Osni Lopes é com certeza daqueles jogadores que tem o status de ter sido um grande idolo de dois clubes rivais de uma mesma cidade e estara sempre presente na memória de suas torcidas, é comum no futebol do Brasil ou do exterior um jogador atuar por uma grande clube de massa e depois de ser negociado com um outro clube de outra cidade, estado ou país, voltar para defender o clube rival do qual ele era visto como um terror para suas defesas. Nascido em Osaco/SP em 13/07/1952 e revelado pelo Santos FC, em 1970 foi emprestado ao Olário do Rio onde teve boas atuações em 1971 o Santos negocia seu passe para o Vitória/BA clube por onde entrou para a história como um dos maiores jogadores de suas fileiras em todos os tempos, aqui em Salvador caiu logo nas graças da torcida rubro negra com seus dribles que humilhavam seus marcadores apesar de seu 1, 56 e muitos gols. Osni foi um dos grandes nomes da equipe do Vitória na conquista do título baiano de 1972, ao lado de André Catimba, Mario Sérgio, Gibira e Almiro.
Em 1974 foi eleito bola de prata da revista placar como melhor ponta-direita do futebol brasileiro, com a camisa vermelha e preta do Vitória ele marcou 85 gols até 1976 quando foi negociado para o Flamengo, nas tardes de domingo a Fonte Nova pegava fogo quando Osni enfrentava Juca lateral do Atlético de Alagoinhas ou Romero do Bahia, aliás num BAVI eletrizante que só faltou sair faisca, o baixinho arretado fez fila na defesa do Bahia, ao chegar na linha de fundo, Osni volta aplicando novos dribles sobre Romero que fica desesperado com os dribles, para humilhar mais o lateral tricolor ele senta na bola e chamaa defesa do Bahia para novas fintas e ai Romero pega Osni pela sua longa cabeleira e ai vocês imaginam o sururu que foi formado e a confusão foi geral com várias expulsões.
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Osni no meio de gigante Fischer e Andrada dois argentinos no Vitória.
Depois de se despedir da torcida baiana em 1976 com a perda do título baiano para o Bahia, Osni desembarca de volta ao Rio de Janeiro, para defender o Flamengo, lá apesar de disputar a posição com Tita ele teve boas atuações no time de Zico e Claúdio Adão, foram 63 jogos e 18 gols pelo time do Mengão.
Em 1978, Osni está de volta ao futebol da Bahia, desta vez para defender o maior rival do Vitória o Bahia, e logo na sua estreia ele tem uma atuação além das expectativas marca um gol de penalti apesar da derrota para o Guarani em Campinas por 2 a 1, no jogo seguinte mais dois gols contra o CRB em Alagoas, davam e enchiam a torcida tricolor de ver o antigo desafeto como candidato a ídolo, porém neste mesmo ano Osni começou a sofrer mais com a marcação dos defensores e suas seguidas contusões quase o fizeram a abandonar o futebol, em 1979 ele volta mais uma nova contusão no joelho atrapalha sua carreira, nesta epóca conheci o baixinho fazendo fisioterapia na piscina da Vila Olimpica do Estádio da Fonte Nova com o saudoso professor Walter e o médico do Bahia Marcos, para fortalecimento do joelho operado, ele volta faz boas partidas, marca gols mais sofre nova contusão, é operado volta e é emprestado ao Maranhão, em 1980 ele retorna com a corda toda, mais novamente sofre nova cirurgia no joelho agora o esquerdo, todos imaginavam o fim mais o pequeno gigante tinha de vencer e ser ídolo daquela massa que acreditava nele e no seu futebol, em 1981 no meio do campeonato baiano com todos gás, marca gols, inclusive na decisão contra o Vitória, ele fez o gol de empate depois outro baixinho Gilson Gênio marca o gol do título, no ano seguinte Osni começa a se destacar inclusive no brasileiro, no campeonato baiano de 1982, ele come a bola, cai de vez nas graças da galera do Bahia, mais uma nova contusão o deixa de fora dos jogos finais, mais ele estava presente na festa do título invicto do Bahia.
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BAHIA campeão de 1982
Nos anos de 1983 e 1984, Osni é realmente o nome de destaque maior no time baiano, é o artilheiro nos campeonatos que disputa, faz gols de falta, penalti, cabeça isso mesmo, de fora da aréa, de canhota de direita de todos jeito, no ano de 84 ele era o chefe do time dentro e também fora de campo, quando com a saida do treinador Zé Duarte, ele assume o comando do time no quarto turno do campeonato que tinha Serrano, Catuense e Bahia como vencedores dos turnos anteriores, ele leva o time a conquista do turno e do campeonato para delirio da massa tricolorida na Fonte Nova no jogo decisivo contra o Leônico ele deixa o seu tento o terceiro na goleada por 4 a 1, mais faltava mais um gol para ser o artilheiro do campeonato ao lado do nigeriano Ricky do Vitória e na rodada final do quadrangular ele marca contra a Catuense,era o seu 15º era para fechar com chave de ouro, campeão como técnico, jogador, artilheiro do certame e melhor jogador, foi também o seu ultimo gol pelo Bahia ao todo foram 138 gols, apesar de tudo isso os dirigentes do bahia foram ingratos com o baixinho o não renovaram seu contrato para a temporada seguinte para revolta da torcida.
Osni apesar de pequeno na estatura, sempre foi grande dentro e fora do campo, sua alegria contagiava todos no clube, desde a sua chegada, quando eu era jogador das divisões de base do clube em 1984 quando cheguei junto com Dico Maradona, Osni sempre nos tratou de maneira especial a todos da base, em 1986 tive problemas no joelho por estar sempre acima do peso, eu era tipo Neto, meio gordinho mais bom de bola tanto que os mais antigos como Fantoni, Paulo Amaral me chamavam de Puskas. Osni sempre estava vendo os treinos da rapaziada dos juvenis e juniores e nos dava o maior apoio e solidariedade.
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Osni campeão pelo Vitória na máquina de 1972.
Osni ganhou um título pelo Vitória em 72, e pelo Bahia ganhou os de 1979, 1981, 1982, 1983 e 1984, marcou 223 gols pelos dois clubes, proporcionou amor e ódio nas duas torcidas, mais certamente foi o que se tornou maior ídolo nas duas torcidas, ao longo dos tempos de rivalidade outros jogadores defenderam as duas agremiações como o goleiro Nadinho, o atacante Raul Coringa, o zagueiro Roberto Rebouças, o meia Elizeu, o lateral Boquinha, o atacante Carlinhos e André Catimba e mais recente o meia atacante Uesléi, mais nenhum deles fez tanto pelos dois clubes como Osni O PEQUENO GRANDE GIGANTE DE DUAS GRANDES TORCIDAS.
Fontes: Galdino Silva
Pesquisa: Revista Placar e EC Bahia uma história de lutas e glórias de Carlos Casaes e Normando Reis.
Fotos: Revista Placar e Jornal A Tarde