GRANDES TENORES NA ARTE DE CANTAR É GOLLLLLLLLLLLLLLL!

“ Prepara-se Zico defronte a tribuna Amsterdã, vai bater o Zico, coloca-se a barreira um pouco a frente do pênalti, correu Zicão atirou é gol gooooooooooooooolllllllllllllllll, Zicão camisa numero 10 quando eram decorridos…” A narração de um gol numa partida de futebol é o momento apoteótico de um locutor, é seu momento de um tenor seja ele clássico, soprano ou baritono, pelas ondas do radio.Este gol acima é o segundo gol do Flamengo sobre o Cobreloa na final da Taça Libertadores de 1981, Jorge Curi para mim o maior de todos que eu escutei e tenho muitos gols do Flamengo narrados por ele, assim como Curi tivemos e temos ainda muitas vozes pitorescas e seus gritos de gols de formas peculiares e algumas como marcar registradas não somente o grito de gol mais também a forma de narrar uma partida de futebol, quem não sente saudade de ouvir Waldir Amaral pelas ondas das rádios Tupi e Globo do Rio de Janeiro nas tardes de domingo, o seu famoso “ O relógio marca” e outros bordões como “Individuo Competente” e “Tem peixe na rede” foi ele também que colocou o apelido “Galinho de Quintino”em Zico.

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Mestre Waldir Amaral na gabine do Maraca

Outro saudoso grito de gol famoso que nos deixou recentemente foi Fiori Gigliotti, nascido em Barra Bonita em 1928, Fiori era a alma do radio esportivo paulistano ao lado de Osmar Santos, seus bordões como “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”, “E o tempo passa…” (quando uma equipe precisava fazer um gol), “Agüenta coração!”, “Crepúsculo de jogo” e “Torcida brasileira”. Fiori escolheu a véspera de uma Copa do Mundo para dizer adeus ao futebol, ao rádio e aos milhares de torcedores que se acostumaram a ouvir suas transmissões sempre carregadas de emoção.

Osmar Santos, o garotinho um dos maiores locutores na arte de transmitir futebol, era um tremendo sucesso as suas locuções e sua equipe que tinha Fausto Silva como repórter de campo, Sempre muito criativo, inovou também quando passou a narrar jogos pela TV Record. Em alguns momentos a câmera o mostrava na cabine e ele falava diretamente com o telespectador. Também criou bordões que foram tão bem aceitos pelo público, que ecoavam pelos estádios, como o famoso “Parou por quê, por que parou?”. Entre suas expressões inesquecíveis, estão: Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha, “Um prá lá, dois prá cá, é fogo no boné do guarda”, “Sai daí que o Jacaré te abraça, garotinho”, “No caroçinho do abacate” “ai garotinho” e uma das narrações de gol mais marcante do rádio brasileiro “E que GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL”. Também foi Osmar Santos quem criou a expressão “Animal”, que melhor representou o jogador Edmundo, terminando por se tornar a sua marca registrada. Em 1994 sofreu um acidente de automóvel que fez interromper a sua brilhante carreira no radio esportivo brasileiro.

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Fiori no Pacaembu

O grande locutor da história do rádio talvez tenha sido Pedro Luiz, que narrou o primeiro tempo do jogo Brasil e Suécia na final da Copa de 1958. No segundo tempo o locutor foi Edson Leite. Foi uma dupla de fazer história. Pedro Luiz tinha uma capacidade de descrever detalhes que só vi, anos depois, em José Silvério, da Jovem Pan. Os especialistas dizem que foi o maior da história. Conseguia com poucas palavras vislumbrar o panorama da jogada. Pedro Luiz, foi altivo, narrou normalmente a derrota do Brasil na copa de 1950 sem deixar transparecer nada e elogiou os uruguaios legítimos campeões. Era também um craque em narrar outras modalidades esportivas.
José Silvério, dono de uma voz inconfundível e de uma precisão incomparável, é considerado por muitos o mais técnico de todos os locutores esportivos de rádio da história.
Já narrou mais de 20 modalidades esportivas, mas destacou-se no futebol, sobretudo de São Paulo. Cobriu todas as Copas do Mundo desde 1978. Em sua carreira, passou por situações curiosas, como narrar a final do Campeonato Brasileiro de 1979 na pista de atletismo do estádio Beira-Rio, com os cães da polícia à sua frente. Outra situação curiosa foi durante um treino da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1986: sem autorização para narrar do estádio, os locutores das rádios tiveram de improvisar, e Silvério subiu em uma árvore, de onde avisava o repórter de campo Wanderley Nogueira sempre que não conseguia ver algum lance, para que ele o ajudasse com a narração.
Autor de jargões inúmeras vezes repetidos por outros locutores, sendo o mais notório o “E que golaço!”, que surgiu de improviso e foi incorporado ao seu repertório. Tem uma espécie de “tique”, que é sua marca registrada, qual seja, estender a pronúncia das últimas sílabas das palavras (Por exemplo, o repórter Leandro Quesada é chamado de “Quesadaaaaannnnnnnnnn”). É considerado o Pai do Gol.

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Saudoso Jorge Curi

José Carlos Araújo, O Garotinho legitimo e carioca da gema, é hoje um dos ícones do radio esportivo brasileiro sem sombra de duvidas, substituiu Waldir Amaral na Radio Globo, teve uma passagem rápida pela Radio Nacional mais voltou a Globo, com seu celebre “Entrouuuu ggggoooooolllll….. do ….” “Voltei” “Vai mais Vai mais “ Ele José traz de volta os bons tempos das grandes narrações dos jogos dos times do Rio de Janeiro sem sombra de duvidas.

Aqui na Bahia temos o Silvio Mendes como grande showman das transmissões esportivas, com pontos de mais de 70% por cento de audiência em suas narrações, seu famoso grito de gol “Nasceuuuuuu gooooooollll do …. ” A Josilda ta no fundo da rede e o reloginho marcando …. ” Não chore não chore ” Deixa quieto…” “Alô galerinha que me ama agora ta no placar….” sào seus bordões mais famosos.

Jorge Curi que para mim foi o maior que ouvir narrar uma partida de futebol, sua voz trepidante arrepiava até mesmo quando o gol era contra o seu time, em 1978 tive o prazer de ouvi-lo narrar uma partida entre Botafogo/RJ e Bahia no Maracanã e quando Beijoca fez o gol do Bahia de cabeça ele apelidou carinhosamente o troncudo atacante tricolor de Trator, seus bordões “Passa de passagem em homenagem a Mané Garrincha, “A hora do Pato” “No placar do maior do mundo, o tempo marca….”, tenho muitos gols do Flamengo narrados por Curi gravados em CD’s quase perdi estes arquivos outro dia mais conseguir recuperar.

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O Garotinho um dos melhores da nova geração de locutores.

Fontes: Textos Galdino Silva
Blog Radio Base
Fotos: Museu do Esporte

Um comentário em “GRANDES TENORES NA ARTE DE CANTAR É GOLLLLLLLLLLLLLLL!

  1. Andre Martins

    não tive a felicidade de velos narrando,mas sei que o Fiori era rei..até meu pai sempre dizia alguma frase memoráveis dele:

    “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo…”
    “O tempo passa…”
    “Tenta passar, e não passa!”
    “Crepúsculo do Jogo”
    “Agüenta coração!”
    “Uma Beleeeeeeeeeeeeza de Gol!”
    “Um beijo no seu coração”

    pena que não presenciei isso.=[

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