e Pedro Bala.

Título inédito da Zona Centro de 62

Na temporada seguinte, o Palmeirense voltou melhor preparado e fez um Campeonato Mineiro da Segunda de 1962, memorável. A competição contou com a participação de 19 times, divididos em duas chaves de 10 e nove equipes.

A equipe do Pau D’Alho teve a companhia do Pontenovense Futebol Clube. Apesar persistindo a falta de recursos financeiros, o Palmeirense ficou no Grupo da Zona Centro, juntamente com dez equipes: Curvelo Esporte Clube (Curvelo); Esporte Clube Itaúna (Itaúna); Ferroviário Atlético Clube (Divinópolis); Independente Futebol Clube (Vespasiano); Meridional Esporte Clube (Conselheiro Lafaiete); Paraense Esporte Clube (Pará de Minas); Pontenovense Futebol Clube (Ponte Nova); Sete de Setembro Futebol Clube (Belo Horizonte); Vila Esporte Clube (Formiga).

Com uma campanha espetacular, o Palmeirense foi o Campeão da Zona Centro com um aproveitamento de 80,6% dos pontos. O time recebeu vários reforços e o comando técnico foi entregue a Paulo Castanheira.

No elenco, nomes como: Itamar Borboleta, Zé Galli, Oceli, Wilson Serrano, Zito, General, Pelezinho, Fernando Tibúrcio, Luiz, Décio, Jaci, Hélio, Darci Guimarães, Zin Lolli, Rubinho, Isaías e o craque Pedro Bala, vindo do Clube de Regatas Vasco da Gama/RJ.

Numa das partidas no Pau D’Alho, o Palmeirense goleou o Ferroviário de Divinópolis pelo placar de 4 a 0 (vice-campeão de 1961). Abaixo a tabela de classificação da chave:

CLASSIFICAÇÃO DA ZONA CENTRO

CLUBESPGJVEDGPGCSG
Palmeirense29181332332211
Paraense25181053351619
Itaúna2318954311912
Sete de Setembro181874728235
Meridional18176652628-2
Pontenovense17177371314-1
Vila Esporte Clube171865723230
Ferroviário17186572328-5
Independente11173591934-15
10ºCurvelo011701160428-24

Agora a campanha do Esporte Clube Palmeirense, com as datas, resultados e os locais dos jogos, abaixo:

1º TURNO

1º/08/62Palmeirense4X2MeridionalPonte Nova
12/08/62Sete de Setembro2X0PalmeirenseBelo Horizonte
19/08/62Palmeirense2X2Vila ECPonte Nova
26/08/62Pontenovense0X0PalmeirensePonte Nova
02/09/62Palmeirense (WO)XCurvelo *Ponte Nova
09/09/62Paraense2X3PalmeirensePará de Minas
16/09/62Palmeirense2X0IndependentePonte Nova
23/09/62Ferroviário1X2PalmeirenseDivinópolis
30/09/62Palmeirense1X0EC ItaúnaPonte Nova

2º TURNO

14/10/62Palmeirense3X1Sete de SetembroPonte Nova
21/10/62Meridional1X1PalmeirenseConselheiro Lafaiete
28/10/62CurveloXPalmeirense (WO)Curvelo
04/11/62Palmeirense1X0PontenovensePonte Nova
11/11/62Vila EC1X2PalmeirenseFormiga
18/11/62Palmeirense4X0FerroviárioPonte Nova
25/11/62Independente1X2PalmeirenseVespasiano
02/12/62EC Itaúna7X1PalmeirenseItaúna
09/12/62Palmeirense3X2ParaensePonte Nova

* Após perder por WO para Palmeirense, a Federação Mineira de Futebol aplicou uma punição de 200 dias ao Curvelo.

Distintivo atual

Vice-campeão da Segundona de 1962

Com a conquista da Zona Centro, o Esporte Clube Palmeirense  decidiu o título do Campeonato Mineiro da 2ª Divisão de 1962, com o Uberlândia Esporte Clube, vencedor da Zona Triângulo, em dois jogos de ida e volta.

No jogo de idana tarde de domingo, do dia 31 de Março de 1963 – o Uberlândia venceu o Palmeirense por 2 a 1, no Estádio Juca Ribeiro, em Uberlândia.

Os gols foram assinalados por Dimas e Zinho para os donos da casa, enquanto Pedro Bala fez o de honra da equipe alvinegra. A Renda foi de Cr$ 625.000,00. O árbitro foi Sr. Coracy Jerônimo, auxiliado por Elmo Sanchez e Witan Marinho, todos da FMF.

No jogo da voltana tarde de domingo, do dia 07 de Abril de 1963 – o Palmeirense recebeu o Uberlândia, no Estádio Mario Lobo, Pau D’Alho, em Ponte Nova, precisando da vitória. No entanto, acabou derrotado pelo placar de 2 a 0 (gols de Zinho). Com esse resultado, o Palmeirense ficoucomo vice-campeonato da Segunda Divisão de 1962. Vale lembrar que naquela época, apenas o campeão (Uberlândia) asseguraria vaga na Elite do Futebol Mineiro de 1963.  

Time base de 1962: Itamar Borboleta, Isaías, Zé Galli, General, Helvécio; Wilson Serrano, Darci Guimarães; Del Vechio, Zin Loli, Hélio (Jaci) e Pedro Bala (ex-jogador do Vasco da Gama/RJ).

Colaborou: Fabiano Rosa Campos

FOTO: Acervo de José Alfredo Padovani

FONTES: José Alfredo Padovani – Rsssf Brasil – Folha de Ituiutaba (MG)

Seleção Brasileira: a história dessa foto rara de 1963!

Uniforme de treino

A CBD (Confederação Brasileira de Desportos), por meio do técnico Aymoré Moreira convocou 29 jogadores, na terça-feira, do dia 05 de Fevereiro de 1963, para o Sul-Americano da Bolívia (atual Copa América), que transcorreu entre os dias 10 a 31 de março daquele ano.

O chefe da delegação Canarinho foi Edgar Leite de Castro; secretário, Edson de Oliveira; delegado, Abílio de Almeida; médico e supervisor, Hilton Gosling; técnico, Aymoré Moreira; assistente, Mario Celso de Abreu, o Marão; dentista, Mário Trigo; massagista, Eduardo Santana, “Pai Santana”; sapateiro e cozinheiro, Aristides; roupeiro e almoxarife, Ubirajara Ferreira.    

 A relação dos jogadores convocados:

Mineiros: Marcial (goleiro, Atlético-MG); Procópio (zagueiro, Atlético-MG); Massinha (lateral-direito, Cruzeiro); Geraldino (lateral-esquerdo, Cruzeiro); Hilton Oliveira (ponta-esquerda, Cruzeiro); Rossi (atacante, Cruzeiro); Luís Carlos (atacante, Cruzeiro); Amaury (cabeça-de-área, Cruzeiro); Marco Antonio (atacante, América Mineiro); Ari (América Mineiro); Nerival (meia, Cruzeiro); Fifi (meia-atacante, Atlético-MG).

Cariocas: Ubirajara (goleiro, Bangu); Mario Tito (zagueiro, Bangu); Itamar (lateral-esquerdo, America); Jorge (lateral-direito, America); Altamiro (atacante, São Cristóvão).

Paulistas: Henrique (goleiro, Corinthians); Ferrari (lateral-esquerdo, Palmeiras); Tarciso (zagueiro, Palmeiras); Píter (zagueiro, Comercial de Ribeirão Preto); Ílton Vaccari (meia, Guarani); Almir da Silva (atacante, Taubaté); Tião Macalé (meia, Guarani); Joaquinzinho (Juventus); e Oswaldo (atacante, Guarani)

Gaúchos: Flávio Minuano (atacante, Internacional); Cláudio Danni (zagueiro, Internacional).

Seleção Brasileira de Futebol (1963)
EM PÉ (esquerda para a direita): Henrique (Corinthians/SP), Jorge (America/RJ), Mario Tito (Bangu/RJ), Ílton Vaccari (Guarani/SP), Píter (Comercial-SP) e Itamar (Madureira);
AGACHADOS (esquerda para a direita): Altamiro (São Cristóvão/RJ), Flávio Minuano (Inter/RS), Joaquinzinho (Juventus/SP), Tião Macalé (Guarani/SP), Oswaldo (Guarani/SP) e  “Pai” Santana (massagista).

O treinador no Sul-Americano foi Mario Celso, o ‘Marão’, tendo Aymoré Moreira na supervisão.

Os convocados se apresentaram no domingo, do dia 10 de Fevereiro de 1963, na Sede da CBD, de onde seguiram para a Colônia de Férias do SESC, em Venda Nova, em Belo Horizonte/MG para o início dos treinos.

Curiosidade

Na lista apresentada pela CBD, o lateral-esquerdo Itamar, constava como jogador do Madureira Atlético Clube, porém, um mês antes da convocação o atleta tinha sido vendido para o America Football Club

No sábado, do dia 02 de Fevereiro de 1963, a diretoria do Tricolor Suburbano recebeu o valor de Cr$ 3 milhões e mais os passes de dois jogadores: Nai e Domingos e o direito de escolher outro jogador do elenco do America, caso Domingos não quisesse se transferir para Conselheiro Galvão.  

Segundo o contrato firmado, O America pagou a Itamar Cr$ 1 milhão, a título de luvas, e mais um salário mensal de Cr$ 70 mil. 

Sobre a foto: Brasil A x Cruzeiro e Brasil B x Atlético-MG  

Na tarde da segunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963, a Seleção Brasileira foi divida entre A (titulares) e B (reservas). Então, a Seleção A enfrentou o Cruzeiro, empatando em 1 a 1. Já a Seleção B jogou e venceu o Atlético Mineiro pelo placar de 3 a 1.

Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em BH

Ambos os jogos-treinos, foram realizados no Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira (capacidade para 15 mil pessoas, de propriedade do Cruzeiro), no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte.

Um público regular, que gerou uma Renda de Cr$ 336.600,00, com ingresso vendidos a Cr$ 100,00.

O ensaio constou de quatro etapas, a primeira e terceira reservada a Seleção A x Cruzeiro e as demais para a Seleção B x Atlético-MG.

1ª Etapa

Na primeira fase, que teve a duração de 30 minutos, Seleção A e Cruzeiro empataram em um tento, com gols de Ari para o Escrete Canarinho aos 10 minutos, em jogada individual, iludiu vários adversários, terminando por passar por Norival e chutar, sem defesa para Tonho. Em seguida, após boa troca de passes entre Elmo e Emerson, culminou com ótimo lançamento para Antoninho que marcou para Raposa.

2ª Etapa

Depois, foi à vez da Seleção B x Atlético-MG, que durou meia-hora, sem abertura de contagem.   

3ª Etapa

Retornaram a Seleção A e Cruzeiro, por mais 30 minutos, o melhor momento foi um pênalti a favor do Brasil, aos 8 minutos, mas que o goleiro Mussula voou, espalmando para escanteio. O placar permaneceu inalterado, ficando em 1 a 1.

4ª Etapa

Para finalizar, mais meia-hora para Seleção B x Atlético-MG. Logo aos 5 minutos, o Brasil abriu o placar. Joaquinzinho fez excelente passe para Altamiro que driblou o goleiro e colocou  a bola rente a trave.

Aos 26 minutos, Oswaldo escapou pela direita e deu passe para Flávio Minuano, que se aproveitou da indecisão de Bueno para marcar o segundo da Seleção.  

Dois minutos depois, era a vez de Flávio Minuano fazer ótimo lançamento para Joaquinzinho que tocou na saída do arqueiro atleticano. Nos acréscimos, Mario Jorge deu chute fraco, mas o goleiro Ubirajara falhou, permitindo o gol de honra do Galo.

Treinador gostou do que viu

O técnico Aymoré Moreira não pode contar com o zagueiro Procópio Cardoso, Almir e Luís Carlos, todos lesionados. O treinador gostou do desempenho: “Pouco a pouco, vamos armando a seleção ideal“, completou Aymoré, que no dia seguinte dispensou o meia Fifi, do Atlético-MG, por não ter se apresentado juntamente com os demais atletas.

Sul-Americano de 1963: Brasil faz campanha ruim

Apesar da satisfação de Aymoré Moreira, o desempenho no Sul-Americano de Futebol, na Bolívia, foi decepcionante. Sete países participaram do torneio onde se enfrentaram em turno único.

A Seleção Brasileira terminou na 4ª posição, com cinco pontos em seis jogos: duas vitórias, um empate e três derrotas; marcando 12 gols, sofrendo 13 e um saldo negativo de um. A campeã invicta foi a Bolívia (11 pontos), com o Paraguai em segundo (nove), e a Argentina na 3ª colocação (sete).

SELEÇÃO BRASILEIRA ‘A’        1          X         1          CRUZEIRO (MG)

LOCALEstádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERJogo-treino
DATASegunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963
RENDACr$ 336.600,00
PÚBLICO3.366 pagantes
ÁRBITROGraça Filho (FMF – Federação Mineira de Futebol)
AUXILIARESJosé do Patrocínio (FMF) e Lúcio Alves (FMF)
BRASIL AMarcial (Henrique); Massinha, William, Cláudio e Geraldino; Ílton Vaccari e Amaury; Nerival, Rossi, Marco Antônio e Ari. Técnico: Aymoré Moreira
CRUZEIROTonho (Mussula); Juca, Raul (Vavá), Benito Fantoni (Dilsinho) e Jairo; Nuno e Nelsinho (Raul); Antoninho, Elmo, Émerson (Dirceu) e Norival. Técnico: Leonízio Fantoni, ‘Niginho’
GOLSAri aos 10 minutos (Brasil); Antoninho aos 11 minutos (Cruzeiro), no 1º Tempo

SELEÇÃO BRASILEIRA ‘B’        3          X         1          ATLÉTICO MINEIRO (MG)

LOCALEstádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte/MG
CARÁTERJogo-treino
DATASegunda-feira, do dia 18 de Fevereiro de 1963
RENDACr$ 336.600,00
PÚBLICO3.366 pagantes
ÁRBITROGraça Filho (FMF – Federação Mineira de Futebol)
AUXILIARESJosé do Patrocínio (FMF) e Lúcio Alves (FMF)
BRASIL BHenrique (Ubirajara); Jorge, Mario Tito, Píter e Itamar; Ílton Viccari e Tião Macalé; Altamiro, Joaquinzinho, Flávio Minuano e Oswaldo.
ATLÉTICO-MGFábio; Coelho, Eduardo, Bueno e Klébis; Dinar (Zico) e Fifi (Afonsinho); Toninho (Maurício), Nilson (Carlinhos), Mário Jorge e Noêmio. Técnico: Wilson de Oliveira
GOLSAltamiro aos 5 minutos (Brasil); Flávio Minuano aos 26 minutos (Brasil); Joaquinzinho aos 28 minutos (Brasil); Mário Jorge aos 37 minutos (Atlético-MG), no 2º Tempo.

Pesquisa, texto e redesenho do escudo e uniforme: Sérgio Mello

FOTO: Acervo de Memória Setembrina (@setedesetembrofcbh)

FONTES: Jornal dos Sports – Diário de Notícias (RJ) – Correio da Manhã (RJ)