Arquivo do Autor: Antonio Ferreira da Silva Galdino

Sobre Antonio Ferreira da Silva Galdino

HISTORIADOR E AMANTE DO FUTEBOL DO PASSADO SEJA NACIONAL OU INTERNACIONAL.

07/04/1924 O VASCO VENCE A BARREIRA DO RACISMO NO FUTEBOL BRASILEIRO

O futebol esporte mais popular em nosso país, no seus primódios era praticado pelas classes mais abastadas e por membros das colônias britânicas que aqui residiam. Com a criação das equipes o esporte foi rapidamente se espalhando por todos os cantos dos Brasil, mais os campeonatos e times só tinham jogadores brancos, membros de outras raças não tinham o direito de jogarem nestas equipes, principalemente no eixo Sul e Sudeste. O Bangu o time proletariado foi o primeiro a por negros em suas fileiras no inicio do século passado. Mas foi no Vasco da Gama que surgiu o primeiro time racialmente misto. E aonde surgiu a primeira reação contra o racismo no futebol, a “Resposta Histórica”, que neste dia 7 de abril completou 85 anos.

Em 1924, uma liga fundada pelos cinco times mais influentes da época – Fluminense, Flamengo, Botafogo, América e Bangu – exigiu que o Vasco se desfizesse de 12 jogadores negros, mulatos, nordestinos ou pobres. A tal liga, chamada de Amea (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos) alegava que os atletas tinham “profissão duvidosa”.

A “Resposta Histórica” foi enviada à liga como forma de recusa à exigência da Amea. O Vasco, então, se manteve na enfraquecida LMDT (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres) e se sagrou campeão com 16 vitórias em 16 jogos. No ano seguinte, o clube da Colina foi admitido na Amea com os jogadores cujo talento dentro de campo estava em primeiro lugar.

Leiam a íntegra do documento:

Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
Ofício nr. 261
Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle
M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos

” As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.

Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.

Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.

Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.

Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.

Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado ”

(a) Dr. José Augusto Prestes
Presidente

Uma reprodução do documento está exposto na Sala de Troféus de São Januário. Acima, um lembrete: “Sem o Vasco, o futebol brasileiro não teria conhecido Pelé”.

Não somente o Rei do Futebol o nosso Pelé, mais também Leônidas da Silva, Zizinho, Didi, Garrincha, Romário e muitos outros gênios da bola.

Infelizmente ainda hoje esta doença chamada ” racismo” ainda tenta sobreviver no mundo não só do futebol mais em muitas outras modalidades esportivas, campanhas são espalhadas por todo o mundo mais centamente um dia o mundo estará livre desta que é uma das maiores imbecilidades do ser humano.

DIGA NÃO AO RACISMO

Textos: Galdino Silva e globo.com

1970 GUERREIROS INCAS LIDERADOS POR UM PRINCIPE ETÍOPE

Em 1970 a Seleção Peruana de Futebol, estava de volta a uma Copa Mundo exatos 40 anos desde a sua primeira participação no mundial do Uruguai em 1930. Certamente com a sua melhor geração no futebol que contava com jogadores com talento e habilidade com a bola como Teofilo Cubillas, Gallardo, Mifflin, Léon, Baylon e Sotil e o bom zagueiro Chumpitáz sob o comando do nosso Didi o principe Etiope que passou a comandar os peruanos em 1969 e deu um toque todo especial a equipe que conseguiu com bravura a classificação em um jogo decisivo contra a Argentina em Buenos Aires após um empate em 2 a 2 com Ramirez sendo o heroi da classificação ao marcar os dois gols do Peru no jogo em Lima a equipe derrotara a Argentina por 1 a 0 gol de Léon. A equipe foi recebida com festa em Lima no retorno e todos tinham a certeza que a equipe faria um bom papel na Copa do Mundo pois tinham não somente bons valores em campo mais fora dele um técnico que ensina a seus jogadores com praticar um bom futebol e certamente o jeito malicioso de bater na bola de Cubillas foi aprimorado pelo nosso Didi pois ele também sabia aplicar a famosa folha seca como fez um belo gol na Copa de 78 contra a Argentina desta maneira.

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Ramirez e Cubillas comemoram o gol contra a Argentina.

A poucos dias do Mundial uma tragédia caiu sobre o Peru em 31 de maio de 1970 na região de Ancash um terremoto que atingiu entre 7 e 8 graus na escala Richter, vitimando mais de 80.000 e mais de 143.000 afetadas pela catastrofe natural. A Seleção já se encontrava no México e estavam a dois dias da estreia diante os bulgáros e o fato abalou o time todo, pois todos estavam preocupados com seus familiares, chegou até se cogitar do time abandonar a competição, mais os dirigentes do mundial e os jogadores liderados por De La Torre e Chumpitáz decidiram que a equipe entraria em campo e que se eles jogassem bem e ganhassem as partidas serviriam um pouco de alento para superar a dor de todo o país e assim eles o fizeram.

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Cubillas o craque maior do Peru em todos os tempos.

Em 02 de Junho de 1970 na cidade de Léon a equipe entra em campo sob sol quente e ainda um pouco pertubados pela tragédia o time não se encontra em campo e leva um gol logo aos 12º minutos de jogo, no inicio do segundo tempo logo aos 5º minutos outro gol dos bulgaros, apartir dai os peruanos se superaram e partiram para cima do adversário que sentia também com o forte calor local, Gallardo descontou e Chumpitáz minutos depois igualou o placar, o jogo passou a ser todo do time peruano a a virada veio com seu nome maior Cubillas de falta da a vitória uma vitória que serviu de alento para os jogadores e todo o povo peruano num momento dificil.

Na segunda partida dia 6 de Junho, a equipe enfrentou o Marrocos, que deu trabalho para a poderosa Alemanha que sofreu para derrotar o time africano por 2 a 1, e com o Peru pelo menos no primeiro tempo a equipe marroquina segurou o impeto e o desespero do Peru em vencer mais um jogo, no intervalo Didi ponderou e acalmou os nervos da equipe e na volta o time deslanchou e venceu por 3 a 0 com dois gols de Cubillas e Chalé, a vitória classificou para a próxima fase e o jogo contra a Alemanha seria para decidir que venceria a chave, de qualquer forma a equipe fez o seu papel e o povo peruano estava orgulhoso de seus bravos compatriotas que aliviavam o sofrimento da perda em um momento de alegria o que viesse dali para a frente seria lucro, Brasil ou Inglaterra seriam o adversário seguinte no jogo contra os alemães a equipe sentiu o peso da camisa alemã e saiu perdendo ainda no primeiro tempo queera o ponto fraco do time, por 3 a 1 no segundo tempo a equipe apertou tentando uma reação mais parou nas mãos de Sepp Maier.

14 de Junho de 1970 Estádio Guadalajara, Brasil e Peru entram em campo para um duelo pela vaga nas semifinais, até ali o Peru já vinha satisfeito com a campanha, mais Didi sabia que poderia tirar proveito de conhecer bem o time canarinho, antes em 1969 em dois amistosos foram duas derrotas apertadas por 2 a 1 e 3 a 2 e o potencial de seus jogadores poderiam causar um surpresa no Brasil, não foi exatamente o que aconteceu sabemos, mais novamente um pessimo inicio de jogo levou a equipe a ter de correr atrás do prejuizo e o Brasil mesmo sem ter apresentado um bom futebol e mesmo com falhas gritantes, saiu vencedor por 4 a 2 e seguiu rumo ao tricampeonato mundial. Aos peruanos restaram o consolo de missão cumprida e terem saido da competição pelas mãos do futuro campeão mundial e a campanha que terminou com a setima posição a melhor até hoje, premiou não somente o seus jogadores mais toda uma nação que os receberam com festa como um ano antes quando se deu a classificação, o Peru não conseguiu a classificação para a Copa seguinte em 74 na Alemanha, em 1975 boa parte desta geração foi premiada com a conquista da Copa América de 1975 quando bateu a Colômbia, mais a campanha em 70 é que muitos peruanos guardam na memória.

Texto: Galdino Silva
Pesquisa e Fotos: fifa.com e rsssf brasil

ELES GANHARAM DESTAQUE JOGANDO CONTRA O BRASIL!

O Brasil é o país do futebol, mesmo ainda quando não tinhamos ganhado nenhuma Copa do Mundo, era notório a excelência de nossos jogadores pelo jogo de cintura, a habilidade com a bola, a ginga e claro a bela arte do futebol, e depois da Copa de 1958 quando finalmente passamos a ser mais notados nos campos de todo o mundo e jogar contra nossa seleção e vencer era ter um destaque muito grande no cenário mundial e para os jogadores que conseguisse se destacar em um jogo contra a toda poderosa seleção brasileira era ter o nome marcado para a eternidade no mundo da bola; apresento agora alguns deste jogadores que se destacaram com atuações primosas contra o Brasil.

03/06/1934 – Era jogo amistoso o Brasil vinha de uma eliminação na primeira fase da Copa da Itália e foi fazer um amistoso contra a Iugoslávia em Belgrado, era uma seleção sem comando a seleção formada sem seus bons valores da epóca, apesar de contar com Leônidas da Silva o craque do nosso futebol, Carvalho Leite e Waldemar de Brito, o time brasileiro sofreu a sua maior derrota ao longo da sua história, perdeu por 8 a 4. Na equipe iugoslava uma jogador se destacou: Blagoje Mosa Marjanovic marcou três gols e ganhou destaques aqui no Brasil e na sua terra é claro.

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Marjanovic também jogou a Copa de 1930 e enfrentou o Brasil na ocasião.

05/06/1938 – Copa do Mundo da França na estreia do Brasil um jogo de muitos gols contra a Polônia com o placar de 6 a 5 para os brasileiros no lado polonês um jogador que até hoje é o detentor de maior numeros de gols marcados contra nossa seleção: Ernst Willimowski marcou todos quatro gols da sua seleção e se tornou o nosso primeiro grande terror.

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Atacante polonês que brilhou também no futebol alemão onde chegou a defender a Alemanha na epóca do nazismo no campeonato polaco de 1939 chegou a marcar 10 gols em um jogo que seu time Ruch Wielkie Hajduki venceu por 12 a 1 um time local.

05/03/1940 – Pela Copa Roca em Buenos Aires, uma goleada por 6 a 1 e um atacante que dançou tango na zaga brasileira: Peucelle um dos maiores atacantes do futebol argentino fez a festa neste dia marcou três gols e participou diretamente de mais dois gols, fez parte da primeira fase de La Maquina o time do River Plate no inicio dos anos 40 e defendeu a seleção argentina na Copa de 1930.

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Carlos Peucelle ídolo do futebol argentino.

06/06/1950 – As vesperas da Copa de 1950, o Brasil recebeu a seleção gaúcha em São Januário para um amistoso que foi vencido pela seleção brasileira por 6 a 4, no time gaúcho um destaque sublime: Hermes que fez todos os tentos da seleção dos pampas, ao lado de Adãozinho ele que defendia o Cruzeiro/RS na epóca.

17/11/1955 – No Pacaembu na disputa da extinta Taça Osvaldo Cruz o Brasil recebe o Paraguai para um jogo de muitos gols em um empate em 3 a 3, o destaque do time guarani foi o atacante Hector Gonzalez que teve seu dia de gloria ao marcar os três gols do time das Chalanas.

24/04/1963 – O Brasil em um tour pela Europa em 1963 foi até Bruxelas enfrentar os belgas, o destaque do jogo que terminou com uma sonora goleada por 5 a 1 da Bélgica e o destaque da partida foi o atacante do Anderlecht, Jaques Stockman que fez três gols, Stockman que no inicio da sua carreira atuava de ocúlos segundo Boquinha defensor do Vitória que havia enfrentado o atacante em um amistoso em 1957 quando a equipe baiana fez uma excursão ao velho continente, deixou a zaga brasileira a ver navios neste dia.

23/06/1968 – Em Bratislava na epóca cidade da Tchecoslováquia, recebe a seleção brasileira que vinha juntando os cacos depois da pifia campanha na Copa da Inglaterra dois anos antes, os tchecos ausentes deste mundial se preparava para as eliminatórias e venceu o Brasil por 3 a 2 com destaque para Jozef Adamec ele que disputou os mundiais de 62 e 70 entrou para a história do futebol de seu país por este fato.

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Adamec três gols contra o Brasil em 68.

10/06/1984 – Um jogo no Maracanã marcava a estreia de Edu Coimbra no cargo de técnico da seleção brasileira, o adversário era a Inglaterra, e renovada seleção brasileira caiu diante dos ingleses em pleno Maraca e John Barnes inglês de origem jamaicana fez um golaço no maior do mundo, um gol tipico de um brasileiro, arrancada com dribles em direção do gol e toque no canto para marcar seu mais belo gol na carreira certamente e ter seu dia de glória no futebol mundial.

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28/05/1990 – Estádio Libero Liberatti o Brasil se prepara para a Copa da Itália e faz um jogo treino contra um combinado a Umbria e perde por 1 a 0 gol de Artistico e um belo gol de fora da aréa era um prenúncni azedo do que viria da seleção de Lazaroni o jogo pode não ser dado como oficial pela CBF mais pela vergonha mais que Artistico entrou para a história da sua região e talvez da Itália por este gol por ser ele um atleta amador.

Muitos outros jogadores famosos tiveram atuações destacadas contra o Brasil como Zidane, Paulo Rossi, Kanu, Gighia mais estes são casos já conhecidos de todos.

Fontes: Pesquisas RSSSF Brasil
Lancenet
Revista Placar

Textos: Galdino Silva

OSNI O PEQUENO GIGANTE! GRANDE IDOLO DE DUAS TORCIDAS NA BAHIA

Osni Lopes é com certeza daqueles jogadores que tem o status de ter sido um grande idolo de dois clubes rivais de uma mesma cidade e estara sempre presente na memória de suas torcidas, é comum no futebol do Brasil ou do exterior um jogador atuar por uma grande clube de massa e depois de ser negociado com um outro clube de outra cidade, estado ou país, voltar para defender o clube rival do qual ele era visto como um terror para suas defesas. Nascido em Osaco/SP em 13/07/1952 e revelado pelo Santos FC, em 1970 foi emprestado ao Olário do Rio onde teve boas atuações em 1971 o Santos negocia seu passe para o Vitória/BA clube por onde entrou para a história como um dos maiores jogadores de suas fileiras em todos os tempos, aqui em Salvador caiu logo nas graças da torcida rubro negra com seus dribles que humilhavam seus marcadores apesar de seu 1, 56 e muitos gols. Osni foi um dos grandes nomes da equipe do Vitória na conquista do título baiano de 1972, ao lado de André Catimba, Mario Sérgio, Gibira e Almiro.

Em 1974 foi eleito bola de prata da revista placar como melhor ponta-direita do futebol brasileiro, com a camisa vermelha e preta do Vitória ele marcou 85 gols até 1976 quando foi negociado para o Flamengo, nas tardes de domingo a Fonte Nova pegava fogo quando Osni enfrentava Juca lateral do Atlético de Alagoinhas ou Romero do Bahia, aliás num BAVI eletrizante que só faltou sair faisca, o baixinho arretado fez fila na defesa do Bahia, ao chegar na linha de fundo, Osni volta aplicando novos dribles sobre Romero que fica desesperado com os dribles, para humilhar mais o lateral tricolor ele senta na bola e chamaa defesa do Bahia para novas fintas e ai Romero pega Osni pela sua longa cabeleira e ai vocês imaginam o sururu que foi formado e a confusão foi geral com várias expulsões.

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Osni no meio de gigante Fischer e Andrada dois argentinos no Vitória.

Depois de se despedir da torcida baiana em 1976 com a perda do título baiano para o Bahia, Osni desembarca de volta ao Rio de Janeiro, para defender o Flamengo, lá apesar de disputar a posição com Tita ele teve boas atuações no time de Zico e Claúdio Adão, foram 63 jogos e 18 gols pelo time do Mengão.

Em 1978, Osni está de volta ao futebol da Bahia, desta vez para defender o maior rival do Vitória o Bahia, e logo na sua estreia ele tem uma atuação além das expectativas marca um gol de penalti apesar da derrota para o Guarani em Campinas por 2 a 1, no jogo seguinte mais dois gols contra o CRB em Alagoas, davam e enchiam a torcida tricolor de ver o antigo desafeto como candidato a ídolo, porém neste mesmo ano Osni começou a sofrer mais com a marcação dos defensores e suas seguidas contusões quase o fizeram a abandonar o futebol, em 1979 ele volta mais uma nova contusão no joelho atrapalha sua carreira, nesta epóca conheci o baixinho fazendo fisioterapia na piscina da Vila Olimpica do Estádio da Fonte Nova com o saudoso professor Walter e o médico do Bahia Marcos, para fortalecimento do joelho operado, ele volta faz boas partidas, marca gols mais sofre nova contusão, é operado volta e é emprestado ao Maranhão, em 1980 ele retorna com a corda toda, mais novamente sofre nova cirurgia no joelho agora o esquerdo, todos imaginavam o fim mais o pequeno gigante tinha de vencer e ser ídolo daquela massa que acreditava nele e no seu futebol, em 1981 no meio do campeonato baiano com todos gás, marca gols, inclusive na decisão contra o Vitória, ele fez o gol de empate depois outro baixinho Gilson Gênio marca o gol do título, no ano seguinte Osni começa a se destacar inclusive no brasileiro, no campeonato baiano de 1982, ele come a bola, cai de vez nas graças da galera do Bahia, mais uma nova contusão o deixa de fora dos jogos finais, mais ele estava presente na festa do título invicto do Bahia.

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BAHIA campeão de 1982

Nos anos de 1983 e 1984, Osni é realmente o nome de destaque maior no time baiano, é o artilheiro nos campeonatos que disputa, faz gols de falta, penalti, cabeça isso mesmo, de fora da aréa, de canhota de direita de todos jeito, no ano de 84 ele era o chefe do time dentro e também fora de campo, quando com a saida do treinador Zé Duarte, ele assume o comando do time no quarto turno do campeonato que tinha Serrano, Catuense e Bahia como vencedores dos turnos anteriores, ele leva o time a conquista do turno e do campeonato para delirio da massa tricolorida na Fonte Nova no jogo decisivo contra o Leônico ele deixa o seu tento o terceiro na goleada por 4 a 1, mais faltava mais um gol para ser o artilheiro do campeonato ao lado do nigeriano Ricky do Vitória e na rodada final do quadrangular ele marca contra a Catuense,era o seu 15º era para fechar com chave de ouro, campeão como técnico, jogador, artilheiro do certame e melhor jogador, foi também o seu ultimo gol pelo Bahia ao todo foram 138 gols, apesar de tudo isso os dirigentes do bahia foram ingratos com o baixinho o não renovaram seu contrato para a temporada seguinte para revolta da torcida.

Osni apesar de pequeno na estatura, sempre foi grande dentro e fora do campo, sua alegria contagiava todos no clube, desde a sua chegada, quando eu era jogador das divisões de base do clube em 1984 quando cheguei junto com Dico Maradona, Osni sempre nos tratou de maneira especial a todos da base, em 1986 tive problemas no joelho por estar sempre acima do peso, eu era tipo Neto, meio gordinho mais bom de bola tanto que os mais antigos como Fantoni, Paulo Amaral me chamavam de Puskas. Osni sempre estava vendo os treinos da rapaziada dos juvenis e juniores e nos dava o maior apoio e solidariedade.

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Osni campeão pelo Vitória na máquina de 1972.

Osni ganhou um título pelo Vitória em 72, e pelo Bahia ganhou os de 1979, 1981, 1982, 1983 e 1984, marcou 223 gols pelos dois clubes, proporcionou amor e ódio nas duas torcidas, mais certamente foi o que se tornou maior ídolo nas duas torcidas, ao longo dos tempos de rivalidade outros jogadores defenderam as duas agremiações como o goleiro Nadinho, o atacante Raul Coringa, o zagueiro Roberto Rebouças, o meia Elizeu, o lateral Boquinha, o atacante Carlinhos e André Catimba e mais recente o meia atacante Uesléi, mais nenhum deles fez tanto pelos dois clubes como Osni O PEQUENO GRANDE GIGANTE DE DUAS GRANDES TORCIDAS.

Fontes: Galdino Silva
Pesquisa: Revista Placar e EC Bahia uma história de lutas e glórias de Carlos Casaes e Normando Reis.
Fotos: Revista Placar e Jornal A Tarde

URI JESUM O ENTORTADOR DE LATERAIS DO FUTEBOL BAIANO!

Em 1976, aqui em Salvador desembarca o ponta esquerda vindo do São Paulo FC, Jesum Gabriel chega para reforçar o time para a disputa do campeonato baiano e subustituir o ponteiro Marquinhos, logo cedo caiu nas graças da torcida tricolor com um futebol agil, habilidoso e com dribles desconcertantes, era uma festa vê-lo jogar pela ponta esquerda em uma epóca em que não faltavam estes velozes e sagazes atacantes e com Jesum não era diferente, além das qualidades acima ele tinha um chute potentoso e logo se tornou um inferno para os laterais direitos da Bahia, nesse mesmo tempo na antiga URSS aparecia um paranormal chamado Uri Geller que entortava colheres, garfos com o poder da mente, e ai Jesum com sua paranormalidade de entortar os defensores adversários, ganhou o apelido de Uri Jesum.

Aqui na Bahia, Teola do Jequié era o que mais sofria com Jesum, Iauca do Itabuna, Claudio Deodato do Vitória, Joca do Fluminense e Silva Paraiba do Atlético de Alagoinhas tinha pesadelos, Claudio Deodato em um BAVI chegou a ser substituido com dores no nervo ciatico devido aos dribles, nas três temporada que disputou pelo Bahia, Jesum ganhou os campeonatos baianos de 76/77 e 78, neste mesmo ano venceu a Bola de Prata da Revista Placar, deixando para trás verdadeiras lendas da posição no país como Joãozinho do Cruzeiro, Zé Sergio do São Paulo, Romeu do Corinthians, Bozó do Guarani, Zezé do Fluminense, também fez estragos com laterais como Rosemiro do Palmeiras, Eurico do Grêmio, Orlando do Vasco e Zé Maria do Corinthians e Nelinho do Cruzeiro.

No campeonato brasileiro de 77 que teve sua fase decisiva em 1978 em um jogo na Fonte Nova contra o Cruzeiro, Nelinho marcou um dos gols e deu passe para o outro gol mineiro, mais ele levou um baile de Jesum desde o começo do jogo, apesar da derrota até aos 40 minutos do segundo tempo, Nelinho estava em apuros e nos cinco minutos finais, Jesum marcou um gol e deu o passe para Jorge Campos empatar o jogo e por pouco o Bahia não conseguia uma virada para a história por que no minuto 45, Jesum manda na trave um bola, depois de deixar Nelinho sentado no chão, para delirio da massa tricolor.

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Jesum com a camisa 11 do Bahia em 1976

Jesum com a camisa do bahia além dos 3 titulos estaduais, marcou 38 gols, foi um dos maiores ponteiros que vi jogar com a camisa do clube, comparado a Biriba ponta campeão da Taça Brasil em 1959, ele deixou o Bahia em 1979 indo para o Grêmio, andou pelo Cruzeiro e em 1985 defendeu o Vitória e na sua estreia com a camisa do rival em que entortou tantos laterais, ele marcou um gol justamente contra o Bahia e de falta, mesmo assim tenho certeza que os mais antigos torcedores do Bahia jamais se esqueçeram das tardes de domingo que Uri Jesum
fazia da sua paranormalidade a alegria da torcida do Bahia.

Fonte: Texto Galdino Silva
Foto: Bavi na Net

GRANDES TENORES NA ARTE DE CANTAR É GOLLLLLLLLLLLLLLL!

“ Prepara-se Zico defronte a tribuna Amsterdã, vai bater o Zico, coloca-se a barreira um pouco a frente do pênalti, correu Zicão atirou é gol gooooooooooooooolllllllllllllllll, Zicão camisa numero 10 quando eram decorridos…” A narração de um gol numa partida de futebol é o momento apoteótico de um locutor, é seu momento de um tenor seja ele clássico, soprano ou baritono, pelas ondas do radio.Este gol acima é o segundo gol do Flamengo sobre o Cobreloa na final da Taça Libertadores de 1981, Jorge Curi para mim o maior de todos que eu escutei e tenho muitos gols do Flamengo narrados por ele, assim como Curi tivemos e temos ainda muitas vozes pitorescas e seus gritos de gols de formas peculiares e algumas como marcar registradas não somente o grito de gol mais também a forma de narrar uma partida de futebol, quem não sente saudade de ouvir Waldir Amaral pelas ondas das rádios Tupi e Globo do Rio de Janeiro nas tardes de domingo, o seu famoso “ O relógio marca” e outros bordões como “Individuo Competente” e “Tem peixe na rede” foi ele também que colocou o apelido “Galinho de Quintino”em Zico.

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Mestre Waldir Amaral na gabine do Maraca

Outro saudoso grito de gol famoso que nos deixou recentemente foi Fiori Gigliotti, nascido em Barra Bonita em 1928, Fiori era a alma do radio esportivo paulistano ao lado de Osmar Santos, seus bordões como “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”, “E o tempo passa…” (quando uma equipe precisava fazer um gol), “Agüenta coração!”, “Crepúsculo de jogo” e “Torcida brasileira”. Fiori escolheu a véspera de uma Copa do Mundo para dizer adeus ao futebol, ao rádio e aos milhares de torcedores que se acostumaram a ouvir suas transmissões sempre carregadas de emoção.

Osmar Santos, o garotinho um dos maiores locutores na arte de transmitir futebol, era um tremendo sucesso as suas locuções e sua equipe que tinha Fausto Silva como repórter de campo, Sempre muito criativo, inovou também quando passou a narrar jogos pela TV Record. Em alguns momentos a câmera o mostrava na cabine e ele falava diretamente com o telespectador. Também criou bordões que foram tão bem aceitos pelo público, que ecoavam pelos estádios, como o famoso “Parou por quê, por que parou?”. Entre suas expressões inesquecíveis, estão: Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha, “Um prá lá, dois prá cá, é fogo no boné do guarda”, “Sai daí que o Jacaré te abraça, garotinho”, “No caroçinho do abacate” “ai garotinho” e uma das narrações de gol mais marcante do rádio brasileiro “E que GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL”. Também foi Osmar Santos quem criou a expressão “Animal”, que melhor representou o jogador Edmundo, terminando por se tornar a sua marca registrada. Em 1994 sofreu um acidente de automóvel que fez interromper a sua brilhante carreira no radio esportivo brasileiro.

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Fiori no Pacaembu

O grande locutor da história do rádio talvez tenha sido Pedro Luiz, que narrou o primeiro tempo do jogo Brasil e Suécia na final da Copa de 1958. No segundo tempo o locutor foi Edson Leite. Foi uma dupla de fazer história. Pedro Luiz tinha uma capacidade de descrever detalhes que só vi, anos depois, em José Silvério, da Jovem Pan. Os especialistas dizem que foi o maior da história. Conseguia com poucas palavras vislumbrar o panorama da jogada. Pedro Luiz, foi altivo, narrou normalmente a derrota do Brasil na copa de 1950 sem deixar transparecer nada e elogiou os uruguaios legítimos campeões. Era também um craque em narrar outras modalidades esportivas.
José Silvério, dono de uma voz inconfundível e de uma precisão incomparável, é considerado por muitos o mais técnico de todos os locutores esportivos de rádio da história.
Já narrou mais de 20 modalidades esportivas, mas destacou-se no futebol, sobretudo de São Paulo. Cobriu todas as Copas do Mundo desde 1978. Em sua carreira, passou por situações curiosas, como narrar a final do Campeonato Brasileiro de 1979 na pista de atletismo do estádio Beira-Rio, com os cães da polícia à sua frente. Outra situação curiosa foi durante um treino da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1986: sem autorização para narrar do estádio, os locutores das rádios tiveram de improvisar, e Silvério subiu em uma árvore, de onde avisava o repórter de campo Wanderley Nogueira sempre que não conseguia ver algum lance, para que ele o ajudasse com a narração.
Autor de jargões inúmeras vezes repetidos por outros locutores, sendo o mais notório o “E que golaço!”, que surgiu de improviso e foi incorporado ao seu repertório. Tem uma espécie de “tique”, que é sua marca registrada, qual seja, estender a pronúncia das últimas sílabas das palavras (Por exemplo, o repórter Leandro Quesada é chamado de “Quesadaaaaannnnnnnnnn”). É considerado o Pai do Gol.

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Saudoso Jorge Curi

José Carlos Araújo, O Garotinho legitimo e carioca da gema, é hoje um dos ícones do radio esportivo brasileiro sem sombra de duvidas, substituiu Waldir Amaral na Radio Globo, teve uma passagem rápida pela Radio Nacional mais voltou a Globo, com seu celebre “Entrouuuu ggggoooooolllll….. do ….” “Voltei” “Vai mais Vai mais “ Ele José traz de volta os bons tempos das grandes narrações dos jogos dos times do Rio de Janeiro sem sombra de duvidas.

Aqui na Bahia temos o Silvio Mendes como grande showman das transmissões esportivas, com pontos de mais de 70% por cento de audiência em suas narrações, seu famoso grito de gol “Nasceuuuuuu gooooooollll do …. ” A Josilda ta no fundo da rede e o reloginho marcando …. ” Não chore não chore ” Deixa quieto…” “Alô galerinha que me ama agora ta no placar….” sào seus bordões mais famosos.

Jorge Curi que para mim foi o maior que ouvir narrar uma partida de futebol, sua voz trepidante arrepiava até mesmo quando o gol era contra o seu time, em 1978 tive o prazer de ouvi-lo narrar uma partida entre Botafogo/RJ e Bahia no Maracanã e quando Beijoca fez o gol do Bahia de cabeça ele apelidou carinhosamente o troncudo atacante tricolor de Trator, seus bordões “Passa de passagem em homenagem a Mané Garrincha, “A hora do Pato” “No placar do maior do mundo, o tempo marca….”, tenho muitos gols do Flamengo narrados por Curi gravados em CD’s quase perdi estes arquivos outro dia mais conseguir recuperar.

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O Garotinho um dos melhores da nova geração de locutores.

Fontes: Textos Galdino Silva
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Fotos: Museu do Esporte

‘Dois lados’: o craque que teve o pé banhado com champagne, após marcar o gol do título!

O Campeonato Baiano de 1920, foi o primeiro torneio realizado pela LBDT (Liga Bahiana de Desportes Terrestres) disputado no Campo da Graça ou Stadium da Bahia que fora inaugurado naquele ano, para abrigar o crescimento do futebol na cidade de Salvador/BA.

Após uma disputada eletrizante que envolveu três equipes com a mesma pontuação ao final dos turnos: Fluminense de Salvador, Associação Atlética da Bahia e o Ypiranga, que era ao lado do Botafogo/BA as maiores forças do estado na epóca.

Como tinha ficado na terceira posição o time mais querido o Auri-Negro, viu no primeiro jogo do Triangular Final os seus rivais diretos empatarem em 1 a 1 no dia 05 de dezembro de 1920.

Após um sorteio o Ypiranga encarou o Fluminense no dia 12 dezembro  de 1920, e venceu por 2 a 1 com um jogador fazendo a diferença na equipe do Ypiranga, seu nome era Dois Lados como era conhecido por seu magro e quase esqueletico, ele batizado como João Manuel da Silva, era na epóca soldado do Esquadrão de Cavalaria da Policia Militar da Bahia.

Jogador de rara técnica segundo as crônicas locais daquele tempo e de dribles e jogadas eletrizantes, Dois Lados infernizava com sua velocidade e deslocamentos rápidos que deixavam seus marcadores alucinados, com muita destreza e estilista na arte de fazer gols era o idolo maior do futebol da Bahia.

O seu grande apice aconteceu no dia 19 de dezembro de 1920, quando o Ypiranga entrou em campo para buscar o título daquela temporada.

A Associação Atlética precisava vencer a partida, mesmo jogando pelo empate. O Ypiranga tomou a iniciativa do ataque e com seu quinteto ofensivo comandado pelo celebre Soldado da Cavalaria.

O jogo transcorria normalmente e a torcida do Ypiranga fazendo a festa cantando tirando choros e sambas nas arquibancadas, o empate parecia certo e o título também, mas o time bravo da Associação se lançou desesperadamente ao ataque e o pior poderia acontecer, mais eis que surge toda a destresa do “artista da bola” se fez presente, depois de tabelar com Coelho este lança para Fernando que devolve para Dois Lados este dribla Fiaes e Arruda e toca com maestria para o fundo da meta do goleiro Aragão, Santino ainda tenta tirar o bola mais Fernando empurra para o gol, a bola já tinha passado da linha e festa no Campo da Graça.

Ao final do toque da sirene, é isso mesmo o relógio girava marcando o tempo e quando chegava aos 45º minuto, soava e a peleja estava encerrada.

A partir daí, o Campo da Graça fora invandido pelos torcedores que carregaram seus heróis  nos braços, todos eles, J.Nova o goleiro por suas defesas, Coelho, Gregório, Fernando e Dois Lados.

Nas comemorações na sede do clube regada a muita gasosa de limão e quitudes variados, Dois Lados teve o pé que marcou o gol do título banhado com champagne francês para delírio dos presentes no Clube Comercial da Bahia, no Centro de Salvador.

Dois Lados jogou até 1925, pelo Ypiranga e depois caiu no esquecimento de todos, em 1931, saiu uma noticia publicada no Jornal A Tarde que o ídolo estava desempregado, cego e mendigando pelas ruas da cidade.

A partir daí se deu uma enorme campanha de solidariedade de todos os desportitas baianos, a campanha se encerrou em 1932.

O resultado foi um belo saldo o que deu para comprar para o jogador uma casa na Curva Grande do Garcia no centro da cidade mobiliada com uma mesa de jantar com seis cadeiras e um guarda comidas.

O craque do passado outrora esquecido com esta ajuda pode trazer alguns parentes do interior da cidade de Castro Alves, dentre eles o padrinho saudoso Astério Barbosa da Silva, no dia 1° de junho de 1954.

Dois Lados faleceu mais deixou registrado seu nome no início do futebol na Bahia.

Texto: Galdino Silva
Fontes: Jornal A Tarde – Livro Esporte Clube da Felicidade 70 anos do Bahia de Nestor Mendes Junior.

MAIS UMA VEZ UM LÉO CAI NAS GRAÇAS DA TORCIDA DO BAHIA!

A torcida do Bahia, esta em estado de graça com o jogador Léo Medeiros, desde da sua estréia no dia 25/01/2009 no estádio de Pituaçu que o jogador vem encantando a massa tricolor com um futebol de bom controle de bola, visão de jogo, marcação e chegada ao ataque onde já deixou sua marca tr6es vezes nas redes adversárias, contratado para ser o homem de referência no meio campo do Bahia, Léo Medeiros chegou a Salvador no dia 11/01/2009, logo nos primeiros treinos se viu que precisava de condicionamento físico, por isso ele vinha sempre entrando no segundo tempo das partidas, o grande ápice do jogador veio no dia 08/02/2009 no Barradão no clássico contra o Vitória; depois de tomar um sufoco no primeiro tempo e ter saído com um empate de zero a zero, o técnico Gallo sacou o meia Helton Luiz e colocou Léo Medeiros no time, a coisa surtiu efeito e o Bahia venceu por 2 a 0 com Léo Medeiros mandando no time e caído de vez nas graças da torcida, apartir daí ele não saiu mais do time que lidera o campeonato baiano com um jogo a menos e 92% de aproveitamento, ele é a esperança do Bahia em voltar a conquistar um título estadual o que não ocorre desde 2001, fato inédito na historia do clube assim com a volta a elite do futebol brasileiro a Serie A da qual o tricolor esta ausente desde de 2003, tendo passado por tenebrosas campanhas na Serie B de 2005 rebaixado para a Serie C da qual só conseguiu sair em 2007. Porém não é a primeira vez que um Léo consegue cair nas graças da massa tricolor, outros jogadores em épocas diferentes também brilharam no clube e se chamavam Léo, na final da década de 50, em 1959 chegou ao clube o Léo Briglia, baiano de Itabuna que teve uma boa passagem pelo Vitória de 54 á 55 quando se transferiu para o Fluminense do Rio, onde jogou até 1958 quando retornou a Salvador para comandar o Bahia na campanha vitoriosa da conquista da Taça Brasil de 1959, Briglia foi um dos grandes destaques do Bahia e o goleador da equipe com sete gols, não só no ano da brilhante campanha, mais sim no período em que defendeu o tricolor baiano marcando 77 gols e sendo até hoje lembrado pelo mais antigos torcedores como um dos maiores jogadores da equipe.

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O novo xodó da torcida tricolor.

Em 1981, desembarca no Bahia um outro Léo, só que agora chamado Roberto Oliveira, mais conhecido como Léo Oliveira, este revelado pelo Santos no final da década de 70, teve passagens pelo América/RJ, Vitória/BA, em 81 chegou ao Bahia para reerguer o time que no ano anterior viu sua seqüência de títulos baianos ser derrubada pelo seu maior rival, logo em seu primeiro ano, ele mostrou sua classe refinada de jogar futebol, sua maestria sua habilidade para fazer lançamentos e suas cobranças de faltas, foram três anos de alegrias e 45 gols e três títulos baianos, eu o vi em ação nestes clubes por onde passou e realmente foi um dos maiores camisa 8 do Bahia de todos os tempos.

Léo Medeiros tem um pouco dos outros dois Léos que por aqui passaram bate falta bem como Oliveira e chega bem ao ataque e faz passes precisos como Briglia e além de tudo caiu nas graças logo cedo da torcida tricolor.

Fontes: Texto Galdino Silva
Pesquisa: Livro Esporte Clube Bahia, uma história de lutas e glória de Mormando Reis e Carlos Casaes.
Revista Placar