A equipe de 1950 do Clube Atlético Carrão. Em pé: Bruno, Santos, Amado, Paulão, Antonio e Cariba; agachados: David, Airton, Diamantino, Augusto, Silvio e mascote.

Fundado em 1 de maio de 1928, é um dos clubes mais antigos e tradicionais da região. Seu primeiro presidente foi o senhor Ângelo Gianuzo Carlos de Loco. Outros importantes dirigentes dos primeiros tempos foram: José Amaral, Antonio Carelli, Raimundo de Maio, Miguel Lopes Feijão, Antonio Orsi e Renato Gomes de Almeida. De 1959 a 1962 ocupou a presidência Euclides Giordan. Na sua gestão foi comprado um terreno na Avenida Conselheiro Carrão. A velha casa que nele existia foi demolida para dar lugar à construção da explendida sede da agremiação. O saudoso Euclides Giordan faleceu em 1987.

Desde sua fundação até o ano de 1953, o CA Carrão jogava num dos conhecidos sete campos da Vila Nova Manchester. Após a extinção desses, passou a realizar suas partidas em terreno da Rua Evangelina com a Rua Engenheiro Pegado. Perdido também esse campo, passou a ocupar um espaço no campo interno do Centro Educacional e Esportivo Vicente Italo Feola, mais conhecido como Centro Distrital da Manchester, local onde se apresenta até os dias atuais com sua equipe de veteranos.

As magníficas instalações de sua sede são dotadas de quadra poliesportiva, quadra de bocha, salão e palco para apresentações teatrais e shows musicais, lanchonete, secretaria e salão de jogos. Diversos e importantes eventos são nela realizados anualmente. O Lions Clube de São Paulo – Gaivotas promove suas tradicionais campanhas de saúde (controle da pressão arterial, exames preventivos da diabetes etc.) São realizados também cursos de instrumentação cirúrgica, cursos de danças às segundas e quartas-feiras com o professor Wilson. As terças e quintas-feiras desenvolve seu trabalho o Balé da Banda Tibério. Uma vez por ano o clube realiza seu tradicional baile comemorativo de aniversário. A comunidade local aprecia sobremaneira suas divertidas festas juninas.

O CA Carrão participa com destaque, todos os anos, dos campeonatos de futebol de salão e de bocha.

 “O Tigre do Tatuapé”, como era conhecido o Destemido, foi fundado pelos irmãos Gino e Basílio Brotto em novembro de 1926.

Esta aguerrida equipe marcou época no bairro. Vencê-la era tarefa das mais difíceis. A seus jogos acorria grande massa de torcedores, na certeza de sempre assistirem a grandes espetáculos. Travou memoráveis batalhas contra os times mais poderosos da região: Sampaio, Primavera, Tuiuti e muitos outros.

Grandes jogadores tiveram o orgulho de vestir o negro e vermelho do seu uniforme, entre eles destacamos: Cardoso, Potinho, Dario, o goleiro Angelim e Vicente. Nos últimos anos em que o clube ainda mandava seus jogos em terreno da Rua São Jorge.

Mas não só de futebol viveu o Destemido. Em um salão da Rua Vilela esquina com a Avenida Celso Garcia, promoveu, nos aúreos tempos, explêndidas e concorridas festas e noites dançantes. Foram famosos os seus bailes carnavalescos. Em momento difícil, em que a agremiação não tinha condições de manter o referido salão, o proprietário deu aos diretores a possibilidade de usá-lo gratuitamente pela última vez no Carnaval de 1960. Com a boa renda dos bailes daquele ano, os responsáveis compraram um terreno na Rua Doutor Ernesto Mariano e nele começaram a edificar sua sede própria. Hoje ela conta com excelente quadra de futsal, salão de festas, secretaria, lanchonete e sauna. O Destemido participa atualmente de campeonatos de futsal e futebol society.

Em sua quadra, o professor Farina (da SE Palmeiras) dá aulas de futebol de salão para as crianças da Organização Morumbi da Zona Leste, cujo diretor é o senhor Ernesto. Em sua sede, os diretores, associados e torcedores do Destemido continuam se encontrando informalmente todas as sextas-feiras à noite. Nela são realizadas as comemorações de aniversário do clube, Festa do Vinho, bailes do Lions Gaivotas e várias outras.

Assim se constitui a atual diretoria do Destemido: presidente – Luiz Augusto Ligabui; vice-presidente – Homero Ligabui; secretário geral – Manoel Ruperes; 1º e 2º secretários – Fernando Ligabui e Marcos Paulo Ligabui; 1º e 2º tesoureiros – Dacio Caldarella e Márcio Mattar Almeida; diretor social – Arnaldo de Almeida; diretor de esportes – José Luiz Bertoni; diretor de patrimônio – Ângelo Sarzano. O Conselho Fiscal é formado por Angelina Medea Ligabui, Marilene Sarzano Ligabui e Fausto Barchiesi. Compõe a Junta Disciplinar Roberto Molina e Sérgio Trentini.

O Vila Paris FC, campeão do Torneio Roberto Ugolini de 1958/59.

Em pé: Miranda, Marreco, Bino, Biriba, Cícero, Didi, Isaias e Monteiro; agachados: Japonês, Berto, Augusto, Raul e Zé

Fundado em 25 de novembro de 1925. Foram seus fundadores: Abel Aniz, José Gomes, José Augusto, Manuel Pereira, Amadeu Lourenço, Izaias da Silva e senhores Américo e Belmiro, este, por aclamação, foi eleito seu primeiro presidente.

O uniforme do clube tem o azul, o branco e o vermelho das cores da bandeira da França. A idéia da adoção dessas cores surgiu em função da proximidade do clube com a famosa chácara dos franceses na ocasião em que foi fundado. Em seus bons tempos, o Vila Paris mandou seus jogos em três locais: o primeiro foi na Rua Bom Sucesso; o segundo, no final da Rua Tuiuti, onde hoje se acha instalada a Biblioteca Infanto-Juvenil Paulo Sérgio Duarte Milliet; o terceiro, na Rua Jarinu, local atualmente ocupado pela EMPG General Othelo Franco. Atualmente ainda mantém sua equipe de futebol de campo e um elenco de veteranos. Joga aos domingos no C. Esp. Brig. Eduardo Gomes.

Desnecessário dizer quantas vitórias conseguiu este grande clube e quantos torneios foram por ele levantados. O mais importante, aquele que dificilmente se apaga da lembrança dos seus aficionados, foi o Torneio de Inverno de 1965. Na última partida deste certame, o Vila Paris venceu o forte time do 7 de Setembro por 4×2. A magnífica equipe que o constituia na época assim era formada: Dinho, Nelson e Dalo; Pitiguara, Paulinho e Zé Nariz; Zé Ugo, Fernandinho, Siderlei, Orestes e Zé Português. Claro que esse torneio marcou indelevelmente a história do clube, mas outros torneios e outras partidas foram vencidas pelo Vila Paris. As centenas de taças e troféus ostentados em sua sede atestam as conquistas desta excelente agremiação. Importante também sua contribuição para o futebol profissional da Capital. Jogadores que passaram por suas equipes acabaram jogando em clubes da liga principal: Carbone – Corinthians, David – Juventus; Ademar e Orestes – Portuguesa; Fernando e Baianinho.

Um dos seus grandes presidentes foi Carlos Jani. Sob suas seguidas gestões, o clube atingiu o ápice e passou a ser respeitado em toda a região. Após 25 anos de liderança, problemas de saúde o impediram de continuar. Com sua saída, grande crise interna se instalou, quase levando a entidade à extinção. Somente após ingentes sacrifícios de seus diretores e associados, o Vila conseguiu debelar a difícil situação e levar avante os seus objetivos.

Vila Paris Futebol Clube: na foto, tirada em 1965, o campeão invicto do Torneio de Inverno Sete de Setembro Água Rasa. Em pé: Birita, elsinho, Pitiquara, Zé Nariz, Paulinho, Dinho, Dalo e Isaias; agachados: Zé Hugo, Fernandinho, Siderlei, Orestes, Zé Português e Nico

Em meados de 1971, nova e decisiva conquista: o clube adquire o terreno para a construção da sua sede própria. Em 7 de maio de 1972 era inaugurada, na Rua Bom Sucesso, 1.083, local ocupado até os dias atuais. Nela passaram a ser realizados grandes eventos sociais e esportivos. Por ocasião do aniversário do clube ou em outras datas importantes são realizados jantares ou festas da cerveja.

Sua diretoria atual assim é constituída: presidente – Duarte Pereira; vice-presidente – Irineu Luiz Ramos; 1º secretário – Marcos Álvaro de Oliveira Ghisloti; 2º secretário – Francisco Manoel Pinto; 1º tesoureiro – Rubens Antonio Pinto; 2º tesoureiro – Amaury Augusto Ramos; diretores de patrimônio – Ismael Eduardo Santos, Maurício Alberto Ramos e Oswaldo Augusto da Costa; diretores de esporte – Paulo Romano e Cleber Marino da Cruz; diretor social – Jairo Firmino; conselho fiscal – Pedro Antonio Fabiano, Nelson Manselli e Jenner Negrão.

Na foto de 1935, cochos e ancoradouro de barcos do Guarani, junto às margens do Rio Tietê, onde hoje encontra-se o clube do Corinthians

Fundado em 1913, é o clube mais velho de que se tem notícia na região. Inicialmente, jogava num campo entre as ruas Tuiuti, Soriano de Souza e Teixeira de Melo. Depois, passou a jogar em campo da Rua São Jorge, junto ao Rio Tietê. Em 1940, o Corinthians comprou aquele terreno, desalojando o Guarani. A agremiação passou a jogar no campo do River Plate, entre as ruas Siria, São Jorge e Avenida Celso Garcia.O terreno junto ao Tietê, também conhecido por chácara dos alemães, pois lá se manteve por muito tempo um clube chamado Turnerschaft, possuía campo de futebol, quadra de bola ao cesto, salão social e linda lagoa central, circundada pela excelente pista de atletismo.

O clube possuía ainda cochos para natação dentro do rio, ancoradouro para barcos, trampolins e escorregadores. Foram incontáveis as conquistas desta grande agremiação tatuapeense. Uma das suas grandes equipes de futebol foi assim constituída: Gino ou Passarinho, Carrazo e Gadelha; Chane ou Narcizo, Nego Doce e Plínio; Dirceu, Badih, Danilo, Toddy e Nicola. Muitos de seus jogadores acabaram jogando em equipes de primeira divisão.

Remador do Guarani. Ao fundo vê-se o escorregador e o bosque de eucaliptos que o clube possuia em sua praça (a foto é datada de 1935)

Nicola, na Portuguesa e Juventus; Toddy, na Portuguesa; Cachimbo, nos Estudantes Paulistas; Danilo e Abelha, no Albion (Comercial); Dirceu e Badih, no Juventus. Magníficas também, suas equipes de atletismo. Uma das melhores assim foi formada: Mário de Oliveira, Antônio Alves, Armando Martins, Mário Bonfim e Osvaldo Simin. Os três primeiros venceram a Corrida de São Silvestre. Teve ainda grandes equipes de remo, natação e pugilismo, como os boxeadores Herédia e Benjamim Rutta (campeão paulista). Mastrobuono destacou-se nas competições de arremesso de dardo.

Sua primeira sede foi na Avenida Celso Garcia, nos fundos do bar do senhor Emílio Barganhão. Depois passou para a mesma avenida na esquina da Rua Teixeira de Melo. Durante muito tempo teve excelente ginásio próximo ao atual depósito de materiais para construção Craveiro. Nele, além da quadra poliesportiva para prática de bola ao cesto e outras modalidades, possuía ringue para boxe, aparelhagem de ginástica etc.

Após muitos e muitos anos de glória, desaparecia na década de 60, a AA Guarani, inesquecível entidade esportiva do Tatuapé.