O América Futebol Clube(América de Barbacena) foi uma agremiação da cidade de Barbacena (MG). Localizado no Campo das Vertentes (com uma população de 135.829 habitantes, segundo o Censo do IBGE/2016), Barbacena fica a 169 km da capital (Belo Horizonte) mineira.
O Mecão Barbacenense foi Fundado na sexta-feira, do dia 06 de Novembro de 1931. A Sede ficava situada na Avenida Olegário Maciel, s/n, no Centro de Barbacena. A equipe rubra mandava os seus jogos no Estádio Onda Nunes, com Capacidade para 3 mil pessoas.
FOTO de 1960 EM PÉ (esquerda para a direita): Hélio, Pino, Klebis, Lado, Hércules e Bernardo; AGACHADOS (esquerda para a direita): Mosquitinho, Tarcísio Russinho, Pechincha, Celinho e Chiquinho.
O América realizou diversos amistosos, como por exemplo, o Clube de Regatas Flamengo, num domingo, do 21 de abril de 1957, no Estádio Onda Nunes, em Barbacena. No final, melhor para o Rubro-Negro carioca que não teve trabalho para golear pelo placar de 7 a 0.
O América de Barbacena construiu uma história rica, onde faturou inúmeros títulos do Campeonato Citadino, organizado pela Liga de Futebol Barbacena (LFB). Também participou de diversas competições na esfera profissional como o Campeonato Citadino de Juiz de Fora de 1964; o Campeonato Mineiro Segunda Divisão de 1967 e 1968; e o Campeonato Mineiro Terceira Divisão de 1987.
FOTO de 1961 EM PÉ (esquerda para a direita): Pino, Hércules, Ely Vasques, Cleber, Lado e Kebis (campeão pelo Atlético-MG, em 1963); AGACHADOS (esquerda para a direita): Chiquinho, Tarcísio Russinho, Mosquitinho, Celinho e Bernardo.
Vários grandes jogares passaram pelo Mecão: Paulinho, “Cabeçinha de Ouro”, o técnico Paulo Trindade, Mosquito, Canelinha, Willian, Celinho, Tonho, Joaozinho, Bigode, Russinho, Macalé, Nininho, Jurandir, Fubá, Lado, Tarzan, Chiquinho, Ely Vasques, Pascoal, Adalberto, Klebis, Zezé, Oiama, Pissolati, Célio, Hercules, Charrid e entre outros.
Jornal de Juiz de Fora: Mosquito e Chiquinho
FOTOS: Acervo de José Leôncio Carvalho
FONTES: Wikipédia – Gol Aberto – Flapédia – Diário Mercantil
O Athletic Club é uma agremiação da Cidade de São João Del Rei (MG), sendo o único clube situado na Região Geográfica Intermediária de Barbacena. O Alvinegro foi Fundado A ata do nascimento do Athletic Foot-Ball Club foi lavrada no domingo, do dia 27 de junho de 1909, na residência de seu 1º presidente Omar Telles Barbosa.
O clube nasceu no mesmo ano do Sport Club Internacional de Porto Alegre, e antes de um bom número de clubes famosos nos dias de hoje, como o Flamengo e o Vasco da Gama, que disputavam regatas na Baía de Guanabara.
EM PÉ (esquerda para a direita): Gepeu, Flavinho, Castanheira, Josemar, Dutra, João Batista e Cupim (massagista); AGACHADOS (esquerda para a direita): Didi Farnese, Maneca, Zezinho Abrahão, Luiz Carlos e Vado.
Na foto acima do Athletic Club, de São João Del Rei, antes da participação do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão em 1970.
A 1ª Diretoria foi constituída pelos seguintes membros athleticanos:
Presidente: Omar Telles Barbosa;
Vice-presidente: Mário Mourão;
Secretários: José Lúcio e Amadeu de Barros;
Tesoureiro: Abydo Yunes;
Capitães: José Rios e José de Oliveira Lima;
Procurador: Guilherme Resende.
Sede e campos
O “Esquadrão de Aço” tem a sua Sede Social (Dr. Francisco Diomedes Garcia de Lima) está localizado na Avenida Tiradentes, nº 671, no Centro. Já a Praça de Esportes fica na Rua Prefeito Nascimento Teixeira, nº 160, no bairro de Segredos. Por fim, o Estádio Joaquim Portugal (Capacidade: 3.500 pessoas) fica na Rua João Hallak, s/n, em Matosinhos, em São João del-Rei.
Título Estadual
A maior conquista aconteceu em 1969, quando Athletic Club ficou com o vice-campeonato do Mineiro da Terceira Divisão, organizado pela FMF (Federação Mineira de Futebol).
Deve-se a Omar Teles a convocação da histórica reunião de que resultou na fundação do Athletic Club, nome adotado a partir de domingo, do dia10 de agosto de 1913.
A história do Athletic se confunde com a de São João del-Rei. Ao longo de mais de um século de clube, sócios, torcedores e atletas viveram momentos que, até hoje, merecem ser relembrados.
O Cruzeiro Esporte Clube se sagrou Tetracampeão do Campeonato Mineiro a 1ª Divisão (1972, 1973, 1974 e 1975). Nesse mesmo ano, a Raposa terminou o Campeonato Brasileiro de 1975, com o vice campeonato, só perdendo para o Sport Club Internacional de Porto Alegre (RS).
EM PÉ (esquerda para a direita): Darci Menezes, Nelinho, Moraes, Zé Carlos, Raul e Vanderlei; AGACHADOS (esquerda para a direita): Guido (massagista), Roberto Batata, Eduardo, Jairzinho, Palhinha e Joãozinho.
O Cruzeiro era um time recheado de grandes craques como se pode notar pelas feras que estão posados na foto. Além deles, vale lembrar que Dirceu Lopes estava na reserva e Wilson Piazza estava contundido e por isso não saiu nessa foto.
Técnico do Cruzeiro Zezé Moreira
Time base: Raul; Nelinho, Moraes, Darci Menezes e Vanderlei; Zé Carlos, Eduardo (Roberto Batata) e Wilson Piazza (Dirceu Lopes); Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira
O Terrestre Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O “Grêmio de Lagoinha” foi Fundado na segunda-feira, do dia 1º de Janeiro de 1934 (com o nome de Terrestre Sport Club), pelos desportistas Armando Gomes, Herculano Seixas, Ernesto Rêgo, Osvaldo Freitas Galo e Roberto Tamieti, na Igreja de Lagoinha.
Algumas curiosidades
A palavra Terrestre foi uma homenagem a Companhia Sul America Terrestre e Capitalização. O 1º Presidente foi o Sr. Edward Queiroz, conhecido nas rodas esportivas por ‘Blage’.
Trabalhou por mais de uma década no clube, se destacando, dentro das quatro linhas, sendo o principal jogador, sendo classificado como craque absoluto da várzea em um memorável concurso do jornal “Folha de Minas“.
A sua Sede ficava localizada na Rua Rutilo, nº 9, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. Além do futebol, o clube alvirrubro também contavam com outras modalidades: basquete, vôlei, atletismo, ciclismo e ping-pong (Tênis de Mesa).
Títulos e a Praça de Esportes
O Terrestre possuía uma rica coleção de troféus, como o Bicampeonato do Departamento de Futebol Amador (ligado a Federação Mineira de Football Amador – FMFA), de Belo Horizonte, o Segundo Quadros foi Campeão Invicto em 1943. No mesmo ano, os Juvenis também levantaram a taça na sua categoria, aplicando uma goleada histórica: 30 a 0, no Esperança(detalhe: o time ainda teve cinco gols anulados pela arbitragem). O título de “Clube mais Querido da Cidade“.
O desejo da torcida e da diretoria era ter a sua Praça de Esportes, no entanto o Conselho Regional de Esportes, de Belo Horizonte não via com “bons olhos” os clubes menores da cidade terem a sua casa, pois para o prefeito da cidade a construções de campos poderiam intensificar ainda mais a educação física dos jovens.
Celeiro de craques
Em uma década (1934 a 1944), o Terrestre revelou diversos jogadores para o futebol profissional,como: Gerson, Gregorio, Oldack, Zezé Mexe-Mexe, Rubens, Ponte Nova, Luiz Pedro, Hélio, Antoninho, Luquinha, Homero, e muitos outros que brilharam em grandes clubes.
Clube contava com cerca de 600 sócios
Em março de 1944, o “Grêmio de Lagoinha” contava com mais de 600 sócios quites e a maior torcida do setor amadorista. A Diretoria do clube de 1944, contavam com os seguintes membros:
Presidente de Honra – Dr. Amintas de Barros;
Vice-Presidente de Honra – Leão Cabernite;
Presidente – João Trindade do Nascimento;
Vice-Presidente – Miguel Jorge;
Secretário Geral – José Wardi;
1º Secretário – Rui Ferreira Barbosa;
2º Secretário – José Nilson;
Tesoureiro Geral – José Maia;
1º Tesoureiro – Jorge Elias;
2º Tesoureiro – José de Almeida Durões;
Comissão de Festas – Helio Tocafundo, Wilson Rocha e Wilson França;
Representante junto aDepartamento de Futebol Amador (DFA)– José Vicente Gomes;
Diretor de Esportes – Tancredo Gomes;
Técnico – Geraldo Zacarias.
FOTOS: Vitor Dias (time posado de 1944) – Acervo de Fabiano Rosa Campos
FONTES: Diário da Noite (RJ) – Vida Esportiva (MG)
Construído na gestão do prefeitoPaulo Clepf, no início da década de 60, o Estádio Municipal Capitão Armando, está localizado na Rua Constante Jardim, nº 4, no Centro de Ouro Fino (MG).
Na noite da sexta-feira, do dia 24 de Março de 1950, o amistoso nacional, foi realizado em Belo Horizonte (MG), e o Atlético Mineiro venceu o Olaria Atlético Clube (RJ), pelo placar de 4 a 2.
O jogo foi prejudicado pelas fortes chuvas, que deixou o gramado em condições impraticáveis. O primeiro tempo terminou com vantagem para o Galo que foi para o vestiário vencendo por 2 a 1.
EM PÉ (esquerda para a direita): Juca, Mão de Onça, Afonso Silva, Zé do Monte, Carango e Moreno; AGACHADOS (esquerda para a direita): Lucas Miranda, Lauro, Alvinho e Nivio.
Na etapa final, quando o Atlético vencia por 3 a 2, houve um pênalti a favor do Olaria. Amaro bateu, mas Mão de Onça voou, espalmando para escanteio. O Galo marcou o quarto tento, dando números finais a peleja.
Ricardo Díez
Na etapa final, quando o Atlético vencia por 3 a 2, houve um pênalti a favor do Olaria. Amaro bateu, mas Mão de Onça voou, espalmando para escanteio. O Galo marcou o quarto tento, dando números finais a peleja.
Curiosidade
O técnico do Olaria era Domingos da Guia(Foto abaixo), considerado por muitos especialistas como um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro. Após encerrar a carreira no Bangu, o Domingos deu os seus primeiros passos como treinador no clube da Rua Bariri.
ATLÉTICO MINEIRO (MG) 4 X 2 OLARIA A.C. (RJ)
LOCAL
Estádio Antonio Carlos, no bairro Lourdes, em Belo Horizontes/MG
CARÁTER
Amistoso Nacional de 1950
DATA
Sexta-feira, do dia 24 de Março de 1950
HORÁRIO
21 horas (de Brasília)
RENDA
Cr$ 11.322,00
ÁRBITRO
Egidio Nogueira {Federação Metropolitana de Football (atuação regular)}
ATLÉTICO
Mão de Onça; Juca e Capineiro (Oswaldo); Afonso, Monte (Paulo Curi) e Carango; Lucas Miranda, Lauro (Paulo Maia), Osni, Ubaldo Miranda (Biguá) e Nivio. Técnico: o uruguaio, Ricardo Díez
OLARIA
Milton; Amaro e Lamparina; Olavo, Moacir e Ananias; Jarbas, Alcino (J. Alves), Mical (Jair), Maxwell (Washington) e Esquerdinha. Técnico: Domingos da Guia
GOLS
Ubaldo (Atlético); Nivio (Atlético); Mical (Olaria), no 1º Tempo. Maxwell (Olaria); Osni (Atlético); Nivio (Atlético), no 2º Tempo.
FOTOS: Estado de Minas (MG) – Acervo de Marcelão Marcelo Santos
A Associação Atlética Guaxupé foi uma agremiação do município de Guaxupé, com uma população de 51.911 habitantes (segundo o censo do IBGE/2015), situado a 478 km da capital (Belo Horizonte) do estado de Minas Gerais.
Os Tigres Mineiros foi Fundado em 1924, cuja 1ª diretoria foi composta pelos seguintes membros: Presidente – Carlos Costa Monteiro;
Vice- Presidente –João dos Santos Coragem;
1º Secretário –André Cortez Granero;
Tesoureiro –Osvaldo Moreira.
A diretoria trabalhou arduamente a partir de 1926, para a construção de seu estádio Carlos Costa Monteiro. Além d o futebol ser o seu carro-chefe, o clube social, promovia bailes aos domingos e bailes carnavalescos.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé
Alguns momentos da história do clube
No domingo, do dia 06 de Junho de 1926, em amistoso, o Guaxupé ficou no empate com o Club Athletico Muzambinho em 1 a 1. Segundo a reportagem de A Gazeta, cerca de 6 mil torcedores compareceram para assistir a peleja. Zé Pedro abriu o placar para o Muzambinho. Depois Omar deixou tudo igual para o Guaxupé, na primeira etapa.
No domingo, do dia 13 de Junho de 1926, em amistoso, o Guaxupé bateu, nos seus domínios, o Operário de Tambahu por 3 a 0.
Guaxupé perdeu para o C.A. Silex
No domingo, do dia 31 de Outubro de 1926, em amistoso, o Guaxupé acabou derrotado pelo Club Athletico Silex, em amistoso, pelo placar de 2 a 0. Com o resultado, os paulistas ficaram com a Taça São Paulo-Minas. A partida foi arbitrada pelo Sr. João Resaffe (do Silex).
Após forte chuva, o jogo começou com o estado do campo (que por sinal era de terra) estava ruim. Ocorreram algumas chances de gol, porém sem êxito. Assim o primeiro tempo terminou sem abertura de contagem.
Na etapa final, Pedro centrou na área. Nazareth rebateu e Lara, que num sem pulo acertou o canto direito do goleiro Tatutino, colocando os paulistas em vantagem. Restando 10 minutos para o fim, Pedrinho ampliou para o Silex.
Guaxupé: Matutino; Scafi e Nazareth; Jacy, Rueda e Motta; Sebastião, Bugelli, Miguel, Zezeca e Toninho.
Silex: Nicola; Moretti e Guarnieri; Allemão, Janeiro e Bertocco; Pedro, Figueiredo, Perim, Lara e Cezar.
Inauguração da Praça de Esportes
No domingo, do dia 1º de maio de 1927, a Associação Atlética Guaxupé enfrentou o Club Athletico Sorocabano, na inauguração do seu Estádio Carlos Costa Monteiro, em Guaxupé. Infelizmente, não foi encontrado o resultado dessa peleja.
Guaxupé enfrentou o Bicampeão Paulista
No domingo, às 16 horas, do dia 23 de outubro de 1927, foi realizado um amistoso nacional, entre a Associação Atlética Guaxupé (MG) versos Club Athletico Paulistano (SP), que tinha se sagrado Bicampeão do Campeonato Paulista daquele ano, pela LAF (Liga dos Amadores de Futebol), em 1926 e 1927.
O árbitro do jogo foi o Sr. Amphiloquo Marques, o “Filó“. A renda da partida foi revertida para a Santa Casa de Misericórdia. A delegação paulista ficou hospedada no Grande Hotel Cobra.
Nessa peleja os valores dos ingressos ficaram definidos:
Arquibancada (adultos) – 10$000 (dez mil réis);
Arquibancada (senhoras e senhoritas) – 5$000(dez mil réis);
Gerais – 5$000 (dez mil réis).
No final, melhor para o “Glorioso” paulista que venceu pelo placar de 3 a 2, no Estádio Carlos Costa Monteiro, em Guaxupé. O Paulistano faturou o troféu oferecido pelo Instituto Paulista.
Na primeira etapa, o Paulistano abriu o placar, aos 25 minutos, após Friedenreich, El Tigre, dar passe para Seixas que driblou o zagueiro Scaf e soltou um foguete.
A bola explodiu na trave e quando o goleiro Matutino tentou defender, acabou se enrolando, colocando a bola contra o próprio patrimônio. Cinco minutos depois, o Guaxupé chegou ao empate! Tonin arriscou um chute de fora da área, acertando o ângulo de Rhormens que nada ode fazer.
Na etapa final, aos 7 minutos, Abbate bateu falta, quase próximo ao centro de campo. A bola subiu e acabou encobrindo o arqueiro Matutino, recolocando os visitantes em vantagem. Novamente o Guaxupé, conseguiu o empate. Sebastião arrancou em velocidade, sem ser alcançado. Dentro da área, tocou na saída do goleiro, colocando para o fundo das redes.
Aos 25 minutos, o gol da vitória veio com El Tigre, quando escapou pelo centro, driblou dois marcadores, e deu um chute a meia altura, sem chances para Matutino. Dando números finais a peleja.
As equipes foram com os seguintes atletas:
A.A. Guaxupé – Matutino; Scaff e Arnaldo; Motta, Tranquilin e Aziz; Tonin, Carlos, Annibal; Sebastião e Jamillo. Técnico: Waldemar Rheider.
C.A. Paulistano – Rhormens; Clodô e Barthô Faria; Abbate, Rueda e Alves; Formiga, Seixas, “El Tigre” Friedenreich, Miguel e Julio.
A acolhida feita à caravana paulista foi das mais agradáveis e cativantes. Toda a comitiva foi levada de automóvel a passeio pelas ruas da cidade. Depois do jogo, os paulistanos dirigiram-se à Fazenda Monte Alto, para as devidas comemorações.
“El Tigre” Friedenreich atrás da bola (no centro)
1º jogo com “El Tigre” no Guaxupé
No domingo, às 16h30min., do dia 20 de novembro de 1927, o Guaxupé jogou amistosamente, em casa, contra o Esporte Clube Itapirense, de Itapira, situado no interior Paulista. Em disputa, uma artística taça, ofertada da exma. sra. D. Anna Magalhães Costa. O árbitro foi o Sr. Aracy (do Club Athleico Paulistano).
A.A. Guaxupé – Matutino; Arnaldo e Scaff; Aziz, Tranquilin e Jamillo; Renato, Sebastião, Carlos, “El Tigre” Friedenreich e Tonin. Técnico: Waldemar Rheider.
E.C. Itapirense: Annibal; Rosa e Nico; Garcia, Francisco e Thomaz; Juca, Pepico, Mello, Augusto e Tatico.
No primeiro tempo, o Guaxupé abriu o placar aos 20 minutos. Carlos driblou Garcia, escapando pela esquerda e tocou para Tonin. Na entrada da área, passou pelo zagueiro Rosa e chutou firme, vencendo o goleiro Annibal, que viu a bola morrer no fundo das redes.
Logo depois, Renato recebe passe de El Tigre, avança e passa para Sebastião que toca na saída de Annibal, marcando o gol. O árbitro Aracy apontou para o centro do campo, mas após a reclamação dos visitantes, voltou atrás e anulou o gol, marcando impedimento de Sebastião.
Aos 35 minutos, Augusto recebendo passe de Pepico, tocou para Mello, que livre bateu colocado para deixar tudo igual.
Na etapa final, o Itapirense chegou a virada. Juca lançou Mello que passa por Arnaldo e chutou forte, sem chances para Matutino. No entanto, pouco depois, nova igualdade. Sebastião avançou pela direita e chutou para o gol. Thomaz na tentativa de interceptar a bola, acabou desviando com mão. Pênalti, que El Tigre cobrou com categoria, colocando a bola no fundo do barbante. O gol da vitória saiu dos pés de El Tigre, no minuto final, dando números finais a peleja.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé
Guaxupé jogou o 1º jogo internacional do estado de Minas
O clube marcou época na história do futebol mineiro, no domingo, às 16 horas, do dia 27 de Maio de 1928, ao realizar a 1ª partida internacional no estado de Minas Gerais. Deu o pontapé inicial, o deputado estadual, Francisco Lessa.
Contando com cerca de 5 mil torcedores, a Associação Atlética Guaxupé venceu o Peñarol Universitário, do Uruguai, pelo placar de 2 a 1. O árbitro foi Augusto de Castro (substituído no 2º tempo por Odilon Penteado do Amaral).
Na primeira etapa, apesar do maior volume dos mineiros, o jogo terminou sem abertura de contagem. Na etapa final, logo aos 4 minutos, os uruguaios abriram placar. Minoli deu belo passe para Lerena que tocou para o gol.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Guaxupé – Troféu do jogo entre Guaxupé x Peñarol Universitário
Aos 15 minutos, o árbitro marcou pênalti, que Luiz converteu para deixar tudo igual. Minutos depois, Luiz deu belo passe para Marques que tirou do goleiro para decretar a virada do Guaxupé. Após os ânimos serem acalmados, o árbitro foi substituído pelo Sr. Odilon Penteado do Amaral.
Nos 15 minutos finais, o quadro uruguaio dominou por completo o jogo, mas sem conseguir marcar o tento de empate. Essa marcação gerou uma grande confusão e o jogo ficou paralisado por cerca de 15 minutos. Fim de jogo, e vitória do Guaxupé para delírio dos seus torcedores.
O feito histórico valeu uma taça ao time guaxupeano, hoje exposta no salão principal do Museu Histórico e Geográfico Comendador Sebastião de Sá, em Guaxupé.
Foto tirada nesse jogo do “El Tigre” Friedenreich
A.A. GUAXUPÉ (MG) 2 X 1 PEÑAROL UNIVERSITÁRIO (URU)
LOCAL
Estádio Carlos Costa Monteiro, em Guaxupé/MG
CARÁTER
Amistoso Internacional
DATA
Domingo, do dia 27 de Maio de 1928
HORÁRIO
16 horas
PÚBLICO
Cerca de 5 mil pagantes
ÁRBITRO
Augusto de Castro (depois Odilon Penteado do Amaral)
GUAXUPÉ
Raposo; Scaff e Tranquinha; Assis, José e Janillo; Marques, Macha, “El Tigre” Artur Friedenreich, Luiz e Torrinho.
PEÑAROL UNIVERSITARIO
Sposito; Arminana e Oddo; Dominguez, Carbone e P. Campo; Cambon, Chelsi, Minoli, Fierro e Lerena. Técnico: E. Diaz.
GOLS
Lerena aos 4 minutos (Peñarol); Luiz, de pênalti, aos15 minutos (Guaxupé); Marques aos 22 minutos (Guaxupé), no 2º Tempo
Club Peñarol Universitário
Foto posada da A.A. Guaxupé na partida diante do Peñarol Universitário
A história desse clube em solo brasileiro, rendeu muitas críticas. Seja pelo comportamento dentro e fora de campo, a postura de cobrar dinheiro para cada partida realizada no Brasil, o que na época foi considerado inadequado.
Vale lembrar que na década de 20, o futebol brasileiro era amador e a imprensa não aceitava descobrir que um clube atuasse de forma profissional. Portanto, o fato da reportagem do jornal paulista “Diário Nacional” ter publicado uma nota do Presidente do Club Atletico Peñarol, o Sr. Juliano Soares, afirmando que o Club Peñarol Universitário, não tinha nenhum vinculo com o aurinegro foi mais uma forma de tirar a credibilidade do que um fato grave.
Pelo que pesquisei, o Club Peñarol Universitário não veio ao país declarando ser um “genérico” do original. O que entendi era que o que incomodou a imprensa foi a forma ríspida nos jogos, atitudes deselegantes nos locais aonde esteve hospedado e, principalmente, ter agido de forma comercial a sua participação nos amistosos! Acredito que esse foi o ponto que mais desagradou a imprensa e aos clubes.
Dito isso, essa agremiação uruguaia, era filiada a Liga Universitária de Football(subordinada à Associação Uruguaya de Football), 565excursionou no Brasil, em maio de 1928. O Correio Paulistano foi passando algumas informações.
No dia 18 de Maio daquele ano, citou que a Associação Uruguaya de Football, tinha autorizado o Peñarol Universitárioa viajar para o Brasil a fim de realizar alguns jogos.
Seis dias depois, desembarcou do navio Werra, em Santos/SP, chefiada pelo Sr. Alberto Corchis, doutorando de medicina da Universidade de Montevidéo; o secretário Jorge Belhot; jornalista Ricardo L. Zécca, do jornal ‘El Imparcial’ de Montevidéu; Pedro Belhot, representante da República Oriental e os seguintes jogadores:
Goleiros – Sposito (Olimpia F.C.) e Nario (Missiones);
Zagueiros – Oddo (Sul-Americain) Arminana (Central) e João Belhot (AC Peñarol e capitão do Peñarol Universitário);
Médios – Uslenghi (Nacional), Carbone (Uruguay FC), P. Campo (Rosarino), Dominguez (Lito FC) Rios (Racing) e Nunez (Belgrado);
Atacantes – Fierro (Missiones), Lerena (Capurro), Cheschi (AC Peñarol), Chelsi (Defensor), Miloni (Racing), Cambon (Nacional), Sosa (Uruguay-Positos) e Hernandez (Defensor) e o massagista e técnico, E. Diaz.
Abaixo os resultados, na ordem, com a data, resultado e local:
29 de abril de 1928
Palestra Itália/SP
2
X
2
Peñarol Universitário
Parque Antarctica
1º de maio de 1928
Sport Club Corinthians Paulista
1
X
2
Peñarol Universitário
Parque Antarctica
06 de maio de 1928
Seleção Paulista
4
X
0
Peñarol Universitário
Parque Antarctica
13 de maio de 1928
Seleção Santista
4
X
1
Peñarol Universitário
Portuguesa Santista
17 de maio de 1928
Portugueza de Esportes
1
X
3
Peñarol Universitário
Rua Cesario Ramalho, no Cambucy
20 de maio de 1928
Guarani FC (Campinas)
0
X
0
Peñarol Universitário
Campinas
24 de maio de 1928
Floresta AC (Amparo)
0
X
0
Peñarol Universitário
Villa Afonso Celso
27 de maio de 1928
A.A. Guaxupé/MG
2
X
1
Peñarol Universitário
Guaxupé/MG
17 de junho de 1928
Comercial FC (Ribeirão Preto)
2
X
0
Peñarol Universitário
Estádio da Rua Tibiriçá
29 de junho de 1928
Associação Athletica Ferroviária
1
X
1
Peñarol Universitário
Araraquara
05 de julho de 1928
Rio Preto Sport Club
2
X
4
Peñarol Universitário
São José do Rio Preto
08 de julho de 1928
Rio Preto Sport Club
1
X
1
Peñarol Universitário
São José do Rio Preto
18 de agosto de 1928
XV de Novembro de Piracicaba
2
X
1
Peñarol Universitário
Piracicaba
29 de setembro de 1928
Flamengo/RJ
2
X
1
Peñarol Universitário
Laranjeiras
Pelo levantamento que fiz, o Peñarol Universitáriorealizou 14 jogos (citados acima), em território brasileiro. Foram três vitórias, cinco empates e seis derrotas; marcando 17 gols, sofrendo 24 e um saldo negativo de sete.
Guaxupé bateu o Palestra Itália
No domingo, do dia 26 de maio de 1929, o Guaxupé enfrentou, em amistoso, em casa, o poderoso Palestra Itália (SP). Diante de grande público, os donos da casa venceram a equipe paulista pelo placar de 2 a 1.
Em agosto de 2018 – A secretaria de cultura esporte e turismo promoveu no foyer do teatro municipal, uma exposição sobre a história do futebol de Guaxupé no século XX.
Dentre várias fotos memórias, foi exposto o troféu conquistado pela antiga Associação Atlética Guaxupé contra o Peñarol do Uruguai. A exposição fez parte de uma série de eventos pelo dia do profissional da educação física.
COLABOROU:Moisés H G Cunha
FOTOS:Divulgação/Prefeitura de Guaxupé/MG
FONTES: Secretaria de Cultura Esporte e Turismo da Prefeitura de Guaxupé/MG – Jota Araújo – Rádio Comunitária 87 FM (juracelio87.blogspot) – Revista Placar – A Lavoura (MG) – A Noite (RJ) – A Gazeta (SP) – Diário Nacional (SP) – Correio Paulistano (SP)
Inaugurado em 1933, o Estádio Juca Ribeiro tinha capacidade para 7 mil pessoas. Localizado na Avenida Afonso Pena, nº 372, no Centro de Uberlândia, no triângulo mineiro (MG), era de propriedade do Uberlândia Esporte Clube.
Corinthians entrando em campo para amistoso com o UEC
Após a inauguração do Estádio do Sabiá, o velho campo era usado apenas para treinos e jogos oficiais da categorias de base do clube. Mas o Grupo Supermercadista e Hipermercadista Bretas, alugou o terreno do estádio, demolindo-o, em 2010, para construir um supermercado.
Arquibancadas de madeira tinham capacidade para 600 pessoas
Já havia um supermercado Bretas no complexo do estádio, porém a Rede Bretas, transferiu para parte interna do estádio a estrutura da loja. A Rede Bretas, tem 09 lojas, em Uberlândia.
FONTES E FOTOS: Wikipédia – Ed. Gráficos Brunner Ltda. – Alberto Lopes Leiloeiro Público – Arquivo Público de Uberlândia