O Terrestre Esporte Clube foi uma agremiação da cidade de Belo Horizonte (MG). O “Grêmio de Lagoinha” foi Fundado na segunda-feira, do dia 1º de Janeiro de 1934 (com o nome de Terrestre Sport Club), pelos desportistas Armando Gomes, Herculano Seixas, Ernesto Rêgo, Osvaldo Freitas Galo e Roberto Tamieti, na Igreja de Lagoinha.
Algumas curiosidades
A palavra Terrestre foi uma homenagem a Companhia Sul America Terrestre e Capitalização. O 1º Presidente foi o Sr. Edward Queiroz, conhecido nas rodas esportivas por ‘Blage’.
Trabalhou por mais de uma década no clube, se destacando, dentro das quatro linhas, sendo o principal jogador, sendo classificado como craque absoluto da várzea em um memorável concurso do jornal “Folha de Minas“.
A sua Sede ficava localizada na Rua Rutilo, nº 9, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. Além do futebol, o clube alvirrubro também contavam com outras modalidades: basquete, vôlei, atletismo, ciclismo e ping-pong (Tênis de Mesa).
Títulos e a Praça de Esportes
O Terrestre possuía uma rica coleção de troféus, como o Bicampeonato do Departamento de Futebol Amador (ligado a Federação Mineira de Football Amador – FMFA), de Belo Horizonte, o Segundo Quadros foi Campeão Invicto em 1943. No mesmo ano, os Juvenis também levantaram a taça na sua categoria, aplicando uma goleada histórica: 30 a 0, no Esperança (detalhe: o time ainda teve cinco gols anulados pela arbitragem). O título de “Clube mais Querido da Cidade“.
O desejo da torcida e da diretoria era ter a sua Praça de Esportes, no entanto o Conselho Regional de Esportes, de Belo Horizonte não via com “bons olhos” os clubes menores da cidade terem a sua casa, pois para o prefeito da cidade a construções de campos poderiam intensificar ainda mais a educação física dos jovens.
Celeiro de craques
Em uma década (1934 a 1944), o Terrestre revelou diversos jogadores para o futebol profissional,como: Gerson, Gregorio, Oldack, Zezé Mexe-Mexe, Rubens, Ponte Nova, Luiz Pedro, Hélio, Antoninho, Luquinha, Homero, e muitos outros que brilharam em grandes clubes.
Clube contava com cerca de 600 sócios
Em março de 1944, o “Grêmio de Lagoinha” contava com mais de 600 sócios quites e a maior torcida do setor amadorista. A Diretoria do clube de 1944, contavam com os seguintes membros:
Presidente de Honra – Dr. Amintas de Barros;
Vice-Presidente de Honra – Leão Cabernite;
Presidente – João Trindade do Nascimento;
Vice-Presidente – Miguel Jorge;
Secretário Geral – José Wardi;
1º Secretário – Rui Ferreira Barbosa;
2º Secretário – José Nilson;
Tesoureiro Geral – José Maia;
1º Tesoureiro – Jorge Elias;
2º Tesoureiro – José de Almeida Durões;
Comissão de Festas – Helio Tocafundo, Wilson Rocha e Wilson França;
Representante junto a Departamento de Futebol Amador (DFA) – José Vicente Gomes;
Diretor de Esportes – Tancredo Gomes;
Técnico – Geraldo Zacarias.
FOTOS: Vitor Dias (time posado de 1944) – Acervo de Fabiano Rosa Campos
FONTES: Diário da Noite (RJ) – Vida Esportiva (MG)
Bacana saber que teu pai jogou no Terrestre. Esses clubes ajudaram na construção do futebol brasileiro.
Caso vc tenha foto(s) do teu pai nos tempos de jogador e quiser compartilhar para agregamos, seria uma honra para o História do Futebol
Até.
Meu pai jogou no Terrestre. Seu nome era Ireno Furtado. Talvez pelos idos de 1945 ou mais.
Foi bom ler sobre os tempos antigos.
Obrigada.
Não existe mais, Paulo Ribeiro.
Forte abraço!
Esse clube ainda existe, Sérgio Mello?
Muito obrigado Wilson, pelas palavras!
Forte abraço!
Interessante descobrir tantos clubes que tiveram uma relativa importância que nem imaginava que tivesse existido. Mais ma vez parabéns pelo belo trabalho!