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Amistoso Nacional, de 1966: G.S.R. WALMAP (RJ) 0 x 1 Fuzileiros Navais


Pelo Torneio Rio-São Paulo, o Vasco da Gama venceu a Portuguesa de Desportos, por 1 a 0, no Maracanã. Na preliminar, na quinta-feira, às 19h30, do dia 24 de Março de 1966, o  WALMAP enfrentou, amistosamente, o time dos Fuzileiros Navais. A partida fez parte das comemorações do 158º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais.

No final, o Alviverde Tijucano acabou derrotado pelos placar de 1 a 0, que faturou o Troféu Abelardo França, ofertado pela ‘Casa Nair’. O gol da vitória foi assinalado aos 50 segundos de jogo, quando o zagueiro Bimba tentou atrasar para o goleiro Wilson, mas acabou marcando contra o próprio patrimônio.

Aos 5 minutos, Oadir acertou a trave. No final da etapa inicial, o zagueiro Maurício derrubou Ivã, dentro da área. Pênalti, para os Fuzileiros, que Mosquito desperdiçou, chutando para fora.

Na etapa final, Oadir, aos 23 minutos, novamente acertou a trave do arqueiro Leci. Na seqüência da jogada, o zagueiro João colocou a mão dentro da área. Pênalti, que o atacante Ivo cobrou para fora, desperdiçando o tento  de empate.

GSR WALMAP

0

X

1

FUZILEIROS NAVAIS

LOCAL Estádio Mario Filho, o Maracanã
CARÁTER Amistoso Nacional, valendo o Troféu Abelardo França
DATA Quinta-feira, do dia 24 de Março de 1966
HORÁRIO 19 horas e 30 minutos
RENDA Cr$ 13.202.980,00
PÚBLICO 14.233 pagantes
ÁRBITRO Rubens de Carvalho (boa atuação)
AUXILIARES Antonio Graça e Sebastião Bahia
WALMAP Wilson; Lúcio, Maurício, Bimba (Getúlio) e Edson; Oadir e Amauri (Arlei); Adilson (Sousa), Dadá (Bigorrilho), Ivo e Carlos Pio. Técnico: Lúcio, o “Feola
FUZILEIROS Leci; Hamilton, João, Oldair e Joel (Luís); Mosquito e Batista; China (Valter), Garcia, Dalto e Ivã (Pingo). Técnico: Sargento Dantas
GOL Bimba, contra, aos 50 segundos (Fuzileiros), no 1º Tempo.

FONTE: Jornal dos Sports

Grêmio Social e Recreativo WALMAP – Rio de Janeiro (RJ): enfrentou a Seleção Brasileira, em 1968 e os quatro grandes do Rio

Os anos 60, foi para o WALMAP os “Anos Dourados“. Nesse período o clube alcançou o auge social, esportivo, cultural e de grandes conquistas. Destaque no Basquete e Futebol de Salão, no futebol conquistou títulos e enfrentou as grandes forças do Rio: Vasco da Gama, Fluminense, Bonsucesso, Olaria, Madureira, os juvenis do Botafogo e Flamengo, entre outros. Chegou, inclusive a enfrentar a Seleção Brasileira, em 1968, que dois anos depois se tornaria Tricampeão Mundial na Copa de 1970, no México.

O clube treinava no campo do Manufatura, situado no bairro de Pilares (esse local foi comprado pelo Norte Shopping para ampliação do estabelecimento comercial), na Zona Norte do Rio. Mesmo não sendo a sua casa, transformou o campo num alçapão para os seus adversários, que geralmente saiam de campo derrotados.

Uma história rica em fatos marcantes que estava perdida como tantas outras. Porém, o jornalista Sérgio Mello, num trabalho árduo, conseguiu remontar fatos e causos desta destemida agremiação que por pouco não realizou uma fusão com a Associação Atlética Portuguesa Carioca, na década de 60. Caso esse fato tivesse ocorrido, teria nascido o 1º clube empresa do Rio.

Mas vamos deixar de instigar os internautas e contar a vida deste simpático clube alviverde tijucano. Tenham todos uma boa leitura nessa viagem no tempo.

O Grêmio Social e Recreativo WALMAP foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Fundado pelos funcionários do Banco Nacional de Minas Gerais S.A. (Fundado em 1944). “Em sua 1ª reunião ordinária de sábado, do dia 11 de agosto de 1951, o Conselho Deliberativo elegeu a seguinte diretoria, cujo mandato terminará, de acordo com o estatutos aprovados recentemente, em janeiro de 1952:

Presidente – Antônio P. R. Diniz (Filial Rio);

Vice-Presidente – Antônio R. Mota Cruz (Ag. Catete);

Secretário – Sidnei de Campos Pessoa (Filial Rio);

Tesoureira – Grazzia A. Garambone (Filial Rio);

Diretor Social – Orlando Trindade (Ag. Castelo);

Diretora do Departamento Feminino – Maria Nazaret Farias (Filial Rio).

Uma curiosidade está no nome do clube: WALMAP. Na realidade foi um acróstico, em homenagem ao 1º Diretor-superintendente, Waldomiro de Magalhães Pinto.

A Sede do clube Walmpaense, localizado Rua Barão de Mesquita, nº 707, no Bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio, foi inaugurado no sábado, do dia 14 de Maio de 1955. Assim, descreveu o Diário de Noticias sobre a suntuosa do WALMAP:

O Edifício é dotado de amplas e confortáveis dependências e adequadas à prática de várias modalidades esportivas e recreativas: basquetebol, voleibol, futebol de salão, tiro ao alvo, arco e flecha, sinuca, xadrez, dama, tênis de mesa, biblioteca, televisão, etc. Após a inauguração houve uma partida de basquetebol entre os quadros da Associação Atlética WALMAP, de São Paulo e o Grêmio WALMAP, do Rio. Em disputa da taça Grêmio Social e Recreativo WALMAP. Depois seguiu-se o baile que teve com grande concorrência“.

Nos primeiros anos, o WALMAP começou a ganhar linhas nos jornais cariocas graças as participações no campeonato bancário e no Estadual de Futebol de Salão, nos anos 50 e 60. Então, veio a ideia de se montar um time que representasse a altura do clube.

Naquela época era comum que cada Agência contasse com uma equipe de futebol. Diante desse quadro o ex-jogador do América e funcionário da empresa, Lúcio, o ‘Feola‘ propôs que fosse criado um torneio interno das agências do Banco Nacional, que reuniu as 50 agências, a fim de selecionar os melhores e, assim, poder montar um time competitivo.

Essa ideia teve o apoio de José Luiz Magalhães Pinto, o dono e maior banqueiro da época. Os diretores Ararino e Rogério Dantas Freire acompanharam de perto a peneira. O time base era Wilson (Geraldo Bernardes), Ronaldo, Maurício, Getúlio, Arlei, Amauri, Edson, Oadir, Adílson, Dadá, Carlos Pinho e Ivo. “Fomos ganhando todos os torneios amadores e começamos a ser chamados para jogos-treino contra profissionais“, recordou Dadá, uma das estrelas.

 

Sede do clube

No dia que Dadá Maravilha foi rejeitado no WALMAP

Dadá, por sinal, tira onda até hoje por ter deixado o folclórico artilheiro Dadá Maravilha no chinelo. Num treino em São Januário – isso mesmo, o WALMAP treinava em grandes clubes, concentrava e tinha todas as regalias dos profissionais.

Certa vez, um olheiro aproximou-se do técnico Lúcio e pediu uma chance para Dadá Maravilha, surgindo no Campo Grande. Desengonçado, o atacante não convenceu Lúcio, que foi curto e grosso: “Obrigado, mas já tenho meu Dadá!”.

“Realmente tirávamos onda!”, reforçou Getúlio, irmão do técnico Jair Pereira.

Excursões para a Argentina

No domingo, do dia 07 de Abril de 1963, às 16h30, enfrentou a equipe do Banco de La Província de Buenos Aires, no Estádio de General Severiano, em Botafogo, em disputa do Troféu José Luís Magalhães Lins.

No sábado, do dia 30 de Outubro de 1965, o WALMAP viajou para Buenos Aires, para enfrentar a Seleção Bancária Argentina, no dia seguinte. A Delegação composta por 35 integrantes, foi chefiada pelos diretores Hélio de Castro Maia e Rogério Dantas Freire. No final, o WALMAP goleou o adversário por 4 a 2.

 

Debutou no Maracanã

O clube fez diversos jogos na Preliminar do Maracanã. Como por exemplo, na quinta-feira, dia 19 de maio de 1966, no amistoso internacional, entre Brasil e Chile, com vitória do Escrete Canarinho por 1 a 0, gol de Gerson o “Canhotinha de Ouro” aos nove minutos da etapa final. Na preliminar o WALMAP venceu por 2 a 1 o time do Conselho Superior das Caixas Econômicas.

Vice-campeão da Série F do Torneio Confraternização de 1965

Antes do início da Taça IV Centenário, do Torneio de Amadores de 1965, da ADEG (Administração dos Estádios da Guanabara), teve um aperitivo. O Torneio Confraternização, que foi uma espécie de Torneio Início, entre os vencedores das oito chaves regionais. O torneio foi realizado simultaneamente, em oito campos diferentes, no domingo, do dia 25 de Julho de 1965.

Na Série F, realizado no campo do Maravilha, o WALMAP empatou em 0 a 0 com o Foguete. Nas penalidades, o Alviverde Tijucano venceu por 9 a 8. Nas semifinais, o WALMAP bateu o Brasília por 2 a 1; enquanto o Mavílis passou pelo Esperança por 1 a 0. Na final, o WALMAP não foi bem e acabou derrotado pelo Mavílis pelo placar de 2 a 0, ficando com o vice.

Os Campeões de cada uma das Séries:

Série A – 26 de Abril Futebol Clube (Campo Grande);

Série B – Timboim Futebol Clube (Penha);

Série C – 11 Piranhas Futebol Clube (Penha);

Série D – Filhos de Irajá Futebol Clube (Irajá);

Série E – Benfica;

Série F – Mavílis Futebol Clube (Caju);

Série G – Esperança (Méier);

Série H – Independente Futebol Clube.

A decisão com os oito vencedores, aconteceu no domingo, do dia 1º de Agosto de 1965, no Estádio Proletário Guilherme da Silveira, “Moça Bonita“, no Bairro de Bangu.

No 1º jogo, o Esperança, do Méier, venceu o Benfica por 1 a 0. Na 2ª partida, após o empate no tempo normal em 0 a 0, o Timboim venceu o 26 de Abril, nos pênaltis, por 3 a 2.

No 3º jogo, outro empate sem gols. Nos pênaltis, melhor para o 11 Piranhas que bateu o Filhos de Irajá por 2 a 1. Na quarta peleja, o Independente goleou o Mavílis por 3 a 0.

Na 1ª semifinal, terminou sem abertura da contagem. O Timboim derrotou o Esperança, do Méier, por 3 a 1, nos pênaltis. Na outra semifinal, mais um empate sem gols, e na disputa de pênaltis, o Independente passou pelo 11 Piranhas por 3 a 0.

Na grande final, após o empate em 0 a 0. Ocorreu uma prorrogação de 40 minutos e nada de gols. Depois, mais 20 minutos de prorrogação e o placar seguiu em branco. Desta forma, a decisão foi para as penalidades, onde o Timboim F.C. se sagrou Bicampeão ao vencer o Independente por 3 a 2.

Campeão da Taça IV Centenário, do Torneio de Amadores de 1965

A Taça IV Centenário, fazia parte das comemorações do aniversário de 400 anos do estado da Guanabara. Foi organizado pela equipe do então governador Carlos Lacerda, em 1965, que contou com o impressionante número de 578 clubes, selecionados pelas regiões administrativas, e atraiu multidões aos campos.

O projeto foi tocado pelo saudoso tricolor Raphael de Almeida Magalhães, um dos braços direitos de Lacerda, boleiro e sempre citado entre os monstros sagrados do futebol de praia.

Após quase um ano de disputa, o WALMAP, timaço do Banco Nacional, venceu a final contra o Monte Castelo. O time alviverde comandado por Lúcio José dos Santos, o popular “Feola“, 33 anos, realizou 33 jogos, com 26 vitórias (desse número, dez foram por goleadas), seis empates e apenas uma derrota.

A única derrota foi – no domingo, do dia 19 de dezembro de 1965 – para o Filhos do Irajá Futebol Clube, por 1 a 0, em Conselheiro Galvão, em Madureira. Essa partida teve a arbitragem de Paulo Lopes de Oliveira.

Após WALMAP e Monte Castelo terem terminado empatados com 25 pontos. Para definir o grande campeão, as equipes jogaram numa melhor de três. No domingo, do dia 27 de fevereiro de 1966,  às 17 horas, em São Januário, o WALMAP venceu o Monte Castelo pelo placar de 4 a 2, válido pela 1ª partida da melhor de três da grande final da Taça IV Centenário, do Torneio de Amadores de 1965, da ADEG (Administração dos Estádios da Guanabara).

O curioso foi o trio de arbitragem dessa partida: o árbitro foi Moacyr Barbosa (ex-goleiro da Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 1950); enquanto Telê Santana e João Carlos Pinheiro (ex-jogadores do Fluminense). O clube recebeu o troféu Taça Governo do Estado.

 

10/10/1965

WALMAP

3

X

1

Americano, do Méier

17/10/1965

WALMAP

2

X

1

Grêmio Z-1, da Ilha do Governador

24/10/1965

WALMAP

X

Quiruá

12/12/1965

WALMAP

7

X

1

Nacional

06/02/1966

WALMAP

3

X

0

Olimpicus

 

Na quinta-feira, do dia 03 de Março de 1966, no 2º jogo, o WALMAP voltou a vencer o Monte Castelo por 3 a 2, em São Januário, se sagrando Campeão! A partida aconteceu na preliminar do jogo entre Bangu 2 x 0 Palmeiras, pelo Torneio Rio-São Paulo.

O time atuou com: Geraldo; Lúcio, Maurício, Bimba e Edson; Oadir e Carlos Pio; Adilson, Amauri, Ivo (Jorge) e Dadá. Os gols foram assinalados por Dadá, duas vezes, e Ivo Correia (foi o artilheiro isolado da competição com 23 gols). O trio de arbitragem foram: Telê Santana e João Carlos Pinheiro (ex-jogadores do Fluminense) e Milton Copolillo (ex-zagueiro do Flamengo).

ELENCO (Dados dos jogadores):

Link: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_03&PagFis=27129&Pesq=WALMAP

 

Excursões a Santo Antonio de Pádua e Rio Bonito

Na manhã de domingo, do dia 03 de abril de 1966, o WALMAP viajou para Santo Antonio de Pádua, para enfrentar o Paduano Esporte Clube, no mesmo dia, às 16 horas, no Estádio Waldo Carneiro Xavier. No final, melhor para o time da casa que venceu pelo placar de 3 a 0.

No domingo, do dia 22 de Maio de 1966, O WALMAP derrotou o Rio Bonito Atlético Clube por 2 a 1, no campo do Nova América, em Rio Bonito. Sousa e Carlos Pio marcaram os gols dos tijucanos. O time jogou: Wilson; Ronaldo, Valmir (Ademir), Getúlio (Arlei) e Almir; Sousa e Arlei (Oadir); Dadá, Oadir (Amauri), Ivo e Carlos Pio. Técnico: Lúcio, o “Feola“.

Bicampeão de 1966

O WALMAP se sagrou bicampeão Invicto do 4º Campeonato de Futebol do Estado da Guanabara, promovido pela ADEG. No domingo, do dia 26 de fevereiro de 1967, o WALMAP bateu na final o Grêmio Z-1, da Ilha do Governador, às 16 horas, por 2 a 1, no Estádio de Teixeira de Castro (de propriedade do Bonsucesso Futebol Clube). Paulinho, do Grêmio Z-1, acabou expulso os 22 minutos do segundo tempo, por agressão ao goleiro Wilson.

As duas equipes chegaram na final invictas! A campanha do WALMAP: disputou 15 jogos, com 14 vitórias e um empate; marcando 39 gols, sofrendo seis, com saldo de 33. Já o Grêmio Z-1 jogou 15 vezes, com 12 vitórias e três empates; marcando 44 gols, sofrendo 17, com saldo de 27.

WALMAP: Wilson; Ronaldo, Maurício (Almir), Getúlio e Edson; Cabrita e Oadir; Selmo, Dadá, Ivo (Amauri) e Carlos Pio.  Técnico: Lúcio, o “Feola“.

Os gols foram de Nilton aos 4 minutos (Grêmio Z-1), no 1º Tempo. Carlos Pio aos 10 minutos (WALMAP); Amauri aos 38 minutos (WALMAP), no 2º Tempo.

Outra curiosidade! Cada atleta recebeu em dinheiro de NCr$ 300,00 (trezentos mil cruzeiros) como prêmio, além de uma viagem a Europa, onde foram realizados alguns jogos.

A 3ª edição (1965) do Campeonato de Futebol do Estado da Guanabara, promovido pela ADEG, ficou com o WALMAP. Já na 1ª edição (1963) o campeão foi o Barreirinha, de Paquetá; enquanto na segunda competição (1964) o vencedor foi o Bandeirantes. E, em 1966, novamente, o WALMAP se sagrou Bicampeão.

Campanha: Estrela do Norte (1 a 1);  Vila Praia (3 a 0); Panamericana (3 a 0); Ajurana (- x -); Cidade Universitária ( 3 a 0); Santa Cruz, do Rio Comprido (4 a 0); Cruzeiro (3 a 1); Santa Eugênia (2 a 1); Mocidade de Vista Alegre (- x -); Marechal Jardim (3 x 0); 11 Piranhas (4 a 0).

 

Campeão do Torneio Pré-Olímpico de 1967

Campeão do Torneio Pré-Olímpico, promovido pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), em 1967. Participaram o juvenil do Botafogo F.R. (treinado pelo ex-jogador Neca), Seleção da Marinha, Seleção do Departamento Autônomo e Associação Atlética Bancosalles (campeão do Torneio de Verão do Departamento Autônomo). Apesar do regulamento assegurar que o campeão seria o representante do Brasil nos Jogos Olímpicos do México, no ano seguinte (1968), no final das contas, por de trás das cortinas o escolhido foi o Botafogo.

Na estreia, pela 1ª rodada, no sábado, do dia 13 de maio de 1967, o WALMAP venceu o Bancosalles por 1 a 0, em São Januário. O gol da vitória foi assinalado por Dadá, de pênalti, aos 12 minutos do 2º tempo. O árbitro da partida foi Clímaco Tavares (FMF), que teve boa atuação. No outro jogo, o Botafogo bateu a Seleção do Departamento Autônomo por 2 a 1. Os gols foram de Adalberto, de pênalti, e Silvio, enquanto Liberto fez o teto de honra do DA.

O WALMAP jogou com: Wilson; Ronaldo, Maurício, Getúlio e Edson; Oadir e Amaury; Selmo, Dadá, Ivo e Carlos Pio. Técnico: Lúcio, o “Feola“.

Na noite da quarta-feira, do dia 17 de maio de 1967, teve a 2ª rodada, em São Januário. O WALMAP derrotou o Botafogo por 1 a 0. O atacante Ivo foi o autor do gol aos 35 minutos da etapa final. O árbitro foi Galiath Simões, auxiliado por Caetano Besílio e Espezim Neto.

WALMAP: Wilson; Ronaldo, Maurício, Getúlio (Almir) e Edson; Oadir e Arlei; Selmo, Amauri, Ivo e Carlos Pio. Técnico: Lúcio, o “Feola“.

BOTAFOGO: Azevedo;  Edair, Fred, Adalberto e Mineiro; Martins (Zé Carlos) e Juarez (Carlos Roberto); Paulinho, Antônio Carlos; Silvinho e Balinha (Válter). Técnico: Neca

Na preliminar, a Seleções da Marinha e do D.A. ficaram no 0 a 0.

A 3ª rodada, aconteceu na noite da quarta-feira, do dia 24 de maio de 1967: WALMAP x Seleção do D.A., às 19h30 e Seleção da Marinha x Botafogo, às 21h30, no Estádio de São Januário.

Na primeira partida, a Seleção do Departamento Autônomo goleou o WALMAP por 5 a 2. Após ir para o intervalo vencendo por 2 a 1, na etapa final, a equipe tijucana fez uma péssima atuação e acabou sofrendo quatro gols.

Os gols foram marcados por Helinho, duas vezes; Mendes, Luís Carlos e Darcy, de pênalti para o D.A. Oadir e Selmo fizeram os tentos do WALMAP.

Árbitro: Luís Caetano. Auxiliares: Pedro Paulo e José Amorim.

D.A.: Stelinho (Lucas); Nilson, Lair, Robertão e Ivã; Luís Carlos e Darci; Adilson (Ricardo), Mendes (Didoca), Helinho e Rato.

WALMAP: Wilson; Ronaldo, Maurício, Getúlio e Edson; Oadir e Alei; Selmo, Amauri, Ivo e Carlos Pio.  Técnico: Lúcio, o “Feola“.

No jogo de fundo com arbitragem de José Marçal, a Seleção da Marinha venceu o juvenil do Botafogo, pelo placar de 1 a 0.

Pela 4ª rodada, na noite da quarta-feira, do dia 30 de Maio de 1967, às 21 horas, o WALMAP venceu a Seleção da Marinha por 1 a 0, em São Januário. O gol da vitória foi assinalado por Gilson aos 11 minutos do segundo tempo. Irandir Paiva foi o árbitro, auxiliado Mauro Antunes dos Santos e Henrique Campos.

WALMAP: Wilson; Ronaldo, Maurício, Getúlio e Edson; Oadir e Airton; Passarinho, Gilson, Ivo e Paulinho. Técnico: Lúcio, o “Feola“.

MARINHA: Nilton; Heitor, Pádua, Batista e Irã; Gilmário e Ivo Soares; Alagoas, Índio, Aladim e Ivã (Vieira). Técnico: Rocha Lima

Na preliminar, o Botafogo goleou o Bancosalles por 7 a 2. Os gols foram de Cosme, quatro vezes; Santos, duas vezes; e Carlos Roberto. Jouber e Fernando fizeram os tentos do Bancosalles.

Pela 5ª rodada, na noite da quarta-feira, do dia 07 de Junho de 1967, em São Januário, entre Seleção do DA x Bancosalles. Apesar de não ter encontrado a data, sabe-se que Bancosalles e a Seleção da Marinha empataram em 1 a 1, em São Januário.

 

Classificação Final – Torneio Pré-Olímpico de 1967

 

CLUBES

PG

J

V

E

D

GP

GC

SG

WALMAP

6

4

3

0

1

5

5

0

Botafogo F.R.

4

4

2

0

2

9

5

4

Marinha

4

4

1

2

1

2

2

0

Seleção do DA

3

3

1

1

1

6

4

2

A.A. Bancosalles

1

3

0

1

2

3

9

-6

 

 

Jose Luiz Magalhães Lins

Possível Fusão gerou uma crise na A.A. Portuguesa Carioca

O ano de 1967 estava trazendo grandes resultados e deixou a alta cúpula do Banco Nacional de Minas Gerais S.A. eufórica e com um projeto ambicioso.

Então, no sábado, do dia19 de agosto de 1967, ‘O Jornal’ noticiou a “bomba” da possível fusão entre o WALMAP e a Associação Atlética Portuguesa Carioca, integrante do Campeonato Carioca da 1ª Divisão.

O idealizador do projeto era, nada mais, nada menos do que o banqueiro e desportista José Luiz Magalhães Lins. As negociações tinham sido iniciadas, tendo inclusive, alguns dirigentes da Lusinha Carioca apoiando a ideia e disposta a legalizar a fusão, a fim de solicitar a FDC a legalização. O nome do treinador definido: Elba de Pádua Lima, o ‘Tim’.

E a Federação Carioca de Futebol (FCF) estava acompanhando as negociações para se pronunciarem a respeito.

Contudo, a proposta gerou uma crise interna na Portuguesa Carioca. O presidente do clube na época, Amauri Medeiros ao saber das negociações se revoltou e acusou o Presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mery Chury de querer transformar a Portuguesa numa colônia judaica e de ter interesses financeiros com a possível fusão. Amauri, inclusive, pediu que Chury sofresse um “impeachment“.

Mery Chury negou as acusações, mas naquela momento já existia um movimento liderado por Antonio Costa e Manuel D’Agonia para derrubar Mery Chury da presidência do Conselho Deliberativo do clube. Diante desse quadro, a fusão foi arquivada.

 

Apesar da negativa, a diretoria do WALMAP seguiu tentando articular, nos bastidores, a fusão. Para tentar animar a Portuguesa Carioca, os cartolas do Alviverde Tijucano negociaram com dois grandes jogadores da época: o lateral-esquerdo Paulo Henrique, do Flamengo e o zagueiro Djalma Dias, do Palmeiras. Com o técnico Tim, as bases salariais já estariam acertadas, e Rubem Bimba, ex-preparador físico do Fluminense, por ser funcionário do Banco Nacional, seria o responsável pela preparação física do futebol, segundo a reportagem do Jornal A Luta Democrática.

 

Olaria goleia o WALMAP

Na manhã do sábado, do dia 14 de janeiro de 1967, WALMAP enfrentou, em jogo-treino, o Olaria Atlético Clube, no Estádio Mourão Filho, na Rua Bariri. A equipe olariense goleou pelo placar de 4 a 0. Os gols foram de Cabrita, duas vezes; Antoninho e Wellis.

 

Empate contra o Madureira A.C.

Após conquistar o título Invicto do Campeonato Bancário do Rio de 1967 (depois, no mês de novembro também faturou o caneco da Taça Guanabara dos Bancários), o clube enfrentou, no sábado, do dia 23 de setembro de 1967, o Madureira Atlético Clube, às 15 horas e 30 minutos, em amistoso, no Estádio Aniceto Moscoso, em Conselheiro Galvão. Nesse momento, o técnico do WALMAP Moacyr Barbosa (ex-goleiro da Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 1950).

No final, a partida terminou empatada em 1 a 1. Miguel fez o gol do Tricolor Suburbano, aos 17 minutos enquanto Ivo fez o tento para o Alviverde Walmpaense, aos 42 minutos do 2º tempo. O resultado manteve a invencibilidade intacta do clube da Tijuca.

Na preliminar, entre os aspirantes, às 13 horas e 30 minutos, o WALMAP levou a melhor, vencendo o Madureira por 3 a 1.

WALMAP: Geraldo; Getúlio, Valdir, Almir e Edson; Oadir e Airton; Celso, Gilson, Ivo e Carlos Pio. Técnico: Moacyr Barbosa.

MADUREIRA: Laerte; Luís Almeida, Silva França e Pereira; Elmo e Marcílio; Altamiro, Nando, Miguel e Edson. Técnico: Esquerdinha.

 

Fluminense não deu chances: 4 a 0

Na manhã da quarta-feira, do dia 27 de setembro de 1967, às 10 horas e 15 minutos, Telê Santana estreava como treinador do Fluminense, substituindo Alfredo Gonzalez. E o WALMAP realizou um jogo-treino, diante dos titulares do Tricolor das Laranjeiras, que goleou por 4 a 0, no Estádio das Laranjeiras. O árbitro foi Orlando Cabeção, auxiliado Serafim de Sousa e Luís Estevão.

Suingue abriu o placar aos 30 minutos da primeira etapa, recebendo passe de Samarone. Novamente Suingue fez o segundo, aos 12 minutos e Sebastião Sérgio marcou outros dois: aos 17 e 31 minutos da segunda etapa. Aos 29 minutos, o Fluminense ainda teve um pênalti desperdiçado pelo ponta Gilson Nunes.

FLUMINENSE: Márcio; Oliveira (João Francisco), Valtinho (Caxias), Altair e Bauer; Jardel (Sebastião Sérgio) e Suingue (Oliveira); Cafuringa (Wilton), Samarone, Robertinho (Carlos Alberto) e Gilson Nunes. Técnico: Telê Santana.

WALMAP: Geraldo; Getúlio, Valmir, Almir e Edson; Oadir e Harlei; Passarinho, Puskas, Ivo e Carlos Pio. Técnico: Moacyr Barbosa.

 

Cinco jogadores foram convidados para fazer testes no Vasco da Gama

A excelente fase do WALMAP despertou o interesse do Clube de Regatas Vasco da Gama. Ivo, Carlos Pio, Paulinho, Oliveira e Valmir ficaram num período de testes.

Dos cinco, Ivo é o que despertou maiores atenções, pois realizou dois bons treinos contra o Vasco, antes do convite. Após os testes, o Vasco informou que tinha acertado a contratação do atacante Ivo, porém dias depois acabou devolvendo Ivo e os demais quatro jogadores para o WALMAP.

A direção cruzmaltina alegou que resolveu tomar essa decisão visando defender os interesses dos jogadores, pois caso de registro do quinteto acabariam sendo prejudicados no clube de origem (WALMAP). Explicação, no mínimo, estranha.

 

Filiação no Departamento Autônomo

Com o fracasso nas negociações para tentar fazer uma fusão com a Portuguesa Carioca, o clube buscou outro caminho. Na quarta-feira, do dia 25 de outubro de 1967, o clube, em ofício levado pelo veterano goleiro Barbosa, deu entrada na secretária do Departamento Autônomo (D.A.), da Federação Carioca de Futebol (FCF), solicitando sua filiação na condição de vinculado.

Como naquela época não existia o Estadual da 2ª Divisão, para chegar na esfera profissional seria disputar o Campeonato Carioca do D.A., como conseguiu o Campo Grande A.C. há cinco anos antes.

Torneio Início do DA: WALMAP cai na estreia

A primeira participação aconteceu no Torneio Início do D.A., no domingo, do dia 26 de maio de 1968. A estreia foi no 2º jogo diante do Epsom, às 12h25min, no campo do Mavílis, no Bairro do Caju. Porém, a estreia foi decepcionante ao ser eliminado nos pênaltis. Final: Epsom 2 a 1. No final, o campeão foi o Mavílis F.C.

Vinte dias e pimba!! Juvenil é Campeão Invicto da Série e do D.A.!!

O mês de setembro foi de “Fortes Emoções“. Primeiro o time juvenil do WALMAP foi campeão Invicto da Série Antonio Gaspar Afonso (Série C), de 1968.  Um fato curioso é que o clube quase não participou da competição, pois o clube não possuía a categoria juvenil e se disputasse também ficaria impedido de jogar na categoria principal. Então, coube ao diretor  Antonio Augustinho Santos e ao treinador Flávio Anunziata, ao preparador físico Sérgio Luís, o roupeiro Sargento Luís e o massagista José Paz, conhecido como “Zezinho” a responsabilidade de montar um elenco em 20 dias.

Depois, a competição reuniu os campeões de cada Séries para definir o grande Campeão do Campeonato Carioca do Departamento Autônomo de 1968. O WALMAP continuou sem conhecer derrotas, vencendo cinco jogos e empatando um. Na decisão enfrentou o Atlético Clube Nacional, vencendo o 1º jogo por 1 a 0. Com isso, no jogo final, só precisava de um empate para ficar com o título.

No domingo, do dia 02 de Março de 1969, o WALMAP arrancou um empate em 2 a 2 com o Atlético Clube Nacional, faturando o inédito título de Campeão Invito do Campeonato Carioca do Departamento Autônomo de 1968. A equipe jogou assim: Juan; Albino, Luís Carlos, Danilo (Cap.) e Anacleto; Tuca, Sérgio Luís e Ivã; Hélvio, Tamba e Valter.

Ao todo, o time somou 34 pontos em 40 possíveis: foram 20 jogos, com 14 vitórias e seis empates; marcando 28 gols e sofrendo oito, com saldo pomposo de 20 tentos.

ELENCO:

Juan, Albino, Márcio, Luís Carlos, Danilo, Anacleto, Tuca, Sérgio Luís, Ivã, Hélvio, Aníbal, Tamba, Valter, Brandão, Reinaldo, Paulo, Alberto, Bira, Pitanga e Arnaldo.

Os artilheiros da equipe: Hélvio, com quatro gols; Aníbal e Valter, ambos com três gols; Paulo, Anacleto, Jorge, com dois; Ivã com um.

CAMPANHA:

Primeira fase

Colégio (2 x 0 e 2 x 1); Botafoguinho (2 x 1 e 1 x 0); Anchieta (2 x 0 a 3 x 0); E.C. União (2 x 2 a 1 x 0); Pavunense (1 x 0 e 0 x 0); Manufatura (0 x 0 e 0 x 0).

Super

Mavilis (1 x 0 e 0 x 0); Manufatura (1 x 0 e 3 x 2); Confiança (2 x 0 e W.O.); A.C. Nacional (1 x 0 e 2 x 2).

Após a decisão, a diretoria do Nacional entrou com um recurso, pedindo os pontos da última partida com a alegação de que o jogador Danilo, do WALMAP, tinha sido inscrito irregularmente e que na realidade o passe pertencia ao Fluminense Football Club.

Após meses de disputas nos tribunais, com vitórias e derrotas, o TJD da FCF cedeu e deu ganho ao Nacional. Como os jogadores do WALMAP estavam emprestados ao Senhor Passos, o DA acabou dividindo o título. Assim, oficialmente ficou definido que o Campeonato Carioca do Departamento Autônomo de Juvenis de 1968 ficou divido com o Atlético Clube Nacional, de Ricardo de Albuquerque e o Grêmio Social e Recreativo WALMAP, da Tijuca.

Campeão da Série Antonio Gaspar Afonso, do D.A.

No Campeonato Departamento Autônomo da FCF, o WALMAP ficou na Série C (Série Antonio Gaspar Afonso), juntamente com o Colégio Futebol Clube; Esporte Clube União, de Marechal Hermes; Botafoguinho; Anchieta; Pavunense e Manufatura.

Cinco dias antes de enfrentar o Manufatura na última rodada do returno, o clube recebeu uma notícia triste. Na terça-feira, do dia 17 de setembro de 1968, um dos destaques do time, o atacante Carlos Pio (ex-jogador do Canto do Rio) veio a falecer aos 26 anos (26/06/1942). Era Funcionário da Agência Acre, do Banco Nacional.

E, nesse turbilhão de sentimentos, cinco dias depois, veio a alegria, quando o WALMAP empatou com o Manufatura em 1 a 1, conquistando o título da Série Antonio Gaspar Afonso (Série C), do Campeonato Departamento Autônomo da FCF. O WALMAP jogou com: Wilson; Ronaldo, Almir, Zé Luís e Edson; Oadir e Arlei (Ivo); Puskas, Augustinho, Amauri e Paulinho (Selmo).

No Campeonato Carioca do Departamento Autônomo de 1968, o WALMAP terminou a competição na 3 colocação, na classificação geral.

 

O WALMAP disputou 12 jogos, com nove vitórias, dois empates e uma derrota; marcando 41 gols, sofrendo 11, com saldo positivo de 30 tentos. A única derrota aconteceu no domingo, do dia 07 de Julho de 1968, no campo do Manufatura, no Bairro de Pilares. O gol foi assinalado pelo atacante Nei, do Pavunense, aos 44 minutos do primeiro tempo.  jogo teve uma Renda de NCr$ 280,00.

 

A Campanha do Grêmio Social e Recreativo WALMAP foi a seguinte:

DATA

JOGOS

LOCAL

16/06/68

WALMAP

8

X

1

Colégio Pilares

30/06/68

União

1

X

4

WALMAP Marechal Hermes

0707/68

WALMAP

5

X

1

Botafoguinho Pilares

1407/68

WALMAP

0

X

1

Pavunense Pilares

21/07/68

Anchieta

1

X

4

WALMAP Anchieta

28/07/68

Manufatura

1

X

2

WALMAP Pilares

04/08/68

Colégio

0

X

2

WALMAP Colégio

11/08/68

WALMAP

4

X

1

União Pilares

18/08/68

Botafoguinho

2

X

4

WALMAP Guadalupe

25/08/68

Pavunense

1

X

1

WALMAP Pavuna

1º/09/68

WALMAP

6

X

0

Anchieta Pilares

08/09/68

WALMAP

1

X

1

Manufatura Pilares

 

ELENCO: Wilson, Martinez, Miguel, Ronaldo, Valmir, Getúlio, Zé Luís, Almir, Maurício, Edson, Harlei, Oadir, Cabrita, Selmo, Amauri, Gilson, Ivo, Agostinho, Paulinho, Dadá e Paulinho II. Técnico: Lúcio, ‘Feola’.

WALMAP enfrentou a Seleção Brasileira

No dia 11 de Junho de 1968, às 11 horas, o WALMAP enfrentou a Seleção Brasileira, em jogo-treino, no Estádio da Gávea. Do elenco brasileiro (22 jogadores) que foi para a Copa do Mundo do México, em 1970, estiveram presentes nesse treinamento 12 atletas.

O técnico Aimoré Moreira dividiu em três partes num total de 75 minutos. No primeiros 30 minutos entre os reservas da seleção contra o WALMAP, melhor para o escrete canarinho que venceu por 2 a 0. Rivelino e César marcaram os gols.

Depois, na outra meia-hora de jogo, a Seleção Brasileira titular venceu o WALMAP por 3 a 0, com todos os gols marcados pelo Jairzinho. E os 15 minutos finais entre os titulares e reservas do Brasil. Com um gol de César, os suplentes venceram o treino.

TITULARES: Cláudio; Carlos Alberto (Djalma Santos), Jurandir, Joel e Sadi; Piazza e Gerson; Paulo Borges, Jairzinho, Tostão e Edu.

RESERVAS: Felix; Zé Maria, Brito, Marinho e Rildo; Denílson e Rivelino; Natal, Roberto, César e Eduardo.

WALMAP: Martinez; Ronaldo, Zé Luís, Almir e Edson; Souza e Oadir; Celmo (Gilson Puskas), Augustinho, Ivo e Dadá.

 

FONTES: Diário da Noite (RJ) – Revista do Rádio (RJ) – Ultima Hora (RJ) – Diário de Noticias (RJ) – Jornal do Brasil – O Globo – Jornal dos Sports – O Jornal – A Luta Democrata

Inédito!! Odeon Football Club – Niterói (RJ): Fundado em 1912

O Odeon Football Club foi uma agremiação da cidade de Niterói (RJ). O Alviverde Nictheroyense foi Fundado na terça-feira, do, dia 08 de Outubro de 1912, por um grupo de 17 desportistas e depois reorganizado em outubro de 1929. As suas cores era o verde e o branco.

A 1ª Sede ficava na Rua Marques do Paraná, 69, no Centro de Niterói. Em fevereiro de 1920, se transferiu para a Rua Visconde do Rio Branco, nº 329, no Centro. Em meados dos anos 20, a sua Sede ficava na Rua Coronel Gomes Machado, nº 10, no Centro da cidade. Em dezembro de 1930, se fixou na Rua José Clemente, nº 58, sobreloja, no Centro de Niterói. O seu 1º Presidente foi o esportista João Borges Soares.

Nos anos 10, figurou na Liga Sportiva Fluminense (1918-19). Disputou o Campeonato Fluminense de 1917 e 1919. No domingo, do dia 11 de dezembro de 1921, o Odeon enfrentou o Vasco da Gama, em amistoso, no Estádio da Rua Paysandu, no Bairro do Flamengo. No final, melhor para o time da Cruz de Malta que venceu por 1 a 0.

Jogos de azar causou o fechamento do clube  por um mês em 1928

No final de 1927 e início de 1928, a policia niteroiense intensificou a campanha de repressão ao jogo de azar. Em 19 de Janeiro de 1928, o Odeon passou por uma situação constrangedora.

Após uma batida policial na sede do clube, na Rua Coronel Gomes Machado, nº 10, no Centro da cidade, foi descoberto que no local estava funcionando bancas de jogos de azar: “Campista(jogo de cartas de três baralhos) e “Bacarat(jogo de cassino com o uso de cartas de um baralho), o que era proibido naquela época.

Seis pessoas foram presas, entro presidente e membros da diretoria do Odeon. O resultado foi que o clube acabou fechado e uma semana depois os bens do clube, como móveis, utensílios e demais objetos foram arrecadados e remetidos para juízo. Após uma manobra jurídica o clube conseguiu reabrir o clube, porém com a “visibilidade arranhada“.

Na sexta-feira, do dia 14 de Março de 1930, se filiou na AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos). Entre 1912 a 1932, o Alviverde Niteroiense disputou cerca de 85 partidas nos campeonatos regionais, cinco interestaduais, conquistando 35 troféus. Filiado a Associação Nictheroyense de Esportes Athleticos (ANEA), na qual contavam com 57 atletas inscritos, sendo o Campeão do Torneio Início de 1921. O Fluminense Atlético Clube ficou com o vice.

O  seu quadro social compõem 67 efetivos, 32 aspirantes, cinco remidos, três honorários e 17 fundadores. São 13 os seus sócios campeões, vencedores do Campeonato Estadual (Campeonato de Niterói) de 1917. O Odeon venceu também, o Torneio Início de 1930, e vice-campeão de 1931.

A lista abaixo se refere aos campeões do Torneio Início Niteroiense entre 1919 a 1932.

Time de 1919: Antonio; Octavio e Arnaldo; Paulo, Delphim e Ramiro; Wanderlino, Oswaldo, Pedro, Motta e Lauro. Reservas: Joaquim Fernandes, Moacyr Marinho e Adalberto Chaves. 

FONTES: Annuario dos Desportos no Brasil – O Século – O Fluminense – A Batalha – Crítica – A Esquerda – A Noite – O Jornal – A Manhã – Gazeta de Notícias – Correio da Manhã – Imparcial Sportivo – Diário de Notícias

Fotos Raras, nas cores vermelha, azul e branca de 1985: Seleção Amapaense de futebol

A Federação Amapaense de Futebol (FAF), foi fundada no dia 26 de junho de 1945, porém o inicio do campeonato do Território do Amapá aconteceu no ano anterior a fundação. Em 1950, no mês de Janeiro foi inaugurado o Estádio Municipal de Macapá, modificado depois para homenagear o primeiro presidente da Federação de Desportos do Amapá, Glicério Marques. Foi obra do governador do então Território Federal do Amapá, capitão Janari Gentil Nunes. Assim, os jogos do campeonato passaram a ser disputados no novo palco. O campo da Matriz cumprira a sua missão. No primeiro ano de “Glicerão” (1950), o Amapá Clube foi campeão.

 

A inauguração do estádio Municipal, depois chamado de estádio Glicério Marques, ocorreu no dia 15 de janeiro de 1950, na partida Seleção do Amapá 0 x 1 Seleção do Pará, com gol de Norman. Pelo Pará jogaram: Dodó (goleiro), Bereco, Sidoca, Sabá, Nonato, Biroba, Juvenil, China, Hélio, Teixeirinha e Norman (Cacetão). Treinador: Nagib Coelho Matni. Pelo Amapá: Lavareda, 75, Suzete, Cabral, Roxinho, Raimundinho, Luiz Melo, Dedeco, Alves, Adãozinho e Boró. Treinador: Delbanor Dias.

De 1944 a 1990, o futebol era disputado de forma amadora e o campeão detinha o título de campeão do Território Federal do Amapá. Somente em 1991 o futebol passou para o profissionalismo.

 

YPIRANGA CLUBE

 

Fruto do idealismo dos jovens integrantes da extinta e saudosa Juventude Oratoriana do Trem (JOT), movimento que pertencia à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, surgia em 15 de maio de 1963 no desporto Amapaense, o glorioso YPIRANGA CLUBE. Como cores oficiais o Clube ostenta a azul e preto, por influência e preposição do Padre Vitório Galliani, as mesmas cores da Internacional de Milão, seu clube de coração na Itália. A figura da “Torre” da Igreja de Nossa Senhora da Conceição no Bairro do Trem é o principal símbolo do Clube, razão porque é chamado pelos torcedores de Clube da Torre.

 

A coruja branca é o mascote do Ypiranga Clube que costuma habitar as torres (principal símbolo do Negro-Anil) das igrejas. A torre que está representada no escudo do clube é da igreja Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Ypiranga.

TÍTULOS

 

Campeão Amapaense: *1976, 1992, 1994, 1997, 1999, 2002, 2003 e 2004. (*Campeão Amador)

 

SOCIEDADE ESPORTIVA E RECREATIVA SÃO JOSÉ

 

A Sociedade Esportiva e Recreativa São José, tricolor do bairro do Laguinho, é um clube esportivo da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá. Fundado no dia 26 de agosto de 1946, é um dos principais clubes de futebol da terra amapaense, obtendo 6 troféus estaduais. Seu mascote é o bravo pitbull.

 

O clube foi fundado por Messias do Espírito Santo, um Oficial de Justiça do Fórum de Macapá, capital do então Território Federal do Amapá – TFA, hoje, estado da Federação Brasileira. O objetivo era participar oficialmente do esporte regional, tendo em 1947 participado do futebol e depois do voleibol.

O clube que surgiu eminentemente de uma classe pobre da população seu fundador, Messias do Espírito Santo, ao escolher o nome do clube como o mesmo do padroeiro da cidade conseguiu rapidamente a simpatia da maioria dos torcedores do longínquo povoado da cidade de Macapá. O clube é carinhosamente denominado de “O mais querido do Estado do Amapá”. Lembrando também que a sede o São José era fora do bairro, situada na Avenida Presidente Vargas com a Rua Leopoldo Machado, após alguns anos foi transferida para o bairro moreno da cidade, onde as primeiras equipes do São José eram todas formadas quase que na sua totalidade por atletas de cor negra.

 

Os primeiros títulos do tricolor vieram somente em 1970 e 1971, ainda na época amadora do futebol amapaense, em que o clube que possuía o domínio era o Macapá.

 

Em 1991 houve a implantação do profissionalismo no futebol amapaense, começando uma nova era no estado. Em 1993 conquistou o título de campeão amapaense.

 

Após 12 anos sem ganhar nenhum troféu, o São José acabou sendo campeão em 2005 em cima do Amapá. No ano posterior conseguiu novamente o campeonato estadual em cima do Amapá nos pênaltis. Voltou a conquistar o estadual em 2009, quando bateu o Santana na final disputada no estádio Glicério Marques.

Títulos

 

SANTOS FUTEBOL CLUBE/AP

 

Santos Futebol Clube é originário de  Macapá, capital do estado do Amapá. Suas cores são preto e branco. Foi fundado em 11 de maio de 1973.  É conhecido sob a alcunha de Peixe da Amazônia, cujo seu mascote também é o peixe, originário da amazônia brasileira.

 

Considerado o maior time do estado atualmente, o clube é  bicampeão amapaense na temporada 2013 e 2014, neste ano foi capeão invicto, ganhando os dois turnos, com uma campanha de 7 vitórias e 1 Empate em 8 jogos disputados.  O Santos é clube a ser batido.

Títulos

 

  • Campeonato Amapaense, Vice-campeão: 2011.

 

  • Campeonato Amapaense 2ª Divisão: 2007.

SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE DO AMAPÁ

 

São Paulo Futebol Clube é um clube brasileiro de futebol, da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá. O Clube é conhecido como furacão da zona norte, seu mascote é o São Paulo. Suas cores são vermelho, preto e o branco.

 

Fundado no início de fevereiro de 1988, portanto com 27 anos, o clube  tem um um futuro promissor. É  o atual vice campeão amapaense de futebol.

Títulos

  • Vice-Campeonato Amapaense 2ª Divisão: 2007.

 

  • Vice-Campeonato  Amapaense 1ª Divisão: 2014.

ESPORTE CLUBE MACAPÁ

 

Esporte Clube Macapá é uma agremiação esportiva brasileira sediada na cidade de Macapá, capital do estado do Amapá. Teve grande destaque no futebol amapaense na sua fase amadora, onde conquistou 17 campeonatos, até hoje não superados no campeonato estadual. Suas cores são azul e o branco, seu mascote é o leão. O clube também é conhecido como o Leão Azulino da avenida Fab.

 

O Macapá foi fundado no dia 18 de novembro de 1944, originado a partir do extinto clube Panair Esporte Clube, de Macapá, o qual  havia sido campeão estadual em 1944. Em 1946, mudou de nome para o atual: Esporte Clube Macapá.

 

O clube foi o primeiro campeão do Copão da Amazônia em 1975 ano de criação do torneio conhecido como  Copão Amazônia ou Torneio Integração da Amazônia onde clubes dos estados poderiam disputar uma competição oficial, além dos seus respectivos campeonatos estaduais. Por ter sido campeão amapaense de 1974 o Macapá foi o primeiro representante do Estado no referido torneio.

Títulos

  • Torneio Integração da Amazônia: 1975.

 

  • Vice-Campeonato Amapaense: 1994 e 2013

 

  • Vice-Campeonato Amapaense 2ª Divisão: 2005.

SANTANA ESPORTE CLUBE

 

Santana Esporte Clube é um clube brasileiro de futebol da cidade de Santana, no estado do Amapá. Fundado em 1955, tem como suas cores o amarelo e o preto. O clube é conhecido como Canarinho Milionário, seu mascote é o canário.

 

Fundado por Roberto Maqueles Correia, notável da sociedade local, o time começou a se desenvolver, disputando amistosos enquanto acertava o plantel e a sua estrutura. Disputou o primeiro estadual em 1957, não conseguindo sucesso, campanha semelhante à do ano seguinte. o time com brilhantismo, faturou os estaduais de 1960, 61 e 62.

Títulos

 

INDEPENDENTE ESPORTE CLUBE

 

Independente Esporte Clube é um clube brasileiro de futebol, da cidade de Santana, no estado do Amapá. Suas cores são verde e branco. O clube é conhecido sob a alcunha de carcará uma especie de gavião do norte que também é seu mascote de origem.

 

Devido a problemas de acessibilidade, o clube não disputava o estadual desde 2014, junto com as outras equipes profissionais não-macapaenses, o Aliança e o Mazagão. Em 2007, o Independente voltou a disputar o Campeonato Amapaense, após três anos longe das atividades.

Títulos

 

  • Vice-Campeonato Amapaense: 2 vezes (2002 e 2003).

 

  • Vice-Campeonato Amapaense 2ª Divisão : 1964.

TREM DESPORTIVO CLUBE

 

Trem Desportivo Clube é uma agremiação esportiva brasileira, sediada na cidade de Macapá, capital do estado do Amapá, destacando-se no futebol. Suas cores são  vermelho e o preto. O clube é conhecido como Locomotiva do bairro do trem. Seu mascote é o pequeno maquinista.

 

O clube foi fundado em 1 de janeiro de 1947, sendo seus principais fundadores os ferroviários Bellarmino Paraense de Barros, Benedito Malcher, os irmãos Osmar e Arthur Marinho, Walter e José Banhos, além de outros. Tendo sua sede situada num dos mais importantes bairros de Macapá, o Trem Desportivo Clube já foi por duas vezes campeão amapaense. Possui um invejável histórico no velho Copão da Amazônia. Foi pentacampeão de 1985 a 1989.

 

O diferenciado nome do clube nada mais é do que uma homenagem ao bairro onde foi fundado e a profissão exercida por seus fundadores, todos eles ferroviários. Este, por sua vez , recebeu o nome no início do século XIX. Naquela época, foram encontrados na Avenida Feliciano Coelho de Carvalho vestígios de alguns trilhos de trem, que possivelmente serviram como meio de transporte do material para a construção da cidade.

Títulos

 

  • Vice-Campeonato Amapaense: 1992.

ORATÓRIO RECREATIVO CLUBE

 

Oratório Recreativo Clube é um clube brasileiro de futebol da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá. Suas cores são azul e o branco. Seu mascote é uma orca, daí surgiu o apelido  orca demolidora do bairro santa rita.

 

O clube foi fundado em 15 de agosto de 1969 por um grupo de jovens comandados por Odoval Moraes, da comunidade religiosa da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no antigo bairro da Cea (hoje Santa Rita). Seu primeiro titulo na era profissional veio no ano de 2012 com uma brilhante campanha, demolindo todos os adversários que vinham pela frente.

 

O Oratório foi o primeiro clube do Amapá a participar da Copa São Paulo de Futebol Junior, em 2001, participando, também, em 2011 e 2012. Por ser de origem católica no passado, os atletas para jogarem pelo clube eram obrigados a assistir missa, caso contrário não jogavam. Prática que perdurou por longos anos. Os padres Salvador e Raimundo foram os principais incentivadores para a criação do clube. O Oratório ficou fora das competições de 2001 a 2009 por opção de seus conselheiros.

Títulos

 

Campeonato Amapaense: 1 (2012)

Categorias de Base

  • Sub-13: 2011

 

  • Sub-15: 2009

 

  • Sub-20: 2011

 

  • Sub-18: 2010

 

  • Estadual Feminino: 2009-2010-2011

FONTES:  História do Futebol Amapaense – Federação Amapaense de Futebol

Inédito!! Nordeste Athletico Club – Maceió (AL): Bicampeão do Torneio Início e três vezes vice-campeão Estadual

O Nordeste Athletico Club foi uma agremiação da cidade de Maceió (AL). Fundado na sexta-feira, do dia 15 de Janeiro de 1932, por funcionários da CFLNB (Companhia de Força e Luz Nordeste do Brasil), com o nome de Força e Luz Atlético Clube. Posteriormente, a sua nomenclatura foi alterada para Nordeste Athletico Club.

A Sede ficava localizada no edifício da empresa: Rua do Comércio, 115/ 121, no Centro de Maceió. Pode-se dizer que o Noroeste foi um modelo embrionário do “clube-empresa”, afinal contava com um grande apoio financeiro da Companhia. Fato esse, que acabou ajudando para o desenvolvimento do futebol em Maceió.

Dentro das quatro linhas, o Nordeste participou de nove edições do Campeonato Alagoano da 1ª Divisão:  1933, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1940 e 1941. O clube teve grandes momentos no futebol alagoano, como os dois títulos conquistados no Torneio Início: 1934 e 1938. Além de ter ficado com o vice-campeonato em três oportunidades: 1933, 1936 e 1937.

Dentre alguns resultados expressivos, teve a goleada em cima do CSA, na terça-feira, do dia 9 de novembro de 1937, pelo elástico placar de 9 a 3, no Campo da Avenida Mutange. A competição era válida pelo Campeonato Alagoano da 1ª Divisão, organizado pela Federação Alagoana de Desportos (FAD).

Ao longo destes anos em que disputou o Campeonato Alagoano, foram 79 partidas, com 29 vitórias, 15 empates e 35 derrotas; marcando 156 gols, sofrendo 194 tentos, com um saldo negativo de 38.

O final da década de 30 e início de 40, foi terrível. Fazendo uma analogia com a empresa que patrocinava, a agremiação sofreu um blecaute. O primeiro golpe, foi ver seus principais jogadores se transferindo para CRB e CSA. Depois o número de sócios que foi diminuindo drasticamente. Dessa forma, após o final do Campeonato Alagoano da 1ª Divisão de 1941, o Nordeste Athletico Club pediu licença a Federação Alagoana e depois fechou às portas em definitivo.

Alguns jogadores do Nordeste, identificado por Lauthenay Perdigão.

EM PÉ (esquerda para a direita): o diretor Daniel (diretor), Otávio, Mariz, Murilo, o homem de chapéu (outro diretor do clube não identificado), Luiz Gomes, um jogador não identificado, a madrinha do time, Anízio, Andrade, Otacílio Maia (presidente da CEA, hoje FAF), Waldemar Buarque (diretor).

AGACHADOS (esquerda para a direita): Pavão, Vital, Badica e Paulo.

FONTES: Rsssf Brasil – Lauthenay Perdigão – Diário de Pernambuco

Inédito!! Liga Sergipana de Esportes Athleticos (LSEA): Existiu de 1926 a 1941

A Liga Sergipana de Esportes Athleticos (LSEA) foi a 2ª entidade (a primeira foi: Liga Desportiva Sergipana) desportiva do Estado do Sergipe. A história começou na quarta-feira, do dia 10 de Novembro de 1926, quando a Liga Sergipana de Esportes Athleticos foi criada.

A sua Sede ficava na Avenida (atual Travessa) José de Faro, nº 10; e depois se mudou para a Rua Itabaiana, nº 72, ambos no Centro de Aracaju (SE). Assim descreveu o “Cadastro : Commercial, Industrial, Agrícola e Informativo do Estado de Sergipe (SE)“, abordando a A 1ª Diretoria foi composta da seguinte forma:

Presidente – Clodomir de Souza e Silva;

Vice-Presidente – Bacharel Alfredo Rollemberg Leite;

Secretário – Aloysio Vieira;

Tesoureiro – Armando Barreto.

 

Agremiações filiadas da Capital e do Interior

Após a fundação da LSEA, os seguintes clubes da capital que se filiaram:

Sport Club Aracaju (Sede própria no Bairro Industrial);

Club Náutico Brasil (Sede na Rua de Villanova);

Etea Football Club;

Treze de Julho Football Club;

Cotinguiba Sport Club (Sede própria na Avenida 24 de Outubro);

Palestra Football Club;

Club Sportivo Sergipe (Sede própria Avenida Barão do Rio Branco);

Siqueira Campos Football Club;

Vasco da Gama Football Club;

Vitória Football Club;

Os seguintes clubes do Interior filiados:

Athletico Club Ypiranga;

Sport Club Socialista.

 

Filiação na CBD é oficializado em 1927

Entretanto, apenas três meses e 13 dias após a sua criação, que a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) concedeu filiação a LSEA, na quarta-feira, do dia 23 de fevereiro de 1927. A partir daí, a nova entidade do Sergipe estava legalizada para competir em âmbito nacional, juntamente com outras entidades federativas, tanto nos desportos terrestres quanto nos aquáticos.

A LSEA tinha jurisdição local sobre os desportos e seu representante junto a confederação era o Dr. Gilberto Amado, que na época era deputado federal pelo Estado de Sergipe.

Cores e uniforme

A descoberta das cores e do uniforme foi possível, numa reportagem do Jornal O Paiz, de 1928, onde foi contado a história do jogo, no qual a Seleção Sergipana goleou o Selecionado Parahybano por 6 a 1, em Salvador (BA). A explicação plausível para a LSEA ter as cores azul turquesa e branco tenha sido uma homenagem a Bandeira não-oficial da Província de Sergipe (foi uma província do Reino do Brasil, e posteriormente do Império do Brasil, tendo sido criada em 28 de fevereiro de 1821 a partir da Capitania de Sergipe).

Como curiosidade a descrição dessa bandeira: era um retângulo divido ao meio (como a bandeira de Malta): azul, do lado esquerdo, e branco, do direito. Lembrando que a bandeira com as cores verde, amarelo, azul e branco só surgiu no início da década de 50.

Mudança do nome em 1941

Essa nomenclatura (Liga Sergipana de Esportes Athleticos) existiu por 15 anos, até em novembro de 1941, quando a entidade alterou o nome para Federação Sergipana de Desportos (FSD), passando a se especializar tão somente em uma modalidade esportiva.

Trinta e cinco anos depois, no dia 20 de Janeiro de 1976, após decisão de uma Assembléia Geral Extraordinária, a entidade passou a ter o nome atual e a gerir especificamente o futebol no estado de Sergipe: Federação Sergipana de Futebol (FSF).

FONTES: Wikipédia – Federação Sergipana de Futebol (FSF) – Annuario dos Desportos no Brasil – Correio da Manhã – O Jornal – O Paiz – Cadastro: Commercial, Industrial, Agrícola e Informativo do Estado de Sergipe (SE)

Bandeirantes Athletico Club, de Jacarepaguá – Rio de Janeiro (RJ)

Bandeirantes Athletico Club foi uma agremiação da cidade do Rio de Janeiro (RJ). ‘Alvinegro de Jacarepaguá’ foi Fundado na segunda-feira, do dia 13 de Maio de 1929, por Luiz Jauffret Guilhon, Gladstone Mello, José Nascimento, entre outros desportistas residentes no Bairro de Jacarepaguá.           

A sua Sede e a Praça de Esportes ficava na Estrada da Taquara (atual Avenida Nélson Cardoso), nº 533 – Jacarepaguá – Zona Oeste do Rio.

A sua primeira Diretoria era constituída da seguinte forma:

Presidente: Luiz Janffret Guilhon;

vice-presidente: Adalberto Gardel;

1º vice-presidente: Ascendino Martins;

Secretario Geral: Moacyr Guimarães;

1º Secretario: Jayme Pereira;

2º Secretario: Milton Arouca;

1º Tesoureiro: João Brandão;

2º Tesoureiro: Argemiro J. Sant’Anna.

 

Breve história

O clube teve duas participações no Campeonato Carioca da Segunda Divisão, na década de 30. O Bandeirantes iniciou na Associação Suburbana de Desportes Athleticos (ASDA) em 1929, terminando na 2ª colocação, e também disputou a edição de 1930.

Ainda em 1930, ingressou na Liga Brasileira, ficando entre os primeiros colocados. Em março de 1931, se filiou a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos {AMEA (Entidade máxima do Rio de Janeiro naquela época)}, onde disputou duas edições do Campeonato Carioca da Segunda Divisão: 1931 (terminando na 9ª colocação) e 1932 (4º lugar, na sua chave).

Em 1933 e 1934, o Bandeirantes Athletico Club disputou as competições pela Subliga Carioca de Futebol, que era filiada à Federação Brasileira de Football, que não tinha vínculo com a FIFA.

Nos anos 30, o Bandeirantes contava no seu quadro social com cerca de 850 associados contribuintes efetivos, um honorário (a Baronesa de Taquara), 85 atletas inscritos na AMEA, 115 fundadores.

Time-base de 1931: Agulha; Bilute e Aprígio; Casemiro, Sacramento e Archimedes; Cícero, Tatá, Fábio, Preiá e Jarcelino.

 

PS: Apenas no dia 20 de janeiro de 1993, a Taquara oficialmente se separou de Jacarepaguá se tornando um Bairro autônomo.

FONTES: Jornal dos Sports – Rsssf Brasil – Annuario dos Desportos no Brasil

Fotos de 1960/62 – Clube Náutico Marcílio Dias – Itajaí (SC)

Nasce o Clube Náutico Marcílio Dias

A ideia dos três amigos, Gabriel Collares, Victor Emmanoel Miranda e Alyrio Gandra de fundar um clube náutico em Itajaí foi concretizada no ano de 1919. Em reunião realizada na Sociedade Guarany, na noite de 17 de março, foi fundado o Clube Náutico Marcílio Dias. O nome foi aprovado por aclamação, em homenagem ao bravo marinheiro negro morto na Guerra do Paraguai. O Marcílio foi o quinto clube náutico a ser fundado em Santa Catarina. Antes do Rubro-Anil existiam apenas Riachuelo, Martinelli e Florianópolis (depois rebatizado como Aldo Luz), da Capital do Estado, e o Lauro Carneiro, de Laguna. O primeiro presidente foi Ignácio Mascarenhas Passos, que no dia 16 de abril de 1919 enviou, através de uma carta ao Governador do Estado, Dr. Hercílio Luz, a comunicação da criação do clube:

“Cumprimos o grato dever de levar ao conhecimento de Vossa Ex. que no dia 17 de março próximo findo foi fundado nesta cidade o Club Náutico Marcílio Dias, cujos fins são proporcionar à mocidade exercícios de natação, remo, gymnastica, tênnis e outras diversões compatíveis com sua cultura physica”.

O Remo como início

A primeira atividade do novo clube foi o remo. O Marcílio Dias comprou duas yoles – embarcações pequenas usadas na prática de remo – que levaram os nomes de Yara e Yarê. Uma briga para a definição das madrinhas das embarcações acabou afastando alguns membros do clube, que então criaram o Barroso, maior adversário da história do Marcílio Dias.

Em pouco tempo, as atividades desportivas do clube foram sendo ampliadas. Foram incorporados futebol, tênis, polo aquático, natação, atletismo, vôlei, basquete, futsal e handebol, entre outras modalidades. Além das atividades desportivas, o Marcílio organizou do começo da década de 20 até a década de 30 um grupo teatral amador, apresentando mais de 45 peças.

Seu nome,suas cores

O nome do clube foi escolhido na assembleia de fundação, em 17 de março de 1919, e aprovado por unanimidade: o bravo marinheiro Marcílio Dias, que sacrificou a vida em defesa da Pátria na Batalha Naval do Riachuelo, deixando um exemplo de coragem e obstinação.

As cores marcilistas – rubro-anil – serviram de homenagem a dois grandes clubes náuticos da capital de Santa Catarina: Riachuelo (azul) e Martinelli (vermelho), os quais serviram de inspiração aos jovens itajaienses na fundação do Marcílio Dias.

Os esportes no clube

O Marcílio Dias começou como clube náutico, participando de regatas com suas yoles. Porém, não demorou muito para que novas modalidades fossem incorporadas ao clube, principalmente depois da inauguração da Praça de Esportes Dr. Hercílio Luz, em 1921.

No remo, realizou sua primeira regata no dia 19 de julho de 1919. As embarcações “Yarê” e “Yara” se revezaram nas vitórias das duas primeiras provas disputadas, em homenagem às torcedoras e à municipalidade, respectivamente. Poucos meses antes, em maio, o clube inaugurou o seu galpão na rua Fluvial (hoje avenida Eugênio Muller).

No ano seguinte, em 1920, o Marcílio Dias ampliou seus horizontes e inaugurou um posto náutico na cidade de Blumenau. Em 28 de março, uma delegação de marcilistas viajou através do Rio Itajaí-açu até Blumenau para participar da inauguração. Este posto náutico inspirou posteriormente a fundação do Clube Náutico América. O Marcílio Dias conquistou o título estadual de remo em 1925.

Outra prática desportiva em que o Marcílio Dias se destacou foi o tênis. Homens e mulheres começaram a praticar o esporte sob as cores marcilistas já em 1919. Ao todo, o clube venceu oito campeonatos de tênis, além de diversas taças e troféus. Destaque para os títulos estaduais conquistados em 1945 e 1947.

No polo aquático o “Marinheiro” foi o precursor em Santa Catarina, introduzindo a modalidade em 1920. Outro esporte aquático praticado foi a natação. O basquete teve sua primeira quadra inaugurada em 1921. Foram madrinhas do campo as senhoritas Dolores Polumbo, Diva Bornhausen e Grecelides Almeida. O primeiro jogo foi disputado por dois times femininos: o azul e o vermelho. O futebol de salão também já foi praticado por atletas do Marcílio Dias, assim como o atletismo e a ginástica. Atualmente, além do futebol de campo, o clube também possui equipe de handebol feminino.

Da esquerda para a direita de pé: Joel I, Deco, Gilberto(Papai), Zé Carlos, Antoninho, Joel II e Jorge Fernandes; Agachados: Rene, Idésio, Aquiles, Laranjinha e Maneca. Este time foi Supercampeão do Centenário em 1960.

Uma paixão chamada futebol

A prática do futebol no Marcílio Dias remonta ao ano de sua fundação. Desde 1919 constam registros de que jogos, como a ocorrida em 21 de dezembro daquele ano, quando o “Marinheiro” derrotou o Brusquense (atual Carlos Renaux) por 3 a 1. Em 1930, o Marcílio conquistou seu primeiro vice-campeonato catarinense (de uma série de oito), na sua primeira participação no certame estadual.

No final da década de 1930, o clube conquistou seus primeiros títulos oficiais: campeão de Itajaí em 1938 e campeão do Vale do Itajaí em 1939. Estas competições foram organizadas pela Associação Sportiva Valle do Itajahy (ASVI), entidade da qual o Marcílio foi um dos fundadores juntamente com outros clubes da região. O Rubro-Anil voltou a ser o campeão do Vale do Itajaí em 1944 e 1946.

Na década de 1960, o Marcílio Dias se tornou uma das maiores potências do futebol barriga-verde. De 1960 a 1962 amargurou mais três vice-campeonatos estaduais, perdendo o título para o Metropol, de Criciúma. O mesmo se repetiu em 1967. Neste período, o clube também foi vice-campeão do Torneio Sul-Brasileiro (Taça da Legalidade) em 1962. Um dos principais destaques da equipe nesta época era o craque itajaiense Idésio Moreira.

1962 - VICE-CAMPEÃO ESTADUAL. Da esquerda para a direita de pé: Joel II, Dico, Antoninho, Ivo Maia, Zé Carlos e Joel I; agachados: Rene, Idésio, Maneca, Laranjina e Jorginho.

A principal conquista do Marcílio no futebol foi o título estadual de 1963. Neste ano, o clube venceu o Torneio Luiza Mello, competição que em 1983 foi reconhecida pela Federação Catarinense de Futebol como Campeonato Catarinense. O time base da campanha do título estadual foi Jorge; Djalma (Marzinho), Ivo Meyer, Joel I e Joel II; Sombra e Odilon; Ratinho, Aquiles, Dufles (João Caetano) e Renê. De acordo com o livro “Torneio Luiza Mello – Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963”, de autoria do jornalista Fernando Alécio, o “Marinheiro” teve aproveitamento superior a 80% ao longo das 18 rodadas do certame: venceu 13 jogos, empatou três e perdeu apenas dois. O ataque marcilista anotou 43 gols (média de 2,38 gols por jogo) e a defesa sofreu 16.

Na esfera local, o Rubro-Anil foi cinco vezes campeão da Liga Itajaiense de Desportos (LID), em 1958, 1960, 1961, 1962 e 1963, sendo o clube que mais vezes venceu a categoria profissional do campeonato citadino de Itajaí.

Em 1980, o Marcílio conquistou o Torneio Incentivo e em 1984 foi campeão da Taça Federação Catarinense de Futebol 60 Anos. Esta competição foi realizada em homenagem sexagenário da entidade. Entre 1988 e 1989, o time conhecido como “Siri Mecânico” conquistou a Taça Carlos Cid Renaux (1988), a Taça RCE TV (1989) e a Taça Governador Pedro Ivo (1989), equivalentes a turnos do campeonato estadual.

O “Marinheiro” adicionou mais dois troféus à sua galeria no ano de 2007, ao conquistar a Copa Santa Catarina e a Recopa Sul-Brasileira. Também foi campeão da segunda divisão do Campeonato Catarinense em 1999, 2010 e 2013.

 

FONTES: Clube dos Entas Itajaí – Página do Facebook “Futebol Catarinense das Antigas” – Nação Rubro-Anil – Site do Clube