Arquivo do Autor: Gilberto Maluf

O histórico gol de placa de Pelé

O histórico gol de placa de Pelé, em Castilho do Flu, no dia 5 de março de 1961 no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo. O número 6 do Tricolor é Clóvis, ex-Guarani, e veja nas fotos acima Pelé cercado por até 6 (seis) jogadores do Flu e vence a todos. Acompanham também o genial lance Pinheiro, Dorval e Coutinho. Tinha mesmo que ter nascido ali o “gol de placa”, criação do então jornalista esportivo Joelmir Beting. As fotos são do livro “Eu sou Pelé”, de Benedito Ruy Barbosa, editado em 1961, sendo a primeira obra específica em livro sobre o Rei do Futebol.
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Os grandes marcadores do Rei Pelé

Na opinião de grande parte da crônica e daqueles que viveram aqueles memoráveis tempos, ficaram em evidência, como grandes marcadores de Pelé, os seguintes jogadores : VICENTE do Belenenses de Portugal, TRAPATTONI do Milan da Itália e ALDEMAR da Sociedade Esportiva Palmeiras do Brasil. Também não podemos nos esquecer de VITOR do São Paulo Futebol Clube e PITER, chuteira de ouro do Comercial de Ribeirão Preto. Outros, se lembrados, devem ser inseridos.

VICENTE – Nascido em 24 de Setembro de 1935, é talvez a maior lenda viva do Belenenses. Além da grande carreira que teve, e da ininterrupta ligação ao Belenenses, desde 1954 até hoje, é irmão do grande Matateu. No Belenenses conquistou (e viu escapar), aliás, os mesmos títulos que o seu irmão. Foi ele, como capitão da equipe, que recebeu e ergueu a Taça de Portugal de 1960.
Chegou a Portugal no início da época de 54/55, graças à intervenção de grandes belenenses radicados em Moçambique, como o Capitão Francisco Soares da Cunha. Estreou-se na festa de despedida de Feliciano (um dos campeões de 1946 ainda vivos, juntamente com Artur Quaresma, Andrade e Sério), marcando logo um gol ao F.C.Porto. De resto, em Moçambique jogava a avançado; mas, em Portugal e no Belenenses, fixou-se como médio e, depois, como defesa.
Jogador fino e elegante, sempre correto, era, porém, de eficácia tremenda na marcação a jogadores adversários de pendor atacante. Ficou lendário por ter sido de todos os jogadores do mundo, o que melhor marcava o maior futebolista de todos os tempos, o brasileiro Pelé – fato reconhecido por este, que lhe tributava a maior admiração, expressa várias vezes (por exemplo, em entrevista ao jornal “Record” em 1963). Isso mesmo aconteceu no Mundial de 1966, onde, juntamente com José Perreira, foi um dos jogadores azuis ao serviço da Selecção de Portugal. Na altura, o jornal Inglês Daily Mail elegeu-o o defesa mais elegante do mundo. Envergou a camisola das quinas por 20 vezes.
Em pleno apogeu da sua carreira individual, logo após o Mundial de 1966, sofreu um acidente de aviação que lhe afetou gravemente um dos olhos, obrigando-o a por prematuramente termo à sua carreira.
Desde então para cá, permaneceu sempre ligado ao Belenenses, por vezes como Treinador Adjunto e também como técnico das escolas de jogadores com o seu nome.
Fonte: Wikipédia e Marcos Galves pela lembrança do nome do Belenenses

TRAPATTONI – Trapattoni, ex-jogador do Milan durante muitos anos entre os anos 50 e 70 e atualmente treinador, nasceu no dia 17 de março de 1939. Ganhou fama como zagueiro. Em 1963, esteve no Maracanã defendendo o Milan contra o Santos, na decisão do Mundial Interclubes. Após três partidas, viu seu time perder a taça, com o triunfo do time alvinegro por 1 a 0 no Maracanã com um gol de pênalti de Dalmo. No entanto, conquistou inúmeros títulos e fez história no clube rubro-negro a ponto de ter iniciado sua carreira vitoriosa de treinador no próprio clube, em 1974. Trapattoni proferiu uma célebre frase afirmando que para alguém como ele, que ama o futebol e que nunca foi traído por ele, seria muito bonito morrer no banco de reservas. Conseguiu notoriedade ao anular Pelé em alguns jogos na Itália contra o Santos F.C. deve-se considerar que em 15.05.1963, a Italia venceu o Brasil de 3 x 0 em Milão .
Fonte: Milton Neves

ALDEMAR
Aldemar, o Aldemar Santos, ex-quarto-zagueiro do Palmeiras no Supercampeonato Paulista de 1959, morreu no Rio de Janeiro, no dia 21 de janeiro de 1977.
Aldemar teve um irmão chamado Ismar Santos, de chute muito forte que, como ponta-esquerda, fez muitos gols em Gylmar dos Santos Neves, jogando por Guarani e Ponte Preta.
Nascido no Rio de Janeiro, no bairro de Engenho de Dentro, no dia 7 de novembro de 1932, Aldemar foi tão bom de bola que é considerado até hoje um dos melhores marcadores que Pelé teve em sua brilhante carreira.
Aldemar foi, realmente, um dos melhores marcadores de Pelé. Hábil e inteligente, o zagueiro começou a se destacar no Vasco e brilhou também no Santa Cruz, nos anos 50, onde conseguiu o título de supercampeão pernambucano, em 1957. O internauta Geraldo da Nóbrega, de Bertioga lembra de parte daquele time: “Se não me falha a memória, nesse time jogavam Lanzoninho, Amauri, Edinho, Jorginho (ponta esquerda) e Paraíba (centroavante)”. Depois de defender o Tricolor Pernambucano por seis anos (de 1952 a 1958), Aldemar foi jogar no Palmeiras.
Com a camisa do Verdão, Aldemar fez 277 jogos (188 vitórias, 44 empates e 45 derrotas) e marcou dois gols (fonte: Almanaque do Palmeiras – Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti). A exibição mais lembrada do zagueiro foi na final do Supercampeonato Paulista de 59, quando marcou Pelé. O Rei não conseguiu muito espaço e o Palmeiras ficou com o título. Foram três jogos: 1 a 1, 2 a 2 e 2 a 1 para o Palmeiras.
O excelente ex-zagueiro defendeu também o América de Belo Horizonte e o Guarani de Campinas. No Bugre, encerrou sua carreira em 1966. Aldemar, que deixou três filhos (Carlos Antonio, Sergio e Ricardo), teria hoje três netos.
Ele morreu na casa de seus pais em Engenho de Dentro, Rio de Janeiro, quando, no dia 20 de agosto de 1977, dona Alice, sua mãe, foi acordá-lo pela manhã e ele já estava morto.
Desde que foi cortado da Seleção Brasileira, em 1962, Aldemar ficou muito triste e começou a beber muito. Tempos depois, após sua saída do Palmeiras, foi contratado pelo Guarani, mas a bebida o dominou e ele não conseguiu deixá-la jamais.
Em 1966, foi contratado pelo Santa Cruz para ser técnico. Foi a Recife mas não se apresentou ao clube pois já estava sofrendo de “Amnésia Recente”. Ficou em Recife sozinho, sumido, até que um ex-jogador amigo o encontrou na rua e o levou para sua casa. Logo em seguida, ligou para seus irmãos, no Rio de Janeiro, e eles foram buscá-lo em Pernambuco.
Aldemar fez tratamento para amnésia, mas não tomava os remédios direito e a doença foi se agravando. Assim, Aldemar continuou muito triste e acabou por falecer.
Em seu sepultamento, nenhum clube onde jogou mandou sequer um telegrama de condolências.
Os principais títulos conquistados por Aldemar na carreira foram: Campeonato Pernambucano (1957) pelo Santa Cruz, Campeão Paulista (1959 e 63) e Taça Brasil (1960) pelo Palmeiras, Campeão da Taça do Atlântico (1960) e Campeão da Copa Rocca (1960) pela Seleção Brasileira.
Fonte: Milton Neves
Vou tentar homenagear as típicas roubadas de bola de Aldemar jogando pelo Palmeiras contra o Santos em irradiação da época:
-Gilmar coloca a bola no bico da área pequena. Vai bater o tiro de meta Calvet. Correu e bateu….balão subindo…balão descendo…., recebe Zito e mata no peito e pôe no terreno e toca na direita para Dorval, recebe Dorval e passa por Geraldo Scotto mas pára na cobertura de Waldemar Carabina. Retrocede e toca para Mengálvio , Mengálvio vê Pelé e enfia em profundidade….ANTECIPA ALDEMAR.
Alí Aldemar conseguia neutralizar o Negão. Certo que não era sempre, mas foi um grande marcador.

A decisão do campeonato carioca de 1963

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Grandes Decisões do Futebol
Flamengo 0 x Fluminense 0

O lance mostra uma defesa do goleiro do Flamengo Marcial,diante do atacante do Fluminense Manoel.

Quando o goleiro Marcial saltou para defender, o juiz Cláudio Magalhães deu o último apito da decisão do campeonato carioca de 1963. O empate de zero a zero deu ao Flamengo o titulo de campeão.

Antes de conquistar o titulo, o Flamengo viveu momentos difíceis, inclusive tendo que afastar craques consagrados como Gerson. Jordan e Dida. Em determinado período do primeiro turno, o clube parecia fora da luta pelo titulo de campeão, mas reagiu no segundo turno, e a partir do jogo contra o América, teve uma seqüência de vitórias até a final contra o Fluminense.

A decisão não chegou a ser um primor de técnica. Foi um jogo cheio de nervosismo pela característica decisiva de que, com qualquer resultado, sairia um campeão. Os dois times disputaram os lances com muito cuidado em todo seu primeiro tempo, com o Flamengo mais preocupado em se defender e o Fluminense querendo o gol, mas sem coragem de se lançar todo a frente, com o natural receio de ser colhido por um contra ataque do adversário.

No segundo tempo Fluminense decidiu procurar a vitória com uma tática ofensiva mais declarada, passando a predominar no ataque, enquanto o Flamengo, instintivamente, procurou se manter na defesa. Os últimos dez minutos foram verdadeiramente dramáticos com os tricolores forçando a defesa do rubro negro que se defendia de qualquer maneira, mas com muita valentia. O jogo estava tão indefinido que a torcida do Flamengo somente começou a comemorar depois do apito final do juiz.

A renda somou CR$ 57.993,50 – recorde na época.
O publico de 177.020 pagantes – também recorde.
O Juiz foi Cláudio Magalhães.
O Flamengo foi campeão com Marcial. Murilo. Ananias. Luis Carlos e Paulo Henrique. Nelsinho e Carlinhos. Espanhol. Airton. Geraldo e Osvaldo.
O Fluminense vice campeão com Castilho. Carlos Alberto Torres. Procópio. Dari e Altair. Oldair e Joaquinzinho. Edinho. Manoel. Evaldo e Escurinho.
Fonte: O Globo e Museu dos Esportes

A decisão do campeonato carioca de 1957

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GRANDES DECISÕES DO FUTEBOL
Botafogo 6 x Fluminense 2

Na foto, mais um golaço de Paulinho, o artilheiro do jogo. O atacante do Botafogo entra no gol de Castilho com bola e tudo.

Não foi, positivamente, uma decisão de campeonato como todas as circunstâncias faziam esperar. A verdade é que não houve aquela movimentação equilibrada, aquela disputa renhida com a vitória pendendo para um lado ou para o outro. O que se viu, desde dos primeiros minutos, foi um Botafogo se apresentando em tarde de gala, pegando firme na defesa e com um ataque arrasador. No outro lado, um Fluminense desbotado, com uma defesa cometendo falhas desastrosas e um ataque não recebendo o apoio do meio campo.

O maracanã recebeu um publico de 87.100 pagantes. Todos aguardavam muita luta, muita movimentação, muita dificuldade na vitória de um ou de outro. Entretanto, o campeão começou a se desenhar logo nos primeiros minutos através de um gol do artilheiro Paulinho Valentim. Naquela tarde, Garrincha, Didi, Nilton Santos e Paulinho fizeram a diferença. O centro avante foi o artilheiro da partida com cinco gols. Os campeões do mundo ajudaram seu clube a jogar os noventa minutos sem falhas. Com isso, a vitória e o titulo foram absolutamente justos. Competente na defesa, eficiente no meio campo e um ataque goleador, o Botafogo não teve dificuldades para conquistar o titulo de campeão carioca de 1957.

Foi um verdadeiro show de bola. Nem mesmo o grande goleiro Carlos Castilho conseguiu evitar a goleada. O gramado do maracanã se transformou num grande palco onde o baile do Botafogo foi assistido passivamente pelos jogadores do Fluminense.

O jogo foi realizado no dia 22 de dezembro de 1957 com uma arrecadação de 3.247.639,00. Paulinho fez 1×0. Paulinho marcou 2×0. Paulinho assinalou 3×0. Escurinho diminuiu para 3×1. Novamente Paulinho fez 4×1. Garrincha 5×1. Paulinho 6×1 e Valdo marcou o segundo gol do Fluminense. O juiz foi Alberto da Gama Malcher. O Botafogo foi campeão jogando com Adalberto. Beto. Tomé. Servilho e Nilton Santos. Panpolini e Didi. Garrincha. Edson. Paulinho Valentim e Quarentinha. O Fluminense perdeu com Castilho. Cácá. Pinheiro. Clóvis e Altair. Jair Santana e Jair Francisco. Tele Santana. Valdo. Robson e Escurinho.
Fonte: Museu dos Esportes

[img:dirceu.JPG,resized,vazio]
Dirceu Lopes Mendes é mineiro de Pedro Leopoldo onde nasceu no dia 9 de março de 1946. Foi um craque que não teve muita sorte com a seleção brasileira. A grande decepção de sua vida esportiva aconteceu em 1970. Dirceu participou da seleção brasileira nas eliminatórias com o treinador João Saldanha. Quando Zagalo assumiu esqueceu seu nome e ele ficou fora do mundial no México. Foram momentos difíceis para Dirceu Lopes que estava no melhor de sua forma. Somente esqueceu a injustiça com o passar dos anos. Dirceu acredita que não teve maiores oportunidades na seleção porque viveu uma época em que o Brasil estava muito bem servido por jogadores de meio campo.

Jogando no meio campo, ele tinha a habilidade dos grandes craques. Era mais ofensivo e possuía uma incrível velocidade na execução das jogadas. Participou de uma das melhores fases da história do Cruzeiro de Minas Gerais. Formava um quadrado no meio campo no clube estrelado com Wilson Piazza, Tostão e Zé Carlos.

Dirceu Lopes começou sua carreira no juvenil do Cruzeiro em 1963 quando tinha 17 anos de idade e fez sua estreia no time principal no mesmo ano. Durante 13 anos defendeu o Cruzeiro. É um dos mais laureados jogadores do clube. Foi campeão mineiro nos anos de 1965/66/67/68/69 e 1972/73/74/75. Foram nove títulos de campeão. Também foi campeão da Taça Brasil em 1966 quando derrotou, na final, a equipe do Santos. O Cruzeiro venceu o primeiro jogo em Minas por 6×2, e o segundo em São Paulo por 3×2.

Depois longos anos vestindo a camisa do Cruzeiro, Dirceu Lopes teve uma ligeira passagem pelo Fluminense em 1977. Dois anos depois, voltou ao futebol mineiro para jogar pelo Uberlândia. Ainda jogou pelo Democrata de Governador Valadares e Democrata de Sete Lagoas, no interior de Minas. Na seleção brasileira, Dirceu jogou 19 partidas e marcou 4 gols.

Clássico entre Cruzeiro e Atlético Mineiro no Mineirão lotado. A massa celeste comemora um gol na partida. Em primeiro plano Dirceu Lopes e o goleiro Renato, do Galo. O zagueiro alvinegro inconsolável é Humberto Monteiro. No fundo da foto, Natal parece não acreditar que a bola está no fundo da rede tamanha sua alegria

Foto do dia 14 de janeiro de 1968 tirada durante o clássico entre Atlético e Cruzeiro no Mineirão, que teve a presença de mais de 86 mil pagantes. A partida valeu pela primeira decisão do Campeonato Mineiro de 1967 e foi vencida pelo time azul por 3 a 1. Na segunda partida, o Cruzeiro garantiu a taça ao fazer 3 a 0 sobre o Galo. Nesta imagem, vemos Natal chegando atrasado no lance. Ao fundo, Pedro Paulo (lateral do Cruzeiro), Dirceu Lopes (meia do Cruzeiro) e Grapete (zagueiro do Galo)

[img:Dirceu_no_cl__ssico_contra_o_Atl__tico.JPG,resized,vazio]

Pesquisa de Torcidas em São Paulo – de 1967 a 2007

1) Pesquisa do jornal O Estado de São Paulo (publicada em 1967)

1º) Corinthians 35 %
2º) Palmeiras 27 %
3º) São Paulo 23 %
4º) Santos 10 %
outros 5 %

2) Pesquisa do jornal O Estado de São Paulo (publicada em 1969)

1º) Corinthians 43 %
2º) Palmeiras 26 %
3º) São Paulo 18 %
4º) Santos 10 %
outros 3 %

3) Pesquisa do jornal O Estado de São Paulo (publicada em 1971)

1º) Corinthians 40 %
2º) Palmeiras 24 %
3º) São Paulo 21 %
4º) Santos 12 %
outros 3 %

4) Pesquisa Placar/Gallup (publicada em 31/12/1971)

1º) Corinthians 40,28 %
2º) Palmeiras 23,61 %
3º) São Paulo 20,83 %
4º) Santos 12,50 %
5º) Portuguesa 2,78 %
nenhum 28 %

5) Pesquisa do jornal O Estado de São Paulo (publicada em 1973)

1º) Corinthians 37 %
2º) Palmeiras 25 %
3º) São Paulo 19 %
4º) Santos 16 %
outros 2 %

6) Pesquisa do jornal O Estado de São Paulo (publicada em 1976)

1º) Corinthians 45 %
2º) Palmeiras 22 %
3º) São Paulo 19 %
4º) Santos 10 %
outros 4 %

7) Pesquisa do jornal O Estado de São Paulo (publicada em 1978)

1º) Corinthians 44 %
2º) São Paulo 22 %
2º) Palmeiras 22 %
4º) Santos 10 %
outros 2 %

8) Pesquisa do jornal O Estado de São Paulo (publicada em 1980)

1º) Corinthians 46 %
2º) Palmeiras 23 %
3º) São Paulo 15 %
4º) Santos 12 %
outros 4 %

9) Pesquisa Placar/Gallup (publicada em 01/07/1983)

1º) Corinthians 36 %
2º) Palmeiras 24 %
3º) São Paulo 18 %
4º) Santos 12 %
5º) Guarani 2 %
6º) Ponte Preta 1 %
6º) Botafogo-RP 1 %
outros 6 %

10) Pesquisa do jornal O Estado de São Paulo (publicada em 1984)

1º) Corinthians 42 %
2º) Palmeiras 22 %
3º) São Paulo 14 %
4º) Santos 13 %
outros 9 %

11) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em out/1991)

1º) Corinthians 46,99 %
2º) São Paulo 21,69 %
3º) Palmeiras 18,07 %
4º) Santos 10,84 %
nenhum 17 %

12) Pesquisa O Estado de São Paulo/Gallup (publicada em 05/11/1992)

1º) Corinthians 41 %
2º) São Paulo 22 %
3º) Palmeiras 17 %
4º) Santos 11 %
5º) Portuguesa 0,55 %
outros 8,45 %

13) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 14/06/1993)

1º) Corinthians 36,36 %
2º) São Paulo 35,23 %
3º) Palmeiras 17,05 %
4º) Santos 7,95 %
nenhum 12 %

14) Pesquisa Placar/Ibope (publicada em out/1993)

1º) Corinthians 36,4 %
2º) São Paulo 17,6 %
3º) Palmeiras 11,1 %
4º) Santos 8,2 %
5º) Flamengo (RJ) 2,8 %
6º) Bahia (BA) 2,2 %
7º) Vitória (BA) 1,3 %
8º) Atlético (MG) 0,4 %
8º) Botafogo (RJ) 0,4 %
11º) Ponte Preta 0,3 %
nenhum 12,5 %

15) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 26/12/1994)

1º) Corinthians 36,78 %
2º) São Paulo 29,89 %
3º) Palmeiras 19,54 %
4º) Santos 8,05 %
5º) Portuguesa 1,15 %
outros 2,3 %
nenhum 13 %

16) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 09/06/1995)

1º) Corinthians 40,24 %
2º) São Paulo 25,61 %
3º) Palmeiras 20,73 %
4º) Santos 7,32 %
5º) Portuguesa 1,22 %
outros 4,88 %
nenhum 18 %

17) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 05/06/1997)

1º) Corinthians 41,18 %
2º) São Paulo 24,71 %
3º) Palmeiras 20 %
4º) Santos 8,24 %
5º) Portuguesa 1,18 %
outros 5,88 %
nenhum 15 %

18) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 28/01/1998)

1º) Corinthians 45,24 %
2º) São Paulo 21,43 %
3º) Palmeiras 19,05 %
4º) Santos 7,14 %
outros 8,33 %
nenhum 16 %

19) Pesquisa Lance!/IBOPE (publicada em 05/11/1999)

1º) Corinthians 41,4 %
2º) São Paulo 22,9 %
3º) Palmeiras 20,0 %
4º) Santos 12,9 %
5º) Portuguesa 0,14 %
outros 2,6 %
nenhum 27 %

20) Pesquisa Placar/DataFolha (publicada em 14/01/2000)

1º) Corinthians 43,75 %
2º) São Paulo 23,75 %
3º) Palmeiras 20,00 %
4º) Santos 6,25 %
5º) Portuguesa 1,25 %
outros 5 %
nenhum 20 %

21) Pesquisa Lance!/IBOPE (publicada em 05/04/2001)

1º) Corinthians 43,17 %
2º) São Paulo 23,58 %
3º) Palmeiras 19,72 %
4º) Santos 6,83 %
5º) São Caetano 0,90 %
6º) Portuguesa 0,77 %
outros 5,67 %
nenhum 22,4 %

22) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 28/6/2001)

1º) Corinthians 40,51 %
2º) São Paulo 24,05 %
3º) Palmeiras 18,99 %
4º) Santos 6,33 %
outros 10,13 %
nenhum 21 %

23) Pesquisa Placar/DataFolha (publicada em nov/2002)

1º) Corinthians 42 %
2º) São Paulo 23 %
3º) Palmeiras 18 %
4º) Santos 10 %

24) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 09/11/2003)

1º) Corinthians 46,84 %
2º) São Paulo 24,05 %
3º) Palmeiras 16,46 %
4º) Santos 7,59 %
outros 5,06 %
nenhum 21 %

25) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 25/01/2004)

1º) Corinthians 41,25 %
2º) São Paulo 25,00 %
3º) Palmeiras 18,75 %
4º) Santos 8,75 %
nenhum 20 %

26) Pesquisa Lance!/IBOPE (publicada em 04/10/2004)

1º) Corinthians 42,39 %
2º) São Paulo 24,11 %
3º) Palmeiras 16,88 %
4º) Santos 10,53 %
nenhum 21,2 %

27) Pesquisa Folha de São Paulo/DataFolha (publicada em 20/10/2005)

1º) Corinthians 44,87 %
2º) São Paulo 26,92 %
3º) Palmeiras 15,38 %
4º) Santos 7,69 %
outros 2,56 %
nenhum 22 %

28) Pesquisa Placar/TNS Sports (publicada em out/2007)

1º) Corinthians 32,9 %
2º) São Paulo 25,6 %
3º) Palmeiras 15,3 %
4º) Santos 14,5 %
outros 12,8 %

Obs: Observa-se que quando o Corinthians vai bem a diferença para o segundo colocado dobra, em qualquer período da amostragem.

Pesquisa Placar – O que dizem os árbitros

ELES ABREM O BICO

Em uma pesquisa exclusiva, Placar ouviu 18 dos 20 árbitros e assistentes brasileiros do quadro da Fifa. Ninguém melhor que eles para analisar o comportamento de jogadores e treinadores em campo – de cada dez jogos do último brasileirão, seis foram apitados por ao menos um deles. Veja para quem eles dão um cartão vermelho.

O CAI-CAI

O rótulo de “cai-cai” é certamente um dos menos desejados do futebol. Para a torcida, significa que o jogador prefere cavar faltas a partir rumo ao gol. E, para os árbitros, é sinal de que ele induzi-los ao erro. Para cinco dos entrevistados, o dono desse indesejado é o atacante Dagoberto, do São Paulo. “Ele dobra com uma facilidade incrível. Em vez de usar a habilidade que tem a seu favor, prefere cavar a falta”, diz um dos assistentes que o elegeram.

1 Dagoberto – SPO

2 Valdívia – PAL

3 Leandro – SPO

O Reclamão

Não é de hoje que Rogério Ceni provoca calafrios nos adversários quando atravessa o gramado para cobrar faltas e pênaltis. A novidade é que os juízes e bandeirinhas também temem que o capitão do São Paulo corra em sua direção. “O Rogério às vezes deixa o gol sozinho só para discutir com o árbitro do outro lado do campo”, diz um dos árbitros.

1 Rogério Ceni – SPO

2 Leandro – SPO

3 Fábio Luciano – FLA

O Encrenqueiro

Que jogador já parou para ler as regras do futebol? Quase nenhum, dizem os árbitros, e poucos são aqueles que se ocupam em segui-las. Talvez por isso a eleição de jogador mais indisciplinado tenha sido tão apertada. Mas o campeão foi o atacante Leandro, que acaba de deixar o São Paulo para jogar no Verdy Tokyo, no Japão. “O Leandro só começa a funcionar depois do primeiro cartão amarelo”, diz um dos juízes.

1 Leandro – SPO

2 Fábio Luciano – FLA

3 Túlio – BOT

O SANTO

Quando o primeiro árbitro respondeu à pergunta, parecia engano ou brincadeira. Romário, o mais disciplinado? Depois do terceiro voto para o Baixinho, poderia parecer um complô. Mas a verdade é que Romário revelou-se uma referência de disciplina para os árbitros. “Um jogo com 22 Romários poderia ser apitado por um árbitro de vôlei, de cima da cadeira”, diz Renato Marsiglia.

1 Romário – VAS

2 Rogério Ceni – SPO

3 Fernandão – INT

O XAROPE

Em 2005, Émerson Leão foi eleito o técnico mais odiado do Brasil, em uma enquete feita por Placar entre 100 jogadores. Agora, foi a vez de os árbitros manifestarem seu descontentamento com as atitudes do treinador à beira do gramado. “Não existe outro igual ao Leão, no mau sentido. Tudo que o árbitro fala, ele vai contra”, diz um dos juízes entrevistados. Em 18 possíveis votos, Leão arrematou 13.

1 Leão – SAN

2 Abel Braga – INT

3 Mano Menezes – COR

O LORDE

Com cinco votos cada, Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho foram eleitos os treinadores que mais bem se comportam em campo. “O Luxemburgo é hors-concours, como técnico e como pessoa”, diz um dos árbitros. Mas, na opinião de Arnaldo César Coelho, comentarista de arbitragem, nenhum dos eleitos merecia o título. “Os dois são chatos pra burro. Na verdade, não existe técnico disciplinado”, diz.

1 Luxemburgo – PAL

2 Muricy Ramalho – SPO

3 Caio Júnior – GOI

O Alçapão

Esta talvez tenha sido a mais delicada das perguntas. Para um juiz, admitir que se sente pressionado em determinados estádios pode ser o passaporte para a fama de juiz “caseiro”. Entretanto, dos 12 que responderam à pergunta, seis elegeram a Vila Belmiro como estádio onde as condições são as piores para a arbitragem. “É ruim de entrar na Vila Belmiro. E, como o campo é mais acanhado, a gente sente mais a pressão do público”, diz um dos árbitros.

1 Vila Belmiro – SAN

2 São Januário – VAS

3 Pq. Antártica – PAL

VERSÃO DOS ÁRBITROS

“Se eu vou apitar um jogo do São Paulo, já fico mais atento ao comportamento do Dagoberto, para que ele não venha a me causar problemas.”

“O Rogério Ceni não xinga o árbitro, mas é muito irônico. Ele sempre vem com um comentário sarcástico para discutir com o juiz.”

“O Leandro só começa a funcionar depois do primeiro cartão amarelo.”

“O Romário não discute com o árbitro. O máximo que ele faz é olhar feio. Se tivesse 22 jogadores como ele, o futebol teria menos polêmica.”

“Não existe outro igual ao Leão. Tudo que o árbitro fala, ele vai contra. Justamente ele, que deveria servir de exemplo para os jogadores.”

“O Luxemburgo é hors-concours, como técnico e como pessoa. Sempre educado e respeitoso.”

“É ruim de entrar na Vila Belmiro. E, como o campo é mais acanhado, a gente sente mais a pressão.”

Sicupira – um gol chorado no Pacaembu

Sicupira foi, sem dúvida, um dos maiores ídolos da história do Clube Atlético Paranaense. O ex-camisa 8 rubro-negro foi um dos principais destaques da equipe na conquista do estadual em 1970 (havia 12 anos que o Furacão estava na fila). Pelo Atlético Paranaense, Sicupira fez 154 gols.

Em 1972, Sicupira foi emprestado ao Corinthians. Ele jogou poucas partidas pelo alvinegro, mas elas foram suficientes para que ele ganhasse a simpatia da Fiel torcida.

Sicupira foi autor de um gol histórico do Corinthians. O time empatava por zero a zero com o Ceará, no lotado Pacaembu (68.695 torcedores estavam presentes), no dia 14 de dezembro de 1972. Só a vitória interessava ao Corinthians para que ele ficasse vivo no Brasileirão. Aos 45 minutos, após cruzamento de Nélson Lopes, Sicupira concluiu de primeira, o goleiro Hélio Show -até então destaque da partida- atrapalhou-se com a bola e ela entrou. Hélio Show ficou desesperado e começou a dar socos no gramado. Só estando lá para ver o sofrimento, a bola entrou pingando, de leve, nem chegou a tocar no fundo das redes. E isto aos 45 do segundo tempo. Foi uma festa inigualável.

Vocês conhecem um gol de angústia? Este foi um deles. Até hoje, quando lembro, fico nervoso.

Depois disto, faltou pouco para o Corinthians decidir o título do Brasileiro com o Palmeiras. Bastava um empate no Rio com o Botafogo. Neste jogo o Corinthians perdeu de 2 x 1.

Abaixo, as escalações das equipes de Corinthians e Ceará naquele histórico duelo em 1972:

CORINTHIANS – Ado; Zé Maria, Baldochi, Luís Carlos Gálter e Pedrinho; Tião e Rivellino; Paulo Borges (Vaguinho), Nélson Lopes (Mirandinha), Sicupira e Marco Antônio. Técnico: Duque.

CEARÁ – Hélio Show; Paulo Távares, Odélio, Mauro Calixto e Dimas; Edmar e Joãozinho; Nadio (Erandi), Samuel, Jorge Costa e Da Costa. Técnico: Ivonísio Mosca.

Sicupira começou no Ferroviário, atual Paraná Clube, e depois defendeu o Botafogo, o Botafogo de Ribeirão Preto, o Atlético Paranaense, o Corinthians (em 72) e de novo o Atlético Paranaense em 1976, quando encerrou a carreira.
Fontes: M.Neves
Almanaque Celso Unzelte
Presença no estádio no dia do gol chorado